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ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim; 38 e quem não
toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. 39 Quem acha a sua vida a
perderá, e quem perde a sua vida por minha causa a encontrará.
Mt 10:32-39 (NVI)
INTRODUÇÃO:
1. Todo cristão verdadeiro, é um discípulo de Cristo. Quando Cristo deu a
Grande Comissão, Mt 28.19-20, era para que nós, seus seguidores fôssemos por
todo o mundo com a tarefa de fazer “discípulos... ensinando-os a guardar as coisas
que vos tenho mandado”.
2. A palavra “discípulo”, grego matêtês, significa aquele que aprende, um
aprendiz ou aluno. No contexto do N.T discípulo é um estudante que adere a
(e viaja com) um professor com um relacionamento pedagógico; especialmente
usado por estudantes de líderes espirituais”. No livro de Atos, At 11.26, a
palavra discípulo é usada como sinônimo de cristão: “tendo-o encontrado,
levou-o para Antioquia. E, por todo um ano, se reuniram naquela igreja e
ensinaram numerosa multidão. Em Antioquia, foram os discípulos, pela
primeira vez, chamados cristãos”. Qualquer distinção que se estabeleça entre
estas duas palavras é puramente artificial.
3. O discipulado “É um processo de desenvolvimento progressivo que conduz
o discípulo da infância para a maturidade espiritual”. Um
relacionamento transformador, que dura a vida inteira e cujo objetivo
é nos tornar mais semelhantes a Jesus.
4. Quando Jesus chamou seus discípulos, os instrui claramente sobre o
custo de segui-lo. Pessoas de coração dúbio, que não estavam dispostas a
comprometerem-se com Ele, não o seguiam. Exemplo: “O Moço Rico”.
5. Nesta noite, vamos analisar o “Preço do Discipulado” ou o custo do discipulado,
descrevendo suas principais características.
ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim;
1. A segunda marca do verdadeiro discípulo de Cristo, é que ele ama a Cristo mais
do que ama a sua própria família, v. 37. Este v. 37, é enfático. Isto quer dizer que
ser for preciso negar a um pai; é melhor negar ao pai terrestre, do que negar o Pai
Celeste. É melhor negar a um irmão terrestre, do que a Cristo, o irmão celeste.
2. Passagem paralela de Lc 14.26, é ainda mais enfática (“Se alguém vem a mim e
não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua
própria vida, não pode ser meu discípulo”). Para vir a Cristo e ser discípulo dEle, é
preciso estar disposto, se preciso for, a aborrecer pai, mãe, mulher, filhos, irmãos e
ainda a própria vida. A palavra “aborrecer”, significa no seu sentido literal, “odiar”,
“detestar”. Eu creio que Cristo não estava ensinando isto em seu sentido absoluto,
mas usando, isto sim, uma linguagem mais forte do que a nossa, para enfatizar o
que dizia. Jesus não iria contrariar a Palavra de Deus, que ensina:
a) Honrar pai e mãe, Êx 20.12, “Honra teu pai e tua mãe, para que se
prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá”.
b) Como maridos a amar nossas mulheres, Ef 5.25, “Maridos, amai vossa mulher,
como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela”.
3. Creio que o sentido da passagem está na frase: “E ainda a sua própria vida”, Lc
14.26. Esta frase fala de fidelidade absoluta, acima dos laços familiares e acima de
nós mesmos. Vejamos alguns ensinos na Escritura sobre este assunto:
39 Quem acha a sua vida a perderá, e quem perde a sua vida por minha causa a
encontrará.
1. Tomar a cruz, implica em perder a própria vida. Significa estar disposto a morrer.
Da mesma maneira que Cristo seria fiel a Deus, a ponto de morrer, e foi preciso que
Ele de fato morresse, seus discípulos, também precisam estar dispostos a morrer, se
necessário for.
2. O suplício da cruz era um dos meios romanos de pena de morte, e era usado para
executar os piores criminosos. Por esta razão, a cruz tornou-se símbolo de sofrimento
horrível e vergonhoso:
a) Para muitos nos dias de Paulo a palavra da cruz era loucura, 1 Co 1.18,
“Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós,
que somos salvos, poder de Deus”.
b) Lc 14.27, “Quem não toma a cruz, não pode ser meu discípulo”.
4. Jesus não está ensinando neste texto a salvação pelo martírio, v. 39 (“...quem,
todavia, perde a vida por minha causa achá-la-á”), mas estava se referindo a um
estilo, um padrão. Estava afirmando que os verdadeiros discípulos, não recuam,
nem mesmo diante da morte. O verdadeiro discípulo, procura seguir a Cristo, ainda
que isto lhe custe a própria vida. Vejamos alguns exemplos de discípulos que
viveram situações de martírio por amor a Jesus:
a) Os discípulos diante dos membros do sinédrio, At 4.18-21, “18 Chamando-
os, ordenaram-lhes que absolutamente não falassem, nem ensinassem em o nome
de Jesus. 19 Mas Pedro e João lhes responderam: Julgai se é justo diante de Deus
ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus; 20 pois nós não podemos deixar de
falar das coisas que vimos e ouvimos. 21 Depois, ameaçando-os mais ainda, os
soltaram, não tendo achado como os castigar, por causa do povo, porque todos
glorificavam a Deus pelo que acontecera”.
5. Para ser discípulo de Cristo, é preciso estar disposto a sofrer as maiores afrontas
e morrer se preciso for pelo seu nome.
CONCLUSÃO
1. O preço do discipulado é alto. Todos os que quiserem seguir a Cristo, terão que
estar dispostos a pagar o preço, caso contrário, jamais serão verdadeiros discípulos.
Não há lugar no Reino de Deus, para aqueles que não assumem um compromisso
de confessar Cristo diante dos homens, que não renunciam tudo quanto tem, e que
não estejam dispostos, se preciso for, a morrer pelo amor a Cristo.