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12/12/2015 A Natureza da Verdadeira Adoração ­ Rev.

Geoffrey Thomas

A Natureza da Verdadeira Adoração


por

Rev. Geoffrey Thomas

1. A verdadeira adoração é prestada a Deus somente por


aqueles que nasceram do Espírito de Deus. “Aquele que é
nascido da carne, é carne”, disse Jesus, e, portanto, toda
assim chamada adoração feita por pecadores não regenerados
é carnal. Somente um coração regenerado pode cantar a nova
canção (Salmo 40:3).

2. A verdadeira adoração só pode ser realizada através do


Espírito Santo, “Os verdadeiros adoradores adoram o Pai em
espírito”, disse Jesus, e, portanto, unicamente através da
iluminação que o Espírito concede a nossas mentes, e os
sentimentos dela produzidos em nossos corações é que a nossa
adoração pode ser edificante para nós e agradável a Deus. Os
dons de liderança concedidos pelo Espírito a pastores e
mestres são uma parte essencial da adoração pública.

3. A verdadeira adoração é estruturada pelas Escrituras. “Os


verdadeiros adoradores adoram...em verdade”, disse Jesus. A
Bíblia nos revela o Deus a Quem devemos adorar e como
devemos fazê­lo: “com reverência e santo temor”. As Escrituras
produzem a atmosfera e fornecem os temas, as orações, os
louvores e a pregação. Dessa forma, possuímos um padrão
para conhecer o que é certo e o que é errado em tudo o que é
falado e cantado. Desfrutamos, também, uma maravilhosa
liberdade de todas as tradições e artefatos que são
introduzidos por homens não espirituais, na inútil tentativa de
“tornar” a adoração mais importante e “significativa”. A
verdadeira adoração é essencialmente simples.

4. A verdadeira adoração é centralizada em Deus. Não é


centralizada na “inspiração”, tampouco nos sentimentos; nem
mesmo é centralizada em Jesus –– não somos adoradores só de
Jesus. Ela se centraliza no Pai. Disse Jesus: “os verdadeiros
adoradores adoram o Pai”. Naturalmente, o Pai só pode ser
adorado através do Filho e o objeto da nossa adoração é a
Divindade como um todo: Pai, Filho e Espírito Santo.
Certamente nós adoramos a Jesus, mas é errado adorarmos
somente a Jesus e torná­lo o centro da nossa adoração,
negligenciando o Pai.

5. A verdadeira adoração surge a partir de um contínuo andar


com Deus. Um homem que dificilmente pensa em Deus

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durante os seis dias da semana, não está apto a adorá­lo


corretamente no sétimo dia. Se tal pessoa fala quanto está se
“regozijando” na adoração, alguma coisa está errada com ele!
Ele está se entretendo ou está recebendo aquela vaga sensação
de desafio que o homem natural desfruta. Por outro lado, em
meio à verdadeira adoração, tal pessoa deveria sentir quanto
está afastada de Deus e sentir uma tristeza santa por sua
negligência para com a glória do Senhor.

6. A verdadeira adoração requer preparação. Um homem não


pode simplesmente achegar­se à presença de Deus sem
qualquer preparação de coração e alma, e esperar, então, por
uma “adoração instantânea”. Davi disse: “Ao meu coração me
ocorre: buscai a minha presença; buscarei, pois, Senhor, a Tua
presença” (Salmo 27:8). A verdadeira adoração, no dia do
Senhor, surge de uma mente preparada para Deus, encorajada
por uma oração ardorosa pela bênção do Senhor sobre a noite
do sábado e a manhã do dia do Senhor.

7. A verdadeira adoração deveria ser acompanhada pela


meditação. Eis por que exortamos as pessoas a cuidarem da
maneira com a qual empregam o seu tempo após o término do
culto. Todo o proveito advindo da exposição e aplicação da
Palavra de Deus pode ser destruído. A graça é uma planta
delicada, pode ser facilmente danificada. Se queremos
aproveitar da adoração prestada, isso deve ser feito por meio
de uma tentativa verdadeira de reter a principal lição da
pregação.

8. A verdadeira adoração é sempre um produto e uma


perspectiva da grandeza de Deus e da nossa pequenez. O
profeta Isaías vê a grandeza de Deus e clama: “Ai de mim!
Estou perdido! porque sou homem de lábios impuros, habito
no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram
o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Isaías 6:5). João, na ilha de
Patmos, vê o Senhor e nos diz: “Quando O vi, caí a seus pés,
como morto” (Apocalipse 1:17). Qualquer coisa de novo que
introduzimos na adoração, que não tenha como objetivo
exaltar a Deus, é simplesmente uma concessão ao desejo por
novidade que, caracteriza todos os homens naturais.

9. A verdadeira adoração sempre é aceita por Deus. Devemos


ser muito cuidados para não abrigar pensamentos que
inferiorizem a nossa adoração! Expressões depreciativas, tais
como aquelas que descrevem a adoração como um “sanduíche
de hinos”, somente encorajam a atitude que revela que nossa
adoração é forma, exterior e sem liberdade e que, se nós
estivéssemos realmente adorando, então deveríamos ter
barulho, liderança espontânea e excitação. Na realidade, na
verdadeira adoração, as pessoas não ficam sempre sentadas na
ponta dos bancos imaginando quem será o próximo a dizer ou
fazer algo inesperado. Não, eles não devem concentrar­se
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muito nos meios de adoração; seus pensamentos devem estar


centralizados em Deus. A verdadeira adoração é caracterizada
pelo esquecimento de si mesmo e pela ausência de qualquer
concentração no homem. O publicano permaneceu em pé,
distante, abaixou sua cabeça e orou: “Ó Deus, sê
misericordioso comigo, pecador”. Em nossos cultos, dirigidos
pelas Escrituras e dependentes de Cristo, estamos
verdadeiramente adorando a Deus; não deixamos
simplesmente que as coisas caminhem, mas unicamente
queremos adorar; nós adoramos o Deus vivo em espírito e em
verdade, sabendo que o Pai está buscando ativamente tais
pessoas que O adorem! Nós não cremos que todas essas novas
ênfases na espontaneidade e na condução da adoração por
homens, mulheres e jovens nos esteja levando a uma
conscientização maior sobre Deus e à verdadeira adoração.
Pelo contrário, existem abundantes evidências de que a
adoração se encontra em declínio. Consideremos, por exemplo,
a mudança em nosso modo de nos endereçarmos a Deus, o
que tem ocorrido nos últimos vinte anos.

Será que isso representa um progresso e um amadurecimento


no culto e oração pública? O que será que significa essa nova
linguagem utilizada para orarmos: “Nós só queremos Te
adorar, Te louvar”; “Somente a Ti, Jesus, queremos adorar”?
As frases truncadas e curtas podem ser comparadas
desfavoravelmente com os argumentos bem construídos e
confiantes, acoplados com a reverência constante observadas
nas orações das gerações anteriores.

10. A verdadeira adoração tem o seu clímax no dia do Senhor.


A liberdade que o povo de Deus desfruta sob a nova aliança
não lhes dá o direito de se reunirem somente quando se
sentirem conduzidos ou dirigidos a fazê­lo. Na igreja
apostólica, a adoração tinha períodos pré­determinados para
ocorrer. No primeiro dia da semana eles se reuniam para partir
o pão, ouvir a Palavra de Deus e recolher as ofertas (Atos 20:7;
1 Coríntios 16:2). Mesmo que eles não sentissem o mesmo
ânimo para realizar essas coisas naquele dia e se sentissem
mais inclinados às coisas religiosas no terceiro dia, por
exemplo, era no primeiro dia que eles deviam reunir­se para
adorar. O mesmo pode ser dito hoje. Nós não somos
“Adventistas do quinto dia”, daqueles que se reúnem na quinta
feira, à noite, e nos orgulhamos das bênçãos maravilhosas e da
fantástica comunhão quando o Senhor “realmente” se reúne
com dez de nós. Não, nós devemos reunir­nos no Espírito, no
dia designado, o dia do Senhor, e com todo o povo de Deus.

“Podemos muito bem dizer que adoramos a Deus,


ainda que não sejamos perfeitos. Porém, não
podemos dizer que O adoramos, se nos falta
sinceridade”. (Stephen Charnock)

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“Nós não vamos à igreja para adorar, porque a


adoração deveria ser a atividade e atitude constantes
do cristão dedicado. Nós vamos à igreja para adorar
pública e corporativamente”. (John Armstrong)

“Muitos vêm ouvir a Palavra somente para satisfazer


seus ouvidos; eles apreciam a melodia da voz, a
doçura suave da expressão, a novidade do conceito
(At.17:21). Isso é amar mais o enfeite do prato do
que o alimento em si; isso é o mesmo que desejar
mais agradar a si mesmo do que ser edificado. É o
mesmo que uma mulher que pinta o seu rosto e se
esquece de sua saúde”. (Thomas Watson)

“Deus não pode ter concorrentes! Somente Ele deve


ser louvado”. (John Armstrong)

Nota sobre o autor: Geoffrey Thomas é pastor da Igreja


Batista Alfred Place Baptist Church em Aberystwyth, País de
Gales. Ele também trabalha como Editor Assistente da Banner
of Truth e do The Evangelical Times.

Traduzido por: Eurico Correia

Fonte: Revista Os Puritanos.

Original em inglês: Banner of Truth ­ nº 153, junho/1976.

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