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991-72
Maga Prisca

Mestra
Maria Madalena
Revelada

1ª Edição

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Publicação:
Templo Harmonia do Brasil

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Maga Prisca

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Dedicatória

Este livro é dedicado ao Trabalho da Mãe Divina na Terra, conforme


manifestado nas Obras Magistrais de Maria Mãe, a Virgem de Luz e de Maria
Madalena, a Presença de Sophia.

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Índice


Introdução ............................................................................................ 7
Capítulo 01 - Celebração à Maria Madalena ...............................................10
Capítulo 02 - A Sociedade Cátara ............................................................12
Capítulo 03 - Cátaros, hereges ou místicos? ..............................................15
Capítulo 04 - Os Manuscritos dos Cátaros e as Discípulas de Jesus ...............18
Capítulo 05 - Maria Madalena através dos séculos......................................20
Capítulo 06 - Discípulas do Cristo ............................................................22
Capítulo 07 - Maria Madalena, Plenitude das Plenitudes ..............................25
Capítulo 08 - Madalena e suas Iniciações ..................................................28
Capítulo 09 - A Família de Maria Madalena ................................................30
Capítulo 10 - Maria Madalena, uma mulher à frente de sua época ................32
Capítulo 11 - Maria Madalena e sua busca alquímica ..................................35
Capítulo 12 - Maria Madalena nas terras dos Druidas .................................38
Capítulo 13 - Madalena e as Mulheres Celtas .............................................41
Capítulo 14 - Maria Madalena e a Senhora Druida ......................................44
Capítulo 15 - A Visão da Senhora Druida ..................................................48
Capítulo 16 - O Noivo de Maria Madalena .................................................52
Capítulo 17 - Maria Madalena, a que se libertou dos sete demônios ..............56
Capítulo 18 - As Marias, Colunas do Mestre Jesus ......................................61
Capítulo 19 - Lázaro revive .....................................................................64
Capítulo 20 - Madalena e a Cerimônia de Unção ........................................69
Capítulo 21 - As heroinas presentes na crucificação de Jesus.......................73
Capítulo 22 - Madalena e Jesus ressuscitado .............................................76
Capítulo 23 - Jesus ressuscitado com seus discípulos .................................79

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Prefácio

Este livro é apresentado no intuito de despertar a vontade de se relacionar


com a Sabedoria Celestial e a Obra Mística Magistral de Maria Migdal, que
fazem brotar nos seres o Poder Vivente da Luz, nossa Herança Divina. De
modo algum se propõe a ser um fundamento ou sustentação para uma nova
religião.

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Introdução

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Nós chegamos ao século XXI e fizemos muitas conquistas relacionadas ao
Legado do Cristo. Hoje, podemos ler confortavelmente, todos os evangelhos e
demais livros cristãos, pois estão traduzidos em diferentes idiomas. Nem
sempre foi assim. Foi uma grande conquista.

Hoje, a maioria dos povos, tem liberdade para buscar diferentes interpretações
sobre o conhecimento revelado nos evangelhos. Nem sempre foi assim. Foi
outra grande conquista.

Hoje, a maioria de nós tem a liberdade de participar de diferentes grupos,


comunidades, fraternidades, para estudar e trabalhar com o legado cristão,
das mais variadas formas. Nem sempre foi assim. Foi mais uma grande
conquista.

Hoje, temos à nossa disposição, muitas obras relacionadas ao Cristianismo,


que foram descobertas em diferentes sítios arqueológicos e estão sendo
traduzidas por peritos e historiadores. Estes “novos livros”, ampliam os
horizontes do que já está descrito nas obras consideradas “oficiais”. Nem
sempre foi assim. Foi mais uma preciosa conquista.

Mas todas essas conquistas, nos revelam algo ainda mais instigante: o que
ainda pode estar oculto? E o quê nos revelam as obras que estão sendo
compartilhadas nestas últimas décadas? Um cristianismo que ainda não
conhecemos? Práticas da Ciência Espiritual que ainda não tentamos realizar?

Nas últimas décadas, as revelações que mais têm nos impressionado, são as
que dizem respeito à Apóstola Maria Madalena.

Já é sabido, que seu status foi modificado por várias vezes ao longo dos
séculos.

Ela foi chamada de Apóstola dos Apóstolos, pelos integrantes do Colegiado do


Cristo.

Os cristãos gnósticos dos primeiros séculos, a chamavam de Plenitude das


Plenitudes e de Sophia.

No ano 591, a igreja a relacionou com passagens dos evangelhos, que


supostamente descreviam mulheres “pecadoras” e então, ela passou a ser
reconhecida como uma pecadora arrependida.

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Seu status, foi oficialmente e finalmente modificado no breviário da igreja
romana em 1969. Foram retirados os predicados de pecadora e de penitente,
que anteriormente haviam sido impostos à ela.

Em 2016, o Papa Francisco transformou o dia de Maria Madalena, 22 de julho,


em festa litúrgica. Conforme declarado pelo Vaticano, o Papa realizou esse ato,
para “assinalar a relevância desta mulher, que mostrou um grande amor por
Cristo”. O Papa lhe restituiu seu título originário de “Apóstola dos Apóstolos”.
Esse gesto de Francisco, foi profundamente simbólico e repercutiu com grande
intensidade entre os religiosos, místicos, devotos e estudiosos.

O fato é que agora, diante da informação segura, de que Maria Madalena era
realmente chamada de Apóstola dos Apóstolos pelos seus pares do colegiado
cristão, nossa mente pode voar nas asas douradas da reflexão e meditar a
respeito... E poderemos ponderar seguramente: onde estão os registros que
falam a respeito dela? Qual foi a sua participação e qual foi a sua posição no
Colegiado do Cristo, que a fizeram receber esse importante título?

Neste primeiro livro, iniciaremos a revelação de textos apócrifos e místicos,


que nos colocarão em contato com a pessoa, a vida e a obra de Maria
Madalena.

Uma parte destas informações, vem de textos apócrifos, bem como de


manuscritos descobertos em sítios arqueológicos nas últimas décadas. Outra
parte dos textos, se encontram no Evangelho Copta Gnóstico, intitulado Pistis
Sophia. E a maior parte aqui descrita, está contida nos Manuscritos dos
Cátaros. Os Cátaros foram uma Comunidade Gnóstica, que herdou textos dos
líderes cristãos dos primeiros séculos. Dentre estes líderes cristãos, haviam
várias discípulas e dentre estas, a Apóstola dos Apóstolos, Maria Madalena.

Em oração, peçamos à Sophia, a Sabedoria Celestial; e à Shekinah, Presença


Divina; para que estejam conosco nesta jornada e nos abençoem. Que por
intermédio da restauração do entendimento sobre Maria Madalena, possamos
também restaurar a Sabedoria em nossas consciências! Amém!

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Capítulo 01
Celebração à Maria Madalena

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Desde a antiguidade, no dia 22 de julho, se comemora a festa dedicada à
Maria Madalena. Os cristãos gnósticos das terras da Europa, foram os que
definiram essa data. Não temos o rastro do motivo, que explicaria o fato de
eles terem associado esta data à ela. Em 2016, a igreja de Roma passou a
comemorar essa data, como uma festa litúrgica.

A Ancestral Ordem do Templo Harmonia, uma das Ordens Místicas e Secretas,


que herdou o legado do Cristianismo Gnóstico da Sociedade dos Cátaros,
também comemora a Vitória de Maria Madalena, no mês de julho.

Por intermédio deste livro, nos unimos com diversas pessoas, historiadores,
escolas, templos e grupos místicos e espiritualistas, que estão trabalhando
para revelar a verdade sobre essa Apóstola, chamada pelo Mestre Jesus, de
Pleroma dos Pleromas (Plenitude das Plenitudes). E chamada pelo Colegiado
do Cristo, de Apóstola dos Apóstolos.

Importantes revelações, serão compartilhadas nos capítulos que se seguem. A


Ancestral Ordem do Templo Harmonia, autorizou a revelação de alguns trechos
das passagens dos Manuscritos dos Cátaros, que até este presente momento,
eram disponibilizadas apenas para o Círculo Interno desta Ordem. Devido a
estarmos vivendo um momento de maturidade e respeito pelas diferentes
interpretações do Legado do Cristo, a Ordem do Templo Harmonia decretou a
abertura destas revelações. Os próximos capítulos nos revelarão, a verdadeira
face da Mestra Maria Migdal.

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Capítulo 2
A Sociedade Cátara

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Existiu uma antiga comunidade cristã, que dentre outras, também foi
considerada herege pela igreja de Roma, e que recebeu o nome de sociedade
dos cátaros. Uma das prováveis causas para esse nome, viria de um termo de
origem grega, com o significado de “os puros”.

Os Cátaros, praticavam o cristianismo de forma diferente das práticas


estabelecidas pela igreja de Roma. Eles interpretavam o Cristianismo de uma
forma mais mística, gnóstica e também realizavam exercícios espirituais,
considerados profanos pela igreja. Tudo indica que a primeira região na qual
eles se estabeleceram como comunidade, foi Limousin, na França.

Entre os séculos XI e XII, o catarismo se desenvolveu em diversos países da


Europa e seus praticantes receberam diferentes nomes. Na Alemanha, foram
chamados de “Ketzers”. Na Itália, de “Patarinos”. Na Bulgária, foram
conhecidos como “Bogomilos”.

No século XIII, a maior das comunidades Cátaras, estava localizava na cidade


de Albi, região francesa de Languedoc. Nesta região, eles também ficaram
conhecidos como “Albigenses”.

Os Cátaros, tinham uma interpretação mística e esotérica do mundo e se


baseavam nos Livros de Conhecimento, que foram escritos pelos discípulos,
mediante ensinamentos transmitidos pelo Mestre Jesus, após a sua
ressurreição. O Mestre aparecia para os inúmeros grupos que se reuniam, sob
a liderança dos discípulos, e lhes ensinava sobre os Mistérios Maiores, das
Casas de Muitas Moradas do Pai Altíssimo. Uma das obras com a qual os
Cátaros trabalhavam, é a que conhecemos hoje, pelo nome de Pistis Sophia.

Essa comunidade cristã gnóstica, não trabalhava apenas com os ensinamentos


ministrados por Jesus, enquanto ele esteve manifestado em seu corpo carnal,
até a idade de 33 anos. Hoje, os místicos gnósticos chamam essa fase de “O
Jesus histórico”. Mas trabalhavam também, com os ensinamentos ministrados
por Jesus após a sua ressurreição. Os místicos gnósticos, chamam essa fase de
“O Jesus Glorificado”.

Foram considerados hereges em sua época, pois se recusaram a abdicar de


sua interpretação do cristianismo, bem como de suas práticas e exercícios
espirituais. Que em sua maioria, vinham das obras relacionadas ao Jesus
Glorificado, obras essas que foram consideradas demoníacas pela igreja de
Roma.

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Neste momento, façamos uma oração, agradecendo à Presença Divina! Pois
como sociedade, conseguimos alcançar maior clareza e senso de justiça. E por
essa razão, não mais consideramos “hereges”, as pessoas e os grupos que dão
diferentes interpretações às inúmeras obras cristãs.

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Capítulo 03
Cátaros, hereges ou místicos?

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Por que a sociedade Cátara foi considerada herege pela igreja romana? Nos
dias atuais, os historiadores descrevem inúmeras razões.

Os Cátaros não aceitavam a igreja romana como única e exclusiva


representante oficial do Cristo. Precisaremos realizar uma viagem através do
tempo e conhecer um tantinho de história. Ela nos revelará quais foram as
razões pelas quais os cátaros, não aceitavam a igreja romana, como única
representante do Cristo.

Nos primeiros anos após a morte e a ressurreição de Jesus, o movimento


chamado de cristianismo, foi até tolerado pelo governo romano. Mas com o
tempo, os cristãos passaram a se expandir muito rapidamente. E muitos tipos
de “milagres” estavam acontecendo em suas comunidades, atraindo cada vez
mais seguidores. Então, o movimento cristão passou a ser visto como uma
perigosa ameaça. Por esse motivo, o governo de Roma passou a perseguir os
cristãos. A sentença judicial para uma pessoa que fosse considerada cristã, era
a pena de morte. Nessa época, era comum o lamentável espetáculo, de
cristãos sendo atirados aos leões no coliseu de Roma, para divertimento das
multidões que lotavam a plateia.

Foi somente no reinado do imperador Constantino, a partir do ano 323 d.C.,


que a fé cristã passou a ser aceita e até mesmo incentivada pelo governo
romano. Hoje, sabemos que essa mudança de paradigma se deveu a uma
estratégia política. Para compreendermos melhor essa estratégia, podemos
nos valer do ditado popular: “Quando você não pode com o inimigo, una-se a
ele”.

Para que o governo tivesse o controle de tudo o que acontecia dentro das
inúmeras comunidades cristãs, seria necessário que se criassem mecanismos,
para tornar possível esse controle. Em 323 d.C., Constantino coordenou uma
conferência na cidade de Niceia, Turquia, onde foram definidos os textos e as
crenças que deveriam se tornar as bases do cristianismo. Todos os grupos que
estavam ali representados, deveriam concordar. Não é difícil imaginar que,
centenas de grupos cristãos não estavam ali representados. Além disso, dos
que estavam ali presentes, deve ter havido vários que não concordaram com
as bases estabelecidas.

A partir daquele momento, foram nomeados novos bispos, autorizados pela


nova igreja romana. Esses novos bispos, passaram a coordenar as assembleias

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cristãs. Foram eles também que decidiram sobre os manuscritos que deveriam
permanecer ou não nestas comunidades cristãs. Os que eram considerados
“perigosos”, eram recolhidos e guardados pelas autoridades maiores ou eram
destruídos.

Diante deste triste destino para os manuscritos e suas diferentes


interpretações, não é difícil entender os motivos que levaram centenas de
grupos cristãos, a não aceitarem os postulados da igreja de Roma. E muito
menos, considerarem aceitável, que essa igreja fosse considerada a única
representante oficial do Cristo.

Mas existiram ainda outros motivos, bastante relevantes, que fizeram com que
a sociedade cátara fosse um dos grupos cristãos dissidentes da igreja romana.
E por esse motivo, fossem considerados hereges pela mesma.

Eles não aceitavam a narrativa dos evangelhos, conforme descritos nos


documentos chancelados pela igreja romana.

Não aceitavam que outras centenas de evangelhos e registros sobre a vida de


Jesus e seus discípulos, fossem chamados de “diabólicos”.

Não aceitavam que esses demais evangelhos e registros, fossem


exterminados, como fazia a igreja romana.

Acreditavam que os diferentes grupos, com diferentes interpretações do legado


cristão, poderiam viver, cada um com sua liberdade de interpretação e
expressão. E que isso não prejudicaria o avanço da compreensão do Cristo.

Acreditavam que a purificação interna, era mais importante do que as liturgias


e cerimônias externas.

Acreditavam, que a confissão não deveria ser feita diante de um sacerdote,


mas diante de Deus.

E acima de tudo, acreditavam que as mulheres tinham todo o direito de


exercer cargos de liderança e sacerdócio.

Mas devemos nos fazer uma pergunta: Todos esses motivos listados, seriam a
razão para se decretar a morte de toda uma sociedade e o extermínio de todos
os seus manuscritos? Ou existiria algo mais?

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Capítulo 4
Os Manuscritos dos Cátaros
e as Discípulas de Jesus

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Os Manuscritos dos Cátaros, nos revelam a importância das discípulas do
Mestre Jesus. Eles descrevem um profundo estudo e posterior exercício
espiritual, que foram ensinados por Jesus. E ministrados às primeiras
comunidades cristãs da Europa, pela Senhora e Instrutora Maria Migdal (A
Torre).

Para a comunidade Cátara, bem como para outras comunidades cristãs


gnósticas, Maria Migdal é quem tinha o cargo de Instrutora Maior do Colegiado
Cristão. Em torno desta Senhora e Instrutora, se desenvolveu um
extraordinário complexo de Comunidades, Igrejas, Escolas e Textos de
Conhecimento Iniciático Cristão, que chegou até o século XI.

A partir do ano 500 d.C., se iniciou uma forte investida, para que essas
comunidades e a memória de Maria Migdal, fossem apagadas da face da terra.
Isso porque, uma igreja patriarcal, não conseguiria se estabelecer como
autoridade absoluta, caso perdurassem grupos que tivessem uma
interpretação livre, mística, gnóstica e que consideravam uma mulher, a sua
máxima autoridade.

Para tanto, seria necessário que a autoridade do Colegiado Feminino do Cristo,


fosse desacreditada. E também seria necessário, que o Conhecimento
Espiritual, que tornava os homens capacitados a entrar em comunhão com
Deus por conta própria, fosse apagado.

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Capítulo 5
Maria Madalena através dos séculos

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No ano 591, o Papa Gregório realizou um sermão, no qual associou Maria
Madalena à mulher pecadora, dando a entender que o pecado estava vinculado
a uma vida de prostituição. Devido a esta descrição feita pelo Papa, num
momento solene de sua igreja, seus seguidores passaram a ter essa
interpretação sobre Maria Madalena.

Nesta época, as comunidades cristãs gnósticas da Europa, viam Maria


Madalena como uma das Sagradas Mulheres, como a Mística Sophia e como a
Apóstola dos Apóstolos.

Essas comunidades possuíam manuscritos, que descreviam a vinda de Maria


Madalena para as terras da Europa, juntamente com um grande grupo de
discípulos, dentre eles, outras duas mulheres chamadas Maria, José de
Arimatéia, Lázaro, Tiago, Marta, Sara, Marcela, dentre vários outros.

Ocorreu então, uma forte divisão entre os cristãos. De um lado, os que


acreditavam ser Maria Madalena uma pecadora arrependida. E de outro, os
que acreditavam que Maria Madalena era uma Senhora Sagrada e Instrutora
Maior do Colegiado Cristão.

De um lado, os que acreditavam que Maria Madalena viveu os seus dias


reclusa numa caverna, fazendo penitência até sua morte. E de outro, os que
acreditavam que ela se valeu de sua sabedoria e poder, para ensinar e formar
grupos, que trabalhavam com a Sabedoria do Cristo, para que, como ela, se
libertassem das sete obscuridades e dos sete níveis de sofrimento.

Foi somente em 1969, que a igreja romana reformulou seu discurso.


Oficialmente, mas de forma bastante discreta, a igreja dissociou a pessoa de
Maria Madalena, das mulheres consideradas pecadoras. Acredita-se que foi
necessária essa retratação, por parte da igreja romana, devido às inúmeras
descobertas de manuscritos, que estavam vindo à tona e sendo traduzidos, por
peritos independentes da igreja. Estes revelavam informações a respeito de
Maria Madalena.

Em 2016, como dissemos anteriormente, o Papa Francisco restituiu o título


originário pelo qual Maria Madalena era conhecida, desde o início. Inclusive
pelos seus pares cristãos: Apóstola dos Apóstolos.

Seu título original lhe foi restituído. Resta agora, que nos sejam restituídos os
seus escritos!

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Capítulo 6
Discípulas do Cristo

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Existem registros, dos primeiros cristãos que foram relegados às sombras.
Outros foram banidos. Outros foram destruídos. Mas para nossa sorte, muitos
registros sobreviveram.

Logo após a morte do Mestre Jesus na cruz, muitos grupos começaram a se


formar, para estudar e praticar a Sabedoria Espiritual revelada por Ele. Esses
grupos, nasciam a partir dos discípulos que fizeram parte do Colegiado de
Jesus. Mas existe uma verdade que foi ocultada para a maioria de nós. Esta
verdade diz que, a maior parte destes grupos, era coordenado pelas discípulas.

Foram elas que formaram as primeiras comunidades, as primeiras Casas da


Boa Nova e as primeiras Igrejas. Enquanto os discípulos faziam o trabalho de
divulgação de forma aberta e pública, as discípulas coordenavam o trabalho
com a Ciência Espiritual do Cristo, no interior das primeiras Casas do Caminho,
ministrando a Sabedoria Iniciática!

Os antigos manuscritos dos cátaros e também de outros primitivos grupos


cristãos, nos revelam essa verdade sobre as discípulas. Agora, vamos dar uma
olhadinha no que a história descobriu nos últimos tempos.

Hoje, existem textos relacionados ao cristianismo primitivo, que foram


descobertos entre 1940 e 1950, nas cavernas localizadas em Qumran. Este
local se tornou um sítio arqueológico e está localizado na Cisjordânia a cerca
de 22 quilômetros de Jerusalém. É administrado pelo Parque Nacional
de Qumran, em Israel.

Outros manuscritos foram descobertos no ano de 1945, em Nag hammadi,


região do alto Egito. Trata-se de uma grande coleção de textos gnósticos do
cristianismo primitivo. Atualmente, todos os códices estão preservados no
Museu Copta do Cairo, Egito.

Os textos nos códices, estão escritos em copta e dentre eles temos o


Evangelho de Tomé, um dos apóstolos que recebeu de Jesus, a tarefa de
registrar todos os fatos por escrito. Nas “declarações” do Evangelho de Tomé,
existem várias passagens que falam a respeito de como as mulheres eram
honradas por Jesus e que, diferentemente da maioria das sendas religiosas
daquela época e local, Jesus era um Mestre que autorizava as mulheres a se
comportarem, dentro do seu grupo, com os mesmos direitos concedidos aos
homens. Isso causava estranheza para alguns dos homens, principalmente

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para os mais acostumados com o comportamento puramente hebraico, como
era o caso de Pedro.

Outro importante códice descoberto no sítio arqueológico de Nag hammadi, é o


Evangelho de Filipe, outro discípulo que recebeu a tarefa, dada pelo Mestre, de
registrar por escrito, todos os dias, os acontecimentos vividos pelo grupo. É de
Filipe uma importante passagem, que descreve o seguinte: “Três Marias
sempre caminhavam junto ao Senhor: Maria sua mãe, Maria sua irmã e Maria
de Magdala, que é chamada de sua companheira.”

Muitos destes códices, nos revelam alguns nomes das discípulas e apóstolas de
Jesus. Estes mesmos nomes e mais alguns, também são encontrados nos
Manuscritos dos Cátaros.

Celebremos em nossos corações, a grandeza, a sabedoria e a coragem destas


Mulheres, que estiveram à frente de seu tempo e que foram vitoriosas na
Sabedoria Espiritual do Cristo:

Maria, Mãe de Jesus; Isabel, prima de Maria e mãe de João Batista; Maria
Migdal, a Torre; Maria Salomé, irmã de Jesus; Marta, irmã de Maria Migdal;
Joana, esposa de Cuza, o procurador de Herodes; Maria, mãe de Tiago menor;
Salomé irmã de Tiago menor; Suzana; Verônica, a que foi curada da
hemorragia; Sithar, a Samaritana; Sara, a etíope; Dorcas; Raquel; Débora;
Cornélia; Thalita; Leôncia; Marcela; Lia; Tamiris; Priscila e Silá.

Não é certo relegá-las à sombra. Não podemos esquecê-las!

Que a Força delas nos abençoe hoje e sempre!

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Capítulo 7
Maria Madalena, Plenitude das
Plenitudes

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“...É necessário que trilhemos a senda desde os primeiros ditos, revelados
pelos vitoriosos nos mistérios menores, para que aprendamos a purificar a
nossa matéria... Após trilharmos os mistérios menores, revelados por Nosso
Senhor, será necessário que adentremos na compreensão destes mistérios,
para que assim, nossa Irmandade possa compreender e honrar a Senhora
Maria, chamada Migdal e também chamada de Plenitude das Plenitudes. Títulos
estes, dados a ela, por Nosso Senhor Jesus, o Cristo...”
(Claudino de Nimes – Manuscrito dos Cátaros – Tomo 7/35)

Neste capítulo, iniciamos o compartilhamento dos manuscritos dos cátaros. Em


alguns momentos, as passagens destes manuscritos são escritas pelo próprio
autor, que narra sua própria vivência. Em outros momentos, são passagens de
um autor, que está descrevendo sobre a vida e a obra mística de uma outra
pessoa.

Nesta passagem, um bispo do cristianismo gnóstico, chamado Claudino, que


exercia seu ofício na cidade de Nimes, França; está ensinando aos cristãos,
sobre a importância de se conhecer os “Mistérios Menores”. Para que desta
forma, possam compreender o que seja “Plenitude das Plenitudes”, título que o
Mestre Jesus deu à Maria Madalena.

Para que possamos aprofundar o tema, vamos detalhar cada trecho:

“...É necessário que trilhemos a senda desde os primeiros ditos, revelados


pelos vitoriosos nos mistérios menores, para que aprendamos a purificar a
nossa matéria...”

Aqui, o instrutor declara que existe uma “senda” a ser trilhada e instrui que ela
deve ser trilhada desde os primeiros ditos, ou seja, existe uma sequência a ser
trilhada nesta senda. Quem estabeleceu essa senda, foram os chamados
“vitoriosos nos mistérios menores”. Esses são os que conheceram e
vivenciaram os preceitos dos mistérios menores, ensinados pelo Mestre Jesus;
e alcançaram a mestria nestes mistérios. Neste trecho, Claudino também
ensina, que existe um conhecimento nestes mistérios, que faz com que nos
capacitemos para “purificar nossa matéria”, ou seja, existe uma ciência de
autocura para os nossos corpos físicos.

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“...Após trilharmos os mistérios menores, revelados por Nosso Senhor, será
necessário que adentremos na compreensão destes mistérios, para que assim,
nossa Irmandade possa compreender e honrar a Senhora Maria, chamada
Migdal e também chamada de Plenitude das Plenitudes. Títulos estes, dados a
ela, por Nosso Senhor Jesus, o Cristo...”

Aqui o instrutor Claudino, ensina que, não basta apenas conhecer


intelectualmente os mistérios. Mas sim, que “adentremos na compreensão dos
mesmos”, ou seja, temos que experenciá-los misticamente, internamente.
Temos que “viver” estes mistérios. Ele declara que um estudante da Senda,
não conseguirá dimensionar o que seja “Plenitude das Plenitudes”, uma das
faces místicas de Maria Madalena, antes de compreender estes “mistérios
menores”.

Este trecho do manuscrito, também nos revela algo muito importante, tema
deste livro e deste curso. Ao estudarmos os manuscritos, tudo leva a crer, que
existia uma senda iniciática, baseada em exercícios místicos, que aqui
começam a nos ser apresentados como “mistérios menores”. E o apóstolo a
quem foi dada a autoridade, por Jesus, para ministrar e orientar sobre essa
senda mística e iniciática, foi Maria Madalena.

Neste pequeno trecho do texto de Claudino, percebemos que a prática mística


dos antigos cristãos, era muito superior ao que conhecemos hoje.

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Capítulo 8
Madalena e suas Iniciações

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“...É necessário que compreendamos sua caminhada, na busca pelos Mistérios
Maiores de Isis e pelo Tratado Magistral. E que posteriormente, se transformou
na busca pela realização em Cristo, reconhecido por ela, como a Presença do
Primeiro Mistério entre nós.”
(Claudino de Nimes – Manuscrito dos Cátaros Tomo 7/43)

Estes registros, nos revelam que Maria Madalena, realizava uma busca por
conhecimentos espirituais, místicos, alquímicos e até científicos. Mesmo antes
de compreender a realidade do Cristo, através de Jesus.

Ela frequentou as Escolas Iniciáticas do Egito e outros registros declaram que


ela fez parte da antiguíssima Escola do Olho de Isis.

O termo “Tratado Magistral”, estaria relacionado com a Cabala egípcia e


também é um termo muito utilizado na antiga e moderna alquimia. Seria um
conhecimento sobre a natureza de todos os elementos deste nosso mundo e
que capacitaria o adepto, a ter domínio sobre esses elementos. Talvez tenha
sido o domínio deste conhecimento, que capacitou Jesus, a curar variados
tipos de doenças, como a lepra, em poucos minutos; bem como andar sobre as
águas, acalmar a tempestade e multiplicar pães e peixes.

Neste trecho dos manuscritos, Claudino dá a entender, que houve um


momento em que Maria reconheceu em Jesus, a presença do Primeiro Mistério
entre nós. E neste reconhecimento, ela percebeu que, por meio da realização
no Cristo, ela alcançaria tudo o que sempre buscou, por intermédio das outras
sendas e ainda mais.

O entendimento sobre o termo “Primeiro Mistério”, é profundamente discorrido


nos evangelhos místicos e gnósticos, como Pistis Sophia. Nas aulas deste
nosso curso, conseguiremos entrar em maiores detalhes. Foi assim que os
discípulos passaram a chamar Jesus, quando Ele passou a ministrar
ensinamentos esotéricos ao seu colegiado, após Sua ressurreição.

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Capítulo 9
A Família de Maria Madalena

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“...Maria Migdal, nasceu nas terras da Judéia e pertenceu a uma família da
linhagem real de Davi. Seu pai pertencia à Ordem de Melquisedeque e era
homem justo em sua dedicação. Sua mãe era estrangeira, vinda das terras da
Gália, onde o casal mantinha algumas propriedades. Maria teve dois irmãos:
Lázaro e Marta...”
(Lorenza de Languedoc – Manuscrito dos Cátaros Tomo 9/67)

Neste trecho, temos revelações muito esclarecedoras. O fato de Maria ser filha
de uma mulher estrangeira, não judia, explicaria muitas coisas. Dentre elas,
ser retratada com os cabelos avermelhados nas antigas pinturas, não se
comportar e nem se vestir como uma mulher judia, ser tratada com
preconceito por alguns integrantes do colegiado de Jesus, como Pedro; e ter
ido para as terras da Gália, anos após a morte de Jesus.

Por parte de pai, ela pertencia a um dos vários ramos familiares, descendentes
do Rei Davi. Essa informação é digna de nota nos manuscritos cátaros, por
vários motivos. Dentre eles, os cátaros entendiam que vinha acontecendo uma
“transfiguração”, ou seja, um melhoramento genético, nos ramos familiares
descendentes de Davi, que trabalhavam com a avançada ciência, que
Melquisedeque havia entregue à Abraão em tempos ancestrais.

Outra informação que os cátaros fizeram questão de registrar, é a de que seu


pai pertencia à Ordem de Melquisedeque e que era “homem justo em sua
dedicação”. O que os cátaros querem dizer com essa observação? Querem
dizer que o pai de Maria, trabalhava de forma séria e profunda na senda
iniciática desta Ordem. O fato de os cátaros registrarem isso em seus
manuscritos, nos revela que eles tinham o entendimento do amplo significado
desta informação. Outros vários personagens desta saga cristã, que faziam
parte da Ordem de Melquisedeque eram: José, pai de Jesus e o próprio Jesus;
Zacarias, pai de João Batista; João Evangelista; Lázaro; Tiago; André; José de
Arimatéia; Nicodemos; dentre outros.

Outro ponto de suma importância registrado neste trecho dos manuscritos e


escolhido por nós, para compor este livro: Maria Madalena é irmã de Marta e
Lázaro, ou seja, conforme o parecer de vários historiadores, Maria de Betânia e
Maria Madalena são a mesma pessoa. Isso explicaria a nuance carinhosa da
parte de Jesus para com essa família, que foi registrado de leve, mas foi. Até
mesmo nos evangelhos canônicos.

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Capítulo 10
Maria Madalena, uma mulher
à frente de sua época

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“...Os pais de Maria, permitiram que seus 3 filhos, tivessem acesso à cultura
judaica e também às culturas estrangeiras. Também permitiram, que
morassem em outras nações. Maria foi patrocinada por seus pais e viveu sua
juventude entre a Gália e o Egito. Era desejo dela, não passar grandes
períodos nas terras da Judéia, por não se adaptar ao modo como as mulheres
eram tratadas...”
(Lorenza de Languedoc – Manuscrito dos Cátaros Tomo 9/81)

Através destas informações, vamos compondo os traços de personalidade e a


natureza sofisticada e cosmopolita que Maria deve ter tido. Até mesmo nas
terras da Judéia, ela teve a oportunidade de estudar, diferentemente da
maioria das jovens judias. Nestas terras, existiam muitas comunidades gregas,
persas, egípcias, romanas, dentre outras. Existiam famílias judias, que se
relacionavam naturalmente com essas outras comunidades, enquanto outras
eram mais radicais e não apreciavam esse convívio.

Pelos registros dos manuscritos apócrifos, tudo leva a crer, que a família de
Maria Madalena se relacionava tanto comercialmente, quanto socialmente, com
as diferentes comunidades que viviam nas Terras da Judéia e Israel.

Também poderemos observar pelos manuscritos, que era uma família de


eruditos, que apreciava a cultura das diferentes comunidades. E que Maria,
desde nova, estudava diferentes idiomas e os mais variados temas, dentre
estes, música e álgebra.

Os manuscritos, descrevem que Maria não quis permanecer em Israel, por não
apreciar o tratamento dispensado às mulheres. Podemos observar aqui, que
Maria pôde comparar a realidade feminina vivida em Israel, com a realidade de
outras nações. Isso foi possível, primeiramente devido ao fato de sua mãe ser
uma mulher celta. A comunidade celta era uma das comunidades femininas
mais livres e honradas por seus pares, naqueles tempos. Tentemos imaginar
como a casa e a família de Maria deviam ter um “colorido” totalmente diferente
das outras, pois sua matriarca era uma mulher considerada como “igual” por
seu esposo, exercia naturalmente seu poder e também era culta.

Em sua juventude, Maria viveu entre a Gália e o Egito. As duas nações que, na
época, tinham uma forte religiosidade baseada na Deusa Mãe. Teria sido por
esse motivo que Maria se sentiu atraída para viver nestas terras?

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Nós podemos observar que Maria, desde nova, recebeu fortes influências,
tanto dos aspectos masculinos bem resolvidos, quanto dos aspectos femininos
bem resolvidos.

Além disso, recebeu fortes influências, para desenvolver uma consciência, que
conseguiria interpretar Deus manifestado em suas polaridades. Deus Pai e
Deusa Mãe. Deus manifestado em Espírito e Deusa manifestada em Matér(ia).
O aspecto Rigoroso (Divindade Pai) e o aspecto Amoroso (Divindade Mãe). O
aspecto Manifestador (Divindade Pai) e o aspecto Mantenedor (Divindade
Mãe).

Estaria Maria, sendo preparada desde nova, para no futuro, exercer um


importante papel no colegiado do Cristo? Seria ela, a pessoa que conseguiria
se unir misticamente à face da Deusa e da Sophia Celestial?

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Capítulo 11
Maria Madalena e sua busca alquímica

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“...Em suas cartas, a Senhora Maria nos conta, sobre sua febre alquímica. Em
como ela cruzou a linha da lucidez, na ânsia de desvelar os segredos dos
elementos e das substâncias, que precipitam a transmutação e a iluminação
dos corpos. No início, ela não compreendia corretamente a Saga de Sophia e
não entendia como a Sabedoria poderia ficar aprisionada no espírito da
sombra, tal qual a pomba pode ficar aprisionada no laço do passarinheiro. Foi
somente quando o Mestre lhe explicou, que ela alcançou a compreensão...”
(Lorenza de Languedoc – Manuscrito dos Cátaros Tomo 9/94)

Nesta passagem dos manuscritos dos cátaros, nós temos revelações que são
mais esotéricas e místicas, do que históricas. Tratam da relação de Maria com
a Sabedoria Espiritual. Nos revelam, que Maria se dedicou profundamente na
conquista do entendimento desta sabedoria. Dedicou-se tanto que, na ânsia de
entender os tratados e os seus segredos, cruzou a linha da lucidez, como ela
teria revelado em seus escritos. Ou seja, ela mesmo revela que perdeu a
razão, enquanto buscava o conhecimento que desejava entender e dominar.

Este trecho do manuscrito é muito importante para os estudantes da mística


cristã. Ele fala sobre o desejo desmedido, de se conquistar algo, de se
“ansiar” por algo. Antes mesmo de se ter o entendimento para se lidar com
sabedoria, com esse “algo”.

Nos evangelhos apócrifos, dentre eles Pistis Sophia, o Mestre Jesus nos revela
a saga da Celestial Sophia e de como ela “caiu” dos mundos superiores, pois
ela ansiou por conquistar um nível de luz, com a qual não estava preparada
para lidar. A ânsia da Sophia Celestial a cegou e ela perdeu a clareza sobre as
etapas do caminho da conquista. O Mestre Jesus ensinou que, cada etapa
vivenciada corretamente, nos prepara para a próxima. Muitas vezes ele
declarou: “- Não é possível se conquistar o céu à força.”

Podemos observar, que Maria entrou em contato com obras místicas, que
ensinavam a importante revelação de que, no nosso universo, a Sabedoria
Celestial estava aprisionada pelo espírito da sombra. Exatamente como Jesus
ensinaria para seus discípulos no futuro, após a sua ressurreição. E talvez,
Maria Madalena tenha recebido o nome de Sophia, justamente porque passou
pela experiência arquetípica da Sophia Celestial: ansiou por conquistar algo
que estava acima da sua maturidade, perdeu a clareza e vivenciou uma
“queda”.

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Estudar misticamente sobre a vida e as experiências de Maria, suas conquistas
e suas quedas, sua inteligência e sua tolice; e posteriormente sua vivência
com os ensinamentos ministrados por Cristo, que a fizeram conquistar
Sabedoria e Poder, nos revelam “chaves”, que nos ajudam a cruzar as portas
que estão bloqueando nosso caminho de evolução.

Nos dias atuais, um percentual de seres humanos finalmente atingiu um nível


de maturidade espiritual. E devido a este fato, as obras que tratam da ciência
espiritual, reveladas pelo Colegiado de Madalena, estão ressurgindo, para que
estas “chaves “sejam entregues para os que estão preparados para viver a
“libertação da prisão do sofrimento” e posterior “vida de evolução superior”.

Talvez neste ponto você se pergunte: “- Como posso saber se eu sou uma
dessas pessoas?”.

E respondemos nós: Se você chegou até aqui, lendo esse E-book ou livro e
fazendo este curso, é porque tem potencial para dar esse passo evolutivo! Sua
Presença Divina está conduzindo você.

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Capítulo 12
Maria Madalena nas terras dos
Druidas

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“...Nos conta que, em suas primeiras viagens com seus pais, se encantou pelas
terras da Gália. Ela tinha 10 anos de idade e após uma longa jornada,
seguindo pelas antigas rotas comerciais fenícias, chegaram à Gália. Nestas
terras, seu pai comercializava estanho, juntamente com outros associados; e
ensinava este ofício para Lázaro, seu filho, que o sucederia nos negócios da
família...”
(Manuscritos dos Cátaros - Tomo 7/74)

Nos evangelhos apócrifos, encontramos registros sobre pessoas que fizeram


parte da vida de Jesus e frequentaram as terras da Bretanha e da Gália. Isso
acontecia por duas razões: comércio e educação.

Os livros considerados apócrifos, descrevem que o pai de Maria Madalena e


José de Arimatéia, tio avó de Jesus; eram sócios e ricos comerciantes de
estanho. Eles tinham barcos que buscavam o estanho nas terras da Bretanha e
o manufaturavam para comercialização nas terras do oriente.

Existem registros de propriedades de José de Arimatéia em Glastonbury, que


fica a 5.300 quilômetros de Jerusalém. Seriam essas propriedades, que
explicariam o motivo pelo qual, após a crucificação e morte de Jesus; José de
Arimatéia viajou e se estabeleceu nesta região, levando consigo o Santo Graal.

Este trecho dos manuscritos, nos revela que o pai de Maria Madalena levou
seus filhos para Gália, para apresentá-los aos locais onde a família tinha as
propriedades relacionadas ao trabalho com o estanho. O motivo deveria ser a
preparação de Lázaro, para que no futuro, ele pudesse assumir e administrar
os negócios da família.

“...Maria pediu a seu pai, que a deixasse permanecer nas terras da Gália, para
estudar nas Escolas Druídas, e ele permitiu. Seu irmão Lázaro, pediu para ficar
com ela e também realizar os mesmos estudos. E seu pai também permitiu. E
o orientou que, enquanto permanecesse ali, ficasse com seus familiares
maternos e aprendesse todo o ofício da mineração de estanho...”
(Manuscritos dos Cátaros - Tomo 7/74)

“...Seus manuscritos, nos revelam sua profunda veneração e gratidão pelos


anos em que estudou nas Universidades Druídicas. Ela aprendeu idiomas de
diferentes nações, alquimia, astronomia, astrologia, geometria, dentre outras
matérias ministradas pelos Druidas. Neste período, conheceu líderes de muitas

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casas e de diferentes nações. Ela e seu irmão Lázaro, eram muito respeitados
e queridos. E também eram muito procurados, para que ajudassem na
compreensão da alquimia, a matéria preferida de Maria...”
(Manuscritos dos Cátaros - Tomo 7/93)

Ao longo dos séculos, a história sofreu muitas investidas danosas, que


manipularam e falsificaram informações. Foi o que aconteceu também no que
diz respeito aos Druidas e às suas comunidades. Devido a isso, existem poucas
informações imparciais a respeito deles e de sua cultura. Todavia, sabemos
que suas universidades desempenharam um importantíssimo papel na
educação dos jovens da antiguidade.

Um estudante levava vinte anos, para concluir os estudos do currículo druídico.


Esse currículo incluía diversos idiomas, astronomia, astrologia, álgebra,
geometria, alquimia, magia, botânica, geografia, mitologia, direito, filosofia e
oratória. Havia quarenta universidades druídicas, funcionando na Bretanha e
na Gália, na época de Jesus. O total de estudantes, alcançava a cifra de
sessenta mil e neste elevado número, estavam inclusos os filhos de
importantes líderes e também da nobreza de várias nações da Europa, bem
como de nações de outros continentes.

Maria Madalena e seu irmão Lázaro, estudaram nestas universidades. Existem


relatos ancestrais, em vários locais da Bretanha, que dizem que Jesus também
peregrinou por lá. Existe um registro histórico, escrito por um príncipe bardo-
druida chamado Taliesin, que viveu por volta de 550 d.C., que diz:

“Cristo, o Verbo do princípio, foi desde o início nosso Mestre e desde o início o
honramos e jamais esquecemos os seus ensinamentos.”.

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Capítulo 13
Madalena e as Mulheres Celtas

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“...Todas as mestras me causavam profunda impressão, quando ministravam
suas aulas. Vê-las na frente do auditório, majestosas e inteligentes, versando
como rainhas em suas matérias, caminhando de um lado para o outro,
manuseando os instrumentos de sua ciência: ora as réguas, ora os tabuleiros,
ora os bálsamos, ora as plantas, ora os desenhos do céu ou os mapas das
terras... Vê-las, me fazia refletir sobre a triste condição das mulheres de
outras nações, algumas inclusive consideradas inferiores e destituídas de
alma...”
(Escritos de Maria Migdal (Trechos) - Manuscritos dos Cátaros - Tomo 08)

Neste trecho do manuscrito, temos os escritos da própria Maria Madalena. Ela


nos fornece um precioso registro sobre as mulheres celtas de sua época, mais
particularmente sobre as que faziam parte do colegiado e do sacerdócio.

A mulher celta, diferentemente de suas contemporâneas, gozava de um


posicionamento social claramente melhor. Em sua sociedade, elas não eram
consideradas propriedades dos homens, fossem pais ou maridos e tinham uma
liberdade de ação que não se via em outras nações.

Eram protegidas pela lei, que dava a elas os mesmos direitos dados aos
homens, inclusive na partilha da herança familiar.

Podiam realizar negócios, sem o consentimento ou participação de seus


maridos.

Tinham a liberdade de escolher seus esposos, que não recebiam dotes por se
casarem com elas. Pelo contrário, as que possuíam patrimônio, continuavam
sendo as proprietárias de seu patrimônio, após o casamento.

As famílias da realeza, planejavam casamentos para suas jovens mulheres,


mas estas tinham o direito da decisão final.

Na sociedade celta, os cargos de governo, em sua maioria, eram dados aos


homens. Mas as mulheres também conseguiam desempenhar um papel
proeminente. Elas podiam se tornar Sacerdotisas e até mesmo Druidas, o
maior cargo político/religioso daqueles tempos. Um rei ou um líder celta, nunca
tomava decisões importantes, sem antes consultar a Grande Sacerdotisa e seu
colegiado.

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Algumas mulheres celtas, foram muito famosas e exerceram o cargo de
diplomatas. Existe um registro histórico, descrevendo que uma mulher,
chamada Bellora, agiu como embaixadora no estabelecimento do tratado entre
o general cartaginês Hannibal e o governante celta Volcae, durante uma
marcha contra Roma.

Plutarco escreveu no século II a.C., que era uma tradição entre os celtas, as
mulheres atuarem como mediadoras ou juízas em disputas políticas e militares
e também nas assembleias dos clãs.

Alguns antigos manuscritos, dentre eles os de origem cátara, nos revelam


mulheres celtas, que eram instrutoras e sacerdotisas, e que tinham um
elevado status dentro de sua sociedade. Elas eram mestras, magas,
astrólogas, alquimistas, terapeutas, profetisas, conselheiras, parteiras,
geômetras, engenheiras, cirurgiãs, farmacêuticas, etc. Não somente atuavam
em suas comunidades e em seus clãs, mas viajavam longas distâncias para
atuar em outras regiões.

Nos dias atuais, devido o maravilhoso trabalho da arqueologia, foram


encontrados vários túmulos com restos mortais de mulheres celtas, que foram
enterradas em pequenas câmaras, que continham vários objetos pessoais e
ritualísticos de ouro e pedras preciosas. Essas descobertas atuais, confirmam
os registros dos antigos manuscritos, que nos descrevem o elevado status das
mulheres celtas e seus enterros cerimoniais.

O renomado arqueólogo e professor, Barry Cunliffe, em sua palestra de título


“Who were the celts?”, declara que:

“Sem dúvida, se eu pudesse escolher entre ser uma mulher celta ou ser uma
mulher romana naqueles tempos, eu escolheria ser uma mulher celta.”

Em sua época, Maria Madalena também escolheu ser uma mulher celta.

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Capítulo 14
Maria Madalena e a Senhora Druida

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“...Recordo-me como se fosse hoje. Meu maior anseio, era conhecer a Grande
Senhora, mentora maior de todas as Senhoras. A maioria dos alunos, desejava
conhecer o Grão Druida. Mas eu fazia parte de uma minoria feminina, que
estudava naquelas paragens e sendo assim, meu maior anseio era conhecer a
Grande Senhora. Vez por outra, ela chamava algum estudante para estar com
ela. E desta forma, minhas preces à Grande Deusa, eram fervorosas e meu
pedido era para que ela um dia, chamasse a mim...”
(Escritos de Maria Migdal (Trechos) - Manuscritos dos Cátaros - Tomo 08-23)

“...Lembro que aconteceu numa primavera. Eu estava trabalhando na feitura


do óleo curativo do olíbano. Fazia alguns dias, que havia chegado uma
caravana trazendo a preciosa resina das terras árabes. Então, Caelis entrou no
galpão e me pediu para separar uma pequena ânfora do preparo, para
levarmos juntas para a Grande Senhora. Lembro que fiquei um tempo olhando
para ela, totalmente paralisada, não acreditando no que ouvira. Ela então,
bateu as mãos, e disse-me: ‘- Acorde! Vamos depressa!....’ No caminho,
carregando minha ânfora, me preocupava se a feitura do óleo estaria na
proporção perfeita para mostrar à Grande Senhora...”
(Escritos de Maria Migdal (Trechos) - Manuscritos dos Cátaros - Tomo 08-37)

“...Foi a primeira vez que adentrei no espaço interno da Mansão da Senhora...


Após o jardim interno e a fonte, haviam doze degraus, que nos levavam até o
alpendre que circundava os aposentos privativos da Senhora Mairead. Em cada
um destes degraus, havia o símbolo de uma das constelações e suas fórmulas
alquímicas magistrais... Atravessamos a primeira sala e adentramos numa
outra... A Senhora estava debruçada sobre uma mesa alta, que se encontrava
bem de frente a uma grande janela e observava com muita atenção alguns
papiros, que reconheci serem egípcios. Caelis emitiu um leve murmúrio, para
avisá-la de que estávamos presentes. Ela voltou-se para nós e nos sorriu. Ao
contemplá-la, naquele exato momento, eu percebi que em nosso mundo,
existe espaço para mulheres grandiosas!
(Escritos de Maria Migdal (Trechos) - Manuscritos dos Cátaros - Tomo 08-40)

“...Minha caligrafia não poderá deixar de descrevê-la. Diferentemente dos


Senhores Druidas, sua túnica era clara, mas com o mesmo corte. Somente
mais ajustada à cintura e no seu peito havia um lindo bordado de folhas e
flores coloridas. Seus cabelos eram claros, fartos e cacheados; e estavam
presos para traz da cabeça, com vários cachos rebeldes soltos por toda parte.

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Sua tez era clara e seus olhos de um tom cor de mel. Acima das sobrancelhas,
uma linha de letras sagradas, cortava sua testa de um lado a outro. E havia
mais símbolos grafados no centro da testa, no centro da garganta, em todos os
dedos das mãos e dos pés, que inclusive estavam descalços. Seu olhar e seu
magnetismo eram tão poderosos, que eu não conseguia desviar meu olhar do
dela e ficava constrangida por isso...”
(Escritos de Maria Migdal (Trechos) - Manuscritos dos Cátaros - Tomo 08-44)

Os Manuscritos de Maria Madalena, nos presenteiam com uma riqueza de


informações, a respeito da Grã Sacerdotisa Druida de seu tempo. Ao longo dos
séculos, a sociedade humana perdeu essas informações, devido a manipulação
dos fatos, que criaram a falsa ideia de que os Druidas e seus sacerdotes eram
bruxos maléficos, que tinham pacto com o demônio. Hoje, devido à pesquisa
dos historiadores e arqueólogos, sabemos que essas informações são
inverídicas.

Muitas revelações baseadas em descobertas arqueológicas e antigos


manuscritos, vieram à tona nos últimos tempos.

Clemente de Atenas, tem uma passagem onde explica como a filosofia grega
teve sua origem. Ele disse: “E assim a filosofia, que é de qualidade tão
elevada, floresceu na antiguidade entre os bárbaros, iluminando as nações,
antes de chegar à Grécia; sua fileira inicial foi constituída pelos sábios egípcios,
pelos caldeus entre os assírios, pelos Druidas entre os gauleses e os samaneus
da Bactriana e os filósofos dos celtas que também estavam entre os magos
dos persas, que anunciaram o nascimento do salvador e chegaram à Judéia,
guiados por uma estrela...”

Orígenes, que foi aluno de Clemente, cita os Druidas da Gália, entre os povos
antigos de elevada sabedoria. Em sua obra, intitulada Comentário ao Livro de
Ezequiel, Orígenes afirma que os Druidas da Bretanha veneravam um Deus
único, antes da chegada do cristianismo e que assim ensinavam ao povo, e por
isso os celtas estavam predispostos, desde época ancestral, a receber o
batismo.

Celso, um romano do século II d.C., também deixou registros sobre os


Druidas. Ele dizia que estimava os Druidas acima dos judeus e acreditava que
eles tinham uma compreensão mais profunda sobre o Cristo.

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Neste trecho do Manuscrito dos Cátaros, temos o precioso registro de Maria
Madalena, a respeito da Grande Senhora Druida de sua época, chamada por
ela de Senhora Mairead. Uma grande mulher, que foi relegada às sombras,
descrevendo outra grande mulher, que também foi relegada às sombras.

Nos Manuscritos dos Cátaros, existem outros vários registros, tanto de autoria
de Maria Madalena, como de outros autores, que descrevem a sociedade celta
e a verdade sobre seus Druidas. Nestes registros, encontram-se muitas
passagens, que contam como os cristãos, fugidos das terras de Israel, foram
acolhidos pelos Druidas e passaram a viver em terras celtas.

Os Druidas, autoridades máximas do povo celta, compreenderam a natureza


mística dos ensinamentos de Jesus e aceitaram agregar estes ensinamentos ao
seu legado. Permitiram que discípulos e discípulas de Jesus, ministrassem
ensinamentos em suas terras.

Atualmente, estamos vivendo um momento muito especial, em que obras que


se mantiveram resguardadas, para ficarem protegidas, poderão ser reveladas.

Na sociedade dos cátaros, existia o registro que declarava que Maria Madalena
cresceu nas comunidades celtas, como uma mulher celta e que foi educada na
mística ciência de uma Senhora Druida. Os cátaros professavam naturalmente
esta verdade entre eles. E talvez essa seja mais uma razão, para que seus
manuscritos fossem parar nas fogueiras da inquisição.

Está mais do que na hora, de resgatarmos os arquétipos poderosos que essas


mulheres representaram e ainda representam. No resgate destes arquétipos,
está a garantia da nossa cura e da nossa auto realização.

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Capítulo 15
A Visão da Senhora Druida

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“ ....Então ela me disse: ‘- Chegou ao meu conhecimento, de que você é uma
estudante brilhante, que tem uma compreensão acima da média,
especialmente na Arte da Alquimia, que é a sua matéria preferida... Você
realmente tem um brilho especial, criança... E a Ave Luminosa paira majestosa
acima de sua cabeça... Seus feitos transformarão o mundo... Mas a Ave
Luminosa, exigirá de você uma coragem ímpar... Seus caminhos estão
trançados com guerreiros Mariadis vindos das estrelas, para transformar essa
terra... Vejo você caminhando com semeadores de estrelas, com heroínas e
com o Príncipe do Trono de Luz... Deste presente momento, até você
completar vinte primaveras, você viverá em minha casa e eu mesma a iniciarei
na Obra Magistral... Depois disso, veremos para onde você será enviada. Sinto
em meu coração, que a Mãe Isis vai solicitar sua presença em seu Templo.
Caso isso aconteça, eu a deixarei ir para os braços da Deusa Negra e será ela
quem vai lhe dizer a hora de voltar para a pátria de seu pai.”
(Escritos de Maria Migdal (Trechos) - Manuscritos dos Cátaros - Tomo 08-202)

Aqui nós recebemos informações puramente místicas, gnósticas e iniciáticas.


Maria Madalena, deixou registrado em seus manuscritos, as profecias que a
Grande Senhora Druida, fez a respeito do importante papel que ela própria
desempenharia, na Obra que o Cristo desencadeou na Terra e nos universos
materiais.

“... Você realmente tem um brilho especial, criança...”

Aqui a Senhora Druida revela que Maria possuía Luz em seu interior. Era uma
Alma evoluída, vinda das dimensões que trabalham com a Luz.

“... E a Ave Luminosa paira majestosa acima de sua cabeça...”

A Ave Luminosa, é conhecida como o Espírito Sagrado, em sua forma feminina.


É a Presença Divina. As asas representam um poderoso símbolo da Presença
Divina manifestada, ou numa pessoa, ou numa nação, ou num acontecimento.
Também representa o Corpo de Luz dos Anjos e dos Seres Celestes. Aqui, a
Senhora Druida, revela que Maria estava acolhida nas Asas da Presença
Divina, nas Asas do Espírito Sagrado.

Muitos artistas do passado, que eram iniciados, fizeram pinturas onde Maria
Madalena aparece com a Pomba ou outras representações de asas, pairando
acima de seus ombros. Através destas pinturas, eles querem nos revelar, que
Maria era portadora do Espírito Santo.

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“...Seus feitos transformarão o mundo... Mas a Ave Luminosa, exigirá de você
uma coragem ímpar... Seus caminhos estão trançados com guerreiros Mariadis
vindos das estrelas, para transformar essa terra...”

Aqui temos a revelação sobre a importância do trabalho de Maria Madalena,


para a transformação do planeta. Ela foi o primeiro ser humano que,
praticando a Ciência Espiritual do Cristo, conseguiu se libertar dos sete
demônios, ou seja, das sete forças obscuras, que atuam em nossos sete
chacras, pervertendo todo o nosso corpo e todos os nossos aspectos psíquicos,
nos impedindo de resgatar nossa Herança Divina. Seu feito, mudou o destino
da humanidade, pois através da vitória dela, a Hierarquia Divina teve a
comprovação, de que a libertação e transmutação dos corpos humanos, seria
possível de acontecer.

Maria Madalena enfrentou todo o tipo de adversidade, para realizar a tarefa


que Jesus determinou para ela. E nada a fez desistir. Aqui, a Senhora Druida
prepara seu espírito, revelando que Maria teria que ser corajosa para ser
vitoriosa em sua jornada.

A Senhora Druida também revela, que Maria estava unida à guerreiros vindos
das estrelas. Ela fala aqui, de uma Hoste Angelical, que acompanharia Maria ao
longo de sua vida, para que ela conseguisse realizar a sua tarefa.

“... Vejo você caminhando com semeadores de estrelas, com heroínas e com o
Príncipe do Trono de Luz...”

Maria Madalena caminhou com semeadores de estrelas, ou seja, outros


indivíduos que trilharam a Senda Crística com ela e que também manifestaram
aqui na Terra, Códigos de Luz, vindos dos Céus Superiores.

Madalena também caminhou com heroínas, espíritos femininos de altíssima


envergadura, vindos de dimensões superiores, que encarnaram na Terra
naqueles tempos, para mudar a triste realidade planetária e estabelecer novas
possibilidades evolutivas para os seres.

E caminhou com o Príncipe do Trono de Luz. Aqui, a Senhora Druida revela sua
profunda compreensão a respeito da real natureza de Jesus e de seu
entendimento de que este Príncipe do Trono de Luz, estaria presente na Terra,
em corpo físico e caminharia com Madalena. Jesus faz parte da verdadeira
realeza, que coordena a evolução nas dimensões materiais e que vem

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trabalhando para elevar a consciência dos humanos seres, que resistem em se
re-unir com as Dimensões Superiores da Irmandade de Luz.

“... Deste presente momento, até você completar vinte primaveras, você
viverá em minha casa e eu mesma a iniciarei na Obra Magistral... Depois disso,
veremos para onde você será enviada. Sinto em meu coração, que a Mãe Isis
vai solicitar sua presença em seu Templo. Caso isso aconteça, eu a deixarei ir
para os braços da Deusa Negra e será ela quem vai lhe dizer a hora de voltar
para a pátria de seu pai.”

Aqui temos a importante revelação, de que Maria Madalena foi preparada,


pelas Grandes Escolas Místicas de sua época, para desempenhar seu
importante papel no Projeto do Pai Altíssimo na Terra.

Quando estudamos com um olhar iniciático, as obras que contam a história dos
diferentes povos da antiguidade, percebemos que ao longo dos séculos, estes
diferentes povos contribuíram para a Vitória do trabalho do Cristo.

Graças à educação que Maria Madalena recebeu, ela conseguiu ser portadora
da Presença Divina e assim revelar essa Presença na Terra, como uma das
faces da Mãe Divina. A Face da Sagrada Sophia!

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Capítulo 16
O Noivo de Maria Madalena

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“....Quando completei 13 anos, meus pais e Marta estavam conosco nas terras
da Gália.... Meu pai já havia falado sobre o assunto do meu casamento. E
naquela ocasião, iniciou uma conversa mais séria comigo sobre isso. Sentia
arrepios em me imaginar casada com um homem ignorante. Eu só dei ouvidos
ao meu pai, devido a uma das visões que a Senhora Mairead me revelara, a
respeito de que, o homem destinado para mim, viria através de meu pai... Ele
desejava que eu conhecesse o sobrinho de seu grande amigo e sócio. Ele era
filho de um Sacerdote de Melquisedeque, chamado José, que também era
amigo de meu pai. Meu pai me garantiu, que este rapaz tinha um
comportamento diferente do comportamento do homem hebreu. Essa
informação me deu um certo alívio, pois eu não apreciava e não aprecio até
hoje, o modo como os homens hebreus tratam suas mulheres. Meu pai era
hebreu, mas por ser versado em outras culturas, não se comportava como tal.
Dentre outras coisas, para ele era natural que sua esposa e filhas, se
sentassem à mesa com ele. Mas devido a este comportamento, meu pai sofria
muito preconceito por parte dos hebreus, principalmente por parte dos
doutores da lei...
(Escritos de Maria Migdal (Trechos) - Manuscritos dos Cátaros - Tomo 08-217)

“....Ele veio com seu tio José, sócio de meu pai... O recebemos em nossa casa
e compartilhamos juntos a ceia.... No momento em que eu o vi, todo o medo
que sentia, toda a apreensão, toda a angústia, todo o preconceito... Tudo se
desvaneceu, tal qual uma pedra de lama que é dissolvida gentilmente, quando
a água do riacho passa por ela... Desde o primeiro momento, nos demos
bem.... E assim, também aconteceu entre ele e Lázaro, que se tornaram
grandes amigos. E também entre ele e Marta... Naqueles dias, nos sentávamos
ao entardecer, debaixo de um frondoso carvalho ancestral, carregado de
visco... E nós quatro compartilhávamos os nossos ideais...”
(Escritos de Maria Migdal (Trechos) - Manuscritos dos Cátaros - Tomo 08-228)

Os manuscritos de Maria Madalena, revelam que seu pai tratou de seu noivado
quando ela tinha a idade de treze anos, ou seja, conforme era o costume dos
pais judeus daquela época. Seu pai conversou e recebeu o aceite dela, antes
de oficializar esse noivado.

Os manuscritos dos cátaros, assim como centenas de outros registros da


antiguidade, não deixam dúvidas de quem era o noivo e futuro esposo de

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Maria Madalena. Ele era sobrinho de José de Arimatéia e filho de José, Grande
Sacerdote de Melquisedeque naquela ocasião, ou seja, Jesus.

Os antigos registros e evangelhos, posteriormente considerados hereges, não


descreviam essa união como um acontecimento inusitado ou extraordinário.
Mas a descreviam de forma natural, pois tratava-se de um conceito totalmente
natural naquela ocasião.

Somente uns 400 anos depois da morte de Jesus, é que se iniciaria uma
empreitada gigantesca, para se esconder os fatos reais sobre sua família.

Na tentativa de se retirar o poder de centenas de igrejas não romanas, que


estavam espalhadas pelo mundo antigo e que descendiam de familiares de
Jesus, seria preciso tornar invisíveis e sem importância, estes mesmos
familiares. Mas a verdade era outra. Quase que a totalidade dos que
trabalharam com Jesus, eram membros de sua família. Eram eles, seu pai e
sua mãe, suas tias e seus tios, seus irmãos e sua irmã, seus primos e suas
primas, sua esposa e seus cunhados. E foi graças à grandiosa ajuda dos
membros de sua família, que Jesus foi vitorioso em sua Sublime tarefa na
Terra.

Seria de se estranhar, que um Avatar, o Maior Mestre da Hierarquia Divina, um


Príncipe Celeste, encarnasse no nível físico da Terra, em uma família de seres
que não tivesse envergadura evolutiva para lhe compreender, para lhe dar
apoio e também dar sustentação ao importantíssimo trabalho que Ele
desenvolveria.

Vocês conseguem imaginar a Hierarquia Divina, constituída de Anjos, Arcanjos,


Querubins, Serafins e toda a classe de Super Seres Celestes, planejando a
vinda de Jesus e do Cristo à Terra, para manifestar o Espírito Sagrado, em
todas as esferas aprisionadas no mundo de ilusão? Conseguem apenas
imaginar, como deve ter sido este planejamento? E parece razoável para
vocês, a ideia de que Ele viesse a nascer numa família despreparada? Ou seria
mais sensato pensarmos, que seus pais e outros familiares, também deveriam
ter consciência evolutiva e dessa forma cuidariam e apoiariam o Avatar, desde
a mais tenra idade?

Também seria demasiadamente estranho, que naquela época e naquela


sociedade judaica, Jesus não estivesse casado aos trinta anos de idade. Se
assim fosse, ele seria considerado um esquisito. Com toda a certeza, se ele

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fosse solteiro, haveriam inúmeros comentários a esse respeito e eles estariam
descritos pelos quatro evangelistas.

Jesus não seria aceito como Rabi (Mestre), caso não fosse casado. O
casamento era condição natural para homens e mulheres. Havia dois tipos de
homens que a sociedade judaica não aceitava: um adulto solteiro e um homem
com várias esposas. Os homens deviam contrair matrimônio antes dos vinte e
cinco anos. Se assim não fosse, Jesus não conseguiria ter angariado um
gigantesco colegiado de discípulos e exercido sua função de Rabi.

Nos dias atuais, com todo acesso que temos às informações históricas, que
descrevem o comportamento social de cada nação, fica impossível engolir a
historieta de que Jesus era solteiro. Centenas de registros apócrifos nos dizem
que ele era casado e que sua esposa, era também, sua discípula.

Vocês conseguem imaginar a esposa ideal para Jesus?

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Capítulo 17
Maria Madalena, a que se libertou
dos sete demônios

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“...Aconteceu quando a Senhora Maria, estava no Templo de Isis, no Egito. Foi
lá que ela ansiou por alcançar o domínio completo dos sete véus e dos sete
níveis da Obra Magistral. Um sacerdote lhe disse, que ela poderia romper com
a Escola do Olho de Isis, convencendo-a de que ela tinha capacidade para
adentrar no conhecimento dos Mistérios Maiores. Ela acreditou nele e passou a
seguir seu postulado... Nem Jesus e nem Lázaro estavam com ela na ocasião,
para que ela pudesse se aconselhar. E então, ela resolveu por si só, adentrar
por este caminho. Com o passar do tempo, esse novo postulado se mostrou
enganoso e a fez cair muito doente, de corpo e de alma. Suas substâncias e
elementos foram capturados pelo poder obscuro do obstinado, em todos os
sete níveis...”
(Escritos de Maria Migdal (Trechos) - Manuscritos dos Cátaros - Tomo 08-306)

“...Depois de treze meses, seu estado de ânimo beirava à loucura. Por


diversas vezes, ela havia se medicado com os elixires e formulações que
conhecia, tentando curar-se por conta própria, pois não queria pedir ajuda.
Mas um dia, se lembrou de uma das sentenças cabalísticas de Jesus: ‘– O
último degrau da cura, que nos leva de um estado a outro, não depende de
nós, mas sim de Ruach Hakodesh...’

Foi então que ela pediu à sua fiel serva, Marcela, que procurasse por Jesus ou
por Lázaro e lhes revelasse sobre sua triste condição... Quando Lázaro chegou,
providenciou todas as coisas, para que retornassem a Israel... Antes da
viagem, Lázaro enviou mensageiros, para que avisassem Jesus sobre o estado
de Maria...

...Eles estavam em Bethânia, fazia três dias, quando Jesus chegou com sua
irmã Maria Salomé... Então o Mestre disse à Maria: ‘- Por quê, minha amada,
você ansiou pela conquista total da Luz, quando ainda não é o seu momento?
A ânsia não ajuda em nossa subida, mas sim, estabelece a nossa queda.’

...Então, o Mestre realizou uma cerimônia de nove dias e exigiu enorme


disciplina por parte de Maria. Ela foi libertada dos sete poderes obscuros de
adamas, que estavam minando sua Presença de Luz... Em várias ocasiões
posteriores, sempre que o Mestre ensinava sobre nossas sete sephiras
aprisionadas, ele falava sobre como Maria havia se libertado, por meio do
trabalho com Ruach Hakodesh. Ele ensinava que a vitória dela, poderia ser a
de todos nós...”
(Escritos de Maria Migdal (Trechos) - Manuscritos dos Cátaros - Tomo 08-314)

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Estes trechos do Evangelho de Maria Madalena são profundamente místicos,
revelando o trabalho de libertação e purificação dos nossos corpos, através do
nosso trabalho de comunhão com Ruach Hakodesh, O Espírito Santo.

Existe um ensinamento, colocado nos evangelhos canônicos que diz: “Maria


Madalena era possuída por 7 demônios”.

Nos evangelhos apócrifos e nos Manuscritos dos Cátaros, este ensinamento


está com a frase elaborada de outra forma. Diz o seguinte: “Maria Madalena é
a que se libertou dos 7 demônios”.

Conseguem perceber como o ensinamento fica completamente diferente em


cada uma das frases? Nos dias atuais, temos acesso a uma série de
conhecimentos, que nos possibilitam compreender melhor esse ensinamento e
entender que, a segunda frase, dos evangelhos apócrifos, tem mais lógica do
que a primeira, dos evangelhos canônicos.

A frase dos evangelhos canônicos, dá a entender, que somente Maria Madalena


era vítima desta triste condição, de ser possuída por 7 demônios. Nos dá a
entender, que sua situação era uma aberração, ou no mínimo, algo muito raro
de acontecer.

A frase dos evangelhos apócrifos, pelo contrário, dá a entender, que todos os


seres humanos são vítimas de 7 demônios, ou seja, 7 energias obscuras ou 7
defeitos e pecados. E que Maria Madalena conseguiu se libertar desta triste
condição.

Nos dias atuais, temos um melhor entendimento sobre a estrutura espiritual do


nosso ser e também sobre a atuação das sombras em nós. Escolas e religiões
como Budismo, Taoísmo, Sufismo, Cabala, Teosofia, Espiritualismo, Yoga,
Exoterismo, Alquimia, Terapias Holísticas, etc., também descrevem em
detalhes sobre isso.

Hoje, a maioria de nós entende o conceito das “sete sephiras aprisionadas”, ou


seja, os sete chacras aprisionados em energias desarmônicas e obscuras. Os
sete demônios, seriam então, sete energias retrógradas, involutivas, obscuras,
desarmônicas e também sete defeitos ou pecados, que impediriam o pleno
funcionamento dos nossos chacras.

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Os chacras, nutrem e coordenam todos os nossos corpos, ou seja, o físico, o
energético, o emocional e o mental. E quando eles ficam impossibilitados de
nutrir nosso ser com energia de luz pura, ficamos doentes em todos os níveis e
nossa vida não é plenificada.

Vamos descrever de forma breve os 7 pecados principais, de onde derivam


todos os demais pecados, sem mencionar os nomes dos demônios que os
regem. Todos nós temos estes 7 comportamentos involutivos atuando em
nossos seres, em diferentes níveis.

Existe uma força obscura, que manifesta em nós, o erro de conduta (pecado)
da gula. Este pecado não se relaciona apenas com alimentos, mas com todos
os tipos de exageros. Todo exagero, toda a gula, desestabiliza o bom
funcionamento dos nossos corpos e nos aprisiona em diferentes tipos de
doenças, impedindo nossa evolução e auto realização.

Outra das forças obscuras, manifesta em nós o comportamento pervertido da


avareza. Este erro de conduta faz com que nos relacionemos de forma
incorreta com a energia monetária e com todos os bens materiais. Não apenas
sendo mesquinhos. Podemos distribuir dinheiro e fazer caridade, e mesmo
assim sermos avarentos. Podemos ser pobres e mesmo assim sermos avaros.
A avareza, está relacionada ao “apego” que temos aos bens materiais. Neste
caso, são os bens materiais que nos possuem, ao invés de sermos nós que os
possuam.

Outro comportamento pervertido é o da ira. O ser da sombra que manifesta


esse comportamento nos humanos é muito poderoso. São vários os
comportamentos provenientes da ira: raiva, irritação, cólera, violência, crítica,
maldições, falta de paciência, intolerância, etc.

Outro ser da sombra, manifesta nos seres humanos o pecado da arrogância.


Aqui também existe uma lista enorme de erros de comportamento, que são
filhos da arrogância: vaidade, orgulho, soberba, frieza, indiferença, egoísmo,
separatismo, preconceito, desdém, etc.

A luxúria é outro erro de comportamento, outro pecado, que causa profundos


prejuízos e impede a evolução da raça humana. Os exageros e perversões
sexuais, fazem com que o ser humano fique aprisionado numa energia densa e
muito obscura, que fica atuando no primeiro chacra básico. Impedirá o ser de
viver as potencialidades dos demais seis chacras.

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O ser da sombra que promove a inveja, atua em nosso chacra cardíaco. Nunca
temos paz. Sempre queremos o que os outros tem. Sempre queremos mais,
ou queremos que seja diferente do que é. Nunca está bom. Não se trata
apenas de invejar os bens materiais que os outros possuam. Invejamos o que
consideramos melhor do que o que temos. Aqui, entra um comportamento que
atrapalha muito a nossa evolução. Quando invejamos algo de outrem, significa
que não temos “aceitação” da nossa situação e do nosso momento. A falta de
aceitação, nos coloca na energia da revolta e sendo assim, não conseguimos
ter clareza e sabedoria, para transformarmos o nosso momento.

A preguiça é o sétimo demônio, o sétimo erro de conduta. A preguiça nos


“trava”. Nos impede de seguir, de ousar, de superar obstáculos, utilizando a
energia da vontade e da criatividade. A preguiça nos “amarra” e nos limita,
impedindo que resgatemos nossas qualidades divinas.

O intuito dos seres das sombras e dos pecados, é o de impedir que o ser
humano resgate sua Herança Divina, sua Real Natureza. A atuação deles é
muito forte na maioria de nós. O Mestre Jesus, nos evangelhos apócrifos,
descreveu profundamente sobre a atuação deles em nosso planeta, bem como
nos entregou a Sabedoria Espiritual, que nos capacita, para que nos libertemos
destas atuações e resgatemos o nosso Poder Real.

Maria Madalena, adepta e iniciada nos Mistérios Maiores, enfrentou estes sete
poderes obscuros. Ela queria que eles deixassem de dominar, não somente a
ela, mas a todos os seres. Ela caiu doente, enlouqueceu e quase morreu. Mas
Jesus, O Cristo, veio em seu socorro e a ensinou a fazer o trabalho com Ruach
Hakodesh, O Espírito Santo. Então ela venceu! A vitória dela, seria também a
nossa! Mas o seu evangelho foi considerado herege e devido a isso, não
recebemos a instrução de como devemos realizar este trabalho.

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Capítulo 18
As Marias, Colunas do Mestre Jesus

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“...Sempre amei a Senhora, desde o primeiro momento em que a conheci...
Como posso descrevê-la? Não encontro palavras... Eu sou chamada de A
Torre, mas ela é o próprio alicerce que manteve A Torre de pé, na hora mais
sombria... Seu corpo é frágil comparado ao meu, mas seu espírito é mais forte
e valente do que o meu... Durante os últimos três anos, quando o Senhor
começou a nos iniciar e a nos preparar para o grande evento de seu
renascimento no corpo de glória, eu não conseguia perceber o quanto teria que
ser valente. Foi ela quem começou a preparar o meu espírito, começou a me
revelar o que eu não estava conseguindo antever. Eu só conseguia pensar no
quanto seria maravilhoso para os homens, terem a oportunidade de conhecer
a Verdade que Jesus iria revelar..., Mas ela sempre teve mais clareza... E me
preparou durante anos, para que eu, como A Torre, permanecesse firme, na
hora mais amarga...”
(Escritos de Maria Migdal - Manuscritos dos Cátaros - Livro da Senhora Mãe)

Palavras amorosas e poéticas de Maria Madalena, que nos revelam a preciosa


natureza de Maria, a Mãe de Jesus.

O silêncio a respeito da Mãe de Jesus, nos evangelhos canônicos, é gritante.


Mas mesmo assim, as poucas passagens que foram escolhidas para compor os
quatro evangelhos, nos revelam que Maria Mãe era uma figura extraordinária.

Ela conversava com Seres Celestes. Entre as mulheres da terra, ela foi a
escolhida, pela Hierarquia Divina, para ser a Mãe do Príncipe do Trono de Luz.
Gabriel, um Príncipe Angélico, vem pessoalmente dar-lhe essa notícia.

Recebia inúmeras informações destes Seres, como o comunicado


extraordinário de que sua prima Isabel estava grávida. Empreende uma
viagem, por conta própria, para prestar ajuda à sua prima, consciente de que
tanto Isabel, quanto ela própria, estavam gestando seres predestinados para
realizarem um trabalho para o Pai Altíssimo. Os evangelhos apócrifos nos
revelam mais detalhes sobre o trabalho espiritual que as duas realizaram neste
período.

Maria era consciente da natureza especial de seu filho Jesus, desde que ele era
um menino. O educou para o serviço de um propósito maior e não para uma
vida comum. Foi Ela quem pediu para que Jesus realizasse o Seu primeiro
milagre, numa festa de casamento e Ele atendeu ao pedido de sua Mãe,
iniciando naquele momento, a revelação dos seus poderes.

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Estas poucas passagens, contidas nos evangelhos canônicos, nos revelam que
Maria, foi uma mulher para além de especial. Existem muitas passagens a
respeito dela, em outras centenas de evangelhos considerados apócrifos.

E neste pequeno trecho escolhido, do Evangelho dos Cátaros, de Maria


Madalena, vemos o quanto ela honrava e amava a Mãe de Jesus. E nos faz
perceber que Maria Mãe, era possuidora de imensa Sabedoria. Ela tinha uma
clara visão, dos difíceis momentos que as duas teriam que enfrentar.

Nenhuma das duas abdicou da difícil tarefa. Elas se apoiaram mutuamente e


se prepararam para sofrer uma dor indescritível. Agiram assim, porque não
eram seres humanos comuns. Eram heroínas, que estavam a serviço da
Hierarquia Divina. Serviam à um Propósito Maior! Restabelecer o Reino Divino
na Terra!

Neste momento, façamos uma Oração de agradecimento:

Maria, Mãe Divina na Terra!


Maria Madalena, Presença da Sabedoria!
Ai do mundo, se não fôra as vossas Missões Sublimes!

Colunas Sagradas, que ampararam o Mestre Jesus!


Neste momento, em união!
Agradeço por receber Vossa Luz!
Gratidão, gratidão, gratidão!

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Capítulo 19
Lázaro revive

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“... Conforme determinação do Senhor Jesus, seria meu irmão Lázaro quem
ocuparia o cargo de Sumo Sacerdote da Ordem de Melquisedeque, quando o
Mestre se retirasse. As cerimônias para sua graduação já haviam sido
preparadas. Eu estava em nossa casa em Betânia, acompanhando Lázaro nos
ritos de purificação, que antecederiam sua iniciação no Templo. Foi Jesus quem
havia determinado que eu o apoiasse, nos momentos em que ele estivesse em
casa.... Agora, compartilharei com vocês, como foi que, para nosso desespero,
meu irmão morreu.... E como foi que, pelo poder do Cristo, para a renovação
de nossa carne, ele renasceu....”
(Escritos de Maria Migdal - Manuscritos dos Cátaros - Livro de Lázaro)

Maria nos revela em seu evangelho, mais detalhes sobre o papel de Lázaro, no
Colegiado de Jesus. Este é outro personagem misterioso nos evangelhos
canônicos. Neles, nos é dito que Jesus amava especialmente a Lázaro, a tal
ponto que o trouxe de volta à vida. Tentem imaginar o papel importantíssimo
de Lázaro, após ser ressuscitado dos mortos. Com certeza ele ficou famoso. O
evangelho de João, descreve que uma multidão ia até a sua casa em Betânia,
somente para ver o ressuscitado. Com essas revelações extraordinárias, que
giram em torno dele, é de se estranhar que se fale tão pouco sobre Lázaro.

Os evangelhos apócrifos e os manuscritos dos cátaros, nos fornecem mais


informações sobre a sua pessoa. Ele e Jesus, eram amigos desde a mocidade.
Estiveram juntos em outras nações, onde também estudaram. Ambos eram
filhos de pais que pertenciam à Ordem de Melquisedeque e também eles,
pertenceram a essa Ordem. Tinham ideais comuns.

Conforme os evangelhos apócrifos, Lázaro não era um dos doze apóstolos,


mas era um dos importantes discípulos, que faziam parte do imenso colegiado
de Jesus. Temos alguns personagens que já trabalhavam com Jesus, antes
Dele iniciar seu trabalho público. Alguns deles são: Maria Mãe, Maria Madalena,
Tiago irmão de Jesus, Maria Salomé irmã de Jesus, Lázaro, Marta, João
Evangelista, Tiago Maior, Maria de Cleofas, Salomé, entre outros. João Batista,
primo de Jesus, também é um importantíssimo personagem, que fez parte do
planejamento do projeto messiânico. Todos os que estão nesta lista, faziam
parte da família de Jesus e eram pessoas que tinham conhecimento da Ciência
Espiritual.

Esta passagem do Evangelho de Maria Madalena, nos Manuscritos Cátaros, nos


revela algo muito importante:

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“...Agora, compartilharei com vocês, como foi que, para nosso desespero, meu
irmão morreu.... E como foi que, pelo poder do Cristo, para a renovação de
nossa carne, ele renasceu....”

Maria está nos ensinando, que Lázaro morreu e renasceu por um propósito. A
renovação de nossa carne. Não foi um evento que aconteceu “por um acaso”.
Foi um evento planejado por Jesus. Os evangelhos canônicos também dão a
entender, que Jesus se atrasa propositalmente para ir socorrer o amigo e os
demais discípulos ficam abismados com esse comportamento do Mestre. Eles
chegam a insistir para que Jesus se apresse para socorrer Lázaro, que está em
estado grave de saúde e mesmo assim, Jesus não atende essa solicitação. O
Mestre demora a chegar e quando chega, Lázaro já tinha morrido há alguns
dias.

Lázaro sabia pelo que ia passar? Parece que sim. Os evangelhos apócrifos nos
informam mais a respeito.

Conseguem perceber, uma curiosidade interessante no evento de morte e


renascimento de Lázaro? Posteriormente Jesus também morrerá e renascerá.
Eu costumo brincar, com todo o respeito, quando compartilho em meus
cursos: Jesus treinou o renascimento em Lázaro, para depois realizar em Si
mesmo.

“...Agora, compartilharei com vocês, como foi que, para nosso desespero, meu
irmão morreu.... E como foi que, pelo poder do Cristo, para a renovação de
nossa carne, ele renasceu....”

As palavras de Maria são também as nossas. Para nosso desespero, a morte


faz parte de nossas vidas, levando a todos os que amamos e ao final, levando
a nós mesmos. Mas o Cristo Jesus veio! E mudou as regras do jogo neste
universo material.

Antes Dele, apenas as forças involutivas ditavam as regras aqui. Devido à


nossa identificação com essas forças involutivas, ficamos presos num ciclo de
nascimento, vida sofrida, morte e renascimento. É necessário que seja assim?
Ou pode ser diferente?

O Cristo Jesus nos mostrou e nos provou, que pode ser diferente. Durante toda
a Sua vida messiânica, nos mostrou que tinha domínio sobre os corpos,
curando todas as doenças e restabelecendo a saúde. Depois nos provou, que

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também tinha domínio sobre a morte. Nos trouxe uma informação superior. A
de que existe outra realidade, que consegue curar essa realidade na qual
vivemos. Nossa matéria pode ser renovada, ou seja, completamente
transformada. Nós podemos nos libertar do jugo do sofrimento e da morte. E
podemos passar a viver em super corpos, dinamizados na Luz!

Hoje, a terapia holística, a física quântica, a alquimia, dentre outras ciências,


nos revelam as transformações que acontecem a nível celular, molecular e
atômico; nas pessoas que trabalham com energias superiores. Até mesmo a
medicina, vem estudando estes fenômenos. Essas pessoas se curam e curam
suas vidas.

As mudanças vêm acontecendo, até mesmo a nível do DNA, que está sendo
“transformado”. Este, vem desenvolvendo novas variáveis, que manifestarão
super corpos, dotados de poder de Luz.

Onde foi que este movimento de transformação dos corpos se iniciou? Se


iniciou com Melquisedeque, ensinando uma super ciência para Abraão.
Prosseguiu por centenas de gerações, com o aprofundamento desta ciência por
parte de homens e mulheres, que se dedicaram à essa causa. Até chegar em
Jesus.

Então, Ele fez a síntese de todas as preciosas informações, colhendo o legado


das mais avançadas Escolas de Sua época. E realizou a Obra Magistral em
Lázaro e Nele mesmo. Nos provou que podemos libertar nossa matéria da
obscuridade, da dor, do sofrimento e da morte. Podemos transformar nossos
corpos e nossas vidas!

Antes de Jesus, os trabalhos de revificação dos corpos, através do Poder da


Luz, só aconteciam no interior dos Grandes Templos. Isso era algo hermético e
secreto. O povo não sabia desta supra ciência avançada. Jesus, o Sumo
Sacerdote de sua época, quis que Lázaro vivesse essa cerimônia, fora das
paredes dos Templos. Para que assim, todo o povo soubesse desse evento e
dessa possibilidade.

Uma nova realidade vem se ampliando desde então! Jesus desencadeou esse
trabalho, para que nos preparemos e preparemos nossos corpos, para a
mudança planetária, que já está acontecendo.

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Este nosso mundo será permeado por uma Realidade Superior muito em
breve! Uma realidade de Paz e Felicidade! A renovação de nossa carne está
acontecendo! E podemos escolher fazer parte deste grande evento!

Trilhando a Senda iniciática do Cristo Jesus!

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Capítulo 20
Madalena e a Cerimônia de Unção

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Evangelho de João: 12, 1-11
“Seis dias antes da páscoa, Jesus foi a Betânia, onde estava Lázaro, que ele
ressuscitara dos mortos. Ofereceram-lhe aí um jantar. Marta servia e Lázaro
era um dos que estavam à mesa com ele. Então Maria, tendo tomado uma
libra de um perfume de nardo puro, muito caro, ungiu os pés de Jesus e os
enxugou com os cabelos; e a casa inteira ficou cheia de perfume de bálsamo.
Disse então, Judas Iscariotes, um de seus discípulos, aquele que o entregaria:
‘Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários para dá-los aos
pobres?’ Ele disse isso, não porque se preocupasse com os pobres, mas porque
era ladrão e, tendo a bolsa comum, roubava o que aí era posto. Disse então
Jesus: ‘Deixe-a; ela conservou esse perfume para o dia da minha sepultura!
Pois sempre tereis pobres convosco; mas a mim, nem sempre tereis’.

Grande multidão de judeus, tendo sabido que ele estava ali, veio, não só por
causa de Jesus, mas também para ver Lázaro, que ele ressuscitara dos
mortos. Os chefes dos sacerdotes, decidiram então, matar também a Lázaro,
pois por causa dele, muitos judeus se afastavam e criam em Jesus”.

Escolhemos propositalmente esta passagem do evangelho canônico de João,


que todos podemos encontrar na Bíblia. Fizemos isso, pois esta passagem,
considerada “oficial”, vai confirmar outros registros, que no passado foram
considerados hereges e apócrifos.

Já compartilhamos anteriormente, que podemos perceber, que alguns trechos


dos evangelhos foram “modificados” ou que alguma informação foi suprimida
propositalmente. Se lermos com mais atenção esta passagem, poderemos
notar isso.

Esta casa de Betânia, deveria ser especial para Jesus, pois é nesta residência
que Ele celebra uma das últimas refeições, antes de iniciar a fase de sua
paixão e morte.

O evangelho nos diz, que Jesus vai até Betânia, onde estava Lázaro e lhe
oferecem ali um jantar. Então, Jesus está na casa de Lázaro, pois este se senta
à mesa com Ele e Marta é quem está servindo. Ou seja, nesta casa acontece o
que veio a ser o último jantar tranquilo de Jesus. Por que nesta casa?

“Lázaro era um dos que estavam sentados à mesa com Ele”.

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Ou seja, não eram todos os discípulos que estavam à mesa, participando
diretamente do jantar. Aqui podemos observar que nem todos, participavam
de todos os acontecimentos.

“Então Maria, tendo tomado uma libra de um perfume de nardo puro, muito
caro...”

Neste trecho, muitas coisas são reveladas. Pouco se falou sobre essa Maria nos
evangelhos canônicos. Mas aqui temos revelada sua imensa importância. Uma
libra de perfume de nardo puro, correspondia a uma fortuna naquela época.
Seria o equivalente ao salário de um ano, para a maioria dos trabalhadores. É
de se estranhar, que o evangelista tenha falado desta Maria de forma tão sutil,
uma vez tendo ela ofertado, tamanha fortuna à pessoa de Jesus.

O Nardo era um dos perfumes mais caros de sua época e era usado para fins
cerimoniais. Era usado na coroação dos reis e dos profetas. Na cultura dos
Druidas e dos Egípcios, as Sacerdotisas também utilizavam esse precioso
bálsamo, para realizar unções. Essas unções tinham o propósito de fortalecer o
adepto, que iria passar por grandes e difíceis iniciações.

O bálsamo de nardo, fortalece o sistema nervoso e o coração. É sedativo e


calmante e fornece ao organismo um forte poder de cicatrização. Sua energia
etérica, desmancha os traumas e nos abençoa em profunda paz.

Ou seja, Maria de Betânia estava preparando Seu Senhor, para os difíceis


momentos pelos quais Ele iria passar. Ela estava totalmente consciente dos
próximos eventos, enquanto outros discípulos não estavam.

“...ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os cabelos...”

Aqui, a informação é ainda mais séria. Na Judéia daquela época, nenhuma


mulher poderia tocar os pés de um homem e muito menos enxugá-los com
seus cabelos, a não ser que fosse sua esposa. Isso era considerado algo muito
íntimo. Reparem a naturalidade com a qual João descreve a cena. Não existe
nenhuma informação que denote espanto, da parte dele, sobre essa atitude de
Maria de Betânia em relação à Jesus. Por que será que ele não se espanta?

“...Disse então, Judas Iscariotes, um de seus discípulos, aquele que o


entregaria: ‘Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários para

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dá-los aos pobres?’ Ele disse isso, não porque se preocupasse com os pobres,
mas porque era ladrão e, tendo a bolsa comum, roubava o que aí era posto...”

Nesta passagem, observamos o que já falamos acima. Nem todos os discípulos


e apóstolos entendiam o significado de todos os acontecimentos, nem
tampouco sabiam, com antecedência, o que iria a acontecer.

“...Disse então Jesus: ‘Deixe-a; ela conservou esse perfume para o dia da
minha sepultura! Pois sempre tereis pobres convosco; mas a mim, nem
sempre tereis...’”.

Jesus pede que Judas não incomode Maria em sua tarefa. Declara que ela
havia conservado o perfume para o dia de sua sepultura, ou seja, ela sabia
previamente sobre sua eminente morte e preparara essa cerimônia. Podemos
perceber pelos evangelhos canônicos, que a maioria dos discípulos não sabia o
que aconteceria com Jesus nos próximos dias, muito menos providenciaram
algum tipo de ajuda, para que Ele enfrentasse os próximos acontecimentos.

Maria de Betânia não só sabia, como também, junto com seus irmãos,
providenciou o que veio a ser o último jantar solene com Jesus. Também fez
preparativos para fortalecê-lo, para que Ele pudesse enfrentar o horror que se
seguiria nos próximos dias.

Percebemos aqui sua importante participação na vida messiânica do Mestre.


Sendo assim, seriam somente estes, os registros a seu respeito? Essa
economia de palavras a respeito desta importante personagem e deste
intrigante evento, indica que estes registros foram suprimidos.

Maria Madalena, Maria de Betânia, Maria Esposa, Maria Mestra, Maria


Sacerdotisa. A Maria que tudo sabia!

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Capítulo 21
As heroinas presentes
na crucificação de Jesus

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Dentre as partes escolhidas do evangelho de João, para fazerem parte do Novo
Testamento da igreja, temos um trecho do seguinte relato, em João 19,25-27:
“Perto da cruz de Jesus, permaneciam de pé, sua mãe, sua irmã, Maria mulher
de Clopas e Maria Madalena”.

No evangelho de João, que foi mantido pelas irmandades cristãs dos primeiros
séculos e posteriormente foi guardado pelos Cátaros que conseguiram
sobreviver, lemos o seguinte:

“...quando a senhora chegou, ela estava sendo amparada pelas outras


mulheres... Então João e Maria Madalena, saíram de perto da cruz e foram
ajudar a amparar a senhora, pois estava desfalecendo... Maria a ajudou,
ministrando-lhe um bálsamo... Todas se abraçavam e abraçavam também
João. Choravam muito... A maioria delas não tinha forças para olhar para
Jesus, na cruz. Se ajoelharam e oraram de cabeça baixa.... As que se
aproximaram da cruz com João e permaneceram próximas de Jesus o tempo
todo, foram sua mãe, sua irmã, Maria Madalena e Maria de Clopas...”

Escolhemos compartilhar as duas passagens, para que assim, o leitor tenha a


oportunidade da comparação. Os evangelhos apócrifos, não escondem a
importante participação das mulheres na vida messiânica de Jesus. Sem a
primeira parte desta passagem, não conseguimos perceber a coragem e a
força destas discípulas. Diferente dos discípulos, representados apenas por
João Evangelista, muitas discípulas participaram da crucificação.

Além de se apoiarem mutuamente, percebemos nesta passagem, que elas


realizaram um trabalho espiritual para amparar Jesus. Elas não pararam de
orar. E aqui devemos observar, que elas eram detentoras do conhecimento
sobre a ciência da oração e do uso das palavras de poder, para se modificar
energias e situações.

“Perto da cruz de Jesus, permaneciam de pé, sua mãe, sua irmã, Maria mulher
de Clopas e Maria Madalena”. (Evangelho canônico de João)

Algumas autoridades religiosas argumentam que, perto da cruz, estavam


apenas três mulheres. Para que não ficasse caracterizado que uma das
mulheres seria a irmã de Jesus, realizou-se um malabarismo para mudar a
conotação da frase e passar a seguinte idéia:

A primeira Maria como sendo a Mãe de Jesus.

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A segunda Maria como sendo a irmã da Mãe de Jesus, Maria mulher de Clopas.
Se assim fosse, seriam duas irmãs com o mesmo nome.

A terceira Maria sendo Maria Madalena.

Nos evangelhos apócrifos, o descritivo está bastante parecido com os


evangelhos canônicos, mas pelo fato de relacionar-se as posições diretamente
a Jesus e de se colocar Maria de Clopas em último lugar na frase, não resta
dúvida de que, a segunda Maria da frase, é a irmã de Jesus. Interpretando a
frase desta forma, não seriam 3, mas sim 4 Marias junto à Jesus na cruz.
Todas as 4 faziam parte de sua família.

Nas sociedades ancestrais, os ritos de nascimento e de morte, sempre foram


amparados pelas mulheres. Aqui não foi diferente. Elas permaneceram com
Jesus durante sua flagelação, no caminho para o gólgota, na crucificação, nos
cuidados de limpeza de seu corpo morto e no preparo deste com os óleos, até
colocá-lo em sua sepultura.

As Hostes Angélicas puderam contar com elas, para que se realizasse um dos
mais importantes eventos divinos, já ocorridos em nosso planeta. Conforme o
evangelho de Pistis Sophia nos ensina que, quando o Cristo Jesus morreu,
passando para o plano astral do planeta, Ele conseguiu desfazer todas as
portas de controle, que foram criadas pelos seres involutivos, para manter os
seres humanos aprisionados em estreitas faixas vibracionais.

Por esse motivo, no momento de sua morte, o céu escureceu muito e


aconteceu um fortíssimo terremoto, que durou mais de 3 horas. Muitas
pessoas, em diferentes regiões, descreveram esse terremoto e testemunharam
sobre o intenso medo que sentiram.

As mulheres não arredaram pé do gólgota, apesar do medo e da dor!

Discípulas de Jesus! As Heroínas da Hierarquia Divina!

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Capítulo 22
Madalena e Jesus ressuscitado

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“... Eu estava encostada na rocha do sepulcro... Não conseguia parar de
chorar... Meus nervos ainda não haviam se recuperado... As imagens de horror
dos últimos dias, não saiam da minha cabeça... Mas minha função ali, era a de
manter a vigília, conforme a instrução que ele havia dado... E entre lágrimas e
soluços, eu fazia o meu trabalho... No fundo, eu tinha medo de que ele não
voltasse, como havia nos prometido.... Então, olhei para dentro e vi dois
Ofanins, radiantes e brancos como relâmpagos... Eles me perguntaram: ‘Por
que choras? Não confias?’. E eu lhes disse, chorando: ‘Para onde o levaram?
Eu quero confiar, mas a dor no meu peito me faz desacreditar. Me ajudem!’.
Eles então me abraçaram gentilmente na luz e eu senti paz. Envolvida nesta
paz, eu senti outro Ofanim, que estava fora do sepulcro, atrás de mim,
brilhando em muita luz. Este também me perguntou: ‘Mulher, por que choras?
A quem procuras?’ Então lhe respondi: ‘Eu procuro por Jesus! Diga-me o que
tenho que fazer para encontrá-lo e eu o farei! Para que ele possa voltar, como
nos prometeu!’ Foi então, que este pronunciou o meu nome, ‘Miriam’, como
somente Jesus pronunciava. Surpreendida por essa voz, eu me virei
afoitamente. E à minha frente, brilhando intensamente em luz, Jesus me
sorria...”
(Escritos de Maria Migdal - Manuscritos dos Cátaros - Livro da Nova Vida)

A descrição deste momento, também está contida nos evangelhos canônicos. E


é claro que, para descrevê-la, o evangelista ouviu o relato diretamente de
Maria Madalena. Mas este relato, com as palavras dela, é mais intenso e
poético. Contém revelações místicas muito poderosas.

Maria nos relata, que ela tinha uma função a cumprir no sepulcro e essa
função era a vigília. Não uma vigília comum, como a maioria de nós entende.
Madalena estava ali vigiando um portal. Ela precisava estar “em guarda” e ficar
unida às Hostes Angélicas.

O Portal pelo qual Jesus atravessou na ocasião de sua morte e que o levou aos
planos do astral do planeta, tinha que permanecer aberto. As forças involutivas
não poderiam mais fechá-lo. Para que isso acontecesse até Ele voltar, Anjos de
Luz ficaram guardando do lado de lá do plano material e Maria Madalena ficou
guardando do lado de cá. Ela era capacitada para tal tarefa. Tanto conseguia
se relacionar com a Irmandade de Luz, que estava com ela, na presença dos
Ofanins, quanto conseguia ficar imune aos ataques dos seres obscuros.

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Apesar do intenso sofrimento pelo qual tinha passado e da imensa dor e
tristeza que estava sentindo, Maria não deixou de cumprir a sua tarefa,
conforme o próprio Mestre havia lhe pedido.

O seu maior anseio, era ver seu companheiro, amigo e Mestre, voltar vitorioso.
Ele havia prometido que conseguiria voltar e ela confiava nele. Muitos
duvidaram e poucos acreditaram. A grande maioria não compreendia a
transcendência do trabalho que Ele estava realizando. Ela estava entre os
poucos que compreendiam.

Ela estava lá. No sepulcro que já estava vazio. Com certeza, a guarda dos
judeus e a dos romanos a aborreciam e a ameaçavam, pois já estavam por
demais irritados com os últimos acontecimentos. Mas ela não saía de lá.
Mantinha a vigília.

Ela era a escudeira do Mestre Jesus! Sua companheira e fiel discípula! A que
havia vencido as sombras com Ele e a que o Ungira!

O Mestre volta ao plano físico do planeta e se revela em seu corpo de Luz, para
sua companheira, amiga e discípula! Sorrindo carinhosamente, Ele se revela,
vitorioso, para Maria!

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Capítulo 23
Jesus ressuscitado com seus discípulos

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“...Enfim, estávamos todos reunidos no cenáculo, como ele havia instruído.
Alguns tardaram a chegar, pois tínhamos que tomar cuidado nas ruas. As
pessoas estavam nos entregando para os doutores da lei, que queriam nos
meter na prisão. Algumas de nós haviam trazido refeições para todos, o que foi
muito bom, pois ficamos ali muitas horas... Então ele chegou. Até hoje, não sei
explicar como ele surgiu, ali, no meio do salão. Todos percebemos que não foi
pela porta, pois ninguém foi lhe tirar os ferrolhos. Estávamos distribuídos em
vários grupos, conversando entre nós e quando nos demos conta, ele estava
ali, no meio, sorrindo... Então Ele se aproximou de sua mãe e a beijou. Se
abraçaram bem apertado e assim ficaram, por alguns instantes. Todos nós
chorávamos emocionados, pois nosso amigo e senhor estava novamente
conosco. Depois ele se voltou para mim e também me abraçou e me beijou. Eu
não queria soltá-lo. Nunca mais queria esquecer aquela sensação de júbilo pela
presença dele, mas também era meu desejo, que todos sentissem o mesmo
júbilo, ao abraçá-lo e então o soltei. Em seguida, abraçou Maria Salomé, que
chorava e soluçava muito e ele a manteve consigo, sussurrando gentilmente
em seu ouvido: ‘Toda a dor passou minha amada, toda a dor passou! Está
tudo bem, nós conseguimos! Fique na minha Paz!’. E então abraçou a todos,
um a um, demoradamente. Restituiu a nossa paz. Nosso mais precioso amigo,
nosso Mestre amado, estava novamente conosco... Após um longo momento,
todos nós estávamos acolhidos na Paz... E foi então, que ele começou a nos
instruir, sobre as nossas novas missões...”
(Escritos de Maria Migdal - Manuscritos dos Cátaros - Livro da Nova Vida)

Escolhemos essa passagem, para terminar este livro.

Não porque ela seja o fim, mas porque ela é o início...

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