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RESENHA CRÍTICA “Nos Passos do Mestre”

Graduando: Carlos Eduardo B. dos Santos

Professor: Pr. Ronei Lopes

DISCÍPULO E DISCIPULADO

O texto analisado trata do tema do discipulado cristão e suas características. O


autor inicia discutindo o significado da palavra "discípulo" no Antigo e Novo
Testamento, destacando que ser discípulo de Jesus implica em seguir e se
comprometer com Ele. O texto também enfatiza a importância de não separar ser
discípulo de ser cristão, argumentando que ser cristão sem discipulado é uma
contradição.

Em seguida, são abordados alguns equívocos sobre o discipulado. O autor


argumenta que o discipulado não é apenas um programa de ensino, uma lista de
requisitos a serem cumpridos ou uma produção em massa de discípulos. O
discipulado é descrito como um processo contínuo e gradual, que requer
acompanhamento e envolvimento pessoal. Além disso, o texto destaca que o
discipulado não é exclusividade de líderes, mas para todos os seguidores de Jesus.

O texto apresenta as características de um discípulo autêntico, baseando-se em


passagens bíblicas, como a disposição de negar a si mesmo, priorizar Jesus,
comprometer-se com Seus ensinos, estar engajado na evangelização, amar as
pessoas e produzir frutos. Essas características são apresentadas como elementos
essenciais do discipulado cristão.

Em seguida, o autor foca no Evangelho de João e destaca o capítulo 15 como uma


fonte para compreender o discipulado. São mencionadas seis dimensões das
características de um discípulo autêntico, incluindo a importância de permanecer
em Cristo, compromisso com a Palavra e com a oração, e reprodução do discipulado
através do ensino a outros.
Além disso, o texto parece assumir uma visão bastante tradicional do discipulado,
enfatizando a importância da obediência, renúncia e reprodução. Embora esses
elementos sejam importantes, uma análise crítica poderia explorar outras
abordagens contemporâneas do discipulado, como a importância do
relacionamento, a ênfase na transformação interior e a relevância do discipulado em
diferentes contextos culturais.

Princípios e estágios do discipulado

Nessa parte revela uma perspectiva positiva em relação ao discipulado de Jesus


Cristo, destacando Sua influência na humanidade e os princípios que Ele
estabeleceu para o discipulado. No entanto, também aponta algumas deficiências
no modo como o discipulado é abordado atualmente.

Uma das principais críticas apontadas é a tendência de alguns líderes religiosos


tratarem os membros da igreja como meros espectadores, em vez de envolvê-los
ativamente no ministério e na missão da igreja. Isso resulta em um discipulado
deficiente, onde os membros recebem apenas programas e eventos religiosos, sem
uma verdadeira formação e capacitação para serem discípulos de Jesus.

O texto ressalta a importância de estudar e imitar Jesus Cristo como modelo de


discipulador, em vez de simplesmente copiar métodos humanos. Destaca-se
também que Jesus não apenas ensinou a Palavra de Deus, mas a ensinou de forma
que fosse compreensível para Seus discípulos, evidenciando a importância da
clareza e relevância na transmissão dos ensinamentos.

Além disso, o texto destaca a ênfase de Jesus na oração, dependência de Deus e do


poder do Espírito Santo, treinamento dos discípulos e envio deles para ministrar,
valorização da fé, perspectiva eterna, evangelismo e serviço como exemplos
fundamentais do discipulado de Jesus.

No geral, aponta para a necessidade de uma abordagem mais autêntica e ativa do


discipulado, em que os membros sejam capacitados, envolvidos e encorajados a
cumprir a vontade de Deus. Nessa parte, ressalta a importância de seguir os
princípios estabelecidos por Jesus e destaca a diferença significativa que o
verdadeiro discipulado pode fazer na vida das pessoas e na sociedade como um
todo.

De membro a discípulo
Neste capítulo, aborda a transição de um simples crente para um verdadeiro
discipulador de Cristo e descreve três princípios prioritários para se tornar um
discípulo e discipulador: cultivar práticas espirituais pessoais, executar atividades
eclesiásticas e sociais organizadas, e fazer atividades espirituais com outras
pessoas.

A primeira parte enfatiza a importância das práticas espirituais pessoais, como a


oração, leitura da Bíblia, meditação cristã e solitude. O autor destaca a necessidade
de ter uma vida devocional intensa e constante, onde o amor a Deus se manifesta na
prática das disciplinas espirituais. O texto ressalta que a oração constante, a leitura
da Bíblia e a meditação são fundamentais para o crescimento espiritual e para
entender os planos de Deus para a vida do discípulo. A solidão também é
mencionada como um momento para estar a sós com Deus, refletir e meditar nas
coisas essenciais da vida.

A segunda parte aborda a importância de se envolver em atividades eclesiásticas e


sociais organizadas. O texto lista diversas atividades que os discípulos e
discipuladores devem participar, como os cultos, estudos bíblicos, grupos de
comunhão, intercessão e ações sociais. O autor destaca que essas atividades não
devem ser realizadas apenas por obrigação, mas como estilo de vida daqueles que
amam a Jesus Cristo. O envolvimento nessas atividades é visto como um resultado
natural do amor a Deus e da vida devocional centrada em Cristo.

A terceira parte destaca a importância de fazer atividades espirituais com outras


pessoas. O texto menciona o exemplo da mulher samaritana, que compartilhou suas
descobertas e convicções sobre Jesus com outros, resultando em um despertar
espiritual entre os samaritanos. O autor enfatiza que o crescimento espiritual e o
crescimento da igreja são esperados naturalmente daqueles que se tornaram
discípulos e discipuladores. O texto sugere que discipuladores devem priorizar trazer
novas pessoas para as atividades da igreja, buscando o fortalecimento da fé e o
crescimento da comunidade cristã.

Na última parte da página, são destacadas as características marcantes de um


discipulador. O principal traço característico é a semelhança com Cristo, tanto no
presente como no futuro. Ser semelhante a Cristo é visto como o propósito eterno
de Deus para os discípulos. Além disso, o texto ressalta o inconformismo do
discipulador em relação ao mundo e a posturas que destoam dos valores e
princípios de Cristo. O discipulador é chamado a ser diferente e a não se conformar
com este século.

No geral, a página enfatiza a importância da vida devocional, participação em


atividades da igreja e compartilhamento da fé com outros como elementos
essenciais para se tornar um verdadeiro discipulador de Cristo.
Discipulado e pequenos grupos

O texto aborda a importância da vida cristã em comunidade, destacando que a


jornada não deve ser solitária, mas sim percorrida na companhia de outros crentes.
O autor destaca a necessidade de interação social, compartilhamento e cuidado
mútuo entre os cristãos.

Inicialmente, o texto apresenta os "Dez Mandamentos das Relações Humanas", que


enfatizam a importância de falar com as pessoas, sorrir, chamar pelo nome, ser
amigo e prestativo, entre outras atitudes cordiais. O autor expressa concordância
com esses princípios, ressaltando a percepção de que a sociedade está se tornando
insensível e esquecendo-se desses detalhes simples.

Em seguida, o texto menciona a importância da companhia e do cuidado mútuo na


vida cristã, citando o exemplo dos primeiros cristãos descrito no livro de Atos. Esses
cristãos apostólicos viviam em harmonia, compartilhavam suas posses e tinham
uma convivência intensa em comunidade.

E destaca a visão do sociólogo Zygmunt Bauman, que enfatiza a importância do


compartilhamento e do cuidado mútuo na construção de uma comunidade. Além
disso, é citada a citação do teólogo John Wesley, que ressalta que não há santidade
pessoal sem santidade social.

O texto também aborda a questão dos pequenos grupos como uma forma de
fortalecer a convivência social na igreja. No entanto, ressalta-se que pertencer a um
pequeno grupo por si só não garante crescimento e envolvimento automático, sendo
necessário um comprometimento pessoal e atitude dos membros.

O planejamento é destacado como essencial para o funcionamento eficaz de um


pequeno grupo, com ênfase na definição do propósito compartilhado,
responsabilidades e expectativas dos membros, tamanho do grupo, espaço físico e
periodicidade das reuniões. Também é mencionada a importância da liderança
adequada e do evangelismo como parte do trabalho do pequeno grupo.

Por fim, a resenha destaca os quatro ingredientes essenciais dos pequenos grupos
mencionados pelo teólogo Peter V. Deison: relacionamentos, estudo bíblico, oração
e evangelismo.

Em geral, o texto aborda de forma positiva a importância da convivência e do


cuidado mútuo na vida cristã, além de ressaltar a relevância dos pequenos grupos
como um meio de fortalecer esses aspectos.

Como ser uma igreja discipuladora


Nessa parte, relata uma história real sobre o Dr. Subrahmanyan Chandrasekhar, um
renomado professor de física da Universidade de Chicago, que enfrentou
dificuldades e tomou uma decisão surpreendente em relação ao ensino. O autor
destaca a importância do discipulado e relaciona a história do professor com a
atuação da igreja e dos discípulos de Jesus.

O autor inicia o relato descrevendo a situação em que o Dr. Chandrasekhar foi


convocado para ministrar um seminário sobre astrofísica, mas apenas dois
estudantes se matricularam para o curso. A faculdade esperava que o professor
cancelasse o curso devido à baixa procura e à distância que ele teria que percorrer
para lecionar. No entanto, o Dr. Chandrasekhar decide dar aulas para os dois alunos,
mesmo sabendo que eles eram desconhecidos e que sua decisão exigiria viagens
cansativas durante um inverno rigoroso.

O texto enfatiza a postura do Dr. Chandrasekhar, destacando sua dedicação em


ensinar e investir em alunos que mostraram interesse, apesar de serem ilustres
desconhecidos. O autor ressalta que, após dez anos, os dois estudantes chineses
naturalizados americanos, Tsung-Dao Lee e Chen Ning Yang, receberam o Prêmio
Nobel de Física, o que certamente trouxe orgulho e satisfação ao professor. Em
seguida, o texto faz uma ligação com a importância do ensino na igreja,
comparando a atitude do Dr. Chandrasekhar com o papel dos discípulos de Jesus
em ajudar as pessoas a crescer e brilhar.

A narrativa apresentada no texto é interessante e transmite a mensagem de que


ensinar e investir no potencial dos outros é uma atitude valiosa e gratificante. A
história do Dr. Chandrasekhar ilustra a importância de não subestimar o potencial
dos alunos, mesmo que em número reduzido, e de não desistir de ensinar mesmo
diante de dificuldades. Além disso, o texto ressalta a ideia de que o discipulado é
essencial na igreja, destacando Jesus Cristo como o melhor modelo para esse estilo
de vida.

No caso deste texto, é possível observar que a narrativa é inspiradora e transmite


uma mensagem positiva sobre o poder do ensino e do discipulado. No entanto, o
texto também poderia mencionar que a história apresentada é um exemplo isolado e
específico, e que nem sempre os resultados do ensino são tão visíveis ou imediatos
como no caso dos dois estudantes que receberam o Prêmio Nobel de Física. Além
disso, seria interessante questionar se a comparação entre a atuação do Dr.
Chandrasekhar e o papel da igreja é totalmente equivalente, pois são contextos
diferentes.
Como um todo, o texto oferece uma história inspiradora que destaca a importância
do ensino e do discipulado, incentivando os leitores a refletirem sobre seu papel
nesse processo.

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