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Atividade Interdisciplinar: Ética Cristã

Aluno: Israel Victor Teixeira da Silva


Síntese do artigo - Disciplina na Igreja - Valdeci da Silva Santos - Fides
Reformata/1998

O autor inicia o artigo com a afirmativa de que disciplina eclesiástica é um


termo que está em risco de extinção no atual vocabulário cristão, pois quaisquer
conceito que ameace o individualismo e a liberdade de escolha quanto ao estilo de
vida e comportamento tem sido taxado de arcaicos segundo os princípios do pós
modernismo que vemos infiltrados no seio da igreja e no modo como muitos
enxergam a realidade eclesiástica atualmente.
O termo disciplina geralmente é empregado em vários sentidos. Podemos
usar para nos referir a uma área de ensino, ao exercício da ordem, ao exercício da
piedade ou a medidas corretivas no seio da igreja. O objetivo deste artigo foi
delinear alguns fatores da importância da disciplina eclesiástica entre os membros
do corpo de Cristo.
O que motiva reflexão do autor e a esperança de que a mesma seja útil para
elucidar a muitos quanto ao aspecto bíblico teológico da disciplina. A seguir o autor
lista os mal-entendidos mais comuns em relação à disciplina eclesiástica
compreendendo os envolvidos em pelo menos dois grupos: os que aplicam a
disciplina e os que sofrem aplicação da mesma.
No ponto A, disciplina e despotismo, o autor cita alguns casos históricos Da
aplicação do despotismo em detrimento da disciplina lembrando que a Bíblia nos
lembra que sempre haverão aqueles que estarão prontos a disciplinar por motivos
interesseiros.
No ponto B, disciplina discriminação. O autor fala que é imprescindível que a
família cristã não desista de um dos seus membros que caiu assim como Paulo
exorta a igreja para que manifeste perdão, conforto e reafirmação de amor para com
arrependido para que o mesmo não seja consumido por excessiva tristeza. Há
sempre a possibilidade de que o disciplinado não se submeta a disciplina, e acuse a
igreja de discriminação manifestando nessa atitude apenas ignorância e estupidez,
pois segundo as escrituras é o pecado e a determinação em seguir-lo que gera
discriminação e não a disciplina.
No ponto C, disciplina e arbitrariedade, o autor cita que a pergunta que
constantemente se faz em caso de disciplina é: “com que direito fizeram isso?”
Como se aqueles que aplicam a disciplina não tivessem nenhum direito de fazer tal
coisa, afinal não somos todos pecadores? então ele lembra que toda atitude
pecaminosa precisa ser corrigida e dar alguns exemplos no novo testamento citando
passagens que requereram correção pública, como quando a pessoa se recusa a
abandonar o pecado mesmo diante de uma amorosa exortação pessoal ou quando
as práticas trazem escândalo a igreja ou até mesmo para aqueles que se deleitam
na preguiça.
Com relação à autoridade é importante lembrar que a autoridade nunca vem
daquele que aplica a disciplina mais daquele que a ordenou ou seja o Senhor da
igreja. Então a verdadeira pergunta que deve ser feita nesses casos é: “com que
direito um membro da igreja do Cordeiro profana o sangue da aliança e ultraja o
Espírito da graça?“. Somente a ignorância, equívocos, ou dureza de coração
poderiam levar alguém a deturpar os princípios bíblicos sobre a disciplina
eclesiástica e justificar sua ausência entre os membros do corpo de Cristo.
Na parte 2 do artigo: O Ensino Bíblico, ponto A, a necessidade da disciplina.
O autor pontua que amor e disciplina possui conexão vital citando Apocalipse 3.19.
Enfatiza ainda que quando os cristãos recebem disciplina divina, o Pai celestial está
apenas tratando os como seus filhos, afinal não disciplina filhos ilegítimos. A
disciplina que vem do Senhor é para o nosso bem e ainda afirma que a correta
disciplina deve ser sempre aplicada com amor e não com ira, citando provérbios
13.24.
Ainda nesse ponto o autor enfatiza que há clara referência bíblica de que a
igreja que negligencia o exercício desse mandamento compromete não apenas a
sua eficiência espiritual, mas sua própria existência.
No ponto B, os passos da disciplina, é declarado que a disciplina na igreja
tem um triplo objetivo: restabelecer o pecador, manter a pureza da igreja e dissuadir
outros. É este triplo propósito que aponta para os passos que devem ser seguidos
em uma aplicação correta da disciplina eclesiástica.
No ponto 1, abordagem individual, o autor comenta que uma das melhores
coisas a se fazer por um irmão em pecado é confrontá-lo em amor mesmo sabendo
que é sempre arriscado confrontar alguém, pois nunca sabemos qual será a reação
do mesmo. Jesus, todavia, dirige nossa atenção à alegre possibilidade de que esse
tal irmão nos ouça, assim antes de confrontar um irmão, podemos sempre clamar
por socorro Àquele cujo Ministério de confrontação é sempre eficaz.
No caso de o ofensor não atender a confrontação individual, Jesus ordena
que haja admoestação privada onde um maior número de pessoas está envolvido,
nesse caso o propósito é o de conscientizar o ofensor quanto aos prejuízos de sua
atitude para com a comunidade do corpo de Cristo, além do mais ainda nessa
passagem Jesus afirma que as outras pessoas envolvidas nesse processo serão
testemunhas, isso diminuirá as chances de injustiça e a objetividade do caso será
preservada.
O pronunciamento público é o próximo passo esperado se o ofensor
deliberadamente recusar os caminhos prévios do arrependimento, diante de tal
pronunciamento cada membro do corpo de Cristo deve orar pelo pecador e evitar
comentários desnecessários, além de vigiar a si próprio como recomendado em 1
Co 10.12.
O último recurso da disciplina é o da excomunhão, a exclusão pública, na
qual o ofensor é privado de todos os benefícios da comunhão sendo considerado
como gentio e publicano. Com estes não há mais comunhão cristã, pois
deliberadamente recusam os princípios da vida cristã ou seja o desvio doutrinário
das verdades fundamentais ensinadas nas escrituras. Nenhum dos passos da
disciplina eclesiástica é agradável e só tem prosseguimento diante da dureza do
coração do ofensor que está recusando o arrependimento, assim esta não é uma
atividade a ser realizada facilmente, mas algo a ser conduzido na presença do
Senhor.
Na parte 3. implicações teológicas, o autor abre espaço para elucidar três
tópicos teológicos que estão vitalmente ligados ao processo da disciplina
eclesiástica. No ponto A, ele elucida a ligação entre disciplina e a adoração cristã,
na qual um princípio essencial da adoração cristã é o zelo pela santidade do nome
do Senhor. Uma igreja adoradora e ao mesmo tempo tolerante ao pecado no seu
seio é uma contradição e recebe a repreensão do Senhor como na passagem de
Ap. 2 18-29.
No ponto B, disciplina e as marcas da igreja fica claro que a disciplina
eclesiástica é altamente relevante, pois é o meio instituído por Deus para manter
pura sua igreja. A reforma protestante considerou importantíssima para a teologia
cristã a questão de distinguir entre a igreja verdadeira e a falsa apresentando o
exercício da disciplina eclesiástica como uma das marcas da verdadeira igreja
cristã.
No ponto C, disciplina e evangelismo, o autor declara que a disciplina
evidencia o amor cristão pelo pecador ainda que ele seja um dos membros da
igreja. Esse amor pelo pecador cristão também reflete o amor da igreja pelo pecador
incrédulo, assim a disciplina eclesiástica ressalta a seriedade do pecado. Sem essa
visão a igreja não é corretamente motivada a buscar a Redenção do pecador.
Assim, evangelismo e disciplina, almejam a liberdade do pecador e a concretização
do triunfo histórico da graça sobre o pecado. Uma igreja sem disciplina proclama
uma liberdade desconhecida ou rejeitada pelos seus próprios membros.
Por fim, na conclusão, o autor enfatiza que uma séria reflexão bíblica sobre a
disciplina eclesiástica evidencia dois princípios básicos: 1) que a disciplina não é
uma opção na igreja, mas uma ordenança e por conseguinte uma benção divina. 2)
A disciplina requer um profundo amor por parte da igreja que a aplica e humildade e
quebrantamento por parte daquele que a está recebendo.

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