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ÉTICA
Rio de Janeiro / RJ
Módulo I
O Evangelho e as Boas Obras
Filipenses 1: 3-11 como um Guia de Ética Bíblica
Lição 1
Introdução
Ao início da nossa introdução à ética evangélica, queremos nos concentrar na palavra,
"evangélica."
•O chamado cristão para salvação é um chamado para viver diante de Deus e entre
os outros à luz do que Deus tem feito para o Seu povo na história da salvação.
•O que significa este chamado cristão para viver uma vida ética à luz da ênfase bíblica
sobre tudo que Deus tem feito e tudo que Ele tem prometido fazer em Jesus Cristo
por Seu povo?
Filipenses 1.3–11 (NAA) esta passagem é um indicador sobre a direção do nosso estudo de
ética cristã.
6. A Ética é importante
a. Estes princípios devem ser baseados e fundamentos no evangelho e numa teologia
ortodoxa e evangélica.
b. Wells, no seu livro “Losing Our Virtue” (“Perdendo Nossa Virtude”) sugere que em
muitas igrejas evangélicas haveria uma falta de ensino ético e moral. Ele argumenta
que não há uma estrutura imaginativa em muitas congregações, uma estrutura
imaginativa que seja moldada pelas escrituras em geral e pelo evangelho
especificamente.
c. O resultado é que muitas igrejas não tem um ministério forte focado na ética cristã.
Lição 2
A Acusação Antinomiana
4. Novas Motivações
a. O cristão evangélico salvo por Cristo Jesus agora não sofre mais as ameaças do
inferno para motivá-lo ao um bom comportamento. Um cristão verdadeiro tem outras
motivações encontradas em seu novo ser regenerado, um novo “eu” em Cristo Jesus.
b. A crítica de Campbell não fornece uma abordagem historiográfica útil para que o aluno
de ética possa ter uma compreensão adequada de uma ética protestante baseada na
Bíblia, nem um esboço amplo o suficiente do ensino do Apóstolo Paulo sobre o
assunto.
c. Antinomianismo é uma acusação contra os evangélicos que remonta não apenas aos
debates da grande reforma do século XVI, por mais significativos que estes debates
pudessem ter sidos, mas aos debates mais importantes da própria época do Paulo.
d. Os desafios destes debates foram tão significativos que Paulo considerava importante
que o assunto do antinomianismo fosse levantado explicitamente em seus escritos
para a Igreja em Roma.
Para Refletir
•Historicamente antinomianismo pode ser definido assim: O Antinomianismo. Literalmente,
esta palavra significa "contra a lei" e carrega a ideia que por causa da graça de Deus, os
cristãos não são obrigados a obedecer a nenhum conjunto de regulamentos ou “leis” como
um meio de agradar a Deus. Na era da Reforma do século dezesseis, vários grupos de
anabatistas foram considerados antinômicos, como também foi Anne Hutchinson no início do
período da colonização americana.
•Na ética antinomianismo pode ser definido assim: o Antinomianismo. Literalmente, "contra
ou em oposição à lei". Antinomianismo como um termo teológico cristão afirma que a graça
por meio da fé aboliu a lei (Gálatas 3:11; Efésios 2: 8–9) e que, portanto, o cristão não está
mais sujeito à lei em nenhum sentido. Levado ao extremo, o antinomianismo leva a uma
conduta licenciosa, senão eticamente questionável. Que o antinomianismo era um problema
na igreja primitiva é evidente pelas repetidas advertências contra isso encontradas em vários
escritos do Novo Testamento.
Lição 3
Definindo a Liberdade
1.Observação de Hütter
a. O que significa ser livre?
b. O teólogo católico romano e eticista Reinhard Hütter oferece observações úteis sobre
as tensões experimentadas na cultura ocidental e nas tradições intelectuais da ética
cristã.
c. Ele também oferece observações interessantes sobre outros tipos de ética que têm
se desenvolvido dentro da cultura ocidental. Estas são as palavras do Hütter sobre a
experiência contemporânea de liberdade:
i. Este desespero leva o ser humano a sonhar um sonho falso que seja possível de
exercer a liberdade humano por meio de um ato soberano de auto criatividade ou
autoexpressão humana pelo qual a própria pessoa se transforma por meio de
exercitar a vontade humana e acaba resultando na criação de um "novo" ser
humano autêntico feita por sua própria criação.
ii. Esta tendência cultural se expressa nas seguintes formas na cultura moderna:
geneticamente ou cirurgicamente escolhendo o tipo de corpo desejado na parte
de uma pessoa, escolher do gênero desejado de uma pessoa, escolher os valores
desejado pelo qual uma pessoa viverá e os destinos desejados da vida que sejam
livremente escolhido de acordo com os desejos e anseios idiossincráticos do ser
humano) - e o pesadelo de Hades de vitimização infinita por "o sistema ” – ou seja,
a vitimização da pessoa individual pelas estruturas anônimas do poder econômico,
do poder político e cultural, a vitimização da pessoa pelo poder da própria
composição genética da pessoa, e a vitimização da pessoa pela vontade de
exercer o poder na parte de todos que estão ao redor da pessoa individual, Born
to Be Free, 123.
4. A Liberdade do Evangelho
a. Hütter sugere que na medida em que seguimos essas tendências culturais seculares,
estaremos indo exatamente contra a natureza das implicações éticas contidas no
evangelho de Jesus Cristo.
b. Quando a Bíblia fala de Deus nos libertando pelo poder do evangelho, o que a Bíblia
quer dizer com este ensino? Paulo ensina que devemos zelar para manter a liberdade
espiritual que está em Cristo Jesus - como Paulo escreve em Gálatas 5:1: “Para a
liberdade foi que Cristo nos libertou”.
c. Qual é a realidade celestial a qual Paulo se refere neste versículo? O que ele quis
dizer quando ele falou que o cristão tivesse sido liberto do pecado, da morte e do
diabo? É a esta pergunta que devemos focar nossa atenção quando começarmos a
definir o que significa o conceito e o lugar das boas obras de acordo com o evangelho
de Jesus – o evangelho que é, antes de qualquer coisa, um evangelho da liberdade
verdadeira para os pecadores.
Módulo II
Lição 4
Cristo e Discipulado: Liberdade Evangélica
Após esta seção, você deve ser capaz de:
• Definir o conceito da liberdade de acordo com o evangelho de Jesus Cristo
Lição 5
Metafísica e Ética: Indicativo e Imperativo
Lição 6
Fé, Esperança e Amor
1. Definindo Virtude
a. Virtudes são hábitos ou padrões comportamentais que são praticadas na vida. São
práticas contínuas que se tornam habituais na vida de alguém.
b. Estas práticas acabam marcando e transformando o caráter de uma pessoa.
c. A virtude pretende vincular um determinado comportamento à pessoa que o pratica,
isto é, o que é externo de uma pessoa em relação ao que é interno, o que é ocasional
na vida de alguém em relação ao que é perpétuo.
2. Virtudes Greco-Romanas e Cristãs Contrastantes
a. No mundo Greco-romano, no contexto histórico ao mundo do NT, vemos que as
virtudes eram amplamente elogiadas, tanto nas escolas religiosas quanto nas escolas
filosóficas.
b. Os cristãos adotaram a mesma linguagem da virtude.
c. Os cristãos criticaram as virtudes clássicas da cultura greco-romana de acordo com
as características do evangelho de Jesus, pelo qual o cristão se esforçava a conformar
se na vida.
i. Porque Jesus estava disposto a exercer Sua força na fraqueza, a virtude cristã
ensinava e valorizava a pessoa que não fosse orgulhosa, que não fosse
prepotente, mas, segundo o exemplo de Paulo, que fosse forte no meio de suas
fraquezas.
ii. A fé cristã sempre valorizou a pessoa que fosse humilde e que tivesse um
comportamento acompanhado por arrependimento na vida cotidiana.
Conclusão
Por meio da sua vida e morte, Jesus exemplifica e personifica várias virtudes que os cristãos
valorizam. Quando olhamos para Ele, vemos a virtude personificada. Em Cristo Jesus, nossas
expectativas e pressuposições éticas podem ser redefinidas à luz do que Cristo Jesus
demonstra em sua vida. Ao olharmos para virtudes como fé, esperança e amor, temos nossa
ética definida e disciplinada pelo evangelho, pela pessoa e obra de Jesus Cristo.
Módulo III
Lição 7
Quais são as Boas obras?
2. Examinando as Motivações:
a Confissão Escocesa Confissão Escocesa de 1560, capítulo 14:
“Assim, afirmamos serem boas obras somente as que são praticadas com fé,7 segundo o
mandamento de Deus,8 que, em sua lei, expôs o que lhe agrada. Afirmamos que as obras
más não são apenas as que se praticam expressamente contra o mandamento de Deus,9
mas também as que em assuntos religiosos e de culto a Deus, não têm outro fundamento
senão a invenção e a opinião do homem. Desde o princípio Deus as vem rejeitando, como
aprendemos das palavras do profeta lsaías10 e de nosso Senhor Jesus Cristo: “Em vão me
adoram, ensinando doutrinas e mandamentos de homens”.
a. Motivado pela Fé. A Bíblia indica que a fé evangélica é a motivação principal atrás de
qualquer boa obra que é declarada justa antes da justiça de Deus.
b. Motivado pelo conhecimento Evangélico.
i. Levítico 10 conta da experiência do Nadabe e Abiú. Num momento de zelo diante
do Senhor, eles queriam oferecer adoração a Deus. Mas a resposta de Deus foi de
matá-los na hora. Zelo à parte do conhecimento não é suficiente. Autenticidade
subjetiva e um desejo de agradar a Deus não é suficiente numa vida de ética
diante do Senhor.
iii. Não é suficiente que a ação moral flua da fé ou de uma postura autêntica, sincera
e apropriada na parte da pessoa. Atuação ética deve ser alinhado com a lei e os
mandamentos de Deus. Deve corresponder aos padrões objetivos de Deus
revelados na Palavra de Deus.
c. Motivado para glorificar a Deus (Westminster Breve Catecismo) Pergunta 1: Qual é o
fim principal do homem?
Resposta 1: O fim principal do homem é glorificar a Deus, e gozá-lo para sempre.
i. As ações éticas não simplesmente fluem apenas de uma postura subjetiva correta,
de acordo com o padrão objetivo apropriado, mas também devem ser direcionadas
para o propósito correto: a glória de Deus, não a gloria do ser humano.
ii. Qual é o objetivo principal da vida humana? (O objetivo principal - não o único
objetivo da vida, mas o objetivo que estará por trás e além de tudo os mais outros
objetivos.) O cristão é chamado a viver pela fé, de acordo com a Lei de de Deus,
para a glória de Deus.
iii. A fé verdadeira de um cristão mostra dependência de Deus. Mais importante, a fé
evangélica mostra a confiabilidade de Deus. A confiança que um cristão
demonstra em Deus manifesta a confiabilidade do Deus em quem o cristão confia.
A dependência do cristão na lei divina mostra a sabedoria do Senhor, não a
habilidade de usar o raciocínio humano. É esta confiança que providencia o
impulso pelo qual o caminho a seguir para viver a vida ética no mundo
contemporâneo é realizado na parte de um cristão evangélico.
Conclusão:
Em todos os sentidos, o ato ético, as boas obras, aponta na direção oposta do Cristão que
faz o ato. A boa obra aponta na direção oposta da capacidade humano e do próprio know-
how da pessoa. Boas obras evangélicas apontam na direção do Deus em quem o cristão
confia, o Deus cuja lei o cristão segue, e o Deus cuja glória o cristão procura engrandecer.
Isso é o que significa ter boas obras definidas pela Bíblia no sentido mais amplo, e pelo
evangelho no sentido mais específico.
Lição 8
A Dinâmica da Fé e da Lei
Lição 9
Paulo, Tiago e Boas Obras
Módulo IV
Lição 10
Motivações para Obediência
Lição 11
Lutero sobre a Lei e o Evangelho
Conclusão:
Frequentemente, Lutero tem sido mal interpretado por os seus intérpretes.
a. Tem sido sugerido que o contraste feito por ele entre a lei e o evangelho é
paradigmático e global, ou seja, que se aplica a todos os textos bíblicos de todas as
maneiras concernente a questão do relacionamento entre a lei e o evangelho.
b. Isso seja uma forma bastante redutiva para entender as sutilezas da teologia do
Lutero.
c. Tem sido interpretado por alguns intérpretes que Lutero ensina que todo imperativo
encontrado na Bíblia seja lei, todo indicativo encontrado na Bíblia seja o evangelho.
i. Estes intérpretes fazem de alguma forma, a sugestão de que os cristãos, seguindo
a teologia do Lutero, devam ouvir e entender cada um desses textos apenas de
uma maneira só, como sendo um contraste absoluto entre lei e a graça.
ii. Olhando para as palavras de Lutero com os olhos do leitor contemporâneo, no
entanto, e sua pregação particular e seu trabalho expositivo, podemos ver que
Lutero tem uma visão muito matizada à respeito do relacionamento entre a lei e o
evangelho.
d. Em contraste, a distinção entre lei e graça só se aplica à justificação pela fé como a
fundação da salvação do cristão.
i. A distinção entre os dois conceitos termina no cristão, sendo este justificado pela
fé diante de Deus, na obra expiatória de Cristo de uma vez por todas.
ii. Ainda, essa distinção entre lei e a graça em Lutero tem haver também com a nossa
continua apropriação desta justificação e a aceitação de que agora desfrutamos
diante de Deus.
e. O evangelho da graça é um lembrete da liberdade que nós verdadeiramente já
possuímos em Jesus Cristo.
i. Tendo a lei já sido condenada à morte e jazendo no sepulcro, onde merece ser
esquecida, temos o poder do Espírito de expulsá-la da consciência como o meio
pelo qual recebemos aceitação diante de Deus.
ii. Tendo feito isso, estamos livres para ouvir os mandamentos de Deus agora numa
forma diferente – não como ameaças, não como avisos, não como raios de
relâmpagos que vêm do alto. Mas sim como presentes, como boas instruções para
o modo de Deus nos fazer florescer neste mundo, o caminho que o cristão deve
seguir para agradar a Deus, como orientação sobre os meios pelo quais que
possamos abençoar nosso próximo, e como um indicador do caminho que leva a
uma vida de bondade aqui neste mundo e a glória no mundo que está
Lição 12
Calvino na Lei e no Evangelho