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Manual Passo-a-Passo para a Disciplina na Igreja

A disciplina na igreja faz sentido quando se sabe o que é igreja. Se igreja fosse um
edifício, então a disciplina poderia envolver uma melhor gestão predial. Caso a igreja
fosse apenas uma instituição, então a disciplina poderia ter a ver com reestruturação
organizacional. Caso a igreja fosse meramente um show semanal, então a disciplina
demandaria um melhor planejamento de eventos.

Embora estas coisas possam fazer parte de nossa experiência de igreja, o Novo
Testamento deixa claro que a igreja é fundamentalmente um povo, uma congregação
caracterizada por seu compromisso com Cristo e uns com os outros. Portanto, quando a
Bíblia fala de disciplina na igreja, isto envolve o cuidado espiritual das pessoas. É o
processo pelo qual os membros de uma igreja se protegem mutuamente do engano do
pecado e reafirmam a verdade do evangelho.

A disciplina eclesiástica, em grande parte, ocorre de maneira informal na medida em


que cristãos falam a verdade em amor entre si e apontam uns aos outros para a graça do
evangelho. Entretanto, no mundo caído, há momentos em que a disciplina informal não
é suficiente; quando aqueles que pertencem à igreja se recusam a se arrepender e
prosseguem nas veredas do pecado. É para tais ocasiões que Jesus proveu instruções
para a disciplina eclesiástica:

Se teu irmão pecar [contra ti], vai argui-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a
teu irmão.Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que,
pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não
os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio
e publicano. (Mt 18.15-17)

Cada um dos passos deste processo é uma expressão do reinado amoroso e sábio de
Cristo sobre sua igreja, e portanto cada passo deve ser seguido.

1º Passo: Uma conversa pessoal

Tudo começa com uma confrontação pessoal (Mt 18.15). Como dito acima, isto ocorre
frequentemente na vida da igreja em múltiplos contextos. O membro que toma
conhecimento de um pecado sem arrependimento deve ir até quem pecou e, em amor,
chamá-lo ao arrependimento. Ao invés de estimular as fofocas e as divisões, Jesus
ordenou a seu povo que primeiro conversem em particular, “entre ti e ele só.” Pela graça
de Deus, muitas vezes, este é a maneira pela qual Deus opera o arrependimento no meio
do seu povo.

O que acontece, porém, se tal confrontação inicial for rejeitada? O que fazer quando
este passo informal não der resultado ? Embora os detalhes variem dependendo da
igreja e das circunstâncias, seguem abaixo cinco passos que os líderes da igreja, de
maneira geral, devem seguir no processo de disciplina eclesiástica:

2º Passo: Toma ainda contigo uma ou duas pessoas (Mt 18.16).


O próximo passo amplia o círculo de envolvimento, apesar de não envolver ainda a
igreja como um todo. Jesus instruiu os membros a levarem consigo um ou dois irmãos
para confrontarem aquele que foi pego em pecado. Caso os presbíteros já tenham sido
informados, seria apropriado que um deles acompanhasse o membro que está fazendo a
acusação. Também é valido considerar se há algum outro membro da igreja—um amigo
de confiança talvez—com influência sobre a vida do acusado. O ideal é que esse passo
seja tomado em um encontro pessoal, porém em certas situações, uma ligação,
mensagem de voz, ou talvez até uma mensagem escrita seja suficiente.

Os envolvidos até este ponto necessitam avaliar a resposta do acusado para determinar
se existe evidência de arrependimento genuíno e permanente. Claro que o objetivo não é
a perfeição, mas sim um coração quebrantado por causa do pecado e apegado a Cristo, o
que é evidenciado por humildade e disposição para seguir conselhos sábios. Em muitos
casos, este passo pode levar semanas, meses ou até mais tempo. Mas em outros, será
evidente aos envolvidos que não há arrependimento genuíno e, em obediência às
instruções de Cristo, a igreja deve prosseguir para o próximo passo.

3º Passo: Envolva os líderes ou presbíteros informando-os da situação.

Em algum momento do 2º passo, talvez antes ou depois, um cristão deveria considerar


envolver alguns presbíteros ou outros líderes da igreja (tal como um líder de pequeno
grupo). Isso pode começar por uma conversa, mas eventualmente os presbíteros
deveriam ter um meio oficial de receber acusações (por exemplo, os presbíteros podem
exigir que acusações sejam feitas por escrito ou convidem o acusador para se reunirem
com um ou dois deles). Em Mateus 18, Jesus não se referiu a envolvimento de
presbíteros, porém dada a responsabilidade sobre a igreja que os apóstolos atribuíram a
eles em outras passagens, faz sentido que presbíteros sejam envolvidos no processo de
disciplina eclesiástica em algum momento. Em casos mais difíceis, os presbíteros
precisarão se envolver mais cedo.

Agora a liderança tem a responsabilidade de considerar a natureza das acusações. O


pecado cometido é concreto e sério o suficiente a ponto de justificar o próximo passo da
disciplina eclesiástica? Existem circunstâncias extenuantes que talvez o membro
desconheça? Há outros membros que têm melhor acesso ao acusado? Como devemos
cuidar dos que foram afetados negativamente? Os líderes da igreja necessitam refletir
sobre estas e outras questões importantes, e em oração, pastorear os envolvidos durante
os passos seguintes.

4º Passo: Faça uma advertência apropriada a quem se encontra em pecado.

Antes de tornar pública a questão, os presbíteros devem fazer contato formal com a
pessoa pega em pecado. Isto é especialmente importante em casos onde não houve
muito contato com os presbíteros, tais como quando houver rejeiçāo à comunicação ou
quando a maior parte das informações veio de terceiros. O objetivo desse contato é
explicar as acusações e expressar amor e preocupação. Caso a pessoa permaneça
impenitente, então se faz necessário informá-la sobre quando a questão será
compartilhada com a congregação. Dada a necessidade de clareza e precisão na
comunicação, o primeiro contato provavelmente deve ser de forma escrita, seguido de
uma ligação ou encontro pessoal.

Se nenhum dos presbíteros ainda não tiver se encontrado com o acusado, eles devem
deixar claro que gostariam de ouvir o seu lado da história. Caso uma reunião com todos
os presbíteros seja demasiado intimidante, eles podem oferecer a visita de um grupo
menor de presbíteros. O objetivo nesse passo é dar uma oportunidade para o membro
impenitente se encontrar com os presbíteros pessoalmente e garantir que não há mal-
entendidos.

Após este passo, se estiver claro que não há mal-entendido e também não há
arrependimento, então os presbíteros devem tomar o próximo passo.

5º Passo: Dize-o à igreja (Mt 18.17).

Neste ponto, Jesus ordena ao membro “dize-o à igreja.” Embora “igreja” seja
interpretada de diversas maneiras, Jesus parece entender a igreja como a reunião dos
discípulos em seu nome (Mt 18.20, ver 1Co 5.4). A igreja é a congregação. Neste passo,
os presbíteros comunicam o ocorrido à congregação.

Dada sua natureza delicada, faz sentido que os presbíteros apresentem o caso em uma
assembléia dos membros, e não no culto público. Os presbíteros devem considerar
cuidadosamente como e o quanto comunicar à congregação. Necessitam comunicar o
suficiente para que a congregação entenda o que ocorreu e a necessidade de disciplina
eclesiástica. Entretanto, não devem dar informações adicionais a ponto de fazer com que
o retorno após haver arrependimento seja dificultado por conta de vergonha pública, ou
cause constrangimento desnecessário aos familiares ou faça com que ovelhas mais
fracas tropecem.

Devido à necessidade de cuidado e precisão, é prudente que o presbíteros redijam uma


carta para ser lida na reunião, ao invés de tentar expor espontaneamente. Em alguns
casos, ao redigir o texto os presbíteros podem envolver o membro que trouxe
inicialmente as acusações. Após os presbíteros lerem a carta, devem permitir que a
congregação faça perguntas e também se disponham a responder perguntas posteriores.
Em casos mais difíceis os presbíteros podem considerar abrir um fórum para que os
membros da igreja tragam perguntas.

Tendo sido informada da situação, a congregação deve ser instruída a orar. Aqueles na
igreja que têm uma relação pessoal com a pessoa pega em pecado devem ser
encorajados a estarem em oração sobre tentar contatá-la. Os presbíteros devem dar
tempo suficiente à congregação para participar do processo de confrontação.

Esse período pode se estender até a próxima assembleia de membros ou mais caso seja
necessário. Em certos casos, porém, a igreja talvez precise agir mais rapidamente, até
mesmo de imediato, se a igreja se sentir confiante quanto à falta de arrependimento
(1Co 5.1-5).

6º Passo: Remover o impenitente da membresia (Mt 18.17).


Após seguir cada um dos passos anteriores, caso o indivíduo se recuse “a ouvir também
à igreja,” então os presbíteros deverão actualizar a congregação sobre a situação. Em
seguida trazer uma proposta formal para sua remoção da membresia da igreja. Se a
votação for a favor, então a igreja deve entender que não mais reitera a profissão de fé
daquela pessoa. Sua relação com ela não pode ser mais como sendo pertencente à igreja,
porém ao mundo, como o “gentio ou publicano.”

Após sua exclusão, os presbíteros deverão instruir a congregação sobre como devem
interagir com o indivíduo. Com a pessoa sob disciplina, o objectivo não é rejeitá-lo ou
cortar relações. Pelo contrário, os membros devem se relacionar com ele como alguém
que necessita do evangelho, e que no entanto, está enganado sobre si mesmo. Nesse
sentido, as relações ficam mais complexas do que com amigos não cristãos que se
reconhecem como tal. Qualquer relação deve tencionar chamar a pessoa ao
arrependimento e lembrá-la da esperança do evangelho. Os membros devem encorajá-la
a frequentar os cultos e se colocar sob a pregação da Palavra. Ao mesmo tempo, devem
evitar encontrá-lo informalmente como se nada tivesse acontecido.

Após a reunião com a congregação, os presbíteros deveriam enviar uma comunicação


escrita ao indivíduo, informando-o do ato de disciplina, e expressando seu amor por ele
e seu desejo pelo seu arrependimento e restauração. Os presbíteros devem também
manter a congregação actualizada em oportunidades diversas (classes de escola
dominical, pequenos grupos, etc.) para avaliar se há alguma preocupação ou dúvida
sobre o que ocorreu. A disciplina eclesiástica pode ser um tempo difícil na vida da
igreja, e no entanto, pode ser usada por Deus para trazer maturidade e crescimento. Os
presbíteros devem pastorear a congregação sabiamente tanto durante como também
após o processo.

Conclusão

A disciplina na igreja seria mais fácil se a igreja não fosse feita de pessoas. No entanto,
Jesus não veio por causa de edifícios, instituições ou eventos. Ele veio para salvar um
povo para si mesmo, pecadores como eu e você.

Esta é a realidade que faz da disciplina eclesiástica uma dádiva maravilhosa. A igreja é
a reunião daqueles que, através do arrependimento e fé receberam a esperança da
salvação de Cristo e ajudam uns aos outros a perseverarem nessa esperança.
Negligenciar a disciplina eclesiástica é deixar de nos amar uns aos outros neste ponto.
Portanto, na medida em que nos esforçamos para seguir os mandamentos de Cristo para
a pureza da igreja, necessitamos nos apeguar à esperança do evangelho, tanto para nós,
quanto para os que estão à nossa volta
Regras de Conduta no Santo Templo
VESTIMENTAS
Aos membros baptizados, não é permitida a entrada ao culto, de pessoas usando
minissaias, ou outras roupas indiscretas e indecorosas. Bermudas, chinelos, camisetas
sem manga, bonés, camisetas político-partidárias, de times ou clubes esportivos
também não são permitidas.

ATRASOS
Toda ocasião importante requer disciplina e planejamento. Por isso, em reverência ao
Altíssimo e em respeito aos demais visitantes, não será permitido acesso ao Templo de
pessoas atrasadas para a reunião. As portas se fecham 5 minutos antes do início do
culto. Programe-se para chegar com antecedência.

ESCOLA BÍBLICA INFANTIL


Para que você e seus filhos possam melhor aproveitar a visita ao Templo, as crianças
menores de 8 anos serão direcionadas da recepção para a EBI – Escola Bíblica Infantil.
Lá, elas receberão conteúdo adequado para a sua idade, enquanto você terá a
oportunidade de se concentrar na reunião realizada no Santuário. A EBI possui
estrutura preparada para receber e atender as necessidades das crianças e conta com
uma equipe de educadoras treinadas.

SILÊNCIO
Deus fala no silêncio. Por isso, o silêncio absoluto também é requerido dentro do
Santuário. Aproveite os momentos antes das reuniões para elevar seus pensamentos
ao Altíssimo e meditar nos versículos bíblicos selecionados para cada reunião.

ATENDIMENTO
Uma equipe de conselheiros está à disposição para atendimento pessoal antes e
depois de cada reunião. Você receberá toda assistência espiritual que precisar. Fique à
vontade para tirar dúvidas e pedir orientações.

ESTACIONAMENTO
O Templo de Salomão possui estacionamento próprio. No entanto, devido ao grande
fluxo visitantes, para estacionar seu carro com tranquilidade é necessário chegar com
10 a 20 minutos de antecedência. O uso é gratuito durante sua permanência no
Templo.

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