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2º Domingo do Tempo Pascal – Ano B

Concluindo a oitava da Páscoa, celebramos hoje o Domingo da Divina Misericórdia que foi incluído no calendário litúrgico
pelo Papa e agora santo, São João Paulo II, em 30 de abril de 2000, na Missa de canonização de Santa Faustina, religiosa
cujas revelações particulares a tornaram conhecida como apóstola da Divina Misericórdia. Assim sendo, desde o ano
2000, as comunidades paroquiais de todo o mundo passaram a celebrar no segundo domingo da Páscoa, a Festa da Divina
Misericórdia. A partir disto, compreendemos porque a liturgia da Palavra deste domingo revela a comunidade cristã como
o lugar privilegiado do encontro com Jesus ressuscitado. A Igreja, cuja missão essencial é anunciar o Evangelho, é
chamada a ser instrumento da Misericórdia Divina pelo testemunho da Caridade e pela comunicação dos sacramentos de
Cristo.

Na primeira leitura (At.4,32-35), acompanhamos o relato de como eram as primeiras comunidades cristãs, com os traços
da comunidade ideal: é uma família formada por pessoas de raça e tribos diferentes, mas que vivem a mesma fé “ num só
coração e numa só alma” (At. 4,32) diz a leitura. Se trata de uma comunidade que vivia intensamente os ensinamentos
do Senhor Jesus e se reúne para louvá-Lo na meditação da Palavra, na oração e na Eucaristia, e manifesta esta vivência
com o amor fraterno que ecoa em gestos concretos de partilha, de doação e serviço, testemunhando desta forma a graça
transformadora da Ressurreição de Jesus Cristo. Será este testemunho concreto do Evangelho vivido e praticado nas
primeiras comunidades que inquietará e encantará os pagãos a ponto de eles afirmarem assombrados: “Vede como eles
se amam!” (Tertuliano). Podem dizer de nós isso também hoje? Os que estão fora da Igreja, os que não acreditam em
Deus... ao passarem por aqui, por esta comunidade, podem dizer, vejam como se amam? Ou dirão outra coisa... vejam
como falam mal uns dos outros, vejam como não se ajudam.. Que nosso testemunho de doação e amor encante os
outros, que o nosso testemunho ajude os outros a perceberem que vale a pena ser católico, vale a pena viver na Graça de
Deus. Não escandalizemos ninguém...

Na segunda leitura (1Jo. 5,1-6), São João, escrevendo para uma de suas comunidades, aprofunda a reflexão da primeira
leitura enquanto recorda aos membros da comunidade cristã quais os critérios que definem a vida cristã autêntica: o
verdadeiro discípulo é aquele que amando a Deus, acolheu com convicção à proposta de salvação que, através de Jesus
Cristo Ressuscitado, Ele faz a humanidade. Este amor a Deus é manifestado no amor vivencial e concreto para com os
irmãos.

No Evangelho (Jo. 20,19-31), o apóstolo João, expressa a centralidade de Jesus, Vivo e Ressuscitado, na comunidade
cristã. É em torno d’Ele que a comunidade se estrutura e se reergue em meio as perseguições cotidianas que causam
desolação. E é Ele que lhes doa a vida nova por meio do sopro do Espírito Santo, nos animando e tornando-os capazes de
enfrentar as dificuldades. Por outro lado, é na vida da comunidade (na sua liturgia, no seu amor, no seu testemunho) que
os homens encontram as provas de que Jesus está vivo.

Há também um personagem muitas vezes mal incompreendido, este é Tomé, a quem foi dada a graça de ao retornar ao
seio da comunidade, experimentar de modo “palpável” Aquele que fora crucificado e ressuscitara para nossa salvação.
Ele contempla, se aproxima e crê. Torna-se fiel. Aos cristãos ao longo das eras, no entanto, é transmitido o testemunho
escrito das testemunhas oculares, para que nós creiamos e, crendo, tenhamos a vida em seu nome. Nós somos os felizes
e bem-aventurados “que acreditam sem ter visto”! Nossa fé é, pois, Apostólica e Eclesial porque somos herdeiros
daqueles que ouviram o Cristo e transmitiram sua Palavra e seu ensinamento fielmente a humanidade. Imitemos São
Tomé, não na descrença, mas no reconhecimento de Deus em nossa vida, através das tantas formas que Deus se
apresenta para nós... muitas vezes será diante de uma situação difícil, muitas vezes até será cuidando de alguém doente,
muitas vezes será diante de uma incompreensão, de uma calúnia, enfim, em tudo saibamos reconhecer o Senhor que
passa por nossa vida e nos aponta a alegria da Ressureição.

Vamos buscar viver este período santo da Páscoa com alegria, anunciando pela nossa Vida a razão da nossa Fé! Cristo
está vivo e voltará. O que nos compete é estar preparados para nos encontrarmos com o Senhor! E também nós, cada vez
que nos encontrarmos com Jesus, na Eucaristia proclamemos com o Apóstolo São Tomé dizendo: Meu Senhor e meu
Deus. Eu creio, mas aumenta a minha Fé!

Que Maria Santíssima, àquela que mais se alegrou por ver seu Filho Ressuscitado, nos ajude a sermos fieis testemunhas
da Ressureição do Senhor com alegria!
Avisos:

A partir do dia 10/04, na terça-feira às 19:30, iniciaremos a Catequese para os adultos, aqueles jovens ou adultos que
ainda precisam fazer a Catequese e receber os sacramentos, devem se inscrever na secretaria paroquial.

Reforçamos o convite aos homens, para o Terço dos Homens todas as segundas-feiras, às 18:30.

A partir desta semana teremos a Santa Missa apenas nas Quintas-feiras. Iniciando às 18:00 hr, com a Adoração ao
Santíssimo, e 19:00 hr a Santa Missa.

Hoje após a Santa Missa, como de costume, a secretaria estará aberta para quem quiser trazer o Dízimo.. vamos ao
exemplo dos primeiros cristãos nos comprometermos com as necessidades da Igreja também, não esquecermos que é
nosso dever cooperar na manutenção e auxilio da Santa Igreja.

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