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PARÓQUIA SÃO FRANCISCO DE ASSIS – SALITRE

DIOCESE DE CRATO – 2024

11º ENCONTRO CATEQUÉTICO

DATA: 25 de fevereiro de 2024


ESPAÇO CELEBRATIVO: Sagrada Escritura em destaque, símbolos de acordo com
a Temática
TEXTO BÍBLICO: Mc 9,2-10 (2º DOMINGO DA QUARESMA).
TEMPO LITÚRGICO: Tempo da Quaresma
COR DO TEMPO LITÚRGICO: Roxa

QUARESMA

A quaresma é um tempo litúrgico especial, no qual a


Igreja se prepara para celebrar o mistério mais
importante da fé cristã: o mistério pascal. Inicia-se na
quarta-feira de cinzas e finaliza na Semana Santa.

ACOLHIDA DOS CATEQUIZANDOS: Uma dinâmica

FAZER MEMÓRIA DO ENCONTRO ANTERIOR: Deixar que os catequizandos falem (mas, deve respeitar
os que não queiram falar). É também um momento para partilhar algo interessante da semana... Pode
encerrar com uma música.

PROCLAMAÇÃO DA PALAVRA: Mc 9,2-10 (Este é meu filho amado)


CANTO DE ACLAMAÇÃO: Não se canta o aleluia. Canta a antífona que está na
liturgia Diária.

ANTÍFONA: Louvor a vós, ó Cristo, rei da eterna glória.


V. Numa nuvem resplandente fez-se ouvir a voz do Pai: Eis meu Filho muito
amado, escutai-o, todos vós.

PARTILHA DA PALAVRA: Deixar os catequizandos interagir com o Texto Sagrado.


EXPLICAÇÃO DO EVANGELHO

1. Transfiguração significa "mudança de forma"

A palavra "transfiguração" provem das raízes latinas.


Portanto, significa uma mudança de forma ou aparência.

Foi o que aconteceu com Jesus no evento conhecido


como a Transfiguração: sua aparência mudou e se tornou
gloriosa.

2. O Evangelho de Lucas prediz a Transfiguração

No Evangelho de Lucas 9, 27, no final de um discurso aos doze apóstolos, Jesus misteriosamente
acrescenta: “Em verdade vos digo: dos que aqui se acham, alguns há que não morrerão, até que vejam
o Reino de Deus".

Isso costuma ser tomado como uma profecia de que o fim do mundo ocorreria antes da morte da
primeira geração de cristãos. No entanto, a frase "reino de Deus" também pode se referir à "expressão
externa do reino invisível de Deus".

O reino está encarnado no próprio Cristo e, portanto, poderia ser "visto" se Cristo o manifestasse de
uma maneira incomum, inclusive em sua própria vida terrena, como foi o evento da Transfiguração.

O papa emérito Bento XVI afirmou que Jesus "argumentou de forma convincente que a colocação dessa
frase imediatamente antes da Transfiguração a relaciona claramente a esse evento".

"A alguns, isto é, aos três discípulos que acompanham Jesus à montanha, é prometido que
presenciarão pessoalmente a vinda do Reino de Deus ‘no poder’”, acrescentou.

3. A Transfiguração foi testemunhada pelos três discípulos principais

A Transfiguração ocorreu na presença dos apóstolos João, Pedro e Tiago, os três discípulos principais.

O fato de Jesus ter permitido apenas três de seus discípulos presenciarem o evento pode ter provocado
a discussão que rapidamente ocorreu sobre qual dos discípulos era o maior (Lucas 9, 46).

4. Não se sabe exatamente onde ocorreu a Transfiguração

São Lucas declara que Jesus levou os três à "montanha para rezar". Costuma-se pensar que esta
montanha é o Monte Tabor, em Israel, mas nenhum dos evangelhos a identifica com exatidão.

5. A Transfiguração serviu para fortalecer a fé dos apóstolos

Segundo o Catecismo da Igreja Católica numeral 568: “A Transfiguração de Cristo tem por finalidade
fortificar a fé dos apóstolos em vista da Paixão: a subida à ‘elevada montanha’ prepara a subida ao
Calvário. Cristo, Cabeça da Igreja, manifesta o que seu Corpo contém e irradia nos sacramentos ‘a
esperança da Glória’".

6. O Evangelho de Lucas é o que dá mais detalhes deste acontecimento


São Lucas menciona vários detalhes sobre a Transfiguração que outros evangelistas não fazem. Por
exemplo, observa que isso aconteceu enquanto Jesus estava rezando; menciona que Pedro e seus
companheiros "tinham-se deixado vencer pelo sono; ao despertarem, viram a glória de Jesus e os dois
personagens em sua companhia". Também menciona que Pedro sugeriu a criação de tendas enquanto
Moisés e Elias se preparavam para partir.

7. A Aparição de Moisés e Elias representa a Lei e os Profetas.

Moisés e Elias representam os dois principais componentes do Antigo Testamento: a Lei e os Profetas.

Moisés foi o doador da Lei e Elias foi considerado o maior dos profetas.

8. A sugestão de São Pedro foi errônea

O fato de que a sugestão de Pedro ocorra quando Moisés e Elias estão se preparando para partir revela
um desejo de prolongar a experiência da glória.

TEMÁTICA: É TEMPO DE QUARESMA

Cardeal Orani João Tempesta


Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)

Iniciando a Quaresma com a celebração da


quarta-feira de cinzas somos convidados a
aprofundar a espiritualidade quaresmal para
vivenciarmos esse itinerário que o Papa
Francisco, em sua homilia ao abrir esse tempo favorável assim se referiu: “A Quaresma é o tempo para
reencontrar a rota da vida. Com efeito, no caminho da vida, como em todos os caminhos, aquilo que
verdadeiramente conta é não perder de vista a meta”. E ainda fez algumas perguntas: “No caminho da
vida procuro a rota?” e, citando a Palavra de Deus chama a todos para que se “Voltem para mim, diz o
Senhor.” E o Papa conclui: “para mim: o Senhor é a meta da nossa viagem no mundo. A rota deve ser
ajustada na direção d’Ele”.

A Quaresma é esse tempo de recomeço, de volta, de retomada, de reviver a vida batismal. Nós
renovaremos as promessas batismais na Vigília da Páscoa e esse ato não pode ser apenas ritual, deve
estar inserido em nossa vida e conversão. Este é o tempo litúrgico de conversão, que a Igreja marca
para nos preparar para a grande festa da Páscoa. É tempo para nos arrepender de nossos pecados
celebrando o sacramento da penitência ou confissão deixando-nos conduzir por novos caminhos em
Cristo.

A Quaresma dura 40 dias (excetuados os domingos): começa na quarta-feira de Cinzas e termina na


quinta-feira da Semana Santa excluída a celebração da Ceia do Senhor, quando iniciaremos o tríduo
pascal. Ao longo deste tempo, sobretudo, na liturgia do domingo, fazemos um esforço para recuperar
o ritmo e estilo de verdadeiros fiéis que devemos viver como filhos de Deus.

Trata-se de um tempo privilegiado de conversão, combate espiritual, jejum e escuta da Palavra de


Deus. Entramos no “deserto” com Cristo, como recorda o Papa em sua mensagem para a quaresma,
para fazer o mundo “voltar a ser aquele jardim da comunhão com Deus que era antes do pecado das
origens”. Estamos refazendo o caminho do Êxodo para que do inverno de nossos pecados passemos
para a primavera dos novos tempos.

O número de quarenta é importantíssimo, pois tem toda uma significação bíblica. No passado era o
tempo aproximado de uma geração. Encontramos muitas referências a esse número, mas recordo de
algumas: os quarenta dias do Dilúvio (Gn 7,4), os quarenta dias de Moisés no Monte Sinai, os quarenta
anos de Israel no deserto (Ex16,35; Nm 14,33; Dt 29,5; os
quarenta anos do reinado de Davi (2Sm 5.4), os quarenta dias
do caminho de Elias (1Rs 19,8) e, sobretudo, os quarenta dias
do Senhor Jesus no deserto (Mt 4,3; Mc 1,13; Lc 4,2),
preparando sua vida pública, mas também o tempo de Jesus
entre Ressurreição e Ascensão (At 1,3). É digno de nota que
o mesmo Jesus que entrou na penitência dos quarenta dias
aparece transfigurado com dois outros penitentes: Moisés e
Elias! Por isso mesmo, o cuidado da Igreja de reservar exatos
quarenta dias para a penitência! É o tempo da Quaresma! É
tão antigo que tem suas raízes na própria prática da Igreja
apostólica.

A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa penitência. É um tempo de reflexão, de penitência,
de conversão espiritual; tempo e preparação para o mistério pascal. A espiritualidade da Quaresma,
depois de tudo o que foi dito, aparece em seu caráter essencialmente cristocêntrico-pascal-batismal.
Este tempo litúrgico é caminho de fé-conversão para Cristo, que se faz servo obediente ao Pai até a
morte de cruz. Na espiritualidade quaresmal, três pontos são ressaltados: 1- Oração, 2- Jejum e 3-
Esmola como já comentamos outras vezes.

Na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa os cristãos fazem abstinência de carne e jejuam: o


jejum nos faz recordar que somos frágeis e que a vida que temos é um dom de Deus, que deve ser
vivida em união com ele. Somos convidados a fazer alguma penitência durante todas as sextas-feiras
da Quaresma.

O Papa Francisco iniciou a sua homilia nesta quarta-feira de cinzas conclamando a todos para entrarem
neste tempo de coração aberto e contrito: «Toquem a trombeta em Sião, proclamem um jejum». Com
esse versículo do livro do Profeta Joel, iniciou sua homilia, sublinhando que a “Quaresma tem início
com um som estridente: o som duma trombeta que não acaricia os ouvidos, mas proclama um jejum.
É um som intenso, que pretende abrandar o ritmo da nossa vida, sempre dominada pela pressa, mas
muitas vezes não sabe bem para onde vai. É um apelo a deter-se para ir ao essencial, a jejuar do
supérfluo que distrai. É um despertador da alma”, disse o Papa. E ainda acrescenta: “ao som desse
despertador, segue-se a mensagem que o Senhor transmite pela boca do profeta, uma mensagem
breve e premente: «Voltem para Mim”.

A Quaresma é um tempo propício para


lutarmos contra os nossos defeitos mais
arraigados. Podemos aproveitar esta época
litúrgica para crescer em conhecimento
próprio, fazendo um exame mais aprofundado
da nossa vida para descobrir o que nos
aproxima ou afasta de Deus. Depois,
marcaremos metas palpáveis de melhora e nos
esforçaremos por atingi-las. Se alguma vez falharmos, recorreremos com humildade e contrição ao
sacramento da Penitência e recomeçaremos com alegria. Se fizermos a nossa parte, que é lutar sempre
confiantes na ajuda de Deus, Ele não deixará de nos conceder as graças necessárias para uma
verdadeira conversão.

RODA DE CONVERSA COM OS CATEQUIZANDOS

.1) Como ficou meu coração após este encontro de hoje?


2) O que precisa mudar em mim?
3) Como vou viver esta quaresma?
4) Em sua rua/estão acontecendo os Encontros da
Campanha da Fraternidade em Família (nas quartas
feiras) e as vias sacras nas sexta. Como estou
participando?

ENCERRAMENTO DO ENCONTRO: Fica a critério de


cada catequista.

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