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Curso de Identidade Presbiteriana

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A ORIGEM DO PRESBITERIANISMO –
UMA BREVE AVALIAÇÃO HISTÓRICA

Prof. Rev. João Ricardo Ferreira de França.


Contatos: jrcalvino9@hotmail.com
Fone: (89)99306717 [Tim]

ESTUDO 02
Introdução
 Ainda dentro da temática da Identidade Confessional
e denominacional o presbiterianismo tem uma rica
história ainda a ser explorada
 As origens históricas, teológicas e denominacionais
oferecem o real contorno de nossa identidade.
 Muitas vezes quando questionados [os presbiterianos]
por outras pessoas quanto as suas convicções e
práticas, sentem-se frustrados com a sua incapacidade
de expor de modo coerente e convincente as suas
posições. (MATOS; NASCIMENTO, 2007, p.9)
I – PRESBITERIANOS QUEM SOMOS?
De acordo com o nosso Manual
Presbiteriano (Constituição da Igreja
Presbiteriana do Brasil): A Igreja
Presbiteriana do Brasil (IPB) é uma
federação de Igrejas Locais que “tem em
comum uma história, uma forma de
governo, uma teologia, bem como um
padrão de culto e de vida comunitária”.
(MATOS; NASCIMENTO, 2007, p.9)
II – DE ONDE VIEMOS?

Os presbiterianos tem uma origem bem


antiga
A Igreja Presbiteriana pertence à tradição
reformada. Ou seja, sua origem está
vinculada a chamada Reforma
Protestante.
1.2 – O Presbiterianismo
Internacional.
Vamos começar estudando a ideia do
Presbiterianismo no mundo afora.
Claro que devemos considerar
primeiramente nas páginas das Escrituras:
Aprendemos na Palavra de Deus que o
sistema de governo por meio de
presbíteros começa desde os tempos do
Antigo Testamento.
Presbiterianismo e a Escritura.
Quando Moisés é chamado para libertar
ao povo, então, ele já encontra na
comunidade de Israel os presbíteros como
dirigentes do povo: Êxodo 3.16: “Vai,
ajunta os anciãos [PRESBÍTEROS] de
Israel e dize-lhes: O SENHOR, o Deus de
vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de
Isaque e o Deus de Jacó, me apareceu,
dizendo: Em verdade vos tenho visitado e
visto o que vos tem sido feito no Egito”.
Presbiterianismo no NT
 No Novo Testamento Cristo também ao aparecer
no cenário se depara também com a realidade dos
presbíteros.
 Notemos em textos como: “Por que transgridem
os teus discípulos a tradição dos anciãos
[πρεσβυτέρων - presbytérôn]? Pois não lavam as
mãos, quando comem”. (Mateus 15.2 ARA) outro
texto que lemos no evangelho é o seguinte: “pois
os fariseus e todos os judeus, observando a
tradição dos anciãos [πρεσβυτέρων -
presbytérôn], não comem sem lavar
cuidadosamente as mãos;” (Mar 7:3 ARA)
O relato de Atos dos Apóstolos apresenta-
nos a existência de igrejas governadas por
presbíteros (Atos 14.23; 20.17);

Paulo escreve mostrando que governo da


Igreja é marcado pela regência dos
presbíteros (1 Timóteo 3.1-11; 5.17; Tito
1.1-5).
a) João Calvino e os primórdios
reformados do presbiterianismo
Na chamada Reforma Protestante o
sistema presbiteriano começa a ser
desenvolvido, primeiramente, pelo maior
mentor da Reforma João Calvino.
“João Calvino foi o reformador que deu
atenção à questão da forma de governo
mais do que qualquer outro”(LEITH,
1996, p.253)
Calvino e as Ordenanças
Eclesiásticas
Calvino sumariza os quatros ofícios na Igreja:
1- Pastor:
Pastor Responsável pela pregação e
administração dos Sacramentos (Batismo e
Santa Ceia)
2 – Doutor:
Doutor Responsável pelo ensino
teológico na Igreja e no seminário
3 – Presbítero: É responsável para auxiliar o
ministro da palavra, na exortação,
aconselhamento e disciplina, juntamente com o
Pastor da igreja.
4 – Os Diáconos:
Diáconos Que deveria se envolver
com as questões de misericórdia.
Notemos que o governo “ficava
principalmente nas mãos do Consistório
[ uma espécie de conselho], que era formado
por cinco pastores e doze leigos que
recebiam o nome de ‘anciãos’ [Presbíteros]”
(GOZÁLEZ, 2011, p.68).
Em outras palavras Calvino restaurara o
governo presbiteriano para a igreja local.
b) John Knox – Pai do
Presbiterianismo.
O segundo personagem que merece destaque entre os
presbiterianos é o escocês John Knox.
 Knox foi discípulo de Calvino quando durante o seu exílio
em Genebra
 Ele refurgiou-se naquela cidade e motivado por Calvino
assumiu o pastorado de uma igreja de refugiados ingleses.
(BOND, 2011, p.33)
 ali ele encontrou o governo e a disciplina presbiteriana das
igrejas. (LUCAS, 2012, p.159).
 No desenvolvimento da eclesiologia definiu-se que em cada
igreja, elegiam-se presbíteros, e também o ministro, mesmo
que este não pudesse ser empossado antes de ser examinado
pelos demais ministros. O livro de disciplina da igreja, o
Livro de Ordem comum e a Confissão Escocesa foram os
pilares pelos quais Knox construiu sua nova igreja.
(GOZÁLEZ, , 2011, p.82-83. )
1.2 – O Presbiterianismo Nacional –
Um Esboço Histórico
Tentativas de implantação do
presbiterianismo/ Calvinismo no Brasil.
reformados franceses desejosos por liberdade
religiosa procuravam terras onde pudesse ter
liberdade de cultuar a Deus a verdadeira fé
evangélica.
a Baía de Guanabara foi um alvo escolhido
para a implantação deste sonho.
o próprio Calvino enviou ao Brasil cinco
pastores calvinistas para o sucesso desta
empreitada.
 No ano de 1555 os presbiterianos (reformados) haviam chegado
na Baía de Guanabara e procuram logo estabelecer uma colônia
reformada.
 Com o passar dos anos os reformados foram hostilizados,
presos e torturados por professar a fé reformada, em um tempo
de 12 horas eles deveriam formular o que creiam; eles o assim
fizeram foi confeccionada a primeira Confissão de fé das
Américas – a Confissão de Guanabara, escrita em Latim
focalizando nos pontos fundamentais da fé reformada; após, a
redigirem foram matirizados.
 Após dez anos João Bolés , conhecido como Jacques le Balleur.
– o quinto calvinista – que havia fugido foi encontrado pelo
Padre Anchieta e executado pelo mesmo. (POMBO, 1963,
p.514).
 E Mem de Sá e Estácio de Sá conquistaram o forte Coligny, e
assim, o calvinismo [presbiterianismo] foi sufocado no Brasil.
B) A Holanda Presbiteriana no
Nordeste. [1630-1654]
A segunda tentativa, igualmente frustrada,
de se estabelecer o presbiterianismo em
solo brasileiro foi em Pernambuco;
A invasão holandesa trouxe o calvinismo
da Holanda para o Brasil sob a liderança
do Conde Mauricio de Nassau.
Neste processo se instalou Igrejas
Reformadas [Presbiterianas] por todo o
Nordeste, deu-se liberdade de Culto aos
Judeus, católicos e índios
se fez a tradução do catecismo de
Hidelberg para a língua Tupi.
organizou-se igrejas, conselho e
consistório chegando até haver um sínodo.
muitos não estavam desejosos de ter uma
nação protestante, então surgiu revoltas tais
como a Batalha dos Guararapes onde os
holandeses foram expulsos
desta forma mais uma vez a presença
calvinista foi ofuscada e apagada do solo
brasileiro.
C) O Estabelecimento do
Presbiterianismo Brasileiro
“Implantação da obra presbiteriana no
Brasil resultou dos esforços de Igrejas
norte-americanas, que ao longo de muitas
décadas fizeram um enorme investimento
de pessoal e recursos em muitos pontos do
território brasileiro”(MATOS, 2004, p.13)
C) O Estabelecimento do
Presbiterianismo Brasileiro
A Assembléia Geral da Igreja Presbiteriana nos
Estados Unidos, em Maio de 1859, aprovou a
nomeação de Ashebel Green Simonton, de 26
anos, ‘para explorar o território verificar os meios
de atingir com sucesso a mente dos naturais da
terra, e testar até que ponto a legislação favorável
à tolerância será mantida’. Se Simonton fizesse
um relatório favorável , a missão seria ampliada
pela Sociedade. Em 12 de agosto do mesmo ano,
Simonton desembarcou no Rio de Janeiro. Seu
cunhado Alexander L.Blackford chegou quase um
ano depois e Francis J. C. Schneider no final de
1861
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
 BOND, Douglas. A Poderosa Fraqueza de John
Knox.Tradução:
Knox Elizabeth Gomes. São Paulo:
Editora Fiel, 2011, p.33
 CAIRNS, Earle E. O Cristianismo Através dos
Séculos – Uma História da Igreja Cristã.
Cristã
Tradução: Israel Belo de Azevedo; Valdemar
Kroker. São Paulo: Edições Vida Nova, 2008,
p.415.
 GOZÁLEZ, Justus L. História Ilustrada do
Cristianismo – A Era dos Reformadores até a
Era Inconclusa.
Inconclusa Volume 2, Tradução: Itamir
Neves de Souza. São Paulo: Edições Vida Nova,
2011, p.68.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
LEITH, John. H. A Tradição
Reformada – Uma Maneira de ser a
Comunidade Cristã.
Cristã Tradução: Eduardo
Galasso Faria e Gerson Correia de
Lacerda. São Paulo: Pendão Real, 1996,
p253.
LLOYD-JONES, David Martyn. Os
Puritanos e Seus Sucerros. Tradutor:
Odayr Olivetti, São Paulo: PES, p.282.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
LUCAS, Sean Michael. O Cristão
Presbiteriano – Convicções, práticas e
Histórias.
Histórias Tradução: Elizabeth Gomes. São
Paulo: Cultura Cristã, 2011, p.159.
MACEDO, Dr. Joaquim Manoel de. Lições
de História do Brazil - Para uso de escolas
de Instrução primária,
primária Rio de Janeiro:
Livraria Garnier, 1922, p.92.
MATOS, Alderi de Souza. Os Pioneiros –
Presbiterianos do Brasil (1859-1900). São
Paulo: Cultura Cristã, 2004, p.13.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
MATOS, Alderi de Souza;
NASCIMENTO, Adão Carlos. O que
Todo Presbiteriano Inteligente deve
Saber,
Saber São Paulo: Socep, 2007, p.9.
ROCHA POMBO, José Francisco.
História do Brasil. São Paulo: Ed.
Melhoramentos, 1963, p.514

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