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CBA

CONVENÇÃO BAPTISTA DE ANGOLA

SEMINÁRIO TEOLÓGICO BAPTISTA DO HUAMBO

CURSO MÉDIO E BACHAREL EM TEOLOGIA

DISCIPLINA: HISTÓRIA DOS BAPTISTAS

PROFESSOR: FREDERICO CHIAMBO LOPES

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

1- INTRODUÇÃO
Princípios básicos Baptistas

2- ORIGEM DOS BAPTISTAS


Teorias sobre a origem dos Baptistas
Herança Anabaptista
Os anabaptistas na Suíça
Os anabaptistas na Alemanha
Os Menonitas

3- OS BAPTISTAS INGLESES E EUROPEUS


A história dos Baptistas na Inglaterra
Os baptistas Particulares
Os Baptistas Gerais
Algumas diferenças doutrinárias entre eles
Origem das associações Baptistas
Diferenças entre as associações dos baptistas gerais e particulares

4- A LUTA DOS BAPTISTAS PELA LIBERDADE NA INGLATERRA


Consequências
Tendências teológicas da época
Prelúdio de avivamento
Despertamento do interesse missionário
William Guilherme Carey
O avanço missionário no estrangeiro

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5- CONTRIBUIÇOES PARA OBRAS SOCIAIS
OS BAPTISTAS NA AMERICA
Expansão da luta pela liberdade versus liberdade religiosa
Época de avivamento
Evangelismo e educação
Missões baptistas do sul

OS BAPTISTAS EM AFRICA
Os primeiros missionários no norte de Angola
Os baptistas no centro e sul de Angola
A Convenção baptista de Angola
Obras de missões
Obras sociais

6- OS BAPTISTAS NO BRASIL
O missionário pioneiro
A convenção baptista Brasileira

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Introdução

Os “baptistas”, seu rasto se funde em muitos grupos de seguidores de Jesus


Cristo, ao longo da história. Porém negadas pela historiografia oficial de seus opositores
históricos, que confiscaram, destruíram confiscaram muitas das referências e evidências
históricas de seu percurso. Até a Bíblia e seus proprietários foram martirizados,
principalmente a Igreja Católica Romana. Daí as teorias que não resistências as
referências contidas em documentos antigos da Igreja Romana católica, desses irmãos
em Jesus Cristo e nem o nome que têm é da autoria deles! Mais imposto por aqueles que
desejam, arquitectavam e executavam programas para eliminá-los da existência!

Princípios básicos baptistas


1. Seu Cabeça e Fundador: Cristo. Ele é o legislador; a igreja só executa essas
leis. Mateus16:18; Colosenses 1:18.
2. Sua única regra de fé e prática: a Bíblia. II Timóteo 3:15-17.
3. Seu nome: "Igreja" ou "Igrejas". Mateus 16:18; Apocalipse 22:16.
4. Seu governo: Democrático, todos os membros iguais, porém têm funções
diferentes em função dos dons ou capacitações do Espírito Santo dado por Deus a cada
um. Mateus 23:5-12, Atos 6:1-6, 1:15-26; I Coríntios12.1-31.
5. Seus membros: Somente pessoas salvas. Efésios 2:21, 1 Pd. 2:5, Atos 2:47.
6. Suas ordenanças: Baptismo dos crentes e depois disto a Ceia do Senhor.
Mateus 28:14-20.
7. Seus oficiais: Pastores e diáconos. I Timóteo 3:1-16.
8. Seu trabalho: Pregar a salvação às pessoas, baptizando-as com um baptismo
que concorde com todas as exigências da Palavra de Deus, "ensinando-as a guardar
todas as coisas que eu vos tenho mandado". Mateus 28:16-20.
9. Seu plano financeiro: “Assim (dízimos e ofertas) ordenou também o Senhor
aos que anunciam o Evangelho, que vivam do Evangelho". I Coríntios 9:14.
10. Suas armas de combate: Espirituais e não carnais. II Coríntios 10:4, Efésios
6:10-20.
11. Sua independência: Separação entre a Igreja e o Estado. Mateus 22:21.

A história faz-se com factos documentados. A Igreja dos cristãos com o nome de
Baptista tem história.
A sua origem está na Igreja primitiva. Elas no mundo são filhas em várias gerações,
da igreja que Jesus Cristo em vida física já liderará, edificou e continua a guiá-la com a
cooperação de seus filhos a quem Ele concedeu dons, para o efeito.

Os baptistas, tal como a Igreja de Jerusalém creem que:


1. Jesus Cristo é Deus e o único e suficiente salvador.
2. Salvação é somente pela graça mediante a fé na obra redentora realizada por
Jesus Cristo.
3. Na liberdade e responsabilidade individual das pessoas diante de Deus, pelas
suas escolhas materiais, morais e espirituais.
4. Só é membro da Igreja aquela pessoa que aceitou Jesus Cristo como salvador e
dono e guia.

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5. No baptismo por imersão, e só ministrado para aqueles que em sã consciência,
por estarem comprometidos com Deus em Jesus Cristo, voluntariamente o
peçam.
6. creem que as Igrejas neo-testamentárias são locais, visíveis e independentes
entre si, ou seja: auto-governadas; auto-sustentadas e auto-propagadoras, porém
cooperando de forma directa, com as outras igrejas com a mesma doutrina de fé,
ordem e prática, naquilo que uma Igreja local não consegue implementar, e
indirectamento com as demais, naquilo que não se opõe aos preceitos bíblicos.
7. Os baptistas crêem na separação entre a Igreja e o Estado. Temos a ordem de dar
à César o que é de César e a Deus o que é de Deus. O estado não deve mandar
na Igreja e nem formar alianças que comprometam o mandato evangelístico que
é exclusivo.

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A ORIGEM DA DENOMINAÇÃO BAPTISTA

Teorias sobre a origem dos Baptistas

Não há um perfeito acordo sobre a origem do povo chamado Baptista entre os


historiadores.

Teoria Anabaptista

A teoria anabaptista é aquela que afirma que os baptistas descendem dos


anabaptistas, que pregaram sua mensagem radical no período da Reforma Protestante.
Os então apelidados de anabaptistas, já sinalizavam sua existência séculos antes da
reforma protestante! Os chamados baptistas não são protestantes na sua origem nem
filhos do movimento dos protestantes. Seu percurso histórico, não indica algum
fundador humano, responsável pela sua origem e natureza.
Ambas são rejeitadas pelos historiadores baptistas Henry C. Vedder e Robert G. Torbet.

Teoria da proveniência dos separatistas Ingleses

A história academicamente aceita sobre a origem das Igrejas Baptistas está


ligada aos dissidentes ingleses, ou movimentos de anticonformismo do século XVI.

A suposta primeira igreja baptista, dizem, nasceu quando um grupo de


refugiados ingleses que foram para a Holanda em busca da liberdade religiosa em 1608,
liderados por John Smyth, um clérigo e Thomas Helwys, um advogado, organizaram
em Amsterdã, em 1609 uma igreja de doutrinas baptistas. Atesta esta teoria, que
a Igreja Batista é uma denominação cristã que surgiu na Holanda no início do século
XVII.

John Smyth discordava da política e de alguns pontos da doutrina da Igreja


Anglicana da qual ele era pastor. Após uma aproximação com os menonitas e,
examinando a Bíblia, creu na necessidade de baptizar-se com consciência e em seguida
baptizou os demais membros fundadores da igreja. Constituindo-se assim a Primeira
Igreja Baptista organizada. Até então, apesar do nome, baptista, esse grupo não
praticava o baptismo por imersão!

Só os baptistas particulares, por volta de 1642, adoptaram oficialmente essa


prática tornando-se comum depois a todos os baptistas desse segmento. A primeira
confissão dos particulares, a Confissão de Londres de 1644, também foi a primeira a
defender o imersionismo no baptismo.
Depois da morte de John Smyth e da decisão de Thomas Helwys e seus seguidores de
regressarem para a Inglaterra, a igreja organizada na Holanda desfez-se e parte dos seus
membros uniram-se aos menonitas.

Thomas Helwys organizou a Igreja Batista em Spitalfields, nos arredores


de Londres, em 1612.

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A perseguição aos baptistas e a outros dissidentes ingleses, fez com que muitos
emigrassem. O mais famoso foi John Bunyan, que escreveu sua obra-prima O
Peregrino enquanto estava preso.

Nos Estados Unidos, a primeira igreja baptista nasceu através de Roger


Williams, que organizou a Primeira Igreja Batista de Providence em 1639, na colônia
que ele fundou com o nome de Rhode Island, e John Clark que organizou a Igreja
Batista de Newport, também em Rhode Island em 1648. Em terras americanas os
baptistas cresceram principalmente no sul, onde hoje sua principal denominação,
a Convenção Batista do Sul, conta com quase 15 milhões de membros, sendo a maior
igreja protestante dos Estados Unidos.

Teoria da Sucessão Apostólica, ou JJJ (João - Jordão - Jerusalém)

A teoria de sucessão apostólica postula que os baptistas actuais descendem


de João Batista e que a igreja continuou através de uma sucessão de igrejas (ou grupos)
que baptizavam apenas adultos, como os montanistas, novacianos, donatistas,
Paulicianos, Bogomilos, Albigenses, Cátaros, Valdenses e Anabaptistas.

Essa teoria apresenta alguns problemas, como o facto que grupos


como bogomilos e cátaros seguiam doutrinas gnósticas e o gnosticismo é contrário às
doutrinas baptistas de hoje. Também, alguns desses grupos que sobrevivem até o
presente, igrejas como a dos valdenses (que desde a Reforma é uma denominação
Calvinista) ou dos paulicianos, não se identificam com os baptistas. Estes factores são
apresentados como contrários, aos princípios defendidos pelos “baptistas” e
consequência disso rejeitadas pela historiografia oficial.

Guilherme Witsite e August Strong, concordavam em que a origem dos


baptistas deve datar-se de 1641 quando a imersão foi renovada na Inglaterra por alguns
separatistass ingleses, na Igreja de Jacob em South-Wark em Londres.

João Shakespear argumentou que os baptistas particulares representam o


testemunho baptista ininterruptamente. Ele considerava que os baptistas Calvinistas são
os verdadeiros antepassados da denominação moderna.

Henrique Vedder chegou a esta conclusão “depois de 1641, pelo menos, a


doutrina e prática baptistas têm sido as mesmas em todas as características essenciais do
que são hoje”.

Torbert, pensa que o ponto de vista de Vedder é o mais plausível pelas seguintes razoes:

1-Não viola os princípios da correcção histórica como o fazem as teorias que


afirmam uma continuidade definida

Os baptistas não compartilham com os anabaptistas nos seguintes aspectos:

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a)- Oposição a juramentos
b)- oposição a comparticipação nos negócios públicos
c)- doutrina do pacifismo

HERANÇA ANABAPTISTA

O nome anabaptista, foi o epíteto aplicado aos que supostamente eram chamados
de rebaptizadores. Os Donatistas e Novacianos praticavam este acto somente quando o
ministrante não era qualificado, isto é, não era capaz.

Os Petrobrusianos, Valdenses, Henriqueanos e Paulicianos que seguiram aqueles


que rebatizavam porque insistiam eles na necessidade da regeneração do candidato. O
anabaptismo progrediu nos centros onde tais grupos tinham trabalhado durante séculos.

Os anabaptistas na Suíça

A mais antiga comunidade de Anabaptistas aparece na Suíça a princípio não se


distinguiram dos reformadores Zuinglianos.

Os factores que contribuíram para o crescimento na Suiça são: O ambiente de


liberdade religiosa do pais; a influência do humanismo de Zuinglio que se converteu
pelo estudo do Novo Testamento Grego que exigia que, no seu cantão, só fosse
ensinado o Novo Testamento; a presença de um número razoável de líderes religioso
capaz e radicais. Estes foram homens reformadores políticos e sociais que baseavam as
suas convicções nas Escrituras.

Os Anabaptistas em Zurique

Considera-se Conrado Grebel como o fundador do anabptismo na Alemanha. Depois de


se converter tornou-se um dos dedicados cooperadores de Zuingliu até 1525.

Separaou-se de Zuingliu poque pensava que a igreja não deveria ter ligação com
o estado, e que devia consistir somente de crentes regenerados. E não só, Zuingliu
praticou também expedientes políticos para impedir os Anabaptistas terem uma igreja
formada de membros regenerados, resultado do chenofobismo de Zuingliu, face ao
radicalismo social de alguns anabaptistas. Também a inconsistência e incapacidade de
Zuingliu de defender que o baptismo infantil tinha bases nas Escrituras.

De 1524 até 1555 levantou-se uma perseguição feroz contra os anabaptistas,


sendo a maior parte dessses anabaptistas terem uma morte por afogamento, que os seus
perseguidores julgavam justa por eles serem rebatizadores.

Os Anabaptistas Alemães (Suíça)

Na Alemanha, o nome anabaptista foi aplicado indiscriminadamente a todos os


radicais.

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Não existe provas de haver ligação entre os anabaptistas Suiços e os profetas de
Evican Storch porque a sua maneira de trazer o reino era repugnante aos olhos dos
Suíços.

Houve efectivamente pedo-baptistas também apelidados de anabaptistas. Os


líderes anabaptistas na Alemanha estavam geralmente isentos do fanatismo, embora
alguns fanáticos buscassem identificar-se com eles afim de, alcançarem as reformas
sociais e politicas que pretendiam.

Balthasar Hubmaier  (Balthazar Hubmör) (Friedberg, perto


de Augsburgo, 1485 — Viena, 10 de Março de 1528) foi lider anabatista entre 1525-
1528, mais precisamente na Morávia, onde comandou uma grande congregação entre
1526-28, notabilizando-se pela quantidade e importância de seus escritos, porém sem
maior relevância no movimento anabatista-menonita posterior, uma vez que divergia da
linha principal dos anabatistas sobre a questão da não-resistência, e seu grupo de
seguidores não sobreviveu depois de sua morte mais que um ou dois anos. Seu lema era
Die warheit ist untödlich ("A verdade é imortal")
Frequentou a Escola Latina de Augsburgo, e entrou na Universidade de Freiburg
im Breisgau em 1 de maio de 1503. Falta de recursos obrigaram-no a deixar a
universidade e a sobreviver dando aulas em Schaffhausen. Retornando a Freiburg em
1507, graduou-se como Bacharel e Mestre em 1511. Em 1512, recebeu o diploma de
doutorado na Universidade de Ingolstadt onde teve Johannes Eck como seu professor,
tendo se tornado vice-reitor em 1515. Sua fama como notável orador espalhava-se por
toda parte. Em 1516, tornou-se pastor da igreja em Regensburgo. Em 1521, estava
em Waldshut e em 1524 casou-se com Elizabeth Hügline de Reichnau.

Em 1522, entrou em contacto com Heinrich Glarean  (1488-1563)], professor


de Conrad Grebel, e Erasmo de Rotterdam, em Basileia. Em março de 1523,
em Zurique, Hübmaier conheceu Huldrych Zwingli  (1484-1531), tendo até participado
na Disputa de Zurique em outubro desse ano, onde ele estabeleceu o princípio de
obediência às Escrituras, tendo ele escrito "que em todas as questões envolvendo fé e
religião, apenas a escritura, nascida da boca de Deus, deverá ser nossa medida e nossa
regra."

Wilhelm Reublin (1484-1559)  chegou em Waldshut em 1525, tendo sido


expulso de Zurique. Em abril, Reublin batizou Hubmaier e seis outras pessoas. Em
Waldshut, seus pontos de vistas com relação ao Anabatismo resultaram no desagrado
por parte do príncipe Ferdinando  (1503-1564). E foi essa rivalidade que eventualmente
levou Hubmaier ao martírio. Hubmaier inicialmente fugiu para Schaffhausen para se
proteger da ira do príncipe.

Em 5 de dezembro de 1525, Hubmaier fugiu novamente para Zurique para


escapar do exército austríaco. Ao invés de encontrar proteção, Zwingli mandou prendê-
lo. Hubmaier solicitou um debate sobre o batismo, que foi concedido. O debate, no
entanto, teve alguns lances inesperados. Dez homens, do grupo de Hubmaier, estavam
presentes no debate. Durante a discussão, Hubmaier fez algumas declarações onde

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Zwingli concordava que crianças não deveriam ser batizadas. Zwingli respondeu
que ele havia se equivocado. As críticas de Hubmaier foram mais longe, fazendo com
que Zwingli refizesse seus conceitos na reforma contra os católicos. Hubmaier
escreveria mais tarde: "Se você não fizer isso [provar o batismo infantil nas Escrituras],
o vigário irá se queixar de que você usou contra ele a mesma espada que você agora
carrega na cintura".

Apesar dos argumentos de Hubmaier, o conselho se colocou favorável a


Zwingli. Hubmaier, confuso, concordou em se retratar. Mas, no dia seguinte, diante da
congregação, ele deu provas da angústia mental e espiritual criada por suas ações e
afirmou: "Eu posso, mas não irei me retratar". De volta à prisão e sob a tortura do
cavalete, ele se propôs a retratar. Diante disso, ele foi solto e fugiu para a Suíça, tendo
depois viajado para Nikolsburg, na Morávia. Sua fraqueza o inquietou profundamente
fazendo com que ele publicasse em 1526 uma Breve Apologia, onde ele incluía as
declarações: "Eu posso errar - sou homem - mas herege não sou... Oh Senhor, perdoa
minhas fraquezas."
Em Nikolsburg, as pregações de Hubmaier logo conquistou muitos conversos do
grupo de Zwingli, que viviam na região. A sorte política se modificou, e Ferdinando, a
quem Hubmaier havia conquistado sua inimizade já em Waldshut, conquistou o
controlo da Boêmia, voltando Hubmaier a ficar sob a jurisdição de Ferdinando.
Hubmaier e sua esposa foram presos pelas autoridades austríacas e levados a Viena,
sendo mantido no Castelo de Gratzenstein, atualmente chamado de Burg Kreuzenstein,
em alemão, até março de 1528. Sofreu novamente a tortura do cavalete, e foi julgado
por heresia e condenado. Em 10 de março de 1528, era levado em praça pública e
queimado na fogueira. Sua esposa o exortava a permanecer firme. Três dias depois de
sua execução, sua esposa, com uma pedra em torno do pescoço, morreu afogada no Rio
Danúbio."
Baltazar Hubmaier, foi um líder proeminente na Alemanha entre 1481 a 1528.
Era considerado erudito, formado em teologia e um bom pregador entre os católicos.
Não era politicamente radical, ensinava que o cristão deve sofrer, se necessário; que o
governo tem o direito de proteger os cidadãos. Ponto esse que era contrario ao ponto de
vista de Lutero, que advogava o uso da força contra os camponeses.

Pouco tempo depois de seus pontos de vista serem publicados, ele e sus esposa
foram presos e levados para Austria. Depois de ter apelado varias vezes, sem sucesso,
para a sua libertação, Baltazar foi queimado à estaca e sua esposa afogada no rio
Danúbio.

Balthasar Hubmaier foi um dos principais reformadores do século XVI. Quando


Martinho Lutero afixa as 95 teses já Hubmaier estava ligado ao meio académico, o que
lhe permitiu ser uma das principais personagens da primeira vaga reformadora.
De facto, o reformador da Baviera formara-se em Ingolstadt onde também recebera o
título de doutor, tendo sido aluno de Johann Eck. Pela sua eloquência foi várias vezes
chamado a pregar na catedral de Ratisbona, onde veio ocupar lugar de destaque.

Em 1523, em Zurique, após um debate com Zwinglio, Hubmaier afirma


ser contra o baptismo infantil. Dois anos depois vem a ser baptizado.

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Neste ano toma parte activa na Revolta dos Camponeses onde é um dos líderes.

Quer por motivos políticos, quer por motivos religiosos, Hubmaier reuniu pouco
consenso à sua volta. Na Morávia ganhou grande peso o que levou Fernando I a mandá-
lo prender em Julho de 1527.

Foi torturado ele e a sua mulher e condenado à morte na fogueira que ocorreria a
10 de Março de 1528. Três dias depois seria a vez de Elizabeth Hueglein Huebmaier por
afogamento (meio de execução muito comum na época para aqueles que defendiam o
baptismo por imersão).

Devemos lembrar Hubmaier pelos seus princípios, pois por eles ele deu a vida que
são:

a- Supremacia das Escrituras

b- Liberdade religiosa

c- Baptismo só dos regenerados

Os anabaptistas alemães sofreram perseguições tanto da parte dos católicos Romanos


assim como dos Luteranos.

OS ANABAPTISTAS NA INGLATERRA

Teorias de Surgimento

A história academicamente aceita sobre a origem das Igrejas Batistas é o


surgimento como um grupo de dissidentes ingleses no século XVII. Essa igreja nasceu
quando um grupo de refugiados ingleses que foram para a Holanda em busca da
liberdade religiosa em 1608, liderados por John Smyth, um clérigo e Thomas Helwys,
um advogado, organizaram em Amsterdã, em 1609 uma igreja de doutrinas batistas.
Outros acreditam que os batistas se originaram dos anabatistas, que ganharam
notoriedade durante a Reforma Protestante, mas que já existiam anteriormente, e que
praticamente desapareceram depois, dando origem aos menonitas, aos amish e à Igreja
Livre da Alemanha.
Há ainda aqueles que acreditam que as Igrejas Batistas surgiram
na Europa através de vários grupos que pensavam da mesma forma. Não teria, portanto,
data oficial de criação, pois teria surgido aos poucos em vários lugares diferentes da
Europa. Nunca teria havido, oficialmente, uma igreja fundadora, nem um fundadoɾː a
expressão apareceu em vários tempos e lugares diferentes.

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Teoria Tradicional

Thomas Helwys, (1550-1616), co-fundador da Denominação


Batista, advogado e estudioso da Bíblia, morreu defendendo a liberdade religiosa e
de consciência. Em seu livreto, Uma Breve Declaração Sobre o Mistério da
Iniquidade, escreveu: "A religião do homem está entre Deus e ele: o rei não tem que
responder por ela e nem pode o rei ser juiz entre Deus e o homem. Que haja, pois,
heréticos, turcos ou judeus, ou outros mais, não cabe ao poder terreno puni-los de
maneira nenhuma."
A denominação historicamente é ligada aos dissidentes ingleses ou movimentos
de anticonformismo do século XVI. Um importante movimento batista surgiu em uma
colônia inglesa na Holanda, num tempo de reforma religiosa intensa.

John Smyth  (1570-1612), clérigo anglicano, co-fundador da Denominação


Batista.

John Smyth discordava da política e de alguns pontos da doutrina da Igreja


Anglicana da qual ele era pastor; após uma aproximação com os menonitas, e
examinando a Bíblia, creu na necessidade de baptizar-se com consciência, e em seguida
batizou os demais fundadores da igreja, constituindo-se assim uma igreja batista
organizada. Até então, o batismo não era por imersão, só por volta de 1642 que os
batistas particulares adotariam oficialmente essa prática, tornando-se comum depois a
todos os batistas. A primeira confissão dos particulares, a Confissão de Londres de
1644, também foi a primeira a defender o imersionismo no batismo.

Depois da morte de John Smyth e da decisão de Thomas Helwys e seus


seguidores de regressarem para a Inglaterra, a igreja organizada na Holanda se desfez, e
parte de seus membros uniram-se aos menonitas. Thomas Helwys organizou a Igreja
Batista em Spitalfields, nos arredores de Londres, em 1612.
Naqueles tempos, havia perseguição aos batistas e a outros dissidentes ingleses,
por não concordarem com certas práticas e doutrinas da igreja oficial, a anglicana. Vale
notar que dentre esses "dissidentes" destaca-se John Bunyan, um batista, que escreveu
sua obra-prima O Peregrino enquanto estava preso injustamente. Devido a essa
perseguição, muitas pessoas emigraram para a América, especificamente para as
colônias da Nova Inglaterra  (que viriam a formar os Estados Unidos).
Em solo americano, a primeira igreja batista nasceu através de Roger Williams,
que organizou a Primeira Igreja Batista de Providence em 1639, na colônia que ele
fundou com o nome de Rhode Island, e John Clark, que organizou a Igreja Batista
de Newport, também em Rhode Island, em 1648. Os Batistas se espalharam pelas
diversas colônias da América do Norte e foram influentes na formação da Constituição
Americana, de 1788. Atualmente, a Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos conta
com quase 16 milhões de membros, sendo a maior comunidade evangélica daquele país
e a maior convenção batista do mundo.

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Teoria Anabaptista

A teoria anabatista afirma que os batistas descendem dos anabatistas, que


pregaram sua mensagem durante a Reforma Protestante e no período anterior a ela. O
evento mais citado para apoiar essa teoria foi o contato que John Smyth e Thomas
Helwys tiveram com os menonitas na Holanda. Todavia, além de em 1624 as cinco
igrejas batistas existentes em Londres terem publicado um anátema contra as doutrinas
anabatistas, também os anabatistas modernos rejeitam ser denominados batistas, e há
pouca relação entre os dois grupos.
Os Menonitas

Menno Simons 1492-1561, pregador anabatista que deu origem aos menonitas,


um ramo dos anabatistas.
Os menonitas  (ou mennonitas) são um grupo de denominações cristãs que
descende diretamente do movimento anabatista que surgiu na Europa no século XVI, na
mesma época da Reforma Protestante. Tem o seu nome derivado do teólogo
frísio Menno Simons  (1496-1561), que através dos seus escritos articulou e formalizou
os ensinos dos anabatistas suíços. Segundo estimativas de 2015, há mais de 2,1 milhões
de menonitas espalhados pelo mundo todo.

História
Em 1523, Ulrich Zwingli, um ex-padre católico, começou a reformar a igreja na
cidade suíça de Zurique. Um grupo de seus discípulos, liderados por Conrad
Grebel, Félix Manz e Georg Blaurock logo rejeitou Zwingli que usava a Câmara
Municipal para fazer a reforma. O grupo começou a estudar a Bíblia, e não encontrou
qualquer justificação para a "igreja do estado", mas acreditavam que os cristãos eram
uma comunidade de crentes que livremente escolheram seguir a Cristo, e seu
testemunho público de sua fé seria através do batismo adulto. Isto significava declarar
inválido o batismo das crianças. Em 21 de janeiro de 1525, em Zollikon, um subúrbio
de Zurique, o grupo decidiu batizar um ao outro.

Batismo de adultos como uma parte essencial da sua fé, quase que
imediatamente começou a chamar os "anabatistas" (rebaptizadores), mas o grupo
preferiu o nome de irmãos suíços.

O movimento se espalhou rapidamente por toda a Europa, especialmente nos


territórios do Sacro Império Romano-Germânico.

A situação piorou para os anabatistas, quando em 1526, ordenou-se que cada


subdivisão política do império deveria adotar a religião do governante. Se o líder fosse
um católico, assim deviam ser seus súditos. Se o governante era luterano, seus súditos
tinham que praticar a religião luterana, que conflitava diretamente com a concepção dos
irmãos, que acreditavam em uma comunidade de crentes que escolhem livremente a sua
fé sem a interferência da autoridade civil em matéria de fé. Em 1529, embora os
principais defensores da Reforma divulgassem no seu famoso protesto (daí o nome

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"protestante") rejeitar qualquer coisa "contrária a Deus ou a Sua Santa Palavra",
concordaram com os católicos em perseguir os anabatistas.

Assim, foi promulgada a lei imperial de 23 de abril de 1529 ordenando "tirar a


vida de todo rebatizado ou rebaptizador, homem ou mulher, maior ou menor, e executar
de acordo com a natureza do caso e da pessoa, por fogo, por espada ou por outros meios
sempre que um homem seja encontrado".
A repressão piorou após a rebelião dos anabatistas em Múnster e extremistas,
sob o pretexto de esmagar a revolta encenada por eles e suas ideias subversivas,
multiplicado execuções Irmãos, embora eles sempre foram pacifistas e rejeitassem as
ideias e práticas munsteristas.
O testemunho pessoal e a perseguição religiosa levaram os anabatistas e a nova
doutrina a diferentes países da Europa, surgindo inúmeras igrejas inicialmente
na Suíça, Prússia  (atual Alemanha), Áustria e Países Baixos.
O principal ponto de discórdia entre os menonitas e seus perseguidores era
o batismo infantil. Os menonitas acreditam que a igreja deve ser formada a partir de
membros batizados voluntariamente. Isso não era tolerado pela maioria dos Estados,
nem pela igreja católica nem pela igreja protestante oficial da época.
Os menonitas tiveram durante a sua história diversos pontos de discórdia entre si
o que sempre acabou levando a divisões e novas denominações entre eles, como por
exemplo os Amish.
Durante o século XVI, os menonitas e outros anabatistas foram duramente
perseguidos, torturados e martirizados.Por isso muitos deles emigraram para os Estados
Unidos, onde ainda hoje vive a maior parte dos menonitas. Eles estão entre os primeiros
alemães a imigrarem para os Estados Unidos.
Outros se isolaram em colônias e povoamentos fechados dentro de Estados onde
eram tolerados.
Em 1788, a convite de Catarina, a Grande, imperatriz da Rússia, agricultores
menonitas da Prússia  (atualmente  Alemanha e Polónia) emigraram para Chortitza
(em 1789) e Molotschna  (em 1804) no sul da Rússia (atualmente Ucrânia). Com o
passar do tempo, por escassez de terra e outros motivos, surgiram muitas outras
colonizações menonitas que lutaram pelo seu bem-estar espiritual, cultural e material
em diversas regiões da Rússia Europeia e asiática.

Através de intensa migração e também de evangelismo os menonitas se


espalharam por todos os continentes do globo, sendo que a maior comunidade menonita
se encontra atualmente na África. Há colônias menonitas significativas também no
Paraguai e no México.

Teologia

A teologia menonita enfatiza a primazia dos ensinamentos de Jesus como


escritos no Novo Testamento. Eles acreditam no ideal de uma comunidade religiosa
baseada nos modelos do Novo Testamento no espírito do Sermão da Montanha.

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AS CRENÇAS BÁSICAS DERIVADAS DAS TRADIÇÕES ANABATISTAS SÃO:

1. -Salvação pela fé em Jesus Cristo


2. -A autoridade das Escrituras e do Espírito Santo
3. -Batismo dos crentes entendidos como: Batismo pelo espírito (mudança interna
do coração), batismo pela água (demonstração pública de testemunho) e batismo
pelo sangue (martírio e acetismo ou a prática de autonegação como medida de
disciplina pessoal e especialmente espiritual).
4. - Discipulado entendido como um sinal exterior de uma mudança interior.
5. -Disciplina na igreja, como descrito no Novo Testamento, particularmente de
Jesus (por exemplo no Discurso sobre a Igreja). Algumas igrejas menonitas
praticam o banimento.
6. -A Ceia do Senhor entendida como um memorial ao invés de um sacramento ou
ritual, de preferência comungado por crentes batizados dentro da unidade e
disciplina da igreja.
7. -Os discípulos de Jesus Cristo não participam em guerras nem usam armas para
atacar, ferir ou matar aos seus inimigos.

Uma das primeiras expressões de fé menonita foi a Confissão de Schleitheim,


adotada em 24 de fevereiro de 1527. Seus sete artigos consistiam em:

1. O banimento (Excomunhão)
2. Quebra do pão (Comunhão)
3. Separação e abandono da abominação (a Igreja Católica Romana e outros grupos
e práticas "mundanas")
4. O batismo do crente
5. Pastores nas igrejas
6. Renúncia da espada (pacifismo cristão)
7. Renúncia do juramento (a palavra como prova da verdade)

A Confissão de Fé de Dordrecht foi adotada em 21 de abril de 1632 por


menonitas holandeses, por menonitas alsacienses em 1660 e por menonitas norte-
americanos em 1725. Não existe um credo oficial ou um catecismo cuja aceitação é
requerida por congregações ou membros. Há porém estruturas e tradições ensinadas
como Confissão de Fé de uma Perspectiva Menonita.
Entre os anabaptistas e os baptistas há algumas similaridades

1. Crença no Batismo adulto e voluntário;


2. Visão do Batismo e da Ceia do Senhor como ordenanças;
3. Separação da Igreja e Estado.
4. Enfatizam a experiência da regeneração ("nascer de novo")
5. Doutrina da soteriologia.
Existem, contudo, algumas diferenças entre os batistas e os anabatistas modernos
(por exemplo os menonitas)

14
1. Os anabatistas normalmente praticam o batismo adulto por aspersão, e não
por imersão como os batistas;
2. Os anabatistas são pacifistas extremos e se recusam a jurar;
3. Os anabatistas creem em uma doutrina semi-nestoriana sobre a Natureza de
Cristo, o qual não teria recebido nenhuma parte humana de Maria;
4. Os anabatistas enfatizam a vida comunal, enquanto os batistas,
a liberdade individual;
5. Os anabatistas recusam a participar do Estado, enquanto os batistas podem ser
funcionários públicos, prestar serviço militar, possuir cargos políticos;
6. Os anabatistas creem em um estado de "sono da alma" entre a morte e
a ressurreição.

Em 1791, um jovem pastor inglês chamado William Carey criou a Sociedade de


Missões no Estrangeiro, para dar suporte no envio de missionários, sendo a Índia o
primeiro campo missionário. Ele colaborou diretamente para a erradicação da prática
do sati  (pela qual a viúva era queimada viva na pira funerária do seu marido falecido);
junto com outros dois missionários, traduziu a Bíblia para nada menos que 44 idiomas
indianos, o equivalente a 1/3 da população do Planeta.

As organizações missionárias promoveram o desenvolvimento do movimento em


outros continentes. Na Inglaterra, houve a fundação da Sociedade Missionária Batista
em 1792 em Kettering, Inglaterra
As Igrejas Congregacionais americanas enviaram Adoniram e Ana Judson em 1812,
para evangelizar a Índia, com destino a Calcutá. O casal encontrou-se com o
missionário batista William Carey e seu grupo de pastores, e aceitou a doutrina de
imersão dos batistas e foram batizados pelo Pastor William Ward. Outro missionário
congregacional também enviado à Índia, Luther Rice, tornou-se batista. Os Judsons
permaneceram na Birmânia, atual Myanmar, e Luther Rice voltou aos Estados
Unidos para mobilizar os batistas para a obra missionária.
Consequentemente, em maio de 1814, foi fundada
uma Convenção em Filadélfia com o nome de "Convenção Geral da Denominação
Batista nos Estados Unidos para Missões no Estrangeiro" e do Conselho Internacional
de Missões em 1845. Desde então missionários batistas foram enviados à América
Latina, África, Ásia e Europa.

15
O COMEÇO DA HISTÓRIA DOS BAPTISTAS EM AFRICA

O envolvimento da BMS no Congo começou com a iniciativa de Robert Arthington,


um homem com princípios Quaker, oriundo de Leeds.

O seu pai era fabricante de cerveja, mas, por objeções de consciência abandonou
o seu negócio e recusou-se a vender as instalações para impedir que outros reavivassem
o negócio. Ele herdou os princípios e a fortuna, unindo-os para servir o seu zelo de
evangelista.

Acreditava ele que assim o evangelho fosse pregado a todas as nações Cristo
voltariam. Essa expectativa levou-o a praticar a máxima frugalidade, apresentando-se
como um miserável, mas usando o seu dinheiro para financiar o seu alvo. Ele estudou
geografia e demografia na Universidade de Cambridge, e mantinha-se informado
através da correspondência com exploradores e missionários.

Ele tinha um interesse especial em África por isso, seguiu o trabalho e as viagens de
Livingstone e Stanley. Antes mesmo de Stanley ter completado a sua viagem através do
continente até ao rio Congo, Arthington escreveu á BMS, em catorze de Maio de 1877,
oferecendo-se para pagar as despesas de um grupo de prospecção que fosse ao Congo
examinar as possibilidades de trabalho missionário. Numa carta subsequente,
respondendo as questões da comissão da BMS escreveu:

“É ao rei do Congo, e as comunidades existentes da antiga civilização Românica


Cristã, agora decaída, em São Salvador, do pais chamado Congo, que eu tenho
desejado enviar, há muito tempo e veementemente, a palavra de Deus em toda a sua
refrescante dádiva de vida, e Congo logo que possamos obter o interesse expresso e a
cooperação do reino do Congo, acima dos rápidos, e enviar os mensageiros do
evangelho eterno, navegando no poderoso rio até alcançar Nyangwe”.

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O SURGIMENTO DA CONVENÇÃO BAPTISTA DE ANGOLA

Em 1940 as igrejas organizadas na década trinta, reuniram-se em assembleias


para constituição de um órgão denominariam órgão este onde todas as igrejas locais
deviam participar moralmente, espiritualmente e financeiramente para levar o evangelho
de Cristo em todos os cantos do território Angolano. O órgão criado foi chamado
convenção Baptista de Angola.

A convenção Baptista de Angola 1940 a 1963 constituída a C.B.A. as igrejas


membros contribuíram a cumprir com o mandato de Cristo de ir em toda parte anunciar
a palavra. Temos o conhecimento de que o pastor pedras e um grupo de catequistas
fizeram evangelização no município da Cela e Kibala isto e na linha norte, noutros
sentidos a evangelização estendeu-se nas províncias de Benguela e Huíla.

A falta de apoio técnico, financeira de um órgão capaz economicamente obreiros


formados e serem enviados como missionários, enfraqueceu a C.B.A. e toda visão que a
igreja tinha acabou por enfraquecer também.

A convenção estava reduzida apenas aos encontros anuais. Não havia nenhum
programa nacional, os contactos com a convenção Baptista Portuguesa confinava-se em
correspondências e algumas ajudas moral pois segundo justificações a C.B.P.
atravessava problemas financeiros pelo que pouco ou nada podia lançar mãos do
socorro a C.B.A, Manuel Ferreiras Pedras, regressou a Portugal pior do que veio isto e
socialmente, mas rico, pastor cumpriu com a missão para qual Deus o chamará. Era
homem abnegado no sentido da palavra, não quis trocar os seus conhecimentos com o
bem-estar sociais.

Obras de missões

O evangelho é uma religião missionária. Não se pode compreende-lo em outra


interpretação. “as boas novas” do evangelho tem de ser transmitidas aos outros ou elas
perdem todo valor toda sua vitalidade; não são mais as boas novas. A natureza do
evangelho é, em outras palavras missionárias.

Deus criou o homem livre em todo sentido: livre do pecado, da condenação, livre
para entrar na presença de Deus para gozar da comunhão perfeita e completa com ele,
livre para seguir a própria vontade ainda que esta o levasse ao abismo da desobediência
e da destruição. O homem caiu e assim separou-se de Deus. Perdeu a comunhão que
gozava com Deus morrendo-lhe o espírito, Nestas condições, podem procurar a Deus.
Todo movimento missionário é, assim de iniciativa divina e não humana, Deus esta
procurando o homem por meio do plano de salvação, és a alma de missões.

Missões são a mensagem do amor de Deus aos homens. Deus preparou o plano e
deseja entrega-lo aos homens, o motivo deste plano é o amor, e este amor se exprimiu
melhor pelo dom de Deus, Jesus Cristo filho unigénito. Veio a terra, deu a vida em
serviço e sofrimento na cruz, para que todos os homens conhecessem o amor de Deus.
Trabalhou na terra natal e fora dela para este fim (Jo 1.14-18), quando terminou a vida

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terrena não abandonou a tarefa, chamou os discípulos já por eles treinados para
continua-la (Jo 20.21).

A existência do Evangelho depende da propagação, quando o Evangelho é


proclamado há vida e desenvolvimento. Os que têm recebem ainda mais poder, e os que
não têm recebem o seu guião com alegria e prazer. Quando, porem, os que possuem
poder ficam satisfeitos com a sua condição e não levam a mensagem a outros a sua
vitalidade espiritual torna-se cada vez mais precária.

Os agentes de missões são a igreja de Jesus Cristo. Esta verdade sempre desdobra-se
através da história do cristianismo, as igrejas missionárias são prósperas, produzindo
muitos frutos. Os anti missionários recebem a condenação de morte. Jesus Cristo
ensinou que somente ganharemos grandeza através do serviço. Hoje como nunca,
precisamos ver em volta de nós este mundo tão grande mas perdido em seus pecados
precisando o Salvador.

Obras sociais

Ao reconhecer-se que as igrejas estavam a crescer e que nunca mais poderiam


ser pastoreadas, adequadamente, por missionários apenas, abriu-se um Instituto de
treinamento de evangelistas (KETI), EM 1908.

Portanto missionários Europeus, Americanos, e outros povos não pouparam


esforços para poderem trazer o evangelho para o povo de África sem olharem para trás,
abandonando seus familiares, conforto para se dedicarem em prol do evangelho de
Cristo deram suas vidas para ganhar almas para o reino de Cristo, foi um trabalho árduo
que levou até a morte de alguns missionários.

Missões o primordial para Cristo. Missões é a essência de qualquer Igreja que


professa Jesus como Senhor e Salvador, não mede esforços para alcançar os perdidos,
não se acomoda nem se conforma com o mundo.

“Contudo, durante todo este período de turbulência, os membros da igreja Baptista


mantiveram um testemunho e a igreja continuou a crescer”.

Portanto nesta ocasião muitas pessoas gritavam com gritos de alegria e louvam
ao senhor. M ais outros homens já na idade. Que tinham visto já o primeiro templo na
sua glória, choravam em alta voz.

Quando os Cristãos Angolanos regressaram do auxílio, em 1975, houve a mesma


mistura de alegria e tristeza. Houve tristeza, porque muitos tinham sido destruídos e
muitos velhos amigos já não estavam presentes, mais a alegria e o entusiasmo era
tremendo. Era um novo começo e os jovens estavam a ter visões e os velhos sonhos.

Antes do ano de refúgio, a igreja Baptista em Angola deve uma boa, embora
idosa, liderança Africana, e os missionários da B.M.S. ainda tinha um papel
significativo em cada espeto da vida da igreja.

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Durante catorze anos, de 1961-1972, muitos dos líderes antigo morreram e
outros tornaram-se menos antigos e influentes. Com tudo, outros acalentavam sonhos de
construir as entalações de missões, igreja, escolas, hospitais e dispensaria como eles se
lembravam deles.

Alguns missionários também falavam da possibilidade de reconstruir conforme


as linhas planeadas em 1960. Tradicionalmente em África, as ligações com passado
nunca foram completamente cortadas. Os anos de refúgio tinham rompido
inevitavelmente com a continuidade, mais muitos dos líderes da IEBA. Hoje estão
conscientes da sua divida para com os homens e mulheres que dirigiram a igreja em S.
salvador, Kibokolo e Bembe antes de 1961. Eles foram os que lhes ensinaram a
entesourar a Bíblia, a ter um entusiasmo por missões e a valorizar o espírito
democrático das reuniões mensais de igreja

A HISTÓRIA DA IGREJA BAPTISTA EM ANGOLA

Igreja Definida metaforicamente como um corpo, cujo os membros estão


comprometidos em existirem vivendo trabalhando para o bem dos outros membros do
corpo.

Jesus Cristo é o edificador e dono da Igreja


Cabeça:
- Jesus Cristo o leigislador
- Igreja verdadeira executivo
- Jesus Cristo não transferiu o comando de sua Igreja a outrem, apenas delegou
responsabilidades
. na despedida

A Igreja edificada por Jesus Cristo, começou em Jerusalem e não em Roma


. as Igrejas locais eram autonomas, auto sustentadas, auto governadas, auto
propagadoras
. tinham os ensinos de Jesus Cristo, apregoados pelos discípulos como unicas fontes de
fe, doutrina, ordem e prática

É bom definir que a igreja é hibrida: natural e sobrenatural.

A história faz-se com factos documentados.

1. Constituído de pessoas que aceitaram Jesus Cristo como único e suficiente


salvador e guia de suas vidas e destino
2. O fundador e dono da Igreja são e sempre será Jesus Cristo.
3. As primeiras Igrejas no contexto do Novo Testamento fora as de Jerusalém,
Antioquia onde por força do discipulado a Igreja foi chamada seguidores de
Jesus foram chamados de cristãos pela 1º Vez de cristãos. (Atos 11:26) - E
sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja, e ensinaram muita gente; e
em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos. (Atos
1:8) - Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há-de vir sobre vós; e ser-
me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até
aos confins da terra.

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4. Antes da convenção da igreja católica romana, já existiam várias igrejas tais
como: em Antioquia, Galácia, Éfeso, Colosso, Filipo, Tessalónica, Corínto,
Roma, Beréia, assim como as sete igrejas a àsia: Éfeso, Esmirna, Pérgamo,
Tiatira, Sardes, Filadélfia e Loadicéia.
5. Os baptistas são um dos ramos de Igrejas que não aceitaram entrar e formar a
convenção católica romana.
6. Os baptistas não são protestantes. Não saíram da Igreja católica!

- A quem acredita que Jesus Cristo é baptista


- João Baptista
- Os apóstolos
- Paulo rebatizava quando alguém passasse a crêr no Senhor Jesus Cristo

A Igreja dos cristãos com o nome de baptista tem história.


A sua origem está na Igreja primitiva. Elas no mundo são filhas em várias gerações,
da igreja que Jesus Cristo em vida física já liderará, edificou e continua a guiá-la com a
cooperação de seus filhos a quem Ele concedeu dons, para o efeito.

Os baptistas, tal como a Igreja de Jerusalém crêm que:

8. Jesus Cristo é Deus e o único e suficiente salvador.

9. Salvação é somente pela graça mediante a fé na obra redentora realizada por


Jesus Cristo.

10. Na liberdade e responsabilidade individual das pessoas diante de Deus, pelas


suas escolhas materiais, morais e espirituais.

11. Só é membro da Igreja aquela pessoa que aceitou Jesus Cristo como salvador e
dono e guia.

12. No baptismo por imersão, e só ministrado para aqueles que em sã consciência,


por estarem comprometidos com Deus em Jesus Cristo, voluntariamente o
peçam.

13. Creem que as Igrejas neo-testamentárias são locais, visíveis e independentes


entre si, ou seja: auto-governadas; auto-sustentadas e auto-propagadoras, porém
cooperando de forma direita, com as outras igrejas com a mesma doutrina de fé,
ordem e prática, naquilo que uma Igreja local não consegue implementar, e
indiretamente com as demais, naquilo que não se opõe aos preceitos bíblicos.

14. Os qu crêem na separação entre a Igreja e o Estado. Temos a ordem de dar à


César o que é de César e a Deus o que é de Deus. O estado não deve mandar na
Igreja e nem formar alianças que comprometam o mandato evangelístico que é
exclusivo da Igreja.

Isso nos leva a investigar os documentos existentes para conhecermos, qual é a


nossa história dos cristãos evangélicos baptista no mundo e em Angola.
Jesus quando se ausentou fisicamente da Igreja militante orientou que os membros da
sua Igreja fossem pelo mundo fora e pregassem o evangelho, aqueles que cressem, fosse

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ensinado o que Ele já ensinou na Igreja, e baptizados e nome do Pai, Filho e Espírito
Santo.
A Igreja em outros lugares fora de Jerusalém é fruto da acção dos cristãos em
obediência a Deus.

No caso específico de Angola:

Antes de 1485, ano da chegada dos primeiros portugueses em Angola (Diogo Cão) não
se tem notícia de cristãos angolanos nem de uma suposta Igreja crista.

9 anos depois a história registra a chegada de missionários católicos em Angola. Em


1491.

Só depois de 150 anos é que entre 1641-1648, a história registra a presença de


evangélicos em solo angolano. Eram trabalhadores ao serviço da Companhia das
Índias Ocidentais Holandesas. Seu objectivo era comercial e não deixaram
vestígios frutos de evangelização.

Em 08.08/1878, 237 anos depois dos primeiros evangélicos pisaram solo


angolano, é que chegam as primeiras missões evangélicas, nomeadamente a
BMS (Sociedade Missionária Baptista de Londres) fundada em 1792 por
inspiração de Willian Carey.

Estabeleceram-se nas regiões da foz do rio Zaire, no Uíge.


a) O objectivo era o da fundação de estações missionárias.
b) Estratégia: não forçaram o povo a fazerem uma decisão publica de fé;
queriam que eles tivessem uma firme compreensão do cristianismo
- Limitavam-se a celebrar os serviços religiosos entre si em língua inglesa
- após aprenderem o português e Kikongo, começaram a fazer cultos
evangelísticos em Março de 1887

Como resultado desse trabalho um grupo de pessoas aceitaram Jesus Cristo como
salvador e foram baptizados pelo missionário Minnnier Comber, no dia 19 de Marco
de 1887.

O primeiro angolano de quem se tem registro ter aceito Jesus Cristo como
salvador e foi baptizado, foi o angolano Mantu Parkenson, Parkenson foi o
nome que ele adoptou em homenagem ao missionário que o evangelizou.

No dia 4 de Dezembro de 1887, foi baptizada a primeira mulher angolana como


cristã. A irmã Graça Wavatidi.

Nesse mesmo dia, domingo 4 de Dezembro de 1887, foi organizada a Igreja


Baptista de São Salvador.

Em 1892, (mais de cem anos depois) é que se construiu um templo em Kibokolo,


com 40.000 pedras, e o grupo de angolanos que eram membros missão Baptista,
com a saída dos missionários adoptaram o nome de Igreja Evangélica Baptista de
Angola (IEBA)

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BMS instala o primeiro hospital batista em São Salvador.

1. A Igreja Metodista episcopal chegou a Angola em 1884 (William Toylor).


2. A Igreja Congregacionais chegou em 1886, (Benguela e se fixaram no Bié)
1912 abrem a Missão de Camundongo no Bié;
1892 a Missão de Sakanjimba no Bié e a de Chilesso no Andulo
3. Em 1897 alguns missionários metodistas abandonam a Igreja Metodista e em
1902 fundaram a Missão de Kaluquembe.
4. Adventistas 1931
5. 1922 é fundada a Aliança dos Evangélica de Angola

O TRABALHO BAPTISTA DA CBA

Deus usou o irmão, Manuel Ferreira e Justina Dores Pedra

Nasceu em Portugal, em Barcelos - Minho ao 14 de Agosto de 1896


- Preso por militar nos movimentos comunistas em Portugal
- Conversão em 1920 na prisão pela acção de irmãs de igrejas baptismas que tinham
também como ministério, visitar e evangelizar cadeias.
- Deportado para Angola, pelo governo Português, como preso e cumprir cadeia em
Angola.
- Devido ao bom comportamento na cadeia, ganha permissão de voltar para Portugal.
- Batizado em Agosto de 1927 (1º. Igreja Baptista do Porto)
- Casa-se com a irmã Justina das Dores
- 23 de Março de 1929 sem garantia de salário com ajuda de amigos viajam para Angola
- 15 de Junho d 1930, regressam para Portugal
- 12 de Agosto é consagrado ao ministério santo
- Volta para Angola em 1931 como missionário da AEM (Missão Evangélica de
Angola)
- Viaja 1932, para Huambo e fixa residência.
- Em maio de 1933 – organiza a 1º. Igreja Batista de Nova Lisboa com 9 membros.
- IgrejaBaptista de Etunda – 17 de Maio 1936
- Igreja Baptist de Kapilongo Fátima – 14 de Maio 1939
- Igreja Baptista de Hapury -20 de Agosto 1939
- Em 25-28 de Junho de 1940, foi organizada a Convenção Baptista de Angola com 4
Igrejas
(Nova Lisboa, Etunda, Capilongo e Hapure); quatro pastores e onze evangelistas.
- A comissão preparatória esteve assim composta: presidente, missionário Manuel
Ferreira Pedras; 1ª secretária, missionária Alice Moreira; 2º secretário, pastor Mário
Campos; tesoureiro, diácono Bernardo Maria Rio.
- Organizada a Convenção Baptista de Angola a sua liderança ficou assim constituída:
Presidente: missionário Manuel Ferreira Pedras; vice-presidente: diácono Inácio
Chilanda; 1º. Secretário, missionária Alice Moreira; 2º secretário, pr. Mário Campos;
tesoureiro, diácono Bernardo Rio.

O trabalho baptista foi caracterizado por:


1. Evangelização e missões
2. Educação geral
3. Educação profissional: artes e ofícios, agro-pecuária

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4. Saúde
5. Jornal: “O Baptista de Angola” órgão oficial informativo da CBA (1966-1975)

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