Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Em 1612, Thomas Helwys (c. 1550-1616) e outros membros da igreja fundada por Smith voltaram à Inglaterra e fundaram, em
Londres, a primeira igreja batista. É interessante notar que essa igreja, a princípio, praticava o batismo por efusão, mas já detinha os
outros traços distintivos dos batistas - a aceitação da Bíblia como autoridade final em matéria de fé e prática, a salvação pela graça
mediante a fé somente, a separação entre a igreja e o Estado e o dever do governo de garantir a liberdade de consciência e de
culto.
Os batistas de convicção calvinista, também chamados de batistas particulares, originaram-se em 1633, a partir de um cisma
na igreja liderada por Henry Jacob, em Londres. Esse grupo, além de enfatizar as doutrinas reformadas, insistia no batismo dos
crentes por imersão e tornou-se o segmento mais influente dentro do movimento batista inglês.
Espalhando-se para as mais diversas regiões do globo, os batistas muito cedo chegaram aos Estados Unidos. De lá veio para o
Brasil o casal de missionários William e Anne Bagby. Por esse tempo, já havia batistas americanos em Santa Bárbara e Americana
(SP), mas suas igrejas eram voltadas apenas para a colônia estrangeira. O casal Bagby, porém, em 1889, fundou, em Salvador, a
primeira igreja batista brasileira. A partir daí os batistas se espalharam por todo o País e, em 1907, foi organizada a Convenção
Batista Brasileira.
4. Separação entre Igreja e Estado com ênfase na independência da igreja (Mt 22.21).
5. Autonomia de cada igreja local que adota a forma de governo congregacional (Mt 18.17; At 6.1-6).
7. Prática do batismo por imersão ministrado somente aos crentes (At 8.36-39).
igrejaredencao.org.br/ibr/index.php?option=com_content&view=article&id=31&Itemid=107 1/2
16/05/22, 23:57 O que é uma Igreja Batista?
9. Consideração do batismo e da Ceia do Senhor como símbolos de verdades espirituais e não como sacramentos (Rm 6.4; 1Co
11.24-25).
10. Rejeição de doutrinas pentecostais especialmente no tocante ao batismo do Espírito Santo acompanhado pelo dom de línguas
(1Co 12.13,30).
RESSALVAS
1. Os batistas não são os seguidores de João Batista. Muitos identificam os batistas com os seguidores João Batista, mas esse
entendimento é fruto apenas da intuição popular que percebe a igualdade dos nomes e automaticamente passa a crer que há
qualquer ligação entre ambos. Esse modo de pensar, porém não tem qualquer amparo, mesmo porque João Batista e seus
discípulos nunca fundaram qualquer igreja ou movimento religioso. O papel de João e seus discípulos se limitou a preparar o
caminho para a vinda do Messias que é Jesus (Mt 3.1-3). Depois disso João saiu de cena (Jo 3.30).
2. Os batistas não adotam a Teologia da Prosperidade. O ensino de que os crentes de fé terão prosperidade material e
livramento de doenças, ensino este proposto pela chamada Teologia da Prosperidade não é ensinado nas igrejas batistas genuínas
por não ter amparo bíblico. Na Palavra de Deus aprendemos que dificuldades físicas e financeiras advêm tanto a crentes como a
incrédulos (Mt 19.23; Lc 16.22-23; Gl 4.13; Fl 2.25-27; 2Tm 4.20; Tg 2.5).
3. Os batistas não têm comunhão com seitas paraprotestantes. Seitas paraprotestantes são aquelas cujos fundadores
estiveram originalmente ligados de alguma forma a igrejas protestantes, mas romperam com elas por professarem doutrinas
estranhas ao cristianismo histórico, fundando em seguida o seu próprio movimento. Todos esses movimentos, à luz da Bíblia, não
podem ser considerados cristãos. Daí ser impossível a comunhão entre eles e as igrejas batistas que preservam seus princípios
fundamentais (2Jo 10).
4. Os batistas não praticam rituais comuns em outras igrejas ditas evangélicas. Rituais de quebra de maldição, supostas
orações de poder, cultos de libertação espiritual, unção de objetos e coisas do gênero não são práticas adotadas pelos batistas ou
por qualquer igreja bíblica. Na verdade, essas superstições servem apenas para desfigurar o nome de cristão e desviar o coração
das pessoas da verdadeira mensagem do evangelho, fazendo-as crer em fábulas (Mt 7.21-23; 2Tm 4.3-4; 2Pe 2.1-3).
igrejaredencao.org.br/ibr/index.php?option=com_content&view=article&id=31&Itemid=107 2/2