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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 1

UMA BREVE HISTÓRIA DO CRISTIANISMO E A CHEGADA DO


PROTESTANTISMO NO BRASIL

CAPÍTULO 2
O CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO DAS IGREJAS
PROTESTANTES NO BRASIL

CAPÍTULO 3
COMO ACONTECE ESSE CRESCIMENTO DAS IGREJAS
EVANGÉLICAS NO BRASIL
INTRODUÇÃO
Esta obra é resultado de uma pesquisa bibliográfica em forma de monografia
e tem o objetivo de mostrar o panorama da chegada do protestantismo no
Brasil e seu crescimento até o presente século. A pesquisa procura apontar o
método que possibilita a algumas igrejas evangélicas o crescimento
exagerado e que permite a distorção ou manipulação das Escrituras Sagradas
a fim de conseguir adeptos visando lotar seus templos. Através do
entendimento do contexto histórico-social do Cristianismo é possível não
apenas emitir um olhar direto às ações das pessoas religiosas envolvidas, mas
também, indiretamente, à sociedade como um todo. Desta forma é preciso
analisar as dimensões que levaram as igrejas evangélicas, no Brasil, a
alcançarem níveis de crescimento até então não alcançados. Através deste
estudo foi possível traçar um diagnóstico dos possíveis erros e acertos de se
ter um crescimento numérico duvidoso, mas em certo sentido, saudável.
Sabe-se que esse é um tema polêmico. Da mesma forma, entende-se que
diante de fatos não há argumentos. Contudo, quando se trata do sagrado, esta
“lei” não se aplica, portanto, diante das estatísticas, há argumentos, sim. Há o
que fazer para que a
Noiva de Cristo seja apresentada “sem mancha, imaculada” e em grande
número. Por isso, não se ousa pensar em que este tema esteja concluído aqui,
mas, pelo contrário, deixa-se em aberto a questão, a quem possa interessar,
no sentido de dar continuidade e aprofundamento a ele.
CAPÍTULO 1
UMA BREVE HISTÓRIA DO CRISTIANISMO E A CHEGADA DO
PROTESTANTISMO NO BRASIL

A expansão do cristianismo para o mundo começou antes do ano de


1500. A sua história se iniciou a partir do nascimento, morte e ressurreição de
Jesus Cristo que dividiu a história da humanidade em antes e depois de
Cristo. Após sua ascensão aos céus a igreja passou por vários períodos
conhecidos como “as eras da igreja” como descrito a seguir:
1- Igrejas Relativa aos Apóstolos (No ano 30 D.C. a 100 D.C.)
2- Igreja Dada as Perseguições (100 D.C. a 313 D.C.)
3- Igreja relativa aos impérios do mundo (313 D.C. a 476 D.C.)
4- Igreja relativa à Idade Média (476 a 1.453 D.C.)
5- Igreja relativa à reforma (1.453 d.C. a 1.648 D.C.)
Diante desse quadro, surgem as perguntas: como ocorreu a

chegada dessas denominações ao Brasil? Quais os movimentos de igrejas


protestantes que surgiram ao longo dos séculos? Para responder a esses
questionamentos alguns autores como Antônio Gouvêa, José Bittencourt e
Earle E. Cairns abordaram os assuntos sobre “A formação das igrejas
históricas no Brasil”, enquanto Paul Freston, Paulo Romeiro, entre outros,
trazem informações sobre o movimento pentecostal e suas características,
oferecendo ao pesquisador elementos sólidos capazes de nortear seu trabalho
no que concerne sobre o crescimento da igreja no país (FRESTON, 1993).

MOVIMENTOS DAS IGREJAS HISTÓRICAS


NO BRASIL
A entrada dos protestantes na América Latina dependeu, em
termos humanos, das pressões econômicas aplicadas externamente pela
Inglaterra e Estados Unidos. No Brasil, porém, houve certas dificuldades para
implantar esse sistema, tendo em vista que o berço brasileiro era solidificado
no catolicismo romano de uma cultura íbero-católica, não cedendo espaço

para a expansão do Protestantismo (BITTENCOURT, 2003). Houve


algumas tentativas de infiltração do Protestantismo .

A primeira tentativa de manifestação de uma colonização protestante


no Brasil deu-se pouco depois do início da colonização portuguesa
(1532) com a chegada de Villegaignon em 1555, sob o aparo de Coligny,
pretendia fundar a França Antártida e construir um refúgio onde os
huguenotes pudessem praticar livremente o culto reformado
(MENDONÇA, 2008, p.38).

O crescimento do Protestantismo veio com a chegada de


Robert Reid Kalley no Rio de Janeiro em 1855. Em 1868 a sua igreja chegou
a 360 membros a maioria brasileiros. Através dessa oportunidade, as outras
sociedades missionárias instalaram igrejas protestantes no Rio de Janeiro e na
Bahia (CAIRNS, 2008). O movimento das igrejas históricas ou
protestantismo de missão como ficou caracterizado, deu início as suas
atividades religiosas no Brasil após o tratado do comércio e navegação na
Inglaterra (1810) que autorizou, com muito custo, a celebração de cultos
(BITTENCOURT, 2003).

Nos dias atuais essa denominação é composta por


indivíduos que exercem variadas profissões e posições diversificadas na
sociedade a que pertencem.

MOVIMENTOS DA “PRIMEIRA ONDA” DE CRESCIMENTO


A primeira onda começa com a implantação de duas Igrejas:
a Congregação Cristã do Brasil e a Assembleia de Deus. A Congregação
Cristã foi inaugurada no ano de 1910 entre imigrantes italianos, em São
Paulo, por Luigi Francescon, natural de Cavasso Nuovo, na Itália. Em 1890,
depois de cumprir o serviço militar, ele se mudou para Chicago, nos Estados
Unidos. Francescon ouviu o evangelho e se converteu ao Cristianismo por
meio de Miguel Nardi, no ano seguinte que chegou a Chicago e passou para o
rol de membros da Igreja Presbiteriana, exercendo a função de diácono, por
um bom tempo .
Surge: Chegada de Luigi Francescon – Congregação Cristã (1910); e D
aniel Berg e Gunnar Vingen – Assembléia de Deus (1911).

Ênfase: Batismo do Espírito Santo com evidencia do dom de línguas,


utilização dos dons espirituais, rigor nos usos e costumes, e a profecia como
característica.
Progresso: Evangelismo pessoal com o foco nos cultos nos lares e na
abertura de igrejas;

MOVIMENTOS DA “SEGUNDA ONDA” DE CRESCIMENTO


Na segunda onda, o cenário é totalmente diferente: as
denominações pentecostais se fragmentam com exceção da Igreja
Congregação Cristã que permanece a mesma desde sua fundação e seu
contexto geográfico ainda era basicamente o estado de São Paulo. A relação
das igrejas pentecostais com a sociedade era mais dinâmica e menos sectária.
O foco era a cura e a solução dos problemas. “O cenário da segunda onda
começa com destaque de três novas igrejas pentecostais que se fragmentam
das igrejas [...] Igreja do Evangelho Quadrangular (1951), Brasil para Cristo
(1955) e Deus é Amor (1962) (FRESTON, 1999).

Surge: Líderes nacionais, advindos da fragmentação das igrejas


pentecostais; Começo dos anos 60;
Ênfase: Componente da cura divina; alguns líderes - Manuel de Melo, Davi
Miranda, Josias;
Progresso: Evangelização em massa, o emprego de rádio. Reuniões
itinerantes realizadas em estádios, praças públicas, teatros e cinemas.

MOVIMENTOS DA “TERCEIRA ONDA” DE CRESCIMENTO


Na terceira onda, o contexto das atividades em evidência de crescimento
acontece no Rio de Janeiro. O grande destaque é a Igreja Universal do Reino
de Deus, e, em segundo lugar e em menor medida, a Igreja Internacional da
Graça de Deus. Seus fundadores são dissidentes da Igreja Nova Vida (o então
Bispo Edir Macedo daquela e o Missionário R.R. Soares dessa). Na
sequência, surgem outras denominações com menos destaque, mas que não
deixam a desejar no quesito de novidade e número. Exemplos, a Igreja Cristo
Vive (1986), a Comunidade Sara Nossa Terra (1976), a Comunidade da

Graça (1979), a Renascer em Cristo (1986), a Igreja Nacional do Senhor


Jesus Cristo (1994), a Comunidade Paz e Vida (1996) e a Igreja Avivamento
Contínuo (2002). Ainda na sequência, surgem a Igreja Mundial do Poder de
Deus fundada pelo missionário Valdomiro Santiago, que tem se destacado
pelo seu enorme crescimento que ultrapassa os movimentos de sua origem
(FRESTON, 1994)
Surge: Final dos anos 70 e começo dos anos 80;
Ênfase: Teologia da prosperidade; Batalha espiritual – Com o componente da
cura interior e em alguns casos até mesmo da regressão; Liberalização dos
usos e costumes; Igrejas organizadas em contornos empresariais; precursores
são desertores da Igreja da Nova Vida (Bispo Edir Macedo e o Miss). R.R.
Soares.
Capítulo 2
O CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO DAS IGREJAS
PROTESTANTES NO BRASIL
Capítulo 3
COMO ACONTECE ESSE CRESCIMENTO DAS IGREJAS
EVANGÉLICAS NO BRASIL

O crescimento numérico das igrejas pentecostais e


neopentecostais no Brasil é um fato, comprovado não só pela mídia como
também o último censo brasileiro realizado em 2010 pelo IBGE.
Segundo Rosa (2009), a expansão do número de igrejas é
atribuída ao grande investimento de capital na compra de emissoras de rádio
e televisão. Ultimamente, têm surgido muitos estudos voltados para o
fenômeno do crescimento numérico das igrejas brasileiras. No entanto, o
objetivo não é mencionar todas as implicações relacionadas ao assunto,
mesmo porque, diga-se de passagem, o campo relacionado ao tema é muito
vasto e polêmico. Porém, há de se ressaltar os pontos principais que norteiam
a permanência estável dos pentecostais e o crescimento exagerado dos
neopentecostais no Brasil.

QUAIS OS DISCURSOS QUE TÊM FEITO OS PENTECOSTAIS


PERMANECEREM ESTÁVEIS
O discurso do pentecostalismo no Brasil está dissolvido em

cada período de sua história. Em cada época, ele deixa sua marca, e isso
tem influenciado gerações e sustentado, há anos, esse movimento. Alguns
desses discursos são:
Discurso para ganhar “almas”
Cada membro tem a responsabilidade de doutrinar uma pessoa evangelizada.
Discurso dos dons e batismo no Espírito Santo
A busca por poder, e a manifestação do Espírito com a evidência de falar em
línguas, tem corroborado na permanência desses fiéis.
Discurso da Segunda Vinda de Cristo
Os pentecostais, relutam, incansavelmente que a segunda vinda está próxima,
e que Cristo recolherá apenas os convertidos

DISCURSOS NEOPENTESCOSTAIS QUE POSSIBILITAM UM


CRESCIMENTO EXAGERADO
Crescimento com base nas ofertas de bens
Ser livre de problemas, morar em mansões, ter os carros mais caros. Se
isso não acontecer, é por que tem algo errado.

Crescimento com base na oferta de um caminho mais fácil.


Nesse quesito há uma distorção no sentido Bíblico, para agradar ao homem,
não importando com a vontade de Deus.
Crescimento com base na manipulação da fé
Utiliza-se as mídias a fim de transformar a fé em mercadoria, compram
horários em canais abertos e transformam a igreja em disputas
mercadológicas.
Crescimento Numérico
Há uma preocupação exagerada de crescimento em número de membros.
Líderes para obter status, buscam formas negativas.
Sucesso a todo custo
Nesse interim, tanto a liderança como o adepto têm a obrigação de estar em
posição de sucesso, por que serve um Deus todo poderoso.
Divinização do pragmatismo
O pragmatismo, é um método utilizado para: atingir objetivos e resultados
alcançados. Del Pino (2006) Comenta que o pragmatismo começou a ser
considerado como um elemento divino. “Se funciona e deu certo é de Deus,
sem questionamentos e fundamentação Bíblica”.

Metodologismo como sinônimo da ação de Deus


No metodologismo não há espaço para a Teologia. Não há espaço para
doutrinas, apenas para expressões como: O fim da pobreza, confissões auto
positivas, tudo na perspectiva que Deus está operando em tudo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
No tema abordado, se fez uma busca histórico-social do
crescimento da igreja evangélica no Brasil.
Carlos Del Pino nos traz algumas considerações sobre um crescimento
saudável como:
Centralidade das Escrituras
Contextualização da Hermenêutica Bíblica
Praticar Missão Integral
Unidade e Cooperação
Diaconia.
Carlos Caldas de igual modo corrobora que para ter um
crescimento saudável é necessário:
Testemunho (Martiria)
Liturgia (Leitourgia)
Ação Pastoral
Comunhão (Koinonia)
Educativa (Didaskalia)
Pregação (Kerigma)
Assim diante dessas verdades, a Igreja necessita reorganizar

seus métodos e discursos a fim de ter um crescimento saudável e


consequentemente numeroso.

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