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As fases do Concílio Ecumênico Vaticano II

Vaticano II: 21º Concílio ecumênico da Igreja

Participantes

Papas: João XXIII e Paulo VI

Os padres Concíliares

2850 convidados

2500 presentes

Entre 30 a 90 observadores

Peritos oficiais e privados

Leigos: 40

9 mulheres e um xasal do México

38 párocos de paróquias, jornalistas

Ao total quase 10 000 pesoas são mobilizadas para a realização do Concílio.

As sessões

Após 4 anos de preparação nas comissões, o Concílio se desenvolveu em quatro


sessões:

1ª sessão: de 11 de outubro ao 8 de dezembro de 1962

2ª sessão: de 29 de setembro ao 4 de dezembro de 1963

3ª Sessão: de 14 de setembro ao 21 de novembro de 1964

4ª sessão: 14 de setembro ao 8 de dezembro de 1965

Três formas de encontro

Sessões publicas presididas pelo Papa;

As congregações gerais;
As comissões por tema e por língua

Criação de uma comissão para o Paostolado dos leigos e de um secretariado para a


unidade dos cristãos.

A preparação do Concílio

Antes da etapa preparatória (17 de maio de 1959 – 30 de maio de 1960)

Consulta aos bispos: Coleta dos “votas” (desejos) – 2150 respostas.

Desejos diversos: muitas desejavam uma melhor definição do papel dos bispos, outros
defendem uma reafirmação dos princípios do Concílio de Trento e Vaticano I, outras
ainda pediam uma condenação severa dos erros (comunismo, existencialismo,
relativismo moral, dogmatismo, e modernismo)

A etapa preparatória: 5 de junho de 1960 – 10 de outubro de 1962

5 de junho de 1960: O papa chama a atenção para a intenção do concílio. Oferece as


normas para a organização da etapa preparatória;

O trabalho das comissões preparatórias se faz em segredo. Os textos são estabelecidos


por membros com direito de voto e membros sem direito de voto;

Os textos elaborados são propostas para a Assembleia Geral da comissão em questão.

Um “motu próprio” do Papa de 2 de fevereiro de 1962 fixe para 11 de outubro de 1962


a abertura do Concílio;

O Cardeal SUENENS (Bruxelas) em maio de 1962 envia ao Papa um plano para os


trabalhos conciliares. Ele propõe começar a reflexão pelo texto sobre a igreja. Mesma
insistência do Cardeal Montini (Milão)

Durante o verão, os documentos trabalhados pelas comissões são objetos de duras


críticas. Criticas endereçadas ao Papa. Ao total são estabelecidos 73 esquemas. Mas na
realidade dos padres conciliares receberão somente 9 esquemas antes do Concílio.

Origem e Conteúdo

O arcebispo de Milão (Montini) desejava que a reflexão sobre a Igreja fosse um tema
importante da reflexão. Ele pensava que o estatus dos leigos deviam ser melhor
considerado.
O arcebisbo de Montreal (Cardeal LEGER) salienta que os esquemas não oferecem
respostas as necessidades dos homens de hoje;

Um teólogo Holandes SCHILLEBEECK faz um estudo dos esquemas aos bispos de seu
país, apontando as lacunas dos esquemas;

O Arcebispo de Bolonha pede atenção aos pobres. Em 4 de outubro de 1962, o Papa


João XXIII faz uma pelegrinação á Loreto e Asis. É a primeira viagem do Papa fora do
Vaticano, depois de um século.

Primeira Sessão: 11 de outubro de 1962 – 8 de dezembro de 1962

Abertura: 11 de outubro de 1962.

No fim de celebração solene, o Papa faz um importante discurso: “A Igreja deve deve ir
com otimismo em direção ao futuro”

Hoje, a Igreja estima que melhor que condenar,ela respode melhor aos desafios da
evangelização, recorrendo ao remédio da miseriordia”

Durante esta primeira sessão, o Conselho da presidência decreta que o texto sobre a
Igreja deve ser reformulado. Era pobre em reflexão bibica e deixava na escuridão o
caráter sacramental da Igreja.

Nesta sessão são apresentados diversos esquemas ao padres Conciliares ( Liurgia,


Revelação(Texto rejeitado) e encaminhado para ser discutido na segunda sessão.

Em 3 de junho de 1963 morre João XXIII, o cardeal Montini é eleito Papa (Paulo VI).
Em 21 de junho de 1963 o Papa anuncia o seguimento do Concílio.

Segunda Sessão: 29 de setembro de 1963 – 4 de dezembro de 1963


CErimonia de abertura mais simples; o Papa entra a pé na BAsilica de São Pedro.
O numero de peritos quase dobrou em relação a primeira sessão: de 200 à 400
Os leigos em numero de 13 tiveram espaço reservado.
Paulo VI, orienta o trabalho do Concílio para uma reflexão sobre a Igreja,o que ele é;
sua renovação, a abertura ecumênica, a vontade de dialogo com o mundo.
Alguns padres conciliares manifestaram preocuoação com a renovaçãodo diaconato.
Uma parte sobre Maria foi integrado no texto sobre a Igreja.
O Papa se encontra com o Patriarca Atenágora de Constantinopla (separado de Roma).
Um encontro dessse não acontecia desde 1439, no concílio de Florença, e teve um
grande impacto.

Terceira Sessão: 14 de setembro de 1964 – 21 de novembro de 1964

Nova discussão sobre a colegialidade; o próprio Papa esclarece por meio de nota a
noção de colegialidade na Igreja;

Discussão sobre a Revelação


Declaração sobre a Igreja e sobre as religiões não cristãs. O texto sobre as religiões não
cristãs é curto mas exprime o reconhecimento oficial da Igreja das religiões: eles tem
algo a dizer sobre Deus, à que os cristãos devem ser atentos.

Declaração sobre a liberdade religiosa: Marca o reconhecimento da Igreja ao direito da


pessoa humana à liberdade religiosa. Cabe ao poder civil proteger tal liberdade.
Implicitamente,rejeita-se todas as ditaduras e movimentos de suplantação das religôes.
´Foi muito contestado; foi rejeitado inteiramente pelo Bispo LEFEBRE e seus
discípulos.

Constituição Pastoral: A Igreja no mundo de seu tempo: O documento mais longo.


Apoiando-se na visão do homem e do universo, ele busca abrir o dialogo entre a Igreja e
o mundo moderno, sobre todas as questões (vida pessoal e social, cultura, problemas
econômicos e políticos, defesa da paz

Decreto sobre o ecumenismo: (novembro de 1965): Texto base do dialogo ecumênico. É


a primeira vez que a Igreja toma posição oficial em favor do ecumenismo, as vezes, até
contrariando alguns posicionamentos anteriores.

Constituição sobre a Liturgia (Dezembro de 1963): Foi o texto que teve as


consequências mais visíveis. Chamado a participação de todos os fieis na liturgia, uso
das línguas vivas. Esclarece que a liturgia é uma celebração da morte e ressurreição de
Cristo por meio do qual temos acesso a plenitude da vida.

Quarta sessão: 14 de setembro de 1965 a 8 de dezembro de 1965: durante a 4ª


sessão, foram examinados os outros textos do Concílio e promulgados todos os
documentos.

Ordem de promulgação dos documentos do Concílio Vaticano II

4 de dezembro de 1963

Cosntituição sobre a Santa Liturgia: Sacrossanctum Concilium

Decreto sobre os meios de comunicação social: Inter Merifica

21 de novembro de 1964

Constituição dogmatica sobre a Igreja: Lumen Gentium

Decreto sobre as Igrejas orientais Católicas: Orientalium eclesiorum

Decreto sobre o ecumenismo: Unitatis Redintegratio


28 de outubro de 1965

Decreto sobre o ministério pastoral dos Bispos: Christus Dominus

Decreto sobre a renvação e adaptação da vida Religiosa: Perfectae Caristatis

Decreto sob a formação dos padres: Optatam totius

Declaração sobre a educação cristã: GRavissimus educationis momentum

Declaração sobre a Igreja com as religiões não-cristãs: Nostra aetate

18 de novembro de 1965

Constituição Dogmática sobre a Revelação: Dei Verbum

Decreto sobre o apostolado dos leigos: Apostolicam Actuositatem

7 de dezembro de 1965

Declaração sobre a liberdade religiosa: Dignitatis humanae

Decreto sobre a atividade missionária da Igreja: Ad gentes

Decreto sobre o ministério e a vida dos padres: Presbyterorum Ordinis

Cosntituição pastoral sobre a Igreja no mundo: Gaudium et spes.

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