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Texto da aula Aulas do curso

Engenharia da Santidade

Exame de Consciência
Todo cristão precisa ter diante de si a mesma pergunta que São Bernardo
fazia sobre a própria vocação: “Bernardo, para que vieste?”.

Nesta primeira pregação de nosso retiro espiritual, antes de apresentar os


s
meios através dos quais haveremos de nos santificar, Padre Paulo nos
convida a um sincero exame de consciência. Sem nos encontrarmos primeiro
com nós mesmos, não é possível termos um verdadeiro encontro com o
ões
Senhor.

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O seminário de uma diocese deveria ser motivo de grande alegria


tanto para o clero quanto para os leigos, pois é nesse ambiente de
oração e estudo que são formados os “homens de Deus”, aqueles
que preferiram a vida interior à exterior, a austeridade e a
perfeição em vez do conforto e da mediocridade [1]. No seminário,
os jovens são convidados a tomar parte na suprema oblação de
Cristo pela salvação das almas, de modo que o seminarista — não
por sua pessoa, mas pela ação da graça de Deus na sua vida —
converte-se num ícone de esperança para o futuro da Igreja.

Uma vocação como essa não pode exigir menos do que a


santidade. Não se pode esperar outra coisa de um candidato ao
sacerdócio senão uma profunda busca pela perfeição cristã. É por
isso que os seminários deveriam ser, acima de tudo, escolas de
santidade, que ensinassem os seus alunos a praticar as virtudes
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cristãs com zelo e dedicação. Afinal de contas, é a eles que o
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Concílio Vaticano II dirige, em primeiro lugar, estas palavras
graves sobre a santificação: devem elevar-se a uma santidade
mais alta, “alimentando e afervorando a sua ação com a
abundância da contemplação, para alegria de toda a Igreja de
Deus” [2].

O objetivo destas aulas é, pois, indicar o caminho da santidade,


trilhado por inúmeros santos e santas ao longo da história da
sIgreja, a fim de motivar os seminaristas e padres formadores a
redescobrirem o sentido da sua própria vocação. Infelizmente,
muitos seminários já não ensinam o caminho da perfeição cristã,
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nem creem que seja possível ser verdadeiramente santo como o
foram São Pio de Pietrelcina, São João Bosco, São João Maria
Vianney e muitos outros. E isso é assim porque não se
consideram mais os meios para a verdadeira santificação, ou,
dito de outro modo, a engenharia da santidade.

A santidade, assim como um prédio, é um empreendimento que


exige uma engenharia adequada. Do contrário, o edifício poderá
ruir. Notem este exemplo: existem vários tipos de prédios, como o
gótico, o barroco, o clássico, o moderno etc. Mas todos eles devem
seguir uma mesma regra física, uma mesma engenharia, para se
sustentarem de pé.

Na Igreja, por sua vez, existem vários movimentos e


espiritualidades, desde os carismáticos aos monges
beneditinos… Todavia, todos devem obedecer a uma mesma lei da
graça, que é o que vai nos fazer santos. E porque o Espírito Santo
não nos faz violência, deixando-nos completamente livres para
segui-lo ou não, “aquele que coopera com a graça atual recebe
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graças mais abundantes”, ao passo que “aquele que lhe resiste,
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perde todas as outras graças e sofrerá um terrível juízo” [3].

À vista disso, ao iniciarmos este curso, queremos propor um


sincero exame de consciência — sem o qual não nos é possível
um verdadeiro encontro com o Senhor —, e assim considerarmos
não somente as nossas misérias e pecados, como também as
nossas boas obras e seus porquês; isto é, devemos perguntar-nos
a que fim tendem as nossas ações, temos de ir ao deserto de
snossas existências e ter a coragem de enfrentar nossa realidade,

a fim de apresentarmo-nos sem máscaras diante de Deus. E isso,


além de ser doloroso, exige humildade; devemos, como dizia
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Bento XVI, “inclinar-nos, caminhar espiritualmente por assim
dizer a pé, para podermos entrar pelo portal da fé e encontrar o
Deus que é diverso dos nossos preconceitos e das nossas
opiniões” [4]. Ao término desse exercício, descobriremos o porquê
de nossa vocação, a força que nos move a estar no seminário e,
futuramente, na vida sacerdotal.

Existem muitos seminaristas e padres que se perdem na vocação


porque se esquecem desse “porquê”. A vocação cai no vazio, na
exterioridade, na falta de amor, pois é muito fácil um padre
deixar de amar a Deus quando se afasta do caminho da perfeição.
Por isso, o seminarista e o padre devem sempre ter à frente de si
aquela pergunta de São Bernardo de Claraval sobre a própria
vocação: “Bernarde, ad quid venisti?” [5].

Referências
1. Papa Paulo VI, Carta por ocasião do 400º aniversário do chamado do
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Concílio de Trento para a fundação dos seminários (4 de novembro de 1963).
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2. Concílio Vaticano II, Const. Dogm. Lumen Gentium (21 de novembro de
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1964), n. 41.

3. Francisco Spirago, Catecismo Católico Popular (trad. port. de Artur Bivar). 3.ª


ed., Lisboa: União Grá ca, 1938, vol. 1, p. 287.

4. Bento XVI, Homilia (24 de dezembro de 2011).

5. Guilherme de Saint Thierry, Vita Prima Sancti Bernardi, 4, 19 (PL 185, col.
238A). Trad.: “Bernardo, por que viestes aqui?”.

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