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Aluno(a):_________________________________
Presidente Executivo da OCEB
Pr. Cpl. José Carlos da Silva
Vice - Presidente
Pr. Cpl. Ricardo Cézar da Silva Maia
Secretária Executiva
Mescileny Eloi da Silva
Tesoureiro
Danilo de Sousa Barbosa
Conselheiro mor
Pr. Pedro Inácio da Silva
Conselheira mor
Miss. Dirlei da Silva da Costa Baptista
Assessoria Jurídica
Carlos Matheus Costa Maninho
Revisão Gramatical:
Profª. Esp. Myriam Gonçalves Silva
Impressão e Encadernação
Gráfica COMEPE
IGREJA EVANGÉLICA
ASSEMBLEIA DE DEUS DE BRASÍLIA
Presidente: Pr. Orcival Pereira Xavier
INSTITUTO BÍBLICO DA
ASSEMBLEIA DE DEUS DE BRASILIA
Diretor: Pr. Dr. Izidro Milton Gomes de Oliveira
Vice-Diretor: Pr. Esp. Altair Rodrigues Machado
2) Dicionário Bíblico.
3) Atlas Bíblico.
Fraternalmente em Cristo,
Equipe IBADEB.
Sumário
Como obter melhor êxito nos estudos ..................................... 5
Capítulo 01 - Síntese Histórica da Capelania.......................... 9
Capítulo 02 - Legislação ....................................................... 17
Capítulo 03 - Classificação Brasileira de Ocupações - CBO .. 21
Capítulo 04 - Capelania Hospitalar ...................................... 29
Capítulo 05 - Capelania Prisional ......................................... 53
Capítulo 06 - Capelania Escolar ........................................... 75
Capítulo 07 - Capelania Comunitária Era ............................ 85
Considerações Finais ........................................................... 95
Bibliografia ........................................................................... 97
Manual de Orientação do Capelão OCEBCEB ...................... 99
Capítulo 01 - Síntese Histórica da Capelania
A Capelania é uma atividade antiguíssima. Foi
desenvolvida desde os primórdios da vida em comunidade.
Porém, a história como conhecemos em nossos dias, tem sua
origem na pessoa de S. Martinho de Tours.
Trata-se do exercício do ministério de socorro e de
misericórdia. Um trabalho de assistência espiritual e ajuda
humanitária, revestido de empatia e solidariedade, confortando
e consolando todos aqueles que necessitam de uma mão amiga
em qualquer hora e em qualquer dia.
Os que exercem a atividade de capelania –
ministério de socorro e misericórdia – demonstram a fé e o amor
cristão por meio do atendimento prestado ao próximo. O apoio
e auxílio abrangem as áreas espiritual, emocional, social,
recreativa e educacional do ser humano. É oferecido sem
distinção de credo, raça, sexo, idade, grau de instrução ou
classe social.
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OCEB/IBADEB
1.1 - BIOGRAFIA DE MARTINHO
A obra “Vita Martin” (Lat. Vida de Martinho) foi
escrita por Sulpício Severo, aristocrata romano, culto e rico. A
biografia foi escrita entre 394 d.C. e 397 d.C. e descreve a vida
daquele que ficaria conhecido por São Martinho de Tours. O
livro teve grande repercussão no mundo medieval. Espalhou-se
até Cartago, Alexandria e Síria. Esta obra foi responsável pela
divulgação dos trabalhos desenvolvidos por Martinho naquela
época e que contribuiu para a atividade de capelania moderna.
Conforme a biografia Martinho nasceu em 316 d.C
em território do império romano - Sabaria na antiga Panônia -
hoje Hungria. O jovem pagão era filho de um tribuno e oficial
romano e aos 16 anos de idade alistou-se no exército, atividade
que desempenhou com esmero e que o destacou como soldado
e oficial.
Em 338 d.C aos 22 anos, Martinho com as tropas
sob seu comando, foi enviado à região de Amiens (França). Em
uma noite de inverno muito fria e chuvosa, ele deparou-se com
um mendigo maltrapilho que lhe pediu ajuda. Martinho não
tinha consigo moeda alguma que pudesse oferecer aquele
homem. Ao perceber que o mendigo tremia de frio rasgou a sua
capa (lat. capella) em dois pedaços e deu metade para que o
homem pudesse agasalhar-se. Os seus companheiros de armas
riram-se dele porque ficara com a capa rasgada cobrindo-lhe
apenas a metade do corpo.
.
1.2 - CONVERSÃO DE MARTINHO
Naquela noite ele sonhou que uma voz lhe dizia:
“Cada vez que fizeres o bem ao menor dos teus irmãos é a mim
que o fazes”. Martinho entendeu que ao ajudar ao mendigo,
tinha ajudado a Jesus Cristo e essa visão foi à razão pela qual
ele se converteu ao cristianismo. Na páscoa do ano 339 d.C.
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
Martinho foi batizado nas águas, e em seguida, começou a
compartilhar o seu testemunho e muitos passam a aceitar o
cristianismo pela sua pregação.
Sua nova condição de fé e seu entusiasmo na
evangelização tornam-se incompatíveis com suas funções de
oficial romano. Não tendo outra solução, Martinho dois anos
após a conversão decide pelo exílio voluntário, porque,
oficialmente só podia sair do exército com 40 anos. Com o
passar do tempo, suas pregações e seu exemplo, e as diversas
tradições fizeram dele um homem considerado santo.
Martinho, segundo a tradição, construiu o
primeiro mosteiro da França e da Europa ocidental. Dedicou
sua vida na evangelização dos povos da área rural, exerceu o
ministério de socorro e misericórdia em benefício dos pobres e
doentes que amparava. No ano 357 d.C foi dispensado
oficialmente do exército e continuou a espalhar sua fé por todo
Império. Em julho de 371 d.C foi aclamado bispo de Tours
(França).
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hospitais do exército norte-americano. No final do século 19,
fruto de sua experiência nos hospitais, Gladden descreveu a
relação entre a saúde mental e a saúde física em seu livro “The
Christian Pastor” (O pastor cristão). Gladden escreveu nada
menos de cinquenta livros. Tornou-se uma grande influência na
vida da igreja evangélica de seu tempo e revitalizou o trabalho
de capelania.
Outro percussor foi o presbiteriano Anton Teófilo
Boisen (1876-1966). Boisen graduou-se na Universidade de
Indiana, EUA, em 1987. Mais tarde ele estudou no Union
Theological Seminary (Seminário Teológico Unido), na cidade de
Nova York onde se formou em 1911. No período de 1922- 1924,
Boisen se especializou em psicologia da religião. Ao final de seus
estudos tornou-se capelão do Hospital Estadual de Worcester
(hospital psiquiátrico). Em 1925 inaugurou no hospital um
programa na formação clínica de estudantes de teologia. Um de
seus alunos, Dr. Helen Flanders Dunbar, tornou-se pioneiro no
campo da medicina psicossomática.
Em 1932, Boisen tornou-se Capelão no “Elgin
State Hospital” perto de Chicago onde permaneceu até 1954 e
depois como Capelão Emérito até sua morte. Em 1936, ele
publicou sua obra mais famosa “Exploração do mundo interior”,
livro muito elogiado pela crítica. Boisen continuou expondo seus
pontos de vista sobre religião e saúde mental em mais de 150
artigos e vários outros livros. Por toda esta contribuição, Boisen,
é considerado na literatura moderna como um dos fundadores
do treinamento pastoral clínico.
Destaca-se no Reino Unido, Leslie Dixon
Weatherhead (1893-1976), Ministro Metodista. Ele serviu como
capelão do Regimento de Devonshire, na Mesopotâmia, durante
a Primeira Guerra Mundial e, em seguida, em 1919, assumiu o
comando da Igreja Metodista Inglesa em Madras. Durante seu
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
trabalho na Mesopotâmia, conheceu um médico que atuava
como psicoterapeuta, e que compartilhou com ele muitas ideias
sobre “natureza psicossomática” de boa parte das doenças
conhecidas como físicas.
Ao retornar à Inglaterra em 1922, Leslie criou
seminários de debates envolvendo psicologia, medicina e
psicanálise. Tornou-se ministro na Estrada Wesleyan Church
Oxford, Manchester (1922-1925). Em 1936, tornou-se ministro
do Temple City, em Londres, uma igreja Congregacional, onde
permaneceu até sua aposentadoria em 1960.
Tornou-se especialmente conhecido no
estabelecimento de uma parceria entre religião e psiquiatria. Ele
estava convencido de que muitas doenças físicas e mentais
eram causadas pela perda da verdadeira religião. Weatherhead
publicou mais de 30 livros e contribuiu para firmar as
atividades de capelania e a emergente disciplina denominada
psicologia pastoral.
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João Filson Soren (1908-2002) nasceu em 21 de
janeiro, na cidade do Rio. Era filho do pastor batista Francisco
Fulgêncio Soren. Em 1928, passou a estudar no Seminário
Teológico Batista do Sul, em Louisville, no estado de Kentucky.
Formou-se e recebeu o título de mestre em Teologia. Retornou
ao Brasil em 1933 e começou a dar aulas no Colégio Batista.
Quando tinha 27 anos de idade, em 1935, João Soren foi
ordenado Ministro na Primeira Igreja Batista do Rio, local onde
permaneceu como Pastor titular durante 50 anos consecutivos.
Em 1944, apresentou-se como voluntário para
atuar na 2ª Guerra Mundial. Em 13 de julho de 1944 foi
nomeado Capelão Militar e classificado no 1º Regimento de
Infantaria do Rio (Regimento Sampaio). Cerca de 600 soldados
evangélicos integraram a FEB por ocasião da 2ª Guerra. Os
Militares Evangélicos iniciaram seus cultos no quartel do
Regimento Sampaio, na Vila Militar logo após a nomeação deseu
capelão. Sentindo necessidade de um hinário para a tropa, João
Soren, preparou um hinário do expedicionário, intitulado "O
Cantor Cristão do Soldado".
No dia 20 de setembro do mesmo ano, João Soren
embarcou com destino ao teatro de operações da Europa, onde
permaneceu por 341 dias. Porém, continuou a pastorear a igreja
que não abria mão de sua direção. Enviava cartas que eram
lidas e depois reproduzidas.
De volta ao Brasil, participou ativamente das
atividades dos ex-combatentes, vindo a presidir, a partir de
1978, a Confraternização dos Ex-Combatentes e Veteranos
Evangélicos da FEB (CONFRATEX-FEB), de que foi o
idealizador.
João Soren foi Presidente da Convenção Batista
Brasileira por dez mandatos e Presidente da Aliança Batista
Mundial de 1960 a 1965, sendo o primeiro latino a receber essa
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
honra e privilégio. Foi fundador da Sociedade Bíblica do Brasil
e pertenceu à Academia Brasileira Evangélica de Letras.
Escreveu, entre outros, o livro “O Combatente de Cristo”.
É autor de um dos mais belos hinos e mais
cantados no Brasil, o de nº 579, do Cantor Cristão: “Olhando
para Cristo”, escrito em 1971. João Filson Soren faleceu, no Rio
de Janeiro, em 2002, próximo de completar 94 anos de idade.
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
Capítulo 02 - Legislação
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direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
COMENTÁRIO.
Como é possível observar no inciso VII, a prestação
de assistência religiosa foi assegurada na Constituição. No
entanto, como todas as demais garantias universais, a redação
constitucional preconizou a necessidade de lei regulatória para
o exercício da atividade.
Finalmente, doze anos após a promulgação da
Constituição, a lei de regulamentação foi aprovada no
Congresso Nacional.
O P R E S I D E N T E D A R E P Ú B L I C A - Faço saber
que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte Lei:
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
familiares no caso de doentes que já não mais estejam
no gozo de suas faculdades mentais.
COMENTÁRIO.
COMENTÁRIO.
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de cada uma destas instituições de internação coletiva. Isto
significa que a exigências, pré-requisitos, horários e dias da
visitação ficam a critério de cada instituição de internação
coletiva. Veja os detalhes no comentário abaixo:
COMENTÁRIO.
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
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OCEB/IBADEB
A CBO é o documento que classifica, nomeia e
codifica os títulos e descreve as características das ocupações
do mercado de trabalho brasileiro. Sua atualização e
modernização se devem às profundas mudanças ocorridas no
cenário cultural, econômico e social do País nos últimos anos,
implicando alterações estruturais no mercado de trabalho. A
versão atual contém as ocupações do mercado brasileiro,
organizadas e descritas por famílias.
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
3.3 – CÓDIGOS E TÍTULOS
Como a família ocupacional identifica uma
atividade similar, o código e títulos identificam uma ocupação
ou atividade específica dentro da família ocupacional. Assim a
família ocupacional de no. 2631 é desmembrada com a seguinte
classificação:
2631-05 - Ministro de Culto Religioso – O Ministério
do Trabalho e Emprego classifica os seguintes títulos como
sendo ocupação de Ministros de Culto Religioso:
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OCEB/IBADEB
provincial), Roshi, Sacerdote, Sacerdotisa, Seminarista, Sheikh,
Sokan, Superintendente de culto religioso, Superior de culto
religioso, Superior geral, Superiora de culto religioso, Swami,
Sóchó (superior de missão), Tata kisaba, Tata nkisi, Tateto ndenge,
Testemunha qualificada do matrimônio, Toy hunji, Toy vodunnon,
Upasaka, Upasika, Vigário, Voduno ( ministro de culto religioso),
Vodunsi (ministro de culto religioso), Vodunsi poncilê (ministro de
culto religioso), Xeramõe (ministro de culto religioso), Xondaria
(ministro de culto religioso), Xondáro (ministro de culto religioso),
Ywyrájá (ministro de culto religioso).
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
3.4 – CONDIÇÕES GERAIS DO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE
De acordo com a CBO, os profissionais desta
família ocupacional podem desenvolver suas atividades como
consagrados ou leigos, de forma profissional ou voluntária.
As atividades podem ser desenvolvidas em
templos, igrejas, sinagogas, mosteiros, casas de santos e
terreiros, aldeias indígenas e casas de culto. Também podem
estar presentes em universidades e escolas, centros de
pesquisa, sociedades beneficentes, organizações não-
governamentais, instituições públicas e privadas.
Segundo a CBO uma parte destas práticas tem
caráter subjetivo e pessoal e é desenvolvida individualmente,
como a oração e as atividades meditativas e contemplativas;
outra parte se dá em grupo, como a realização de celebrações
e cultos.
A CBO reconhece a existência de um movimento na
direção da profissionalização dessas ocupações, para que
possam se dedicar exclusivamente às tarefas religiosas em
suas comunidades. Nesse caso, deixa claro que os
profissionais devem ser mantidos por suas entidades
religiosas.
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(as) Teólogos (as), é esperado que tenham formação superior em
Teologia.
No entanto; a CBO salienta que qualquer que seja
a tradição religiosa, tanto ou mais que a formação, contam a fé
e o chamamento individual para o serviço do divino.
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
Sob esta ótica, todo cristão voluntário quando
autorizado por sua igreja, pode prestar o serviço de capelania
por meio de credenciamento como visitador religioso. O
credenciamento e o título de Capelão são geralmente obtidos na
conclusão de curso específico em instituições reconhecidas
como idôneas pelas lideranças eclesiásticas.
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
4.1 – TANATOLOGIA
Tem origem no grego thánatos (morte). Na
mitologia grega, Thánatos e seu irmão Hypnos (sono) são os
porteiros dos mortos. A expressão Logia (estudo, ciência)
associada com thánatos forma o substantivo tanatologia que é
traduzido como a “ciência ou o estudo da morte”, um termo
cunhado pelo russo Elie Metchnikoff (1901).
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OCEB/IBADEB
Uma das finalidades da tanatologia é desmistificar
a morte aprendendo a conviver com ela. A morte e a vida pós-
túmulo permanecem como forte tabu em nossa cultura.
Prevalece o conceito de que a morte é um erro, uma imperícia
ou um fracasso. Na era da ciência, da informática e da
tecnologia com descobertas surpreendentes, o homem ainda é
incapaz de conviver com o grande mistério da morte.
Deste modo, a tanatologia procura humanizar,
vivenciar, refletir e debater o assunto, possibilitando maior
compreensão e formação de novas perspectivas para lidar com
as perdas, o luto, a separação e com a própria morte, como
também com a morte do outro. Como cristãos sabemos que a
morte é resultado do pecado, mas que em Cristo temos a
esperança de vida eterna: “Porque o salário do pecado é a
morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo
Jesus nosso Senhor” (Rm 6.23).
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diagnóstico é esperança de que existe um terrível engano. Isto é
salutar. Têm sido amplamente comprovados erros nos
diagnósticos. Por isso, uma segunda opinião é sempre
recomendada. No entanto, mesmo quando o diagnóstico fica
comprovado alguns ainda negam a doença e se recusam ser
tratados. Com carinho e com firmeza a família e os mais íntimos
devem medir esforços no convencimento. Somente depois de
conscientes da gravidade da doença é que se submetem ao
tratamento.
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
❖ Manipulação: usam a doença para controlar outros ou atrair
compaixão para si. Tornam-se exigentes de atenção. Quem os
cuida torna-se escravo de seus caprichos. O cuidador não pode
se afastar para nada. O enfermo torna-se rabugento e
murmurador. Reclama de tudo e de todos. Costuma ir além da
verdade simulando dores ou mal-estar.
Trabalha nas emoções e no psicológico de quem é próximo até
para angariar dividendos. Usam e abusam de estado de saúde
para levar todo tipo de vantagens. Ao perceber tal
comportamento a família deve agir com firmeza e muito tato.
Esclarecer o quanto é amado e prezado. Que tudo será feito para
a sua recuperação, mas que a manipulação é ato desprezível.
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OCEB/IBADEB
desculpas pelo sofrimento e trabalho que julga estar dando para
a família. Já não acredita mais na possibilidade de cura e
começa a pensar em desistir de lutar. Palavras de ânimo,
esperança e fé devem ser ministradas ao enfermo. Ajudá-lo a
vencer a tristeza sem promessas falsas é papel preponderante e
fundamental.
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
oscilação acontece de acordo com o humor e as sensações do
enfermo. Hoje o paciente aceita a doença, amanhã pode negar
que esteja doente. Hoje é tomado de tristeza e desânimo,
amanhã pode estar cheio de esperança. Hoje se entrega e quer
morrer, amanhã reage e decide lutar e viver.
A família do doente também tem suas fases
paralelas, seus estágios e suas reações. Assim como acontece
com o paciente, as fases às vezes são interligadas, às vezes se
sobrepõem ou mudam de ordem. Os que acompanham o
tratamento devem estar conscientes destas fases e suas
oscilações e auxiliar na superação de cada período.
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OCEB/IBADEB
Certamente que o pecado pessoal torna-se, em
muitos casos, fonte de adversidade. Ananias e Safira estão
enquadrados neste quesito. Ao mentirem contra o Espirito
Santo tiveram suas ações julgadas e suas vidas imediatamente
ceifadas (At 5.5-10). Mas não é toda a enfermidade que está
relacionada com o pecado individual.
Contudo, sendo ou não resultado de ofensas
pessoais contra Deus, inúmeros testemunhos indicam que as
enfermidades, o sofrimento, as frustrações e a dor, chamam a
atenção da criatura para com o seu criador. Nestas situações
são comuns as interrogações, as dúvidas, as incertezas e as
reclamações. Questões diversas são levantadas, tais como:
“Por que comigo?”; “O que foi que fiz de errado?”, “Onde Deus
está?”, “Cadê suas promessas?”, dentre outros
questionamentos.
Na maioria dos casos, após o período de
questionamentos, o sofrimento serve para reflexão, mudança de
vida e de comportamento. Promessas quebradas são renovadas.
Pecados ocultos são confessados e abandonados. Vidas
espirituais medíocres tornam-se maduras.
Os que recebem a segunda oportunidade,
geralmente, tornam-se pessoas melhores, cristãos fervorosos,
solidários e dispostos no Reino de Deus. O questionamento “Por
que, Deus?”, fica para trás e passa a ser substituído pela
interrogação sincera “Para que Deus, com que propósito?”.
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
❖ Retribuição: ideia de punição na mesma medida e na mesma
proporção de sofrimento causado aos outros. Amplamente
divulgada no meio evangélico.
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assistência espiritual, emocional e social. Esta assistência pode
ser estendida aos familiares, funcionários e profissionais da
saúde, A visita ao enfermo não deve ser confundida com
proselitismo religioso.
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OCEB/IBADEB
determinações e não são seus adversários. Nunca se
esqueça de usar o crachá de identificação da Unidade de
Saúde.
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4.9 - NORMAS PARA O CULTO NA CAPELA OU AUDITÓRIO
Segue abaixo algumas indicações práticas e
normas salutares na realização de cultos no ambiente
hospitalar:
➢ Duração: de 5 a 10 minutos.
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4.11 - NORMAS ÉTICAS PARA A VISITAÇÃO
A ética na visitação, ou a observância das regras
prevista é de fundamental importância para o bom êxito da
atividade de capelania. Abaixo segue uma lista dos aspectos de
maior relevância.
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4.12 - NORMAS DE PROFILAXIA
Profilaxia é a parte da medicina que estabelece
medidas preventivas para a preservação da saúde da população.
São procedimentos e recursos para se prevenir e evitar doenças:
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OCEB/IBADEB
Aparecem também as introjecções: "Os sês" - "Se
ao menos tivesse percebido que algo não estava bem" - "Se
tivesse tido mais oportunidade para estar junto e conversar" –
“Se tivesse sido menos egoísta e prestado mais atenção” – “Se
tivesse chegado a tempo”. Estas condenações devem ser
questionadas, discutidas e postas para fora. Ao serem
compartilhadas elas perdem a força de atormentar quem sofreu
a perda.
Sabemos que a intensidade da aflição varia
segundo o relacionamento da pessoa pesarosa com a perda
sofrida. No caso do falecimento de alguém, os laços
sentimentais, o parentesco, a idade e sexo daquele que partiu e
a maneira como morreu irão influenciar no período do luto. O
período de angústia costuma durar de três meses a um ano.
Esse período divide-se em três etapas:
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
lembra a pessoa que partiu. Roupas, calçados, bens
diversos, perfumes e até a culinária.
São caracterizadas por muito pranto, profunda
saudade, remorsos pelas coisas que fez ou deixou de
fazer, insônia, perda do apetite, inquietude,
irritabilidade, acessos de ira, revolta, sentimentos de
depressão e solidão. Processar a perda tanto no adulto
como na criança é importante para a superação da dor e
restauração do equilíbrio emocional. O objetivo não é
enfraquecer ou subestimar o conflito, mas fortalecer o
caráter e autoconhecimento para a retomada e
continuação da vida.
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OCEB/IBADEB
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
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OCEB/IBADEB
internação são extremamente carentes de afeto, perdão, e de
transformação radical no caráter, na alma e no espírito. Por
isso, índice altamente satisfatório tem sido computado no
trabalho desenvolvido pela capelania prisional evangélica.
Por meio da Palavra de Deus; acompanhada de
orações e aconselhamento os capelães e visitadores cumprem a
orientação bíblica:
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
➢ Estabelecimentos Penais: todos aqueles utilizados pela
Justiça com a finalidade de alojar pessoas presas. Sejam
provisórios ou já condenados, ou ainda aqueles que
estejam submetidos à medida de segurança.
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➢ Colônias Agrícolas, Industriais ou Similares:
estabelecimentos penais destinados a abrigar pessoas
presas que cumprem pena em regime semiaberto.
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
Região Nº Estab. Capacidade Localização
Norte 01 208 Porto Velho-RO
Nordeste 01 208 Mossoró-RN
Centro Oeste 01 208 Campo Grande-MS
Centro Oeste 01 208 Brasília-DF
Sul 01 208 Catanduvas-PR
Total 05 1.040
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➢ A taxa anual de crescimento oscilava entre 10 e 12%.
➢ Entre dezembro de 2005 e dezembro de 2009, a taxa de
crescimento anual caiu para cerca de 5 a 7% ao ano.
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
O relatório foi divulgado no IV Encontro Nacional
do Sistema Prisional.
O relatório refere-se à inspeção anual realizada em
penitenciárias, cadeias públicas, casas do albergado, colônias
agrícolas ou industriais e hospitais de custódia. Não houve
inspeção em carceragens ou custódias de delegacias. Dos
estabelecimentos inspecionados as estatísticas são as
seguintes:
Dados Gerais:
Estabelecimentos Capacidade de População
Déficit Total
Inspecionados vagas Prisional
1.598 Unidades 302.422 Vagas 448.969 Presos 146.547 (48%)
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Separação de presos por regime e situação penal:
Não separam presos Não separam presos em Não separam presos
provisórios de regime diferentes (aberto, primários dos
definitivos semiaberto, fechado) reincidentes
1.269 (79%) 1.078 (67%) 1.243 (quase 78%)
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
periculosidade ou delito praticado (cerca de 70%) transforma o
ambiente prisional em “escola do crime”.
A falta de cuidado e atenção para as condições
mínimas de dignidade humana acentua o espírito de revolta e
rebelião entre os detentos.
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OCEB/IBADEB
4. alfabetizar e proporcionar remição da pena pelo estudo e
elevação do grau de instrução voltados a presos e
egressos do sistema prisional;
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OCEB/IBADEB
pessoas o serviço de capelania nem deveria existir. Outros
consideram que os que cometem crimes hediondos não devem
receber nenhum tipo de assistência.
Contrapondo com estas ideias, o Capelão deve
realizar seu trabalho concentrado na salvação, cura e libertação
das almas. O aspecto moral do cristianismo, no que diz respeito
ao criminoso, é que Cristo veio ao mundo para salvar os
pecadores (1Tm 1.15). Desta forma, a consciência do Capelão
não deve ser conduzida pela opinião de quem não considera
possível a recuperação de um prisioneiro.
A nobre missão da capelania é “restaurar os
contritos de coração, proclamar liberdade aos cativos,
abertura de prisão aos presos; apregoar o ano aceitável do
Senhor e consolar todos os tristes” (Is 61.1-2).
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OCEB/IBADEB
5.9 - MISSÃO DA ASSISTÊNCIA RELIGIOSA NO PRESÍDIO
A missão da capelania prisional é mostrar e
demonstrar o amor de Jesus para as almas aflitas. A mensagem
a ser enfatizada é o perdão de pecados por meio da fé em Cristo
Jesus. Ensinar ao detento que o caminho para o perdão tem
como ponto de partida a confissão e o arrependimento. Expor
por meio das Escrituras, que o perdão de Deus é concedido aos
que sinceramente confessarem suas culpas. Os relatórios e os
testemunhos de prisioneiros ressaltam o grande alívio
experimentado quando conduzidos a entender e receber o
perdão de Cristo. Simultaneamente a atividade de capelania
também auxilia na ressocialização dos prisioneiros e dos
egressos da prisão.
Para cumprir esta missão, a assistência religiosa
nos presídios exige do Capelão visitador elevado grau de
sabedoria e grande capacidade de adaptação. É preciso
compreender as contingências de cada presídio, ou seja, as
diversas normas e regras decorrentes da realidade de cada
estabelecimento penal. Algumas destas normas são passíveis de
mudanças ou ajustes, outras são invioláveis por fragilizar a
segurança do sistema prisional. Além disto, é necessário
discernir e enfrentar o ambiente carregado, a opressão
espiritual e a operação das potestades do mal. Para esta nobre
e relevante missão requer-se dos capelães visitadores virtudes
imprescindíveis para o exercício de tal atividade. Listamos, entre
elas, as seguintes:
➢ Ser cheio do Espírito Santo.
➢ Ser vocacionado para o exercício da capelania.
➢ Ter uma vida plena de oração.
➢ Ser totalmente consagrado a Deus.
➢ Possuir profundo conhecimento bíblico.
➢ Sentir empatia e ter desenvolvido o bom tato.
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
➢ Manter o equilíbrio e o autocontrole.
➢ Ser moderado e possuir flexibilidade.
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OCEB/IBADEB
➢ Estimular a alegria de aceitar e contentar-se com aquilo
lhe é oferecido.
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OCEB/IBADEB
profissionais de segurança, tais como: bombeiros, polícia
militar, polícia civil e agente penitenciário. Em alguns presídios
também os detentos usam estas cores.
Vedado: Sapato de salto alto e tipo plataforma.
Sapatos ou tênis com cadarços. Estes modelos de calçados e
também os cadarços podem se transformar em “arma” em caso
de rebelião.
Vedado: Fivelas e cintos. Este material, no caso de
motim, também pode ser transformado em “arma” branca.
Vedado: Qualquer tipo de adereço (bolsa, pasta,
pingentes, brincos, relógios, boné, óculos de sol, colares,
pulseiras, etc...)
Vedado: Qualquer material eletrônico (celular,
iphone, ipad, computadores, filmadoras, câmeras fotográficas,
etc...)
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
5.15 - COMPORTAMENTO E ÉTICA PRISIONAL
No ambiente prisional é de salutar importância
observar algumas regras quanto a postura e a ética prisional.
Segue abaixo, algumas orientações:
➢ Evite o uso de gírias e linguagem de gangue;
➢ Não discuta religião e não promova o proselitismo;
➢ Não pergunte o motivo da condenação;
➢ Não emita juízo acerca daquilo que o detento fez ou
deixou de fazer;
➢ Não emita parecer sobre o julgamento;
➢ Não especule acerca do sistema jurídico;
➢ Não critique o sistema prisional;
➢ Não tenha envolvimento Emocional;
➢ Não tenha envolvimento Sentimental;
➢ Não tenha envolvimento Jurídico; e
➢ Não tenha envolvimento Financeiro.
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OCEB/IBADEB
➢ Realização de cultos. Pode ser nas celas, nos
corredores, no pátio ou em local previamente
determinado pela direção do presídio. O uso de
instrumentos musicais não é permitido, com raras
exceções. Aconselha-se levar a letra dos louvores
impressa para que todos possam acompanhar.
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OCEB/IBADEB
doação de “kits de higiene”, contendo: creme e escova
dental, creme e gilete de barbear, sabonetes e papel
higiênico. Ainda é possível organizar e providenciar corte
de cabelo, assistência médica e odontológica, e outros.
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OCEB/IBADEB
sexualmente transmissíveis, aumento de mortes de
adolescentes, desrespeito a ética, a moral e os bons costumes.
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
6.2 - TIPOS DE VIOLÊNCIA:
Infelizmente a violência está presente no ambiente
escolar. Não se pode negar estes fatos. Listamos abaixo alguns
dos principais tipos de violência:
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OCEB/IBADEB
6.3 - FATORES QUE CONTRIBUEM COM A VIOLÊNCIA
São inúmeros os fatores que podem levar uma
criança ou um adolescente a um ato delitivo, a seguir,
abordaremos os mais relevantes:
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
6.4 - PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO
A escola é um espaço de convivência e relações
sociais. Isto implica em relacionamentos diários entre pessoas
com diferentes valores, crenças e visões de mundo. Desse modo,
preconceito e discriminação herdados da família e da sociedade
em que estão inseridos são também repetidas e reproduzidas
nas escolas.
Uma pesquisa realizada em 501 escolas públicas
de todo o país e divulgada pela "Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (Fipe)" em junho de 2009, baseada em entrevistas
com mais de 18,5 mil alunos, pais e mães, diretores, professores
e funcionários, revelou que 99,3% dessas pessoas demonstram
algum tipo de preconceito étnico-racial, socioeconômico, com
relação a portadores de necessidades especiais, gênero, geração,
orientação sexual ou territorial.
Esse problema do desrespeito precisa ser
corrigido. Todas as pessoas devem ser respeitadas, mas por
outro lado, ninguém pode obrigar o outro a pensar ou viver de
acordo com as regras de terceiros. No entanto, o preconceito e a
discriminação são falhas de ordem cultural que precisam ser
equacionadas.
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OCEB/IBADEB
É dever dos pais ensinar a seus filhos os valores
éticos e morais. Os pais devem instruir seus filhos a diferenciar
o bem e o mal. A base e a fundamentação para a conduta moral
devem ser construídas no ambiente familiar por meio do diálogo
e, sobretudo por meio do bom exemplo por parte dos pais e
demais membros da família.
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
➢ Objetivo Geral oferecer gratuitamente apoio espiritual,
aos estudantes, pais e mestres e toda comunidade
escolar.
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➢ Autorização para os capelães representarem o nome da
escola durante as visitas às famílias dos alunos.
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
➢ Não transferir para a escola aquilo que é
responsabilidade da família.
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
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bênçãos na vida da Comunidade de nosso país. Muito nos alegra
ver que este trabalho não tem antecedentes locais nem
regionais, entendemos que mesmo nasce do caráter criativo de
Deus e nos converte em percussores de um programa que sem
dúvidas beneficiará a todos.
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➢ Postura ÉTICA: respeitando todas as ideias no que tange
a religiosidade, sugerindo só na hora que for solicitado.
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Leitura Bíblica: Eclesiastes 4:1
1 - DEPOIS voltei-me, e atentei para todas as opressões que
se fazem debaixo do sol; e eis que vi as lágrimas dos que
foram oprimidos e dos que não têm consolador, e a força
estava do lado dos seus opressores; mas eles não tinham
consolador.
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
Leitura Bíblica: Provérbios 14;35
O rei se alegra no servo prudente, mas sobre o que o
envergonha cairá o seu furor.
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OCEB/IBADEB
e. Procure os órgãos de segurança em busca de informações
sobre o tipo ocorrências mais comum na área de sua
atuação: violência familiar, via de fatos, furto, roubo,
estupro, assalto e outros tipos de violência urbana;
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
7.8 - A GRANDEZA DO SUCESSO NA CAPELANIA
COMUNITÁRIA ESTÁ NO TRATAMENTO INDIVIDUALIZADO
Considerações finais
O Capelão comunitário é um agente do reino de Deus. Deverá
ter em mente em acrescentar na comunidade carente um
trabalho de ressocialização, procurando parceria com igrejas,
ONGS e outros meios técnicos para alcançar um número maior
de pessoas menos favorecida e sua família. Esta deverá ser a
visão missionária do Capelão Comunitário assistencial. O
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OCEB/IBADEB
Capelão deverá buscar auxílio emocional profissional ajudando
as pessoas da comunidade a terem uma qualidade de vida.
Melhor e ainda, oferecer o serviço de assistência espiritual a
todo o momento, levando os membros favorecidos da
comunidade a conhecer o Senhor Jesus como único e suficiente
Salvador. A maior prosperidade que o homem deve alcançar
aqui na terra, não é, bens financeiros e sim, uma vida eterna
nas mansões celestiais.
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
Considerações Finais
Em meio ao crescimento de diversos tipos de
poder, liberdades e crescimento tecnológico a humanidade não
tem dado mostras de estar menos desfigurada e do que
antigamente. Para reflexão seguem alguns questionamentos:
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OCEB/IBADEB
Temos tudo ao dispor para construir uma
sociedade justa e fraterna, mas somos cada vez mais incapazes
de promover o bem-estar comum.
Voltemos então às verdades reveladas na Palavra
de Deus. Segundo as Escrituras, foi o pecado que desfigurou a
humanidade. O ser humano perdeu parte da imagem de Deus.
Mas, o Senhor Deus não nos deixou a própria sorte. Ele proveu
um meio de libertação por intermédio de Jesus Cristo. E este é
o papel da capelania, isto é, propagar o evangelho de Cristo que
liberta o pecador.
Ao concluir, percebemos o quanto é maravilhoso o
trabalho da capelania e mediante o que estudamos somente nos
resta colocar a teoria em prática. O mais importante é cooperar
com o Reino de deus por meio deste ministério de socorro e
misericórdia. Parabéns por esta decisão de realizar este curso e
que o Senhor Deus lhe guarde e lhe dê muita sabedoria para
desempenhar tão nobre missão.
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
Bibliografia
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OCEB/IBADEB
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610,
de 19/02/1998. É expressamente proibida a reprodução total ou
parcial desta apostila, por quaisquer meios (eletrônicos,
mecânicos, fotográficos, gravação e outros), sem prévia
autorização, por escrito, do autor ou autores.
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ORDEM
Capelania DOS CAPELÃES
Hospitalar, Prisional,EVANGÉLICOS DO BRASIL
Escolar e Comunitária
OCEB
Manual de Orientação do Capelão - OCEB
INTRODUÇÃO:
Nossa vida tem limitações, já que pertencemos a
este mundo físico, no entanto, existem outras áreas de nós que
precisam também de atenção e cuidado, e que só é possível
cuidarmos se entendermos que nós somos feitos a imagem e
semelhança de Deus, e que temos corpo, alma e espírito. Para
cuidar do corpo temos os médicos, mas para cuidar da alma
Deus deixou os capelães. A Bíblia ensina: aquilo que se vê não
foi feito do que é visível (cf. Hebreus 11.3) é simplesmente a área
Espiritual. Sendo o homem um ser espiritual, pertence tanto ao
plano físico quanto ao espiritual. Entretanto cada indivíduo,
família e sociedade sofrem influências dos dois planos.
Há mais de 2000 mil anos, iniciou-se a capelania,
mais somente há menos de um século na frança a capelania
começou a se desenvolver, da forma que a conhecemos nos dias
de hoje, e a força motriz deste ministério tão completo e
profissional, nos foi revelada em um aprendizado erudito em
comunhão com o Espírito Santo.
É nossa responsabilidade mudar as
circunstâncias da espiritualidade e transformar a vida das
pessoas que necessitam.
Aquele que conseguir transformar as
circunstâncias da vida conseguirá transformar almas. A
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OCEB/IBADEB
pergunta que nos surgi é: sendo assim, como podemos mover
os problemas de nossa alma? Existem quatro elementos: fé,
conhecimento, compaixão e palavra. Esses são os quatro fatores
que movem
o capelão. Sua vida será transformada á medida que conhecer
melhor este ministério ensinado pelo nosso senhor JESUS
CRISTO.
1. A ÉTICA NA CAPELANIA
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OCEB/IBADEB
Setor, com base no conceito de desenvolvimento
Tecnológico Social;
e. Transparência: A gestão da Capelania deve ser realizada
de forma a garantir a transparência das informações,
visando assegurar a confiança e a tranquilidade
esperadas. Agimos com prontidão e firmeza na busca de
soluções que possam minimizar dúvidas, corrigir
reveses, riscos e desvios, de forma a garantir um clima
de confiança mútua;
f. Excelência e Desenvolvimento: Somos um Conselho
que atua na sociedade, visando o desenvolvimento
contínuo e a satisfação de nossos assistidos;
g. Compromisso com a Qualidade: Expresso através da
integridade bem como através da busca incansável da
melhoria da qualidade de vida social de nossos
colaboradores e de todos com os quais mantemos
relacionamento.
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
acompanhadas de alternativas que viabilizem a
satisfação do assistido;
c. Observar os mais elevados padrões de honestidade e
integridade em todos os assistidos e colaboradores,
evitando sempre que sua conduta possa parecer
imprópria;
d. O compromisso com a satisfação de nossos assistidos e
com o cumprimento dos deveres capelânicos no respeito
aos seus direitos e na busca por soluções que atendam a
seus interesses, sempre em consonância com os
objetivos de levar a Fé com Amor.
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OCEB/IBADEB
h. Procurar os colegas a fim de obter os meios para superar
suas limitações, quando se considerarem não
capacitados para executar alguma tarefa;
i. Conferências, palestras, apresentações e trabalhos
acadêmicos sobre a OCEB, bem como o fornecimento de
material e informação para que terceiros os façam, devem
ser autorizados previamente pela Diretoria;
j. Quando no papel de gestor de pessoas, ter em mente que
seus liderados o tomarão com exemplo. Suas ações,
assim, devem constituir modelo da conduta da sua
equipe;
k. A imagem da OCEB é o seu maior patrimônio e deve ser
construída e preservada a cada dia, por todos os
Capelães Membros e Colaboradores. Qualquer ação ou
atitude, individual ou coletiva, que vier a prejudicar esta
imagem é considerada falta grave;
l. Capelães OCEB, devem ter o compromisso de zelar pelos
valores e imagem da OCEB, de manter postura
compatível com essa imagem e esses valores e de atuar
em defesa dos interesses dos assistidos. A busca pelo
desenvolvimento da OCEB deve se dar com base nesses
princípios, com a confiança de que nossas ações são
guiadas pelos mais elevados padrões éticos e de respeito
à legalidade.
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
c. Contatar o comitê de ética para esclarecer dúvidas;
Comunicar à Diretoria eventuais casos de
descumprimento do Código de Ética;
d. Recolher os Termos de Compromisso devidamente
preenchidos e assinados e enviá-los para o Comitê de
Ética;
e. Ser exemplo de conduta ética para seus colegas; Ler,
compreender e cumprir o Código de Ética;
f. Adotar comportamento e postura ética para que não haja
qualquer dúvida quanto à sua conduta;
g. Elaborar e revisar o Código de Ética; Receber informações
de violações ao Código de Ética; Garantir a
confidencialidade sobre as informações recebidas;
h. Realizar investigações que deem suporte à tomada de
decisão;
i. Encaminhar ao Comitê Executivo os casos mais graves
de violações ao Código de Ética;
j. Avaliar permanentemente a atualidade e pertinência
deste Código, bem como determinar as ações necessárias
para a divulgação e disseminação dos mais elevados
padrões de conduta ética dentro da OCEB;
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OCEB/IBADEB
aconselhamento o Capelão utilizará os princípios bíblicos e
habilidade diplomática para a orientação da conduta e das
decisões que a pessoa terá que tomar. Este é o aconselhamento
neutético, e o aconselhamento psico-bíblico.
Aconselhar é como guiar um cego que sabe o que
quer, mas não sabe como chegar lá. Assim, o papel do Capelão-
Conselheiro é ajudar alguém a chegar ao lugar, num porto
seguro, sempre à luz da palavra de Deus e de um compromisso
com as questões eternas.
O Aconselhamento é cura e milagre para as
pessoas. Mesmo sabendo que diante de algumas situações
teremos que reconhecer a nossa limitação, confiando na
suficiência da GRAÇA de Deus, que opera em nós e através de
nós. Devemos seguir o exemplo de Jesus. O Mestre amado fez
isso com:
a. A mulher samaritana no poço de Jacó (João 4);
b. Pedro após a ressurreição (João21:15);
c. O Mestre parou a multidão para atender apenas um ser
que estava sofrendo as angústias e as perdas dessa vida.
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
sociológica do que espiritual. David Cho escreveu: “As
pessoas neste mundo são números. Quando vem à igreja
querem se sentir gente”;
b. Vivemos numa época em que as vozes deste mundo nos
sufocam, confundem a mente, abalam a alma,
embrutecem o espírito, cauterizam a consciência. Pai,
Filho, marido, esposa, empregados, patrão, professor,
liderança, tele-evangelista, - todo mundo está falando.
Mas quem está disposto a escutar? Deus? Sim, mas
através de quem? Do Capelão preparado, fiel a Deus,
maduro. Se não podemos ou não sabemos, permitamos
ao menos fazer o bem às pessoas feridas.
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OCEB/IBADEB
c. Se disser: “È assim mesmo, é a nossa cruz”, não resolve
o problema, e , nem sequer dá a pessoa necessitada uma
direção. Às vezes é preciso apenas chorar com os que
choram como fez o mestre amado em (João11:33), e , se
não der pra ressuscitar o morto Lázaro, vamos ao menos
ressuscitar as Marias.
d. Recomendações gerais no aconselhamento:
➢ Ouça o suficiente antes de tecer qualquer comentário,
conselho ou parecer; não se precipite. Procure a raiz do
problema. Faça perguntas adequadas.
➢ Incentive-o (a) a falar, deixe-o (a) à vontade e seguro (a)
para colocar para fora aquilo que o (a) está sufocando.
Divida o assunto em partes (família, trabalho, coração,
finanças, relacionamento); faça um mapeamento e defina
prioridades.
➢ Não deixe a espiritualidade em segundo plano, ore e use
a Bíblia.
➢ Cultive a credibilidade moral, espiritual e emocional.
Você está sendo observado.
➢ Seja sensível, porém não se entregue aos sentimentos
alheios.
➢ Veja no aconselhando um ser em potencial para mudar e
ser abençoado por Deus. Não o evite.
➢ Utilize de diversas ferramentas para extrair informações
(perguntas, cartas, inventário, família, comportamento),
mas nunca recorra a fofocas. Quem trás também leva,
isso pode colocar tudo a perder.
➢ Seja humilde para reconhecer as suas limitações e
tentações. Trabalhe em parcerias, Exemplo:
aconselhamento X psicoterapia, serviço social,
advocacia, medicina, até mesmo outros conselheiros
espirituais etc.
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Capelania Hospitalar, Prisional, Escolar e Comunitária
➢ Seja ético com as pessoas que você atender. Não use isso
como forma de proselitismo.
➢ Cuidado em compartilhar experiências particulares. Sua
vida e intimidades podem ficar na “boca do povo”.
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b. Não entre em portas fechadas ou que contenham
“visitas proibidas”;
c. Prefira horários menos concorridos;
d. Não fale num tom de voz artificial;
e. Fale sobre suas próprias doenças no passado. Não force
o paciente; a falar. Sua presença silenciosa pode,
geralmente, ser muito significativa;
f. Prometa que Deus irá curá-lo. Em sua sabedoria, Deus
algumas vezes permite que a doença continue. Não faça
visitas quando você estiver doente;
g. Não fale alto. Não sente, apoie-se ou sacuda a cama.
h. Não visite na hora das refeições;
i. Fale baixinho com os membros da família ou pessoal
médico à vista do paciente;
j. Não transmita informação sobre diagnóstico. Não
interrogue o paciente sobre os detalhes da doença;
k. Não diga à família o que deve decidir quando lhe são
apresentadas opções médicas (mas ajude-a a decidir);
l. Não critique o hospital, o tratamento, os médicos;
m. Não espalhe informações minuciosas sobre o paciente
ao terminar sua visita;
n. Seja amigável e alegre;
o. Mostre-se animado e confiante. Ajude o paciente a
descontrair-se. Reconheça que ansiedade, desânimo,
culpa, frustrações e incertezas podem estar presentes.
Fale ao paciente sobre a segurança do amor e cuidado
divinos. Prometa orar durante a doença e cumpra.
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