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SUMÁRIO
1 SOBRE A CAPELANIA.............................................................. 4
1.1 - A Capelania em Paulo (2 Co 1.3-5) ..........................................5
1.2 - A Capelania em Cristo (Mateus 25.36 - 45) .............................5
1.3 - Fatores Que Definam o Sucesso na Prática da Capelania ........6
2 SOBRE O CAPELÃO................................................................. 9
2.1 - Aconselhamento Pastoral......................................................10
2.2 - Regras Fundamentais de Assistência Pastoral.......................10
2.3 - Ajudando Através da Arte de Escutar....................................11
3 REGULAMENTAÇÃO DA CAPELANIA ..................................... 13
3.1 - Legislação Brasileira.............................................................14
4 CAPELANIA HOSPITALAR ..................................................... 14
4.1 - A Necessidade ......................................................................16
4.2 - Visitação ..............................................................................17
4.3 - O Capelão Hospitalar Deve ...................................................18
4.4 - O Capelão Hospitalar Não deve .............................................19
4.5 - O Capelão ............................................................................20
4.6 - Qualidades Imprescindíveis ao Visitador/Capelão .................20
4.7 - Equilíbrio e Conhecimento Bíblico ........................................23
4.8 - Seu Amor a Cristo e Aos Que Sofrem ....................................24
4.9 - O Visitador/Capelão e o Médico ............................................24
4.10 - O Visitador/Capelão e a Enfermeira...................................25
4.11 - Orientações ao Visitador/Capelão ......................................25
4.12 - Visitação Para Crianças .....................................................25
4.13 - O Culto .............................................................................27
4.14 - Benefícios Diretos ao Paciente............................................28
4.15 - Benefícios ao Hospital........................................................28
4.16 - Pontos de Atenção .............................................................29
5 CAPELANIA MILITAR ............................................................ 29
1 - SOBRE A CAPELANIA
Trata-se de uma assistência religiosa prestada por ministro religioso, é uma atividade
cuja missão é colaborar na formação integral do ser humano, oferecendo oportunidades de
conhecimento, reflexão, desenvolvimento e aplicação dos valores e princípios éticos-cristãos
e da revelação de Deus para o exercício saudável da cidadania.
É assegurado nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e
militares de internação coletiva (Art. 5 º da CF). Para fins de dar assistência religiosa, foi
assegurado na constituição vigente tal direito substanciado no serviço de capelania, que
poderão funcionar dentro do próprio hospital.
Como vivemos num país livre, religioso de diversas crenças é comum a pessoa que se
encontra em dificuldade se dirigir a um ser superior de caráter espiritual e questionar o porquê
aquilo está acontecendo com ela? Quais foram suas ações para merecer tal "castigo", e no
meio de um silêncio busca até mesmo na fé um milagre, crendo que tudo aquilo que ela está
vivendo não passa de um pesadelo e ela não vê a hora de acordar. É nesse exato momento que
a capelania entra em ação, não para prometer cura, milagre, não para achar uma culpa do tipo
"você está passando por isso por que você pecou...." Não para convencê-la de um ser superior
maior do que o que ela já vem crendo.
A capelania se justifica para atender esta pessoa que vive nesse drama, oferecendo a ela
um lugar de escuta de suas emoções, de seu contexto familiar, de seus questionamentos sem
ser julgado e poder oferecer a ele conforto e consolo.
O texto supracitado nos informa a natureza das nossas tribulações e do consolo que
recebemos da parte de Deus. Embora Paulo não estivesse em um hospital (pelo menos não
registrado) ele esteve em cárceres e com certeza efetuou ali a capelania. Ele sabia o que era
estar encarcerado e angustiado com as diversas tribulações. Inspirado por Deus neste texto ele
nos revela coisas grandiosas na área das emoções as quais são: o nosso Deus é o Deus de toda
consolação, Ele nos conforta em toda tribulação, e este consolo que recebemos da parte de
Deus, o recebemos com intuito de podermos consolar os que estiverem em qualquer angustia
com a mesma consolação que recebemos. Isto é pedagogia.
O texto de Hebreus 13.3 nos lembra que não devemos esquecer aqueles que estão
encarcerados como se estivéssemos presos com eles. Isto é consolo.
Jesus ensinando sobre sua parábola dos talentos finaliza discursando sobre sua volta e
nela ele reunirá todas as nações em sua presença, destes surgirão dois grandes grupos, um que
é classificado por ele como: ovelhas, benditos de meu Pai, justos, aqueles que estão à sua
direita e o outro grupo que é classificado como: os que estão à esquerda, malditos.
Dentre as atividades relacionadas por Cristo neste ensinamento ele cita duas que nos
interessam aqui: estive enfermo e estive preso. Quando que vimos Cristo nesta condição? Mas
ele responde que quando visitamos, os pequenos irmãos que estão enfermos ou presos
fazemos a ele, da mesma forma se ignoramos a condição destas pessoas a ele deixamos de
assistir. Isto é capelania ensinada e incentivada pelo mestre.
Precisamos abrir mão um pouco do nosso tempo, do nosso comodismo, da nossa tarde
de domingo e externar a prática daqueles que são chamados de justos, daqueles que terão
como recompensa da fé em Cristo a vida eterna. Fazendo isto a igreja estará externando o
amor ao próximo. É claro que vamos ter pessoas que não tem estrutura para visitar estes tipos
de lugar, porém não ficam isentos de sustentar e apoiar este trabalho com oração e motivação.
A família daqueles que recebem visitas passam a olhar para a igreja com outros olhos,
enxergando nela o amor e o exemplo de Cristo.
Evangelismo em Hospital;
Pregação no Hospital ou Enfermarias;
Proselitismo;
Falar de Jesus e do amor de Deus.
O que é Capelania:
O Visitador e a Visita
2 - SOBRE O CAPELÃO
O Capelão com a habilidade que tem de transmitir o evangelho, tem como função
primária completar o atendimento dispensado ao indivíduo por parte dos médicos e
enfermeiros. O capelão pode incutir nos familiares o senso de tranqüilidade e confiança,
preparando-a psicologicamente, para o tratamento que se seguirá.
Um capelão aceita as pessoas onde elas estejam e reconhecem que muitas destas
pessoas não possuem uma filiação religiosa ou vocabulário teológico para serem espirituais.
Um capelão deve ter um relacionamento pessoal com Deus. Ele deve estar
comprometido em seguir Jesus Cristo e a servir a Deus. Ele deve ser firme em sua fé e viver
uma vida santa, santificada (consagrada), íntegra, satisfazer as necessidades da família
conforme a vontade de Deus. Um capelão deve tratar os pais, irmãos, cônjuge e filhos como
preciosidades. Temos que amar nossas famílias como Cristo ama a igreja.
Um capelão é um ser humano que cresce, aprende, corre riscos e sente que Deus está
chamando para ser uma epístola viva entre os homens e mulheres.
“La Cure d’Âme” cuida da alma aflita, medica como o médico o faz com os sintomas e
faz curativos como a enfermeira com os machucados.
Paz
Paz consigo mesmo
Paz com Deus (Perdão)
Por alma aqui, é necessário o entendimento do homem como um todo: corpo, alma e
espírito.
Toda a pessoal, sua personalidade, seu estado d’alma, sua felicidade, sua paz e sua
saúde, física e mental.
“Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o
fôlego da vida, e o homem passou a ser alma vivente” (Gênesis 2.7).
O ponto de partida para o seu trabalho é a situação e o estado em que a outra pessoa se
encontra. Nem é mais e nem é menos que isso.
Sua contribuição no processo terapêutico é singular e necessário, mesmo que você nem
sempre sinta assim. Apenas a sua presença consola.
Escutar é uma arte que pode ser desenvolvida. Os princípios abaixo relacionados, se
posto em prática, ajudarão você a crescer na arte de escutar e assim a habilidade de ajudar a
outras pessoas.
Tudo isto vai afetar o significado de que você ouvirá dela. As palavras perdem seu
sentido quando nossas emoções não nos permitem escutar com objetividade. Precisamos
desenvolver uma atitude de aceitação da pessoa, do que ela diz, sem julgá-la ou condená-la.
Não estamos defendendo qualquer posição, mas tentando ouvir os verdadeiros sentimentos de
quem fala.
Por outro lado, não devemos insistir para que o entrevistado defenda seu ponto de vista,
ou utilize determinado vocabulário ou estilo de linguagem. Não devemos expressar
julgamento para não tolher a fluência de seus sentimentos.
Você poderá dizer: - "Pela sua voz, tenho a impressão de que você está muito..."
É preciso fornecer ao entrevistado uma "retro visão" das emoções que ele está
transmitindo. A pessoa ficará satisfeita se você revelar que entendeu qual o problema dela.
Isto não é apenas repetir o que a pessoa já disse, literalmente, mas refletir seus sentimentos
com nossas próprias palavras.
3 - REGULAMENTAÇÃO DA
CAPELANIA
A lei 6.923, de 29/6/1981, alterada pela lei 7.672, de 23/9/1988, organizou o Serviço de
Assistência Religiosa nas Forças Armadas.
4 - CAPELANIA HOSPITALAR
O capelão trás benefícios ao hospital, trazendo melhor conceito pelo cuidado integral ao
paciente, seus familiares e profissionais da saúde.
O capelão comunica e educa para uma visão holística em que a pessoa humana é
respeitada integralmente nas suas dimensões sociais, físicas, psíquicas e espirituais.
A função ocupada pelo capelão exige um bom relacionamento com outros religiosos
que atuam no hospital. Haverá certas ocasiões em que os capelães (católico, evangélico,
rabino, etc.) serão convidados pela Administração para participar de solenidades ou
comemorações ecumênicas: cada convite deverá ser estudado para que não haja dúvida
quanto à presença e à mensagem proferida pela capelania.
O capelão, nessa realidade, zela pelo atendimento das necessidades psicoespirituais dos
enfermos segundo a sua tradição religiosa, o que não o impede de manter- se aberto ao
diálogo com outras tradições religiosas.
O capelão é uma pessoa bem relacionada com todo o hospital: sua amizade estende -se
desde a pessoa nos cargos mais simples até os mais elevados, sempre pronto a ajudar,
aconselhar e prestar seus serviços. Isso requer humildade, empatia, sinceridade e também
versatilidade. É visto como sendo alguém espiritual, amoroso e testemunha de Cristo, por isso
sua responsabilidade estende-se a todas as pessoas com as quais convive dentro do hospital.
A parábola do Bom Samaritano nos ensina que socorrer o caído à beira do caminho
significa, do ponto de vista da fé, muito mais do que um simples ato de ajuda, significa
entendê -lo como ato de não deixar ferir a imagem e semelhança de Deus que é o ser humano.
4.1 - A Necessidade
Procura vivenciar com o paciente uma relação que seja marcada pela aceitação
incondicional, respeito e empatia, que permita que o enfermo entre em contato com os
próprios sentimentos, possa exprimi-los, ganhe confiança em si mesmo e tome decisões a
respeito da própria vida.
4.2 - Visitação
A visita divina ao seu povo se tornou completa com a vinda de Jesus Cristo na
plenitude do tempo. No Evangelho de Mateus lemos: “Eis que a virgem conceberá, e dará á
luz um filho, e chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, que traduzido é: Deus é Conosco“.
No Evangelho de João temos o relato da visita quando “o verbo se fez carne, e habitou
entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito filho
de Deus.”.
Este Verbo divino nos disse que não veio para os sãos, mas para os doentes e ainda nos
diz “ eu irei e lhe darei saúde”. Então, a visita de Deus através de Jesus Cristo é fundamental
para toda a humanidade porque através dela temos a saúde eterna.
O Senhor Jesus também treinou seus discípulos para que visitassem e deu seu exemplo
quando foi a casa de Zaqueu, quando visitou com Tiago a casa de Pedro. E logo, saindo da
sinagoga, foram à casa de Simão e de André com Tiago e João. E a sogra de Simão estava
deitada com febre; e logo lhe falaram Dela. Então, chegando -se a ela, tomou-a pela mão, e
levantou -a; e imediatamente a febre a deixou, e servi-os.” e mesmo quando visitou a casa do
principal da sinagoga. Convém também lembrarmos que o primeiro milagre foi numa casa,
quando o Mestre transformou a água em vinho.
Por todas estas evidências percebemos que Jesus dava enorme importância à visitação
dos enfermos, fato provado quando ele disse: “estava enfermo e me visitaste...”. Este ato
cristão de "visitar" também era percebido na Igreja Primitiva, Paulo foi convidado a ir a casa
de Lídia, Paulo e Silas foram a casa do carcereiro, Pedro foi visitar a casa do centurião
Cornélio por ordem divina.
Precisamos como Igreja do Senhor, levar uma palavra de paz para as pessoas que vivem
enfermas, sobrecarregadas e oprimidas. Precisamos anunciar o amor e o zelo de Deus pelas
suas vidas. Imitando a Jesus Cristo que sempre ouvia o clamor dos enfermos.
O amor que moveu Jesus a morrer por nós, será o principal elemento a mover-nos neste
ministério de apoio e consolação aos enfermos. Portanto, visitar e confortar são:
Identificar-se apropriadamente.
Reconhecer que o doente pode apresentar muita dor, ansiedade, culpa,
frustrações, desespero, ou outros problemas emocionais e religiosas.
Usar os recursos da vida Cristã que são: oração, Bíblia; palavras de
apoio, esperança, e encorajamento; e a comunhão da igreja. Se orar, seja breve e
objetivo. É melhor sugerir que a oração seja feita. Uma oração deve depender da
liderança do Espírito Santo.
Deixar material devocional para leitura: folheto, Evangelho de João,
Novo Testamento, etc.
Visitar obedecendo as normas do Hospital ou pedir de antemão, se uma
visita no lar é possível e o horário conveniente.
Dar liberdade para o paciente falar.
Demonstrar amor, carinho, segurança, confiança, conforto, esperança,
bondade, e interesse na pessoa. Você vai em nome de Jesus.
Ficar numa posição onde o paciente possa lhe olhar bem. Isto vai
facilitar o diálogo.
Dar prioridade ao tratamento médico e também respeitar o horário das
refeições.
Saber que os efeitos da dor ou dos remédios podem alterar o
comportamento ou a receptividade do paciente a qualquer momento.
Tomar as precauções para evitar contato com uma doença contagiosa,
sem ofender ou distanciar-se do paciente.
Aproveitar a capela do hospital para fazer um culto.
Numa visita hospitalar ou numa visitação em casa para atender um doente, sempre
observamos vários níveis de comportamento. Cada visita precisa ser norteada pelas
circunstâncias, os nossos objetivos ou alvos, e as necessidades da pessoa doente.
4.5 - O Capelão
Vale ainda lembrar que o fato de o indivíduo poder falar livremente e expressar sua fé
sem medo de ser discriminado já traz resultados positivos. Precisamos entender que a
espiritualidade configura-se como um caminho que nos ajuda a desenvolver a consciência de
vivermos de um modo responsável.
Ser responsável por si mesmo significa ser responsável também pelos outros.
É uma forma terapêutica de tratar a doença, pois sabe-se que os hospitais que têm esse
serviço implantado já vivem novas perspectivas, pois os resultados são muito bons.
Existem muitas formas de nós cristãos – na completa acepção da palavra, ou seja, quem
é de Cristo Jesus e crê somente nele para sua salvação – servimos a ele. Fomos chamados para
uma grande obra aqui ainda na Terra e a maior delas, sem dúvida, é levar as boas novas da
salvação para todos o que não conhecem a Jesus. Vemos em toda a Bíblia o imperativo de
levar a palavra de Deus a todas as pessoas que jamais ouviram falar de Deus, vemos no Novo
Testamento inteiro o imperativo de Jesus de que devemos levar o Evangelho a toda a criatura
até os confins da Terra.
Jesus, Filho de Deus teve corpo humano – Fp. 2.5-7 – Ele identificou-se
com o homem, assumindo sua humanidade para ser seu salvador;
A ressurreição do homem implica ressurreição do seu corpo – Portanto,
Deus se importa com o corpo físico.
corpo é santuário de Deus – I Cor. 6.19,20 – O corpo é sagrado. Os
cristãos são o lugar santíssimo.
Usamos o corpo para adorar a Deus – Rm. 12.1 – Apresentar o corpo.
Separar para dedicar ao Senhor.
corpo é instrumento da ação de Deus. – Fp. 1.20-24 – Fomos chamados
para servir a Deus e devemos servi-Lo com nosso corpo.
Portanto, é necessário que os que querem visitar e ajudar doentes devem saber que Deus
se importa com o corpo físico. O homem não é somente alma ou espírito, o homem tem
corpo. E este corpo necessita de cuidados especiais. Nem todas as doenças são oriundas de
demônios ou poderes espirituais. Existem vírus e bactérias que acometem também os servos
de Deus, não é uma questão de falta de fé ou interferência espiritual.
Um psiquiatra cristão disse: “Deus ainda cura milagrosamente, mas nem sempre, nem é
necessariamente a nossa fé que decide a questão, mas sim os seus propósitos maiores.” (John
White).
O visitador ou ajudador tem que conhecer a Deus. Saber dos Seus planos, conhecer o
plano de salvação. Conhecer a Deus, não tão somente de ouvir falar, mas de ter uma
experiência de vida com Ele. Tudo está debaixo do Seu controle. O Diabo e seus demônios
não fazem nada sem que Deus permita. Ele é soberano.
Sentimento de Empatia
Geralmente as pessoas que desejam visitar ou ajudar os doentes, esquecem que estão
em um hospital. O visitador deve saber se portar. Muitos confundem o ambiente hospitalar
com o ambiente da igreja. Hospital não é igreja! Hospital é um local de cuidados aos que
estão com algum tipo de dificuldade física. É um local de extrema sensibilidade. Os pacientes
em sua maioria não entendem nossa linguagem. Os profissionais de saúde, em sua quase
totalidade nunca freqüentaram uma igreja, portanto, não compreendem o evangelho.
Procedimentos que temos em nossas igrejas devem ser evitados muitas vezes.
Orações em voz alta, orações por cura, imposição de mãos, unções, visões, revelações,
toda a prática eclesiástica deve ser muito bem trabalhada para que não haja desentendimentos.
“Crer na medicina seria a suprema loucura, se não crer nela não fosse loucura maior”.
(Marcel Proust).
O visitador precisa entender que adoecer faz parte da vida. A humanidade continua
padecendo de males hediondos, possíveis de ser evitados. Mas, nem sempre isto acontece.
Adoecemos contra nossa vontade e planos. Não planejamos ficar doentes. Verifique alguns
dados da Organização Mundial de Saúde. (OMS):
“Deus não se fez humano para que nos tornássemos deuses, mas para que fôssemos
mais humanamente completos. O quebrantamento não é uma característica essencial do ser
humano, é também nossa melhor oportunidade de viver com o Salvador. Assim, a cura que
Jesus oferece não tem muito a ver em tornar nossos sonhos melhores.” (M. Craig Barnes).
Existem demônios, sabemos que existem. Mas, nem tudo é demônio que deve ser
expelido da vida das pessoas internadas. Qualquer um pode adoecer. E isto às vezes não tem
nada a ver com entidades espirituais.
O apóstolo Paulo tinha problemas de saúde, conforme ele mesmo conta em II Cor.
12.7-10. Timóteo, de igual modo, também sofria com dores de estômago e outras doenças, II
Tim. 5.23. Elias teve uma crise depressiva, correu para a caverna, I Rs. 19. etc.
Quem se propõe a trabalhar com pessoas que estão sofrendo, precisa ter no mínimo um
pouco de equilíbrio emocional e espiritual. Tendo assim conhecimento bíblico claro e
saudável sobre a participação e presença de Deus no sofrimento. Quando sofremos, Deus não
nos abandona, nem tão pouco está nos castigando, mas sim, passando conosco pelo vale árido,
transformando-o num vale florido da Sua presença.
Deus é Deus presente em toda e qualquer situação de nossas vidas. O visitador precisa
ter esse entendimento e passá-lo ao que está sendo visitado.
E a Bíblia, o que ela fala sobre sofrimento? O que a bíblia diz sobre as ações de Deus
na dor? O visitador deve ter esse conhecimento.
Homens de Deus adoeceram na trajetória bíblica, como por exemplo, Davi teve grandes
momentos de angústia, no caso de Jô, que provavelmente teve uma grave enfermidade de
pele, o apóstolo Paulo, tinha um espinho na carne, não se sabe o que era, mas, era uma
enfermidade, ( Gl. 4.13-15 ; II Cor. 12.7), Trófimo, companheiro de Paulo adoeceu e ficou
doente num determinado lugar, em Mileto, (II Tim. 4.20), Timóteo tinha constantes dores de
estômago, ( I Tm. 5.23), Elias teve uma crise de depressão, ( I Rs. 19), Eliseu adoeceu
doença mortal, (II Rs. 13.14) Epafrodito também adoeceu e milagrosamente fora curado, ( Fp.
2.25-27) e em nenhum momento, vemos a bíblia autorizando exorcizar o enfermo e não
considerar o tratamento da medicina.
A graça não nos imuniza contra o sofrimento, mas capacita-nos a enfrenta-lo melhor.
Muitos sofrimentos da humanidade, como terremotos, incêndios, doenças congênitas,
furacões, epidemias, atingem os homens independentemente de serem tementes a Deus ou
não. Tais eventos seguem as leis naturais estabelecidas pelo próprio Deus.
O visitador necessita ter conhecimento de que adoecer faz parte da vida e nem sempre
isso tem ligação com fé, pecado ou algo semelhante.
Doenças hereditárias, por exemplo, os filhos herdam dos pais a patologia. O amor que
une duas pessoas pode também unir genes causadores de determinadas doenças.
Os sentimentos mais comuns que acometem uma pessoa enferma são os sentimentos de
que não é amado, de que está sendo esquecido, ou castigado, de que não fez o que deveria ter
feito de certo e praticou o que é errado.
Quando o anjo veio anunciar o nascimento de Jesus, ele disse que Ele se chamaria
“Emanuel”, que quer dizer, Deus conosco.
Ao visitar uma pessoa com dificuldades físicas, o visitador deve incutir-lhe confiança,
encorajamento com base no amor.
Amar sem esperar nada do outro. De uma forma altruísta, com sentimento de empatia,
sem barganhas, totalmente baseado na misericórdia.
Amar é ter compaixão, não simplesmente, por desencargo de consciência, fazer uma
oração e entregar uma literatura de uma forma distante e sem interesse no bem-estar da pessoa
que está diante de você.
Não devemos nos esquecer o que nos diz as Escrituras em I João 4.8 “Deus é amor.”
médico, portanto, o visitador não deve quebrar a intimidade que deve existir entre o
médico e o seu paciente.
Não opinar sobre se o tratamento está sendo adequado ou não.
A primeira coisa que precisamos para fazer este trabalho é ter amor a Deus e aos
pacientes – AMOR. Em segundo lugar é preciso ter compaixão, não dó das pessoas, mas
compaixão de todos. Sentir dó é ser passivo, mas quando temos compaixão tomamos uma
atitude.
Não podemos julgar que as crianças não entendem muita coisa. Pensamos que é melhor
não falar com a criança porque ela é muito pequena e não vai entender.
O trabalho com as crianças requer bastante discernimento, pois às vezes ela não está
disposta a ouvir, por várias razões. Também precisamos saber que a criança possui uma
linguagem própria e quando descobrimos esta linguagem fica muito mais fácil a comunicação
com ela.
Este trabalho não deve ser um monólogo, onde só o visitador fala, mas sim, um diálogo.
É preciso ouvir o que a criança tem a dizer.
Há crianças que têm barreiras para um primeiro contato. Algumas sofrem violência dos
pais, física ou verbal, e também desprezo e rejeição, visto que muitos pais trabalham fora de
casa e nem sempre têm tempo para os filhos.
É preciso evitar falar sobre a doença diretamente com a criança e também dar opiniões
sobre seu estado de saúde.
A criança sempre quer atenção e muitas vezes está necessitando também de carinho.
É preciso muito cuidado com a literatura utilizada, que ser específica para crianças e
aprovada pela direção da Capelania.
Quando houver pais acompanhando a criança é bom que seja dada atenção também a
eles. Conversar, entregar literatura e orar com eles é muito importante.
É confortante quando saímos do hospital e sabemos que fomos usados por Deus para
abençoar a vida dos pequeninos e de muitos deles, somos seus pais espirituais.
4.13 - O Culto
Na capela ou Auditório
Duração de 15 a 30 minutos;
Músicas selecionadas que tenham melodias suaves e alegres com letras
otimistas que tragam esperança e reforcem a fé;
Hinários com letras grandes e em folhas avulsas que possam ser levadas
pelos pacientes;
Nunca prometer a cura;
Usar de tom de voz calmo na pregação com conteúdo com a escolha de
temas leves e simples com ênfase no otimismo, esperança e fé;
Orações curtas, objetivas com voz firme, mas sem gritaria. Cuidado
para não despertar fortes emoções nos assuntos abordados na oração;
Não permita testemunhos sem antes analisá-lo;
Trabalhar individualmente as pessoas que freqüentaram o culto;
Não fazer apelo.
Cultos Menores
Duração de 05 a 10 minutos;
Em enfermarias;
Com funcionários em trocas de turnos;
Com funcionários no início de cada turno;
01 música;
Palavra rápida;
Oração rápida;
Se possível e necessário, com distribuição de literatura.
Músicas
Move as emoções;
Traz alegria e suavidade ao ambiente.
Devem ser otimistas, alegres que induza a fé e esperança;
Não deve falar de morte, inferno, diabo, juízo final ou até mesmo do
Céu;
Usar instrumentos musicais clássicos tais como violão e teclado. Evitar
o uso de instrumentos de percussão e sopro com exceção da flauta doce;
Usar a música nos ambulatórios;
Usar a música nas capelas;
Usar a música nos cultos das enfermarias;
Criar um coro musical com funcionários;
Usar a música ambiente.
Usar em todos os eventos.
5 - CAPELANIA MILITAR
O capelão tem o dever de se comportar como padrão a ser imitado dentro e fora do
quartel. o Capelão deve olhar o individuo como alguem que tem capacidade e desenvolver
nele potencialidade de conhecer a Deus e ter um relacionamento entre pessoas: a pessoa
humana e a pessoa de Deus, pois Deus é um ser pessoal, todo relacionamento entre pessoas
deve haver dialogo, aliás a Biblia é o diálogo de Deus com a humanidade.
O Capelão não só utilizará o diálogo como tambem a propria vida, o Capelão tem como
caracteristica de tomar a iniciativa para a realização dos cultos e reuniões, este fator é
responsavel e muito importante para a realização de muitos trabalhos religiosos regulares na
rotina de muitos quarteis.
Para se tornar um Capelão Militar, o interessado deve ser Ministro Religioso - Padre,
Pastor etc., ter formação superior em Teologia (conforme a Legislação Brasileira, Bacharel
em Teologia), experiência comprovada no Ministério Cristão, e ainda ser aprovado em
concurso público de provas e títulos. Ao ser aprovado no concurso específico, o militar
capelão é matriculado em curso militar de Estágio e Adaptação de Oficial Capelão.
6 - CAPELANIA ESCOLAR
A finalidade geral da capelania é aliviar toda sorte de sofrimento humano causado pelos
fracos relacionamentos e por distúrbios nos relacionamentos de família. A finalidade mais
específica, consiste em direcionar este objetivo para a classe estudantil de rede pública,
considerando que a sua vida acadêmica é o reflexo de sua vida em família.
O Capelão junto à direção, deve buscar quais alunos estão passando por crise pessoal ou
familiar que resulta num baixo interesse e baixo rendimento escolar. O contato com o aluno
pode ser voluntário (o aluno procura o capelão), ou necessário (o capelão procura o aluno).
Dependendo de cada necessidade tomar-se-á as seguintes providências:
Os temas das palestras serão escolhidos a partir das necessidades que se apresentarem
como fruto do acompanhamento dos alunos. A capelania também é responsável pela
recreação da alma, a integração, a interação, e o interesse pela vida. Passeios, pic-nics,
turismo, sessões de lazer (jogos, competições, musica, cinema, teatro, etc.) devem fazer parte
do serviço de capelania. Esta parte do serviço de capelania deve ser considerada como a
primeira realização do trabalho do capelão, pois serve para fazer os primeiros contatos,
estabelecer a comunicação com os alunos e adquirir a confiança dos mesmos.
O serviço de capelania pode ser realizado por um ou mais capelães em uma mesma
escola.
A capelania é um serviço muito mais voltado a ouvir as pessoas em suas angústias, nas
suas aflições, nas suas crises existenciais, e muitas vezes, nas suas confissões.
O capelão deve ser a pessoa mais capaz para guardar sigilo de todas as relações
estabelecidas com o aluno e sua família.
O sigilo por parte do capelão é a sua credencial mais poderosa para o êxito do seu
trabalho. Todo capelão que der provas de quebra de sigilo da capelania terá sua confiança
perante o aluno ou família ameaçada, e perdida uma vez, será dificio reconquistá-la.
O trabalho de capelania não poderá ter vínculos nenhum com partidos políticos, nem
emitir qualquer juízo de natureza política durante os trabalhos realizados nas escolas.
O capelão deverá ser aquela pessoa que sinta prazer em ajudar a aliviar o sofrimento do
próximo. Para isto, todo capelão deverá sentir gosto pela visitação, conversação e interação
humana. Ele é aquela pessoa que não se sente incomodado por ser procurado, nem
desconfortável em ter que se relacionar com pessoas que nunca viu.
Seu maior desejo é conseguir chegar perto dos aflitos, adquirir sua confiança, e ser-lhe
um ajudador. A satisfação e a alegria que o capelão demonstra ao realizar sua tarefa é uma das
credenciais mais importantes de sua vocação.
O capelão deve ser aquela pessoa criativa, empolgada, que sempre tem novas idéias e
sempre está em busca de realizar algo novo no seu trabalho. Para isto, ele estuda, investiga,
pensa, consulta e tenta colocar em prática novas modalidades de serviços de capelania.
O capelão sempre está interessado em saber dos problemas, em fazer novas amizades,
em conhecer as várias situações nas quais as pessoas se encontram, e não descansa enquanto
não encontrar uma forma de ajudar.
O capelão escolar é uma figura animada, que ama a vida e o próximo. Ele é uma pessoa
humilde, amável e educada, disposta a ouvir mais do que falar. É sempre misericordioso e
bondoso com aqueles a quem serve. Tem sempre uma palavra de ânimo e estímulo para os
abatidos. É uma pessoa de muita esperança e muitas perspectivas para o futuro. Sua pessoa
transmite paz, estabilidade, alegria, e muita disposição para viver.
O capelão é uma pessoa feliz e agradável nas relações, está sempre sorridente e sempre
procurando alguém para ajudar.
7 - CAPELANIA PRISIONAL
Ela vai às cadeias visitar presos e presas animada pelos sentimentos e valores que
motivaram o próprio Jesus em sua prática junto ao seu povo.
A Capelania Prisional, vendo a situação concreta dos presos em cada prisão, tenta
responder adequadamente às necessidades dos encarcerados, priorizando sempre a defesa
intransigente de sua vida e de sua integridade física e moral. Pois sabemos pela experiência,
que a nossa humildade e solidariedade junto aos presos e a defesa serena de sua dignidade de
gente perante todos e quem quer que seja, já é um forte anúncio do evangelho.
intermédio da figura do Capelão, um clérigo anglicano que cuidava dos serviços pastorais
relacionados aos presos, serviços geralmente sediados nas capelas institucionais.
Os registros biográficos de João Wesley apontam que ele exerceu a função de maneira
intensa até ao final de sua vida. Percorreu as cadeias de Londres, Bristol e Oxford não menos
que 69 vezes.
A situação carcerária vigente no País não diverge muito, na prática, das situações
vividas por João Wesley na Inglaterra do século XVIII. Nelson Mandela com propriedade
afirma que se quisermos conhecer a realidade de um País basta fazer uma visita aos porões de
seus presídios.
Isso foi feito pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do sistema Penitenciário
que encontrou em Salvador na Penitenciária Lemos de Brito a seguinte frase:
“O sistema carcerário é dez: Dez graçado, Dez humano, Dez truidor, Dez ligado, Dez
figurado, Dez engonçado, Dez agregador, Dez temperado, Dez trambelhado, Dez
informado”.
O Estado não deve se vingar, mas, punir com rigor a todos os que delinqüi-los e buscar
a sua recuperação para uma vida produtiva em harmonia com a lei e com a sociedade.
texto afirma que os grupos religiosos devem ser contemplados de “forma obrigatória” com
espaços físicos para cultos, missas e reuniões.
Aponta ainda que é direito do detento e cita diversas leis, tanto nacionais como a de
outros países, que asseguram a organização do regime carcerário de maneira a permitir a
prática religiosa e participação em serviços e reuniões.
7.4 - Legislação
No âmbito internacional
No âmbito nacional
7.5 - Objetivo
Para que existam equipes bem formada é necessário que exista a Capelania. Em muitos
momentos de sua vida o ser humano necessita ser consolado, confortado e orientado para
enfrentar as aflições do mundo. A Capelania Carcerária desempenha este papel ajudando
àquele que está privado de sua liberdade por um ato que deve ser punido e entendido.
O serviço prestado pelos voluntários será para todos os cristãos, e até mesmo para
ateus, caso queiram, e outros credos religiosos.
7.6 - Formação
Essas orientações devem passar pelo conhecimento de humanas abrangendo uma gama
de informações a serem utilizadas como ferramentas pelo Capelão Carcerário. Tais como:
Noções de Sociologia;
Noções de Direito;
Noções de Ética Carcerária;
Noções de Ambiente Presidional;
Noções de Direitos Humanos;
Noções de Segurança;
Noções de Teologia do Sofrimento;
Noções de Psicologia;
Noções de Aconselhamento Cristão.
É um ministro religioso, que leva uma nova vida ao ser humano e que esta autorizado a
prestar assistência religiosa e realizar cultos em hospitais, presídios, corporações militares,
escolas, conventos, universidades e outras organizações. E aquele que traz dentro de si o amor
e a compaixão, pelo ser humano em geral.
O Capelão Prisional desenvolve todos os trabalhos que esta presença de Cristo vem a
exigir, bem como também incentiva e interessa outros setores da comunidade de fé e da
sociedade civil para o adequado encaminhamento da questão prisional.
A sua ação visa tornar presente hoje a prática de Jesus junto aos excluídos, pautada
como está pelos valores cristãos da experiência de Deus, fraternidade, defesa e promoção da
vida de todos, misericórdia, compaixão, solidariedade, justiça e a construção do Reino de
Deus.
O Senhor Jesus está interessado em salvar não apenas os enfermos, mas igualmente os
presos. Vejamos porque devemos evangelizar nos presídios, e depois vejamos como nós
podemos fazer isso.
O Senhor Jesus está identificado não apenas com os enfermos, mas também com os
presos. É por isso que Ele disse: "Estive na prisão, e fostes ver-me" (Mat 25:36).
Na Carta aos Hebreus, o escritor exorta aos seus leitores que se lembrem dos presos
como se estivessem presos (Heb 13:3).
Todas essas passagens bíblicas, tudo quanto falamos nos parágrafos acima, deve
motivar-nos a evangelizar os presos.
Há quem pense que tais textos bíblicos que tratam do cuidado que devemos ter para
com os presos diz respeito aos presos cristãos, que estão injustamente presos.
Mesmo que aceitemos tal hermenêutica, mesmo assim, devemos visitar os presídios
para evangelizar os ladrões e criminosos que porventura lá estejam, pois Jesus não veio para
os sãos e sim para os doentes, não veio para os justos, mas para os injustos, não veio para os
salvos, mas para buscar e salvar os perdidos (Luc 19:10; Mat 9:10-13).
Assim como há normas para visitação nos hospitais, assim também há normas para
visitar nos presídios. Os cristãos devem respeitar essas normas. Elas visam à boa ordem nos
presídios e à segurança de todos. Infringir tais regulamentos, sob o pretexto de que Deus nos
guarda e não permitirá que coisa alguma de mau aconteça é imprudência.
Devemos procurar saber, sobre quantas pessoas podem ir ao presídio, se pode levar
instrumentos, se pode cantar, se há um lugar para culto com todos os presos, quanto tempo
disponível para tal visita, se pode distribuir literatura, etc.
A evangelização nos presídios deve contar com literatura especial. A literatura usada na
evangelização nos hospitais não é a mesma a ser usada nos presídios. Há poucas exceções a
esta regra. Isto é, há poucos folhetos que podem ser usados nos dois ambientes distintos.
Também, devemos ter cuidados com os textos bíblicos a serem usados. Não se
recomenda pregar numa festa de aniversário no texto da morte de Lázaro. Devemos ter
cuidado para não apontar o dedo acusador. Não use a Bíblia ou Deus como uma arma ou um
juiz implacável contra os pecadores.
Lembre-se que nós todos somos pecadores. Não são pecadores apenas aqueles que estão
nos presídios.
Não devemos esquecer de dizer ao preso que tanto nós quanto ele somos pecadores
diante de Deus e precisam do perdão de Jesus, da paz de Deus.
Em nossa fala nos presídios, procuramos sempre incluir-se entre os pecadores, entre os
que necessitam do amor de Deus.
Ao evangelizar nos presídios, o cristão deve ter como alvo levar a pessoa à conversão e
ao serviço a Deus, pelo poder do Espírito Santo, através da comunicação do evangelho.
Os presos devem ser alvo da atenção, presença e missão da Igreja, a qual se identifica
com eles e se coloca a serviço deles, como se Igreja fossem e como se presa estivesse.
Convidou a todos a assumirem a causa dos pobres, que era, e é, a Vida, Solidariedade e
Partilha entre as pessoas, grupos e entidades de boa vontade que possam e queiram ajudar em
diferentes aspectos da questão prisional.
Com eles a Capelania Prisional faz uma rede de contatos e trabalhos comuns,
procurando sempre lutar pela maior justiça, cidadania e Vida do Pobre e Excluído, porque o
preso faz parte deste mesmo povo.
Neste sentido, como crentes em Jesus Cristo, objetivamos cooperar com o estado na
recuperação do encarcerado através do processo de evangelização e desenvolvimento
espiritual.
Sabendo que com os encarcerados estão presos seus familiares às mesmas agruras,
estendemos a ação da Capelania Prisional a esses, buscando sua redenção e desenvolvimento
espiritual.
Outro sim devem recordar as palavras de Hebreus 13:3 “Lembrai-vos dos encarcerados,
como se estivésseis encarcerados com eles, e dos maltratados, como sendo-o vós mesmos
também no corpo”. Bem como o ensino de Tiago 2:15-16 “Se um irmão ou uma irmã
estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em
paz, aquentai-vos e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que
proveito há nisso?”
8 - CAPELANIA CEMITERIAL
Quando morre alguém esse acontecimento mesmo indesejado e doloroso, nos traz uma
grande oportunidade de fazer uma melhor reflexão:
Is 49:10 - Nunca terão fome nem sede; não os afligirá nem a calma nem
o sol; porque o que se compadece deles os guiará, e os conduzirá mansamente aos
mananciais das águas.
Cl 2:2 - para que os seus corações sejam animados, estando unidos em
amor, e enriquecidos da plenitude do entendimento para o pleno conhecimento do
mistério de Deus - Cristo,
I Tss 4:18 - Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.
O Conforto de Deus Pode enfrentar as adversidades da vida, com mais forças quando
nos entregamos ao Senhor Nosso Deus em Cristo Jesus e confiamos que Ele pode nos
proporcionar uma força Divina para vencer.
9 - CAPELANIA EMPRESARIAL
Este líder espiritual também é até hoje de grande valia nos hospitais e casas de saúde,
onde ele presta serviços de aconselhamento espiritual ao enfermo, confortando-o e animando-
o, bem como à família deste em situações de risco de morte.
Mas, por que as empresas brasileiras nunca utilizaram deste capelão para atender e
assistir seus funcionários, uma vez que mais de 80% da população brasileira se diz cristã,
professando sua fé em Deus e nas Escrituras Sagradas? (Pressupõe-se que este percentual seja
o mesmo nas empresas brasileiras.)
Muitos dos problemas dos funcionários são de origem espiritual e podem ser resolvidos
através de orientações pastorais, orações e aconselhamentos.
Os psiquiatras e psicólogos estão atentos para este tipo de problemas, mas a grande
verdade é que existem problemas de ordem espiritual, que mexe com o coração, com a fé, que
somente um sacerdote experimentado pode auxiliar pessoas, levando-as ao crescimento e
maturidade espiritual, restaurando vidas pelos sábios princípios das Sagradas Escrituras.
Um executivo ao sair de sua casa não deixa para trás sua ansiedade, preocupação, e
mesmo seu stress e estado de pressão no qual vive imposto pelo cumprimento de metas e de
prazos diários. A bíblia ensina o equilíbrio do espírito, da alma e do corpo. Muitos ainda
ignoram estes antigos e divinos princípios, tratando o homem somente sobre o prisma
psicossomático, quando na verdade o homem é mais complexo do que isto, pois ele foi criado
como um ser pneuma-psicossomático.
Mas, onde entra aqui a espiritualidade? Muitos dos problemas acima são portas abertas
para males espirituais. O remédio para os problemas de causa espiritual está na oração, na
libertação e no ensino dos princípios bíblicos. Por exemplo, sabemos que pela fé no Filho de
Deus e por meio de orações e jejuns, indivíduos podem ser libertos de drogas, da amargura, da
falta de perdão, da prisão ao passado, de bloqueios psicológicos, etc.
Hoje já não é tão vergonhoso abordar a fé no serviço. Muitas vezes o fiz entre colegas,
funcionários, e até mesmo, com os clientes e amigos da empresa e ajudei a muitos.
A fé
A conclusão é que há algo sobrenatural que pode nos ajudar. É necessário utilizar-se e
valer-se da fé. Não só em si mesmo, mas, sobretudo, em Deus, pois o homem tem suas
limitações naturais. A bíblia nos ensina que pela fé chamamos a existência daquilo que não
existe. A bíblia define a fé como o “...firme fundamento das coisas que se esperam e a prova
das coisas que não se vêem.” (Hebreus 11,1). Se o próprio Jesus disse que a palavra de fé
pode remover montanhas, imaginem se estes princípios fossem aplicados diariamente em
nossas vidas. Com certeza teríamos mais esperanças pelo amanhã.
Atitudes como reconhecer o erro, pedir perdão com mudança de atitudes se aprendem
na bíblia. O Antigo Testamento, destacando os livros da “Torá” (o pentateuco), os livros da
sabedoria e os livros dos profetas, além do Evangelho de Jesus e das cartas paulinas são na
verdade muito mais do que um excelente e eficiente compêndio para uma vida de sucesso, de
qualidade, de equilíbrio e, até mesmo, para os que crêem, uma fonte de uma vida que é eterna.
Um indivíduo que não reconhece o erro, não se libertará dele. A falta de perdão entre colegas
gera conflitos, revanchismos, rixas e, conseqüentemente, grandes perdas para as empresas.
Líder e liderança
Um bom exemplo bíblico é o conceito de líder e liderança. Ele é bem contrário daquele
conceito grego-romano que todos nós aprendemos nas escolas, como por exemplo, líder é
aquele que sabe mais, o que se destaca mais, controla, domina, etc . ...”Antes, qualquer que
entre vós quiser tornar-se grande, será esse o que vos sirva.” Disse Jesus aos seus discípulos
(Mateus 20:26). Assim, o verdadeiro líder não impõe, nem domina e tão pouco controla os
outros. Ele serve aos outros. Ele não precisa de seguidores, pois seu anseio é sempre formar
outro líder.
O líder nos padrões bíblicos pode ser comparado a um maestro de uma orquestra que
não necessariamente precisa saber tocar todos os instrumentos musicais. Ele conhece o
violonista e o respeita. Ele distingue o saxofonista e o trompetista. Ele valoriza o pianista e
destaca o baterista.
É realmente uma arte e a grande verdade é que o maestro não é a pessoa mais
importante da orquestra. Todos são importantes e precisam desempenhar bem seus papéis.
Mas, sem o maestro não há orquestra. Sem líder não há liderados.
Autoridade x Obediência
Quem não tem sonhos e idéia nada pode realizar e será considerado pobre, mesmo se tal
pessoa tiver uma grande fortuna guardada no banco. É necessário ser livre para criar. Uma
mente escravizada, presa, vazia, oprimida não pode criar, planejar, tão pouco sonhar e realizar
algo. Afinal dizia o apóstolo Paulo
“... Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e aquele que semeia em
abundância, em abundância também ceifará.” (2Corintios 9:6).
Os livros bíblicos nos ensinam que potencial sem trabalho é pobreza. Pelas Escrituras
sabemos que há uma grande maldição em muitos países, cujos cidadãos não gostam de
trabalhar. Querem aposentar-se cedo, e passam seus anos sonhando em só ganhar na loteria.
A bíblia nos ensina a relacionarmos com nossos inimigos, concedendo-nos uma posição
de vantagem sobre eles. Quanto aos inimigos espirituais, assim denominados, as estratégias
são outras, valendo-se até de jejuns e orações.
São mais de 8.000 promessas ou bênçãos existentes na bíblia que podem ser explorados
e difundidos
Os estudiosos da bíblia afirmam que nela contém mais de 8.000 promessas, também
chamadas de bênçãos ou heranças espirituais que o próprio Deus de Israel nos ensina, nem
somos capazes de imaginar o tamanho de benefícios que um cidadão ganha. Prosperidade,
alegria, paz, domínio e controle de situações difíceis, salvação e eternidade, etc. são apenas
alguns exemplos.
Um indivíduo que volta para uma vida espiritual só tem a ganhar. Aliás, todos ganham.
Pois, não podemos nos esquecer que um indivíduo não vive isolado. Assim, a família ganha,
os vizinhos ganham, a comunidade local ganha, a sociedade ganha e, claro, as empresas
ganham.
Não será esta hora oportuna, no momento de crises e de dificuldades por todos os lados,
valer-nos da fé, da oração e da espiritualidade? Ou ficaremos naquela de sentir vergonha por
aquilo que se crê, sendo que o crer em Deus é natural e normal do homem.
Será a hora de abandonar este tabu da religião e deixar livres aqueles que crêem e que
podem abençoar a si mesmo, os colegas e a empresa?
10 - CAPELANIA ESPORTIVA
É um ministério que visa levar os valores do evangelho aos atletas onde estão inseridos.
“Todo Atleta em tudo se domina; aqueles para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a
incorruptível”. (I coríntios 9:25).
10.2 - As Necessidades
Nos dois níveis sociais, existem carências que só Jesus Cristo pode preencher. Dos dois
lados opera o orgulho, prepotência, egoísmo, falsa segurança, máscaras, dependências, vícios,
prostituição, falsos valores, idolatria, apego a fama.
Tem tudo mais não tem nada! E quando passam da idade, muitos se tornam alcoólatras,
sozinhos, pobres, sem os holofotes da fama, deprimidos e tristes.
Uma vez inserido dentro do clube, levar através de conversa, panfletos, quadro de
aviso, ao conhecimento dos atletas, diretoria e funcionários, a existência do serviço de
capelania com local, e horário definido.
11 - CAPELANIA MISSIONÁRIA
12 - CAPELANIA SOCIAL
Deus em toda a Sua Palavra deu ênfase especial ao amor. Desde o Velho Testamento
Ele deixou leis e mandamentos sobre a prática desde amor destacando alguns segmentos
marginalizados como: pobre, necessitado, viúva, órfão e o estrangeiro.
“Jesus Cristo nos recomenda conforme as suas palavras: Assim resplandeça a vossa luz
diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao Vosso Pai, que esta
nos céus” (Mt 5.16). Nesse sentido percebe-se que a capelania tem apresentado efeitos
positivos no processo de humanização, e de difusão da qualidade de vida através de prática de
solidariedade.