EVANGELISMO

EVANGELISMO E DISCIPULADO

unidade 5

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evangelismo e DISCIPULADO

SUMÁRIO

5.1 Introdução ........................................................................................................................................ 03

5.2 Bases Bíblicas para o Discipulado ............................................................................................... 03

5.2.1 O Ciclo do Discipulado ................................................................................................................ 03

5.2.2 Bases Bíblicas ............................................................................................................................... 04

5.3 Discipulado e Consolidação ........................................................................................................... 04

5.4 A Importância dos Primeiros Cuidados com o Novo Crente ...................................................... 05

5.5 A “Paternidade Espiritual” ............................................................................................................... 05

5.6 De Paternidade sobre Filhos Espirituais ...................................................................................... 06

5.7 Como se faz o Discipulado ............................................................................................................. 07

5.8 Conclusão .......................................................................................................................................... 07

GLOSSÁRIO .............................................................................................................................................. 07

REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................... 07

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Discipulado é o relacionamento
entre um mestre e seu discípulo,
com base no modelo de Cristo.
Assista ao vídeo: https://
www.youtube.com/watch?v=0-
lWbe1FH9o
5.1 Introdução
Prezados alunos, chegamos à unidade 5
de nosso curso. Esta unidade tratará do
Evangelismo e Discipulado e servirá para lhe
capacitar quanto aos conteúdos essenciais
do ministério da evangelização e discipulado,
despertando-o(a) para a urgência de uma
atitude e mentalidades evangelísticas e
discipuladoras permanentes entre as igrejas
locais e os seus membros.
Etimologicamente, o significado da palavra
discípulo, é “aluno” ou “aprendiz”. Dessa raiz,
temos o termo “Discipulado”. O objetivo é
a criação de um elo de discipulado em que
discípulos se transformem em discipuladores
para outros discípulos.
5.2 Bases Bíblicas para o Discipulado
A ordem imperativa de Jesus em Mateus
28.19-20:
Portanto ide, fazei discípulos de todas as
nações, batizando-os em nome do Pai, e
do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-
os a guardar todas as coisas que eu
vos tenho mandado; e eis que eu estou
convosco todos os dias, até a consumação
dos séculos. Amém. (Destaque meu)
Veja, na parte grifada, que o mandato de Jesus
é para fazermos discípulos. A Bíblia é um livro
que fala de relacionamentos de Deus com
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os homens, dos homens com Deus e entre
os homens. É com este objetivo que surge
a necessidade do Discipulado, o processo
em que o novo convertido recebe todas as
instruções indispensáveis ao crescimento de
sua fé, até poder fazer outros discípulos.
Observe que, no texto de Mateus, a ordem
é ainda mais abrangente, uma vez que
associado ao dever de evangelizar está
também o dever de fazer discípulos.
“Evangelismo é dar um copo com água.
Discipulado é mostrar a fonte” (Sérgio
Merfior).
Assista ao vídeo:
Novidade de vida.
Evangelismo ou discipulado?
Disponível em: https://
www.youtube.com/
watch?v=Jug6a63JbF0
O discipulado é uma prática recomendada
pela Bíblia em várias situações. Jesus,
nosso modelo, treinou as pessoas de
forma exemplar. Ele  “designou doze
para estarem  com ele e para enviá-los  a
pregar” (Mc.3.14). Esta estratégia revela que
o discipulador deve considerar duas etapas
importantes no treinamento de um discípulo:
I. Tratar o caráter dos discípulos,
ensiná-los a fazer a Obra;
II. Enviá-los a praticar o que
aprenderam, isto é, fazer novos
discípulos.
5.2.1 O Ciclo do discipulado
No discipulado, há uma premissa: Jesus
é o Mestre (Mt.11.28-30). Ele nos ensina
que todas as pessoas podem e devem ser
discipuladas. Mostra-nos também que
algumas pessoas precisam ainda mais do
discipulado cristão. São elas:
a) Não crentes;
b) Novos convertidos;
c) Pessoas que se desviaram da fé cristã.
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5.2.2 Bases Bíblicas
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira
que deu o seu Filho unigênito, para que todo
aquele que nele crê não pereça, mas tenha a
vida eterna” (Jo. 3:16)
Porque isto é bom e agradável diante
de Deus nosso Salvador, que quer que
todos os homens se salvem, e venham ao
conhecimento da verdade. Porque há um
só Deus, e um só Mediador entre Deus e
os homens, Jesus Cristo homem. O qual
se deu a si mesmo em preço de redenção
por todos, para servir de testemunho a
seu tempo (I Tm. 2:3-6).
Prezado(a) aluno(a), o discipulado começa
na integração do novo convertido à vida
da igreja. Para isso, existem algumas
estratégias eficazes de integração. Integrar
é um ato de incluir, juntar ou incorporar.
Integrar novo crente é criar condições de
chegada e permanência dessa ovelha ao
aprisco. É também um exercício de amor
pelos perdidos e um elo de confiança entre a
ovelha e a Igreja. Outros aspectos:
a) A integração começa na recepção;
b) A integração continua na liturgia do
culto e no momento do convite;
c) A integração é o primeiro processo na
Consolidação do novo crente.
5.3 Discipulado e Consolidação
Comecemos com a seguinte pergunta: O que
é a consolidação?
Consolidação é o cuidado e a atenção que
devemos dispensar ao novo crente para
reproduzir nele o caráter de Cristo, de
maneira que sua vida cumpra o propósito
de Deus: dar fruto que permaneça (Jo.15:16).
Consolidação é a conservação de resultados.
O apóstolo Paulo é exemplo real do que
significa consolidar:
O qual nós anunciamos, admoestando
a todo homem, e ensinando a todo
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homem em toda a sabedoria, para que
apresentemos todo homem perfeito
em Cristo; para isso também trabalho,
lutando segundo a sua eficácia, que
opera em mim poderosamente (Cl. 1.28-
29).
Sobre a consolidação, lemos, no capítulo
9 do livro de Atos dos Apóstolos, o relato
da experiência extraordinária do então
Saulo de Tarso, quando ia para a cidade de
Damasco a fim de prender os cristãos que ali
se encontrassem. Após sua conversão, Saulo
estava em Damasco na casa de Judas já há
três dias. A Bíblia afirma que Deus apareceu
em visão ao discípulo Ananias, que morava
em Damasco, com a seguinte instrução:
Levanta-te, e vai à rua chamada Direita,
e pergunta em casa de Judas por um
homem de Tarso chamado Saulo, pois
ele está orando. Numa visão ele viu que
entrava um homem chamado Ananias, e
punha sobre ele a mão, para que tornasse
a ver. (At. 9.11-12)
Prezado(a) aluno(a), podemos extrair deste
texto algumas características para aplicar
também ao nosso esforço de consolidar
novo discípulo. Aprendemos com Ananias
que o consolidador deve:
• Levar em conta que o Espírito Santo já
impactou aquela vida.
• Obedecer ao chamado de Deus,
mesmo não entendendo;
• Valorizar o chamado de Deus;
• Ter a visão de um propósito maior.
• Ser coerente no testemunho cristão;
• Ser obediente e ousado na fé.
Além disso, Ananias nos ensina também a
desenvolvermos determinas atitudes de um
consolidador eficaz, tais como:
• Procurou por Paulo - (diligência);
• Colocou-se junto a ele - (aceitação);
• Identificou-se com ele - (chamou-o de
irmão);
• Orou por ele;
• Ministrou a palavra de Deus -
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(alimentou-o);
• Compartilhou a visão ministerial
(propósito);
• Batizou-o;
A consolidação do novo convertido é muito
eficaz e produz resultados incríveis. Podemos
ver tais resultados na vida do apóstolo Paulo
que:
1. Teve seus olhos abertos e foi batizado;
2. Permaneceu na comunhão;
3. Passou a pregar o Evangelho;
4. Cresceu e gerou discípulos.
5.4 A Importância dos primeiros cuidados
com o Novo Crente
Prezado (a) aluno (a), o mundo animal nos
ensina que alguns animais, ao nascerem, já
trazem quase todas as características que
lhes acompanharão pelo restante da vida.
Alguns inclusive já nascem “prontos” para
inclusive buscarem na natureza sua própria
comida.
Com os seres humanos não acontece assim.
Ao nascer, se a criança não tiver os cuidados
e a assistência total de adultos, é quase
impossível sua sobrevivência.
Podemos fazer uma analogia do
desenvolvimento biológico humano com
o seu desenvolvimento espiritual. O novo
convertido pode ser considerado como
um “bebê espiritual”. Por isso, ao fazer sua
decisão por Cristo, é muito importante que
o novo crente receba, dentro de 24 horas,
um telefonema de boas vindas de alguém
da igreja. Chamamos esta estratégia de
“fonovisita”.
Após 48 horas, um discipulador deve ligar
novamente agendando uma visita pessoal.
Sempre condicionada a aquiescência do
anfitrião. Se as portas se abrirem para esta
visita, o discipulador deve apresentar uma
oferta de discipulado por 4 semanas. Após o
discipulado, o novo crente será encaminhado
para participar também das reuniões da
igreja para integrar-se a outros crentes.
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O novo convertido necessita de apoio,
assistência e orientação para o crescimento
da sua vida espiritual. Os relacionamentos
são imprescindíveis para sua permanência
na igreja. Se ele não conviver com pessoas
que professam a mesma fé, não participar
de grupos de estudos bíblicos caseiros ou
em classes, não estiver envolvido com a vida
cristã de modo geral, provavelmente não
resistirá.
A Bíblia utiliza verbos como “gerar”, “nascer”,
“crescer”, “amadurecer” e substantivos como:
“filho”, “pai”, “criança”, todos se referindo ao
desenvolvimento da vida espiritual do novo
crente.
5.5 A “Paternidade Espiritual”
O consolidador é antes de tudo um “pai
espiritual” para o novo crente. Cada vez mais
o mundo está carente de pais, de modelos,
de âncoras. Por isso, o consolidador ou
discipulador deve ser uma espécie de pai
espiritual para o novo discípulo.
Mais uma vez o apóstolo Paulo nos dá o
exemplo desta paternidade:
Embora possam ter dez mil tutores em
Cristo, vocês não têm muitos pais, pois
em Cristo Jesus eu mesmo os gerei por
meio do evangelho. Portanto, suplico-
lhes que sejam meus imitadores. Por
essa razão estou lhes enviando Timóteo,
meu filho amado e fiel no Senhor, o qual
lhes trará à lembrança a minha maneira
de viver em Cristo Jesus, de acordo com o
que eu ensino por toda parte, em todas
as igrejas (I Co. 4:15-17).
Nesse texto, Paulo diz ter “gerado” os
coríntios e fala a respeito de Timóteo como
seu “filho na fé”. Vejamos então, algumas
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características de um pai espiritual:

• Treinam filhos para que não se debatam no mar da vida;

• Proporcionam a formação do caráter, valor e confirmação dos filhos como presentes
de Deus;
• Demonstram amor;
• Treinam e disciplinam;
• Garantem provisão;
• Reproduzem;
• Abençoam e partilham;
• Andam com Jesus;
• São modelos;
• Dão o exemplo;
• Dão aos filhos um sentido de importância;
• Veem o potencial;
• Estão disponíveis.

Outros exemplos bíblicos de paternidade espiritual, é a sobre os filhos naturais. Zacarias e

João Batista (Lc. 1:17). Zacarias era um pai irrepreensível (Lc. 1:6) que orava por seu filho antes
mesmo de ele nascer (Lc. 1:13). Os pais e mães naturais têm responsabilidades espirituais
em relação aos seus filhos, por isso, devem levar os filhos a cumprirem os propósitos de
Deus. Zacarias profetiza sobre seu filho (Lc. 1:76-79)

José e Jesus (Mt.1.19-25): José era um homem justo (Mt. 1.19), Era sonhador (Mt. 1.20) como
José do Egito. Era obediente ao Senhor (Mt. 1.24), sonhou de novo (Mt. 2.13) e de novo (Mt.
2.19), era um pai presente (Lc. 2.16). Jesus foi chamado de “o filho do carpinteiro”, e também
de “carpinteiro” (Mc. 6.3).

5.6 De Paternidade sobre Filhos Espirituais

Elias e Eliseu (I Rs. 19:19-21). Elias coloca seu próprio manto sobre Eliseu para indicar que
este estava sendo chamado para ser seu sucessor. (I Rs. 19:19-21). Eliseu, o profeta que
recebeu porção dobrada do Espírito. Uma lição que podemos tirar da vida de Eliseu: o Poder
da Graça Divina.

Paulo e Timóteo (1 Co. 4:17). Como já dissemos, Paulo tratou Timóteo como verdadeiro
filho na fé (I Tm. 1:2), levando-o inclusive na primeira viagem missionária. Na segunda
viagem missionária (At.16:1-3), Paulo levou Timóteo novamente, buscando moldá-lo pelo
exemplo e pelas experiências vividas. Paulo também delegou tarefas importantes a Timóteo,
por exemplo, a liderança da igreja de Éfeso (I Tm. 1:3).   Confiar tarefas é uma forma de
desenvolver a responsabilidade dos filhos para a hora de edificação da Igreja de Cristo (Ef.
4:12). Paulo também ensinou a Timóteo o princípio de fazer novos discípulos: “E o que de

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mim, entre muitas testemunhas, ouviste,
confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos
para também ensinarem os outros” (2 Tm.
2:2).
5.7 Como se faz o Discipulado
Para obter crescimento espiritual, o cristão
deve passar por um processo de aprendizado,
que deverá levá-lo à medida da estatura de
Cristo. Este processo é ensinado a nós por
Paulo, que escreve aos seus discípulos: “[...]
advertindo a todo homem e ensinando a
todo homem em toda a sabedoria, a fim de
que apresentemos todo homem perfeito em
Cristo”  (Cl.1:28). Convém observarmos que
ser “perfeito em Cristo”, aqui relatado, pode
ser entendido como “maturidade cristã”, o
que deve ser reproduzido na vida de outros.
Para reforçar a metáfora do crescimento
de uma criança, temos a nítida impressão
de que o discipulado tem as características
de um relacionamento de pai para filho.
Vejamos como Paulo se refere em 1 Coríntios
4:15, em Gálatas 4:9 e em 1 Timóteo 1:1,2,
por exemplo.
Não temos dúvidas de que um
relacionamento destes pode garantir uma
geração de crentes maduros, fortalecidos na
fé, defensores da fé que abraçaram e que,
muito cedo, têm condições de multiplicarem
os conhecimentos obtidos e frutificarem,
conforme podemos observar em I Coríntios
3:1-3.
Aprofunde seus
conhecimentos:
Leia o livro: O clamor por pais
e mães espirituais, de Larry
Kreider. Nele você encontrará
importantes conceitos sobre
a paternidade espiritual e sua
relação com o desenvolvimento
de discípulos maduros. Veja
nas referencias bibliográficas.
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5.8 Conclusão
Prezados alunos, nesta unidade vocês
puderam perceber a importância do
discipulado cristão e observar que o apóstolo
Paulo, nos seus primeiros dias de cristão,
teve seus discipuladores, como Ananias que,
enviado por Jesus, deu a Paulo palavras de
ânimo e orou por ele.
Também os capítulos 9 a 13 de Atos relatam
que Barnabé participou deste cuidado de
Paulo em seus primeiros anos de cristão,
defendendo-o, envolvendo-o no seu
ministério e formando com ele uma equipe.
Vocês viram também que o próprio Paulo,
transformou-se em um discipulador, tendo
acompanhado os novos discípulos em seu
crescimento, com exortações (I Ts. 2.8-11;
3.10; Cl. 1.28).
Portanto, é possível perceber, em vários
textos bíblicos, que o discipulado é um
princípio para o cuidado, especialmente, dos
novos crentes, mas que deve ser praticado
mesmo com aqueles que já estão na
caminhada cristã há mais tempo.
GLOSSÁRIO
Discípulo: aprendiz de ensinamentos de um
mestre.
Discipulado: o processo de aprendizagem
na vida de um discípulo.
Discipulando: ação em que uma pessoa
ensina a outra os princípios e doutrinas;
Discipulador: aquele(a) que ensina a fazer
novos discípulos.
REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, José Arimatés. Discipulado: Uma
questão de relacionamentos. Disponível
em: http://www.cetad.org.br/home/
index.php?option=com_content&view=
article&id=52:discipulado-uma-questao-
de-relacionamentos&catid=13:jose-
arimates&Itemid=17. Acesso em: 14 abr.
2015.
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KREIDER, Larry. O clamor por pais e mães

espirituais. Curitiba: Ministério Igreja em
Células.

SHEDD, Russell P. Evangelização:

Fundamentos bíblicos. São Paulo: Shedd
Publicações, 1996, 128 p.

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