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CAPELANIA CRISTÃ
FEMICJP – FEDERAÇÃO DOS MINISTROS DE CAPELANIA E JUSTIÇA DE PAZ
FEMICJP
HISTÓRIA DA CAPELANIA
CAPELANIA HOSPITALAR
CAPELANIA SOCIAL
CAPELANIA PRISIONAL
ÉTICA CRISTÃ
TOXICOPATOLOGIA
EVANGELISMO E MISSÕES
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HISTÓRIA DA CAPELANIA
OBJETIVO
CAPELANIA HOSPITALAR
SAÚDE INTRODUÇÃO
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hospitalar na cura terapêutica, como uma ação em que complementa o trabalho dos
profissionais da saúde.
Os capelães (Pastores, Missionários, Evangelistas, Padres, Teólogos), devem ter
diante dos olhos que o direito e o dever de exercer o apostolado é comum a todos os
membros do corpo de Cristo, sejam pastores ou membro e que na edificação da Igreja,
os capelães da saúde têm uma função própria. Essas funções deverão ser desenvolvidas
em união com todas as equipes eclesiástico-hospitalares. Falar de capelania hospitalar é
falar de Jesus Cristo e sua igreja, na qual Ele continua sua obra de cura e salvação
integral. Curando fisicamente o enfermo. Jesus o devolve também á vida social,
restaurando as relações com os demais e sua comunhão com Deus. Portanto, os capelães
se colocam a disposição da comunidade e são indicados pelos seus pastores a serviço
dos enfermos, quer em domicílio (saúde comunitária) quer nos hospitais ou ainda
atuando a movimentos na dimensão político-institucional.
Estamos vivendo num mundo em que todos os setores da sociedade exigem pessoas
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capacitadas. Desde os trabalhos profissionais mais simples até os mais complicados, sem
distinção.
No hospital, mesmo para fazer limpeza, existe técnica e preparo. Hoje, o espaço é
cada vez menor para as improvisações. Por isso, o capelão da saúde precisa estar aberto
e disposto para este ensinamento. Como não se admite alguém que queira trabalhar
como conselheiro ou médico, simplesmente por ele ser muito religioso ou ter muita fé,
não é admissível que alguém que queira ser agente de pastoral se dê ao luxo de ser
incompetente.
É necessário que a capelania da saúde seja assumida como uma ciência
acompanhando outras ciências, os novos modelos culturais, o progresso da técnica e o
abandono de velhos esquemas de interpretação mais adequados. Além de amor, carinho
e compaixão para com o doente, é preciso ter competência. É importante unir técnicas e
práticas. Como dizia Kurt Lewin: “Nada pode ser prático como uma teoria.”
A finalidade dessa formação reside na aquisição de um estilo específico de relação
e acompanhamento pastoral aos doentes, familiares e profissionais, instituindo tanto na
dimensão espiritual como nas habilidades humanas, seguindo assim a recomendação das
igrejas cristãs.
Jesus confiou a sua igreja a missão de assistir e cuidar dos enfermos, perpetuando
assim a mensagem de misericórdia. Se a igreja não se ocupasse dos enfermos, não seria
a igreja de Jesus, pois faltaria uma de suas metas essenciais,
Todos os membros da igreja devem participar de sua missão, na qual cada um
realiza sua função de acordo com os dons do Espírito Santo. O capelão tem uma missão
especial e qualificada para atender ao doente. Porém, deve sempre agir com co-
responsabilidade junto a todos os demais membros, para assim transparecer o
verdadeiro sentido cristão ao enfermo em que está servindo.
Essa missão qualificada deve ser bem entendida, pois sempre que usamos a palavra
missão, surgem em nossa mente alguns conceitos:
Poder para fazer algo;
Encargo;
Obrigação;
Compromisso.
Todos esses conceitos implicam duas conotações:
Superioridade (alguém capaz, superior, preparado, escolhido)
Inferioridade (fazer somente o que lhe pedem).
No entanto, participar efetivamente de uma missão implica, além de equilíbrio, tomar
iniciativas, exercer a criatividade, agir com flexibilidade, coerência e autenticidade.
No trabalho missionário da capelania da saúde, não é anormal o capelão sentir- se
estranho, mesmo dentro da própria equipe de capelania, nas atividades pastorais da
igreja, casa e principalmente junto ao leito do doente do hospital. Num mundo em que
as maiores preocupações estão voltadas para as necessidades materiais do homem,
parece sobrar pouco ou quase nenhum espaço para a evangelização. Mas é importante
lembrar que “nem só de pão viverá o homem”. Portanto o complemento do capelão se
torna importante na assistência adequada e completa ao doente.
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Uma vez que Cristo, enviado por Deus Pai, é fonte e origem de todo o apostolado
da igreja, torna-se evidente que a fecundidade do apostolado leigo depende de uma
união vital com Cristo. “Quem permanecer em mim e Eu nele, este dá muito fruto, porque
sem mim nada podeis fazer”. JO 15.5.
Essa vida íntima com Cristo na igreja alimenta-se por meios espirituais, comuns a
todos os cristãos, principalmente na participação na igreja.”O que fizerdes por palavras
ou por ação, fazei-o sempre em nome do Senhor Jesus Cristo, dando a graças a Deus
Pai por Ele.” CL 6.17.
O capelão é chamado a aceitar e integrar suas próprias feridas, os aspectos
negativos da vida e transformá-las em fonte de saúde para os outros. Isso ajudará na
aproximação dos enfermos com um coração acolhedor, pleno de compreensão, respeito
e amor.
O serviço aos enfermos é um autêntico encontro com o amor misericordioso. Não
se pode realizar sem o sacrifício e sem renúncia, pois num mundo marcado pela
propaganda e por informações de toda espécie, percorrida por discursos e apelos
religiosos variados, dos mais contraditórios onde existem tantos mestres, o
evangelizador deve testemunhar a espiritualidade própria, seguindo os exemplos do
grande mestre Jesus Cristo.
Deve abandonar-se e entregar-se nas mãos de Deus, doando-se sem esperar
recompensas, superando as contradições, sabendo compreender todas as situações,
estando aberto e disponível a todos, sacrificando-se e sendo sensível ás necessidades de
cada um.
Os capelães da saúde expressam o amor que o Senhor tem para como os mais
necessitados. Com seu testemunho anunciam o Deus da vida e se comprometem na
construção de um mundo mais solidário.
“Estive enfermo e me visitaste” Mt 25.36. A presença de Deus junto aos enfermos,
faz de nosso serviço aos doentes um ato de culto. Isso, porque Deus não vai perguntar
a quantos cultos você foi. Não podemos ignorar a importância da participação nas
celebrações, porém que seja o resultado da manifestação de amor e solidariedade para
com o outro. Por isso, o elemento essencial de espiritualidade que todo cristão deve
assumir é a oração. Pois a oração o levará aos poucos, a ver a realidade com um olhar
contemplativo, que lhe permitirá reconhecer Deus em cada instante e em todas as coisas;
contempla-lo em cada pessoa, procurar cumprir sua vontade nos acontecimentos. Na
avaliação do trabalho, o capelão da saúde não deve guiar-se unicamente por critérios de
eficácia e de êxito. Purificará constantemente suas motivações e, nos momentos difíceis,
em que se sente desanimado e impotente, reforçará sua confiança no Senhor, o único
que pode salvar. O capelão da saúde terá Cristo Jesus como modelo de serviço,
realizando-o com disponibilidade e fidelidade.
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2-FINALIDADES DA CAPELANIA
3-ATRIBUIÇÕES DA CAPELANIA
Manter presença junto aos doentes, procurando oferecer toda solidariedade, conforto
humano e espiritual, respeitando a individualidade e as convicções religiosas de cada
um;
Ajudar os pacientes para que a passagem pelo hospital sirva para uma revisão e/ou
descoberta e aprofundamento do sentido da vida;
Servir de apoio aos familiares em situações críticas de sofrimento;
Garantir a presença da religião junto aos profissionais da saúde ajudando-os a descobrir
o valor humano e espiritual do seu trabalho;
Desenvolver uma ação de ajuda espiritual, fazendo que os profissionais de saúde,
independente de seu credo religioso, reconheçam os valores espirituais dos pacientes;
Ser um agente facilitador para criar um clima de amizade, fraternidade, compreensão
e colaboração entre os profissionais dos diversos setores;
Celebrar cultos e missas junto com pacientes, familiares e profissionais da saúde;
Estar presentes nos eventos festivos e celebrativos promovidos pelo hospital.
A capelania hospitalar hoje, por ser uma exigência da igreja, tornou-se integrantes das
diversas capelanias competentes. Porém, não devemos querer transportar para o
hospital os mesmos métodos empregados em nossas igrejas. Lá, enquanto as pessoas
vão ali em busca de Deus, no hospital, elas vão buscar de saúde.
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Ao mesmo tempo, se torna uma instituição comunitária, pois conta com um número
cada vez maior de profissionais assegurando um serviço permanente todos os dias do
ano, e dispõe de instalações e aparatos de tecnologia sofisticados.
Portanto, aquele que se prontifica a fazer esse trabalho, além de prestar um serviço
de caráter voluntário, que em geral começa como curiosidade, com o tempo passa a
compreender seu apostolado, dando sentido ás suas próprias vidas.
III-O HOSPITAL
Assim sendo, as pessoas que trabalham como capelães hospitalares de saúde que
necessitam conhecer em profundidade o mundo hospitalar, podem encontrar alguma
dificuldade para adaptação. Nesse sentido, é importante lembrar que a primeira
finalidade do paciente no hospital não é atendimento espiritual ou de conversão e sim de
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recuperação da saúde. Isso não significa que o hospital exclua quaisquer atividades
religiosas ou proíba que o doente tenha assistência religiosa. Inúmeros hospitais
reconhecem e dão importância a essa assistência, a própria Constituição Federal
Brasileira garante o direito do paciente de receber visita de seu representante religioso.
O que não garante é que o hospital deva ter um capelão interno constantemente.
1-O CAPELÃO
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Antes de entrarmos neste assunto, é bom lembrar que: o doente não está no
hospital porque quer. Por mais pessimista que se manifeste, este nutre uma esperança
de receber alta e voltar logo para casa.
Apresentamos aqui algumas possibilidades referentes aos diversos tipos de pessoas
que o capelão se deparará:
Pode ter adoecido de uma hora para a outra e é recém-chegado ali;
Está para fazer ou se recuperando de uma cirurgia;
Sob observação médica;
Estar em estado terminal ;
Desenganado pela medicina;
Ser o acompanhante de algum doente;
Com doença incurável, mas sob controle;
Momentaneamente no hospital, porque tem que fazer exames ou outros
procedimentos periodicamente.
Como afirmamos anteriormente, embora seja um trabalho voluntário, o capelão deve
possuir uma filosofia de ação. Por isso, antes de iniciar qualquer atividade pastoral é
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preciso ter claros os objetivos que requer atingir. A partir desses objetivos, elaborar
normas que devem ser observadas. As normas devem ser elaboradas de acordo com as
diferentes realidades de cada hospital. Aqui apresentamos um modelo usado no hospital
das clínicas.
Ao visitar o doente:
Permaneça no apartamento, quarto ou enfermaria e não nos corredores;
Converse em voz baixa, assuntos agradáveis e de interesse do doente;
Procure não agir como visitador repórter, que só faz perguntas para matar a sua
curiosidade pessoal. Levar notícias alegres e agradáveis ao doente;
Seja um bom ouvinte, portador de vida e esperança ao doente, ouça atentamente o
que ele tem a dizer, e não fique somente falando. Aliás, fale menos e ouça mais.
Respeite o silêncio que deve haver dentro do hospital, porque o hospital e a igreja têm
muita semelhança. No hospital, Cristo se faz presente na pessoa do capelão (visitante).
Não sente na cama do doente. Utilize cadeiras ou sofás.
O fumo é causador de doenças. Não fume dentro do hospital e não leve cigarro para o
paciente.
Não leve criança para visitar doente. Preserve a saúde delas e a tranqüilidade do
enfermo.
Não sirva alimentos ao doente sem permissão da enfermagem. Para crianças da
pediatria não se deve levar guloseimas.
Respeite os profissionais que trabalham no hospital.
O visitador deve retira-se do quarto caso coincida com a visita do médico da
enfermagem.
Ao visitar o doente, não demonstre medo ou repugnância pela enfermidade.
Evite relatos de casos ou doenças semelhantes.
Saiba escutar, estender-lhe a mão e sorria para ele.
Tenha caridade em demonstrar o amor que tem por ele. Evite mentiras, diálogos sobre
e a fé e a esperança.
Tenha empatia com o doente. Coloque-se em seu lugar para entende-lo.
Guarde sigilo do que o doente lhe confiar.
Ore com ele, por ele e pela sua família.
Não interfira no tratamento indicado. Não dê qualquer medicamento ou suspenda os
receitados pelo médico.
Tenha a sensibilidade de perceber quando o doente está cansado e necessitado de
repouso.
Procure conhecer a família do doente.
Mostre que a igreja está interessada em sua saúde.
Descubra os valores do doente, seus interesses, suas aspirações.
Mostre bondade e mansidão com doentes e sua família.
Em tudo tenha discrição e bom-senso. Transmita alegria e confiança, seja breve sem ser
afobado ou apressado. Lembre-se por estar fazendo um serviço aprovado por Deus, é
sinal de que ele está no controle de tudo.
Não faça gritaria, festa ou barulho junto ao doente, mantenha um ambiente de paz,
harmonia e silêncio.
Respeite a dor do paciente e não a negue.
Evite frases como:
“ É da vontade de Deus”
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Melhor mesmo é deixar o doente falar, pois provavelmente, ele passa a maior parte do
tempo sozinho.
Converse com o enfermo somente sobre temas agradáveis.
Não fale sobre doenças
Use um tom de voz moderado.
Abstenha-se de beijar o doente, bem como utilizar copos ou xícaras de seu uso. Você
poderá estar levando outros germes perigosos até ele.
Não fale do aspecto exterior do doente, que piorou desde a última vez ou que ele está
com aparência péssima ou de defunto. Lembre-se: o enfermo é susceptível a tudo e
comentários assim só pioram sua situação.
Não faça perguntas incômodas, principalmente sobre os sintomas da doença.
Não dê conselhos médicos nem dê uma de psicólogo. Às vezes dizer “tenha paciência” é
o mesmo que dizer “seja masoquista”
Não conte suas experiências com enfermidades.
Não leve comida ou doces para o doente. (A maioria dos hospitais indica o que se pode
levar ou deixam levar frutas).
Não diga ao enfermo que não se importa com sua ausência no trabalho ou na igreja.
Não diga ao enfermo que seu substituto da empresa é ótimo funcionário.
O capelão hospitalar seve em o nome de Cristo Jesus, o Salvador, e coloca-se á disposição
dos enfermos para conforta-los na fé e atende-los em suas necessidades não o contrário.
IV-PSICOLOGIA DO ENFERMO
Todo doente é um ser único, especial, com reações próprias, conforme sua formação
e personalidade. Ao vermos uma pessoa que sofre de um mal físico, costumamos nos
deter apenas no corpo, esquecendo-nos de que o doente deve ser visto como um todo,
no sentido psicológico e espiritual. Às vezes, o interior está mais machucado do que o
corpo.
O doente não é uma maquina a ser consertada, mas uma pessoa que foi atingida por
doença. A pesar de continuar a amar, a odiar e a pensar, não está a mesma de sempre.
O ritimo de vida é violentamente cortado e passa a ter as atenções voltadas para si,
buscando todas as formas de reequilibrar sua saúde e vida normal.
De um lado, o corpo doente, com suas fraquezas e limitações, percebe sua fragilidade;
de outro, seu espírito está com toda vitalidade, mas é incapaz de fazer algo por si. Essas
duas forças incompatíveis o atormentam, gerando crises de comunicação consigo
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mesmo, com o espaço e o mundo, com a família, com os amigos e até mesmo com Deus.
Com saúde, a pessoa é um todo inabalável, que reage e supera obstáculos. Quando
doente, o corpo passa a ser um empecilho para se viver à vida em liberdade. O diálogo
entre o corpo e espírito se rompe e fica difícil de reatar, pois as forças opostas que agem
(espírito são / corpo doente), fazem com que o doente, muitas vezes, não entenda a si
mesmo e não saiba como reagir na doença.
Para o doente, o mundo se fecha repentinamente e ele vê sua integridade ameaçada.
Para tentar manter ou recuperar seu equilíbrio, lança mão racional ou instintiva de
mecanismos de defesa ou ajustamento. Ex: sublimação, alienação, fuga, literaturas
espirituais, etc.
No lugar de uma vida cheia de ocupações com a família, os amigos, o trabalho, sem
limites de horizontes, o doente se vê agora fechado em um quarto, sem saber por quanto
tempo e se sairá dele vivo.
Quando o doente não tem reservas espirituais ou alguém que o ajude, ou quando
seus mecanismos de autodefesa falham, dificilmente sairá sem marcas dessa crise que
poderá afeta-lo profundamente pelo resto de sua vida, de acordo com a gravidade do
tratamento.
Torna-se um mero espectador de tudo o que se desenrola e não mais ator. Não tem
condições de realizar nada sem ajuda de outros, ás vezes nem mesmo suas necessidades
íntimas. Olha tudo de longe e não tem certeza se voltará às suas ocupações normais.
O relacionamento com os amigos sofre uma quebra, pois poucos são os que continuam
juntos na hora da doença. Mesmo assim, aqueles com quem costumava conversar de
forma alegre e descontraída, mudam para uma fala pausada, medida, tensa e
preocupada. Isso às vezes, pode deixar o doente ainda mais triste e desanimado.
Muitas vezes não conseguimos passar ao doente o otimismo que pretendemos, não
conseguimos fazer com que ele se sinta o mesmo de antes. Em casos de internamento,
podem surgir novas amizades, mas estas nem sempre satisfazem. Pois são marcadas
pelo sofrimento.
Não são poucas as vezes em que ocorrem problemas de ordem familiar quando há uma
pessoa adoentada. Se for jovem ou adolescente, geralmente “senhor” de si mesmo, vai
sentir-se mal, recebendo tantas atenções. Sente-se como que fosse um peso.
Sendo adulto, chefe de família, rompe-se a normalidade do lar. Não há quem mande,
quem pague as contas, acerte compromissos assumido ou faça as outras coisas que
deveriam ser feitas por adultos e estão paradas.
Sente-se humilhado, pois precisa receber cuidados de pessoas que estão deixando
seus afazeres para atende-lo.
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É fácil crermos em Deus quando gozamos de boa saúde; difícil é mostrar fé quando
estamos doentes. Nos momentos de provação o doente se pergunta o porquê daquilo
acontecer com ele. Acha que Deus o abandonou e que não está presente. Não consegue
ver que Deus está, de certa forma, em todas os que cuidam dele e que vivem o seu
sofrimento. Na Bíblia, a história do patriarca Jó reflete bem essa situação. Ele se
entristece, é acusado por amigos, perde todas as suas posses e 10 filhos, se questiona,
mas não abre a boca contra Deus. A crise com Deus costuma ser a reação inicial de todos
os doentes. Até que consigam voltar ao equilíbrio, esta crise será tanto mais grave,
quanto mais grave for a doença e, portanto, podendo acarretar maior afastamento de
Deus.
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9-TERMOS TÉCNICOS
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V- A MORTE E O MORRER
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n-Dinheiros a receber;
o-O passado;
p-A vida.
Um dos primeiros passos é enfrentar o choque que a morte provoca. Por mais que
os familiares esperem, a morte acaba sempre trazendo um choque violento. Portanto
respeite reações sentimentais tais como:
a-Choro;
b-Grito;
c-Angústia;
d-Revolta.
Essas reações são dirigidas aos profissionais, instituição e até mesmo contra Deus. Nesse
momento, antes de qualquer julgamento, o mais importante é ser presença acolhedora.
Não diga nada, só ouça.
O segundo passo é reconhecer que não conseguiremos, num primeiro momento,
preencher o vazio que provoca a perda. O que podemos fazer é colocar-se á disposição
das pessoas e tentar visualizar quais são as necessidades mais urgentes do momento.
Quando a situação estiver aparentemente sob controle, o capelão poderá deixa-los
sozinhos, pois é muito importante estar no velório ou mesmo fazer uma visita, assim que
puder. Porém, tenha certeza de que o mais importante você já fez, que é levar a palavra
de Deus para confortar os familiares.
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CAPELANIA SOCIAL
INTRODUÇÃO
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frente ao irmão caído e ferido na beira da estrada. Tal condição se torna ainda mais clara
no texto do juízo final (AP 20).
1- Uma presença (testemunho) junto aos setores mais marginalizados da população, aos
porões da sociedade, aos “enfermos” do sofrimento humano;
2- Um alerta (denúncia e anúncio) á igreja e á sociedade civil sobre a existência desses
submundos, alerta que é uma espécie de antena permanentemente sintonizada com o
clamor dos oprimidos;
3- Uma ação social (serviço) que multiplica atividades de conscientização, organização e
transformação, as quais levam á conversão pessoal, por um lado, e mudanças concretas
de ordem social, econômica e política, por outro;
4- Uma articulação parceria (diálogo) com as demais igrejas cristãs e não cristãs, e com
as forças vivas que contribuem para transformar a sociedade em que vivemos.
Esta pergunta nos leva á estrutura de toda a ação evangelizadora da igreja no Brasil.
Segundo o organograma as dimensões são divididas em três:
-Primeira dimensão: comunitária e participativa;
-Segunda dimensão: missionária;
-Terceira dimensão: Bíblico-evangelizadora.
As exigências relacionadas a capelania social são as seguintes:
1-Anúncios;
2-Testemunho;
3-Diálogo;
4-Serviço.
Evidente que toda evangelização deve ser perpassada por todas as dimensões e
exigências. A dimensão ou exigência representa a porta de entrada para os setores
específicos, o enfoque a partir do qual desenvolve sua ação concreta. Mas tanto as
dimensões como a exigência se interpenetram completamente e se enriquece
reciprocamente.
O setor capelania social integra a dimensão sócio-transformadora, a chamada linha
seis, e tem no serviço, sua exigência predominante. Claro que esta dimensão e exigência
se interligam entre si, ao mesmo tempo em que se complementam com as demais
dimensões e exigências. A palavra dimensão, pelo seu dinamismo, dá conta dessa
complementaridade. Quanto ás exigências, os quatros se interpenetram e se misturam
na ação evangelizadora, sendo difícil individualiza-las.
A dimensão sócio transformadora, por sua vez, é formada pelos seguintes setores:
1-Capelania social;
2- Educação
3- Comunicação social
4-Ensino religioso
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A pastoral do menor tem seu início no ano de 1977. Ela surge num quadro de
intuições proféticas que se apresentavam como respostas da igreja aos desafios das
crianças e adolescentes empobrecidos e em situação de risco. A capelania do menor
aparece também como busca de organização dessas ações, em 1987.
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A capelania social é uma árvore que mergulha na terra suas raízes profundas.
Delas vêm a seiva que alimenta sua espiritualidade. Ao longo do caminho, a ação social
abre poços onde encontra a água viva que sustenta sua caminhada. As capelanias
específicas que formam os ramos dessa árvore, nutrem-se do alimento que vem do chão,
que sobe pelo tronco, transfigura-se ao contato com a luz solar e reforça-lhe a mística
libertadora. A dimensão imprescindível, do testemunho cristão:
Há que rejeitar a tentação de uma espiritualidade intimista e individualista, que
dificilmente se coaduna com as exigências da caridade, com a lógica da encarnação e em
última análise, com a própria tensão escatológica do cristianismo. Essa tensão nos leva
a construir o mundo, e a atender o bem dos nossos semelhantes, mas antes, nos obriga
ainda mais a realizar essas atividades.
1-ANTIGO TESTAMENTO
Podemos partir da libertação do Egito – experiência fundamental do povo de Deus,
o êxodo da escravidão para a terra prometida constitui um paradigma para a capelania
social. Deus não quer escravidão e intervém na história para conduzir o povo a uma nova
vida. O chamado do povo de Israel á ação de Deus na história (EX 3.7-10; DT 26.4-10).
Deus se sensibiliza com o clamor dos escravos do Egito, e, a partir daí, desencadeia uma
ação libertadora, em que Moisés será protagonista junto com seu povo.
Também nos livros chamados históricos, transparece a predileção de Deus pelos
pequenos e frágeis, simbolizados na trilogia (órfão, viúva e estrangeiro). Aqueles que a
sociedade discriminam e marginalizam têm prioridade no amor infinito do Pai. Como irá
mostrar mais tarde a prática de Jesus.
Desde o livro de gênesis, quando utiliza o símbolo do arco-íris para celebrar um
pacto com seu povo. Diz literalmente o texto: “Eis o sinal da aliança que instituo entre
mim e vós e todos os seres vivos que estão convosco, para todas as gerações futuras”.
(GN 9.12-13) O respeito á ´biodiversidade e á natureza, bem como o cuidado com as
gerações que estão por vir é condição para garantir a vida do homem e da mulher.
Além disso, tanto nos livros proféticos quanto nos salmos e na literatura sapiencial,
são recorrentes palavras como o direito e a justiça, em que não é difícil interpretar a
importância do valor fundamental que tem a dignidade humana para os filhos e filhas de
Deus.
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2-NOVO TESTAMENTO
A- O CAMINHO
B-O CONVITE
Jesus faz que vai adiante. Os discípulos o convidam para entrar. Constata-se
novamente a delicadeza encoberta: no fundo, o convite parte do Mestre. Ele é que toma
a iniciativa. Tem o tempo livre, seu tempo é do Pai, e se é do Pai, é dos pobres. Coloca-
se á disposição como a dizer: Se me convidarem eu fico.
“Eis que estou á porta e bato. Se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, entrarei
em sua casa e cearei com ele, e ele comigo”. Diz outra passagem bíblica (AP 3.20).
Hoje as igrejas estão de portas escancaradas, mas onde estão os pobres, os mais
excluídos? Porque não se aproximam e entram? O que os impede de chegar mais perto?
Quando as portas abertas da igreja não são mais um convite para o pobre entrar, então
temos que nos tornar convites vivos aonde quer que estejamos: ruas, becos, calçadas;
praças, campos, favelas, lixões, cortiços, enfim, por onde ele vive ou se esconde. As
capelanias sociais têm de criar pés. Se o povo não vem a igreja tem de ir até ele. Só
assim podemos romper nossos círculos fechados e alargar o raio de nossa atuação.
Precisamos marcar presença nos lugares mais distantes e insólitos, mais frios e sórdidos.
Além disso, abrir espaço nas dependências da igreja para reuniões encontros,
assembléias de categorias que lutam por seus direitos básicos: ceder espaços, tempo e
apoio e favorecer suas organizações e movimentos, de forma a sentirem que Deus os
criou para uma vida digna e humana. Ceder também espaços para jornais, boletins e em
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todos os veículos de comunicação eclesiais. Tornar-se voz dos que não têm voz, para que
possam enfrentar aqueles que os oprimem. Ajuda-los a conquistar também seu espaço
físico, eclesial e político.
de morte. Outras vezes, é o cansaço e o desânimo que nos abate, devido, sobretudo, á
sobrecarga de atividades. Na verdade, são poucos os que se aventuram por esse
caminho, embora o trabalho seja imenso.
CAPELANIA PRISIONAL
INTRODUÇÃO
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proclamou: A ciência sem religião é cega e a religião sem ciência é paralítica. A descrença
assumiu um papel preponderante no atual momento histórico, exatamente porque, a
cada dia, a falta de dignidade de cumprimento do dever e a desonestidade são mais
valorizadas no mercado da corrupção e da violência.
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nasceu para ser feliz e a circunstância que o levou a delinqüir não extingue esse anseio
natural do ser humano.
É muito difícil confiar em alguém que não confia em Deus. O evangelho de Cristo
estimula a prática do conhecimento, do estudo, da virtude, e faz caminhar por uma
estrada estreita, disciplinada e difícil, porque exige o combate ao próprio egoísmo, ao
desamor, á aspiração imoderada e á cobiça. Carnelucci, um importante jurista italiano,
afirmou que a solução para o preso não está nos livros de ciência, mais sim no livro de
Deus (bíblia). E Nélson Hungria afirma com grande convicção:
“Uma das causas primordiais, senão a causa única do declínio da cultura, é a sua
crescente incapacidade religiosa. Um mundo social sem o evangelho de Cristo, como o
atual, é um mundo de incertezas, destituído de entusiasmo, reduzido ao nível morto das
convivências individuais, impregnado de insuportável tristeza. Precisamos fazer
novamente a experiência de Deus. Não basta que dentro das colunas partidas da
inoperante civilização atual sejam os gênios a nos conduzir”.
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pelo crime que cometeu, e através da pena e pela evangelização no presídio, será
recuperado e ingressado na sociedade sem sentimento de culpa, pois o mesmo passou
por uma série de reciclagem de evangelização e se encontra apto para a nossa sociedade
5-O Evangelho de Cristo ao condenado e sua importância na vida do ser humano É
preciso fazer a experiência com Deus e aprender a amar e ser amado. Não existem
métodos de recuperação eficientes sem que se cuide dessas metas indispensáveis em
qualquer trabalho evangelístico dentro de uma penitenciária que vise preparar o
condenado para o regresso ao convívio da sociedade.
Cárcere vem do latim e significa prisão subterrânea, lugar úmido, sombrio, onde os
presos ficavam com os pés atados á corrente. Carceragem é o local destinado á
administração do cárcere, e do evitar fugas. Além de ser responsável pela ordem e
disciplina do estabelecimento carcerário, diz respeito aquele que está recolhido ao
cárcere.
Os apóstolos Paulo e Pedro estiverem várias vezes em cárceres, estabelecimentos
próprios da época. Paulo escreveu muitas das suas notáveis cartas
quando estava encarcerado, inclusive em companhia de Silas. Nos atos dos apóstolos
(AT 16.23,24,26) encontramos:
“Depois de lhes terem feito muitas chagas, meteram-nos no cárcere, mandando
ao cárcere que os guardasse em segurança. Recebendo tal ordem, ele os meteu nos
porões do cárcere e lhes prendeu aos pés ao cepo. Imediatamente se abriram todas as
portas e se soltaram os grilhões de todos”.
É chegada a hora de tomarmos consciência de que temos o dever e a obrigação
de usar a expressão adequada, padronizando as diversas terminologias e em atenção ao
que a própria igreja recomenda. O nome correto é pastoral penitenciária ou capelania
prisional. Porque está em perfeita sintonia com a sua proposta e com a história.
A capelania carcerária é a presença de Cristo e de sua igreja no mundo dos
cárceres e desenvolve todos os trabalhos que essa presença venha a exigir.
A capelania prisional mantém contatos e relações de trabalho e parceria com
organismos do poder executivo e do poder legislativo com ONG´S, locais nacionais e
internacionais com o MNEH (movimento nacional dos estados americanos), com a anistia
internacional, com o MNDH (movimento nacional dos direitos humanos), como CDH da
ONU(comissão dos direitos humanos das nações unidas), com ICCPC (pastoral carcerária
internacional) e outras entidades afins.
V- OBJETIVOS GERAIS
a-Acompanhar os presos em todas as circunstâncias e atender suas necessidades
espirituais, dando assistência espiritual também a seus familiares;
b-Verificar as condições de vida e sobrevivência dos presos;
c-Priorizar a defesa intransigente da vida, bem como a integridade física e moral dos
presos;
d-Intermediar relações entre presos e familiares;
e-Educar os presos no evangelho de Jesus Cristo, levando a salvação até eles;
f-Acompanhar seu processo de discipulado dentro de evangelho de Cristo.
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7- Perda da auto-estima;
8- Sentimento de inferioridade, que se transforma em agressividade;
9- Personalidade condicionada pelos estímulos que recebe dentro de presídio;
10-Perda gradativa da condição normal de convivência social;
11- Ausência de esperança;
12- Falta de fé e ausência de Deus em sua vida.
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ÉTICA CRISTÃ
NOÇÕES
INTRODUÇÃO
A ética cristã parte da premissa de que Deus tem uma missão para cada homem
cumprir no mundo. Esta missão baseia-se em três grandes relações:
ÉTICA
É a ciência que trata dos fatos concernentes aos procedimentos do homem em
todas as suas relações.
1- ORIGEM DA PALAVRA
Ética vem do grego, ethos, que significa “costume”, “disposição”, “hábito”. No
latim, vem de mos (mores), com sentido de vontade, costume, uso, regra.
2- DEFINIÇÃO
Ética é, na prática, a conduta ideal e reta esperada da cada indivíduo. Na teoria é
o estudo de deveres do indivíduo, isolado ou em grupo, visando a exata conceituação do
que é certo e do que é errado. Reiterando, ética cristã é o conjunto de regras de conduta,
para o cristão, tendo por fundamento a palavra de Deus. Para nós, crentes em
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Jesus, o certo e o errado devem ter como base a bíblia sagrada, nossa “regra de fé e
prática”.
O termo ética, ethos, aparece várias vezes no novo testamento, significando
conduta, comportamento, porte e compostura (habituais).
A ética cristã deve ser fundamentada no conhecimento de Deus como revelado na
bíblia, principalmente nos ensinos de Cristo, de modo que “Ele morreu por todos, para
que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e
ressuscitou” (II CO 5.15 – EF 2.10)
3-OBJETIVO DA ÉTICA
Considerar a razão de ser, de vida do homem, de seus poderes e de faculdades
para que ele descubra e cumpra melhor a missão que seu criador lhe conferiu neste
mundo.
B-SUICÍDIO
É a culminação de uma série de transgressões dos princípios fundamentais da ética
individual e das leis divinas.
“Nesta vida estamos num quartel, donde não podemos sair sem ordem superior”.
(Platão)
Nas escrituras, encontramos o registro de alguns casos de suicídio. Em todos eles, vemos
que seus protagonistas foram pessoas que deixaram de lado a voz do Senhor e
desobedeceram á sua palavra.
1- Saul: Foi um rei fracassado que deixou o Senhor e foi em busca de uma médium
espírita (I SM 28 1-19; 31 1-4; I CR 10.13,14) ;
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2- Aitofel: Foi um conselheiro de Absalão, orgulhoso, que e matou por ver que sua palavra
fora suplantada por outro. (II SM 1.7.23);
3- Zinri: Um rei sem qualquer temor de Deus, que usurpou o trono por tradição e
matança, e que por fim se matou, quando se viu derrotado pelo exército inimigo (I RS
16.18-19)
4- Judas Iscariotes: Após ter traído Jesus, foi dominado por um profundo remorso, e, ao
invés de pedir perdão ao Senhor, foi se enforcar.
O posicionamento cristão: A vida é sagrada e somente Deus pode tira-la. Moisés
pediu a Deus que tirasse a sua vida (NM 11.15). O profeta Elias também fez o mesmo
pedido I RS 19.4) e da mesma forma o profeta Jonas (JN 4.3). Deus não atendeu a
nenhum desses pedidos. Isso mostra que a vida pertence a Deus e não a nós mesmos.
Deus sabe a hora em que a vida humana deve cessar e Ele é o soberano de toda a
existência.
As sagradas escrituras condenam o suicídio pelos seguintes motivos:
a-É assassinato de um ser feito a imagem de Deus; (GN 1.17; EX 20.13; JO 10.10);
b-Devemos amar a nós mesmos (MT 22.39; EF 5.29);
c-É falta de confiança no Deus, visto que Ele pode nos ajudar (RM 8.38,39). A mulher de
Jô sugeriu, diante de seu sofrimento, que ele amaldiçoasse a Deus e morresse (se
suicidasse). Ele, porém, não aceitou tal idéia, e de modo resignado, confiou
integralmente no Senhor.
d-Devemos lançar as nossas ansiedades sobre o Senhor, e não na morte (I JO 1.7; I PE
5.7)
O Ser humano deve respeitar seu corpo como propriedade de Deus. Por isso, não
compete ao homem tirar a sua vida. Ao contrário, tudo ele deverá fazer para protege-
la.
A-DEFENDER-SE A SI MESMO
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1-AMAR A SI MESMO
Se o amor próprio não é diretamente ordenado em qualquer parte da escritura,
pelo menos é subtendido em muitos lugares. Primeiramente, que a pessoa deve amar a
si mesma é subtendido no mandamento: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (LV
19.18; MT 23.39). Se essa norma ética, freqüentemente repetida, não comanda o amor
próprio, pelo menos parece que subtende que o amor próprio é certo. Parece estar
dizendo que o amor próprio é a base do amor aos outros, que a pessoa não pode sequer
amar aos outros a não ser que ame a si mesma. Mas se a pessoa não respeitar o bem
que Deus criou nela mesma, como está esperando dela que respeite o bem da criação de
Deus nos outros lugares?
O ensino de Paulo parecia confirmar esta interpretação do mandamento no sentido
de amar aos outros como a si mesmo. Escreveu :”Pois ninguém jamais odiou a sua
própria carne, antes a alimenta e dela cuida...” (EF 5.29). Nada há de errado com isso.
Cada um deve cuidar de si mesmo. O respeito próprio é moralmente necessário. O
homem não tem mais direito de odiar o bem criado por Deus nele mesmo do que qualquer
outro lugar.
2-CUIDADOS DO CORPO
Para se ter um corpo cuidado e saudável é necessário que se observem às leis
físicas. A desobediência delas trará prejuízos para o cumprimento da nossa missão.
Geralmente as doenças são os resultantes destas desobediências ás leis físicas. O
ascetismo é condenado pela ética, porque prejudica a saúde do corpo.
Obs.: Ascetismo diferente de disciplina
B-A BEBIDA
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Mais de ¾ de nosso corpo é água. Devemos sustentá-lo com água pura, bebendo até
mesmo sem sede.
C-O AR
É nosso dever procurar respirar o ar mais puro, pois o ar poluído é causa de séries de
moléstias como tuberculose, alergias, etc.
D-HIGIENE
Calcula-se quem em 24 horas passe um quilo de líquido pelos poros. Portanto, a pele
deve ser limpa para que esses poros não sejam obstruídos pela sujeira, causando assim
prejuízos á saúde física. O banho diário é indispensável e escovar os dentes pelo menos
três vezes ao dia constituem medidas higiênicas importantíssimas.
E-EXERCÍCIO FÍSICO
O corpo é uma máquina que enferruja quando não é usada, por isso a ética ensina o
dever do exercício para promover o bem-estar do homem por causa da missão
F-DESCANSO
Há limites para as atividades físicas e não temos o direito de ultrapassá-las. O descanso
promove reposição de energia gasta no trabalho e temos o dever de estar sempre com
a energia recarregada para evitar o stress tão comum em nossos dias. Todo estressado
é um transgressor da lei física do descanso.
3-CUIDADOS DO ESPÍRITO
Diz a organização mundial de saúde, que a saúde é a sensação de bem-estar físico e
mental. Quer dizer que a saúde envolve o indivíduo por completo.
B-AMBIENTE
É direito e dever do indivíduo afastar seu espírito de um ambiente mau para o seu
desenvolvimento como precisa e os amigos são um fator de extrema importância neste
caso.
C-PUREZA
Jesus disse: “Bem aventurados os limpos de coração”...
Em SL 51, Davi orou:”Dá-me, ó Deus um coração puro”...
Os espíritos mais belos e mais sadios são puros.
D-EXERCÍCIO ESPIRITUAL
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E-DESCANSO ESPIRITUAL
Só em Jesus o espírito encontra descanso (MT 11.28).
ASSUNTOS
A-INDÚSTRIA
Todo homem deve dedicar-se a um trabalho para produzir o necessário para a
subsistência.
O parasita humano é severamente condenado pela ética cristã. Ninguém tem o direito
de levar vida ociosa (PV 12.11; 14.23)
B-ECONOMIA
Economizar os resultados do trabalho é dever de cada indivíduo. Não e certo gastar tudo
o que ganha como se estivesse no último dia de vida. O que assim procede não terá o
suficiente para o seu sustento e viverá na dependência alheia. A ética cristã condena
todo tipo de dependência voluntária da sociedade.
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O homem não foi criado para viver em isolamento. Necessita para seu desenvolvimento
saudável de se relacionar com o próximo. Este relacionamento precisa contribuir para
fortalecer o espírito, e por esta razão deve ser o mais belo possível. Devemos oferecer a
nós mesmos as mais perfeitas relações pessoais que possamos conseguir. Entre elas está
os relacionamentos pessoais. A ética determina que todo indivíduo cultive as melhores
relações sociais com os homens e especialmente com Deus.
C-BELEZA
O criador encheu o universo de coisas belas e podemos contemplar montanhas, rios,
estrelas, o nascer do sol e o pôr-do-sol, etc. Observar estas coisas eleva o espírito.
Devemos também procurar a beleza das pessoas de bom caráter e conviver com elas
para enriquecer nosso espírito.
D-BONDADE
É outro tesouro que o espírito deve possuir e precisamos nos dedicar a possuí-las porque
Deus nos dá abundantemente. Possuí-la requer esforço e até sacrifício.
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3- CULTURA ESPIRITUAL
Todo indivíduo tem o dever de desenvolver diligentemente seu espírito, já que ele é
imortal, isto se reveste de importância suprema.
Para desenvolver o espírito é necessário:
-Ter desenvolvimento exato do espírito do indivíduo;
-Ter conhecimento de verdadeira teoria da educação;
-Aplicar essa teoria ao desenvolvimento espiritual.
Como ser racional, o homem tem o dever de educar-se a si mesmo, desde o berço até
o túmulo. Consideremos cada um desses três requisitos da cultura espiritual.
4- CULTURA DO INTELECTO
Todo empenho deve ser feito no sentido de vencer os inimigos que impedem a cultura
do nosso intelecto.
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-IGNORÃNCIA
É a coisa mais cara que existe! Pagamos muito por nossa ignorância. O ignorante jamais
cumpre o dever consigo mesmo.
-ESTUPIDEZ
O estúpido não evita, não julga, não pergunta, mas satisfaz-se com sua estupidez. O
ignorante é ignorante porque não sabe, mas o estúpido é porque não quer saber.
-IMPRUDÊNCIA
É a falta que consiste em não se avaliar bem as conseqüências dos atos cometidos.
-PRECIPTAÇÃO
O precipitado tem pressa de chegar a uma conclusão sem a devida reflexão. Ele não
relaciona e nem espera o momento certo, mas julga e age precipitadamente e sempre
incorre no erro.
-CREDULIDADE E CETICISMO
São duas formas opostas do mesmo vício do intelecto. O crédulo acredita em tudo que
vê e ouve, sem fazer distinção entre a fantasia e a verdade, entre a estória e a história.
O céptico é o oposto. Duvida de tudo e de todos. Falta tanto ao crédulo quanto ao céptico,
o uso do poder comparativo do intelecto. Falta-lhes raciocínio.
-A PAIXÃO
É o resultado que se dá aos sentimentos toda a liberdade, deixando-os sem disciplina e
sem qualquer cultura. Os sentimentos indisciplinados transformam-se em paixão,
dominam a razão, desobedecem á vontade e anarquizam completamente a pessoa. A
paixão é um sentimento indisciplinado e como tal, deve sr combatido, mas há paixão por
coisas dignas e boas, que consiste em ter sentimentos disciplinados, treinados, dirigidos
e que devem ser cultivados. O que estraga é o seu objetivo, devemos nutrir os mais
altos e nobres possíveis.
6- CULTURA DA VONTADE
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A vontade é o poder executivo da pessoa, o que dirige todos os seus outros poderes
pessoais.
É a vontade que determina a ação que vai seguir. Ela tem três inimigos a serem
combatidos.
-SERVILISMO
É a atitude que permite á pessoa entregar-se totalmente á direção de outra. O servil não
tem vontade própria, é um fraco que faz tudo para agradar a todos, e assim não pode
cumprir sua missão.
-INDEPENDÊNCIA
O oposto do servilismo, é a vontade que o indivíduo tem de querer ser independente,
mas que não deve ser exagerada.
-INCONSTÂNCIA
É a falta de decisão. Para cumprirmos nossa missão precisamos de vontade forte decisiva
e bem orientada. A inconstância determina fatalmente a derrota na vida da pessoa. A
bíblia, através da epístola de Tiago, condena o inconstante dizendo que ele não consegue
nada da parte de Deus em seus pedidos.
7- CULTURA DO GOSTO
Significa a faculdade de amar e apreciar coisas belas como a música, a poesia, a
pintura, a natureza, o mar, os seres vivos, etc.. Esta faculdade precisa ser cultivada. O
gosto é mais um meio pela qual o homem pode enriquecer a sua personalidade.
V- ÉTICA SOCIAL
Ética social é a parte prática que trata da aplicação das leis morais ao procedimento
do homem em relação ao seu próximo. Este dever se acha resumido nas palavras de
Jesus: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. A ética social ensina que o homem
deve fazer ao próximo tudo o que faz a si mesmo. Somos por natureza dependentes uns
dos outros, devemos, portanto, firmar a nossa vida neste princípio de auxílio mútuo, pois
o auxílio mútuo é necessário, a fim de que todos cumpram os seus deveres.
Há uma relação muito íntima entre o direito e o dever, pois o direito de um é o
dever do outro. Assim, temos sempre a expressão: “O direito de um é sempre o dever
de outro”. Dividiremos a discussão da ética social em:
-ética social geral;
-ética doméstica;
-ética civil
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Baseia-se na relação do homem para com a raça, isto é, trata dos deveres gerais
do homem para com o seu próximo em todas as partes do mundo, fazendo divisões
semelhantes ás da ética individual.
2- ÉTICA DOMÉSTICA
A família, como célula-mãe da sociedade, vivendo em harmonia diante de Deus e
dos homens, com cada um de seus integrantes cumprindo seus deveres: conjugais,
sociais e econômicos.
3- ÉTICA CIVIL
Corresponde á sujeição do indivíduo e da coletividade aos poderes legalmente
constituídos (executivo, legislativo, judiciário) e suas leis e obrigações e de usufruir de
seus direitos como cidadão.
PRESERVAÇÃO DA VIDA
A continuação da vida do homem é a base de todo exercício de seus poderes.
Temos, portanto, o mesmo dever para com o nosso próximo no sentido que temos para
com o nosso próprio ser. Como os atos mais condenáveis cometidos contra o próximo
nascem do ódio, temos o dever sagrado de arrancar do nosso coração todos os
sentimentos maus e substitui-los pelo amor, que a ninguém faz mal. O estudo e o estado
do coração do homem, é, portanto, fundamentalmente para o desenvolvimento e
entendimento do que é ética.
O HOMICÍDIO PREMEDITADO
Também é condenado e ainda com mais severidade. Em alguns países os
criminosos que cometem crimes planejados, tirando vidas de seus semelhantes são
condenados á morte. Em outros países são punidos com a prisão perpétua.
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PRESERVAÇÃO DA SAÚDE
Uma vez que a boa saúde é importante numa vida para o bom êxito da sua missão,
é dever do homem procurar conservar a vida do seu próximo em pleno vigor. E também
é nosso dever evitar tudo quanto enfraqueça e ponha em perigo a saúde de nossos
vizinhos.
PRESERVAÇÃO DA LIBERDADE
A liberdade é um direito natural do homem, pois onde não há liberdade não pode
haver responsabilidade. A liberdade é essencial ao cumprimento da nossa missão.
Consiste no uso justo e correto dos poderes pessoais,a fim de cumprir esta missão moral
aqui na terra.
É dever do estado reprimir o homem que abusa da sua liberdade, pois quem sai
fora dos seus limites prejudica seus semelhantes.
É também dever do estado restringir a esfera de ação do louco, pois tal pessoa não esta
em condições de usar a liberdade.
O pai pode e deve restringir a liberdade do filho devido a sua falta de experiência
e juízo. A liberdade só lhe deve ser concedida na medida que o filho for adquirindo
capacidade para usar dela sem prejudicar a outrem. A lei de conservação social proíbe a
escravidão, pois não há justificação alguma para escravizar o nosso semelhante e é
injustiça sob todos os pontos de vista: econômico, filosófico, social e religioso.
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Parece que o bem social deve ser feito para Cristo, a Cristo, e para ganhar os
homens para Cristo, mas devem em qualquer tempo ser feito por amor a si mesmo? O
cristão deve ter uma razão evangélica para fazer o bem social? Tudo deve ser dirigido
para ganhar os homens para Cristo ou obter um galardão de Cristo? Se o exemplo de
Cristo for seguido, logo a resposta é claramente: não! Jesus praticava o bem social por
amor a este próprio bem. Curou 10 (dez) leprosos, sabendo que somente um deles
voltaria para agradecer (LC 17.13). Além disso, Jesus insistia em que se fizeste o bem
aos inimigos que não retribuiriam o favor (MT 5.43,44) e aos mercenários que não
poderiam pagar a bondade (LC 14.12,13). O cristão, seguidor de Cristo, deve fazer
qualquer bem que puder, meramente porque é o bem, quer alguém o aprecie ou seja
levado a Cristo, quer não. O amor de Jesus por Judas, embora soubesse que Judas o
trairia, é exemplar nesse aspecto.
O FALSO TESTEMUNHO
É o que se presta perante a autoridade civil depois de haver feito juramento e é
condenado, não só somente porque despreza as reações humanas, mas é também por
ser afronta a Deus, visto que o juramento foi feito.
DETRAÇÃO
É talvez o meio mais comum de injúria á reputação de uma pessoa, pois consiste
em “coisinhas”. O detrator revela segredos. Na vida há coisas que não há necessidade
ou não podem ser divulgadas. O detrator é o fofoqueiro que, muitas vezes, além de
espalhar o que se sabe ou descobriu, delata o seu próximo e ainda costuma acrescentar
coisas por sua própria conta. Esse acrescentamento faz parte da calúnia. A detração
estraga o bom nome de uma pessoa e a coloca mal vista e ás vezes em perigo.
A CALÚNIA
Consiste em prejudicar a boa reputação de uma pessoa pela mentira, porque pela
verdade não se pode caluniar a ninguém. Portanto, o caluniador cai em dois erros graves:
o de mentir e o de prejudicar a boa reputação de seu semelhante.
A INVEJA
É a fonte de muitos males que prejudicam a reputação de nosso semelhante. É um
vício que se esconde sempre em corações mesquinhos. A pessoa que alimenta a
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inveja confessa a sua inferioridade, pois ela só tem inveja de quem é reconhecidamente
melhor que ela.
Aos obreiros do Senhor: Atentai para esta palavra, de ordem emanada do altíssimo
“Eis as coisas que deveis fazer: falai a verdade cada um com seu próximo, executai juízo
nas vossas portas segundo a verdade, em favor da paz.” (ZC 8.16). Fugir
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XIX-TENHA LINGUAGEM SÃ
O obreiro que tem a experiência da regeneração e se santifica além dos cuidados
em relação ao seu corpo, deve ter linguagem sã, ungida e santificada pelo Espírito Santo.
Escrevendo a igreja de éfeso, Paulo recomenda que não deveria haver entre eles
conversas vãs ou chocarrices, coisas essas inconvenientes, antes pelo contrário, ações
de graça (EF 5.4). Se ao crente comum, leviandades dessa espécie na linguagem são
totalmente proibidas, que dizermos em relação aos ministros de Deus. Aos quais tem o
dever sagrado de ser padrão dos fiéis na palavra, no procedimento e na pureza (I TM
4.12).
O obreiro evangélico, em face das muitas advertências da palavra de Deus, não
deve contar piadas irreverentes que envolva coisas sagradas e, especialmente, o nome
de Deus, que é três vezes santo. O terceiro mandamento traz uma advertência que
inspira temor, o qual está empregado nos seguintes termos: Não tomarás o nome do
Senhor teu Deus em vão, porque o Senhor não terá por inocente aquele que toma o seu
nome em vão (EX 20.7).
O apóstolo Paulo, escrevendo aos efésios, contrasta a conduta dos filhos da luz,
com o comportamento dos filhos das trevas, não só nos atos, mas também nas palavras,
usando estes termos: não seja cúmplice nas obras infrutíferas das trevas, antes, porém,
reprovai-as porque o que eles fazem em oculto, o só referir é vergonha (EF 5.11,12). Em
CL 4.6, encontramos o seguinte registro: a vossa palavra seja sempre agradável,
temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um. Falando aos
discípulos o Senhor Jesus disse: “Tende sal em vós mesmos” (MC 9.50). Essa metáfora
significa linguagem sã, pura, compatível com a dignidade do evangelho, convém lembrar
a exortação de Paulo aos crentes em éfeso: ”Não saia de vossa boca nenhuma palavra
torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação conforme a necessidade, e assim
transmita graça (graça divina) aos que ouvem” (EF 4.29).
TOXICOPATOLOGIA
CONHECIMENTOS
BÁSICOS
MACONHA
O primeiro registro do uso de cannabis aparece no livro Book of Drugs, escrito
em 2737 ac, pelo imperador chinês Sheb Nung, ele prescrevia cannabis para tratamento
de gota, malária, dores reumáticas e doenças femininas, aparentemente os chineses
tinham muito respeito pela planta.
Cannabis Satina, a planta da maconha cresce vigorosamente em várias regiões do
mundo. A maconha contém um grande número de concentração em THC que determina
a potência dos efeitos.
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VIAS DE ADMONISTRAÇÃO
Fumar maconha é o método mais comum de ser utilizado. A maconha tem uma
aparência marron-esverdeada, apresenta folhas secas é e mais comumente fumada
num papel de cigarro ou de seda. O produto final tem aspecto de cigarro e é conhecido
como “baseado”. Às vezes, a maconha é misturada com tabaco e fumado como cigarro.
O haxixe é mais comumente fumado em um cachimbo. Com ou sem tabaco. O
óleo de Hash é utilizado de maneira mais econômica em razão de sua alta potência
psicoativa. Algumas gotas podem ser colocadas no cigarro ou cachimbo ou o óleo pode
se aquecido e seu vapor inalado.
EFEITOS FARMACOLÓGICO
O THC afeta primeiramente o funcionamento do sistema cardiovascular e do
sistema nervoso central. O aumento da pulsação é seu efeito fisiológico mais observado.
O THC e outros canabinóides agem por meio de receptores específicos nos sistemas
nervoso e central e periférico. A presença do THC agem no sistema nervoso central
hiperestimula o funcionamento do sistema canabinóide, cujos receptores estão
distribuídos pelo córtex, hipocampo, hipotálamo, cerebelo, amídala, girode cíngulo
anterior e gânglios de base. Como resultado desencadeam-se alteraçãoes cognitivas
(afrouxamento das associações, fragmentação do pensamento, confusão, alterações na
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EFEITOS PSICOATIVOS
A principal razão para um uso tão indeterminado da maconha é a sensação de
“barato” que os usuários experimentam: trata-se de um estado alterado de consciência
caracterizado por mudanças emocionais, como euforia moderada e relaxamento,
alterações perceptivas, como distorção do tempo, e intensificação das experiências
sensoriais simples como comer, assistir a filmes, ouvir música e ter relações sexuais.
Quando a maconha é utilizada num contexto social, essas experiências são
acompanhadas de risadas, fala excessiva e aumento da sociabilidade. Nem todos os
efeitos da maconha são agradáveis. Ansiedade, disforia, pânico e paranóia são os efeitos
indesejáveis mais comumente relatados por usuários não familiarizados com seus efeitos.
Sintomas psicóticos, como delírios e alucinações podem ocorrer com o uso de altas doses.
GERAIS
Relaxamento
Euforia
Pupilas dilatadas
Conjuntivas avermelhadas
Boca seca
Aumento do apetite
Rinite
Faringite
NEUROLÓGICOS
Comprometimento da capacidade mental
Alteração da percepção
Alteração da coordenação motora
Maior risco de acidentes
Voz pastosa (mole)
CARDIOVASCULARES
Aumento dos batimentos cardíacos
Aumento da pressão arterial
PSIQUICOS
Despersonalização
Ansiedade / confusão
Alucinações
Aumento do risco de sintomas psicóticos entre aqueles com história pessoal ou familiar
anterior
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COMPLICAÇÕES FÍSICAS
Como o uso crônico da maconha prejudicam a imunidade das células de roedores.
Substâncias da maconha prejudicam os alvéolos, afetando o sistema imunológico. A
maconha por sua vez causa danos aos sistemas:
Cardiovascular
Respiratório
Produtor
Câncer
COMPLICAÇÕES PSIQUICAS
O número substancial em indivíduos que desenvolvem sintomas psicóticos após o
uso é muito freqüente. Os sintomas mais comuns são: confusão, alucinação
(principalmente visuais), delírios, habilidade emocional, aminésia, desorientação,
despersonalização e sintomas paranóides. Estas reações ocorrem após um uso pesado
da droga. Na maioria dos casos estes sintomas desaparecem com a abstinência.
O uso crônico da maconha pode precipitar a esquizofrenia em indivíduos
vulneráveis. O uso da maconha pode exacerbar os sintomas de esquizofrenia.
Os portadores de esquizofrenia podem fazer uso de maconha como forma de
medicar os sintomas desagradáveis, associados ou os efeitos colaterais dos neurolépticos
utilizados no tratamento, tais como depressão, ansiedade, letargia e anedonia.
COCAÍNA E CRACK
VISÃO GERAL
O uso da cocaína começou nos países andinos (Peru, Bolívia, Equador e Colômbia).
Há mais de 2000 anos, seu isolamento químico foi feito por um alemão, chamado Albert
Niemann, cujo trabalho foi publicado em 1860. O uso mais difundido gera uma série
enorme de complicações relacionadas que passaram a ser descritas pela literatura
médica. Tais evidências levaram os Estados Unidos a proibirem seu uso e a cocaína
quase desapareceu no começo do séc. XX. Seu reaparecimento acontecei
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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
A produção da cocaína começa com as folhas de coca e passa por vários estágios
até chegar a forma de cloridrato de cocaína, que é a droga na forma de sal, vendido
como pó. A cocaína em pó não pode ser fumada, pois é volátil, ou seja, grande parte da
sua forma ativa é destruída a altas temperaturas. Para poder ser fumada, o sal da cocaína
precisa retornar a forma de base, neutralizando-se o cloridrato ou a parte ácida. O
produto resultante é conhecido como crack ou cocaína freebase. Assim, o crack não é
uma droga nova, é uma forma de cocaína que pode ser utilizada pela via pulmonar. Sua
grande vantagem, do ponto de vista do usuário, é que a absorção via pulmonar é mais
rápida e produz, aparentemente um efeito mais intenso.
A cocaína pode ser usada por diferentes vias de administração: oral, intranasal,
injetável e pulmonar.
No Brasil a forma mais comum de uso da cocaína era a via nasal. No final da
década de 1980 a via injetável passou a predominar. Já no ano de 1995 a maioria dos
pacientes usava predominantemente a cocaína na forma fumada (crack).
EFEITOS PSICOATIVOS
Os efeitos estimulantes da cocaína parecem aumentar as habilidades físicas e
mentais dos usuários. Eles experimentam euforia, exaltação da energia e da libido,
diminuindo o apetite, exacerbação do estado de alerta e aumento da autoconfiança. Altas
doses de cocaína intensificam a euforia, agilidade, a verbosidade, os comportamentos
estereotipados e alteram o comportamento sexual.
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GERAL-PSICOLÓGICO
Euforia
Sensação de bem estar
Estimulação mental e motora (ficar ligado)
Aumento da auto estima
Agressividade
Irritabilidade
Inquietação
Sensação de anestesia
GERAL FÍSICO
Aumento do tamanho das pupilas
Sudorese
Diminuição do apetite
Diminuição da irrigação sanguínea nos órgãos
NEUROLÓGICO
Tiques
Coordenação motora diminuída
Derrame cerebral
Convulsão
Dor de cabeça
Desmaio
Tontura
Tremores
Tinido no ouvido
Visão embaraçada
PSIQUICO
Desconfiança e sentimento de perseguição (paranóia)
Depressão (efeito rebote da intensa excitação)
SOCIAL
Isolamento
Falar muito
Desinibiçâo
RESPIRATÓRIO
Parada respiratória
Tosse
COMPLICAÇÕES FÍSICAS
Como se viu, a cocaína e outros estimulantes são amplamente distribuídos por todo o
corpo e as maiores concentrações acontecem no cérebro, baço, rins e pulmões.
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CARDIOVASCULARES
Hipertensão
Arritimias
Cardiomiopatia e miocardite
Infarto de miocárdio
Isquemia do miocárdio
Endocardite
GASTRINTESTINAIS
Náuseas, vômitos, diarréias
Anorexia
Má nutrição
Isquemia intestinal
Perfuração do duodeno
CABEÇA E PESCOÇO
Ulceração da gengiva
Midríase
Erosões no esmalte dentário
Alterações no olfato
Rinite crônica
Perfuração do septo nasal
SISTEMA RENAL
Falha aguda renal
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Tosse crônica
Dores torácicas
Hemoptisse
Pneumotórax
Hemopneutórax
Pneumomediastino
Pneumopericárdio
Asma
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OUTROS
Hipertemia
Morte súbita
Disfunções sexuais
OVERDOSE
Uma dose suficientemente alta pode levar á falência de um ou mais órgãos do corpo,
levando á overdose, que pode acometer qualquer tipo de usuário (crônico, eventual,
iniciante). A dose letal de cocaína depende da via de administração, para o uso oral é
de1 a 1,2 g de cocaína pura. O mais importante parece ser o qual rápido acontece o
aumento dos níveis da droga no cérebro.
A overdose acontece em duas fases:
Uma excitação inicial é seguida por fortes dores de cabeça, náuseas, vômitos e
convulsões severas. A esta fase segue-se á morte, pode ser muito rápida de 2 a 3
minutos ou durar cerca de meia hora. Alguém que sobrevive por mais de 3 horas tem
maior probabilidade de algum dano cerebral devido a falta e oxigenação.
COMPLICAÇÕES PSIQUIÁTRICAS
Altas doses de cocaína podem provocar alterações severas de comportamento devido
ao prejuízo da capacidade de perda da memória causando uma sensação intensa de
medo ou paranóia podendo levar o indivíduo a recorrer á violência, manifestações
psicóticas, alucinações e delírios podendo levar ao suicídio.
COMPLICAÇÕES SOCIAIS
As pessoas que usam drogas inicialmente para reduzir a inibição social e promover a
comunicação interpessoal, o uso pode provocar a paranóia prejudicando todo seu
convívio social.
Menor participação social
Prejuízo da capacidade para o trabalho
Comportamento violento
Atividades criminosa como furtos
Comportamento sexual de risco e infecções
Rompimento de vínculos familiares
SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA
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Após o último uso da droga 12 horas ocorre uma drástica redução do humor e da
energia corporal. O usuário experimenta o craving (fissura), depressão, ansiedade e
paranóia. O craving por estimulante diminui de 1 a 4 horas após o forte desejo de dormir.
Esta fase começa de 12 a 96 horas após o crash e pode durar de 2 até 12 semanas.
Decorrendo do aumento do número e da sensibilidade dos receptadores de dopomina. A
extinção ocorre quando completa os sinais e sintomas físicos. O craving é o sintoma
residual que aparece eventualmente, condicionando lembranças do uso e seus prazeres,
seu desaparecimento pode durar meses ou anos.
PRINCIPAIS COMORBIDADES
É comum encontrarmos usuários de cocaína com sintomas psiquiátricos como:
Transtornos afetivos
Transtornos de ansiedade
Transtornos de personalidade
Esquizofrenia
Transtorno de déficit da atenção e hiperatividade
VISÃO GERAL
O uso do álcool é destacado na virada do século XVIII para o século XIX, após a
revolução Industrial. A produção do álcool a que o homem estava acostumado até o
século XVIII era artesanal e predominava, portando, as bebidas fermoiadas (vinho e
algum tipo de cerveja). Com a revolução industrial inglesa, passou-se a produzi-las em
grandes quantidades que diminuiu seu custo. Além disso, desenvolveu o processo de
destilação dos fermentados. Técnicas capazes de aumentar muito as contrações
alcoólicas, portanto todas essas mudanças permitiram que um número muito maior de
pessoas, passase a consumir álcool com freqüência. Também é caracterizada a
dependência do tabaco sendo determinada por processo biológico, comportamentais,
psicológicos e sócio-culturais.
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Na corrente sanguínea é distribuída por todo o corpo. È solúvel tanto em água, quanto
em gordura e, por isso acumula-se nos tecido com maiores quantidades de água e pode
atravessar a placenta até a circulação fetal. Órgãos com alta perfusão (cérebro, pulmões
e rins) apresentam níveis alcoólicos mais elevados que os tecidos com pouco fluxo
sanguíneo (músculos). O tempo necessário para atingir a concentração máxima no
sangue varia de 30 a 90 minutos, dependendo de determinado fatores. Concentrações
alcoólicas mais elevadas e a presença do dióxido de carbono e bicabornato em bebida
efervescente aumentam a absorção.
Se o estômago estiver vazio, a absorção é mais rápida, se estiver cheio é mais lenta,
mas em ambos os casos todo álcool será absorvido.
Quando o álcool sofre o processo de metabolismo no corpo humano que se converte
em substâncias tóxicas, a primeira passagem para este processo é no estômago, mas de
90% a 98% do álcool é metabolizada no fígado, que tem uma capacidade limitada.
Isso significa que até que o fígado tenha tempo de metabolizar toda a quantidade
ingerida, o álcool ficará circulando por todo o corpo, inclusive pelo cérebro.
O caminho mais importante de metabolização de álcool no fígado é a oxidação.
APARELHOS
SISTEMA CARDIOVASCULAR
Os efeitos do álcool sobre a circulação são pequenos, doses moderadas causam
um pequeno aumento temporário no ritimo cardíaco e vasodilatação, especialmente na
pele, provocando rubor facial. A pressão arterial, o débito cardíaco e a força de
contratilidade cardíaca não são significantes afetados por quantidades moderadas de
álcool, sendo que grandes doses, provocam um aumento do fluxo sanguíneo cerebral.
TEMPERATURA CORPOREA
Quantidade moderada de álcool podem levar a vaso-dilatação periférica e
sudorese. A sudorese aumentada pode, por sua vez levar a perda de calor e a uma queda
na temperatura corporal.
TRATO GASTRINTESTINAL
O álcool pode estimular a secreção gástrica pela excitação reflexa dos terminais
sensoriais na mucosa bucal, gástrica e por uma ação indireta sobre o estômago,
possivelmente envolvendo a liberação da gastrina. Bebidas com alta concentração
alcoólica causam inflamação do revestimento do estômago e produzem uma gastrite
erosiva. A intoxicação alcoólica causa a parada das funções gastrintestinais secretoras e
motoras.
RINS
O álcool diminui a secreção de um hormônio antidiurético. O efeito diurético
provocado é proporcional á concentração de álcool no sangue. O álcool não causa
prejuízos à estrutura ou funcionamento dos rins.
RESPIRAÇÃO
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REDUÇÃO DA ANSIEDADE
O álcool é um potente ansidrístico e este efeito parece ser amplamente mediado
por sua ação sobre o receptor gaba-a Agudamente, o álcool intensifica a ação do ácido
gama-aminobutírico (Gaba), o neurotransmissor inibitório mais importante do sistema
nervoso central.
O álcool também tem uma ação anestésica e pode induzir a aminésia, a qual ocorre
em concentração subanestésica da droga.
Algumas pessoas bebem para “esquecer” seus problemas, mas o que ocorre, é uma
certa tendência a aumentar a rigidez na forma de pensar e intensificar os sentimentos
pré-existentes. Assim, uma pessoa triste ficaria ainda mais triste. O álcool faz com que
os processos mentais ocorram na forma “preto ou branco”, ou a pessoa está muito alegre,
ou muito triste, ou muito dócil, ou muito agressiva.
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DOENÇAS CARDIOVASCULARES
a-Arritimia: Perturbação do ritimo cardíaco normal.
COMPLICAÇÕES
PSIQUIÁTRICAS
EXPERIÊNCIAS ALUCINATÓRIAS
O início da evolução delirante acontece quando e paciente experimenta a súbita e
rapidamente, perturbação na percepção. O grau insight é característico imediatamente
quando o paciente desconfirma a realidade da alucinação. É um estado convulcional
tóxico de curta duração que habitualmente ocorre com o resultado da redução da
ingestão do álcool em indivíduos dependentes com longa história de uso. As complicações
de abstinência alcoólicas classificam em: alucinações vividas, acentuado tremor,
obnulação da consciência e confusão.
Estes sintomas normalmente ocorre de 20 a 50 horas após a última ingestão.
CONVULSÕES
Ocorrem em cerca de 5 a 15% dos indivíduos dependentes de álcool,
aproximadamente de 7 a 48 horas após a acessão da ingestão.
As convulsões são generalizadas tônicocrônicas “grande mal”, estão associadas a perda
de consciência, seguidas por movimentos convulsivos.
ALUCINOSES ÁLCOOLICAS
Alucinação mais tipicamente auditiva que ocorre após um período de pesado
consumo alcoólico. As alucinações são vividas de início agudo que intui sons de “chiques”,
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TABACO
VISÃO GERAL
A dependência da nicotina tem sido menos estudada que a dependência do álcool
e outras drogas, apesar de ser apontada pela organização mundial de saúde (ONS). Como
o problema da saúde pública número um é a maior causa de morbilidade e mortalidade
em muitos países. No Brasil, estima-se que mais de 200.000 pessoas morrem por ano
devido ao fumo. Os riscos de saúde associadas já haviam sido reconhecidos desde a
década de 1950. Por muitos anos discutiu-se se o uso do tabaco era ou não uma
dependência, uma parte importante de profissionais de saúde e principalmente a
indústria do fumo, relutou em aceitar a caracterização da nicotina química como droga
causadora de dependência. Também é caracterizada a dependência do tabaco como
sendo determinada por processos biológicos, comportamentais, psicológico e sócio-
culturais.
Apesar da fumaça do cigarro conter mais de 4.000 substância (60 delas são
cancerígenas), o fumante busca especificadamente a nicotina para obter o prazer e o
bem-estar. Fumar é um hábito que começa na adolescência e não devido aos efeitos
psicoativos da nicotina.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
A nicotina é principalmente absorvida pelos pulmões na forma de cigarros. Mas
também pode ser absorvida pela mucosa bucal: com o hábito de mascar rapé úmido ou
tabaco, charutos e cachimbos oferecem absorção tanto pelos pulmões quanto pela
mucosa bucal.
EFEITOS DO USO AGUDO
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pulmões é levada ao coração e dali é rapidamente distribuída por todo o corpo. Uma boa
parte do sangue contendo nicotina vai diretamente para o cérebro eleva cerca de 7
EFEITOS FARMACOLÓGICOS
A ingestão inicial da nicotina é geralmente uma experiência aversiva, com
náuseas, dores de cabeça e um mal estar generalizado, mas a tolerância a esses efeitos
desenvolve-se rapidamente. A nicotina pode estimular, deprimir ou perturbar os sistema
nervoso central. Dependendo da dose e da freqüência de utilização estas ações são
mediadas pelos receptores nicotínicos, que estão distribuídos por todo o cérebro e pela
coluna vertebral.
A ação aguda da nicotina no sistema nervoso central envolve vários
neurotransmissores:
-Liberação de dopamina, gerando euforia
-Liberação de noradrenalina, gerando aumento da freqüência cardíaca, náuseas,
vômitos, piloeração e melhora de atenção.
-Liberação da sertonina, gerando ansiedade
-Liberação de acetiucolina, gerando melhora de memória
COMPLICAÇÕES FÍSICAS
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
-Infário de miocárdio: O uso de cigarro representa o maior dos fatores de risco.
-Arteriosclerose: O uso de cigarros é o maior fator de risco
-Aneurisma da aorta
-Ataques de angina
-Doenças coronarianas
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CÂNCERES
-Pulmão: de 75% a 85% dos cânceres de pulmão decorrem de uso de cigarro. O câncer
de pulmão é o tipo de câncer que mais faz vítimas.
-Laringe
-Cavidade uterina
-Esôfago
-Bexiga
-Rins
DOENÇAS PULMONARES
-Enfisema
-Bronquite crônica
-Infecção respiratória
COMPLICAÇÕES PSIQUIÁTRICAS
O uso de tabaco é comum entre pacientes psiquiátricos, e é mais prevalente entre
pacientes depressivos e psicóticos.
Fumantes com história passada ou presente de ansiedade, depressão ou
esquizofrenia terão menor probabilidade de parar de fumar e isso pode ser em
decorrência de vários fatores:
-Dependência e sintomas de abstinência aumentados
-Carência de suporte social
-Menores habilidade de enfrentamento
-O desejo de consumo pode ser desencadeado por estímulos ambientais relativamente
independentes do estado ou da necessidade fisiológica. É por isso que o indivíduo pode
ter um forte desejo de fumar anos após a interrupção do consumo.
SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA
Principais sinais e sintomas da síndrome de abstinência da nicotina.
PSICOLÓGICOS
-Humor disfórico ou deprimido
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-Ansiedade
-Dificuldade para se concentrar e manter a atenção
-Inquietação
-Fissura
BIOLÓGICOS
-Frequência cardíaca diminuída
-Pressão arterial diminuída
-Aumento de apetite
-Ganho de peso
-Falta de coordenação motora e tremores
TERAPIAS PSICOSOCIAIS
O objetivo da terapia comportamental é mudar as cognições anteriores a
respeito do fumo, reforçar o não fumar e ensinar habilidades para evitar o fumo em
situações de risco. Trabalha com técnicas de treinamento de habilidades, prevenção de
recaída, controle de estímulos, redução de nicotina, relaxamento e feedback fisiológico.
TERAPIAS SOMÁTICAS
As terapias somática incluem terapia de reposição de nicotina, uso de medicação
que imitam os efeitos da nicotina, uso de antagonistas (para bloquear os efeitos
reforçadores da nicotina) e outras medicações, sendo que as duas primeiras são as
principais formas de tratamento deste grupo.
TERAPIA COMBINADA
O objetivo da terapia combinada é oferecer tratamento para síndrome de
abstinência e, concomitantemente desenvolver habilidades de não fumar.
O tratamento psicosocial não é essencial para obter resultados com os
tratamentos somáticos. No entanto é importante notar que a terapia combinada aumenta
consideravelmente o número de pessoas que param de fumar, quando comparada aos
tratamentos isolados.
Assim, a combinação da terapia psicosocial e somática é o tratamento
recomendado.
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Ambos são antidepressivos na ação da nicotina, agindo como anti nicotina, nas regiões
do prazer (sistema de recompensa cerebral).
EVANGELISMO E MISSÕES
O QUE É EVANGELHO?
1- ETIMOLOGIA
A palavra ”evangelho” vem de duas palavras gregas: “eu”, que quer dizer ”bom”,
e de angelia, que significa “mensagem, noticia, novas” Assim a palavra euuangelion que
quer dizer “boas novas, noticias alvissareiras”. Essa palavra aparece tanto no antigo
testamento como na literatura extra bíblica.
No hebraico é bessorah, que a Septuaginta traduziu por euuangelion.
Originalmente significava “pagamento pela transmissão de uma boa noticia”. Com o
tempo passou a ganhar novo significado no mundo romano de fala grega, em virtude
do culto ao imperador, pois a palavra euuangelion era usada para anunciar o nascimento
deste ou a sua coroação.
EUANGELIZOMAI (Aristófanes), evangelizo, uma que só se encontra no grego
posterior juntamente com o substantivo adjetival euuangelion (Homero) e o substantivo
euangelos (Ésquilo), todos derivados de angelos, “mensageiro” (é provável que
originalmente fosse uma palavra iraniana tomada por empréstimo), ou do verbo angelló,
“anunciar” (anjo). Euangelos, “mensageiro”, é aquele que traz uma mensagem de vitória
ou quaisquer outras notícias que causam alegria.
2- NOVO TESTAMENTO
Esse vocábulo, que e encontrado 76 vezes em todos o novo testamento, só aparece
no singular; o verbo euuangelizo, ”evangelizar”, 54; e euuangelistes, “evangelista” 03.
O Senhor Jesus Cristo é o conteúdo do evangelho; sua vinda, seu ministério terreno, seu
sofrimento, morte e ressurreição RM (1.1-7).
É a mensagem de Cristo que salva o pecador (JO 3.16). É o meio empregado por
Deus para a salvação de todo aquele que crer (I CO 15.2). Só através do evangelho é
que o homem conhece a salvação na pessoa de Jesus. O evangelho de Cristo é a única
resposta para este mundo que perece em conseqüência do pecado.
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EVANGELISTAS
O mundo jaz no maligno. Com a entrada do pecado, satanás tornou-se deus deste
século (II CO 4.4) e o príncipe deste mundo (JO 14.30). O pecador preso nos laços do
diabo, e é dominado como príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera os
filhos da desobediência (EF 2.2). Dominado totalmente por satanás, o pecador está
entregue a toda sorte de práticas desagradáveis aos olhos de Deus, faz a vontade da
carne e dos pensamentos, é dominado pelas concupiscências do seu coração e pelas
paixões infames.
Os pecadores estão entregues a um sentimento perverso, para fazerem coisas que
não convém, estando cheios de toda iniqüidade, prostituição, malícia, avareza, maldade;
cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade, sendo murmuradores,
detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de
males, desobedientes aos pais, néscios, infiéis, sem
qual nos levará deste mundo a sua gloriosa mansão, nos céus (JO 14.1-3).
O ESTADO DO PECADOR
1- O pecado tem despojado o pecador dos seus bens espirituais (RM 3.23), deixando-o
caído na estrada da vida,”meio morto” (LC 10.30-35). Pela vida do pecador já tem
passado o levita (V.32), uma figura das filosofias humanas, também pela vida do
sacerdote (V.31), uma figura dos milhões de religiões existentes. Porém, o homem
continua caído, despojado e meio morto. A única pessoa que pode socorrer o moribundo
da estrada foi o bom samaritano que é, primeiramente, uma figura do Senhor, mas que,
também, é uma figura do crente salvo que, para efetuar esse trabalho, tem em suas
mãos os recursos do azeite(graça), vinho(palavra) e dinheiro(dons).
2-´´...tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo....(SL 40.2). O pecador está
atolado no lodo (pecado), preso pelos laços do diabo (IITM 2.26) e impossibilitado de
sair pelos seus próprios esforços (JO 8.34). Somente o crente, que já está com os pés
firmados na rocha (SI 40.2), poderá ajudá-lo a sair daquele horrível lugar, para a rocha
da nossa salvação: Cristo (EF 2.20,21). Ao aceitar Jesus como salvador, o pecador é
tirado da potestade das trevas para o reino do filho de seu amor (CL 1.13), das trevas
para a luz (I PE 2.9).
3-O pecador está rodeado pelo fogo da condenação (JO 3.8) e não tem condições, por
si, de sair. mas, como o crente já saiu da mesma condição (JO 5.24; RM 8.1), o Senhor
confiou-lhe a urgente tarefa de salvar alguns, arrebatando-os do fogo (JD 23).
4- Os perdidos estão destinados à morte e estão sendo levado para a matança (PV 24.11).
Deus quer que todo crente não ignore essa terrível situação dos pecadores (PV 24.12),
por isso os incumbiu da realização do importante trabalho de retirá-los dessa
circunstância (PV 24.11).
5- Todos os homens foram mordidos pela serpente venenosa chamada pecado (RM
3.23; I JO 1.8) e, como conseqüência, são candidatos à morte eterna (RM 6.23; AP
21.8). Somente o crente tem o verdadeiro remédio para o pecado: Cristo. Ao crer em
Jesus o veneno do pecado é extirpado da vida do ser humano (JO 1.7,9).
6- ´´...Não tenho homem algum que, quando a água é agitada me coloque no tanque...”
(JO 5.7). O pecador está com a enfermidade do pecado (IS 1.6), por si mesmo não pode
chegar no tanque (salvação). Somente o crente poderá fazer este trabalho (LC 14.22,23).
7- “Rogo-te,pois,ó pai, que o mandes á casa de meu pai. Pois tenho cinco irmãos, para
que lhes dê testemunho, a fim de que não venham parar neste lugar de tormento” (LC
16.27,28). Como é comovente a situação deste rico que havia partido para a eternidade
sem salvação! Estava agora atormentado nas chamas (V.24). Diante do pedido acima,
foi lhe dito da impossibilidade de alguém sair de lá de onde ele estava, isto é, do hades,
para a terra, a fim de testificar para seus irmãos. Também lhe foi dito que este trabalho
é feito pelos que estão na terra. A responsabilidade de pregar a
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palavra foi confiada aos crentes. Se o pecador crer em Jesus, será salvo e livre da
condenação e, ao partir desta vida irá gozar das delicias do paraíso celestial.
8- ”Olhei para a minha direita, e vi, mas não havia quem me conhecesse: refúgio me
faltou, ninguém cuidou da minha alma” (SL142.4).
O pecador está à espera de alguém que possa cuidar da sua alma. Essa missão foi
confiada aos crentes.
O QUE É EVANGELISMO ?
É a obra do Espírito Santo.
O Espírito Santo é capaz de fazer a palavra alcançar tanto êxito hoje como nos
dias dos apóstolos. Ele pode salvar as almas ás centenas ou aos milhares, como também
de uma em uma, ou de duas em duas. A razão por que não somos mais prósperos é que
não contamos com o Espírito Santo entre nos,em poder e energia, como nos tempos
primitivos.
Se contássemos com o Espírito para selar o nosso ministério com poder, isso
significaria que poucos valores dariam ao talento humano os homens podem ser pobres
e sem estudo, suas palavras hesitantes e gramaticalmente erradas, porém, se o poder
do Espírito as estiver bafejando, o evangelista mais humilde será mais bem sucedido do
que o mais erudito dos doutores, ou o mais eloqüente dos pregadores.
“É o extraordinário poder de Deus, e não os talentos humanos,que obtêm a vitória.
É da unção espiritual extraordinária e não de poderes mentais extraordinários, que
precisamos. O poder intelectual pode encher um templo de angústia de alma. O poder
intelectual pode atrair numerosa congregação, mas somente o poder espiritual pode
salvar almas. Precisamos do poder espiritual” (Charles H. Spurgeon).
“ Se o espírito estiver ausente, poderá haver sabedoria de palavra, mas não a
sabedoria de Deus, poderá haver os poderes da oratória, mas não o poder de Deus; a
demonstração do Espírito Santo, a lógica convincente de seu resplendor, como a que
convenceu a Saulo, próximo à porta de Damasco. Quando o Espírito se derramou, todos
os discípulos ficaram cheios do poder do alto, e a língua menos culta pôde silenciar os
contradizentes e, com suas chamas por novas, foi queimando e abrindo caminho através
de obstáculos de toda sorte, sopradas por poderosos ventos que varreram florestas”
(Arthur T. Pierson).
Os ministros do evangelho, de fato, precisam do poder do Espírito Santo, porque
sem ele serão inaptos para o ministério. Nenhum homem é competente para o trabalho
do ministério do evangelho mediante apenas suas aptidões e habilidades pessoais, sua
erudição e experiência adquiridas dos homens. sua eficiência vem do poder do Espírito
Santo. Enquanto ele não houver sido dotado desse poder, a despeito de todas as suas
virtudes e capacidades, terá que esperar até que do alto sejam revestidos de poder
competia aos discípulos esperar em Jerusalém, até que recebessem a promessa do
Espírito
“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo que há de vir sobre vós, e ser-me- eis
testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, até os confins da
terra” (AT 1.18). Antes de os discípulos receberem o batismo no Espírito santo, ficaram
trancados num lugar onde se reuniam com medo dos judeus ((JO 20.19). Também
estavam despreocupados com a incumbência que lhes foi dada para pregar a
FEMICJP.COM 66
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palavra (JO 21.3). Mas quando receberam o poder do Espírito Santo o quadro
modificou-se totalmente:
-Eles que estavam assentados (AT 2), ficaram de pé (AT 2.14);
-As portas, que até então estavam fechadas(JO 20.13), abriram-se e eles saíram ás
ruas, ás praças, ás sinagogas, a pregar a palavra;
-Pedro, que chegara a negar vergonhosamente o Mestre (LC 22.54-62), agora podia
pregar com coragem e autoridade (AT 2.14).
Realmente, o batismo no Espírito santo capacita o crente para o glorioso trabalho de
ganhar almas, pois o possibilita a pregar com autoridade e também com graça. Quando
o ganhador de almas estiver equipado com esta ferramenta celestial (II CO 10.4-5),
haverá muitas conversões, como fruto do seu trabalho (AT 11.22-24). O mandamento
bíblico neste sentido é: “...Enchei-vos do Espírito Santo” (EF 5.18).
A relação do evangelista com o Espírito Santo deve ser algo diferente, até mesmo
indescritível, de tudo o que já se ouviu sobre o assunto. Ele deve ser completamente
submergido no Espírito, submisso à sua direção para ter uma comunhão fora do comum,
que fará com que sua mensagem, sua vida, seus gestos e tudo mais em seu ser se
transformem em poderosas armas de testemunho do poder e graça de Deus.
O evangelista deve ter tal intimidade com o Espírito que, palavras como
“revelação”, “visão” e “poder” serão comuns em sua experiência e não somente
vocabulário. Ele sem esta relação, não passará de um “alto-falante” espiritual. Embora
ele fale muito bem, explique claramente, ensine coisas muito bonitas, sem a unção do
espírito, não será mais que um bom orador ou mestre.Todavia, Deus não chamou para
tal por isso, proveu o meio para que o evangelista estivesse sempre ligado á fonte
divina de poder transformador: O Espírito Santo. Sem essa relação não há autoridade,
poder, manifestações transformadoras ou salvação (II CO 13.13).
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nossos corações? Não conhecemos a compaixão de Jesus? Deus no-la pode conceder. A
falta será nossa se não a recebermos.
“Porque ainda que tenhais dez mil aIos em Cristo, não tendes, contudo, muitos
pais; pois eu, pelo Evangelho, vos gerei em Cristo Jesus” (I CO 4.15)
Paulo fala da diferença entre os aios em Cristo;
O termo aqui traduzido por “preceptores” ou “instrutores” é o mesmo traduzido por aio
conforme alguma traduções dizem em GL 3.24, e onde há uma alusão à lei, como o
agente que ajuda alguns homens a serem levados aos pé de Cristo. Aqui estão em vista
os “atendentes” de meninos pequenos, que os acompanhavam na ida e na volta da
escola. Usualmente esses paidagogoi eram escravos relativamente sem importância.
Podiam ser numerosos e podiam ser trocados com freqüência. Mas havia um único pai,
e ninguém poderia tomar seu lugar ou suplantá-lo em importância com relação à criança.
Os dois pronomes, no grego “ego” e “umas” estão em proximidade enfática. Quem
quer que tenha sido o progenitor de outras igrejas, fui “eu”, quem em Cristo “vos` gerou”
(Robertson e plummer, in loc).
Paulo, através da pregação do evangelho de Cristo, os havia gerado em suas
viagens missionárias.
E para gerarmos filhos espirituais precisamos sofrer as dores de parto,como as mães que
depois de um período de nove meses, sofrem mudanças físicas, emocionais e no final a
dor do parto. Mas, quando a criança nasce, elas esquecem de todas as dores que
passaram, restando apenas a alegria pelo filho que nasceu.
Assim é a recompensa do evangelista. Após um período de dificuldades e
sofrimento para gerar um filho (espiritual) esquece de todo o sofrimento que passou ao
ver uma nova vida nascendo em Cristo Jesus.
“Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida,
com alegria, trazendo consigo seu molhos”. (SL 126.6).
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Conversões superficiais e falsas, dessa espécie, podem ser uma explicação, dentre
outras, da existência de tantos indivíduos que se dizem crentes convertidos, mas
desonram a Deus e trazem opróbrio contra a Igreja. Vivem de modo incoerente com sua
profissão de fé, em razão de se deleitarem no mundanismo e no pecado. É necessário
que o pecado seja profundamente sentido, antes de poder ser lamentado. Os pecadores
devem sentir tristeza, antes de receber consolo. As verdadeiras conversões eram comuns
antigamente, e voltarão a ser de novo, quando a igreja sacudir-se e atirar longe a sua
liturgia apegando-se ao poder de Deus, o antigo poder do Espírito, que vem do alto.
Então sim: como no passado, os pecadores estremecerão ante o terror do senhor”(J.H.
Lord)
Pensaríamos em chamar um médico antes de cairmos doentes? Exortamos aqueles
que estão em pleno vigor e em boa saúde para que se apressem a consultar um médico?
O atleta que nada com perfeição porventura implora ao povo que está na praia que venha
salvá-lo de afogamento, se nem sequer já molhou os pés na água do mar? Claro que
não! Porém basta que a enfermidade se declare, e imediatamente que sentiremos a
necessidade de ir ao médíco. Só então entendemos que precisamos de algum
medicamento. E quando o imprudente nadador se vê exausto e prestes a desaparecer no
turbilhão das águas, ao perceber que vai morrer afogado, não se demora em pedir
socorro. É tremenda a agonia que experimenta a pessoa prestes a afogar-se. Estando
sem forças, sabe que, se ninguém a acudir depressa, fatalmente perecerá.
O mesmo acontece à alma que perece. Quando alguém se convence de modo
absoluto de sua condição de perdido, põe-se a clamar na amarga angústia de seu
coração: "Que é necessário que eu faço para me salvar?" Não é necessário exortação
nem incentivo para o pecador convicto salva-se, torna-se a maior questão, caso de vida
ou morte, e estará pronto a fazer qualquer coisa para esse fim, contanto que seja salvo.
É exatamente essa falta de convicção do pecado que resulta em reavivamentos espúrios,
que frustram a obra inteira de evangelização. Uma coisa é levantar a mão e assinar um
cartão de decisão, mas outra coisa, inteiramente diferente, é estar realmente salvo.
As almas precisam ser libertas de modo total e permanente, para que possam desfrutar
a eternidade, fácil tarefa é contar cem convertidos confessores durante a excitação de
uma campanha, mas é coisa inteiramente diferente voltar ali cinco anos mais tarde, e
encontrar todos esses convertidos ainda firmes no Senhor.
FONTE DE BENEFÍCIO
O evangelismo enche de pessoas qualquer Igreja. Encheu as igrejas metodistas há
mais de duzentos anos. O metodismo nasceu por causa evangelismo. Esse movimento
wesleyano só cresce e têm vida em função do evangelismo. A igreja de Cristo só é igreja
por causa do evangelismo, desde o dia dos apóstolos. É o que leva as pessoas á salvação.
Os novos convertidos vão ocupando os assentos (até então vazios) das igrejas.
Além disso, o evangelismo resolve o problema financeiro. Tudo quanto Pedro teve
da fazer foi apanhar o peixe, o dinheiro encontrava-se na boca desse peixe. Sempre foi
assim. Basta que conquistemos os perdidos para Cristo, que estes suprem
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os recursos para levar avante a sua obra. É pelo fato de o evangelismo haver-se
amortecido, que tantas de nossas igrejas foram obrigadas a fechar as suas portas.
A Igreja dos povos não é exceção. Ao longo dos anos de sua existência, temos
conduzido um contínuo e eficiente ministério de evangelismo, e continuamos a
evangelizar. Entoamos hinos de louvor de teor evangelístico e pregamos sermões que
anunciam a salvação em Cristo.
EVANGELISMO É AINDA:
a- INFORMAÇÃO: Evangelismo é uma ação que tem por fim informar. É preciso que o
pecador seja informado a respeito de sua condição de pecador, da natureza e
conseqüência do pecado em sua vida, do amor de Deus e de sua providência para a
salvação de suas criaturas, o que é necessário fazer para se salvar? Todos os meios
possíveis devem ser usados para que o homem seja informado de tudo quanto diz
respeito a sua situação espiritual e do amor divino para com ele.
b- PERSUASÃO: Não basta apenas informar. É também preciso persuadir .O pecador deve
ser persuadido a submeter-se a Cristo incondicionalmente.Quem convence o pecador é
o Espírito Santo. O crente é um instrumento do Espírito para persuadir o pecador.
AS ARMAS DO EVANGELISTA
Para realizamos a tarefa de evangelizar é preciso a utilização sábia de instrumento
adequado. O marinheiro usa a bússola, o alfaiate a tesoura, o lavrador o arado. E aquele
que evangeliza, de quais armas precisa? É necessário:
1- ORAÇÃO
'Lemos nas biografias de nossos antepassados que se mostraram mais bem
sucedidos na conquista de almas, que oravam em secreto durante horas a fio. Fazemos
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então uma pergunta: poderíamos obter os mesmo excelentes resultados sem seguir o
exemplo deles? Caso não precisemos orar tanto, provemo-lo ao mundo. Descubramos
um método superior! Caso contrário, em nome de Deus, começaremos a seguir aqueles
que a fé, com paciência, tornaram-se herdeiros da promessa. Nossos progenitores
espirituais choraram, oraram e agonizaram diante do Senhor, em favor dos ímpios
visando a salvação deles, e não descansavam enquanto os pecadores não fossem feridos
pela espada da palavra do Senhor. Esse é o segredo do êxito retumbante dos gigantes
espirituais do passado. Quando às coisas se paralisavam eles lutavam em oração até que
Deus derramasse de seu espírito sobre os homens, que assim se convertiam.'
Todos os homens de Deus eram poderosos homens de oração. Somos informados
de que o sol nunca surgia no horizonte, na china sem encontrar Hudson Taylor de joelhos.
Não admira, portanto, que a missão para o interior da china tenha sido tão
maravilhosamente usada por Deus.
A conversão é uma operação efetuada pelo Espírito Santo, e a oração é o poder
que assegura essa operação. As almas não são salvas pelo homem, e sim, por Deus, e
posto que Ele opera em resposta à oração, não temos outra alternativa além de seguir o
plano divino. A oração movimenta o braço divino, que põe o avivamento em ação.
A oração que prevalece não é fácil. Somente aqueles que têm estado em conflito
com os poderes das trevas sabem que ela é difícil demais. Paulo escreveu dizendo que
''não temos que lutar contra a carne e o sangue, e, sim contra os principados, contra as
potestades, contra as força espirituais da maldade nas regiões celestes” (EF 6.12). E o
espírito santo ora com ''...gemidos inexprimíveis'' (RM 8.26).
Oração e jejum pelas cidades. O homem pecador se opõe a Deus. O diabo força o homem
não buscar a Deus. Todo plano de evangelização, por melhor que seja, fracassará, se
não tiver o poder de Deus. E o poder de Deus só pode ser adquirido pela busca, pela
oração. Deus age (FP 1.29; EF 2.8; JO 6.44). Os demônios só são expulsos pelo poder
da oração (LC 19.41). A oração é a base.
2- PALAVRA
A bíblia é o manual por excelência de missões, porque é a revelação de Deus à
humanidade. Além de ser a única fonte inspirada de teologia e ética ela nos ensina como
fazer evangelismo e missões.
A bíblia é a única obra literária do mundo que registra que a nossa origem. Deus
quer que todos os seres humanos conheçam a verdade sobre Ele e de como Ele se revelou
nas santas escrituras, e também sobre a natureza humana. A vontade de Deus é que
todos os homens se arrependam e tenham conhecimento da verdade (I TM 2.4).
Deus sempre se preocupou com o bem-estar do homem. Essa vontade só pode
ser conhecida pela revelação, verdade que só é encontrada nos oráculos divinos: a bíblia
sagrada.
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3-PORQUE A PESSOA SALVA é a única que pode afirmar com convicção quem ele era,
quem ele é, e quem ele será, ou seja: era um perdido pecador, candidato à morte eterna
e à condenação. Porém, hoje, é um pecador remido (TT 2. 14), liberto por Jesus (JO
8.34), e, no futuro, estará eternamente na presença do Senhor (I TS 4.17), nos céus (FP
3.20), possuindo um corpo imortal e incorruptível (I CO 15.51-54)
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apoiado com ambas as mãos para se salvar. Ao olhar o quadro, o pintor ficou insatisfeito
e quis fazer outro. Então, ele pintou a mesmo tempestade, o mesmo cenário de
desespero, o mesmo bote naufrago, os mesmo homens aflitos pedindo por socorro e a
mesma pedra salvadora. No entanto, ele acrescentou algo: um homem bem apoiado
sobre a rocha que estava no meio das águas revoltas. Com uma das mãos ele se segurava
na rocha e com a outra oferecia socorro a quem quisesse sair da água''
O Senhor Jesus, o evangelista por excelência, resumiu sua obra da seguinte
maneira: “Porque o filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido”'(LC
19.10).
1- EVANGELISMO PESSOAL
A evangelização pessoal ainda é, por excelência, o método mais eficaz na obra de
ganhar al,mas. Nenhuma estratégia, por mais perfeita que seja, pode substituir com a
mesma eficiência o contato pessoal na pregação do evangelho.
Jesus e os apóstolos pregaram ás multidões mas nunca desprezaram a evangelização
pessoal, por entenderem que a salvação é uma questão individual, que deve ser tratada
com as pessoas uma a uma, como fez Jesus ao escolher os seus discípulos. É por outro
lado, a estratégia mais simples e de menor custo, pois é fruto do amor apaixonado de
cada crente pelas almas perdidas, que o faz buscá-las pessoalmente e sem
esmorecimento, onde quer que se encontrem, como fez o pastor com a que encontrava
desgarrada do redil (LC 15.4-7).
Se cada Cristão entendesse o seu papel e ganhasse, pelos menos, uma pessoa a
cada ano, e cada um desses novos cristãos ganhasse também uma pessoa por ano, o
alvo de 50 milhões de almas até o ano 2010, lançado pela década da colheita, poderia
ser alcançado em pouco mais de dois anos.
a- PONTO DE CONTATO
A evangelização pessoal tem como fundamento o contato entre o evangelista e a
pessoa a ser evangelizada. Se não houver contato, não há evangelização. É obvio que o
contato se dá em duas direções:
Primeiro com Deus e segundo com o próximo. A forma de aproximação mais
conhecida como ponto de contato vai determinar em grande parte o êxito da iniciativa.
Ela será a chave para tornar o interlocutor mais acessível ao dialogo, que poderá levá-
lo a reconhecer os pecados e, conseqüentemente, à conversão.
Não basta simplesmente iniciar uma conversa mostrando já as conseqüências de
quem se rebela contra Deus. Talvez esta seja a forma mais rápida de fechar as portas à
pregação. Em nenhuma parte da Bíblia a mensagem de juízo precede a de
arrependimento.
Descobrir o ponto de contato significa fazer uso da habilidade de intuir em cada
situação a maneira pela qual o evangelista pode identificar-se com a pessoa que está
sendo evangelizada. Veja o exemplo de Filipe. Ele descobriu que o eunuco lia o profeta
Isaías e fez uso deste ponto de aproximação para entabular a conversa, enquanto corria
ao lado do carro (AT 8.30). Paulo, no areópago, utilizou-se da figura de Deus (AT 17.22-
24).
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Ponto de contato é a chave ''para se dizer o que é certo, de maneira que não ofenda as
pessoas''.
a-FAZENDO AMIZADE
A evangelização pessoal tem como pressuposto a amizade, principalmente quando se
trata de um projeto em médio prazo em relação a determinada pessoa. Uma proposta
de relacionamento amistoso e sincero é a primeira atitude que o evangelista pessoal
precisa demonstrar na sua busca incessante pelas almas perdidas. É preciso que haja da
parte do pecador, absoluta confiança nas intenções de quem o está evangelizando.
b- PELO EXEMPLO
O exemplo é outro fator de atração que deve ir na frente para conquistar, sem palavra,
a expectativa do incrédulo. Há uma diferença entre o salvo e o não salvo e esta precisa
ficar bem caracterizada não apenas pelo discurso, mas principalmente pelas ações. “Eis
que tenho observado que este homem que passa por aqui é um santo homem de Deus''
(II RS 4.9). Já dizia a mulher a respeito de Eliseu. De que adianta um turbilhão de
palavras bem concatenadas se o testemunho não corresponde ao que se prega?
c- PELO DISCIPULADO
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Aqui significa que o evangelista pessoal não vai pregar para alguém e abandoná-lo á
beira do caminho. O discipulado implica em adotar essa pessoa e levá-la pacientemente
a cumprir todos os passos da salvação até que Cristo seja gerado nela. Este procedimento
produzirá crentes maduros que, por sua vez, serão levados a ter a mesma atitude de
fazer novos discípulos (II TM 2.2).
Foi assim com Filipe, após o chamado do mestre, trouxe as boas novas para Natanael
e o levou a Cristo (JO 1.45-47).O mesmo ocorreu com a mulher samaritana, que
anunciou ter encontrado o Messias aos conterrâneos de Samaria: Vinde e vede um
homem que me disse tudo quanto tenho feito, porventura não é este o Cristo?'' (JO
4.39). O endemoninhado gadareno foi outro que não titubeou. Depois de liberto, ''Foi
apregoando por toda a cidade, quão grandes coisas Jesus lhe tinha feito'' (LC 8.39).
Gerar um novo crente significa acompanhá-lo passo a passo, tal como uma criança, até
que possa andar com os seus próprios pés.
QUALIDADES DO
EVANGELISTA
1-DEMONSTRAR CONVICÇÃO
Entre as muitas qualidades exigidas do evangelista pessoal, além da conversão e da
certeza de salvação, está a convicção absoluta naquilo que crê. Jó escreveu: ''Eu sei que
o meu redentor vive” (JO 19.25). O apóstolo Paulo não teve dúvida: ''Eu sei em quem
tenho criado'' (II TM 1.12). A ineficiência na exposição das verdades da salvação passa
a idéia de que o pregador não está muito convicto daquilo que prega e não permite ao
Espírito Santo usar a palavra para atingir o coração do ouvinte, isto, porque, '”Se a
trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha?” (I CO 14.8). Ou seja,se
o soldado der o toque de recolher para, em seguida, dar o toque da alvorada no momento
exato de iniciar a guerra,como os recrutas irão agir?
2- SER CONVERTIDO
“...E tu, quando te converteres,confirma teus irmãos” (LC 22:32). ”...E grande número
creu e se converteu...” (AT 11.21). Há muitas pessoas que querem dar o segundo passo,
sem ter conhecido o primeiro. A princípio, eles tentaram usar o poder do nome de Jesus,
sem experimentá-lo em vidas. E depois, tentaram levar homens pecadores e rebeldes ao
conhecimento da vontade divina. O homem salvo por cristo, que está reconciliado com
Deus, não vive mais em rebeldia, seja qual for a forma que ela tiver. Que Deus nos ajude
a estar dentro da sua vontade! Nós dizemos o que sabemos e testificamos o que vimos.
Porque hás de ser sua testemunha para com todos os homens do que tens visto e ouvido.
O que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas
mãos tocaram na palavra da vida.
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4- SER PREPARADO
“ Sofre, pois, comigo, as aflições como bom soldado de Jesus cristo. Ninguém que
militar se embaraça com negócio desta vida, a fim de agradar aquele que alistou para
a guerra. É, se alguém também militar, não é coroado se não militar legitimamente”.
O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar dos frutos''. (II TM 2.3-6).
Há um ditado que diz: ''Um homem prevenido (preparado) “vale por dois''. No caso do
evangelista (ou qualquer outro ministro) isso é regra. Ele deve se preparar para estar
sempre pronto a responder à altura de um anunciador das boas novas. A bíblia compara
o crente como um soldado ou atleta, estes títulos, em si mesmos, já denotam preparação.
O evangelista deve se preparar e também preparar o ambiente e as pessoas, através da
oração. 'A proclamação funciona bem, num ambiente, onde as pessoas têm sido
preparadas para ouvir o evangelho.
Estar preparado é mais do que ficar sempre lendo materiais sobre evangelismo. É estar
cheio da palavra, do Espírito e da Graça de Deus. Estar preparado e também ser sensível
a direção do Espírito. O evangelista deve estar pronto, tanto para pregar quando o
Espírito quiser, como para não pregar quando o Espírito assim o mandar (AT 16.6,7).
'Um ministro pode ter educação, treinamento, personalidade e qualquer outro dom,
geralmente considerado como uma necessidade para um ministério próspero, contudo,
o fracasso será iminente se ele descuidar do maior de todos os requisitos para alcançar
o verdadeiro e permanente ministério: a preparação espiritual de si mesmo.
6- CONHEÇER O PECADOR
O pecador manifesta diferentes reações á palavra pregada. Cabe ao evangelista pessoal
conhece-las e saber como lidar com elas. Há os que se mostram indiferentes, enquanto
outros estão interessados. Há os que desejam a salvação, mais se acham impedidos,
enquanto outros não crêem que possam ser salvos. Há os que se consideram fracassados
e não sabem como ser restaurados. Enfim, há diferentes situações, mas para cada uma
há respostas convincentes nas escrituras. É preciso que
o evangelista pessoal as conheça e permita que o Espírito Santo as use no momento
adequado.
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SAQUEANDO O INFERNO
Para tornarmos efetiva a nossa vitória nesta batalha, precisamos de uma estratégia bem
planejada e estudada e esta estratégia já está descrita na palavra de Deus, constitui-se
dos seguintes passos:
2- AMARRAR O INIMIGO
“Ninguém pode entrar na casa do valente para roubar-lhe os bens, sem primeiro
amarrá-lo; só então saquear á a casa”. (MC 3.27).
O segundo passo na estratégia da batalha espiritual é amarrar o inimigo. No contexto
deste verso, Jesus Cristo está falando sobre satanás, e apresenta-nos a estratégia de
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amarrá-lo. Pela autoridade da nossa posição em Cristo, pela palavra de Deus, pelo nome
de Jesus Cristo, podemos amarrar satanás e os espíritos malignos, para finalmente
tirarmos as vidas de suas mãos. Se estivermos acima de todo domínio e poder, temos
então autoridade espiritual sobre este poder. Por isso, o crente em Cristo simplesmente
pode amarrar satanás, para executar a obra de Deus. Isto não quer dizer que podemos
impedir a atuação de satanás no mundo, pois isto só se dará no final dos tempos, mas o
que podemos e devemos fazer é impedir a atuação de satanás e espíritos malignos,
especificamente sobre a pessoa ou área onde estivermos evangelizado.
3- ROUBAR-LHE OS BENS
“Ninguém pode entrar na casa do valente para roubar-lhe os bens, sem primeiro
amarrá-lo”. (MC 3.27). O bom crente é um ''ladrão” (do inferno). E deve ''roubar'' (do
inferno) muito. No verso, Jesus diz que devemos amarrar o valente e saquear-lhe os
bens. Quais são os bens de satanás? São as vidas que ele tem em domínio. Portanto,
estas vidas precisam ser resgatadas. Precisamos tirá-las das mãos de satanás e levá-
las para Cristo. Isto é feito no campo espiritual. Há muita gente tentando convencer os
outros de que as doutrinas bíblicas são certas e de que somente em Cristo há
salvação, pensando que se a pessoa aceitar estes argumentos intelectuais estará
salva. A apresentação do plano de salvação e o uso de argumentos poderão ajudar a
pessoa a tomar a decisão, que produzirá efeitos espirituais, porque a salvação de
Cristo consiste em tirar as vidas das mãos de satanás e transportá-las para o reino
de Deus. Por isso, devemos amarrar satanás e saquear-lhe os bens.
b-Resistindo a Satanás: ''Sujeitai-vos portanto a Deus, mas resisti ao diabo, e ele fugirá
de vós (TG 4.7). O versículo diz que devemos primeiro estar em submissão a Deus. A
nossa luta espiritual mostra que a vitória vem do poder de Deus em nossa vida. Desta
forma, precisamos estar em inteira submissão ao Espírito Santo de Deus, para então,
resistirmos ao diabo. Quando resistimos a satanás e aos seus ataques, ele foge. Note
que coisa interessante: quem foge é o diabo, não o crente. Temos visto crentes fugindo
de medo do diabo e de pessoas possuídas por demônios, porque não conhecem sua
posição em Cristo. Quando exercemos autoridade e resistimos ao diabo, ele foge. O diabo
é que foge.
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C- Não dando lugar ao diabo: ''..nem deis lugar ao diabo'' (EF 4.27). A vitória Já está
garantida, temos autoridade sobre satanás, mas precisamos tomar cuidado para não lhe
dar lugar. O diabo é astuto e não vai aparecer diante de nós como um bicho feio. Ao
contrário, a bíblia diz que ele se transforma em anjo de luz, para nos enganar. E o faz
com muita sutileza, às vezes, trazendo um mau pensamento, desviando-nos dos
propósitos de Deus, outras vezes, provocando divisões, contendas, etc. Assim, devemos
tomar cuidado e não dar lugar ao pecado, contenda, divisões na Igreja, para que não
tenha vantagem nesta batalha.
Resumindo, esta deve ser então, nossa estratégia, derrubar as portas do inferno e entrar
lá, amarrar satanás, tirar as vidas de seu domínio e transportá-las para o reino de Cristo,
treinar estas vidas para que se tornem também soldados contra o inimigo.
A vitória já está garantida pois a bíblia diz que Jesus se manifestou para destruir as obras
do diabo (I JO 4.8). Além disso, quando a última pessoa ouvir a mensagem do evangelho
na terra, Jesus Cristo voltará com poder e grande glória (MT 24.14). Então veremos a
derrota final do inimigo (AP 20.7-10).
CONCLUSÃO
No coração de Deus há um clamor, dia e noite, gritando: Almas! Almas! Almas!
Ele clama para que seus servos se entreguem á obra de ganhar almas. Somente estes,
que procuram ter um coração segundo o Deus sabem o que significa este clamor: "Ai de
mim, se não anunciar este Evangelho!" Paulo sabia que era responsável perante Deus,
de resgatar o mundo das trevas. O Senhor tem chamado e preparado homens especiais
para este serviço: Os evangelistas. Esses homens têm transformado o mundo com as
boas novas de salvação, desde o tempo de Jesus, e vão continuar com este ministério
até que Ele volte.
Jesus, após sua ressurreição, anunciou aos discípulos uma condensação do antigo
testamento. Disse ele: ''São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco,
que importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na lei de Moisés, nos profetas
e nos Salmos''. Quando então lhes abriu o entendimento para compreenderem as
escrituras, e lhes disse: Assim está escrito: “que o Cristo havia de padecer...''.
Sacerdotes e rabinos judeus, aos milhares, já dedicaram incontáveis horas de estudo aos
textos do antigo testamento e, no entanto, não conseguiram perceber ali a maior
revelação: O Messias teria que sofrer e morrer.
E Jesus continua: “...e ressuscitarei dentre os mortos ao terceiro dia...'' A
ressurreição do Messias, outro importante ''ponto cego'' na mente do povo escolhido de
Deus é a segunda parte do conciso sumário que ele faz do antigo testamento.
Mas nós, os cristãos, que vivemos mais de 2000 mil anos depois, tendo os
benefícios de conhecer e desenrolar subseqüente da história, devemos ter o cuidado de
não rir desse erro dos judeus, que não discerniram o tema central do antigo testamento,
pois Jesus continuou a sua exposição, mencionando o terceiro fator que constitui um dos
principais: ''E que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados,
a todas as nações, começando em Jerusalém'' (LC 24.44-47).
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