Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
HISTÓRIA DA CAPELANIA
CAPELANIA HOSPITALAR
CAPELANIA SOCIAL
CAPELANIA PRISIONAL
ÉTICA CRISTÃ
TOXICOPATOLOGIA
EVANGELISMO E MISSÕES
HISTÓRIA DA CAPELANIA
OBJETIVO
Evangelizar com renovador ardor missionário o mundo da saúde, do social, nas
instituições, presídios, asilos. O capelão é a luz da opção preferencial pelos pobres. Na
ajuda a enfermos e desabrigados, participam ativamente da construção de uma
sociedade justa e solidária a serviço da vida pelo nome do Nosso Salvador Jesus Cristo.
CAPELANIA HOSPITALAR
INTRODUÇÃO
Uma das maiores necessidades do ser humano é ser compreendido. Os
representantes dos hospitais ressaltam a importante contribuição da capelania
hospitalar na cura terapêutica, como uma ação em que complementa o trabalho dos
profissionais da saúde.
Os capelães (Pastores, Missionários, Evangelistas, Padres, Teólogos), devem ter
diante dos olhos que o direito e o dever de exercer o apostolado é comum a todos os
membros do corpo de Cristo, sejam pastores ou membro e que na edificação da Igreja,
os capelães da saúde têm uma função própria. Essas funções deverão ser
desenvolvidas em união com todas as equipes eclesiástico-hospitalares. Falar de
capelania hospitalar é falar de Jesus Cristo e sua igreja, na qual Ele continua sua obra
de cura e salvação integral. Curando fisicamente o enfermo. Jesus o devolve também
á vida social, restaurando as relações com os demais e sua comunhão com Deus.
Portanto, os capelães se colocam a disposição da comunidade e são indicados pelos
seus pastores a serviço dos enfermos, quer em domicílio (saúde comunitária) quer nos
hospitais ou ainda atuando a movimentos na dimensão político-institucional.
Essa missão qualificada deve ser bem entendida, pois sempre que usamos a palavra
missão, surgem em nossa mente alguns conceitos:
Poder para fazer algo;
Encargo;
Obrigação;
Compromisso.
Todos esses conceitos implicam duas conotações:
Superioridade (alguém capaz, superior, preparado, escolhido)
Inferioridade (fazer somente o que lhe pedem).
No entanto, participar efetivamente de uma missão implica, além de equilíbrio, tomar
iniciativas, exercer a criatividade, agir com flexibilidade, coerência e autenticidade.
No trabalho missionário da capelania da saúde, não é anormal o capelão sentir-
se estranho, mesmo dentro da própria equipe de capelania, nas atividades pastorais da
igreja, casa e principalmente junto ao leito do doente do hospital. Num mundo em que
as maiores preocupações estão voltadas para as necessidades materiais do homem,
parece sobrar pouco ou quase nenhum espaço para a evangelização. Mas é importante
lembrar que “nem só de pão viverá o homem”. Portanto o complemento do capelão se
torna importante na assistência adequada e completa ao doente.
4-A ESPIRITUALIDADE DE CAPELÃO
Uma vez que Cristo, enviado por Deus Pai, é fonte e origem de todo o apostolado
da igreja, torna-se evidente que a fecundidade do apostolado leigo depende de uma
união vital com Cristo. “Quem permanecer em mim e Eu nele, este dá muito fruto,
porque sem mim nada podeis fazer”. JO 15.5.
Essa vida íntima com Cristo na igreja alimenta-se por meios espirituais, comuns
a todos os cristãos, principalmente na participação na igreja.”O que fizerdes por
palavras ou por ação, fazei-o sempre em nome do Senhor Jesus Cristo, dando a graças
a Deus Pai por Ele.” CL 6.17.
O capelão é chamado a aceitar e integrar suas próprias feridas, os aspectos
negativos da vida e transformá-las em fonte de saúde para os outros. Isso ajudará na
aproximação dos enfermos com um coração acolhedor, pleno de compreensão, respeito
e amor.
O serviço aos enfermos é um autêntico encontro com o amor misericordioso. Não
se pode realizar sem o sacrifício e sem renúncia, pois num mundo marcado pela
propaganda e por informações de toda espécie, percorrida por discursos e apelos
religiosos variados, dos mais contraditórios onde existem tantos mestres, o
evangelizador deve testemunhar a espiritualidade própria, seguindo os exemplos do
grande mestre Jesus Cristo.
Deve abandonar-se e entregar-se nas mãos de Deus, doando-se sem esperar
recompensas, superando as contradições, sabendo compreender todas as situações,
estando aberto e disponível a todos, sacrificando-se e sendo sensível ás necessidades
de cada um.
Os capelães da saúde expressam o amor que o Senhor tem para como os mais
necessitados. Com seu testemunho anunciam o Deus da vida e se comprometem na
construção de um mundo mais solidário.
“Estive enfermo e me visitaste” Mt 25.36. A presença de Deus junto aos
enfermos, faz de nosso serviço aos doentes um ato de culto. Isso, porque Deus não vai
perguntar a quantos cultos você foi. Não podemos ignorar a importância da
participação nas celebrações, porém que seja o resultado da manifestação de amor e
solidariedade para com o outro. Por isso, o elemento essencial de espiritualidade que
todo cristão deve assumir é a oração. Pois a oração o levará aos poucos, a ver a
realidade com um olhar contemplativo, que lhe permitirá reconhecer Deus em cada
instante e em todas as coisas; contempla-lo em cada pessoa, procurar cumprir sua
vontade nos acontecimentos. Na avaliação do trabalho, o capelão da saúde não deve
guiar-se unicamente por critérios de eficácia e de êxito. Purificará constantemente suas
motivações e, nos momentos difíceis, em que se sente desanimado e impotente,
reforçará sua confiança no Senhor, o único que pode salvar. O capelão da saúde terá
Cristo Jesus como modelo de serviço, realizando-o com disponibilidade e fidelidade.
2-FINALIDADES DA CAPELANIA
A capelania tem por finalidade oferecer assistência espiritual e religiosa aos
pacientes, familiares e funcionários, por meio de ações religiosas específicas. Para
atender a essa necessidade, o serviço religioso possui uma sala, e as celebrações são
realizadas num anfiteatro.
3-ATRIBUIÇÕES DA CAPELANIA
Manter presença junto aos doentes, procurando oferecer toda solidariedade, conforto
humano e espiritual, respeitando a individualidade e as convicções religiosas de cada
um;
Ajudar os pacientes para que a passagem pelo hospital sirva para uma revisão e/ou
descoberta e aprofundamento do sentido da vida;
Servir de apoio aos familiares em situações críticas de sofrimento;
Garantir a presença da religião junto aos profissionais da saúde ajudando-os a
descobrir o valor humano e espiritual do seu trabalho;
Desenvolver uma ação de ajuda espiritual, fazendo que os profissionais de saúde,
independente de seu credo religioso, reconheçam os valores espirituais dos pacientes;
Ser um agente facilitador para criar um clima de amizade, fraternidade, compreensão
e colaboração entre os profissionais dos diversos setores;
Celebrar cultos e missas junto com pacientes, familiares e profissionais da saúde;
Estar presentes nos eventos festivos e celebrativos promovidos pelo hospital.
Portanto, aquele que se prontifica a fazer esse trabalho, além de prestar um serviço
de caráter voluntário, que em geral começa como curiosidade, com o tempo passa a
compreender seu apostolado, dando sentido ás suas próprias vidas.
III-O HOSPITAL
È um campo todo especial de apostolado, no qual se entra em contato com os
mais diferentes tipos de pessoas em situações especiais, e onde se apresentam os
casos mais complicados e avançados de doenças que exigem intervenção e solução em
regime de urgência. Por isso, embora a capelania hospitalar esteja intimamente ligada
a capelania geral e dela dependa, no ambiente hospitalar ela deve assumir uma
autonomia própria e ter muito bom-senso.
O hospital é a instituição mais tradicional destinada ao serviço da saúde e dos
cuidados destinados ao outro. É um vivo reflexo da sociedade, de seus conflitos e
contradições. Ali se concentram os mais diferente tipos de pessoas:
Doentes
Familiares
Profissionais (médicos e enfermeiros)
É um lugar de trabalho para os sãos e de esperança e saúde para os doentes. Ali há
uma realidade em que situações conflitantes e opostas se aproximam:
vida – morte;
cuidado – descaso;
sorriso – lágrimas;
calma – tensão;
tristeza – alegria;
dor – alívio;
esperança – desespero;
culpa – perdão.
Estes opostos se tocam e por vezes, se unem perigosamente e freqüentemente.
Tudo isso faz com que o hospital, que deveria ser um local de repouso e descanso,
acabe se tornando um local onde agitações, expectativas e angústias se fazem
presentes. Daí a razão de até o número de visitantes ser limitados, mesmo por
familiares.
Assim sendo, as pessoas que trabalham como capelães hospitalares de saúde que
necessitam conhecer em profundidade o mundo hospitalar, podem encontrar alguma
dificuldade para adaptação. Nesse sentido, é importante lembrar que a primeira
finalidade do paciente no hospital não é atendimento espiritual ou de conversão e sim
de recuperação da saúde. Isso não significa que o hospital exclua quaisquer atividades
religiosas ou proíba que o doente tenha assistência religiosa. Inúmeros hospitais
reconhecem e dão importância a essa assistência, a própria Constituição Federal
Brasileira garante o direito do paciente de receber visita de seu representante religioso.
O que não garante é que o hospital deva ter um capelão interno constantemente.
É assegurado, nos termos da lei a prestação de assistência religiosa nas entidades
civis, militares e de internação coletiva”. Art. 5º p.VII.
1-O CAPELÃO
Primeiramente, é importante ressaltar que a atividade de um capelão no hospital
em geral, é totalmente diferente da equipe médica. O primeiro passo é abrir espaço
para o trabalho e a inserção da equipe de saúde, pois o capelão procura cuidar dos
casos mais urgentes e atuar como um “supervisor espiritual”, e proporcionando
momentos formativos para com quem ele trabalha ou pretende trabalhar.
Deve ser presença visível nas unidades de internação e setor administrativo e ter
sempre disponibilidade para o atendimento, não só dos pacientes, mas também dos
familiares e dos profissionais.
Portanto, o capelão deve atuar como um verdadeiro facilitador, ou seja, facilitar
o relacionamento do doente com seu próprio mundo, com Deus, com seus familiares,
com os profissionais da saúde e, por fim, com sua convicção religiosa.
IV-PSICOLOGIA DO ENFERMO
9-TERMOS TÉCNICOS
Moribundo ou paciente terminal deve ser entendido como a expressão anglo-
saxônica “terminal” que indica uma situação de morte não tão próxima quanto o
vocabulário português dá a entender. Na realidade, o paciente terminal deve seR
entendido como enfermo acometido de uma doença crônica, cujo prognóstico é ruim
com lento declínio progressivo das funções fisiológicas normais. Mas as estatísticas
confirmam que certa porcentagem de doentes considerados terminais ou
desenganados pelos médicos conseguem se recuperar totalmente e retornar ás suas
atividades normais e nunca mais têm seqüelas e morre muitos anos depois por outro
motivo qualquer.
V- A MORTE E O MORRER
Nenhum subterfúgio pode evitar a dureza de um caso sério e a morte é um caso
sério. Apesar disso, os vivos registram radical aspiração para viver e radical aversão á
morte. Há uma música que traduz isso corretamente: “Ninguém quer a morte, só
saúde e sorte”.
A ciência, que procura a todo custo prolongar a vida, muitas vezes prolonga é o
processo do morrer, ou seja, prolonga o sofrimento da pessoa. Acrescenta-se a isso
que a vida, muitas vezes, agride a própria vida para sobreviver. Sem contar as
aplicações de remédios e produtos químicos. Enquanto houver esperança...
No mundo moderno são acentuados os valores do êxito, da produtividade e da
vida. Isso faz que esqueçamos quase completamente de pensar na morte e naquele
que está morrendo. Parece que a morte é colocada fora da vida social. Semelhante ao
que acontecia em relação ao sexo, que era considerado tabu antes de Freud , acontece
com a morte nos dias atuais. Apesar de a idéia da morte estar presente em todos, ela é
assunto proibido em quase todos os ambientes .
Um dos motivos do afastamento da morte é, sem dúvida, a mudança do local
em que ela se dá, hoje 70% das pessoas morrem nos hospitais. Isso fez que ela não
fosse mais um evento da existência familiar e cotidiana, relegando-a para ambientes
externos nos quais se cuida da saúde. Para a medicina a morte é considerada como
uma falência das terapias usadas e um resultado completamente negativo. A exclusão
da família, dos amigos, e com freqüência do sacerdote (pastor, padre ou capelão)
acentua a solidão.
Por isso, tanto para o cristão, como para o judeu ou ateu, testemunha de Jeová,
espírita, seguidor de candomblé, ou mesmo para aqueles que têm outras filosofias de
vida, a morte é sempre difícil. Seria um equívoco afirmar que o cristão encara a morte
tranqüilamente. Ela é uma realidade, e nós temos dificuldades para lidar com o
desconhecido.
A morte é o mais terrível caminho de separação. É um perder os próprios objetos
de amor e romper as ligações afetivas mais importantes. Os apegos aos objetos de
amor sobre os quais se apóia a própria identidade são:
a-A família;
b-O trabalho;
c-A relações afetivas;
d-Os projetos;
e-A casa;
f-Os hábitos;
g-Os pontos de referências;
h-O próprio corpo;
i-A imagem de si;
j-Autonomia;
l-As raízes;
m-Os estudos;
n-Dinheiros a receber;
o-O passado;
p-A vida.
CAPELANIA SOCIAL
INTRODUÇÃO
A capelania social, no singular, é a solicitude de toda a igreja para com as
questões sociais. Trata-se de uma sensibilidade que deve estar presente em cada igreja
e em cada dimensão. Setor e pastoral, enfim, devem estar presentes nas comunidades
eclesiais de base e nos movimentos. Em outras palavras, deve ser preocupação
inerente a toda ação evangelizadora. Pastorais sociais, no plural, são serviços
específicos, a categoria de pessoas e/ou situações também específicas da realidade
social. Constituem ações voltadas concretamente para os diferentes grupos ou
diferentes facetas da exclusão social, como, por exemplo, a realidade do campo, da
rua, do mundo, do trabalho, da mobilidade humana e assim por diante. O setor
capelania social por sua vez, integrado na dimensão sócio transformadora, tem duplo
caráter:
Evidente que toda evangelização deve ser perpassada por todas as dimensões e
exigências. A dimensão ou exigência representa a porta de entrada para os setores
específicos, o enfoque a partir do qual desenvolve sua ação concreta. Mas tanto as
dimensões como a exigência se interpenetram completamente e se enriquece
reciprocamente.
O setor capelania social integra a dimensão sócio-transformadora, a chamada
linha seis, e tem no serviço, sua exigência predominante. Claro que esta dimensão e
exigência se interligam entre si, ao mesmo tempo em que se complementam com as
demais dimensões e exigências. A palavra dimensão, pelo seu dinamismo, dá conta
dessa complementaridade. Quanto ás exigências, os quatros se interpenetram e se
misturam na ação evangelizadora, sendo difícil individualiza-las.
A dimensão sócio transformadora, por sua vez, é formada pelos seguintes setores:
1-Capelania social;
2-Educação
3-Comunicação social
4-Ensino religioso
5-Pastoral universitária da cultura
6-Pastoral afro-brasileira;
O setor da capelania social reúne, sob sua articulação, onze pastorais e três
organismos.
III-CAPELANIA OPERÁRIA
As mudanças no mundo atual atingem dramaticamente aos trabalhadores, cada
vez mais excluídos do mundo do trabalho e dos bens socialmente produzidos.
A capelania operária participa e contribui neste campo a partir da exigência de sua fé
cristã. É esta fé que irá influir na sua forma de abordagem na sua postura e na sua
metodologia dentro do mundo do trabalho, no qual se situa sua identidade e sua
mistura. É uma pastoral com o olhar e um agir que contribui para a construção de um
projeto alternativo de sociedade, o qual será obra das trabalhadoras e trabalhadores,
onde ela cumpre a missão evangélica de ser sal e fermento. Para isto a capelania
operária estimula os trabalhadores e trabalhadoras, dentro e fora da igreja, a
participarem no movimento social e nas variadas e legítimas formas de organização.
Neste momento, seu compromisso impõe a necessidade de contribuir para a
existência de um amplo movimento dos trabalhadores e trabalhadoras do conjunto da
sociedade frente ás mudanças no mundo do trabalho, contra o desemprego e pelo
emprego como política social chamando a responsabilidade os setores empresariais e
governamentais. Este é o eixo em torno do qual devem girar os programas, projetos e
atividades das equipes e instâncias da capelania operária em todo o Brasil, delimitando
setores específicos a serem trabalhados de acordo com a religião, a qualificação dos e
das militantes e os recursos disponíveis.
VI-CAPELANIA DA CRIANÇA
Em setembro de 1983, a capelania da criança iniciava suas atividades no
município de Florianópolis/PR, desenvolvendo uma metodologia própria que une a fé e
a vida, tendo como centro a criança em seu contexto familiar e comunitário.
A missão da capelania social da criança é a própria missão de Jesus, que é
também missão da igreja e de todos os cristãos: evangelizar. A capelania da criança é
ecumênica e não faz nenhum tipo de discriminação de cor, raça, credo religioso, ou
opção política. A todos leva o lema do Bom Pastor. A capelania da criança usa uma
metodologia que conta com três grandes momentos de intercâmbio de informações que
ajudam no fortalecimento da solidariedade.
1-Visitas domiciliares mensais – realizadas pelos líderes a cada família acompanhada;
2-Dia do peso – cada comunidade se reúne para pesar as suas crianças. Esse dia se
transforma num momento de celebração da vida;
3-Reuniões com todos os líderes de uma comunidade – para refletir e avaliar o trabalho
realizado no mês anterior.
A prática da capelania da criança parte da idéia de que a solução dos problemas
sociais necessita da solidariedade humana, organizada e animada em rede, com
objetivos definidos, e que o principal agente de transformação são as lideranças das
comunidades, envolvendo-as no protagonismo de sua própria transformação.
Fazendo a união, a fé e o compromisso social,a capelania da criança organiza as
comunidades em torno de um trabalho de promoção humana no combate á mortalidade
infantil, á destruição e á marginalidade social. A capelania da criança atua eficazmente
na educação para uma cultura de paz e na melhoria da qualidade de vida de mais de
um milhão de famílias acompanhadas. O trabalho essencial é a organização da
comunidade e a capacitação dos líderes voluntários que ali vivem e assumem a tarefa
de orientar e acompanhar as famílias vizinhas, para que elas se tornem sujeitas de sua
própria transformação pessoal e social.
VII-CAPELANIA DO MENOR
A pastoral do menor tem seu início no ano de 1977. Ela surge num quadro de
intuições proféticas que se apresentavam como respostas da igreja aos desafios das
crianças e adolescentes empobrecidos e em situação de risco. A capelania do menor
aparece também como busca de organização dessas ações, em 1987.
A capelania do menor é um serviço da igreja com mística e identidade próprias
que, á luz do evangelho, se propõe a estimular um processo que visa a sensibilização,
consciência crítica, a organização e a mobilização da sociedade como um todo na busca
de uma resposta transformadora, global, unitária e integrada á situação da criança e do
adolescente. Tem como objetivo, em seus programas de atendimento, promover a
participação dos pequenos como protagonistas do processo de promoção da cidadania,
1-ANTIGO TESTAMENTO
Podemos partir da libertação do Egito – experiência fundamental do povo de
Deus, o êxodo da escravidão para a terra prometida constitui um paradigma para a
capelania social. Deus não quer escravidão e intervém na história para conduzir o povo
a uma nova vida. O chamado do povo de Israel á ação de Deus na história (EX 3.7-10;
DT 26.4-10). Deus se sensibiliza com o clamor dos escravos do Egito, e, a partir daí,
desencadeia uma ação libertadora, em que Moisés será protagonista junto com seu
povo.
Também nos livros chamados históricos, transparece a predileção de Deus
pelos pequenos e frágeis, simbolizados na trilogia (órfão, viúva e estrangeiro). Aqueles
que a sociedade discriminam e marginalizam têm prioridade no amor infinito do Pai.
Como irá mostrar mais tarde a prática de Jesus.
Desde o livro de gênesis, quando utiliza o símbolo do arco-íris para celebrar um
pacto com seu povo. Diz literalmente o texto: “Eis o sinal da aliança que instituo entre
mim e vós e todos os seres vivos que estão convosco, para todas as gerações futuras”.
(GN 9.12-13) O respeito á ´biodiversidade e á natureza, bem como o cuidado com as
gerações que estão por vir é condição para garantir a vida do homem e da mulher.
Além disso, tanto nos livros proféticos quanto nos salmos e na literatura
sapiencial, são recorrentes palavras como o direito e a justiça, em que não é difícil
interpretar a importância do valor fundamental que tem a dignidade humana para os
filhos e filhas de Deus.
2-NOVO TESTAMENTO
Nas palavras e na prática de Jesus transparece a dimensão social de sua ação.
Retomando o que vimos acima, textos como juízo final, as bem-aventuranças, o bom
samaritano, entre outros, sublinham claramente que a salvação está subordinada ao
compromisso com os pobres. O episódio dos discípulos de Emaús (LC 24.13-35),
entretanto, apresenta uma certa metodologia da atuação de Jesus. A partir dele, não
seria difícil desenvolver uma espécie de pedagogia da capelania social. Vejamos os
passos dessa pedagogia:
A- O CAMINHO
O ponto de partida é a estrada. Os discípulos estão a caminho, vão tristes,
abatidos, desanimados. A experiência com o Galileu terminou na cruz e eles ficaram
com medo e fugiram. Se mataram o chefe, o que não estará reservado para nós?
Trilharam o caminho da fuga, do fracasso, da impotência.
Isso nos leva a perguntar pelas estradas: Onde caminha hoje o povo? A falta de
terra, o desemprego, a luta pela saúde, pela moradia, pela sobrevivência obriga-os a
um vaivém sem fim. E quando não têm condições de partir, amargam situações de
extrema pobreza.
Jesus caminha com os dois, procura conhecer a expressão de seus rostos, o tom
de suas palavras, as dificuldades de seus passos. Não os espera no templo ou na
sinagoga, mas corre ao seu encalço. Acompanha-os em seu penoso caminho.
Atenção para a delicadeza do Mestre: faz-se forasteiro para poder conversar de igual
para igual.
B-O CONVITE
Jesus faz que vai adiante. Os discípulos o convidam para entrar. Constata-se
novamente a delicadeza encoberta: no fundo, o convite parte do Mestre. Ele é que
toma a iniciativa. Tem o tempo livre, seu tempo é do Pai, e se é do Pai, é dos pobres.
Coloca-se á disposição como a dizer: Se me convidarem eu fico.
“Eis que estou á porta e bato. Se alguém ouvir minha voz e abrir a porta,
entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo”. Diz outra passagem bíblica (AP
3.20).
CAPELANIA PRISIONAL
INTRODUÇÃO
É importante que o homem conheça o evangelho de Deus e ame, para sentir a
alegria de ser amado. O evangelho estimula a prática do conhecimento, do estudo da
virtude e nos faz caminhar por uma estrada estreita, disciplinada, difícil, porque exigem
combate ao nosso egoísmo, desamor, orgulho e ambição, aspiração imoderada e
cobiça. De todos os valores sociais catalogados pela civilização é o evangelho de
Cristo, um dos mais necessários ao homem, como pessoa, e a grupos de homens,
como coletividade. É o primeiro breque dos instintos que afloram dos impulsos
individuais, como é o primeiro freio dos frenesis coletivos.
A pessoa sem Cristo se embrutece e se animaliza. Na recuperação do homem na
prisão, não se pode dispensar o evangelho, porque, caso contrário, a reeducação fica
incompleta ou deixa de existir. É muito difícil confiar em alguém que não crê em Deus,
porque se torna auto-suficiente, perigosamente orgulhoso, e a matéria passa a ser a
coisa mais importante de sua existência. Torna-se uma pessoa que pensa e age
isoladamente, que não tem amigos. É cercado de hipócritas e interesseiros, acabando
por naufragar ao se defrontar com o primeiro obstáculo que exija a reflexão e amparo
espiritual. No fundo, é um infeliz e, se persistir em permanecer assim, acabará seus
dias abraçado á infelicidade, com pouca gente á sua volta.
Por que o mundo vai mal? Por falta de humanidade, diálogo, compreensão,
renúncias, sinceridade, acima de tudo amor. Aqueles que se queixam dos males que
assolam o mundo precisam, sem demora, proclamar o que fazem para acabar com a
violência, as injustiças, a fome, a covardia, as guerras, etc. Ou será que cada um
assume o seu papel, em vez de ficar procurando defeitos nos outros? Einstein
proclamou: A ciência sem religião é cega e a religião sem ciência é paralítica. A
descrença assumiu um papel preponderante no atual momento histórico, exatamente
porque, a cada dia, a falta de dignidade de cumprimento do dever e a desonestidade
são mais valorizadas no mercado da corrupção e da violência.
IV-CAPELANIA CARCERÁRIA
Cárcere vem do latim e significa prisão subterrânea, lugar úmido, sombrio, onde os
presos ficavam com os pés atados á corrente. Carceragem é o local destinado á
administração do cárcere, e do evitar fugas. Além de ser responsável pela ordem e
disciplina do estabelecimento carcerário, diz respeito aquele que está recolhido ao
cárcere.
Os apóstolos Paulo e Pedro estiverem várias vezes em cárceres,
estabelecimentos próprios da época. Paulo escreveu muitas das suas notáveis cartas
quando estava encarcerado, inclusive em companhia de Silas. Nos atos dos apóstolos
(AT 16.23,24,26) encontramos:
“Depois de lhes terem feito muitas chagas, meteram-nos no cárcere, mandando
ao cárcere que os guardasse em segurança. Recebendo tal ordem, ele os meteu nos
porões do cárcere e lhes prendeu aos pés ao cepo. Imediatamente se abriram todas as
portas e se soltaram os grilhões de todos”.
É chegada a hora de tomarmos consciência de que temos o dever e a obrigação
de usar a expressão adequada, padronizando as diversas terminologias e em atenção
ao que a própria igreja recomenda. O nome correto é pastoral penitenciária ou
capelania prisional. Porque está em perfeita sintonia com a sua proposta e com a
história.
A capelania carcerária é a presença de Cristo e de sua igreja no mundo dos
cárceres e desenvolve todos os trabalhos que essa presença venha a exigir.
A capelania prisional mantém contatos e relações de trabalho e parceria com
organismos do poder executivo e do poder legislativo com ONG´S, locais nacionais e
internacionais com o MNEH (movimento nacional dos estados americanos), com a
anistia internacional, com o MNDH (movimento nacional dos direitos humanos), como
CDH da ONU(comissão dos direitos humanos das nações unidas), com ICCPC (pastoral
carcerária internacional) e outras entidades afins.
V-OBJETIVOS GERAIS
a-Acompanhar os presos em todas as circunstâncias e atender suas necessidades
espirituais, dando assistência espiritual também a seus familiares;
b-Verificar as condições de vida e sobrevivência dos presos;
c-Priorizar a defesa intransigente da vida, bem como a integridade física e moral dos
presos;
d-Intermediar relações entre presos e familiares;
e-Educar os presos no evangelho de Jesus Cristo, levando a salvação até eles;
f-Acompanhar seu processo de discipulado dentro de evangelho de Cristo.
VI-ATIVIDADES PERMANENTES
a-Visitas aos presos, especialmente quando doentes, nas enfermarias ou nas celas de
castigo ou de “seguro”;
b-Celebrações e encontros de reflexões (círculos bíblicos, orações);
c-Atenção especial ás áreas de extrema violência nas prisões;
d-Sensibilizar as comunidades sobre o problemas dos presos e mostrar o valor da
pastoral carcerária;
e-Fazer parcerias e relacionamentos de trabalho com os poderes públicos e com o
ministério público.
VIII-PESQUISAS ESTATÍSTICAS
Descobrimos então que, ás vezes existem equívocos quanto à família
formalmente constituída. Dados colhidos sobre o sistema prisional brasileiro através de
pesquisas feitas em nível nacional por nós, revelam o seguinte:
1º- 86% de reincidências;
2º-65% dos crimes são praticados sob efeito de drogas
3º-80% dos detentos utilizam algum tipo de droga
4º-60% da população carcerária tem entre 18 e 28 anos de idade;
5º-20% completaram 28 anos de idade cumprindo pena;
6º-81% da população das prisões são de origem cristã;
7º-97% apontam como causa da criminalidade, a família desestruturada;
8º-75% dos condenados são analfabetos ou semi-analfabetos;
9º-87% não têm profissão definida;
10º-18% são casados;
11º- 38% são amasiados;
12º- 44% são solteiros.
ÉTICA CRISTÃ
NOÇÕES
INTRODUÇÃO
A ética cristã parte da premissa de que Deus tem uma missão para cada homem
cumprir no mundo. Esta missão baseia-se em três grandes relações:
ÉTICA
É a ciência que trata dos fatos concernentes aos procedimentos do homem em
todas as suas relações.
1-ORIGEM DA PALAVRA
Ética vem do grego, ethos, que significa “costume”, “disposição”, “hábito”. No
latim, vem de mos (mores), com sentido de vontade, costume, uso, regra.
2-DEFINIÇÃO
Ética é, na prática, a conduta ideal e reta esperada da cada indivíduo. Na teoria é
o estudo de deveres do indivíduo, isolado ou em grupo, visando a exata conceituação
do que é certo e do que é errado. Reiterando, ética cristã é o conjunto de regras de
conduta, para o cristão, tendo por fundamento a palavra de Deus. Para nós, crentes em
Jesus, o certo e o errado devem ter como base a bíblia sagrada, nossa “regra de fé e
prática”.
O termo ética, ethos, aparece várias vezes no novo testamento, significando
conduta, comportamento, porte e compostura (habituais).
A ética cristã deve ser fundamentada no conhecimento de Deus como revelado
na bíblia, principalmente nos ensinos de Cristo, de modo que “Ele morreu por todos,
para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e
ressuscitou” (II CO 5.15 – EF 2.10)
3-OBJETIVO DA ÉTICA
Considerar a razão de ser, de vida do homem, de seus poderes e de faculdades
para que ele descubra e cumpra melhor a missão que seu criador lhe conferiu neste
mundo.
B-SUICÍDIO
É a culminação de uma série de transgressões dos princípios fundamentais da ética
individual e das leis divinas.
“Nesta vida estamos num quartel, donde não podemos sair sem ordem superior”.
(Platão)
Nas escrituras, encontramos o registro de alguns casos de suicídio. Em todos eles,
vemos que seus protagonistas foram pessoas que deixaram de lado a voz do Senhor e
desobedeceram á sua palavra.
1-Saul: Foi um rei fracassado que deixou o Senhor e foi em busca de uma médium
espírita (I SM 28 1-19; 31 1-4; I CR 10.13,14) ;
2-Aitofel: Foi um conselheiro de Absalão, orgulhoso, que e matou por ver que sua
palavra fora suplantada por outro. (II SM 1.7.23);
3-Zinri: Um rei sem qualquer temor de Deus, que usurpou o trono por tradição e
matança, e que por fim se matou, quando se viu derrotado pelo exército inimigo (I RS
16.18-19)
4-Judas Iscariotes: Após ter traído Jesus, foi dominado por um profundo remorso, e, ao
invés de pedir perdão ao Senhor, foi se enforcar.
O posicionamento cristão: A vida é sagrada e somente Deus pode tira-la. Moisés
pediu a Deus que tirasse a sua vida (NM 11.15). O profeta Elias também fez o mesmo
pedido I RS 19.4) e da mesma forma o profeta Jonas (JN 4.3). Deus não atendeu a
nenhum desses pedidos. Isso mostra que a vida pertence a Deus e não a nós mesmos.
Deus sabe a hora em que a vida humana deve cessar e Ele é o soberano de toda a
existência.
As sagradas escrituras condenam o suicídio pelos seguintes motivos:
a-É assassinato de um ser feito a imagem de Deus; (GN 1.17; EX 20.13; JO 10.10);
b-Devemos amar a nós mesmos (MT 22.39; EF 5.29);
c-É falta de confiança no Deus, visto que Ele pode nos ajudar (RM 8.38,39). A mulher
de Jô sugeriu, diante de seu sofrimento, que ele amaldiçoasse a Deus e morresse (se
suicidasse). Ele, porém, não aceitou tal idéia, e de modo resignado, confiou
integralmente no Senhor.
d-Devemos lançar as nossas ansiedades sobre o Senhor, e não na morte (I JO 1.7; I
PE 5.7)
O Ser humano deve respeitar seu corpo como propriedade de Deus. Por isso, não
compete ao homem tirar a sua vida. Ao contrário, tudo ele deverá fazer para protege-
la.
A-DEFENDER-SE A SI MESMO
Da mesma maneira que alimentamos e cuidamos da saúde do corpo, devemos
alimentar e cuidar do espírito, deixado de praticar aqueles atos que o enfraquecem e o
tornam ineficiente no cumprimento da sua missão.
Todo mau desejo e as más tendências devem ser combatidos.
1-AMAR A SI MESMO
Se o amor próprio não é diretamente ordenado em qualquer parte da escritura,
pelo menos é subtendido em muitos lugares. Primeiramente, que a pessoa deve amar a
si mesma é subtendido no mandamento: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (LV
19.18; MT 23.39). Se essa norma ética, freqüentemente repetida, não comanda o amor
próprio, pelo menos parece que subtende que o amor próprio é certo. Parece estar
dizendo que o amor próprio é a base do amor aos outros, que a pessoa não pode
sequer amar aos outros a não ser que ame a si mesma. Mas se a pessoa não respeitar
o bem que Deus criou nela mesma, como está esperando dela que respeite o bem da
criação de Deus nos outros lugares?
O ensino de Paulo parecia confirmar esta interpretação do mandamento no
sentido de amar aos outros como a si mesmo. Escreveu :”Pois ninguém jamais odiou a
sua própria carne, antes a alimenta e dela cuida...” (EF 5.29). Nada há de errado com
isso. Cada um deve cuidar de si mesmo. O respeito próprio é moralmente necessário. O
homem não tem mais direito de odiar o bem criado por Deus nele mesmo do que
qualquer outro lugar.
2-CUIDADOS DO CORPO
Para se ter um corpo cuidado e saudável é necessário que se observem às leis
físicas. A desobediência delas trará prejuízos para o cumprimento da nossa missão.
Geralmente as doenças são os resultantes destas desobediências ás leis físicas. O
ascetismo é condenado pela ética, porque prejudica a saúde do corpo.
Obs.: Ascetismo diferente de disciplina
B-A BEBIDA
Mais de ¾ de nosso corpo é água. Devemos sustentá-lo com água pura, bebendo até
mesmo sem sede.
C-O AR
É nosso dever procurar respirar o ar mais puro, pois o ar poluído é causa de séries de
moléstias como tuberculose, alergias, etc.
D-HIGIENE
Calcula-se quem em 24 horas passe um quilo de líquido pelos poros. Portanto, a pele
deve ser limpa para que esses poros não sejam obstruídos pela sujeira, causando
assim prejuízos á saúde física. O banho diário é indispensável e escovar os dentes pelo
menos três vezes ao dia constituem medidas higiênicas importantíssimas.
E-EXERCÍCIO FÍSICO
O corpo é uma máquina que enferruja quando não é usada, por isso a ética ensina o
dever do exercício para promover o bem-estar do homem por causa da missão
F-DESCANSO
Há limites para as atividades físicas e não temos o direito de ultrapassá-las. O
descanso promove reposição de energia gasta no trabalho e temos o dever de estar
sempre com a energia recarregada para evitar o stress tão comum em nossos dias.
Todo estressado é um transgressor da lei física do descanso.
3-CUIDADOS DO ESPÍRITO
Diz a organização mundial de saúde, que a saúde é a sensação de bem-estar físico e
mental. Quer dizer que a saúde envolve o indivíduo por completo.
B-AMBIENTE
É direito e dever do indivíduo afastar seu espírito de um ambiente mau para o seu
desenvolvimento como precisa e os amigos são um fator de extrema importância neste
caso.
C-PUREZA
Jesus disse: “Bem aventurados os limpos de coração”...
Em SL 51, Davi orou:”Dá-me, ó Deus um coração puro”...
Os espíritos mais belos e mais sadios são puros.
D-EXERCÍCIO ESPIRITUAL
O espírito também atrofia se não for exercitado, trabalhando na prática do bem. (I TM
4.7,8; HB 5.14)
E-DESCANSO ESPIRITUAL
Só em Jesus o espírito encontra descanso (MT 11.28).
A-INDÚSTRIA
Todo homem deve dedicar-se a um trabalho para produzir o necessário para a
subsistência.
O parasita humano é severamente condenado pela ética cristã. Ninguém tem o direito
de levar vida ociosa (PV 12.11; 14.23)
B-ECONOMIA
Economizar os resultados do trabalho é dever de cada indivíduo. Não e certo gastar
tudo o que ganha como se estivesse no último dia de vida. O que assim procede não
terá o suficiente para o seu sustento e viverá na dependência alheia. A ética cristã
condena todo tipo de dependência voluntária da sociedade.
C-BELEZA
O criador encheu o universo de coisas belas e podemos contemplar montanhas, rios,
estrelas, o nascer do sol e o pôr-do-sol, etc. Observar estas coisas eleva o espírito.
Devemos também procurar a beleza das pessoas de bom caráter e conviver com elas
para enriquecer nosso espírito.
D-BONDADE
É outro tesouro que o espírito deve possuir e precisamos nos dedicar a possuí-las
porque Deus nos dá abundantemente. Possuí-la requer esforço e até sacrifício.
3-CULTURA ESPIRITUAL
Todo indivíduo tem o dever de desenvolver diligentemente seu espírito, já que ele é
imortal, isto se reveste de importância suprema.
Para desenvolver o espírito é necessário:
-Ter desenvolvimento exato do espírito do indivíduo;
-Ter conhecimento de verdadeira teoria da educação;
-Aplicar essa teoria ao desenvolvimento espiritual.
Como ser racional, o homem tem o dever de educar-se a si mesmo, desde o berço até
o túmulo. Consideremos cada um desses três requisitos da cultura espiritual.
4-CULTURA DO INTELECTO
Todo empenho deve ser feito no sentido de vencer os inimigos que impedem a cultura
do nosso intelecto.
-ESTUPIDEZ
O estúpido não evita, não julga, não pergunta, mas satisfaz-se com sua estupidez. O
ignorante é ignorante porque não sabe, mas o estúpido é porque não quer saber.
-IMPRUDÊNCIA
É a falta que consiste em não se avaliar bem as conseqüências dos atos cometidos.
-PRECIPTAÇÃO
O precipitado tem pressa de chegar a uma conclusão sem a devida reflexão. Ele não
relaciona e nem espera o momento certo, mas julga e age precipitadamente e sempre
incorre no erro.
-CREDULIDADE E CETICISMO
São duas formas opostas do mesmo vício do intelecto. O crédulo acredita em tudo que
vê e ouve, sem fazer distinção entre a fantasia e a verdade, entre a estória e a história.
O céptico é o oposto. Duvida de tudo e de todos. Falta tanto ao crédulo quanto ao
céptico, o uso do poder comparativo do intelecto. Falta-lhes raciocínio.
-A PAIXÃO
É o resultado que se dá aos sentimentos toda a liberdade, deixando-os sem disciplina
e sem qualquer cultura. Os sentimentos indisciplinados transformam-se em paixão,
dominam a razão, desobedecem á vontade e anarquizam completamente a pessoa. A
paixão é um sentimento indisciplinado e como tal, deve sr combatido, mas há paixão
por coisas dignas e boas, que consiste em ter sentimentos disciplinados, treinados,
dirigidos e que devem ser cultivados. O que estraga é o seu objetivo, devemos nutrir
os mais altos e nobres possíveis.
6-CULTURA DA VONTADE
A vontade é o poder executivo da pessoa, o que dirige todos os seus outros
poderes pessoais.
É a vontade que determina a ação que vai seguir. Ela tem três inimigos a serem
combatidos.
-SERVILISMO
É a atitude que permite á pessoa entregar-se totalmente á direção de outra. O servil
não tem vontade própria, é um fraco que faz tudo para agradar a todos, e assim não
pode cumprir sua missão.
-INDEPENDÊNCIA
O oposto do servilismo, é a vontade que o indivíduo tem de querer ser independente,
mas que não deve ser exagerada.
-INCONSTÂNCIA
É a falta de decisão. Para cumprirmos nossa missão precisamos de vontade forte
decisiva e bem orientada. A inconstância determina fatalmente a derrota na vida da
pessoa. A bíblia, através da epístola de Tiago, condena o inconstante dizendo que ele
não consegue nada da parte de Deus em seus pedidos.
7-CULTURA DO GOSTO
Significa a faculdade de amar e apreciar coisas belas como a música, a poesia, a
pintura, a natureza, o mar, os seres vivos, etc.. Esta faculdade precisa ser cultivada. O
gosto é mais um meio pela qual o homem pode enriquecer a sua personalidade.
V- ÉTICA SOCIAL
Ética social é a parte prática que trata da aplicação das leis morais ao
procedimento do homem em relação ao seu próximo. Este dever se acha resumido nas
palavras de Jesus: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. A ética social ensina que
o homem deve fazer ao próximo tudo o que faz a si mesmo. Somos por natureza
dependentes uns dos outros, devemos, portanto, firmar a nossa vida neste princípio de
auxílio mútuo, pois o auxílio mútuo é necessário, a fim de que todos cumpram os seus
deveres.
Há uma relação muito íntima entre o direito e o dever, pois o direito de um é o
dever do outro. Assim, temos sempre a expressão: “O direito de um é sempre o dever
de outro”. Dividiremos a discussão da ética social em:
-ética social geral;
-ética doméstica;
-ética civil
2-ÉTICA DOMÉSTICA
A família, como célula-mãe da sociedade, vivendo em harmonia diante de Deus e
dos homens, com cada um de seus integrantes cumprindo seus deveres: conjugais,
sociais e econômicos.
3-ÉTICA CIVIL
Corresponde á sujeição do indivíduo e da coletividade aos poderes legalmente
constituídos (executivo, legislativo, judiciário) e suas leis e obrigações e de usufruir de
seus direitos como cidadão.
PRESERVAÇÃO DA VIDA
A continuação da vida do homem é a base de todo exercício de seus poderes.
Temos, portanto, o mesmo dever para com o nosso próximo no sentido que temos para
com o nosso próprio ser. Como os atos mais condenáveis cometidos contra o próximo
nascem do ódio, temos o dever sagrado de arrancar do nosso coração todos os
sentimentos maus e substitui-los pelo amor, que a ninguém faz mal. O estudo e o
estado do coração do homem, é, portanto, fundamentalmente para o desenvolvimento
e entendimento do que é ética.
O HOMICÍDIO PREMEDITADO
Também é condenado e ainda com mais severidade. Em alguns países os
criminosos que cometem crimes planejados, tirando vidas de seus semelhantes são
condenados á morte. Em outros países são punidos com a prisão perpétua.
PRESERVAÇÃO DA SAÚDE
Uma vez que a boa saúde é importante numa vida para o bom êxito da sua
missão, é dever do homem procurar conservar a vida do seu próximo em pleno vigor. E
também é nosso dever evitar tudo quanto enfraqueça e ponha em perigo a saúde de
nossos vizinhos.
PRESERVAÇÃO DA LIBERDADE
A liberdade é um direito natural do homem, pois onde não há liberdade não pode
haver responsabilidade. A liberdade é essencial ao cumprimento da nossa missão.
Consiste no uso justo e correto dos poderes pessoais,a fim de cumprir esta missão
moral aqui na terra.
É dever do estado reprimir o homem que abusa da sua liberdade, pois quem sai
fora dos seus limites prejudica seus semelhantes.
É também dever do estado restringir a esfera de ação do louco, pois tal pessoa não
esta em condições de usar a liberdade.
O pai pode e deve restringir a liberdade do filho devido a sua falta de experiência
e juízo. A liberdade só lhe deve ser concedida na medida que o filho for adquirindo
capacidade para usar dela sem prejudicar a outrem. A lei de conservação social proíbe
a escravidão, pois não há justificação alguma para escravizar o nosso semelhante e é
injustiça sob todos os pontos de vista: econômico, filosófico, social e religioso.
O FALSO TESTEMUNHO
É o que se presta perante a autoridade civil depois de haver feito juramento e é
condenado, não só somente porque despreza as reações humanas, mas é também por
ser afronta a Deus, visto que o juramento foi feito.
DETRAÇÃO
É talvez o meio mais comum de injúria á reputação de uma pessoa, pois consiste
em “coisinhas”. O detrator revela segredos. Na vida há coisas que não há necessidade
ou não podem ser divulgadas. O detrator é o fofoqueiro que, muitas vezes, além de
espalhar o que se sabe ou descobriu, delata o seu próximo e ainda costuma
acrescentar coisas por sua própria conta. Esse acrescentamento faz parte da calúnia. A
detração estraga o bom nome de uma pessoa e a coloca mal vista e ás vezes em
perigo.
A CALÚNIA
Consiste em prejudicar a boa reputação de uma pessoa pela mentira, porque
pela verdade não se pode caluniar a ninguém. Portanto, o caluniador cai em dois erros
graves: o de mentir e o de prejudicar a boa reputação de seu semelhante.
A INVEJA
É a fonte de muitos males que prejudicam a reputação de nosso semelhante. É
um vício que se esconde sempre em corações mesquinhos. A pessoa que alimenta a
inveja confessa a sua inferioridade, pois ela só tem inveja de quem é
reconhecidamente melhor que ela.
XIX-TENHA LINGUAGEM SÃ
O obreiro que tem a experiência da regeneração e se santifica além dos cuidados
em relação ao seu corpo, deve ter linguagem sã, ungida e santificada pelo Espírito
Santo. Escrevendo a igreja de éfeso, Paulo recomenda que não deveria haver entre
eles conversas vãs ou chocarrices, coisas essas inconvenientes, antes pelo contrário,
ações de graça (EF 5.4). Se ao crente comum, leviandades dessa espécie na linguagem
são totalmente proibidas, que dizermos em relação aos ministros de Deus. Aos quais
tem o dever sagrado de ser padrão dos fiéis na palavra, no procedimento e na pureza
(I TM 4.12).
O obreiro evangélico, em face das muitas advertências da palavra de Deus, não
deve contar piadas irreverentes que envolva coisas sagradas e, especialmente, o nome
de Deus, que é três vezes santo. O terceiro mandamento traz uma advertência que
inspira temor, o qual está empregado nos seguintes termos: Não tomarás o nome do
Senhor teu Deus em vão, porque o Senhor não terá por inocente aquele que toma o
seu nome em vão (EX 20.7).
O apóstolo Paulo, escrevendo aos efésios, contrasta a conduta dos filhos da luz,
com o comportamento dos filhos das trevas, não só nos atos, mas também nas
palavras, usando estes termos: não seja cúmplice nas obras infrutíferas das trevas,
antes, porém, reprovai-as porque o que eles fazem em oculto, o só referir é vergonha
(EF 5.11,12). Em CL 4.6, encontramos o seguinte registro: a vossa palavra seja
sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada
um. Falando aos discípulos o Senhor Jesus disse: “Tende sal em vós mesmos” (MC
9.50). Essa metáfora significa linguagem sã, pura, compatível com a dignidade do
evangelho, convém lembrar a exortação de Paulo aos crentes em éfeso: ”Não saia de
vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação
conforme a necessidade, e assim transmita graça (graça divina) aos que ouvem” (EF
4.29).
TOXICOPATOLOGIA
CONHECIMENTOS BÁSICOS
MACONHA
O primeiro registro do uso de cannabis aparece no livro Book of Drugs, escrito
em 2737 ac, pelo imperador chinês Sheb Nung, ele prescrevia cannabis para
tratamento de gota, malária, dores reumáticas e doenças femininas, aparentemente os
chineses tinham muito respeito pela planta.
Cannabis Satina, a planta da maconha cresce vigorosamente em várias regiões
do mundo. A maconha contém um grande número de concentração em THC que
determina a potência dos efeitos.
A concentração do THC também varia entre as três formas mais comuns de
cannabis satina, a maconha, o haxixe e o oléo de hash.
A maconha é a forma mais comum e utilizada no Brasil, é a mistura das folhas,
sementes, caules e flores secas da planta.
O haxixe é uma resina extraída da planta seca e das flores. É cinco a dez vezes
mais potentes do que a maconha comum.
O óleo de hash é uma substância viscosa ainda mais potente cujo THC é extraído
do haxixe ou da maconha com uso de um solvente orgânico, esse extrato é filtrado e
muitas vezes purificado.
VIAS DE ADMONISTRAÇÃO
Fumar maconha é o método mais comum de ser utilizado. A maconha tem uma
aparência marron-esverdeada, apresenta folhas secas é e mais comumente fumada
num papel de cigarro ou de seda. O produto final tem aspecto de cigarro e é conhecido
como “baseado”. Às vezes, a maconha é misturada com tabaco e fumado como cigarro.
O haxixe é mais comumente fumado em um cachimbo. Com ou sem tabaco. O
óleo de Hash é utilizado de maneira mais econômica em razão de sua alta potência
psicoativa. Algumas gotas podem ser colocadas no cigarro ou cachimbo ou o óleo pode
se aquecido e seu vapor inalado.
EFEITOS FARMACOLÓGICO
O THC afeta primeiramente o funcionamento do sistema cardiovascular e do
sistema nervoso central. O aumento da pulsação é seu efeito fisiológico mais
observado. O THC e outros canabinóides agem por meio de receptores específicos nos
sistemas nervoso e central e periférico. A presença do THC agem no sistema nervoso
central hiperestimula o funcionamento do sistema canabinóide, cujos receptores estão
distribuídos pelo córtex, hipocampo, hipotálamo, cerebelo, amídala, girode cíngulo
anterior e gânglios de base. Como resultado desencadeam-se alteraçãoes cognitivas
(afrouxamento das associações, fragmentação do pensamento, confusão, alterações na
memória de fixação, prejuízo da atenção, alteração de humor, exacerbação do apetite e
dificuldades de coordenação motora em vários graus.
EFEITOS PSICOATIVOS
A principal razão para um uso tão indeterminado da maconha é a sensação de
“barato” que os usuários experimentam: trata-se de um estado alterado de consciência
caracterizado por mudanças emocionais, como euforia moderada e relaxamento,
alterações perceptivas, como distorção do tempo, e intensificação das experiências
sensoriais simples como comer, assistir a filmes, ouvir música e ter relações sexuais.
Quando a maconha é utilizada num contexto social, essas experiências são
acompanhadas de risadas, fala excessiva e aumento da sociabilidade. Nem todos os
efeitos da maconha são agradáveis. Ansiedade, disforia, pânico e paranóia são os
efeitos indesejáveis mais comumente relatados por usuários não familiarizados com
seus efeitos. Sintomas psicóticos, como delírios e alucinações podem ocorrer com o uso
de altas doses.
GERAIS
Relaxamento
Euforia
Pupilas dilatadas
Conjuntivas avermelhadas
Boca seca
Aumento do apetite
Rinite
Faringite
NEUROLÓGICOS
Comprometimento da capacidade mental
Alteração da percepção
Alteração da coordenação motora
Maior risco de acidentes
Voz pastosa (mole)
CARDIOVASCULARES
Aumento dos batimentos cardíacos
Aumento da pressão arterial
PSIQUICOS
Despersonalização
Ansiedade / confusão
Alucinações
Aumento do risco de sintomas psicóticos entre aqueles com história pessoal ou familiar
anterior
COMPLICAÇÕES FÍSICAS
Como o uso crônico da maconha prejudicam a imunidade das células de roedores.
Substâncias da maconha prejudicam os alvéolos, afetando o sistema imunológico. A
maconha por sua vez causa danos aos sistemas:
Cardiovascular
Respiratório
Produtor
Câncer
COMPLICAÇÕES PSIQUICAS
O número substancial em indivíduos que desenvolvem sintomas psicóticos após o
uso é muito freqüente. Os sintomas mais comuns são: confusão, alucinação
(principalmente visuais), delírios, habilidade emocional, aminésia, desorientação,
despersonalização e sintomas paranóides. Estas reações ocorrem após um uso pesado
da droga. Na maioria dos casos estes sintomas desaparecem com a abstinência.
O uso crônico da maconha pode precipitar a esquizofrenia em indivíduos
vulneráveis. O uso da maconha pode exacerbar os sintomas de esquizofrenia.
Os portadores de esquizofrenia podem fazer uso de maconha como forma de
medicar os sintomas desagradáveis, associados ou os efeitos colaterais dos
neurolépticos utilizados no tratamento, tais como depressão, ansiedade, letargia e
anedonia.
COCAÍNA E CRACK
VISÃO GERAL
O uso da cocaína começou nos países andinos (Peru, Bolívia, Equador e
Colômbia). Há mais de 2000 anos, seu isolamento químico foi feito por um alemão,
chamado Albert Niemann, cujo trabalho foi publicado em 1860. O uso mais difundido
gera uma série enorme de complicações relacionadas que passaram a ser descritas
pela literatura médica. Tais evidências levaram os Estados Unidos a proibirem seu uso
e a cocaína quase desapareceu no começo do séc. XX. Seu reaparecimento acontecei
na década de 1980, como droga de elites econômicas. Na década de 1980 o consumo
de cocaína aumentou muito e várias razões contribuíram para isso. O aumento da
oferta, a redução do custo e a diversificação nas vias de administração (além de
aspirada, a cocaína passou a ser injetada e fumada).
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
A produção da cocaína começa com as folhas de coca e passa por vários
estágios até chegar a forma de cloridrato de cocaína, que é a droga na forma de sal,
vendido como pó. A cocaína em pó não pode ser fumada, pois é volátil, ou seja, grande
parte da sua forma ativa é destruída a altas temperaturas. Para poder ser fumada, o
sal da cocaína precisa retornar a forma de base, neutralizando-se o cloridrato ou a
parte ácida. O produto resultante é conhecido como crack ou cocaína freebase. Assim,
o crack não é uma droga nova, é uma forma de cocaína que pode ser utilizada pela via
pulmonar. Sua grande vantagem, do ponto de vista do usuário, é que a absorção via
pulmonar é mais rápida e produz, aparentemente um efeito mais intenso.
A cocaína pode ser usada por diferentes vias de administração: oral,
intranasal, injetável e pulmonar.
No Brasil a forma mais comum de uso da cocaína era a via nasal. No final da
década de 1980 a via injetável passou a predominar. Já no ano de 1995 a maioria dos
pacientes usava predominantemente a cocaína na forma fumada (crack).
EFEITOS PSICOATIVOS
Os efeitos estimulantes da cocaína parecem aumentar as habilidades físicas e
mentais dos usuários. Eles experimentam euforia, exaltação da energia e da libido,
diminuindo o apetite, exacerbação do estado de alerta e aumento da autoconfiança.
Altas doses de cocaína intensificam a euforia, agilidade, a verbosidade, os
comportamentos estereotipados e alteram o comportamento sexual.
GERAL FÍSICO
Aumento do tamanho das pupilas
Sudorese
Diminuição do apetite
Diminuição da irrigação sanguínea nos órgãos
NEUROLÓGICO
Tiques
Coordenação motora diminuída
Derrame cerebral
Convulsão
Dor de cabeça
Desmaio
Tontura
Tremores
Tinido no ouvido
Visão embaraçada
PSIQUICO
Desconfiança e sentimento de perseguição (paranóia)
Depressão (efeito rebote da intensa excitação)
SOCIAL
Isolamento
Falar muito
Desinibiçâo
RESPIRATÓRIO
Parada respiratória
Tosse
COMPLICAÇÕES FÍSICAS
Como se viu, a cocaína e outros estimulantes são amplamente distribuídos por todo o
corpo e as maiores concentrações acontecem no cérebro, baço, rins e pulmões.
CARDIOVASCULARES
Hipertensão
Arritimias
Cardiomiopatia e miocardite
Infarto de miocárdio
Isquemia do miocárdio
Endocardite
GASTRINTESTINAIS
Náuseas, vômitos, diarréias
Anorexia
Má nutrição
Isquemia intestinal
Perfuração do duodeno
CABEÇA E PESCOÇO
Ulceração da gengiva
Midríase
Erosões no esmalte dentário
Alterações no olfato
Rinite crônica
Perfuração do septo nasal
SISTEMA RENAL
Falha aguda renal
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Tosse crônica
Dores torácicas
Hemoptisse
Pneumotórax
Hemopneutórax
Pneumomediastino
Pneumopericárdio
Asma
Lesões nas vias aéreas
Deterioração das funções pulmonares
Edema pulmonar
Ulceração ou perfuração do septo nasal
Sinusite
Colapso nasal
OUTROS
Hipertemia
Morte súbita
Disfunções sexuais
OVERDOSE
Uma dose suficientemente alta pode levar á falência de um ou mais órgãos do corpo,
levando á overdose, que pode acometer qualquer tipo de usuário (crônico, eventual,
iniciante). A dose letal de cocaína depende da via de administração, para o uso oral é
de1 a 1,2 g de cocaína pura. O mais importante parece ser o qual rápido acontece o
aumento dos níveis da droga no cérebro.
A overdose acontece em duas fases:
Uma excitação inicial é seguida por fortes dores de cabeça, náuseas, vômitos e
convulsões severas. A esta fase segue-se á morte, pode ser muito rápida de 2 a 3
minutos ou durar cerca de meia hora. Alguém que sobrevive por mais de 3 horas tem
maior probabilidade de algum dano cerebral devido a falta e oxigenação.
COMPLICAÇÕES PSIQUIÁTRICAS
Altas doses de cocaína podem provocar alterações severas de comportamento
devido ao prejuízo da capacidade de perda da memória causando uma sensação
intensa de medo ou paranóia podendo levar o indivíduo a recorrer á violência,
manifestações psicóticas, alucinações e delírios podendo levar ao suicídio.
COMPLICAÇÕES SOCIAIS
As pessoas que usam drogas inicialmente para reduzir a inibição social e promover a
comunicação interpessoal, o uso pode provocar a paranóia prejudicando todo seu
convívio social.
Menor participação social
Prejuízo da capacidade para o trabalho
Comportamento violento
Atividades criminosa como furtos
Comportamento sexual de risco e infecções
Rompimento de vínculos familiares
SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA
Após o último uso da droga 12 horas ocorre uma drástica redução do humor e da
energia corporal. O usuário experimenta o craving (fissura), depressão, ansiedade e
paranóia. O craving por estimulante diminui de 1 a 4 horas após o forte desejo de
dormir. Esta fase começa de 12 a 96 horas após o crash e pode durar de 2 até 12
semanas. Decorrendo do aumento do número e da sensibilidade dos receptadores de
dopomina. A extinção ocorre quando completa os sinais e sintomas físicos. O craving é
o sintoma residual que aparece eventualmente, condicionando lembranças do uso e
seus prazeres, seu desaparecimento pode durar meses ou anos.
PRINCIPAIS COMORBIDADES
É comum encontrarmos usuários de cocaína com sintomas psiquiátricos como:
Transtornos afetivos
Transtornos de ansiedade
Transtornos de personalidade
Esquizofrenia
Transtorno de déficit da atenção e hiperatividade
VISÃO GERAL
O uso do álcool é destacado na virada do século XVIII para o século XIX, após a
revolução Industrial. A produção do álcool a que o homem estava acostumado até o
século XVIII era artesanal e predominava, portando, as bebidas fermoiadas (vinho e
algum tipo de cerveja). Com a revolução industrial inglesa, passou-se a produzi-las em
grandes quantidades que diminuiu seu custo. Além disso, desenvolveu o processo de
destilação dos fermentados. Técnicas capazes de aumentar muito as contrações
alcoólicas, portanto todas essas mudanças permitiram que um número muito maior de
pessoas, passase a consumir álcool com freqüência. Também é caracterizada a
dependência do tabaco sendo determinada por processo biológico, comportamentais,
psicológicos e sócio-culturais.
SISTEMA CARDIOVASCULAR
Os efeitos do álcool sobre a circulação são pequenos, doses moderadas causam
um pequeno aumento temporário no ritimo cardíaco e vasodilatação, especialmente na
pele, provocando rubor facial. A pressão arterial, o débito cardíaco e a força de
contratilidade cardíaca não são significantes afetados por quantidades moderadas de
álcool, sendo que grandes doses, provocam um aumento do fluxo sanguíneo cerebral.
TEMPERATURA CORPOREA
Quantidade moderada de álcool podem levar a vaso-dilatação periférica e
sudorese. A sudorese aumentada pode, por sua vez levar a perda de calor e a uma
queda na temperatura corporal.
TRATO GASTRINTESTINAL
O álcool pode estimular a secreção gástrica pela excitação reflexa dos
terminais sensoriais na mucosa bucal, gástrica e por uma ação indireta sobre o
estômago, possivelmente envolvendo a liberação da gastrina. Bebidas com alta
concentração alcoólica causam inflamação do revestimento do estômago e produzem
uma gastrite erosiva. A intoxicação alcoólica causa a parada das funções
gastrintestinais secretoras e motoras.
RINS
O álcool diminui a secreção de um hormônio antidiurético. O efeito diurético
provocado é proporcional á concentração de álcool no sangue. O álcool não causa
prejuízos à estrutura ou funcionamento dos rins.
RESPIRAÇÃO
Quantidades moderadas de álcool podem estimular ou deprimir a respiração,
sendo que, grandes quantidades produzem depressão respiratória.
SISTEMA NERVOSO CENTRAL.
Os efeitos do álcool sobre o sistema nervoso central dependem da dose e do ritmo
de aumento da concentração alcoólica no sangue.
REDUÇÃO DA ANSIEDADE
O álcool é um potente ansidrístico e este efeito parece ser amplamente mediado
por sua ação sobre o receptor gaba-a Agudamente, o álcool intensifica a ação do ácido
gama-aminobutírico (Gaba), o neurotransmissor inibitório mais importante do sistema
nervoso central.
O álcool também tem uma ação anestésica e pode induzir a aminésia, a qual
ocorre em concentração subanestésica da droga.
Algumas pessoas bebem para “esquecer” seus problemas, mas o que ocorre, é uma
certa tendência a aumentar a rigidez na forma de pensar e intensificar os sentimentos
pré-existentes. Assim, uma pessoa triste ficaria ainda mais triste. O álcool faz com que
os processos mentais ocorram na forma “preto ou branco”, ou a pessoa está muito
alegre, ou muito triste, ou muito dócil, ou muito agressiva.
COMPLICAÇÕES PSIQUIÁTRICAS
EXPERIÊNCIAS ALUCINATÓRIAS
O início da evolução delirante acontece quando e paciente experimenta a súbita e
rapidamente, perturbação na percepção. O grau insight é característico imediatamente
quando o paciente desconfirma a realidade da alucinação. É um estado convulcional
tóxico de curta duração que habitualmente ocorre com o resultado da redução da
ingestão do álcool em indivíduos dependentes com longa história de uso. As
complicações de abstinência alcoólicas classificam em: alucinações vividas, acentuado
tremor, obnulação da consciência e confusão.
Estes sintomas normalmente ocorre de 20 a 50 horas após a última ingestão.
CONVULSÕES
Ocorrem em cerca de 5 a 15% dos indivíduos dependentes de álcool,
aproximadamente de 7 a 48 horas após a acessão da ingestão.
As convulsões são generalizadas tônicocrônicas “grande mal”, estão associadas a perda
de consciência, seguidas por movimentos convulsivos.
ALUCINOSES ÁLCOOLICAS
Alucinação mais tipicamente auditiva que ocorre após um período de pesado
consumo alcoólico. As alucinações são vividas de início agudo que intui sons de
“chiques”, rugidos, baladas de sinos, cânticos e vozes. Os pacientes expressam medo,
ansiedade e agitação e são decorrentes desta experiência:
-Transtorno psicótico delirante induzido pelo álcool
-Intoxicação patológica
-Black-out´s alcoólicos (episódios de aminésias induzidos)
-Depressão
-Suicídio
-Ciúme patológico
-Hipomania
-Ansiedade
-Transtorno de personalidade
-Transtorno alimentares
-Esquizofrenia
TABACO
VISÃO GERAL
A dependência da nicotina tem sido menos estudada que a dependência do álcool
e outras drogas, apesar de ser apontada pela organização mundial de saúde (ONS).
Como o problema da saúde pública número um é a maior causa de morbilidade e
mortalidade em muitos países. No Brasil, estima-se que mais de 200.000 pessoas
morrem por ano devido ao fumo. Os riscos de saúde associadas já haviam sido
reconhecidos desde a década de 1950. Por muitos anos discutiu-se se o uso do tabaco
era ou não uma dependência, uma parte importante de profissionais de saúde e
principalmente a indústria do fumo, relutou em aceitar a caracterização da nicotina
química como droga causadora de dependência. Também é caracterizada a
dependência do tabaco como sendo determinada por processos biológicos,
comportamentais, psicológico e sócio-culturais.
Apesar da fumaça do cigarro conter mais de 4.000 substância (60 delas são
cancerígenas), o fumante busca especificadamente a nicotina para obter o prazer e o
bem-estar. Fumar é um hábito que começa na adolescência e não devido aos efeitos
psicoativos da nicotina.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
A nicotina é principalmente absorvida pelos pulmões na forma de cigarros. Mas
também pode ser absorvida pela mucosa bucal: com o hábito de mascar rapé úmido ou
tabaco, charutos e cachimbos oferecem absorção tanto pelos pulmões quanto pela
mucosa bucal.
EFEITOS DO USO AGUDO
EFEITOS FARMACOLÓGICOS
A ingestão inicial da nicotina é geralmente uma experiência aversiva, com
náuseas, dores de cabeça e um mal estar generalizado, mas a tolerância a esses
efeitos desenvolve-se rapidamente. A nicotina pode estimular, deprimir ou perturbar os
sistema nervoso central. Dependendo da dose e da freqüência de utilização estas ações
são mediadas pelos receptores nicotínicos, que estão distribuídos por todo o cérebro e
pela coluna vertebral.
A ação aguda da nicotina no sistema nervoso central envolve vários
neurotransmissores:
-Liberação de dopamina, gerando euforia
-Liberação de noradrenalina, gerando aumento da freqüência cardíaca, náuseas,
vômitos, piloeração e melhora de atenção.
-Liberação da sertonina, gerando ansiedade
-Liberação de acetiucolina, gerando melhora de memória
COMPLICAÇÕES FÍSICAS
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
-Infário de miocárdio: O uso de cigarro representa o maior dos fatores de risco.
-Arteriosclerose: O uso de cigarros é o maior fator de risco
-Aneurisma da aorta
-Ataques de angina
-Doenças coronarianas
CÂNCERES
-Pulmão: de 75% a 85% dos cânceres de pulmão decorrem de uso de cigarro. O câncer
de pulmão é o tipo de câncer que mais faz vítimas.
-Laringe
-Cavidade uterina
-Esôfago
-Bexiga
-Rins
DOENÇAS PULMONARES
-Enfisema
-Bronquite crônica
-Infecção respiratória
COMPLICAÇÕES PSIQUIÁTRICAS
O uso de tabaco é comum entre pacientes psiquiátricos, e é mais prevalente
entre pacientes depressivos e psicóticos.
Fumantes com história passada ou presente de ansiedade, depressão ou
esquizofrenia terão menor probabilidade de parar de fumar e isso pode ser em
decorrência de vários fatores:
-Dependência e sintomas de abstinência aumentados
-Carência de suporte social
-Menores habilidade de enfrentamento
-O desejo de consumo pode ser desencadeado por estímulos ambientais relativamente
independentes do estado ou da necessidade fisiológica. É por isso que o indivíduo pode
ter um forte desejo de fumar anos após a interrupção do consumo.
SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA
Principais sinais e sintomas da síndrome de abstinência da nicotina.
PSICOLÓGICOS
-Humor disfórico ou deprimido
-Insônia ou sonolência diurna
-Irritabilidade, frustração ou raiva
-Ansiedade
-Dificuldade para se concentrar e manter a atenção
-Inquietação
-Fissura
BIOLÓGICOS
-Frequência cardíaca diminuída
-Pressão arterial diminuída
-Aumento de apetite
-Ganho de peso
-Falta de coordenação motora e tremores
TERAPIAS PSICOSOCIAIS
O objetivo da terapia comportamental é mudar as cognições anteriores a
respeito do fumo, reforçar o não fumar e ensinar habilidades para evitar o fumo em
situações de risco. Trabalha com técnicas de treinamento de habilidades, prevenção de
recaída, controle de estímulos, redução de nicotina, relaxamento e feedback fisiológico.
TERAPIAS SOMÁTICAS
As terapias somática incluem terapia de reposição de nicotina, uso de medicação
que imitam os efeitos da nicotina, uso de antagonistas (para bloquear os efeitos
reforçadores da nicotina) e outras medicações, sendo que as duas primeiras são as
principais formas de tratamento deste grupo.
TERAPIA COMBINADA
O objetivo da terapia combinada é oferecer tratamento para síndrome de
abstinência e, concomitantemente desenvolver habilidades de não fumar.
O tratamento psicosocial não é essencial para obter resultados com os
tratamentos somáticos. No entanto é importante notar que a terapia combinada
aumenta consideravelmente o número de pessoas que param de fumar, quando
comparada aos tratamentos isolados.
Assim, a combinação da terapia psicosocial e somática é o tratamento
recomendado.
EVANGELISMO E MISSÕES
O QUE É EVANGELHO?
1-ETIMOLOGIA
A palavra ”evangelho” vem de duas palavras gregas: “eu”, que quer dizer
”bom”, e de angelia, que significa “mensagem, noticia, novas” Assim a palavra
euuangelion que quer dizer “boas novas, noticias alvissareiras”. Essa palavra aparece
tanto no antigo testamento como na literatura extra bíblica.
No hebraico é bessorah, que a Septuaginta traduziu por euuangelion.
Originalmente significava “pagamento pela transmissão de uma boa noticia”. Com o
tempo passou a ganhar novo significado no mundo romano de fala grega, em
virtude do culto ao imperador, pois a palavra euuangelion era usada para anunciar o
nascimento deste ou a sua coroação.
EUANGELIZOMAI (Aristófanes), evangelizo, uma que só se encontra no grego
posterior juntamente com o substantivo adjetival euuangelion (Homero) e o
substantivo euangelos (Ésquilo), todos derivados de angelos, “mensageiro” (é provável
que originalmente fosse uma palavra iraniana tomada por empréstimo), ou do verbo
angelló, “anunciar” (anjo). Euangelos, “mensageiro”, é aquele que traz uma mensagem
de vitória ou quaisquer outras notícias que causam alegria.
2-NOVO TESTAMENTO
Esse vocábulo, que e encontrado 76 vezes em todos o novo testamento, só
aparece no singular; o verbo euuangelizo, ”evangelizar”, 54; e euuangelistes,
“evangelista” 03. O Senhor Jesus Cristo é o conteúdo do evangelho; sua vinda, seu
ministério terreno, seu sofrimento, morte e ressurreição RM (1.1-7).
É a mensagem de Cristo que salva o pecador (JO 3.16). É o meio empregado por
Deus para a salvação de todo aquele que crer (I CO 15.2). Só através do evangelho é
que o homem conhece a salvação na pessoa de Jesus. O evangelho de Cristo é a
única resposta para este mundo que perece em conseqüência do pecado.
EVANGELISTAS
Os evangelistas eram os “missionários” pátrios ou estrangeiros. Algumas
traduções, como a de Goodspeed, dizem mesmo “missionários”. Os apóstolos eram
evangelistas, e muitos profetas também o eram, porém, além desses, haviam outros
especialmente talentosos, dotados do dom da fé, da exortação e de outras
manifestações espirituais apropriadas para seu oficio, os quais eram presenteados á
igreja para multiplicá-la em número. O grupo dos evangelistas era aquele que
efetuava a missão evangelizadora da igreja entre os judeus ou os gentios, em posição
subordinada aos apóstolos. Geralmente os evangelistas não estavam limitados a
qualquer comunidade cristã local, mas foram de lugar em lugar, estabelecendo novas
congregações locais, conduzindo os homens à fé e à conversão a Cristo.
O evangelista é alguém especial e completamente capacitado para comunicar o
evangelho e levar descrentes a Cristo. Ele sempre conduz um número maior de
pessoas a Cristo, e isto, com muito mais facilidade, porque comunica melhor a palavra
da fé. Ele não prega mensagens complicadas, mas simples, com convicção e
objetividade, as quais explodem nos corações dos que o ouvem.
Ele não precisa ser um bom orador, nem um teólogo, nem trazer mensagem
recheadas de coisas novas, isto porque ele é ungido por Deus para realizar tal tarefa.
2-´´...tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo....(SL 40.2). O pecador está
atolado no lodo (pecado), preso pelos laços do diabo (IITM 2.26) e impossibilitado de
sair pelos seus próprios esforços (JO 8.34). Somente o crente, que já está com os pés
firmados na rocha (SI 40.2), poderá ajudá-lo a sair daquele horrível lugar, para a rocha
da nossa salvação: Cristo (EF 2.20,21). Ao aceitar Jesus como salvador, o pecador é
tirado da potestade das trevas para o reino do filho de seu amor (CL 1.13), das trevas
para a luz (I PE 2.9).
3-O pecador está rodeado pelo fogo da condenação (JO 3.8) e não tem condições, por
si, de sair. mas, como o crente já saiu da mesma condição (JO 5.24; RM 8.1), o Senhor
confiou-lhe a urgente tarefa de salvar alguns, arrebatando-os do fogo (JD 23).
4-Os perdidos estão destinados à morte e estão sendo levado para a matança (PV
24.11). Deus quer que todo crente não ignore essa terrível situação dos pecadores (PV
24.12), por isso os incumbiu da realização do importante trabalho de retirá-los dessa
circunstância (PV 24.11).
5-Todos os homens foram mordidos pela serpente venenosa chamada pecado (RM
3.23; I JO 1.8) e, como conseqüência, são candidatos à morte eterna (RM 6.23; AP
21.8). Somente o crente tem o verdadeiro remédio para o pecado: Cristo. Ao crer em
Jesus o veneno do pecado é extirpado da vida do ser humano (JO 1.7,9).
7-“Rogo-te,pois,ó pai, que o mandes á casa de meu pai. Pois tenho cinco irmãos, para
que lhes dê testemunho, a fim de que não venham parar neste lugar de tormento” (LC
16.27,28). Como é comovente a situação deste rico que havia partido para a
eternidade sem salvação! Estava agora atormentado nas chamas (V.24). Diante do
pedido acima, foi lhe dito da impossibilidade de alguém sair de lá de onde ele estava,
isto é, do hades, para a terra, a fim de testificar para seus irmãos. Também lhe foi dito
que este trabalho é feito pelos que estão na terra. A responsabilidade de pregar a
palavra foi confiada aos crentes. Se o pecador crer em Jesus, será salvo e livre da
condenação e, ao partir desta vida irá gozar das delicias do paraíso celestial.
8-”Olhei para a minha direita, e vi, mas não havia quem me conhecesse: refúgio me
faltou, ninguém cuidou da minha alma” (SL142.4).
O pecador está à espera de alguém que possa cuidar da sua alma. Essa missão foi
confiada aos crentes.
O QUE É EVANGELISMO ?
É a obra do Espírito Santo.
O Espírito Santo é capaz de fazer a palavra alcançar tanto êxito hoje como nos
dias dos apóstolos. Ele pode salvar as almas ás centenas ou aos milhares, como
também de uma em uma, ou de duas em duas. A razão por que não somos mais
prósperos é que não contamos com o Espírito Santo entre nos,em poder e energia,
como nos tempos primitivos.
Se contássemos com o Espírito para selar o nosso ministério com poder, isso
significaria que poucos valores dariam ao talento humano os homens podem ser pobres
e sem estudo, suas palavras hesitantes e gramaticalmente erradas, porém, se o poder
do Espírito as estiver bafejando, o evangelista mais humilde será mais bem sucedido do
que o mais erudito dos doutores, ou o mais eloqüente dos pregadores.
“É o extraordinário poder de Deus, e não os talentos humanos,que obtêm a
vitória. É da unção espiritual extraordinária e não de poderes mentais extraordinários,
que precisamos. O poder intelectual pode encher um templo de angústia de alma. O
poder intelectual pode atrair numerosa congregação, mas somente o poder espiritual
pode salvar almas. Precisamos do poder espiritual” (Charles H. Spurgeon).
“ Se o espírito estiver ausente, poderá haver sabedoria de palavra, mas não a
sabedoria de Deus, poderá haver os poderes da oratória, mas não o poder de Deus; a
demonstração do Espírito Santo, a lógica convincente de seu resplendor, como a que
convenceu a Saulo, próximo à porta de Damasco. Quando o Espírito se derramou,
todos os discípulos ficaram cheios do poder do alto, e a língua menos culta pôde
silenciar os contradizentes e, com suas chamas por novas, foi queimando e abrindo
caminho através de obstáculos de toda sorte, sopradas por poderosos ventos que
varreram florestas” (Arthur T. Pierson).
Os ministros do evangelho, de fato, precisam do poder do Espírito Santo, porque
sem ele serão inaptos para o ministério. Nenhum homem é competente para o trabalho
do ministério do evangelho mediante apenas suas aptidões e habilidades pessoais, sua
erudição e experiência adquiridas dos homens. sua eficiência vem do poder do Espírito
Santo. Enquanto ele não houver sido dotado desse poder, a despeito de todas as suas
virtudes e capacidades, terá que esperar até que do alto sejam revestidos de poder
competia aos discípulos esperar em Jerusalém, até que recebessem a promessa do
Espírito
“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo que há de vir sobre vós, e ser-me-
eis testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, até os confins
da terra” (AT 1.18). Antes de os discípulos receberem o batismo no Espírito santo,
ficaram trancados num lugar onde se reuniam com medo dos judeus ((JO 20.19).
Também estavam despreocupados com a incumbência que lhes foi dada para pregar a
palavra (JO 21.3). Mas quando receberam o poder do Espírito Santo o quadro
modificou-se totalmente:
-Eles que estavam assentados (AT 2), ficaram de pé (AT 2.14);
-As portas, que até então estavam fechadas(JO 20.13), abriram-se e eles saíram ás
ruas, ás praças, ás sinagogas, a pregar a palavra;
-Pedro, que chegara a negar vergonhosamente o Mestre (LC 22.54-62), agora podia
pregar com coragem e autoridade (AT 2.14).
Realmente, o batismo no Espírito santo capacita o crente para o glorioso trabalho de
ganhar almas, pois o possibilita a pregar com autoridade e também com graça. Quando
o ganhador de almas estiver equipado com esta ferramenta celestial (II CO 10.4-5),
haverá muitas conversões, como fruto do seu trabalho (AT 11.22-24). O mandamento
bíblico neste sentido é: “...Enchei-vos do Espírito Santo” (EF 5.18).
A relação do evangelista com o Espírito Santo deve ser algo diferente, até
mesmo indescritível, de tudo o que já se ouviu sobre o assunto. Ele deve ser
completamente submergido no Espírito, submisso à sua direção para ter uma
comunhão fora do comum, que fará com que sua mensagem, sua vida, seus gestos e
tudo mais em seu ser se transformem em poderosas armas de testemunho do poder e
graça de Deus.
O evangelista deve ter tal intimidade com o Espírito que, palavras como
“revelação”, “visão” e “poder” serão comuns em sua experiência e não somente
vocabulário. Ele sem esta relação, não passará de um “alto-falante” espiritual. Embora
ele fale muito bem, explique claramente, ensine coisas muito bonitas, sem a unção do
espírito, não será mais que um bom orador ou mestre.Todavia, Deus não chamou para
tal por isso, proveu o meio para que o evangelista estivesse sempre ligado á fonte
divina de poder transformador: O Espírito Santo. Sem essa relação não há autoridade,
poder, manifestações transformadoras ou salvação (II CO 13.13).
FONTE DE BENEFÍCIO
O evangelismo enche de pessoas qualquer Igreja. Encheu as igrejas metodistas
há mais de duzentos anos. O metodismo nasceu por causa evangelismo. Esse
movimento wesleyano só cresce e têm vida em função do evangelismo. A igreja de
Cristo só é igreja por causa do evangelismo, desde o dia dos apóstolos. É o que leva as
pessoas á salvação. Os novos convertidos vão ocupando os assentos (até então vazios)
das igrejas.
Além disso, o evangelismo resolve o problema financeiro. Tudo quanto Pedro
teve da fazer foi apanhar o peixe, o dinheiro encontrava-se na boca desse peixe.
Sempre foi assim. Basta que conquistemos os perdidos para Cristo, que estes suprem
os recursos para levar avante a sua obra. É pelo fato de o evangelismo haver-se
amortecido, que tantas de nossas igrejas foram obrigadas a fechar as suas portas.
A Igreja dos povos não é exceção. Ao longo dos anos de sua existência, temos
conduzido um contínuo e eficiente ministério de evangelismo, e continuamos a
evangelizar. Entoamos hinos de louvor de teor evangelístico e pregamos sermões que
anunciam a salvação em Cristo.
EVANGELISMO É AINDA:
a-INFORMAÇÃO: Evangelismo é uma ação que tem por fim informar. É preciso que o
pecador seja informado a respeito de sua condição de pecador, da natureza e
conseqüência do pecado em sua vida, do amor de Deus e de sua providência para a
salvação de suas criaturas, o que é necessário fazer para se salvar? Todos os meios
possíveis devem ser usados para que o homem seja informado de tudo quanto diz
respeito a sua situação espiritual e do amor divino para com ele.
AS ARMAS DO EVANGELISTA
Para realizamos a tarefa de evangelizar é preciso a utilização sábia de instrumento
adequado. O marinheiro usa a bússola, o alfaiate a tesoura, o lavrador o arado. E
aquele que evangeliza, de quais armas precisa? É necessário:
1-ORAÇÃO
'Lemos nas biografias de nossos antepassados que se mostraram mais bem
sucedidos na conquista de almas, que oravam em secreto durante horas a fio. Fazemos
então uma pergunta: poderíamos obter os mesmo excelentes resultados sem seguir o
exemplo deles? Caso não precisemos orar tanto, provemo-lo ao mundo. Descubramos
um método superior! Caso contrário, em nome de Deus, começaremos a seguir aqueles
que a fé, com paciência, tornaram-se herdeiros da promessa. Nossos progenitores
espirituais choraram, oraram e agonizaram diante do Senhor, em favor dos ímpios
visando a salvação deles, e não descansavam enquanto os pecadores não fossem
feridos pela espada da palavra do Senhor. Esse é o segredo do êxito retumbante dos
gigantes espirituais do passado. Quando às coisas se paralisavam eles lutavam em
oração até que Deus derramasse de seu espírito sobre os homens, que assim se
convertiam.'
Todos os homens de Deus eram poderosos homens de oração. Somos
informados de que o sol nunca surgia no horizonte, na china sem encontrar Hudson
Taylor de joelhos. Não admira, portanto, que a missão para o interior da china tenha
sido tão maravilhosamente usada por Deus.
A conversão é uma operação efetuada pelo Espírito Santo, e a oração é o poder
que assegura essa operação. As almas não são salvas pelo homem, e sim, por Deus, e
posto que Ele opera em resposta à oração, não temos outra alternativa além de seguir
o plano divino. A oração movimenta o braço divino, que põe o avivamento em ação.
A oração que prevalece não é fácil. Somente aqueles que têm estado em conflito
com os poderes das trevas sabem que ela é difícil demais. Paulo escreveu dizendo que
''não temos que lutar contra a carne e o sangue, e, sim contra os principados, contra as
potestades, contra as força espirituais da maldade nas regiões celestes” (EF 6.12). E o
espírito santo ora com ''...gemidos inexprimíveis'' (RM 8.26).
Oração e jejum pelas cidades. O homem pecador se opõe a Deus. O diabo força o
homem não buscar a Deus. Todo plano de evangelização, por melhor que seja,
fracassará, se não tiver o poder de Deus. E o poder de Deus só pode ser adquirido pela
busca, pela oração. Deus age (FP 1.29; EF 2.8; JO 6.44). Os demônios só são expulsos
pelo poder da oração (LC 19.41). A oração é a base.
2- PALAVRA
A bíblia é o manual por excelência de missões, porque é a revelação de Deus à
humanidade. Além de ser a única fonte inspirada de teologia e ética ela nos ensina
como fazer evangelismo e missões.
A bíblia é a única obra literária do mundo que registra que a nossa origem.
Deus quer que todos os seres humanos conheçam a verdade sobre Ele e de como Ele
se revelou nas santas escrituras, e também sobre a natureza humana. A vontade de
Deus é que todos os homens se arrependam e tenham conhecimento da verdade (I TM
2.4).
Deus sempre se preocupou com o bem-estar do homem. Essa vontade só pode
ser conhecida pela revelação, verdade que só é encontrada nos oráculos divinos: a
bíblia sagrada.
A palavra é a ferramenta do evangelista pessoal. Ele deve manejar bem a
palavra da verdade (II TM 2.15) para mostrar ao pecador os pontos salientes do
caminho da salvação, aplicando a cada circunstância a mensagem correspondente. É
importante ter bem claros na mente os versículos e suas respectivas referências que
falem sobre cada situação que a pessoa pode estar experimentando ou experimentar,
como, por exemplo pecado, arrependimento, confissão, perdão, o amor de Deus,
salvação, segurança, proteção, paz, vitória, vida eterna e outros tópicos de igual
importância.
3-PORQUE A PESSOA SALVA é a única que pode afirmar com convicção quem ele era,
quem ele é, e quem ele será, ou seja: era um perdido pecador, candidato à morte
eterna e à condenação. Porém, hoje, é um pecador remido (TT 2. 14), liberto por Jesus
(JO 8.34), e, no futuro, estará eternamente na presença do Senhor (I TS 4.17), nos
céus (FP 3.20), possuindo um corpo imortal e incorruptível (I CO 15.51-54)
1-EVANGELISMO PESSOAL
A evangelização pessoal ainda é, por excelência, o método mais eficaz na obra
de ganhar al,mas. Nenhuma estratégia, por mais perfeita que seja, pode substituir com
a mesma eficiência o contato pessoal na pregação do evangelho.
Jesus e os apóstolos pregaram ás multidões mas nunca desprezaram a evangelização
pessoal, por entenderem que a salvação é uma questão individual, que deve ser
tratada com as pessoas uma a uma, como fez Jesus ao escolher os seus discípulos. É
por outro lado, a estratégia mais simples e de menor custo, pois é fruto do amor
apaixonado de cada crente pelas almas perdidas, que o faz buscá-las pessoalmente e
sem esmorecimento, onde quer que se encontrem, como fez o pastor com a que
encontrava desgarrada do redil (LC 15.4-7).
Se cada Cristão entendesse o seu papel e ganhasse, pelos menos, uma pessoa a
cada ano, e cada um desses novos cristãos ganhasse também uma pessoa por ano, o
alvo de 50 milhões de almas até o ano 2010, lançado pela década da colheita, poderia
ser alcançado em pouco mais de dois anos.
a- PONTO DE CONTATO
A evangelização pessoal tem como fundamento o contato entre o evangelista e a
pessoa a ser evangelizada. Se não houver contato, não há evangelização. É obvio que o
contato se dá em duas direções:
Primeiro com Deus e segundo com o próximo. A forma de aproximação mais
conhecida como ponto de contato vai determinar em grande parte o êxito da iniciativa.
Ela será a chave para tornar o interlocutor mais acessível ao dialogo, que poderá levá-
lo a reconhecer os pecados e, conseqüentemente, à conversão.
Não basta simplesmente iniciar uma conversa mostrando já as conseqüências de
quem se rebela contra Deus. Talvez esta seja a forma mais rápida de fechar as portas à
pregação. Em nenhuma parte da Bíblia a mensagem de juízo precede a de
arrependimento.
Descobrir o ponto de contato significa fazer uso da habilidade de intuir em cada
situação a maneira pela qual o evangelista pode identificar-se com a pessoa que está
sendo evangelizada. Veja o exemplo de Filipe. Ele descobriu que o eunuco lia o profeta
Isaías e fez uso deste ponto de aproximação para entabular a conversa, enquanto
corria ao lado do carro (AT 8.30). Paulo, no areópago, utilizou-se da figura de Deus (AT
17.22-24).
Ponto de contato é a chave ''para se dizer o que é certo, de maneira que não ofenda
as pessoas''.
a-FAZENDO AMIZADE
A evangelização pessoal tem como pressuposto a amizade, principalmente quando se
trata de um projeto em médio prazo em relação a determinada pessoa. Uma proposta
de relacionamento amistoso e sincero é a primeira atitude que o evangelista pessoal
precisa demonstrar na sua busca incessante pelas almas perdidas. É preciso que haja
da parte do pecador, absoluta confiança nas intenções de quem o está evangelizando.
b-PELO EXEMPLO
O exemplo é outro fator de atração que deve ir na frente para conquistar, sem palavra,
a expectativa do incrédulo. Há uma diferença entre o salvo e o não salvo e esta precisa
ficar bem caracterizada não apenas pelo discurso, mas principalmente pelas ações. “Eis
que tenho observado que este homem que passa por aqui é um santo homem de Deus''
(II RS 4.9). Já dizia a mulher a respeito de Eliseu. De que adianta um turbilhão de
palavras bem concatenadas se o testemunho não corresponde ao que se prega?
c-PELO DISCIPULADO
Aqui significa que o evangelista pessoal não vai pregar para alguém e abandoná-lo á
beira do caminho. O discipulado implica em adotar essa pessoa e levá-la pacientemente
a cumprir todos os passos da salvação até que Cristo seja gerado nela. Este
procedimento produzirá crentes maduros que, por sua vez, serão levados a ter a
mesma atitude de fazer novos discípulos (II TM 2.2).
Foi assim com Filipe, após o chamado do mestre, trouxe as boas novas para Natanael
e o levou a Cristo (JO 1.45-47).O mesmo ocorreu com a mulher samaritana, que
anunciou ter encontrado o Messias aos conterrâneos de Samaria: Vinde e vede um
homem que me disse tudo quanto tenho feito, porventura não é este o Cristo?'' (JO
4.39). O endemoninhado gadareno foi outro que não titubeou. Depois de liberto, ''Foi
apregoando por toda a cidade, quão grandes coisas Jesus lhe tinha feito'' (LC 8.39).
Gerar um novo crente significa acompanhá-lo passo a passo, tal como uma criança, até
que possa andar com os seus próprios pés.
QUALIDADES DO EVANGELISTA
1-DEMONSTRAR CONVICÇÃO
Entre as muitas qualidades exigidas do evangelista pessoal, além da conversão e da
certeza de salvação, está a convicção absoluta naquilo que crê. Jó escreveu: ''Eu sei
que o meu redentor vive” (JO 19.25). O apóstolo Paulo não teve dúvida: ''Eu sei em
quem tenho criado'' (II TM 1.12). A ineficiência na exposição das verdades da salvação
passa a idéia de que o pregador não está muito convicto daquilo que prega e não
permite ao Espírito Santo usar a palavra para atingir o coração do ouvinte, isto,
porque, '”Se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha?” (I CO
14.8). Ou seja,se o soldado der o toque de recolher para, em seguida, dar o toque da
alvorada no momento exato de iniciar a guerra,como os recrutas irão agir?
2-SER CONVERTIDO
“...E tu, quando te converteres,confirma teus irmãos” (LC 22:32). ”...E grande número
creu e se converteu...” (AT 11.21). Há muitas pessoas que querem dar o segundo
passo, sem ter conhecido o primeiro. A princípio, eles tentaram usar o poder do nome
de Jesus, sem experimentá-lo em vidas. E depois, tentaram levar homens pecadores e
rebeldes ao conhecimento da vontade divina. O homem salvo por cristo, que está
reconciliado com Deus, não vive mais em rebeldia, seja qual for a forma que ela tiver.
Que Deus nos ajude a estar dentro da sua vontade! Nós dizemos o que sabemos e
testificamos o que vimos. Porque hás de ser sua testemunha para com todos os
homens do que tens visto e ouvido. O que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos,
o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram na palavra da vida.
4-SER PREPARADO
“ Sofre, pois, comigo, as aflições como bom soldado de Jesus cristo. Ninguém que
militar se embaraça com negócio desta vida, a fim de agradar aquele que alistou para
a guerra. É, se alguém também militar, não é coroado se não militar legitimamente”.
O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar dos frutos''. (II TM 2.3-6).
Há um ditado que diz: ''Um homem prevenido (preparado) “vale por dois''. No caso do
evangelista (ou qualquer outro ministro) isso é regra. Ele deve se preparar para estar
sempre pronto a responder à altura de um anunciador das boas novas. A bíblia
compara o crente como um soldado ou atleta, estes títulos, em si mesmos, já denotam
preparação. O evangelista deve se preparar e também preparar o ambiente e as
pessoas, através da oração. 'A proclamação funciona bem, num ambiente, onde as
pessoas têm sido preparadas para ouvir o evangelho.
Estar preparado é mais do que ficar sempre lendo materiais sobre evangelismo. É estar
cheio da palavra, do Espírito e da Graça de Deus. Estar preparado e também ser
sensível a direção do Espírito. O evangelista deve estar pronto, tanto para pregar
quando o Espírito quiser, como para não pregar quando o Espírito assim o mandar (AT
16.6,7).
'Um ministro pode ter educação, treinamento, personalidade e qualquer outro dom,
geralmente considerado como uma necessidade para um ministério próspero, contudo,
o fracasso será iminente se ele descuidar do maior de todos os requisitos para alcançar
o verdadeiro e permanente ministério: a preparação espiritual de si mesmo.
6-CONHEÇER O PECADOR
O pecador manifesta diferentes reações á palavra pregada. Cabe ao evangelista
pessoal conhece-las e saber como lidar com elas. Há os que se mostram indiferentes,
enquanto outros estão interessados. Há os que desejam a salvação, mais se acham
impedidos, enquanto outros não crêem que possam ser salvos. Há os que se
consideram fracassados e não sabem como ser restaurados. Enfim, há diferentes
situações, mas para cada uma há respostas convincentes nas escrituras. É preciso que
o evangelista pessoal as conheça e permita que o Espírito Santo as use no momento
adequado.
OS QUATRO '' COMOS '' DO EVANGELISMO
Vamos examinar RM 10.13-15 ''Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será
salvo”.
-COMO invocarão aquele em quem não creram?
-COMO crerão naquele que não ouvirão?
-COMO ouvirão, se não há quem pregue?
-COMO pregarão, se não forem enviados?
Como está escrito: “Quão formosos são os pés dos que anunciam a paz, do que
anunciam coisas boas''.
Aqui temos os quatros ''como'' da palavra de Deus. Primeiramente encontramos a
promessa ''ser salvo'' condicionada ao verbo ''invocar''. Porém, para que invoquem,
precisam antes confiar. Para que confiem, precisam antes ouvir. Para que ouçam,
alguém deve pregar-lhes as boas novas. Mas para que preguem, terão antes de ser
enviados. Dessa maneira, Deus põe a responsabilidade sobre nós. Se enviarmos os
missionários, eles poderão pregar. Se eles pregarem, pessoas poderão crer, e se
crerem, invocarão, e se invocarem, serão salvos. Mas todo o processo e iniciado por
nós. Antes de qualquer coisa, e necessário que enviemos.
SAQUEANDO O INFERNO
Para tornarmos efetiva a nossa vitória nesta batalha, precisamos de uma estratégia
bem planejada e estudada e esta estratégia já está descrita na palavra de Deus,
constitui-se dos seguintes passos:
2-AMARRAR O INIMIGO
“Ninguém pode entrar na casa do valente para roubar-lhe os bens, sem primeiro
amarrá-lo; só então saquear á a casa”. (MC 3.27).
O segundo passo na estratégia da batalha espiritual é amarrar o inimigo. No contexto
deste verso, Jesus Cristo está falando sobre satanás, e apresenta-nos a estratégia de
amarrá-lo. Pela autoridade da nossa posição em Cristo, pela palavra de Deus, pelo
nome de Jesus Cristo, podemos amarrar satanás e os espíritos malignos, para
finalmente tirarmos as vidas de suas mãos. Se estivermos acima de todo domínio e
poder, temos então autoridade espiritual sobre este poder. Por isso, o crente em Cristo
simplesmente pode amarrar satanás, para executar a obra de Deus. Isto não quer dizer
que podemos impedir a atuação de satanás no mundo, pois isto só se dará no final dos
tempos, mas o que podemos e devemos fazer é impedir a atuação de satanás e
espíritos malignos, especificamente sobre a pessoa ou área onde estivermos
evangelizado.
3-ROUBAR-LHE OS BENS
“Ninguém pode entrar na casa do valente para roubar-lhe os bens, sem primeiro
amarrá-lo”. (MC 3.27). O bom crente é um ''ladrão” (do inferno). E deve ''roubar'' (do
inferno) muito. No verso, Jesus diz que devemos amarrar o valente e saquear-lhe os
bens. Quais são os bens de satanás? São as vidas que ele tem em domínio. Portanto,
estas vidas precisam ser resgatadas. Precisamos tirá-las das mãos de satanás e levá-
las para Cristo. Isto é feito no campo espiritual. Há muita gente tentando convencer os
outros de que as doutrinas bíblicas são certas e de que somente em Cristo há
salvação, pensando que se a pessoa aceitar estes argumentos intelectuais estará
salva. A apresentação do plano de salvação e o uso de argumentos poderão ajudar a
pessoa a tomar a decisão, que produzirá efeitos espirituais, porque a salvação de
Cristo consiste em tirar as vidas das mãos de satanás e transportá-las para o reino
de Deus. Por isso, devemos amarrar satanás e saquear-lhe os bens.
CONCLUSÃO
No coração de Deus há um clamor, dia e noite, gritando: Almas! Almas! Almas!
Ele clama para que seus servos se entreguem á obra de ganhar almas. Somente estes,
que procuram ter um coração segundo o Deus sabem o que significa este clamor: "Ai
de mim, se não anunciar este Evangelho!" Paulo sabia que era responsável perante
Deus, de resgatar o mundo das trevas. O Senhor tem chamado e preparado homens
especiais para este serviço: Os evangelistas. Esses homens têm transformado o mundo
com as boas novas de salvação, desde o tempo de Jesus, e vão continuar com este
ministério até que Ele volte.