Você está na página 1de 13

1- Contextualize historicamente a importância teológica do Concílio

de Trento. Quantos e quais são os documentos do Concílio de Trento que


tratam do sacramento da Eucaristia? Quais os pilares da doutrina tridentina
em matéria?

A importância de Trento, frente a questão da Eucaristia, consiste em


combater os reformadores que se puseram a questionar a doutrina católica, que, por
sua vez, são: a presença real de Cristo na eucaristia, transubstanciação, dimensão
sacrificial da Eucaristia e a comunhão por parte dos fiéis.

Documentos: Decreto sobre o sacramento da Eucaristia (1506). Decreto a


respeito da Comunhão sob duas espécies (1562). Doutrina sobre o sacrifício da
Santa Missa (1562).

No decreto sobre o sacramento de eucaristia, o concilio trata da presença real


de Cristo na eucarística e do modo através do qual essa presença acontece
(transubstanciação). Trento responde a Calvino, que nega decididamente a
presença real de Cristo na eucaristia, explicando que existem duas maneiras de
presença: uma natural, que se circunscreve à direita do pai, e outra sacramental que
é também real e corresponde à presença de Cristo na eucaristia. Com essa
afirmação, evita-se o super-realismo dessa presença (que é sacramental).

Contra Lutero, Trento insiste na conversão admirável do pão e do vinho em


corpo e sangue de Cristo, descrita filosófica e teologicamente como uma verdadeira
transformação. Trento não canoniza o termo transubstanciação, mas afirma que é
conveniente e apropriado. Tendo em vista a real presença de Cristo na Eucaristia,
Trento afirma a legitimidade do culto de latria oferecido a Cristo eucarístico.

O concílio fala ainda que não é necessário a salvação que cada fiel receba
singularmente eucaristia sob duas espécies; a partir de razões pastorais, a igreja
julgou por bem conceder a comunhão sobre uma só espécie; a comunhão das
crianças não é necessária até o momento da idade da razão.

Os reformadores negavam ainda o valor sacrificial da eucaristia. O concílio


afirmou a ligação entre o sacrifício da missa e o sacrifício da cruz de Cristo de modo
que na missa é presente sacramente sacrifício cruento da Cruz; o sacramento é
instrumento pelo qual a virtude da cruz de Cristo chega a todos os homens de todos
os tempos a Santa missa torna presente único e verdadeiro sacrifício de Cristo, na
modalidade sacramental do sacrifício de Cristo com o caráter sacrificial de
eucaristia, através da noção "de memorial fechar" e "representação sacramental de
Cristo, na linha de como a ceia Pascal dos judeus é memória e atualização do
evento do Êxodo.

O concilio destaca ainda três informações importantes: instituição da missa


como sacrifício da cruz de Cristo; Cristo ofereceu seu sacrifício como alimento de
modo a dar-se a seus apóstolos; o sacrifício realiza, de um modo perfeito e eterno,
toda a economia sacrificial do antigo testamento, introduzindo o homem na
comunhão com Deus, por Cristo com Cristo e em Cristo. E sacrifício perpetua na
vida da igreja, através do Sacramento eucaristia (e uso instrumental de sinais
vírgulas gestos e palavras).

2- Contextualize e fale da importância e dos limites das correntes


imolacionista e oblacionista para a teologia eucarística. Qual a principal
diferença entre estas correntes? Dê exemplos de teólogos que contribuiram
com estas correntes.

A teologia eucarística pós-tridentina é muito influenciada pela distinção


presente no Concílio de Trento entre Eucaristia como sacramento e sacrifício. Eesa
distinção foi introduzida por uma questão de praticidade, mesmo que do ponto de
vista sistemático seja dificilmente justificada. O Concílio deseja primeiramente
afirmar que a eucaristia é um dos sete sacramentos; depois, que esse sacramento é
um memorial do sacrifício da cruz. O ideal é apresentar a eucaristia como um
sacramento do sacrifício da cruz.

Para explicar o fato de que a missa é um sacrifício, surgem duas tendências


teológicas: o imolacionismo e o oblacionismo. As duas tendências partem da
definição de sacrifício para tentar provar que a eucaristia é um verdadeiro sacrifício.
O problema é que se parte de um conceito natural de sacrifício ou da história antiga,
o que distancia a reflexão teológica é que se parte de um conceito natural de
sacrifício ou da história antiga, o que distancia a reflexão teológica da originalidade
do sacrifício da santa missa. Ao invés de partir do evento teológico do sacrifício da
cruz de Cristo, parte-se da ideia geral de sacrifício para depois falar-se da santa
missa e de sua dimensão sacrificial. Os imolacionistas partem da seguinte definição:
o sacrifício acontece quando existe uma oferta que, ao ser oferecida, é modificada
(no sentido de destruição, de morte). Os oblacionistas partem da seguinte definição
de sacrifício: o sacrifício não é uma modificação na oferta, mas a alma do sacrifício é
a “oferta interior”. Se ofereço um cordeiro, a alma do sacrifício não é a morte do
cordeiro, mas o meu gesto interior de oferta, de dedicação. Como Cristo foi, durante
toda a sua vida, oferta viva ao Pai, basta que Cristo esteja presente na missa para
poder-se falar de sacrifício. Essa teoria explica o porquê de Cristo está presente na
santa missa em estado sacrificial, mas não explica o porquê de a missa ser o
sacrifício da cruz. Pode-se dizer que toda a vida de Cristo é oblação, mas não pode
esquecer que a cruz tem um caráter sacrificial único, e que a missa torna presente
não apenas o Cristo, mas também o seu sacrifício de cruz.

Alguns dos teólogos que contribuíram com estas correntes são L. Billot, A.
Vonier, O. Casel, Me. Thurian, G. Lagrange, entre outros.

3- Apresente a contribuição em matéria eucarística dos seguintes


autores: O. Casel, M. Thurian e L. Bouyer.

Para Casel, não é o rito da Missa que torna presente o sacrifício da cruz, mas
é o sacrifício, com a sua força, que se torna presente através de um rito estabelecido
por Jesus Cristo. Quando a Igreja celebra o memorial de Cristo, o sacrifício da cruz
irrompe com toda a sua força e se faz presente. Não são os ritos que capturam o
sacrifício, mas o sacrifício que preenche os ritos. Para o teólogo, a cruz se faz
presente de modo mistérico-sacramental na missa.

Missa Cruz
Imagem Sacramental Protótipo

Na Missa:

Christus Passus Vonier


+
Ação Salvífica Kyrios Pneumatikos (nEle, todos os
atos históricos)

Evento e ação salvíficos.


O Espírito torna presente todos os feitos de Jesus no Kyrios Pneumatikos.

Uma crítica que se pode fazer é que ele se recusa a aprofundar os nexos
entre liturgia judaica e crustã. Em vez de ir ao judaísmo, vai às religiões mistéricas
entender os conceitos de mistério.

M. Thurian aprofundou a noção bíblica de memorial, mostrando o seu nexo


com a noção de sacrifício. Além disso, propôs uma leitura das palavras e gestos de
Jesus na Última Ceia como memorial sacramental do seu sacrifício salvífico.
Procurou demonstrar como a celebração eucarística é Memorial do Senhor, no qual
se tornam presentes a sua pessoa e o seu único sacrifício, de modo que a Igreja
passa a ter comunhão com ele. Ele insiste que há uma inseparabilidade entre o
memorial da comunhão (banquete) e i sacramento do sacrifício de Cristo. Seus
estudos ajudaram na teologia sacramental do sacrifício eucarístico.

Zikkaron Em memória

AT Anamnesis NT

VOX RES

Bouyer partilha da leitura de sacrifício eucarístico proposta por Thurian,


porém, enquanto o segundo usa um método quase que exclusivamente eucarístico,
o primeiro parte do culto sinagogal e da noção de berakah para chegar à oração
eucarística cristã e à análise das principais anáforas cristãsna Igreja antiga e das
novas preces eucarísticas do Missal Romano. Para ele, Jesus procunciou as
berakhot sobre o pão e o vinho como uma verdadeira consagração do seu corpo e
do seu sangue, para reconciliar por meio do seu corpo a humanidade com Deus na
Nova Aliança do seu amor.

Para ele, a Palavra de Deus torna presente o evento.

4- Apresente brevemente a questão relativa aos termos


transfinalização e transignificação na teologia eucarística. Em que contexto
surgem e qual a resposta do magistério em matéria?

Alguns teólogos do século XX diziam que a linguagem da transubstanciação


estava ligada a um tempo e a uma linha filosófica (aristotélico-tomista), devendo ser
atualizada. Nesse sentido, C. Colombo e F. Selvaggi concordam sobre a importância
do termo transubstanciação, mas discordam em como deve ser interpretado hoje
esse termo, pois a mesma não é de natureza física, mas metafísica. Schoonenberg
afirmava que havia uma conversão no plano dos sinais: a transubstanciação de
Trento devia ser apresentada como transignificação ou transfinalização, porque,
para ele, Cristo, na Eucaristia, se encontrava presente somente na sua autodoação.
O pensamento deste teólogo nos faz pensar que ele não leva em consideração uma
autêntica transformação substancial do pão e do vinho no corpo e no sangue de
Cristo, como ensina o Concílio de Trento.

A resposta do Magistério vem em 1965, com a encíclica Mysterum Fidei, de


Paulo VI, que explica que as duas expressões citadas acima são insuficientes.

5- Fale sobre a importância da liturgia e da Eucaristia para uma justa


compreensão do Concílio Vaticano II. A estrutura sistemática da SC coloca em
relevo a importância da Eucaristia para a Liturgia da Igreja? Explique.

A importância da liturgia e da Eucaristia para o CV II é que afirma que a


Liturgia é o coração da Igreja e que a Eucaristia é o coração da Liturgia. Assim,
compreende-se que a Eucaristia é o coração do coração da Igreja.

Para comprovar isso tem-se o primeiro documento do CV II que é a


Constituição Dogmática Sacrosanctum Concilium e que indica a intenção do concílio
de apresentar a Eucaristia no centro da vida litúrgica da Igreja. Vejamos a estrutura
sistemática da constituição: Proêmio: Fala sobre a liturgia em si; Capitulo I: Liturgia
como fonte e vértice da vida da Igreja e logo em seguida trata da Eucaristia que é o
capítulo II e diz que a Eucaristia é o coração da fé da comunidade cristã e da
economia sacramental. No capítulo III, fala sobre os sacramentos e os sacramentais.
Nos capítulos 4, 5 e 6 reflete sobre a liturgia das horas, o tempo litúrgico, a música e
a arte sacra.

Portanto, a Sacrosanctum Concilium afirma que a Eucaristia é o combustível


essencial para a vida eclesial.

6- Quais as cinco afirmações que resumem o ensinamento


eucarístico do Concílio Vaticano II?
O Vaticano II soube fazer tesouro do movimento em ato no meio do povo de
Deus. Sendo que, essas afirmações sobre o ensinamento eucarístico encontram-se
na Constituição Sacrosanctum Concilium.

1 – A eucaristia é um sacrifício (SC 47 e 49)

2 – A eucaristia é um sacramento (SC 47)

3 – A eucaristia é um banquete (SC 47-48)

4 – A eucaristia é um memorial da paixão, morte, ressurreição de Cristo (SC


47)

5 – A eucaristia é presença real de Cristo (SC 55)

7- Quais os principais documentos magisteriais posteriores ao


Concílio Vaticano II, que tratam da teologia eucarística? Apresente-os
brevemente.

Papa Paulo VI: Misterum Fidei – 1965

Nessa Encíclica encontramos três afirmações sobre preciosas: 1º ponto, A


eucaristia é um sacrifício pelo qual se perpetua o sacrifício da cruz; 2º ponto, A
eucaristia é o verdadeiro banquete; 3º ponto, através da eucaristia, os fiéis recebem
uma antecipação da vida eterna e o remédio da imortalidade.

Papa João Paulo II: Eclesia de Eucharistia - 2000, Fica conosco Senhor –
2004

Eclesia de Eucharistia (2000) - Nessa Encíclica tem-se a exposição da ideia


de que a Eucaristia é (1º ponto) Mistério da fé; (2º ponto) A eucaristia edifica a
Igreja; (3º ponto) A apostolicidade da Eucaristia e da Igreja; (4º ponto) a eucaristia e
a comunhão eclesial; (5º ponto) o decoro da celebração eucarística; (6º ponto) na
escola de Maria, mulher “eucarística”.

Fica conosco Senhor (2004) – Nessa Encíclica o Papa destaca duas


dimensões essenciais da celebração eucarística; Sacrifício e banquete, sem
esquecer a sua índole escatológica.

Papa Bento XVI: Sacramentum Caritatis – 2007


Esse documento de Bento XVI pode ser dividido em três partes: a primeira
apresenta o conteúdo da fé eucarística da Igreja (eucaristia, mistério acreditado); a
segunda dá orientações concretas de como a eucaristia pode ser melhor celebrada
(eucaristia, mistério celebrado); e a terceira explica de que modo a vida cristã deve
torna-se eucarística (eucaristia, mistério vivido). Além disso, pode-se destacar duas
ideias importantes: o conceito de participação ativa e a relação entre a eucaristia e
os estados de vida cristãos.

8. Segundo a exortação Sacramentum Caritatis, o que significa


“participação ativa” na liturgia?

R: Sacramento Caritatis, escrita por Bento XVI no ano de 2007, está dividia
em três partes: Eucaristia, mistério acreditado; Eucaristia, mistério celebrado;
Eucaristia, mistério vivido. O documento Papal destaca duas ideias importantes,
dentre elas está a participação ativa na liturgia, ao qual o Papa considera que a
participação ativa é muito mais interior que exterior. Houve segundo o Vat II,
algumas incompreensões a cerca desse sentido, parecia que a participação ativa se
atinha, somente a presença física quando na verdade é preciso que haja
consciência do mistério celebrado e sua relação com a vida. Nessa linha, a SC
recomenda que a participação seja, consciente, ativa e piedosa. Ou seja, quando o
sacerdote oferece as ofertas, o fiel deve oferecer-se a si mesmo. Bento XVI
recomenda ainda, alguns requisitos para essa participação: o espírito de constante
conversão, o recolhimento e o silêncio durante alguns momentos, o jejum, a
confissão sacramental, participação ativa nos santos mistérios (vida eclesial),
participação na eucaristia e a proximidade do altar que não seja por automatismo e
diante de algum impedimento faça a comunhão espiritual, que bem vivida une o fiel
a Cristo pelo seu próprio desejo.

Desse modo, participação ativa, significa tomar consciência do mistério


celebrado, prezando pela participação ativa e piedosa, com o desejo supremo de se
unir a Jesus, ofertando a si próprio durante o mistério celebrado e dando graças a
Deus pelo sacrifício realizado em favor de todos.
9.Que consequências pode ter para a liturgia, para a moral e a
espiritualidade cristã o enfraquecimento da dimensão sacrificial da Santa
Missa?

R: O caráter sacrificial da eucaristia manifesta-se nas próprias palavras da


Instituição. É também um sacrifício, porque torna presente o sacrifício da Cruz,
porque é dele o memorial e porque aplica o seu fruto (CIC n.1366). Nessa linha, a
partir do momento que essa dimensão se enfraquece, o rito próprio parece perder o
sentido. A liturgia tem a função de recordar todo o mistério da Cruz, por isso, no
momento que esta é celebrada sem a dimensão de sacrifício, o rito se esvazia. Do
mesmo modo, a moral cristã se baseia no sacrifício redentor de Jesus, com o
enfraquecimento, essa área humana se fragmenta, pois é no desfecho da Paixão,
morte e ressurreição que o fiel se programa para unir-se a Deus, se esta não é clara,
observar ou não as questões humanas parecem não nexo, pois o referencial é o
sacrifício de Cristo. Assim também a espiritualidade, os grandes mestres espirituais,
preservavam em suas lutas diárias, um amor incondicional a Jesus, levando sempre
em consideração o Sacrifício Redentor. Ou seja, se não há essa dimensão, as
aspirações pessoais de quem busca a santidade parece não encontrar um sentido
próprio. As orações são vazias, a adoração ao senhor parece mais uma obrigação, a
santa missa parece apenas uma reunião com os irmãos.

Portanto, o enfraquecimento da dimensão sacrificial, esvazia o sentido próprio


que a missa tem, todo o arcabouço da estrutura moral, e não motiva as pessoas a
rezarem, uma vez que a vivência diária deve ser em conexão com Jesus. E essa
conexão, deve se dá por meio de ação de graças, pelo que Ele fez em favor da
humanidade.

10- Segundo o IGMR e o Missal Romano (forma ordinária), quais


fórmulas podem ser usadas como ato penitencial?
Tanto o IGMR (Institutio Generalis Missalis Romani) quanto o Missal Romano
(forma ordinária) fornecem orientações sobre o ato penitencial durante a celebração
da Missa. Existem várias fórmulas que podem ser usadas para o ato penitencial,
embora a escolha final dependa do celebrante e das circunstâncias específicas da
liturgia. Nesse sentido, são três: No Missal Romano, são previstas três fórmulas para
o Ato Penitencial: O Confiteor (Confesso a Deus) com o Kyrie, o Miserere (Tende
piedade de nós) com o Kyrie, e o Responsório. 
No Missal Romano são propostas 3 fórmulas:

Fórmula 1 Fórmula 2 Fórmula 3


Irmãos e irmãs, No início desta Em Jesus Cristo, o Justo,
reconheçamos as nossas celebração eucarística, que intercede por nós e
culpas peçamos a conversão do nos reconcilia com o Pai,
Para celebrarmos coração, abramos o nosso espírito
dignamente os santos Fonte de reconciliação e ao arrependimento
mistérios. comunhão Para sermos menos
Ou: com Deus e com os indignos
O Senhor Jesus, que nos irmãos e irmãs. de aproximar-nos da
convida Ou: mesa do Senhor.
à mesa da Palavra e da De coração contrito e Ou:
Eucaristia, humilde, aproximemo-nos O Senhor disse:
nos chama à conversão. do Deus justo e santo, "Quem dentre vós estiver
Reconheçamos serpara que tenha piedade sem pecado,
pecadores de nós, pecadores. atire a primeira pedra".
e invoquemos com Após um momento de Reconheçamo-nos todos
confiança silêncio, usa-se a pecadores
a misericórdia do Pai. seguinte fórmula: e perdoemo-nos
Ou, especialmente aos O sacerdote diz: mutuamente
domingos: Tende compaixão de nós, do fundo do coração.
No dia em que Senhor.
celebramos a vitória de O povo responde: Após um momento de
Cristo Porque somos pecadores. silêncio, o sacerdote ou
sobre o pecado e a O sacerdote: outro ministro propõe as
morte, Manifestai, Senhor, a seguintes invocações ou
também nós somos vossa misericórdia. outras semelhantes com
convidados a morrer para O povo: Kyrie eleison (Senhor,
o pecado E dai-nos a vossa tende piedade de nós):
e ressurgir para uma vida salvação.
nova. Segue-se a absolvição Senhor, que viestes
Reconheçamo-nos sacerdotal: salvar os corações
necessitados daDeus todo-poderoso arrependidos, tende
misericórdia do Pai. tenha compaixão de nós, piedade de nós.
perdoe os nossos O povo responde:
Após um momento de pecados Senhor, tende piedade de
silêncio, usa-se a e nos conduza à vida nós.
seguinte fórmula: eterna. O sacerdote:
O sacerdote diz: O povo responde: Cristo,
Confessemos os nossos Amém. que viestes chamar os
pecados: pecadores,
Todos: tende piedade de nós.
Confesso a Deus todo- O povo:
poderoso Cristo, tende piedade de
e a vós, irmãos e irmãs, nós.
que pequei muitas vezes O sacerdote:
por pensamentos e Senhor,
palavras, que intercedeis por nós
atos e omissões, junto do Pai,
e, batendo no peito, tende piedade de nós.
dizem: O povo:
por minha culpa, minha Senhor, tende piedade de
tão grande culpa, nós.
Em seguida, continuam: Segue-se a absolvição
E peço à Virgem Maria, sacerdotal:
aos anjos e santos Deus todo-poderoso
e a vós, irmãos e irmãs, tenha compaixão de nós,
que rogueis por mim a perdoe os nossos
Deus, nosso Senhor. pecados
Segue-se a absolvição e nos conduza à vida
sacerdotal: eterna.
Deus todo-poderoso O povo responde:
tenha compaixão de nós, Amém.
perdoe os nossos
pecados
e nos conduza à vida
eterna.
O povo responde:
Amém.

11- Quais as funções ordinárias de um diácono durante a Santa Missa,


segundo o IGMR?
Na celebração da Missa, o diácono tem partes próprias no anúncio do
Evangelho e, por vezes na pregação da Palavra de Deus, na proclamação das
orações das intenções universais, servindo o sacerdote na preparação do Altar e na
celebração do Sacrifício, na distribuição da Eucaristia aos fiéis, sobretudo sob a
espécie do vinho e, por vezes, na orientação do povo quanto a gestos e posição do
corpo e despede os fiéis após a Missa.
12- Qual a matéria, a forma, o ministro e o sujeito do sacramento da
Eucaristia?
1. Matéria: A matéria do sacramento da Eucaristia consiste no pão de
trigo e no vinho de uva. O pão utilizado deve ser feito exclusivamente de trigo e não
conter outros ingredientes. O vinho deve ser natural, puro e não fermentado,
proveniente da uva.
2. Forma: A forma do sacramento da Eucaristia consiste nas palavras da
consagração pronunciadas pelo sacerdote durante a Missa no momento da Oração
Eucarística. São elas: "Isto é o meu corpo", ao consagrar o pão, e "Este é o cálice do
meu sangue", ao consagrar o vinho. A oração Eucarística é o ápice de toda a
celebração.
3. Ministro: O ministro ordenado responsável por realizar a consagração e
presidir a celebração da Eucaristia é o Bispo que é um sacerdote validamente
ordenado, e juntamente com o bispo, o seu clero também validamente ordenado.
Eles agem em persona Christi, ou seja, na pessoa de Cristo, ao realizar a
transubstanciação do pão e do vinho no Corpo e Sangue de Cristo.
4. Sujeito: O sujeito do sacramento da Eucaristia é o fiel batizado que
está em estado de graça e possui a devida preparação e disposição para receber a
comunhão. A Eucaristia é o sacramento da plena comunhão com Cristo e com a
Igreja, por isso, é importante que o fiel esteja em comunhão com a Igreja Católica e
tenha recebido a Primeira Comunhão e esteja em estado de graça.

13 - Segundo o Catecismo da Igreja Católica, qual é a parte mais


importante da Liturgia Eucarística? Como se divide esta parte? Comente
brevemente cada uma delas.
R: A parte mais importante é a Oração Eucarística, pois esta, é o centro (o
coração) e ápice de toda a celebração, prece de ação de graças e de santificação e
a mesma se dá na mesa do sacrifício – o altar. Ela está dividida em:
A Ação de graças (expressa no Prefácio) – o sacerdote glorifica a Deus Pai e
lhe rende graças por toda obra da salvação;
A aclamação – a assembleia unida aos coros celestes, canta o santo;
A epiclese – na qual a Igreja implora a força do Espírito Santo para que os
dons oferecidos se tornem Corpo e Sangue de Cristo;
A narrativa da instituição e a consagração – mediante as palavras e ações
de Cristo, se realiza o sacrifício que Ele instituiu na última Ceia;
A anamnese – a Igreja faz a memória do próprio Cristo Senhor, cumprindo a
ordem dele recebida, relembra a paixão, gloriosa ressurreição e ascensão aos céus;
A oblação – pela qual a Igreja, na assembleia reunida, oferece ao Pai, no
Espírito Santo, a hóstia imaculada, e que os fiéis aprendam a oferecer-se a si
próprios;
As intercessões – se exprime que a Eucaristia é celebrada em comunhão
com toda a Igreja, tanto celeste como terrestre;
A doxologia final – exprime a glorificação de Deus, confirmada e concluída
com o Amém do povo.

14 - Quais as 4 finalidades da missa, segundo o documento Mediator


Dei, de Pio XII? Explique cada uma delas.
R: Adoração (glorificação de Deus) – essa típica atitude, consiste em pôr-se
de joelhos diante de Deus, rebaixando-se diante d’Ele e reconhecendo-se um nada.
Na cruz, Jesus adorou o Pai de modo perfeitíssimo e durante a Santa Missa, Jesus
está oferecendo a mesma adoração perfeita que ofereceu no madeiro da cruz.
Ação de graças – o homem que tudo recebe de Deus, tem-lhe uma dívida de
ação de graças que não poderia jamais pagar, este sacrifício só é possível através
de Cristo: Ele une os fiéis à sua pessoa, ao seu louvor e à sua intercessão, de sorte
que o sacrifício de louvor é oferecido por Cristo e com ele passa ser aceito nele.
Expiação – é propiciatório, pois oferece uma expiação pelos nossos pecados.
Com o pecado, o homem ofende a Deus e Este, por sua vez, espera do homem,
além do arrependimento, a reparação de sua ofensa.
Impetração – Jesus nos dias de sua vida mortal, dirigiu preces e súplicas,
entre clamores e lagrimas, àquele que podia salvar da morte, e foi atendido pela
piedade. Nos altares de nossas igrejas, Jesus continua colocando-se entre a
humanidade e o Pai e pedindo a Ele as graças necessárias para nossa salvação.

15 – As palavras da Consagração Eucarística no rito romano são uma


citação bíblica? Explique.
R: Sim. Porque estas são as palavras do próprio Jesus Cristo, gesto este,
realizado na última Ceia, ao oferecer, como sacrifício, o seu Corpo e seu Sangue,
sob as espécies de pão e vinho e os deu a comer e beber aos Apóstolos; palavras
estas presentes nos evangelhos sinóticos e no relato da primeira carta de São Paulo
aos Coríntios. Dessa forma, de um lado temos Marcos (14,22-25) que concorda com
Mateus (26,26-29) e de outro, Lucas (22,15-20) que se assemelha com o texto de
Paulo (1Cor 11,23-26).

16- Qual a importância dos milagres eucarísticos para a teologia


eucarística católica? Dê exemplos.
Os Milagres Eucarísticos são uma ação de Deus que prova, por meio da
Eucaristia, a sua presença real.
Os Milagres Eucarísticos pretendem confirmar esta fé, que se baseia nas
Palavras de Jesus, segundo as quais o que parece pão já não é pão, e o que parece
vinho já não é vinho. Efetivamente, nos Milagres Eucarísticos figuram a Carne e o
Sangue, ou um ou outro, conforme o caso. O propósito dos Milagres é provar que
não devemos olhar para a aparência exterior (pão e vinho), mas para a substância, a
verdadeira realidade da coisa, que é carne e sangue.

Você também pode gostar