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NIVELAMENTO E PREPARAÇÃO

OBREIROS E LIDERANÇA

Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Telêmaco Borba


Ficha Catalográfica

Pr Altair de Moraes
Presidente IEADTB
Pr Davi Souza
Pastor Distrital Área 7
Pb Djean Thiago Miranda
Consultor teológico Escola Sinai

Telêmaco Borba, novembro de 2022

Somos uma família vivendo a unidade em amor

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NIVELAMENTO E PREPARAÇÃO

OBREIROS E LIDERANÇA

O desenvolvimento e aperfeiçoamento depende da aplicação


deste manual na vida do cristão. O estudo apresentado é de
caráter prático e aplicável no exercício ministerial que cada um
recebeu, afinal se desejamos exercer com excelência o
propósito do Reino de Deus precisamos “crescer em graça e
conhecimento” (2º Pe 3.18).

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SUMÁRIO

Introdução ------------------------------------------------------------------------------------------ 04

Funções Ministeriais ----------------------------------------------------------------------------- 05

Obreiro x Chamada ------------------------------------------------------------------------------ 06

Cargos ministeriais e suas funções --------------------------------------------------------- 06

Líder de departamento ------------------------------------------------------------------------- 09

Cerimonia de celebração ---------------------------------------------------------------------- 10

Considerações finais ---------------------------------------------------------------------------- 18

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INTRODUÇÃO
“Procura apresentar-te diante de Deus aprovado, como “OBREIRO”
que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da
verdade” 2º Tm 2.15

A Igreja de Cristo está em constante desenvolvimento e aperfeiçoamento


das suas atividades eclesiástica. Motivado pelo aperfeiçoamento e crescimento do
Ministério da Igreja que foi elaborado este manual de Nivelamento para Obreiros e
Líderes dos Departamentos.

O propósito de Deus busca incluir o homem no exercício de liderar o povo,


conduzindo-os a buscar a Deus com toda diligencia. Por este motivo extraordinário,
que o próprio Deus institui os ministérios na busca do aperfeiçoamento dos santos
(Ef 4 11.12).

Buscar o desenvolvimento dos Obreiros e Lideres é o objetivo especifico


deste trabalho, que visa o crescimento e o nivelamento das atividades. A seguir
vamos detalhar cada uma das funções eclesiásticas que compõe o ministério da
igreja, tais como: Cooperador, Diácono, Presbítero, Evangelista, Pastor e
Lideranças.

O desenvolvimento e aperfeiçoamento depende da aplicação deste manual


na vida do cristão. O estudo apresentado é de caráter prático e aplicável no
exercício ministerial que cada um recebeu, afinal se desejamos exercer com
excelência o propósito do Reino de Deus precisamos “crescer em graça e
conhecimento” (2º Pe 3.18).

Direcionado por Deus e como Pastor responsável por este rebanho, meu
desejo é que todos os obreiros e líderes, sejam aperfeiçoados e cresçam para como
Santuário dedicado ao Senhor e sua obra. Deus tem algo novo e extraordinário
para cada um de nós, estamos preparados para este Tempo? Se sim, chegou a
hora de colocar a mão na massa e seguir avançando. Que a boa mão do Senhor
esteja sobre cada um de nós!

Pr Davi Souza
Novembro 2022

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FUNÇÕES MINISTERIAIS

A principal prerrogativa do Pastor em seu exercício ministerial, é identificar,


instruir e indicar o obreiro ao santo ministério, buscando sempre em Deus a
confirmação da sua escolha.

Ao ser chamado por Deus, o Pastor, recebe a missão clínica de encontrar


nas pessoas, o propósito de Deus e colocar sobre elas a missão correta do oficio
eclesiástico. Vejamos um texto bíblico: “Dar-vos-ei pastores segundo o meu

coração, que vos apascentem com conhecimento e com


inteligência”. Jr 3.15.

A liderança do Pastor é uma das mais importantes ferramentas para


apascentar o rebanho do Senhor. Observando esta importante diretriz Richard
Kriegbaum escreve “dá-me coragem para liderar com sabia compaixão”.

Liderança tem inúmeras definições uma delas é: a arte de influenciar e


engajar pessoas através das relações interpessoais e comportamentais do
líder. Não há dúvida que Cristo é o exemplo máximo a ser seguido. Partindo desta
premissa, vamos compreender qual é o papel do obreiro e líderes na execução das
tarefas eclesiásticas.

Qual o significado da palavra Obreiro

Ao tratar desta temática, é importante traduzir a palavra “obreiro” e saber seu


real significado, vejamos: “OBRA” (do latim opera = trabalho). No dicionário Aurélio
significa: “Aquele que colabora na realização de uma ideia, plano, campanha
ou missão”.

Em suma ser Obreiro significa, “alguém que está disposto ao trabalho”,


buscando sempre estar ocupado com os interesses do Reino de Deus, um
verdadeiro operário na Casa do Senhor que visa sempre a harmonia e crescimento
da igreja.

Sem dúvida o papel que os Obreiros exercem no Reino de Deus é


fundamental, portanto, ter a convicção da chamada, o aperfeiçoamento e o
desenvolvimento ministerial nos capacitara para exercer as funções com excelência
e responsabilidade, a final, estamos diante da noiva do Cordeiro.

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Obreiro x Chamada

Neste tópico vamos tratar de maneira sintetizada, o que realmente consiste


na chamada do obreiro para o ministério.

Chamada Universal – há um sentido em que todos os crentes são chamados para


a obra, e essa chamada se caracteriza pelo amor as almas e por um intenso espírito
de evangelização (Lc 19.10; Mc 15.16 e Rm 10.18).

Chamada Específica – certas pessoas, porém, são chamadas e escolhidas pelo


Senhor para servirem de modo definido e marcante. Comparando a Igreja do
Senhor como um grande exército, torna-se necessário uma variedade de
ministérios, como: pastores, evangelistas, presbíteros, diáconos, cooperadores,
líderes, e muitos outros, todos “obreiros” na obra de Deus. Cada crente tem o seu
trabalho que é “determinado pelo Senhor”, e é um privilégio receber a tarefa
específica dada pelo Senhor (Jo 15.16; Ef 4.15,16).

É muito importante para o obreiro ter a convicção, que Deus o chamou para
servir com muita responsabilidade a igreja de Cristo, agindo como bons
despenseiros da multiforme vontade de Deus. Conduzindo a igreja de Cristo nos
rumos do trilho da sua bendita Palavra. Lembre-se o obreiro está para servir a igreja
e não a igreja servir o obreiro. 1Pe 5.1-4.

CARGOS MINISTERIAIS E SUAS FUNÇÕES

A partir deste tópico trataremos dos cargos ministeriais e suas respetivas


funções, para o bom andamento da obra de Deus nesta Terra.

PASTOR – É aquele que apascenta, alimenta, cuida, dirige, guia e guarda as


ovelhas. É uma palavra de grande extensão no contexto bíblico (Sl 23.1-6; Jo 10.11;
Ez 34.12-16; I Pe 5.1-4).

EVANGELISTA – É um dom ministerial referem-se aqueles que pregam o


Evangelho e anunciam as boas-novas de salvação (At 21.8; Ef 4.11; II Tm 4.5). O
termo é muito amplo e estende-se a todos os crentes, posto que todos têm a
obrigação de pregar o Evangelho (Mc 1.14; 16.16; Jo 20.21,22; 15.16).

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PRESBÍTERO – A palavra Presbítero, Ancião ou Bispo tem o mesmo significado
etimológico, isto é, a raiz ou origem do termo (At 20. 17-28; I Tm 3.2; 5.17-19). Um
Presbítero pode muito bem substituir o pastor na sua ausência, mesmo por tempo
indeterminado, mas ele sempre será um Presbítero, até quando for consagrado ao
ministério pastoral. Os Presbíteros são auxiliares diretos dos Pastores e também
supervisores ao lado dos Pastores.

Principais atividades

 Direção dos cultos


 Apto a ensinar e pregar
 Celebração da Ceia do Senhor e distribuir a Ceia aos irmãos (a)
impossibilitados de irem ao templo.
 Batismo em água
 Apresentação de criança
 Cargos de liderança
 Representar o Pastor na sua ausência (quando solicitado)
 Participar das reuniões ministeriais
 Ter participação efetiva nos cultos e trabalhos especiais
 Aluno da Escola Bíblica Dominical
 Ser dizimista

Recomendações importantes

O presbítero é auxiliar do Pastor nas atividades espirituais, em oração,


consagração, jejum e instrução dos membros na Palavra de Deus. Para o exercício
desta função é necessário ter o curso básico em Teologia, que proporciona ao
Obreiro um conhecimento sistemático das Sagradas Escrituras.

DIÁCONO - Naturalmente, em se tratando de um servidor de grande importância


na Igreja do Senhor, não podem ser colocados homens sem as qualidades
necessárias, coerentes com importância do serviço que irão desempenhar. O
diácono significa servo, isto é, uma pessoa que serve. Tem outros significados, mas
este é o mais adequado. (Is 42.1-2; Mt 20.28; At 6.1-4).

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Principais atividades

 Organização das mobílias do templo


 Preparação da Ceia do Senhor
 Auxiliar na distribuição da Ceia do Senhor
 Atender as necessidades sociais dos membros e sociedade, como:
distribuição e arrecadação de alimentos; visitas e auxiliar na distribuição da
Ceia do Senhor ao impossibilitados de estarem no templo;
 Auxiliar na organização dos cultos
 Auxiliar na conservação da estrutura do templo
 Participar das reuniões ministeriais
 Ter participação efetiva nos cultos e trabalhos especiais
 Aluno da Escola Bíblica Dominical
 Receber os visitantes
 Ser dizimista

Recomendações importantes

O papel do Diácono é auxiliar o Pastor distrital nas suas atividades


materiais, preparando e organizando o templo para as celebrações. Lembrando
sempre que no Senhor há recompensa pelo trabalho prestado. Para o exercício
desta função é necessário ter o curso básico em Teologia, que proporciona ao
Obreiro um conhecimento sistemático das Sagradas Escrituras.

COOPERADOR – Significa o que coopera com alguém Um Ministro do Evangelho


não é mais que um que coopera com Deus. (Mc 16. 20; I Co 3.6-9; Jo 4.35-38).
Primeiro degrau da escada ministerial.

Principais atividade

 Cuidar os pátio de veículos


 Cuidar dos banheiros
 Atendimento ao publico
 Auxiliar direto dos obreiros
 Aluno da Escola Bíblica Dominical
 Ser dizimista

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LIDER DE DEPARTAMENTOS

A indicação dos líderes de departamento é exclusiva do Pastor da


congregação. Esta indicação propõe ao Líder, a responsabilidade de conduzir
atividades com grupos específicos da congregação, como exemplo: grupo de
jovens, círculo de oração, orquestra, grupo infantil, equipe de evangelismo, entre
outros que houver necessidade.

O papel da liderança dos departamentos é atuar nos projetos designados


pelo Pastor, no ímpeto do crescimento e desenvolvimento dos membros da igreja.
É de suma importância para o Líder a “Comunicação Efetiva” com o Pastor, nos
que tange a tomada de decisão e implementar qualquer atividade no âmbito
eclesiástico ou social.

O sucesso de uma liderança exige o constante alinhamento das


informações com o Pastor, buscando sempre o aconselhamento pastoral para
direcionar seus liderados. Líder de departamento não é o dono e sim um auxiliar e
porta voz do Pastor ao grupo que atua.

Jesus nos apresentou este exemplo na sua Palavra: “Não crês tu que
eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não
as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras”.
Jo 14.10. Este exemplo nos deixa claro que o reflexo positivo da liderança é seguir
de forma ordeira as orientações do Pastor e ministério da igreja. Líder e Pastor
uma unidade indispensável.

Principais atividades

 Coordenação das atividades em grupo


 Auxiliar na direção dos cultos
 Programação das festividades
 Escola dos membros da diretoria
 Acompanhamento dos ensaios
 Frequentar todos os cultos
 Aluno da Escola Bíblica Dominical
 Ser dizimista

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CERIMONIA DE CELEBRAÇÃO

Direção de culto

A partir deste momento vamos alinhar as diretrizes para um bom


andamento na direção dos cultos, seguiremos um direção sistêmica e ordenada
para melhor fluir as oportunidades, conforme orientações do manual do obreiro
aprovado (CPAD):

Organograma dos cultos

Queremos lembrar, com apoio bíblico, que há entre nós o respeito


hierárquico, portanto, quando o obreiro está dirigindo o culto ou está com esta
incumbência e recebe a visita de algum outro obreiro que na escalada Ministerial
por nós adotada é superior, ele deve passar a direção do culto, observando-se o
seguinte:

 A escala ministerial mais comum na Assembléia de Deus é o seguinte:

a) Pastor Presidente;

b) Dirigente o Setor;

c) Dirigente da Congregação;

d) Pastor ou Evangelista;

e) Presbítero;

f) Diácono.

 O obreiro a quem será passada a direção do culto deve ser do mesmo


Ministério da Igreja.
 Nunca passar a direção de um trabalho a um obreiro desconhecido, mesmo
que venha com recomendação.
 Quando o obreiro que recebe a direção do trabalho achar oportuno deve
deixar que a direção continue com que lhe transferiu.
 5. Se a direção é específica, não cabe ser passada.
Exemplo: Tarefa designada pelo Pastor da Igreja, de forma expressa, para
que fosse cumprida por determinado obreiro.

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 Neste caso não deve passar a direção ou oportunidade, pois é uma missão
pessoal e exclusiva.
 6. Também na direção de um culto deve-se ter o cuidado de não oferecer
oportunidade a alguém ministerialmente subalterno após a palavra de
alguém superior. Exemplo: o Diácono após o Presbítero etc.

Um ponto de suma importância para o Dirigente do culto é compreender


que a autoridade máxima em todos os ambientes eclesiástico é o Pastor da
congregação. Assim sendo, qualquer alteração ou oportunidade durante o culto,
precisa ter o consentimento pleno do Pastor.

Outro ponto importante para o responsável pela direção do culto é:


quando se reportar ao Pastor para lhe conferir a oportunidade, evitar as seguintes
expressões: “Pastor está com a oportunidade para fazer as apresentações”;
“Pastor com as considerações finais do culto” ou “Pastor com a oportunidade para
fazer uma oração”! Respeitando sempre a hierarquia Pastoral o Dirigente do culto
usará a seguinte EXPRESSÃO: “neste momento o Pastor está com a palavra”.
Hábitos que precisamos colocar em pratica para manter um respeito a liderança
ordenada por Deus. Obreiro e lideranças que agem desta forma honram a Deus e
seu Pastor, certo que, Deus o recompensará.

CELEBRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR

A celebração da Ceia do Senhor é um memorial importantíssimo para o


cristianismo. Este cerimonial traz a memória de todo cristão, o sacrifício de Cristo
na cruz do calvário. Descreveremos detalhes importantes que contribuirão para o
Obreiro na execução deste cerimonial.

A primeira recomendação que vamos construir é diferenciar o ato de


consagração da expressão de Jesus “e tendo dado graças...”, referindo-se aos
elementos principais da ceia, sendo eles: o pão e o cálice. Muitas dúvidas aparecem
neste momento simbólico e memorial, na mente do obreiro. Descontruir alguns
paradigmas é a principal construção que faremos a partir deste momento, vejamos:

A palavra consagrar no sentido bíblico refere-se: dedicação total a Deus.


Quando uma pessoa se converte, consagra sua vida a Deus. Isso significa que
agora vive para Deus, não para o pecado. Trazendo este conceito para a Ceia do

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Senhor, podemos então dizer que “a cerimonia inteira está sendo consagrada
ao Senhor” ao invés de consagrar apenas os elementos principais.

Grande são as discussões teológicas a respeito dos elementos da Ceia


do Senhor, razões pelas quais vamos abordar duas doutrinas que rondam as
liturgias nas Igrejas, sendo elas: Doutrina da Transubstanciação e a Doutrina da
Consubstanciação.

DOUTRINA DA TRANSUBSTANCIAÇÃO

A partir deste tópico, vai ser apresentado a Doutrina da


Transubstanciação, com intuito de contextualizar e aprimorar o entendimento, dos
obreiros na celebração da Ceia do Senhor. É importantíssimo para o obreiro
redobrar a sua atenção neste aspecto, para compreender que está doutrina esta
intrinsicamente ligada à Igreja Católica Romana. Assim sendo, não é a realidade
praticada pela Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Ministério Missão.

Vamos então entender no que consiste esta Doutrina da


Transubstanciação.

A palavra transubstanciação significa uma alteração da substância.


Segundo a teologia católica, essa alteração refere-se exatamente aos elementos
da Ceia, isto é, o pão e o vinho. Então a doutrina da transubstanciação diz que por
ocasião da consagração do pão e do vinho, ocorre uma mudança nas substâncias
desses elementos. A substância do pão muda para a substância da carne de Cristo,
e a substância do vinho muda para a substância de seu sangue.

Esta alteração ocorre quando o sacerdote católico consagra o pão e o


vinho que irão ser utilizados na ceia, se tornando literalmente o corpo e o sangue
de Cristo. A argumentação que baseia este ritual, está em alguns textos sagrados
de forma literal, sendo eles: (Mateus 26:26; Lucas 22:17-23; 1 Coríntios 11:24-25),
sobre a frase “tomai, comei, isto é o meu corpo” e “este é o meu sangue”.

No que tange a esta doutrina da transubstanciação, é utilizada a


distinção entre forma e essência. Os elementos são transubstanciados, isto é sua
substância muda, mas sua forma continua a mesma.

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Cito como exemplo: na transubstanciação, exteriormente o pão continua
com a forma, textura e o gosto de pão. Porém sua essência não é mais de pão, e
sim do corpo de Cristo. O mesmo deve ser entendido com relação ao vinho.

De acordo com a doutrina da transubstanciação, ao comer do pão o fiel


está comendo literalmente do corpo de Cristo. Apesar de em forma estar
mastigando o pão, em essência ele está mastigando os músculos, nervos, pele e
ossos do Senhor.

QUAL É O PROBLEMA DESTA DOUTRINA

Mas de fato o maior problema da doutrina da transubstanciação é a ideia


da repetição do sacrifício de Cristo. Se Cristo está presente fisicamente na Ceia
através do pão e do vinho, isso implica que mais uma vez Ele está sendo oferecido
em sacrifício pelos pecados de seu povo.

Portanto, contextualizar alguns destes pontos, proporciona ao obreiro


uma argumentação mais refinada para combater as heresias e também, conhecer
a doutrina da transubstanciação defendida pela Igreja Católica Romana.

DOUTRINA DA CONSUBSTANCIAÇÃO

A seguir vamos apresentar outra argumentação muito utilizada no meio


protestante, tendo como defensor Martim Lutero, a Doutrina da Consubstanciação.
No que consiste esta doutrina:

Martinho Lutero nascido em 1483 foi um monge e professor de teologia


na universidade de Wittenberg na Alemanha e se destacou no cenário religioso ao
apresentar ideias posteriormente chamadas protestantes à Igreja Católica Romana
e foi um dos principais nomes da Reforma Protestante, cujo marco inicial é a
elaboração das 95 teses, feitas por ele, denunciando abusos da Igreja e expondo
seus conceitos para a prática religiosa.

Lutero se mostrava contrário à transubstanciação, entendia que o


sacramento dependia única e exclusivamente da graça de Deus. Sendo assim, não
caberia ao sacerdote as palavras para a transformação do pão e vinho em corpo e
sangue de Cristo – acreditava sim na presença real de Jesus Cristo no ato da Santa
Ceia, porém de uma forma diferente, o que mais tarde foi conhecido como
consubstanciação.
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Lutero compreendia que Cristo estava presento no pão e no vinho, não
transubstanciado mas consubstanciado, isto é, o pão não é literalmente o corpo
mas a presença de Cristo estava incorporada nos elementos da Ceia do Senhor.

DECLARAÇÃO DE FÉ ASSEMBLEIA DE DEUS

CREMOS, professamos e ensinamos que a Ceia do Senhor é o rito da


comunhão e ilustra a continuação da vida espiritual. Tal ordenança foi instituída
diretamente pelo Senhor Jesus após a refeição da Páscoa na companhia de seus
discípulos: “Jesus tomou o pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos,
e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o cálice e dando graças,
deu-lho, dizendo: Bebei dele todos. Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo
Testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados” (Mt 26.26-
28). Desde então, a Igreja vem celebrando esse memorial e proclamando a Nova
Aliança. Esse “Novo Concerto” é cumprimento das promessas divinas desde o
Antigo Testamento, sendo o próprio Jesus “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado
do mundo” (Jo 1.29) e a nossa Páscoa: “Porque Cristo, nossa páscoa, foi
sacrificado por nós” (1 Co 5.7).

O significado da Ceia do Senhor

Essa solenidade é o rito contínuo da Igreja visível, instituído como


memorial da morte de Jesus até a sua vinda: “Porque, todas as vezes que
comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que
venha” (1 Co 11.26). A expressão “todas as vezes” remete à continuidade. Temos
aqui o passado, a morte de Jesus; o presente, a nossa comunhão com Ele e com
os irmãos; e o futuro, a sua volta. Pode ser dito que as igrejas do período apostólico
celebravam semanalmente a Ceia do Senhor: “No primeiro dia da semana,
ajuntando-se os discípulos para partir o pão” (At 20.7). Nós a celebramos numa
frequência suficiente para evitar intervalos longos entre os períodos de reflexão,
comunhão e ação de graças. Entendemos que se trata de uma solenidade de
bênção e de comunhão para os crentes.2 Ela é ministrada a todos os crentes em
Jesus, batizados em águas, em plena comunhão com a Igreja. Essa ordenança
exige um autoexame, uma reflexão sobre a nossa conduta, se ela está de acordo
com os princípios da palavra de Deus,3 para não sermos “culpados do corpo e do
sangue do Senhor” (1 Co 11.27), ou seja, responsabilizados pela morte de Jesus.

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Os elementos da Ceia do Senhor

As palavras de Jesus, “Isto é o meu corpo” (Mt 26.26) e“isto é o meu


sangue” (Mt 26.28), mostram os dois elementos da Ceia do Senhor. Tendo Jesus
ministrado pessoalmente os dois elementos aos seus discípulos, fica cabalmente
demonstrado que as expressões “isto é o meu corpo” e “isto é o meu sangue” não
são literais, mas referem-se a uma linguagem metafórica.

APRESENTAÇÃO DE CRIANÇA

“... Deixai vir a mim os meninos, e não os impeçais, porque dos tais é o
reino de Deus.” Lc 18.16.

O ato de apresentar crianças tem respaldo bíblico, ainda que não


constitua um mandamento neotestamentário. Era um costume estabelecido na lei
de Moisés que logo a igreja adotou na forma que conhecemos. Deve-se ter o
cuidado de fazer da melhor forma possível às apresentações de crianças que são
trazidas ao santuário para essa finalidade.

A apresentação da criança é de responsabilidade do Pastor Distrital,


quando o mesmo não pode efetuar, logo designará um obreiro para tal ato de
apresentação. Vejamos a seguir um passo-a-passo:

1. Geralmente o ato é celebrado no culto com oração específica, tendo-se


presentes os pais ou avós da criança.

2. O oficiante, tanto quanto possível, deve adotar uma maneira dedicada, terna
séria e segura de suster a criança. Sabendo com antecedência que vai praticar o
ato, ainda em casa, deve fazer um ensaio, só que não tem costume de pegar em
criança, especialmente recém-nascidas.

3. Procurará saber o nome do apresentado (criança) e anunciará à Igreja. Se os


pais não forem suficientes conhecidos é bom dizer seus nomes.

4. Com a Igreja em pé fará a oração suplicando a benção para a criança, pedindo


ao Senhor pela conservação da saúde, por sua permanente proteção, para que
desfrute de um saudável crescimento em todos os sentidos e que seus pais ou
responsáveis saiba cria-la no temor do Senhor.

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5. Após a oração entregará a criança à mãe ou a quem se prestar para isso,
momento em que o oficiante parabenizará os pais.

Exemplos de textos bíblicos para apresentação:

 Mateus 19.14;
 Marcos 10.16;
 Lucas 18.16;
 Salmos 127.3.

Recomendação importante

Orientar aos pais para enviar para a secretaria da igreja, os documentos


necessário, para o preenchimento correto do Certificado de Apresentação, este
certificado será entregue pelo oficiante após a apresentação.

No momento da apresentação é importante deixar combinado com os


obreiros auxiliares para fazerem os registro fotográficos. Assim sendo, não ocorrerá
a preocupação dos pais em tirar as fotos neste momento especial.

Um ponto importantíssimo para o oficiante é o tempo, sabendo que a


cerimonia varia entre 5 a 10 minutos, além de tomar alguns cuidados durante a
apresentação. Algumas cerimonias os pais não são crentes, por esta razão, evitar
confrontar as cerimonias de outras religiões. Cordialidade é algo fundamental para
conquistar a família da criança.

FUNERAL

Este cerimonial, do ponto de vista humano, é o que menos agrada ao


Ministro oficiante, porém é uma oportunidade de evidenciar os valores espirituais,
proporcionando reflexões profundas aos ouvintes.

Este é um momento delicado a família enlutada, razão pela qual, o


obreiro precisa seguir algumas recomendações importantes, para evitar
constrangimentos, vejamos um passo-a-passo:

1º - Deve-se conhecer a condição espiritual, pelo menos quanto ao testemunho da


pessoa falecida, isto para evitar pronunciamentos não verídicos, se possível tirar
algum bom exemplo para aplicá-lo, em forma de conselho da família antes de iniciar
a cerimônia, portanto é uma medida prudente já que todos precisam de uma palavra

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de conforto naquele momento. Observação: confirme com os familiares se alguém
irá fazer uso da palavra durante a cerimônia.

2º - Comparecer ao local do sepultamento pelo menos uma hora antes. Evite chegar
em cima da hora, o risco de ser mal interpretado é muito grande.

3º - Combinar com a família e iniciar a cerimônia com uma oração, pedindo a Deus
a sua graça para aquele momento. O tom de voz deve ser moderado, nunca como
numa pregação de cruzada ou púlpito.

4º - Fazer a leitura da Palavra de Deus, usando entre outros, alguns dos seguintes
textos: 1Ts 4.13-18; 2Co 1.5-7; 5.1-10; 1Co 15.39-55; Sl 116.15; Ap 14.13; 21.3-4.
Feita a leitura, fazer a explanação de acordo com a inspiração divina, sendo
conciso, objetivo, tranquilo, usando tom de voz compatível com o momento.

5º - Os cânticos só deverão ser executados quando ou após a autorização da


família enlutada. Nunca por iniciativa do oficiante ou de pessoas alheias à família
condoída, isto para evitar que algum sentimento seja mais ferido em lugar de
confortado. Algumas sugestões de hinos da Harpa Cristã:

187 - Mais Perto Quero Estar 36 – O Exilado


614 - Terra Feliz 123 – Cristo Voltará
202 - Lugar de Delícias 204 – O Peregrino na Terra

Ao solicitar hinos avulsos, procurar avisar a pessoa ou grupo antes de


iniciar a cerimônia. Evite chamar alguém sem avisá-lo antes, incorrendo que a
pessoa ou grupo rejeite a participação em público.

6º - Após o ato, o oficiante fará uma oração suplicando a Deus às consolações para
todos e, tratando-se da passagem de bom servo de Deus, agradecer o tempo que
tal pessoa entre nós viveu e pelos exemplos de fé que nos legou.
Importante para o oficiante, não estender muito a cerimonia ou culto,
recomenda-se no máximo 60 minutos. Concluindo a cerimonia o oficiante
comunicará a todos os presentes.

7º - No local do sepultamento o oficiante combinará com o familiar, se haverá algum


pronunciamento por parte do mesmo, se assim for acordado, o oficiante fará uma
pequena explanação e dirigirá uma oração de conforto a todos os presentes. Caso

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a família opte por não fazer nenhum pronunciamento, o oficiante acompanhará o
cortejo e ficará disposição dos familiares.

Com as recomendações acima citadas, o oficiante ou obreiro, estará


preparado para exercer seu ministério com excelência e dedicação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nosso desejo é que através desse curso se cumpre na vida de cada um


a promessa do Salmo primeiro e verso três;

“Ele é como arvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá
o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem
sucedido”.

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