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Ensinamentos de
Gordon B. Hinckley
Título do original em inglês, Teachings of Gordon B. Hinckley, © 1997 Gordon B. Hinckley
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida de qualquer forma ou por
qualquer meio sem a permissão por escrito do editor, Deseret Book Company, P. O. Box 30178, Salt
Lake City, Utah 84310. Esta obra não é uma publição oficial da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias. As opiniões aqui expressas são responsabilidade do autor e não representam,
necessariamente, a posição da Igreja ou da Deseret Book Company.
Quem melhor ensinou essa verdade eterna foi o Filho de Deus, o exemplo perfeito e o mestre do
amor. Sua vinda à Terra foi uma demonstração do amor de Seu Pai.
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele
que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o
mundo fosse salvo por ele.” (João 3:16–17) (...)
Ao buscarmos Deus com amor e gratidão, ao servirmos a Ele com os olhos fitos em Sua glória,
desaparece em nós a escuridão do pecado, a escuridão do egoísmo, a escuridão do orgulho. Haverá
mais amor por nosso Pai Eterno e por Seu Amado Filho, nosso Salvador e Redentor. Haverá maior
preocupação em servir nossos semelhantes, pensaremos menos em nós mesmos e estenderemos mais a
mão para ajudar os outros. (“And the Greatest of These Is Love,” Ensign, March 1984, p. 5)
Tenho visto repetidas vezes que o amor a Deus é capaz de transpor o abismo do medo. O amor
pela Igreja pode também nos elevar acima da descrença. Tenho falado aos estudantes universitários
sobre minhas experiências estudantis há mais que cinqüenta anos. (...)
Os jovens na idade da faculdade são inclinados, de algum modo, a serem críticos e cínicos, mas
esse tipo de atitude, na década de 1930, fazia parte do cinismo da época. Era fácil questionar qualquer
assunto, questionar as coisas da vida, do mundo, da Igreja e referentes ao evangelho. Mas era também
uma época de alegria e amor. Por trás de tais pensamentos, havia, para mim, um alicerce fundamentado
no amor de meus pais e de uma boa família, um bispo excelente, professores dedicados e fiéis, e as
escrituras para ler e ponderar.
Embora em nossa juventude tivéssemos problemas para compreender muitas coisas, havia em
nosso coração o amor a Deus e à Sua grande obra que nos conduzia acima de quaisquer dúvidas ou
medos. Amávamos o Senhor e amávamos os amigos bons e honrados. Desse amor tirávamos uma
grande força.
Quão grande e magnífico é o poder do amor que sobrepuja qualquer medo, dúvida, preocupação e
desalento. (“‘God Hath Not Given Us the Spirit of Fear,’” Ensign, October 1984, pp. 4–5)
O amor a Deus é básico. É o alicerce da verdadeira adoração. Ele coloca o coração, a alma e o
espírito em nossa vida. Ele subjuga a arrogância, a vaidade e a cobiça. Ele nos leva a amar todas as
criações de Deus e a obedecer o segundo grande mandamento, amar ao próximo. (...)
(...) [O amor] é a essência de nossa fé e deve ser a base de todo nosso pensamento. (“A Unique
and Wonderful University,” BYU 1988–89 Devotional and Fireside Speeches, October 11, 1988, p. 51)
O amor é como a Estrela Polar. Num mundo mutável, é uma constante. É a própria essência do
evangelho. É a segurança do lar; a salvaguarda da vida comunitária. É o fanal da esperança num mundo
de sofrimento.(“Let Love Be the Lodestar of Your Life,” Ensign, May 1989, p. 66)
Amar ao Senhor não é apenas um conselho; não é só querer bem. É um mandamento. É o primeiro
e grande mandamento, é uma obrigação que cada um de nós tem, pois o amor a Deus é a raiz que faz
brotar todos os outros tipos de amor; o amor a Deus é a fonte de toda a virtude, de toda a bondade, de
toda a força de caráter, de toda a fidelidade para fazer o que é certo. Ame ao Senhor seu Deus, ame a
Seu filho e seja sempre grato pelo Seu amor por nós. Sempre que outros amores enfraquecerem, haverá
o resplandecente, sublime e duradouro amor de Deus por cada um de nós e o amor de Seu Filho, que
deu Sua vida por nós. (Ricks College Regional Conference, Rexburg, Idaho, October 29, 1995)
Quando era missionário na Inglaterra sessenta anos atrás, reuníamo-nos na rua em uma esquina em
volta da Trafalgar Square, e exatamente do outro lado da rua havia uma bonita estátua de uma menina
inglesa. Naquela estátua estavam gravadas as palavras: “Amanhecer em Bruxelas, 1918” e as palavras:
“Patriotismo não é suficiente, necessito amar todas as pessoas”. Edith Cavell foi assassinada com tiros
pelos conquistadores alemães em Bruxelas como se fosse uma espiã inglesa, embora estivesse lá
trabalhando como enfermeira, realizando obras cristãs. Desde aquela época, há sessenta anos, quando
me reunia na rua, naquela esquina e olhava para a estátua e lia aquelas palavras, a palavra “Bruxelas”
ganhou um significado extra em minha vida. “Patriotismo não é suficiente, necessito amar todas as
pessoas”. (Belgium Brussels Missionary Meeting, June 12, 1996)
APRECIAÇÃO
Ver Gratidão
ARREPENDIMENTO
Se houver aqui alguém que (...) pecou, existe o arrependimento e existe o perdão, desde que haja
“tristeza segundo Deus”. (Ver 2 Cor. 7:10) Nem tudo está perdido. Todos vocês têm um bispo,
ordenado e designado pela autoridade do santo sacerdócio que, no exercício de seu ofício, tem direito à
inspiração do Senhor. Ele é um homem experiente, um homem compreensivo, um homem que tem no
coração um profundo amor à juventude de sua ala. É um servo de Deus que conhece sua obrigação de
manter sigilo e que os ajudará em seus problemas. Não tenham receio de conversar com ele. (“Be Not
Deceived,” Ensign, November 1983, p. 45)
João Batista continuou dizendo a Joseph Smith e Oliver Cowdery que o sacerdócio que lhes havia
conferido incluía as chaves do evangelho do arrependimento. Que coisa portentosa e maravilhosa! É
nosso privilégio, seu e meu, como portadores desse sacerdócio, arrepender-nos do mal com a
expectativa de sermos perdoados se vivermos merecedores do perdão do Senhor. Ademais, temos o
privilégio de pregar o arrependimento, conforme o Senhor esclarece na seção 20 de Doutrina e
Convênios, na qual determina os deveres dos diáconos, mestres e sacerdotes. Eles têm por
responsabilidade zelar pela Igreja, cuidar para que não haja iniqüidade e convidar todos a virem a
Cristo. Isso envolve arrependimento do pecado e obediência aos princípios e leis do evangelho. (“The
Aaronic Priesthood—-a Gift from God,” Ensign, May 1988, p. 46)
O preço do desenvolvimento eterno é a vigilância eterna. Podemos tropeçar ocasionalmente.
Agradeço ao Senhor pelo grandioso princípio do arrependimento e perdão. Quando deixamos a bola
cair, quando cometemos um erro, temos a palavra do Senhor de que perdoará nossos pecados e não
mais se lembrará deles. De algum modo, porém, temos a tendência de lembrar de nossos pecados.
(“Don’t Drop the Ball,” Ensign, November 1994, p. 48)
Quando eu era menino e morava aqui em Salt Lake City, a maioria das casas era aquecida com
aquecedores a carvão. Havia fumaça negra saindo de quase todas as chaminés. No final do inverno,
viam-se fuligem e sujeira em toda parte, tanto dentro quanto fora das casas. Realizávamos todos os
anos um ritual que não nos era muito agradável, envolvendo todos os membros da família. Chamava-se
a faxina da primavera. Quando o tempo ficava mais quente, depois do longo inverno, um período de
pouco mais de uma semana era destinado à faxina. Geralmente era marcada para quando havia um
feriado e incluía dois sábados. Minha mãe encabeçava o projeto. Todas as cortinas eram retiradas e
lavadas. Em seguida, eram cuidadosamente passadas a ferro. As janelas eram lavadas por dentro e por
fora. Que trabalho penoso tínhamos no sobrado em que morávamos! Todas as paredes eram forradas de
papel, e meu pai levava para casa latas de produtos de limpeza de papel de parede. Parecia massa de
pão, mas tinha uma bela cor rosa quando a lata era aberta. O cheiro era bom, agradavelmente
refrescante. Todos ajudávamos na tarefa. Pegávamos um pouco de massa de limpeza na mão, subíamos
em uma escada e começávamos pelo telhado, descendo pela parede. A massa logo ficava preta de
sujeira que saía do papel de parede. A tarefa era árdua e bastante cansativa, mas com resultados quase
milagrosos. Era impressionante ver como as paredes limpas tinham um aspecto bem melhor.
Todos os tapetes eram tirados e arrastados para o quintal dos fundos, onde eram pendurados, um
por um, no varal. Cada um dos meninos tinha o que chamávamos de batedor de tapete, uma ferramenta
constituída de uma barra de aço leve com um cabo de madeira. Ao bater os tapetes, levantávamos
nuvens de poeira, e não podíamos parar até não haver mais nenhum pó sobrando. Detestávamos esse
trabalho. Quando tudo terminava, porém, e tudo era colocado de volta no lugar, tínhamos um resultado
maravilhoso. A casa ficava limpa. Nosso espírito ganhava novo ânimo. O mundo inteiro parecia
melhor.
É isso que alguns de nós precisamos fazer com nossa vida. Isaías disse:
“Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer
mal.
Aprendei a fazer bem. (...)
Vinde então, e argüí-me, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles
se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a
branca lã”. (Isaías 1:16–18)
“Sede puros, vós que portais os vasos do Senhor”. (D&C 133:5) Assim disse Ele para nós em
revelação moderna. Sejam puros de coração. Sejam puros de mente. Sejam puros no linguajar. Sejam
puros no modo de vestir e no comportamento. (“Be Ye Clean,” Ensign, May 1996, pp. 47–48)
Se algumas de vocês ultrapassaram a linha, por favor não pensem que tudo está perdido. O Senhor
deseja ajudá-las e há muitas pessoas da Igreja dispostas a fazer o mesmo. Deixem o mal para trás. Orem
sobre a situação, conversem com seus pais, se puderem, e conversem com o bispo. Vocês descobrirão
que ele estará disposto a escutá-las e a tratar o assunto com discrição e sigilo. Ele as ajudará. Todos nós
estamos prontos para ajudá-las.
O arrependimento é um dos primeiros princípios do evangelho. O perdão é uma característica da
divindade. Há esperança para vocês. Vocês têm uma vida pela frente, que pode ser cheia de felicidade,
mesmo que o passado tenha sido manchado pelo pecado. Nosso trabalho é salvar as pessoas, ajudando-
as a resolverem seus problemas. Esse é o propósito do evangelho.
Este é o tempo, esta é a hora certa de se arrepender de qualquer mal do passado, de pedir perdão,
de subir um degrau e seguir avante com confiança e fé. (“Stand True and Faithful,” Ensign, May 1996,
p. 94)
ATITUDE
Ver também Otimismo
Por cerca de onze anos fui responsável pelo trabalho da Igreja na Ásia. Estive nesta parte do
mundo diversas vezes. Vi, em primeira mão, o milagre econômico do Japão(...) Pude ver aquela nação
erguer-se das cinzas da guerra ao atual apogeu econômico. O segredo não está nas suas riquezas
naturais. Eles têm que importar cada litro de petróleo, cada quilo de minério de ferro. O segredo está na
atitude de seu povo. Houve um tempo, em minhas lembranças, que o rótulo “Fabricado no Japão”
representava uma imitação barata. Atualmente, representa artigos de alta qualidade. A diferença não
está nos seus minerais, na paisagem, nos campos férteis e abundantes chuvas ou qualquer fator da
natureza. Repito, a diferença está na atitude do povo. O mesmo deve ocorrer conosco se quisermos
moldar o futuro.
Concluí meus estudos [na universidade] na turma de 1932. Fiz um discurso na reunião de nossa
turma em 1982, após 50 anos terem-se passado. As pessoas vieram para esta reunião de todas as partes
do país. Eram meus amigos do tempo de estudante. Eles têm cargos de liderança espalhados por todo o
país. Nunca houve uma época mais difícil para uma pessoa formar-se na universidade. (...) Foram os
piores dias da depressão. Estávamos preocupados. É claro que nos preocupávamos. Éramos pobres e
sabíamos, mas não ficávamos amargurados. Éramos jovens e saíamos para trabalhar em qualquer coisa
que achássemos. Seja como for, conseguimos. A jornada foi como uma viagem num velho trem a
vapor. Teve sacudidas, freadas e fagulhas nos olhos. Mas também teve uma emocionante e magnífica
vista ao longo do caminho. Na minha imaginação, consigo ouvir o apito do velho trem a vapor, soando
ao longo dos trilhos até chegarmos à nossa estação atual. Agora o motor é mais forte e o leito da estrada
é melhor. À medida que avançamos, espero podermos cantar juntos: “Estamos indo em frente. Estamos
no trilho certo. Estamos chegando. O futuro nunca pareceu tão promissor”. (Governor’s Conference on
Utah’s Future, University of Utah, September 7, 1988)
Vemos alguns entre nós que são indiferentes a respeito do futuro desta obra, que são apáticos, que
falam de limitações, que demonstram temores, que passam seu tempo procurando e escrevendo sobre o
que consideram fraquezas, mas que são, na verdade, coisas sem quaisquer conseqüências. Com suas
dúvidas a respeito do passado, não têm uma visão do futuro.
Já se disse que “não havendo profecia, o povo perece”. (Provérbios 29:18) Não há lugar neste
trabalho para os que acreditam somente num evangelho de pessimismo e melancolia. O evangelho
representa boas novas. É uma mensagem de triunfo. É uma causa em que se embarca com entusiasmo.
O Senhor nunca disse que não haveria problemas. Nosso povo conheceu aflições de toda espécie,
perseguido pelos que se opõem a esta obra. Porém, a fé mostrou-se através de todos os seus
sofrimentos. (“Stay the Course — Keep the Faith,” Ensign, November 1995, p. 71)
AUTO-APERFEIÇOAMENTO
Treinem a si mesmos para darem uma contribuição à sociedade em que vivem. Há uma
característica divina no progresso da mente. (“Rise to the Stature of the Divine within You,” Ensign,
November 1989, p. 96)
Muitos de nós começamos decididos e depois relaxamos. Muitos de nós subimos até um platô, e
então nos desviamos da rota. John W. Gardner escreveu: “Caso se defina o termo “desistente” como
uma pessoa que desistiu de seus esforços ao cumprir suas responsabilidades, então todos os escritórios,
órgãos governamentais, clubes e corpos docentes de universidades contribuiriam com a sua quota”.
(“The Recovery of Confidence,” Readers Digest, October 1971, p. 127)
Tecendo um comentário sobre o que Shelley descreveu como “o contágio da desonra do mundo”,
Channing Pollock disse certa vez: Começamos com um emblema inscrito: ‘Mais alto’ e gradualmente a
poeira da batalha elimina todas as promessas.
Tantos jogadores no jogo da vida atingem a primeira etapa, alguns a segunda, uns bastante
talentosos a terceira, mas poucos são os que voltam para casa e marcam pontos.
Minha esposa recortou essas palavras de um editorial de uma revista alguns anos atrás. Disse o
escritor:
“Antes de mais nada, eliminemos a fraca desculpa de que somos ‘apenas humanos’, que temos o
direito a uma quota diária de erro ou indiferença. Apenas humanos? Isso é o máximo do insulto.
Lembre-se que a grandeza de um homem não reside na perfeição, mas na luta por ela. Se não nos
importarmos, perderemos tudo”. (Better Homes and Gardens, July 1971) (...)
Meus queridos companheiros, tenham o máximo de fé que puderem. Seu constante auto-
aperfeiçoamento se tornará como uma estrela polar para outros. Eles se lembrarão muito mais do que
viram vocês fazer do que daquilo que ouviram de vocês. Sua atitude e modo de enfrentar as situações
podem fazer uma enorme diferença. (“Keep Faith,” Bonneville International Corporation Senior
Management Seminar, March 7, 1993)
Temos um trabalho a realizar e há muito a ser feito. Ele se refere ao progresso e aperfeiçoamento
das pessoas para que se tornem melhores. Como o Presidente McKay costumava dizer: “Fazer de
homens maus, bons, e de homens bons, melhores ainda”. Esta é a nossa tarefa: aperfeiçoar as pessoas.
(Vacaville/Santa Rosa California Regional Conference, priesthood leadership session, May 20, 1995)
Estamos todos juntos nesta obra, todos nós, e temos uma grande tarefa a cumprir. Cada professor
pode ser melhor do que é hoje. Cada funcionário pode ser melhor do que é hoje. Cada pai pode ser um
pai melhor, cada mãe pode ser uma mãe melhor, cada marido pode ser um marido melhor, cada esposa
pode ser uma esposa melhor, cada filho um filho melhor. Estamos no caminho que nos conduz à
imortalidade e vida eterna, e o hoje faz parte dele. Nunca nos esqueçamos disso. (Salt Lake East
Milcreek State Fiftieth Anniversary Celebration, June 10, 1995)
Há necessidade de aperfeiçoamento constante em toda a nossa vida. É necessário, ocasionalmente,
abandonarmos o barulho e o tumulto do mundo e caminharmos no interior de uma sagrada casa de
Deus para sentir Seu espírito num ambiente de santidade e paz. (“Of Missions, Temples, and
Stewardship,” Ensign, November 1995, p. 53)
Sou grato pelo bem que há em sua vida. Vocês tentam viver o evangelho. Não alcançaram a
perfeição, nenhum de nós a alcançamos ainda; levará muito tempo para alcançá-la, mas estamos
trabalhando para isso, assim espero. E, também espero, estamos fazendo algum progresso em nossa
vida individual. Desejo que cada homem aqui presente possa sentir que algo aconteceu para fazê-lo ser
melhor hoje do que ontem, um pouco mais gentil, um pouco mais amável, um pouco mais generoso,
um pouco mais honesto em propósito, palavras e ações, um pouco mais forte para fazer o que é certo e
para resistir ao que é errado. (Corpus Christi Texas Regional Conference, priesthood leadership session,
January 6, 1996)
Melhore. Constantemente digo isso a mim mesmo. Melhore. Mantenha-se firme. Seja um pouco
melhor, um pouco mais forte, um pouco mais ponderado, um pouco mais humilde, um pouco mais
devoto, para que seja digno da orientação do Senhor e de Suas maravilhosas bênçãos.
(Smithfield/Logan Utah Regional Conference, priesthood leadership session, April 20, 1996)
AUTO-DISCIPLINA
O domínio mental precisa ser mais forte que os apetites físicos ou desejos da carne. À medida que
os pensamentos se harmonizam com a verdade revelada, as ações se tornarão adequadas.
O velho provérbio é tão válido hoje como quando foi pronunciado: “Porque, como imaginou no
seu coração, assim é ele”. (Provérbios 23:7)
Cada um de nós, com disciplina e esforço, tem capacidade de controlar pensamentos e ações. Isso
faz parte do processo de desenvolvimento da maturidade espiritual, física e emocional. (“Reverence and
Morality,” Ensign, May 1987, p. 47)
A única conquista que traz satisfação é a conquista de si próprio. Desde há muito tempo foi dito
que aquele que governa a si mesmo é maior do que o que toma uma cidade. (“In Search of Peace and
Freedom,” Ensign, August 1989, p. 5)
Gostaria de contar-lhes uma história sobre beisebol. (...) O evento de que falo ocorreu no
campeonato de 1912. Consistia em uma série de oito jogos, porque um deles teve que ser interrompido
na metade por haver escurecido. Os estádios não tinham iluminação elétrica naquele tempo. Aquele era
o último jogo e estava empatado em 1 X 1. O Boston Red Sox estava com a bola e o New York Giants
jogava na defensiva. Um batedor de Boston acertou a bola e ela voou longe. Dois jogadores do New
York correram em sua direção. Fred Snodgrass, no meio-campo, fez um sinal a seu colega dizendo que
ia pegar a bola. Ele postou-se de modo que a bola caísse diretamente em sua luva. A bola passou pela
mão dele e caiu no chão. As pessoas nas arquibancadas vaiaram. Os fãs mal podiam acreditar que
Snodgrass havia deixado a bola cair. Ele agarrara centenas de bolas anteriormente. Mas naquele
momento crucial, deixara a bola cair.
(...) O Boston Red Sox ganhou o campeonato.
Snodgrass retornou na temporada seguinte e jogou maravilhosamente por mais nove anos. Ele
viveu até os oitenta e seis anos de idade, tendo morrido em 1974. Mas depois daquela falha, nos
sessenta e dois anos seguintes, sempre que era apresentado a alguém já esperava que lhe dissessem:
“Ah, você foi aquele que deixou a bola cair”. (...)
Esse fenômeno não se restringe aos esportes. Acontece todos os dias na vida.
Há o caso do aluno que pensa estar indo bem, mas é reprovado no final do curso devido à pressão
dos exames finais.
Há também o motorista que nunca teve um acidente, mas que num momento de descuido,
envolve-se num trágico desastre.
Há ainda o empregado digno de toda confiança, mas que sucumbe à tentação de roubar uma
pequena quantia de seu empregador. Coloca-se nele uma marca que nunca desaparecerá totalmente.
Há o exemplo de uma vida digna que se vê manchada por um momento de deslize moral que
perseguirá o indivíduo pelo resto da vida.
Existe ainda o momento de raiva que repentinamente destrói um relacionamento há muito
acalentado.
Há um pecado aparentemente pequeno que, de algum modo, cresce e causa o afastamento da
Igreja.
Em todos esses exemplos alguém deixou a bola cair. A pessoa tinha auto-confiança, possivelmente
até a arrogância de pensar que nem precisava se esforçar, pois poderia conseguir o que pretendia sem
grandes dificuldades. Porém, a bola passou por suas mãos e caiu no chão, levando-a a perder o jogo.
(...)
Tudo indica a necessidade de estarmos constantemente alerta e termos uma auto-disciplina
inexorável. Tudo mostra que devemos sempre nos fortalecer contra as tentações. Devemos também
estar atentos ao uso de nosso tempo, principalmente nosso tempo livre. (“Don’t Drop the Ball,” Ensign,
November 1994, pp. 46–47)
AUTO-SUFICIÊNCIA
Ver também Auto-Disciplina; Bem-Estar; Trabalho
Sentimos a necessidade de realçar com maior clareza o dever dos membros da Igreja de se
tornarem mais independentes e auto-suficientes, de aumentarem a responsabilidade pessoal e familiar,
de cultivarem o crescimento espiritual e de se envolverem mais intensamente no serviço cristão.
(Regional Representatives Seminar, April 1, 1983)
O espírito de auto-suficiência foi edificado naqueles que trabalharam o solo. Não havia programas
de governo para as fazendas, logo, nenhum tipo de subsídio. As excentricidades das estações tinham
que ser aceitas. Terríveis geadas, tempestades inoportunas, ventos, e secas eram aceitos como riscos da
vida contra os quais não havia nenhum seguro disponível. O armazenamento era necessário; de outro
modo, haveria fome. A única fonte constante contra os riscos da vida era oração, oração para o nosso
eterno e amado Pai, o Todo-Poderoso do universo. (“Farewell to a Prophet,” Ensign, July 1994, p. 38)
Ensinamos enfaticamente a importância da auto-suficiência, a importância da educação, de
qualificar nosso povo para que esteja apto a ganhar seu sustento; a importância de economizar e ser
prudente na administração de seus negócios; a importância de ter uma reserva para suprir suas
necessidades caso advenham privações. E é surpreendente ver quantos seguem esse ensinamento. É
algo básico para nós. (Interview with Suzanne Evans of BBC Radio 4, August 26, 1995)
Pergunta: Por que se espera que os membros da Igreja tenham suprimentos de comida, roupas e
combustível para um ano?
Presidente Hinckley: Ensinamos a auto-suficiência como um princípio de vida; ensinamos que
temos de cuidar de nós mesmos e de nossas próprias necessidades. Encorajamos nosso povo a ter
alguma coisa, a planejar, a ter alguma comida à mão, a abrir uma caderneta de poupança, se possível,
para um momento de dificuldade. As catástrofes abatem-se sobre as pessoas quando menos se espera:
desemprego, doença, coisas desse tipo. O indivíduo, conforme ensinamos, deve fazer tudo que puder
por si mesmo. (Interview with Mike Wallace of 60 Minutes, December 18, 1995)
A auto-suficiência na família era muito importante para eles [os primeiros colonizadores de Utah].
Não havia programas de ajuda do governo naqueles dias. Ou se realizava o que se necessitava por conta
própria ou nada se recebia. A Igreja, naturalmente, intervinha em momentos de extrema necessidade
para ajudar as pessoas. E ainda está disposta a fazê-lo. Mas as pessoas eram auto-suficientes. Não havia
doações de qualquer espécie. Elas produziam. Elas tinham que fazê-lo ou pereceriam. Bem, repito, a
Igreja intervinha para ajudá-los, mas cada membro da família sabia que era sua responsabilidade prover
para si mesmo se houvesse alguma maneira no mundo de assim fazê-lo. E era somente quando tinham
esgotado seus recursos que podiam buscar ajuda de outros e da Igreja. (Interview with KJZZ-TV, Dean
Mary and Larry Miller, March 20, 1996)
O avô de minha esposa, George Paxman, era um jovem carpinteiro especializado em acabamentos
que, enquanto erguia as pesadas portas do leste do Templo de Manti, sofreu de uma hérnia
estrangulada. Ele sentiu uma dor terrível. Eles o levaram a Nephi em um carroção, e então colocaram-
no em um velho trem e o levaram até Provo. Após sofrer diversos dias com dores terríveis, faleceu. E
sua viúva era jovem — tinha vinte e dois anos, creio, naquela época. Ela viveu até ficar velha, criou
seus filhos, educou-os e se sustentou costurando — era uma boa costureira. Ela cuidou de suas
despesas. Fazia parte da tradição praticar o espírito de auto-suficiência. Nós perdemos muito disso nos
dias de hoje, muito mesmo, infelizmente. (Interview with KJZZ-TV, Dean May and Larry Miller,
March 20, 1996)
AVAREZA
Ver Cobiça
BATISMO
Se um homem ou mulher se arrependeu sinceramente de seus pecados, então está qualificado para
o batismo por imersão, entendendo-se que aqueles pecados serão perdoados e uma nova vida poderá ser
iniciada.
Não é coisa pequena ou sem importância batizar uma pessoa. Vocês, jovens sacerdotes, atuando
em nome do Senhor e sob divina autoridade, como que apagam, pelo maravilhoso processo do batismo,
os pecados do passado e fazem com que essa pessoa nasça para uma vida nova e melhor. Que grande
responsabilidade têm de viverem de modo que mereçam o exercício desse sagrado poder! (“The
Priesthood of Aaron,” Ensign, November 1982, p. 46)
Presumo que não exista cristão que não reconheça a necessidade e importância do batismo “da
água e do espírito”. Ninguém poderia legitimamente negar sua necessidade, em vista das palavras do
Mestre a Nicodemos: “Quem não nascer da água e do espírito, não poderá entrar no reino de Deus.”
(João 3:5) (“Rejoice in This Great Era of Temple Building,” Ensign, November 1985, p. 59)
Esse Sacerdócio Aarônico conferido por João Batista inclui, também, as chaves do batismo por
imersão para remissão de pecados. Arrepender-se é uma coisa, e outra é obter a remissão de nossos
pecados ou ser perdoado. O poder para consegui-lo é inerente ao Sacerdócio Aarônico.
O batismo é a primeira ordenança do evangelho, a porta pela qual todos entram na Igreja. É tão
importante que se realiza não só para os vivos mas também pelos mortos. (“The Aaronic Priesthood —
A Gift from God,” Ensign, May 1988, p. 46)
O batismo nesta Igreja é muito sério. Ele representa um convênio feito com nosso Pai Eterno. É
muito mais que um rito de passagem. É a porta de entrada para um novo modo de vida, um caminho
novo que devemos trilhar e que nos leva à imortalidade e vida eterna. Nunca foi tido como o ponto
final. A intenção é que um novo e glorioso caminho se abra para aqueles que caminharem obedientes
aos mandamentos de Deus. (General Authority Training Meeting, October 2, 1990)
O batismo é a única porta pela qual um homem ou mulher devem entrar. Nosso verdadeiro
objetivo é fazer daquele desconhecido, que é rapidamente ensinado em poucas lições, um forte e fiel
membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, que ama ao Senhor, que compartilha da
beleza e milagre desta obra maravilhosa que chamamos o evangelho de Jesus Cristo. (General
Authority Training Meeting, April 2, 1991)
Algumas pessoas se perguntam por que não aceitamos os batismos de outras igrejas. Nós não o
aceitamos por duas razões: não é realizado da maneira correta e não é feito com a devida autoridade.
Então, quando um converso entra para a Igreja ele deve ser batizado em nome de Jesus Cristo, por
imersão, por quem possua a devida autoridade (...) Que maravilha é saber que em semelhança à morte,
sepultamento e ressurreição do Filho de Deus somos levados para dentro da água, somos imersos na
água e trazidos para fora água. O batismo é uma maravilhosa e sagrada ordenança que traz consigo a
remissão dos pecados, mas em uma avaliação maior, simboliza a morte, sepultamento e ressurreição de
nosso Redentor Divino. (Copenhagen Denmark Fireside, June 14, 1996)
BEM-ESTAR
Espero que durante [o ano passado] ninguém em toda a Igreja tenha passado fome, ficado sem
roupa ou abrigo. Se qualquer dos membros assim sofreu, então, em determinado ponto falhamos em
nossa mordomia. (Phoenix Arizona North/West Regional Conference, January 13, 1991)
Os princípios sob os quais [o programa de bem-estar da Igreja] opera são tão antigos quanto o
evangelho. É uma expressão da Regra de Ouro: “Portanto tudo o que vós quereis que os homens vos
façam, fazei-lho também vós”. (Mateus 7:12) (“The State of the Church,” Ensign, May 1991, p. 52)
Pergunta: O que somente o bispo pode fazer com relação às necessidades do programa de bem-
estar da ala, e o que o quórum deveria fazer por todas as outras necessidades relacionadas ao bem-
estar?
Essencialmente o bispo tem a responsabilidade básica, se há uma necessidade urgente, de verificar
que a necessidade esteja sendo atendida com relação ao suprimento de alimentos, medicamentos, ou
qualquer que seja o caso. A presidência do quórum de élderes tem a responsabilidade de levar ao
conhecimento do bispo o que for necessário, e apoiar a designação daquele indivíduo de ajudá-lo a
obter seu próprio sustento, por assim dizer, de fazer algum esforço por aquilo que ele recebe, e cuidar
do bem-estar de todos os membros do quórum, incluindo aqueles que não são ativos. (Heber
City/Springville Utah Regional Conference, priesthood leadership session, May 13, 1995)
Estamos levando avante um grande serviço humanitário / de bem-estar. Nosso programa de bem-
estar, como o conhecemos hoje, teve início durante a Grande Depressão, e ressalta enormemente a
auto-suficiência. Tentamos ensinar aos membros a serem auto-suficientes e, quando não puderem
cuidar de suas próprias necessidades, solicitarem a ajuda de seus familiares. E quando essas
necessidades não puderem ser supridas pelas famílias, então a Igreja se coloca à disposição de ajudá-
los. Temos um grande programa que envolve propriedades, tais como fazendas, sítios, campos onde as
pessoas podem trabalhar e plantar o que comem. Temos moinhos de farinha, temos armazenamento de
grãos, temos fábricas para a industrialização de carne, temos todas essas coisas. Operamos 99
armazéns, mais que 100 núcleos de emprego, 46 lojas de artigos usados. Em 1994, os membros doaram
o equivalente a mais que 150.000 dias de trabalho nessas instalações para ajudar os que estão sofrendo
e passando necessidades. Durante os dez anos passados, a Igreja contribuiu com o desenvolvimento do
auxílio a calamidades e auto-suficiência em 109 países. O valor ultrapassou a 30 milhões de dólares por
ano em ajuda humanitária àqueles que não são da nossa fé em muitas partes do mundo. Há, em média,
400 projetos humanitários a cada ano. (Edelman Public Relations Luncheon, Harvard Club, New York,
November 13, 1995)
Pergunta: Vocês têm o seu próprio programa de bem-estar?
Presidente Hinckley: Temos o nosso próprio programa de bem-estar que é mantido como uma
tentativa de ajudar as pessoas a ajudarem a si mesmas. Por intermédio desse programa de bem-estar
alcançamos as pessoas que sofrem em muitas partes do mundo. Doamos milhões, milhões e milhões de
dólares como auxílio para pessoas em situação angustiante na Ásia, África, América do Sul e Central.
Pergunta: Com nenhuma objeção dos membros?
Presidente Hinckley: Com nenhuma objeção. Com encorajamento. (Interview with Mike Wallace
of 60 Minutes. December 18, 1995)
Nós realmente temos um grande programa de bem-estar. Tentamos cuidar das necessidades de
nosso próprio povo. Então, onde estamos fortemente estabelecidos, como por exemplo nos Estados
Unidos, temos fazendas de bem-estar que produzem produtos agrícolas, temos instalações para enlatar e
armazenar esses produtos, temos instalações para empacotamento, processamento e distribuição. Tudo
faz parte de uma obrigação que sentimos de cuidar dos nossos, enquanto ao mesmo tempo buscar em
espírito de humanitarismo as pessoas em dificuldades, onde quer que elas estejam. (Interview with
Dulcie Byby of Manila Chronicle, May 30, 1996)
Cremos em sermos benevolentes, em estendermos a mão para ajudar outrem. Pagamos as ofertas
de jejum. Esse procedimento simples, advindo de revelação, se fosse observado por todas as pessoas do
mundo dispensaria os programas de ajuda dos governos. (...) O governo alemão, o governo inglês, o
governo americano gastam bilhões para cuidar dos necessitados. É um empreendimento que vale a
pena. Como seria mais fácil, como seria mais simples, como seria melhor se as pessoas seguissem o
plano do Senhor. (Berlin Germany Regional Conference, June 16, 1996)
O Congresso e o Presidente recentemente decretaram e assinaram uma nova legislação a respeito
de bem-estar. Esperamos que dela provenham bons benefícios. Porém, simplesmente um novo conjunto
de regras para lidar com um velho problema provavelmente não produzirá a cura. Devem-se mudar as
atitudes, cada um deve responsabilizar-se por seus atos. (Provo City Community Centennial Service,
August 4, 1996)
As catástrofes abatem-se sobre as pessoas quando menos se espera, na forma de desemprego,
doença e coisas desse tipo. O indivíduo, conforme ensinamos, deve fazer tudo o que puder por si
mesmo. Quando tiver exaurido seus recursos, deve voltar-se para sua família a fim de que ela o ajude.
Quando a família não puder fazê-lo a Igreja assumirá a responsabilidade. E quando a Igreja assume,
nosso grande desejo é cuidar primeiramente de suas necessidades imediatas e, a seguir, ajudá-lo pelo
tempo necessário, mas, ao mesmo tempo, ajudá-lo a ser treinado, conseguir emprego, encontrar uma
forma de caminhar sozinho novamente. Esse é o objetivo deste grande programa de bem-estar. (“‘This
Thing Was Not Done in a Corner,’” Ensign, November 1996, p. 50)
BÊNÇÃOS PATRIARCAIS
Recebi minha bênção patriarcal quando era um menininho de onze anos de idade. Um converso à
Igreja que havia chegado da Inglaterra, e era nosso patriarca, colocou as mãos sobre minha cabeça e
deu-me uma bênção. Acho que nunca li aquela bênção até estar no navio em direção à Inglaterra em
1933. Tirei-a do baú e a li com cuidado, e a lia ocasionalmente enquanto em minha missão na
Inglaterra.
Não contarei tudo o que se encontra na bênção, mas aquele homem falou com voz profética. Ele
disse, entre outras coisas, que eu ergueria minha voz em testemunho da verdade nas nações da Terra.
Quando fui desobrigado de minha missão, falei em Londres numa reunião de testemunhos na prefeitura
de Battersea. No próximo domingo discursei em Paris. No outro domingo falei em Washington, D.C.
Voltei para casa cansado e fraco, magro e extenuado, (...) e disse: “Chega. Já viajei tudo o que gostaria.
Nunca mais quero viajar.” Pensava que havia cumprido a bênção. Falei em quatro das grandes capitais
do mundo: Londres, Berlin, Paris e Washington, D.C. Pensei que havia cumprido aquela parte da
bênção.
Falo com gratidão e em espírito de testemunho (...) que desde aquela época tem sido meu
privilégio, devido à providência e bondade do Senhor, prestar testemunho desta obra e do chamado
divino do Profeta Joseph Smith em todas as regiões da Ásia, em quase todas, pelo menos; no Japão,
Coréia, Tailândia, Taiwan, Filipinas, Hong Kong, Vietnã, Burma, Malásia, Índia, Indonésia e
Cingapura. Falei na Austrália, na Nova Zelândia, nas ilhas do Pacífico, nas nações da Europa, em todas
as nações da América do Sul, e em todas as nações do Oriente em testemunho da divindade desta obra.
(Hyde Park Chapel Rededication, August 27, 1995)
Que bênção é poder receber uma bênção patriarcal! Incentive as pessoas a viverem dignas, não
para procurarem o patriarca como um adivinho ou qualquer coisa desse gênero, mas como aquele que
possui, como foi dito pelo Presidente Kimball, o espírito de profecia com relação àquele indivíduo.
(Corpus Christi Texas Regional Conference, priesthood leadership session, January 6, 1996)
Espero estarmos incentivando aqueles que possuem maturidade suficiente para entenderem a
importância de uma bênção patriarcal a receberem a sua. Minha bênção patriarcal é uma das coisas
mais sagradas em minha vida. Uma bênção patriarcal é uma coisa única, sagrada, pessoal e maravilhosa
que pode ser conferida a cada membro desta Igreja que viva de modo a ser digno dela. Espero, irmãos,
que vocês homens pertencentes ao bispado, em especial, estejam aconselhando seu povo com relação a
isso. (Smithfield/Logan Utah Regional Conference, priesthood leadership session, April 20, 1996)
Espero que possamos motivar nosso povo a viver digno de receber uma bênção patriarcal e se
esforçarem para obtê-la. É um privilégio extraordinário obter uma bênção patriarcal; é algo único, se
comparado a todas as outras coisas deste mundo. Não há nada que se iguale a ela: um homem que fala
de forma individual e pronuncia bênçãos com a autoridade do Santo Sacerdócio. (Pittsburgh
Pennsylvania Regional Conference, priesthood leadership session, April 27, 1996)
Gostaria de repetir que essas bênçãos são sagradas. Elas não devem ser divulgadas. Não se deve
comentar sobre elas. (Pittsburgh Pennsylvania Regional Conference, priesthood leadership session,
April 27, 1996)
CARÁTER
Suplico que continuem a cultivar a companhia e orientação do Santo Espírito, que busquem a
Deus como fonte de sabedoria superior à sua, que reconheçam Seu Divino Filho como o manancial das
grandes virtudes que são a essência da integridade e caráter. (BYU Commencement Address, April 23,
1992)
Além dos seus deveres profissionais estão as responsabilidades para com outros — a comunidade,
o estado, a nação, a sociedade em geral, e a Igreja da qual muitos de vocês são membros. A atenção e a
energia despendidas nessas tarefas são a essência de seu caráter e virtude. (BYU Management Society,
San Diego, California, January 9, 1993)
CARIDADE
Ver também Amor
O amor a Deus é básico. É o alicerce da verdadeira adoração. Ele é o coração, a alma e o espírito
de nossa vida. Ele subjuga a arrogância, o preconceito e a cobiça. Ele leva à obediência do segundo
grande mandamento, amor ao próximo. No mundo em que vivemos hoje, o amor ao próximo se
expressa não somente em atos cristãos de caridade e bondade para com os necessitados, mas em um
sentido mais amplo inclui uma sagrada consideração pelo meio-ambiente, no qual todos os homens
devem viver nessa Terra em que somos vizinhos. (“A Unique and Wonderful University,” BYU 1988–
89 Devotional and Fireside Speeches, October 11, 1988, p. 51)
A palavra amor é muitas vezes usada em lugar do termo caridade na grande declaração de Paulo.
Nesse caso, fica assim:
“[O amor] nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão;
havendo ciência, desaparecerá. (...)
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e [o amor], est(es) três, mas (o) maior deste(es) é [o
amor]”. (I Coríntios 13:8, 13) (...)
Poucos ainda conseguem ver a Estrela Polar. Vivemos em centros urbanos e as luzes da cidade
prejudicam nossa visão do maravilhoso firmamento acima de nós. Não obstante, como vem
acontecendo há séculos, a estrela continua em seu lugar, como um guia e âncora em sua constância. O
amor é igual — inflexível, imutável, “o puro amor de Cristo”, segundo Morôni, que “permanece para
sempre; e todos os que forem achados em sua posse no último dia bem lhes irá”. (Morôni 7:47) (“Let
Love Be the Lodestar of Your Life,” Ensign, May 1989, p. 67)
Domingo passado fui a uma reunião sacramental em uma de nossas alas em uma universidade, ala
essa composta inteiramente de jovens recém-casados, que se esforçam para atingir suas metas
educacionais, ao mesmo tempo que enfrentam a carga de uma vida familiar. Dois bebês recém-nascidos
foram abençoados pelo respectivo pai e receberam nomes pelos quais serão conhecidos nos registros da
Igreja.
Fiquei emocionado com as orações que ambos os pais fizeram. Um deles, falando a seu filho
recém-nascido, abençoou-o para que em toda a sua vida ele tivesse o espírito de amor por todas as
pessoas, a despeito das circunstâncias e da condição delas. Ele o abençoou para que tivesse respeito
pelos outros sem levar em conta raça, religião ou outras diferenças. Sei que esse jovem pai, estudante
de medicina, tem em sua vida, como membro fiel da Igreja, demonstrado amor, gratidão e respeito por
todas as pessoas.
Como é grandiosa a caridade, seja ela expressa por meio de doação de nossa substância, do uso de
nossas forças para aliviar os fardos alheios, ou como expressão de bondade e gratidão. (“Mormon
Should Mean ‘More Good,’” Ensign, November 1990, p. 54)
Essa é a essência da caridade: estender a mão que ajuda e que ergue, àqueles necessitados, sem
nada pedir em troca. (“Codes and Covenants,” BYU 1994–95 Devotional and Fireside Speeches,
October 18, 1994, p. 38)
CASAMENTO
Ver também Casamento Eterno
Sob o plano do evangelho casamento é companheirismo, com igualdade entre os parceiros.
Caminhamos lado a lado com respeito, admiração e amor um pelo outro. Não pode haver sentimentos
de inferioridade e superioridade entre o marido e a mulher no plano do Senhor. Estou certo de que
nosso Pai Celestial ama Suas filhas tanto quanto ama Seus filhos, e qualquer homem que humilhe ou
menospreze sua esposa ofende Seu Pai Celestial.
Se maridos e mulheres dessem somente mais ênfase às virtudes um do outro e menos às faltas,
haveria menos corações dilacerados, menos lágrimas, menos divórcios e muito mais felicidade nos lares
de nosso povo. (“If I Were You, What Would I Do?” BYU 1983–84 Fireside and Devotional Speeches,
September 20, 1983, p. 10)
É difícil para mim entender os trágicos relatos de casamentos conturbados que me chegam. Eles
falam de maus-tratos. Falam de atitudes ditatoriais e de alguns maridos que são tiranos em sua própria
casa. Falam de perda da confiança e de convênios desfeitos. Falam de divórcio, lágrimas e angústia.
Outro dia chegou à minha mesa uma carta de uma mulher que fez um relato prolongado de seus
problemas. Sentindo-se desesperada perguntou: “A mulher tem alguma promessa de um dia ser um
membro de primeira classe da raça humana? Será ela sempre um objeto, enrolada num cháder agindo
somente com a permissão do marido, que é o cabeça da casa?” (Um cháder, a propósito, é um simples
xale usado pelas mulheres na Índia para cobrir a cabeça.) E ela, então, continuou: “As respostas para
essas perguntas já não me são mais importantes, mas tenho filhas. Se for possível para uma mulher
esperar algo mais da eternidade do que andar descalça e grávida, gostaria de ensiná-las isso.”
Há uma trágica amargura nas linhas dessa carta. Temo que haja muitas outras que se sintam do
mesmo modo. A situação é trágica porque é extremamente diferente da que o nosso Pai Celestial
preparou para Suas filhas. Por detrás das palavras dessa mulher vejo a figura de uma esposa
desencorajada, ansiosa por reconhecimento, pronta a desistir, e sem saber para qual lado se dirigir. Vejo
um marido que negligenciou suas sagradas obrigações, que está insensível em seus sentimentos,
desvirtuado em suas percepções, negando, pelo seu modo de vida, a verdadeira essência do evangelho
de Jesus Cristo. Não duvido que tenha havido falhas da parte dela assim como da dele, mas estou
inclinado a pensar que as falhas dele são mais sérias.
Aos homens que se encontram ao alcance de minha voz, onde quer que vocês estejam, digo, se são
culpados de comportamento degradante para com sua esposa, se são inclinados a impor e exercer
autoridade sobre ela, se são egoístas e brutais em suas ações em casa, então, parem já! Arrependam-se!
Arrependam-se agora enquanto têm a oportunidade de assim o fazerem.
Às esposas que estão constantemente reclamando, e vêem somente o lado escuro da vida, e não se
sentem nem amadas nem queridas, olhem para dentro de seu coração e mente. Se houver algo de
errado, façam mudanças. Coloque um sorriso em seu rosto. Tornem-se atraentes. Melhorem sua
aparência. Vocês se privam da felicidade e atraem a miséria se reclamam constantemente e não fazem
nada para retificar suas faltas. Coloquem-se acima do insistente clamor sobre direitos e prerrogativas e
caminhem na serena dignidade de uma filha de Deus. (...)
Agora é o momento de homens e mulheres que possam ter-se ofendido mutuamente pedir perdão e
cultivar respeito e afeição mútuos, colocando-se diante do Criador como filhos e filhas dignos de Seu
sorriso sobre nós. (“Cornerstones of a Happy Home,” Husbands and Wives Fireside Satellite Broadcast,
January 29, 1984)
Deus, nosso Pai Eterno, ordenou que deveríamos ser companheiros. Isso pressupõe igualdade. O
casamento é uma aventura em conjunto. Naturalmente, existem riscos e problemas, mas são
secundários em relação às grandes oportunidades e satisfações que advêm quando relevamos interesses
próprios em favor de um bom companheirismo.
Há alguns anos, tirei um recorte do Deseret News, da coluna de Jenkins Lloyd Jones, que dizia:
“Parece haver uma superstição entre os muitos milhares de nossos jovens que andam de mãos dadas
(...) de que o casamento é uma casinha coberta de flores perpétuas, na qual um marido perpetuamente
jovem e belo vai ao encontro de uma esposa perpetuamente encantadora e jovem. Quando as flores
murcham e a monotonia e as contas começam a chegar, os tribunais de divórcio ficam lotados. (...)
(“Big Rock Candy Mountains,” Deseret News, 12 June 1973, A4)
O truque, meus irmãos e irmãs, é tirar proveito da jornada, viajando de mãos dadas, na luz do sol e
na tempestade, como companheiros que se amam. (“Cornerstones of a Happy Home,” Husbands and
Wives Fireside Satellite Broadcast, January 29, 1984)
Ouço tantas reclamações de homens e mulheres que não se comunicam um com o outro. Talvez eu
seja ingênuo, mas não entendo isso. A comunicação é essencialmente uma questão de conversar. Eles
devem ter-se comunicado quando estavam namorando. Não podem continuar a conversar depois do
casamento? Não podem falar de seus interesses, seus problemas, suas dificuldades, seus desejos, um
com o outro de maneira aberta, franca, sincera e feliz? Para mim, comunicação é simplesmente uma
questão de se conversar um com o outro.
Mas deixe que a conversa seja tranqüila, pois a conversa serena é a linguagem do amor. É a
linguagem da paz. É a linguagem de Deus. (...) A voz do céu é mansa e suave. A voz da paz no lar é
uma voz suave. (“Cornerstones of a Happy Home,” Husbands and Wives Fireside Satellite Broadcast,
January 29, 1984)
Nunca me esqueci da atenção de meu pai para com minha mãe. Ela morreu quando tinha
cinqüenta anos, ainda relativamente jovem. Durante os meses de sua doença, ele era constantemente
solícito pelo bem-estar dela. Mas essa atitude não se manifestou somente depois que ela adoeceu. Ela se
tornou evidente para nós, seus filhos, no decorrer de nossa vida. No feliz lar de minha infância,
sabíamos, proveniente de um sentimento e não de uma declaração, que eles amavam, respeitavam e
honravam um ao outro. Que bênção essa lembrança tem sido! Quando éramos crianças, sentíamos uma
certa segurança por sabermos disso. Ao crescermos, nossos pensamentos e ações foram adornados pela
lembrança desse grande exemplo. (“Cornerstones of a Happy Home,” Husbands and Wives Fireside
Satellite Broadcast, January 29, 1984)
Faz tempo que sinto que a felicidade no casamento não é tanto uma questão de romance, mas sim
uma verdadeira preocupação pelo conforto e bem-estar do companheiro. Isso envolve o desejo de
tolerar as fraquezas e erros.
Um homem disse: “O amor não é cego, ele vê mais e não menos. Mas por que ele vê mais, ele está
disposto a ver menos”. (Julius Gordon, Treasure Chest, ed. Charles L. Wallis [New York: Harper and
Row, 1965], p. 168) (...)
Infelizmente, algumas mulheres desejam refazer seu marido segundo seu próprio modelo. Alguns
maridos pensam ser seu privilégio compelir sua mulher a se encaixar nos padrões que eles acham ser o
ideal. Nunca funciona. Somente leva à contenda, desentendimento e pesar. (“Cornestones of a Happy
Home,” Husbands and Wives Fireside Satellite Broadcast, January 29, 1984)
Nenhum homem pode agradar a Seu Pai Celestial se desrespeitar as filhas de Deus. Nenhum
homem pode agradar Seu Pai Celestial se não magnificar sua esposa e companheira, nutri-la, edificá-la,
fortalecê-la e compartilhar a vida com ela.
Tem sido maravilhoso observar o relacionamento do Presidente Kimball e da irmã Kimball. Ela é
uma mulher que gosta de aprender, uma mulher que lê muito, uma mulher que está constantemente
refinando seus talentos, uma mulher que ama ao Senhor e serve em Seu reino; uma mulher que apóia,
ama e incentiva o marido e os filhos. E ele, durante toda a vida de casado, tem motivado e apoiado sua
esposa, tem depositado sua confiança nela, tem compartilhado com ela momentos de alegria e tristeza,
momentos de pressão e tranqüilidade, na doença e na saúde. Eles trabalham juntos, oram juntos,
choram juntos, andam lado a lado num relacionamento que se tornou um exemplo para toda a Igreja.
Ele nunca perdeu de vista a resolução que tomou em sua infância de agradar ao seu Pai Celestial.
Os maus-tratos à esposa são totalmente incompatíveis com o evangelho de Jesus Cristo. Maltratar
uma criança é uma afronta ao Pai Celestial. Conforme o Presidente Harold B. Lee costumava nos
lembrar, a maior obra que cada um de nós pode realizar está entre as paredes do próprio lar. O pai que
deseja agradar ao Pai Celeste governará a família pelo amor e pelo exemplo. (“To Please Our Heavenly
Father,” Ensign, May 1985, p. 49)
Tenho certeza de que Deus não ama Suas filhas menos que Seus filhos. Sob o plano do evangelho,
a mulher não anda nem à frente nem atrás do marido, mas a seu lado, num verdadeiro companheirismo
diante do Senhor.
Vejo minha própria companheira de cinqüenta e dois anos. Seria sua contribuição menos aceitável
ao Senhor do que a minha? Ela tem caminhado quietamente, apoiando-me em minhas
responsabilidades, criando e abençoando nossos filhos, servindo em muitos chamados na Igreja e
disseminando uma inimaginável medida de alegria e bondade por onde passa. Quanto mais velho fico,
mais a aprecio (...) sim, mais a amo, essa frágil mulher com quem me ajoelhei diante do altar na casa do
Senhor há mais de meio século.
Desejo de todo o coração que cada casamento seja feliz. Desejo que todos os casamentos sejam
um associação eterna. Creio que esse desejo possa ser realizado se houver a vontade de se fazer o
esforço para que ele se realize. (“Rise to the Stature of the Divine within You,” Ensign, November
1989, p. 97)
Como é belo o casamento no plano de nosso Pai Eterno, um plano criado em sua divina sabedoria
para a felicidade e a segurança de seus filhos, e para a continuação da raça humana!
Ele é nosso Criador e planejou o casamento desde o começo. Quando Eva foi criada, disse Adão:
“Essa é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne: (...)
Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma
carne.” (Gênesis 2: 23–24) Paulo escreveu aos Santos de Corinto dizendo: “Todavia, nem o varão é
sem a mulher, nem a mulher sem o varão, no Senhor”.
(I Coríntios 11:11) (...)
Certamente os que lêem as escrituras antigas e modernas não podem duvidar da divindade do
conceito do casamento. Os sentimentos mais doces da vida, os impulsos mais generosos e gratificantes
do coração humano encontram expressão num casamento que permanece puro e sem manchas, acima
dos males do mundo.
Esse é o casamento desejado, esperado, almejado; é a resposta às orações de todos os homens e
mulheres de todos os lugares. (“What God Hath Joined Together,” Ensign, May 1991, p. 71)
Lamentavelmente, existe muita desgraça em muitos casamentos. Acredito que não seja necessário
ser desse modo. Creio que onde o evangelho de Jesus Cristo é vivido, ou seja, onde há altruísmo,
respeito mútuo, bondade e perdão, pode haver felicidade, amor e vida eterna no mais sagrado de todos
os relacionamentos humanos. (Ellen Pucell Unthank Monument Dedication, Cedar City, Utah, August
3, 1991)
Irmãos, vocês que receberam o sacerdócio de Deus, saibam, como eu sei, que não existe felicidade
duradoura, não existe paz constante no coração nem tranqüilidade no lar sem o companheirismo de uma
boa mulher. Nossa esposa não nos é inferior.
Alguns homens que evidentemente são incapazes de se fazerem respeitar levando uma vida digna,
usam como justificativa para suas ações a declaração de que foi dito a Eva que Adão deveria governá-
la. Quanta tristeza, quanta tragédia, quanta amargura homens fracos já causaram durante séculos,
usando isso como autorização escriturística para um comportamento desumano! Eles não reconhecem
que o mesmo relato indica que Eva foi dada como adjutora à Adão. Eles permaneceram lado a lado no
jardim. De lá foram expulsos juntos, e trabalharam juntos, lado a lado, ganhando o pão com o suor do
rosto. (“Our Solemn Responsibilities,” Ensign, November 1991, p. 51)
Vou contar-lhes algo de minha vida pessoal. Sentei-me à mesa com minha esposa numa noite. Faz
cinqüenta e cinco anos que nos casamos no Templo de Salt Lake. A maravilhosa áurea da feminilidade
estava sobre ela. Ela estava linda, e eu encantado. Hoje, por mais de meio século, temos caminhado
juntos através de muitas tempestades como também bom tempo. Hoje nenhum de nós dois fica em pé
tão erguidos quanto o fazíamos antes. Ao olhar para ela do outro lado da mesa, notei algumas rugas em
sua face e mãos. Mas são elas menos bonitas do que antes? Não, na verdade, são mais bonitas. Aquelas
rugas têm uma beleza própria; elas falam de força e integridade, e de um amor que se move com mais
profundidade e tranqüilidade do que em outros tempos. (“This I Believe,” BYU 1991–92 Devotional
and Fireside Speeches, March 1, 1992, p. 78)
Sabíamos que nosso pai amava a nossa mãe. (...) Não tenho nenhuma lembrança de ouvi-lo falar
com ela ou dela sem bondade. Ele a incentivava em suas atividades individuais da Igreja e
responsabilidades cívicas. Ela possuía talento inato, e ele a encorajava a usá-lo. O conforto dela era a
preocupação constante de meu pai. Nós os víamos como iguais, como companheiros que trabalhavam
juntos e amavam um ao outro do mesmo jeito que nos amavam.
Minha mãe, da mesma forma, incentivava meu pai e fazia qualquer coisa para vê-lo feliz. (“Some
Lessons I Learned as a Boy,” Ensign, May 1993, p. 54)
A decisão mais importante da vida é a decisão que envolve a escolha de um companheiro. Tome-a
em espírito de oração. E quando se casarem, sejam ardentemente fiéis um ao outro. O egoísmo é o
grande destruidor da felicidade da vida familiar. Tenho esta sugestão para dar-lhes: Se vocês se
preocuparem em primeiro lugar com o conforto, bem-estar, e felicidade de seu companheiro,
sublimando qualquer preocupação pessoal em benefício dessa grandiosa meta, vocês serão felizes, e seu
casamento será nutrido por toda a eternidade. (“A Three-Point Challenge,” BYU Commencement
Address, April 27, 1995)
De todas as responsabilidades desanimadoras e difíceis que tenho, a mais difícil e desencorajadora
é lidar com o cancelamento de selamentos. A maior parte desses pedidos vêm das mulheres, mulheres
que no dia de seu casamento estavam na Casa do Senhor, e em cada caso, com o homem que amavam.
E então, com o passar dos anos houve discussões, raiva, perda de controle, a cadeira sendo atirada
através da sala e outras coisas bobas e desnecessárias, até que todo o amor fosse embora e o ódio
tomasse o seu lugar. Agora, após ter seguido o seu curso, chega o pedido para cancelamento do
selamento no templo. Pode-se ligar tudo isso ao egoísmo: pensar em si mesmo em vez de em seu
companheiro. (...) Qualquer homem que faça do conforto de sua esposa sua primeira preocupação,
permanecerá amando-a por toda a sua vida e por toda a eternidade. (Anchorage Alaska Regional
Conference, June 18, 1995)
Rapazes que possuem o sacerdócio, sejam bons maridos. Existem muitos maridos ruins, as
mulheres podem testificar. Vou ler-lhes uma carta que recebi outro dia.
“Querido Presidente Hinckley, meu marido é um fiel portador do sacerdócio. Esse é o maior
elogio que posso fazê-lo. Quando ele está por perto é como se o próprio Salvador estivesse nos
dirigindo. Ele é gentil e amável, sempre encontrado meios de ajudar a mim e as crianças. É ele sempre
que se levanta durante a noite para ajudar as crianças. Ele nunca levantou sua mão ou voz para mim e
sempre me ajudou durante meus diversos problemas de saúde. Embora tenhamos opiniões diferentes,
nunca tivemos uma discussão e sei que é devido a ele ser cuidadoso no modo em que se comunica
comigo. Ele dirige a família na leitura do Livro de Mórmon e orações, e à noite, enquanto as crianças
estão dormindo, dedicamos uns poucos minutos ao estudo do evangelho. Ele é simplesmente o melhor
homem que poderia existir. Sinto que é uma honra ser casada com tal homem no templo. Somos felizes,
nos amamos e a vida é boa”.
Não é uma linda carta? É tão simples que um peregrino, mesmo que seja tolo, não poderia deixar
de entendê-la. Irmãos, não percam o controle. A raiva é uma coisa corrosiva que destrói, decepciona,
aniquila a paz e felicidade, e traz tristeza e remorso. Reprimam a raiva. Esposas, apoiem seu marido.
Não se ressintam se ele estiver ocupado na Igreja. Apenas sintam-se felizes por saberem onde ele está, e
dê-lhes seu apoio e ajuda. Eles não são os grandes heróis que algumas de vocês pensam que são. Eles
precisam de um pouco de incentivo de vez em quando, um pouco de gentileza, um pouco de amor, um
pouco de bondade no modo em que vocês o apóiam. (Birmingham England Fireside, August 29, 1995)
Creio que cada criança deveria ter o direito à bênção de nascer em um lar no qual seja bem
recebida e alimentada, amada e abençoada com pais que sejam fiéis um ao outro e aos filhos. (...)
Enfrentem com firmeza as artimanhas do mundo. Os criadores de nossos entretenimentos, que
publicam a maior parte do que lemos hoje, querem fazer com que acreditemos no contrário. A
sabedoria acumulada por séculos declara com clareza e certeza que a maior felicidade, a maior
segurança, a maior paz de consciência e o mais profundo amor só são vivenciados por aqueles que
seguem os padrões comprovadamente testados da virtude antes do casamento e da fidelidade total após
o mesmo. (“Stand Strong against the Wiles of the World,” Ensign, November 1995, p. 99)
Sua esposa é indispensável para o seu progresso eterno. Espero que vocês nunca se esqueçam
disso. Existem poucos homens nessa Igreja, e sinto-me feliz por não serem muitos, mas existem alguns,
que se acham superiores à esposa. Seria bom que eles soubessem que eles não alcançarão o maior grau
de glória no reino celestial sem ter sua esposa ao seu lado em igualdade. Irmãos, elas são filhas de
Deus. Tratem-nas como tal. (Veracruz Mexico Regional Conference, priesthood leadership session,
January 27, 1996)
Nosso casamento foi há cinqüenta e nove anos. Fomos ao Templo de Salt Lake e lá fomos selados
para o tempo e eternidade, e nossa vida tem sido muito boa. Tivemos nossos altos e baixos. Já fomos
mais altos do que somos agora. Já caminhamos um pouco mais rápido. Conseguíamos até mesmo
dançar. Não o fazemos mais. Ela diria a vocês que não dançamos desde o dia em que nos casamos. Mas
tivemos uma boa vida. O clima dos últimos dois dias tem-me feito lembrar disso. Tempestades e logo
depois o brilho do sol, coisas ruins e coisas boas, dias felizes e dias tristes, e a vida tem sido boa,
realmente maravilhosa. (...) Ela é agora avó de vinte e cinco netos e doze bisnetos, e eles a chamam de
“vovó” e a amam. É interessante que quando nossos filhos ligam para casa, nossos filhos adultos, um é
presidente de estaca e o outro um membro do sumo conselho, eles nunca querem falar comigo. Se eu
atendo o telefone, eles dizem: “A mamãe está?” Eles têm dito isso durante toda sua vida e isso é
maravilhoso, realmente maravilhoso. Sou tão grato por essa querida mulher que tem sido minha
companheira, minha namorada, meu amor, a mãe de meus filhos, e a única no mundo que pode me
dizer o que fazer e eu faço. Tem sido assim por muito, muito tempo. Na verdade, ela não hesita em
dizer-me. Se dou somente um passo na trilha errada, ela me traz de volta, e ela tem feito isso durante
muitos, muitos anos. (Smithfield/Logan Utah Regional Conference, April 21, 1996)
Gostaria que vocês pudessem ler algumas das cartas que chegam de mulheres decepcionadas que
choram e lamentam-se por causa de maridos desatenciosos e malvados, e em muitos casos, maridos
perversos. Gostaria de falar a vocês, homens, que o maior patrimônio que jamais possuíram no tempo e
na eternidade é a mulher com quem deram as mãos sobre o altar na casa do Senhor, e na presença de
Deus, anjos e testemunhas, prometendo amor, lealdade e afeição de ambas as partes para o tempo e
toda a eternidade. Todos os outros bens podem desaparecer, e irão desaparecer. Vocês não levarão
cinco centavos para o céu com vocês, nem mesmo cinco centavos. Mas, se forem o homem que devem
ser, vocês a levarão consigo. Talvez seja ao contrário, ela levarará você. Trate sua esposa com respeito
e gentileza. (Pittsburgh Pennsylvania Regional Conference, priesthood leadership session, April 27,
1996)
CASAMENTO ETERNO
Ver também Casamento
A vida é eterna. O Deus dos céus tornou possível o amor eterno e os relacionamentos familiares
eternos.
Deus abençoe nossos jovens para que, ao procurarem se casar, não busquem somente a
recompensa de um companheirismo e relacionamentos familiares frutíferos através de seus dias na
mortalidade, mas um estado ainda mais promissor onde o amor e os caros relacionamentos possam ser
sentidos e conhecidos de acordo com a promessa de Deus. (Be Thou an Example [Salt Lake City:
Deseret Book, 1981], p. 139)
O casamento solenizado nos templos da Igreja é celebrado pela autoridade desse mesmo santo
sacerdócio, não só para esta vida como também para a vindoura.
A separação de entes queridos pela morte sempre traz tristeza. Que esperança teríamos, se não
houvesse uma alternativa para a inexorabilidade de “até que a morte vos separe”, proferido em quase
todas as cerimônias de casamento.
Não precisa ser assim. A razão negaria que o Pai que nos ama a todos destruiria o mais sagrado
dos relacionamentos humanos e proibiria a convivência conjugal daqueles que se amam, honram e
respeitam um ao outro. Mas é preciso haver regras, concordância e obediência. O caminho está
claramente traçado, e isso pelo exercício do santo sacerdócio nos templos sagrados. (“Rejoice in This
Great Era of Temple Building,” Ensign, November 1985, p. 60)
Cumprimento minha amada companheira. Em breve fará 60 anos que saímos do Templo de Salt
Lake como marido e mulher, amando-nos um ao outro. Esse amor fortaleceu-se com o passar dos anos.
Enfrentamos muitos problemas durante os anos em que estamos casados. Seja como for, com as
bênçãos de Deus, sobrevivemos a todos eles.
Tem-se tornado cada vez mais difícil permanecermos firmes e eretos como fazíamos na juventude.
Não importa. Ainda temos um ao outro e ainda estamos de pé, embora um pouco curvados. Quando
chegar a hora de nos separarmos, haverá muita tristeza, mas também o consolo da convicção de que ela
é minha e de que eu sou dela por toda a eternidade. (“Women of the Church,” Ensign, November 1996,
p. 70)
CASTIDADE
Ver também Moralidade; Virtude
As carícias são simplesmente um passo na estrada da transgressão sexual ou imoralidade. Na
verdade, é uma trangressão. É a busca de satisfação física através do envolvimento forçado ou
solicitado pela outra pessoa. De acordo com os padrões da Igreja é profano, iníquo e malígno. (...) As
carícias freqüentemente levam aos tipos mais sérios de imoralidade. (...) Assim tem sido com milhares.
(Youth Fireside Satellite Broadcast, December 5, 1982)
Existe uma filosofia entre um grande número de pessoas que a educação sexual em nossas escolas
é a resposta para terríveis problemas como gravidez na adolescência, abortos e outros assuntos graves.
Não estou disposto a discutir nessa reunião os méritos ou deméritos da educação sexual nas
escolas públicas. Mas, de passagem, estou inclinado a concordar com algo que foi recentemente citado
no jornal USA Today: “Mais educação sexual nas escolas públicas não irá reverter o dano do legado da
revolução sexual, a menos que a mensagem seja claramente castidade antes do casamento e monogamia
no casamento.”
O escritor continua: “Há muitos defeitos nos cursos de educação sexual. A filosofia que se
encontra por trás ridiculariza a castidade, zomba da fidelidade e empresta “glamour” às aventuras
sexuais. Ensinam que não existe tal coisa como certo e errado. (...)
Trinta anos de defesa da liberação sexual fizeram com que as doenças venéreas grassassem de
modo desenfreado, e que surgisse uma incontrolável quantidade de casos de gravidez na adolescência.
(...)
A educação sexual nas escolas públicas tende a desarmar moralmente os alunos em vez de provê-
los com sensibilidade moral para que estejam aptos a fazer escolhas sexuais adequadas. (...)
A educação sexual combate o recato e a moralidade inerentes à vida humana”. (Tottie Ellis,
“Teaching about Sex Endangers Children,” 16 Mar. 1987, p. 12A)
Em todos nós existe esse senso de recato e moralidade a que se refere a autora. Quero dizer aos
rapazes aqui presentes hoje, que o Senhor deixou claro e a experiência de séculos o confirma, que não
se encontra felicidade na imoralidade, mas sim na abstinência. A voz da Igreja a qual pertencem é uma
voz que intercede pela virtude; uma voz que implora pela força de se abster daquilo que é maléfico;
uma voz que declara que a transgressão sexual é pecado. Essa transgressão é contrária à felicidade e
bem-estar dos que a cometem.
Devem reconhecer, precisam reconhecer que tanto a experiência como a divina sabedoria
prescrevem a virtude e pureza moral como o caminho que conduz à força de caráter, paz no coração e
felicidade na vida. (“Reverence and Morality,” Ensign, May 1987, pp. 47–48)
Que os pais ensinem os filhos a santidade do sexo, que o dom da criação da vida é sagrado, que os
impulsos que ardem dentro de nós podem e devem ser disciplinados e controlados para que haja
alegria, paz e bondade. Que seja incutido na mente de cada rapaz o fato proeminente de que cada moça
é uma filha de Nosso Pai Eterno e que ao ofendê-la ele não somente demonstra sua fraqueza mas
também ofende a Deus. Faça-o entender que ser pai de uma criança lhe trará uma responsabilidade que
irá durar enquanto ele viver. (“Saving the Nation by Changing Our Homes,” BYU Management
Society, Washington, D.C., March 5, 1994, p. 9)
Sejam puros. “Sede puros, vós que portais os vasos do Senhor.” (D&C 133:5) Essa é nossa
exortação a vocês, jovens e velhos. Sejam puros. “Que a virtude adorne teus pensamentos
incessantemente.” Essas grandes palavras escritas no frio e no sofrimento da cadeia de Liberty são
como uma grande trombeta que nos chama neste dia onde existe tanta imundície, podridão e lixo sendo
apregoado. (...) Sejam puros em pensamentos, palavras e ações. Então temos a promessa: “Então tua
confiança se fortalecerá na presença de Deus; e a doutrina do sacerdócio destilar-se-á sobre tua alma
como o orvalho do céu. O Espírito Santo será teu companheiro constante, e teu cetro, um cetro imutável
de retidão e verdade; e teu domínio será um domínio eterno e, sem ser compelido, fluirá para ti
eternamente.” (D&C 121:45–46) Eu não conheço outra promessa de tamanha magnitude, beleza e
assombro quanto essa promessa divina.
Muitos anos atrás o Presidente McKay solicitou-me que fizesse uma determinada coisa e eu a fiz
do melhor modo que pude. E quando terminei relatei-lhe o que havia feito. Ele foi muito gentil,
generoso e bondoso nos seus cumprimentos e expressões de gratidão. Quando caminhava do
apartamento dele para o Edifício de Administração da Igreja, disse a mim mesmo: “Que coisa
maravilhosa é ter a confiança do Presidente da Igreja.” Então essas palavras vieram-me à mente: “Então
tua confiança se fortalecerá na presença de Deus.” Que coisa maravilhosa! Estamos, você e eu, vivendo
nossa vida de maneira tal que possamos nos erguer, a qualquer momento, com segurança na presença
de Deus e prestar-Lhe conta de nossa vida, nossas ações e até mesmo nossos pensamentos?
(Smithfield/Logan Utah Regional Conference, April 21, 1996)
Cremos na castidade antes do casamento e fidelidade total após o casamento. Isso resume tudo.
Esse é o caminho da felicidade na vida. Esse é o modo de se ter satisfação. Traz paz ao coração e paz
ao lar. (“‘This Thing Was Not Done in a Corner,’” Ensign, November 1996, p. 49)
CHAMADOS NA IGREJA
Estou confiante de que quando formos prestar contas de nossos labores a Ele que é o nosso
Mestre, não seremos julgados pelo cargo que tivemos, mas sim, pelo bem que fizemos em qualquer
nível de responsabilidade. (General Authority Training Meeting, March 28, 1995)
Essa Igreja não pertence a seu presidente. Seu líder é o Senhor Jesus Cristo, cujo nome cada um de
nós tomou sobre si. Estamos todos juntos neste grande empreendimento. Estamos aqui para ajudar
nosso Pai em Sua obra e Sua glória: “levar a efeito a imortalidade e a vida eterna do homem”. (Moisés
1:39) A obrigação de cada um é tão séria em sua esfera de responsabilidade quanto o é a minha em
minha esfera. Não há chamado nesta Igreja que seja pequeno ou de pouca conseqüência. Todos nós, ao
cumprirmos nossas responsabilidades, tocamos as vidas de outrem. A cada um de nós, em nossas
respectivas responsabilidades, o Senhor disse: “Portanto, sê fiel; ocupa o cargo para o qual te designei;
socorre os fracos, ergue as mãos que pendem e fortalece os joelhos enfraquecidos”. (D&C 81:5)
“Assim agindo, farás o maior dos bens a teus semelhantes e promoverás a glória daquele que é teu
Senhor”. (D&C 81:4) (...)
A oportunidade de sentir satisfação no desempenho de suas tarefas é tão grande quanto a minha. O
progresso dessa obra será determinado por nossos esforços conjuntos. Qualquer que seja o seu
chamado, ele está tão cheio de oportunidades de fazer o bem quanto o meu. O que realmente importa é
que essa é a obra do Mestre. Nossa tarefa é fazer o bem como Ele o fez. (“This is the Work of the
Master,” Ensign, May 1995, p. 71)
Não existe nenhuma tarefa, chamado ou responsabilidade nessa Igreja que seja pequeno ou
inconseqüente. (Heber City/Springville Utah Regional Conference, priesthood leadership session, May
13, 1995)
Cada um presente aqui esta noite tem uma séria responsabilidade com os seus chamados assim
como eu tenho com relação ao meu, pelo crescimento, desenvolvimento e fortalecimento dessa obra
através do mundo. E nenhum de nós pode fazer qualquer coisa desonrosa, quer seja pequena ou média,
sem que afete este trabalho, porque somos parte dele. Nenhum de nós pode fazer alguma coisa altruísta
ou extraordinária sem que fortaleça o trabalho. (Salt Lake East Milcreek Stake Fiftieth Anniversary
Celebration, June 10, 1995)
Quer seja dando uma aula, servindo como mestre familiar, servindo como líder da Igreja,
trabalhando como missionário, servindo no templo ou em qualquer outra coisa, nosso chamado merece
que façamos o melhor. Não existe nenhum chamado que não seja importante nesta Igreja. Todo
chamado é importante. Quando todos cumprem com o seu dever trabalhando juntos, toda a Igreja
progride em ordem e de maneira esplêndida. (Interview with Mike Cannon of Church News, Dublin,
Ireland, September 1, 1995)
CIVILIDADE E CORTESIA
Ver também Tolerância
A caridade também inclui o elemento da civilidade em relação aos outros. Civilidade é a raiz da
palavra civilização. Ela traz consigo a essência da cortesia, polidez e consideração aos outros. Quantos
desses atributos estão perdidos em nossa sociedade contemporânea. Sua falta pode ser notada nos
meios de comunicação com as intermináveis críticas e maledicências de colunistas e comentaristas.
Falta de civilidade é quase sempre a causa de morte e ferimentos nas estradas. É o sorriso de arrogância
tido por muitos que se consideram superiores em intelecto, riquezas e posição na vida. Ó, como
precisamos cultivar mais civilidade em nossa sociedade. (“Codes and Covenants,” BYU 1994–95
Devotional and Fireside Speeches, Ocotober 18, 1994, p. 38)
A civilidade abrange muitos assuntos no relacionamento entre seres humanos. Sua presença é
descrita em termos como “boas maneiras” e “boa criação”. Porém, em todos os lugares vemos o oposto.
(...)
O crime é essecialmente a ausência da civilidade. Num estudo patrocinado pelo Instituto Nacional
de Justiça, a pesquisa do Departamento de Justiça conclui que o crime custa aos americanos pelo menos
450 bilhões de dólares ao ano. Alguns questionam a metodologia do estudo, mas certamente ninguém
pode questionar a gravidade do problema. Um artigo sobre esse assunto indica que outros 40 bilhões de
dólares poderiam ser adicionados, somando o custo total do crime quase 500 bilhões de dólares.
Ninguém consegue compreender uma configuração deste porte. Mas é interessante notar que o
orçamento do Departamento de Defesa para o ano passado foi 252 bilhões de dólares, e isso significa
que o custo do crime é essencialmente duas vezes o que se gasta para defender esta nação e dar
assistência militar a outras nações.
É aterrorizante. É alarmante. E no final, o custo poderá ser atribuído quase que inteiramente à
cobiça humana, à paixão incontrolável, com total menosprezo pelo direito dos outros; em outras
palavras, à falta de civilidade. Como disse um escritor: “As pessoas devem pensar numa comunidade
civilizada como aquela em que predomina uma cultura refinada. Não necessariamente; acima de tudo, é
aquela em que as pessoas subjugam seus instintos egoístas em favor do bem-estar comum”. (Royal
Bank Letter, May-June 1995). Ele continua: Nós últimos anos a imprensa tem elevado a incivilidade a
uma arte. Os impiedosos heróis de hoje emitem humilhações gratuitas a fim de ridicularizar e depreciar
qualquer pessoa que cruze seu caminho. Os maus-modos, aparentemente, é artigo que vende. As
comédias de televisão estão cheias de vulgaridade, os comediantes baseiam seus programas em insultos
à audiência e os apresentadores de programas de entrevistas tornam-se ricos e famosos ao tratarem mal
aqueles que lhes telefonam e fazerem perguntas inoportunas aos convidados”. (Ibid.)
Tudo isso nos indica qualquer coisa menos refinamento, cortesia e civilidade. Em vez disso,
mostra-nos descortesia e grosseria, e uma total insensibilidade aos sentimentos e direitos dos outros.
(...)
Disse o Salvador à multidão: “Vós sois o sal da Terra; e se o sal for insípido, com que se há de
salgar? Para nada mais presta se não para se lançar fora, e ser pisado pelos homens”. (Mateus 5:13)
Civilidade, eu creio, é o que dá sabor a nossa vida. É o sal que fala do bom gosto, das boas
maneiras e da boa educação. (“Our Fading Civility,” BYU Commencement Address, April 25, 1996)
É impressionante ver o que faz um pouco de cortesia. É trágico ver o que a falta de cortesia pode
provocar. Vemos isso todos os dias, ao enfrentar o trânsito da cidade em que moramos. O instante em
que permitimos que alguém passe a nossa frente faz bem tanto para a pessoa que recebe a cortesia
quanto para a que faz a gentileza. Algo acontece dentro de nós quando somos gentis e prestativos. Tudo
isso faz parte de um processo de refinamento que, se for constante, irá transformar nossa própria
natureza.
Por outro lado, ficar com raiva, xingar e fazer gestos obscenos por causa de um pequeno problema
de trânsito degrada tanto o ofensor como o ofendido. Praticar o tipo de autodisciplina que controla o
temperamento de uma pessoa nas pequenas coisas que acontecem quase todos os dias é uma
demonstração de pureza emocional. (“‘Be Ye Clean,’” Ensign, May 1996, p. 49)
COBIÇA
Gostaria de alertá-los a serem cuidadosos ao medirem o sucesso. Basta ler os jornais diários para
se saber de casos após casos da “Geração Yuppie” em que os desejos de cobiça os levaram a se
envolver com problemas e a decair enormemente. Alguns daqueles que tinham os carros mais caros e
possuíam as casas mais requintadas estão agora definhando na prisão. Eles eram, sem dúvida, homens
de tremenda capacidade e habilidade. Eles tinham boas idéias, mas seu próprio brilho os levou à ruína.
(...)
Durante os últimos anos, nossos jornais locais têm publicado história após história de homens
capacitados que iniciaram seu trabalho com honestidade e integridade. Eles viviam em razoável
conforto, mas não estavam satisfeitos. Em sua ganância de expandir seu próprio reino, induziram outros
a investirem com eles. E os investidores, em muitos casos, não deixavam de ser também gananciosos.
Eles ouviram histórias de grandes lucros com pequenos esforços. Como um cachorro perseguindo o seu
próprio rabo, o impulso do empreendimento aumentou até o dia em que houve um colapso. (...)
Em uma de suas grandiosas cartas a Timóteo, Paulo escreveu: “Porque o amor ao dinheiro é a raiz
de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se transpassaram a si mesmos
com muitas dores”. (I Timóteo 6:10) Você não precisa ir muito longe para comprovar a verdade dessa
grande advertência. (...)
Estou pensando em um amigo. Ele era, e ainda penso que seja, um bom homem. Ele tinha uma boa
casa e uma boa família, e recursos em abundância para suas necessidades e de sua família. Mas ele
tornou-se cobiçoso, ansiando por riquezas ainda maiores. Acho também que ele era sincero em seu
desejo de ajudar os amigos a ganharem mais. Uma coisa levou à outra, até que ocorreu uma queda na
economia, e ele se encontrava numa armadilha da qual ele não podia se livrar. Aqueles que queriam
que ele os fizesse ricos, e que inicialmente professaram amor e admiração por sua perspicácia,
tornaram-se violentos e odiosos acusadores. Não acho que foi o dinheiro por si só que os destruiu. Eles
poderiam viver sem ele. Foi o amor pelo dinheiro que os dominou e os impulsionou até que se
encontrassem em dificuldades e fracassassem. (University of Utah Institute of Religion Fireside, May
21, 1989)
Desejo que cada um de vocês possa ter algumas das boas coisas da vida, mas espero que seu
desejo não advenha da cobiça, que é uma doença maligna que consome as pessoas. (University of Utah
Institute of Religion Fireside, May 21, 1989)
Não deixe o egoísmo corroer seu relacionamento. Não deixe a ganância estragar sua felicidade.
Não deixe que a cobiça, por aquilo que você não precisa e não pode conseguir com honestidade e
integridade, o leve à ruína e ao desespero. (University of Utah Institute of Religion Fireside, May 21,
1989)
É óbvio que precisamos ganhar dinheiro para nos manter. O Senhor disse a Adão que do suor de
seu rosto ele comeria o pão todos os dias de sua vida. É importante que nos qualifiquemos para sermos
auto-suficientes, particularmente que cada homem na época do casamento esteja pronto e capaz de
assumir as responsabilidades de prover para sua companheira e para os filhos que virão àquele lar. (...)
Isso é importante. Isso é benéfico, é certo e adequado.
Naturalmente, nenhum de nós jamais tem o suficiente. Pelo menos é o que pensamos. Não
importam nossa situação, nós queremos melhorá-la. Isto também é bom, se não for levado aos
extremos. Tenho certeza que nosso Pai não deseja que Seus filhos caminhem na pobreza. Ele quer o
melhor para eles. Ele quer que eles tenham conforto e algumas das coisas boas da Terra. (...)
É quando a cobiça toma conta, quando cobiçamos aquilo que os outros têm, é que começam as
nossas aflições, e essa aflição pode ser muito dolorosa e sofrida. (University of Utah Institute of
Religion Fireside, May 21, 1989)
Cada um de vocês quer ser bem sucedido.
Ser bem sucedido em quê? Ter sucesso em ganhar dinheiro, sucesso no casamento, sucesso à sua
própria vista e aos olhos dos amigos. Desejo a cada um de vocês grande sucesso. Mas gostaria de
admoestá-los contra uma armadilha que pode destruí-los em sua ânsia na busca do sucesso.
A armadilha é a cobiça, a cobiça humana. É essa remota, sinistra influência maligna que diz: “O
que tenho não é suficiente. Preciso ter mais”.
Quando o dedo do Senhor escreveu os Dez Mandamentos nas tábuas de pedra, Ele nos deu o
décimo e último mandamento: “Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu
próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do
teu próximo”. (Êxodo 20:17)
Houve muitas mudanças neste mundo desde aquela época, mas a natureza humana não mudou.
Quando li pela primeira vez a palavra “Yuppie”, não sabia o que ela significava. Aprendi então, que se
refere a uma geração de jovens, a maioria rapazes, e muito instruídos, que cuidadosamente planejaram
e deram início a um curso para ficarem ricos enquanto jovens, para ter carros luxuosos, vestir as
melhores roupas, ter um apartamento em Nova York e uma casa no campo; tudo isso, e mais. Essa era a
meta final para se viver, e para alguns os meios para se chegar lá não eram importantes em termos de
ética e moralidade. Eles cobiçaram aquilo que outros tinham, e o egoísmo e até mesmo a ganância
faziam parte do processo de adquirir o que desejavam.
Sei que cada um (...) quer ser bem sucedido, e desejo que cada um de vocês tenha êxito. Mas
quero preveni-los para que sejam cuidadosos com o que consideram como sucesso. (University of Utah
Institute of Religion Fireside, May 21, 1989)
Que figura melancólica é tão freqüentemente pintada de homens gananciosos, que violaram todos
os princípios de honestidade para obterem um pouco mais quando já possuíam mais do que sabiam
usar. Essa é a figura de inúmeras organizações de instituições de poupanças falidas, que teve como
causa de sua queda homens egoístas, que causaram perdas a milhares e aumentaram a carga de cada
contribuinte da nação. Isso é um exemplo do que acontece quando as pessoas não tomam partido e
falam contra práticas totalmente desonestas que levam somente ao sofrimento e arrependimento.
(“Stand Up for Truth,” BYU Devotional Address, September 17, 1996)
COLIGAÇÃO DE ISRAEL
Ver Obra Missionária
COMPROMISSO E CONVICÇÃO
Aqui se encontra a grande força deste reino. É a convicção sólida, real e pessoal que é encontrada
no coração de milhões de santos dos últimos dias que vivem em muitas terras e que falam uma
variedade de línguas. Cada um é parte de uma grande sociedade de fiéis. (“Special Witnesses for
Christ,” Ensign, May 1984, p. 51)
Recebi uma carta de um amigo que vive no leste do país, na qual me relatou a conversa que tivera
com outro membro da Igreja. Ele perguntara a essa pessoa se ela se sentia próxima do Pai Celestial.
Respondeu que não. Por que não? Ela disse: “Sinceramente, por que não quero.” Depois continuou: “Se
eu estivesse perto do Pai Celestial, provavelmente ele exigiria algum compromisso de minha parte, e
não estou preparado para isso.”
Pensem nisso; um homem que tomou sobre si o nome do Senhor no batismo; um homem que
renovou seus convênios com o Senhor nas reuniões sacramentais; um homem que aceitou o sacerdócio
de Deus, e ainda assim, diz que se estivesse próximo do Pai Celestial um compromisso poderia ser
esperado dele e não estava pronto para tal.
Neste trabalho é preciso haver compromisso. É preciso haver devoção. Estamos empenhados
numa grande luta eterna, que concerne a todas as almas dos filhos e filhas de Deus. Não estamos
perdendo. Estamos vencendo. Continuaremos a vencer, se formos fiéis e leais. Podemos fazê-lo.
Precisamos fazê-lo. Nós o faremos. Não há nada que o Senhor nos tenha pedido, que, com fé, não
possamos realizar. (“The War We Are Winning,” Ensign, November 1986, p. 44)
Em agosto de 1852, (...) realizou-se uma conferência especial no antigo tabernáculo erguido nesta
praça. O Presidente Heber C. Kimball deu início dizendo:
“Reunimo-nos aqui hoje, como combinado previamente, para uma conferência especial a fim de
tratar de negócios, um mês antes da época usual, visto que há élderes a serem chamados para saírem em
missão pela Terra, e eles querem partir mais cedo do que de costume. (...)
As missões que designaremos durante esta conferência não serão, em geral, muito longas;
provavelmente de três a sete anos será o máximo que qualquer homem ficará longe de sua família”.
O secretário leu então noventa e oito nomes de pessoas propostas para missão no exterior. (Joseph
I. Earl Family History, p. 1)
A mim me parece admirável que numa época em que nosso povo lutava para estabelecer-se nessas
montanhas, dessem à divulgação do evangelho precedência sobre o conforto, segurança, bem-estar da
família e outras considerações. Pelas pradarias entre as montanhas do oeste e o rios Mississippi e
Missouri, moviam-se duas correntes de santos dos últimos dias em direções opostas. Missionários em
trânsito para os estados do leste e Europa cruzavam com conversos que se dirigiam dessas terras para a
Sião do oeste. (“An Ensign to the Nations,” Ensign, November 1989, p. 53)
Seja forte — ao defender o que é correto. Vivemos numa época de concessões e aquiescências
mútuas. Nas situações com que nos deparamos diariamente, sabemos o que é certo, mas sob a pressão
de colegas e vozes enganadoras dos que tentam nos persuadir, capitulamos. Comprometemo-nos.
Consentimos. Cedemos e nos envergonhamos de nós mesmos. (...) Precisamos cultivar a força para
seguir nossas convicções. (“Building Your Tabernacle,” Ensign, November 1992, p. 52)
É chegado o tempo de tomarmos mais consciência, vermos mais além e ampliarmos nossa visão
para melhor compreender e entender a grandiosa missão da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias em relação ao milênio. É hora de sermos fortes. É hora de prosseguirmos sem hesitar,
conhecendo bem o significado, amplitude e a importância de nossa missão. É hora de fazermos o que é
certo, a despeito das conseqüências. É hora de guardarmos os mandamentos. É hora de demonstrarmos
delicadeza e amor por aqueles que sofrem e que vagam na dor e escuridão. É o momento de termos
consideração, bondade, honestidade e cortesia uns para com os outros em todos os tipos de
relacionamento. Em outras palavras, de nos tornarmos mais semelhantes a Cristo.
Nada temos a temer. Deus está no comando. Para o bem de seu trabalho, Ele reinará supremo. (...)
A pequena pedra que foi cortada do monte sem auxílio de mãos, na visão de Daniel, está rolando
para encher toda a Terra. (Ver Daniel 2:44–45) Não há força abaixo dos céus capaz de detê-la se
andarmos em retidão e formos fiéis e verdadeiros. O próprio Todo-Poderoso está na dianteira. (“This Is
the Work of the Master,” Ensign, May 1995, p. 71)
Os ensinamentos de Alma incluem essas palavras: “(...) se despertardes e exercitardes vossas
faculdades, pondo à prova minhas palavras, e exercerdes uma partícula de fé (...)”. [Alma 32:27]
(...) Muitos mais entre nós precisamos despertar e exercitar nossas faculdades e conscientizar-nos
das grandes e eternas verdades do evangelho de Jesus Cristo. Cada um de nós pode sair-se um pouco
melhor do que no momento. Podemos ser um pouco mais bondosos e gentis. Podemos ser um pouco
mais misericordiosos. Podemos perdoar mais. Podemos deixar de lado as fraquezas do passado e seguir
adiante com energia renovada e mais disposição de melhorar o mundo a nossa volta, em nossos lares,
em nossos locais de trabalho, em nossas atividades sociais.
Temos uma obra a realizar e temos muito trabalho. Arregacemos as mangas e coloquemos mãos à
obra, com compromisso renovado, depositando nossa confiança no Senhor.(...)
A Igreja necessita de sua força. Ela necessita de seu amor, lealdade e devoção. Ela necessita de um
pouco mais de seu tempo e energia. (...)
Não peço a ninguém que o faça às custas da família. O Senhor irá responsabilizá-los por seus
filhos. Sugiro, isso sim, que passemos menos tempo ociosos. (“We Have a Work To Do,” Ensign, May
1995, p. 88)
Alguns têm a tendência de se tornarem indiferentes. Outros se desviam, buscando os atrativos do
mundo, abandonando a causa do Senhor. Vejo outros que consideram certo baixar seus padrões, talvez
em pequenas doses. Ao fazê-lo, perdem o entusiasmo por essa obra. Pensam, por exemplo, que o fato
de não guardarem o dia do Senhor é algo sem importância. Não comparecem às reuniões. Tornam-se
críticos. Falam mal dos outros. Em pouco tempo, afastam-se da Igreja.
O Profeta Joseph declarou uma vez: “Onde há dúvidas, a fé não tem poder.” (Lectures on Faith,
Salt Lake City: Deseret Book Co., 1985, p. 46)
Convido os que se afastaram a retornarem ao firme ancoradouro que é a Igreja. Essa é a obra do
Todo-Poderoso. Depende de nós, como indivíduos, prosseguirmos. A Igreja, porém, jamais deixará de
ir em frente. (“Stay the Course — Keep the Faith, “Ensign, November 1995, p. 72)
Emociono-me pela confiança e pelos gestos de amor expressos pelo povo desta Igreja. Agradeço a
vocês que estão tentando fazer o que é certo, que pagam seus dízimos, que vivem a Palavra de
Sabedoria, que cumprem o seu dever ao ensinar, presidir e fazer as pequenas e grandes coisas que
fazem o reino de Deus avançar. Vocês homens e mulheres, vocês meninos e meninas, dobrem seus
joelhos e orem. Isso não acontece hoje com a freqüência que costumava acontecer neste país. Não há
um homem ou mulher neste grande recinto hoje que não ore. Que coisa notável e magnífica! Que
grande poder sustentador tem no mundo aquele que reconhece que Deus está nos céus e tudo está bem
com um mundo que busca ao Senhor em humildade pedindo-lhe, em nome de Seu Filho Amado, que
derrame Suas bênçãos não somente sobre ela ou ele, mas também sobre os outros. Uma vez ouvi o
Presidente Lee falar na Europa que “nós dessa Igreja relativamente pequena poderíamos tornar-nos os
poucos que salvariam o mundo da destruição, como ocorreu quando Abraão negociou com o Senhor
com relação às cidades das planícies.” Nossa responsabilidade é imensa, e grande e maravilhosa é a
nossa oportunidade como filhos e filhas de Deus. Cada um de nós é um filho de Deus. Nunca nos
esqueçamos que somos filhos de Deus em todos os momentos, em todas as circunstâncias, em todas as
condições e ambientes que possamos encontrar-nos, e que nunca haverá tempo, época ou circunstância
em que possamos rebaixar nossos padrões. (Smithfield/Logan Utah Regional Conference, April 21,
1996)
Deus abençoe vocês, meus companheiros neste grande trabalho. Estamos todos juntos nessa obra.
Nenhum de nós pode errar sem que, de algum modo, humilhe toda a Igreja. Nenhum de nós pode fazer
o bem sem que, de algum modo, elevemos toda a Igreja. Vocês são importantes. Cada um é importante.
Somos todos parte disso. Podemos melhorar. Oro para que trabalhemos mais, com um pouco mais de
devoção, um pouco mais de amor, um pouco mais de oração e mais entusiasmo. Esta é a obra do
Senhor. Esta não é minha Igreja, é a Igreja do Senhor. Ele a dirige. Estamos aqui meramente para fazer
o que Ele solicitar, para dar ouvidos à Sua voz, e tentar fazer o melhor que pudermos. (Pittsburgh
Pennsylvania Regional Conference, priesthood leadership session, April 27, 1996)
O teste de nossas convicções com relação a este trabalho está no nosso modo de viver. Reunimo-
nos como Igreja para fortalecermos uns aos outros, para edificarmos uns aos outros, e para que cresça a
nossa resolução de vivermos como devem viver os filhos e filhas de Deus. Quando olho em seu rosto,
vejo força. Vejo amor pelo Senhor. Vejo desejo de viver o evangelho. Mas não atingimos a perfeição.
Individualmente estamos muitos distantes dela. Ainda temos muito a ser feito. Trabalhemos nisso em
todos os momentos e em todas as circunstâncias. Sejamos fiéis. Nunca nos esqueçamos de quem
somos. (Copenhagen Denmark Fireside, June 14, 1996)
Deixe que cada homem, mulher e criança faça o trabalho do Senhor melhor, com mais vigor e com
mais empenho do que jamais foi feito. É a qualidade de nossa vida que faz a diferença. É a nossa
resolução de viver o evangelho de Jesus Cristo que faz a diferença. Este é um tema individual. Se todos
oramos, a Igreja se fortalece muito mais. E assim acontece com cada princípio do evangelho. Sejamos
parte dessa grande causa que avança e cresce sobre toda a Terra. É imperativo que assim o façamos. A
convicção pessoal que habita no coração de cada um de nós é a verdadeira força da Igreja. Sem ela,
temos muito pouco; com ela, temos tudo. (Jacksonville Florida West Conference, January 19, 1997)
Sinto que devo dizer: Melhorem! Podemos nos sair melhor do que nos estamos saindo. Temos que
nos sair melhor do que nos estamos saindo. O mundo aproxima-se cada vez mais de nós. Utah foi
descoberto. As pessoas estão-se mudando de todo o país e vindo morar [em Utah], e devemos nos
posicionar e sermos verdadeiros santos dos últimos dias. Não há lugar para aqueles que ficam em cima
do muro. “Quem segue ao Senhor? Hoje podemos ver; Clamemos sem temor: Quem segue ao Senhor?”
(Hinos, nº 150) (Brigham City Utah Regional Conference, February 23, 1997)
CONFERÊNCIA GERAL
É bem provável que não nos lembremos de muitas palavras que foram ditas no decorrer das
reuniões desta conferência. Mas espero que sejamos capazes de manter o espírito, levando conosco uma
sensação edificante de havermos juntos participado dela. Foram dias gloriosos. O Espírito do Senhor
esteve conosco. Temos todos os motivos para nos sentirmos gratos. Tanto o nosso testemunho como a
nossa fé foram fortalecidos.
Ouvimos conselhos sábios daqueles que nos dirigiram a palavra. Assim, espero que as leiamos
quando esses discursos forem publicados, e saboreemos novamente, para o nosso benefício, aquilo que
foi dito. (“Let Us Go Forward!” Ensign, November 1983, p. 74)
Essas conferências gerais a cada seis meses são ocasiões para crescer na fé e no amor pelo Senhor
e Sua obra eterna. (“A Prophet’s Testimony,’” Ensign, May 1993, p. 93)
Meus irmãos e irmãs, é maravilhoso termos a oportunidade de nos reunirmos a cada seis meses
nessas grandiosas conferências mundiais. Reunimo-nos, pessoas de todo o mundo, para prestar
testemunho uns aos outros, para receber instruções, para nos associarmos como irmãos e irmãs.
Partilhamos dessa integração, tão agradável, parte tão importante da cultura desta grande organização.
(“As We Gather Together,” Ensign, November 1995, p. 4)
CONHECIMENTO
Ver também Educação
Há (...) uma incumbência posta sobre vocês que são membros de A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias: a responsabilidade de observar o mandamento de continuar a estudar e
aprender. Disse o Senhor: “Sim nos melhores livros buscai palavras de sabedoria; procurai
conhecimento, sim, pelo estudo e também pela fé”. (D&C 88:118)
Ele deixa claro mais adiante que a nossa busca pela verdade deve ser abrangente, que
necessitamos aprender: “tanto as coisas do céu como da Terra e de debaixo da Terra; coisas que foram,
coisas que são, coisas que logo hão de suceder; coisas que estão em casa, coisas que estão no
estrangeiro; as guerras e complexidades das nações e os julgamentos que estão sobre a terra; e também
um conhecimento de países e reinos”. (D&C 88:79)
Que responsabilidade nos foi dada de crescer constantemente no caminho da eternidade (...)
Devemos ser incansáveis na busca da verdade. Essa verdade deve incluir a verdade espiritual e religiosa
como também a secular.. Joseph F. Smith (...) declarou: “Acreditamos em toda a verdade, não importa a
que assunto ela se refira. Nenhuma seita ou denominação religiosa no mundo possui um único princípio
da verdade que nós não aceitemos ou que rejeitaremos. Estamos dispostos a receber toda a verdade. De
qualquer fonte que seja: pois a verdade perdurará, a verdade permanecerá. Não há fé, não há religião,
nenhuma religião em todo o mundo que possa jamais se erguer acima da verdade”. (Quoted from
Gospel Doctrine Priesthood Course of Study, 1971, vol. 1, pp. 11–12) (“The Continuing Pursuit of
Truth, “ BYU-Hawaii Commencement Address, June 18, 1983)
Um estudioso recentemente afirmou ser a Igreja inimiga do intelectualismo. Se intelectualismo
para ele é o ramo da filosofia que ensina “a doutrina de que o conhecimento é puramente ou
principalmente derivado da pura razão” e que “a razão é o principio final da realidade”, então, sim,
somos contra a uma interpretação tão restrita no que tange à religião.” (Definições do Random House
Dictionary of the English Language, p. 738) Tal interpretação exclui o poder do Espírito Santo em falar
para e por intermédio do homem. Naturalmente acreditamos no desenvolvimento da mente. A ênfase
dessa universidade em ensinar os cursos seculares que aqui são oferecidos é evidência total de nosso
empenho em refinar a mente, mas o intelecto não é a única fonte de conhecimento. (“The Continuing
Pursuit of Truth,” BYU-Hawaii Commencement Address, June 18, 1983)
Nenhum de nós pode pensar que já aprendeu o suficiente. Quando uma porta se fecha numa fase
da vida, ela se abre na outra, onde devemos continuar a buscar conhecimento. Nossa busca pela
verdade deve ser incessante. (...) Ao prosseguirmos na vida em busca da verdade, procuremos o que é
bom, bonito e positivo. (“The Continuing Pursuit of Truth,” BYU-Hawaii Commencement Address,
June 18, 1983)
Somos constantemente lembrados que há razão para alarme em nossa nação. É horrível ler, por
exemplo, que o analfabetismo está aumentando. As firmas que empregam grande número de
trabalhadores estão alarmadas com as qualificações de alguns dos que eles empregam. O Comitê de
Conferências recentemente fez um levantamento de 163 grandes companhias numa variedade de
indústrias. E agora cito o que foi descoberto: “Aproximadamente 20 por cento das firmas alegam
estarem tendo problemas para encontrar trabalhadores que saibam ler o suficiente para preencherem
níveis mais baixos. Quase 50 por cento dizem que entre 15 por cento e 35 por cento dos empregados
atualmente não são capazes de lidar com tarefas mais complexas, e 10 por cento dizem que cerca da
metade de seus trabalhadores atuais não têm as habilidades necessárias para promoção. (...)
Aproximadamente um quarto dos atuais estudantes que ingressam no segundo grau não irão se formar,
e aqueles que o fazem serão menos instruídos do que os que o concluíram na década passada”.
Essa avaliação vem de um artigo recente do Wall Street Journal. (9 October 1990, p. A2) (...) Uma
das razões para essas condições está na maneira em que muitos despendem a maior parte de seu tempo.
Lamento a terrível perda de recursos intelectuais de tantas pessoas desta nação que devotam horas
sem fim assistindo bobagens na televisão. Que coisa maravilhosa é, de outro modo, ser encontrado
submerso (...) no mundo dos livros onde se pode caminhar com os grandes pensadores de todos os
tempos. Novamente, no Wall Street Journal havia uma coluna escrita pelo antigo redator do Chicago
Tribune. Ele escreveu sobre certos aspectos da televisão e então perguntou:
“Qual é o mistério (...) acerca de uma sociedade que tem os modos de uma banda de rock, os
princípios morais de uma novela, a capacidade de decisão dos Simpsons e deseja financiar o governo
com Visa e American Express? Por que deveríamos estar surpresos que nossa cultura básica seja
dominada pela televisão comercial, com sua constante preocupação com os níveis de audiência, com
oferecer ao público o que ele deseja, com sua abordagem superficial do mundo? (Jim Squires,
“Television’s Civil War,” Wall Street Journal, 8 October 1990, p. A10)
Este velho mundo precisa ser posto em ordem. Necessita de liderança. (...) Georg Wilhelm
Friedrich Hegel uma vez fez uma declaração em que dizia que os que não lêem a respeito da história
acabarão por repeti-la. (“Out of Your Experience Here,” BYU 1990–91 Devotional Fireside Speeches,
October 16, 1990, p. 28)
Afinal, somos todos estudantes. Se vier o dia em que pararmos de aprender, estejam atentos.
Iremos apenas nos atrofiar e morrer. Todos podemos aprender e aprender bem. (Oahu Hawaii Regional
Conference, February 18, 1996)
Há um grande potencial dentro de cada um de nós para que prossigamos aprendendo. Não importa
a nossa idade, a menos que haja doenças sérias, podemos ler, estudar e nos saciar com os escritos de
homens e mulheres de valor. O Dr. Joshua Liebman uma vez comentou:
“Uma grande coisa é que enquanto vivermos teremos o privilégio de crescer. Podemos aprender
novas habilidades, envolver-nos em novos tipos de trabalho, devotar-nos a novas causas, fazer amigos.
Aceitando então a verdade de que somos capazes para algumas coisas e limitados para outras, que os
gênios são raros, que a mediocridade é a porção da maioria de nós, lembremo-nos que podemos e
devemos mudar a nós mesmos. Podemos crescer até o dia de nossa morte. Podemos fazer sempre novas
descobertas em nosso processo de desenvolvimento”. (Getting the Most Out of Life, p. 120)
Nós, membros dessa Igreja, recebemos uma maravilhosa promessa feita pelo próprio Senhor. Ele
disse: “Aquilo que é de Deus é luz; e aquele que recebe luz e persevera em Deus recebe mais luz; e essa
luz se torna mais e mais brilhante, até o dia perfeito”. (D&C 50:24)
É magnífica essa afirmação. É um dos meus versículos favoritos das escrituras. Ele fala de
crescimento, desenvolvimento, de um caminho que nos leva em direção à Divindade. Ele segue de mão
em mão com essas grandes declarações: “A glória de Deus é inteligência ou, em outras palavras, luz e
verdade” (D&C 93:36); “E se nesta vida uma pessoa, por sua diligência e obediência, adquirir mais
conhecimento e inteligência do que outra, ela terá tanto mais vantagem no mundo futuro” (D&C
130:19); e, “qualquer princípio de inteligência que alcançarmos nesta vida, surgirá conosco na
ressurreição”. (D&C 130:18)
Que grande desafio é encontrado nessas maravilhosas afirmações. Devemos estar sempre
progredindo. Precisamos aprender continuamente. É um mandamento divino que devemos aumentar
nosso conhecimento.
Temos acesso às aulas do instituto, a cursos de extensão, a semanas educacionais, e muitas outras
oportunidades. Ao estudarmos e igualarmos nossa mente à de outras pessoas, descobriremos que dentro
de nós há um imenso reservatório de capacidade. (Salt Lake Valley Single Adult Fireside, September
22, 1996)
CONSAGRAÇÃO
Ver também Sacrifício
Estou segurando em minhas mãos uma “moeda da viúva”. Foi-me dada em Jerusalém muitos anos
atrás e disseram-me que é genuína. (...) Guardo-a em meu escritório como uma constante lembrança da
terrível responsabilidade de se gastar o que é consagrado pelos membros da Igreja. A maior parte dos
fiéis santos dos últimos dias que pagam seu dízimo são homens e mulheres de modestos recursos. Eles
não somente pagam o dízimo, mas também contribuem de outras maneiras para o fortalecimento dessa
obra.
Há algum tempo atrás, uma senhora idosa e encurvada veio ao meu escritório. Vou chamá-la de
Mary Olsen, apesar deste não ser seu nome, pois ela não gostaria de ter sua identidade divulgada. Ela
disse ter acabado de chegar do templo. Tirou da bolsa o talão de cheques. Contou-me que está viúva há
muitos anos e que sua vida não tem sido fácil. Ela amava muito ao Senhor e a Igreja e fielmente pagou
o dízimo durante toda a vida. Sentia que não viveria muito mais tempo e que deveria ajudar mais do
que já havia feito. Com as mãos tremendo devido à idade assinou um cheque de 5.000 dólares. Ela o
entregou a mim. Notei o endereço onde morava, numa vizinhança pobre. Confesso que quando olhei
para aquele cheque lágrimas vieram-me aos olhos. Já tive cheques muito maiores em minhas mãos, mas
quando o dessa senhora viúva me foi entregue, fui dominado pela sua fé e seriedade ao me confiar sua
sagrada contribuição. (“The Widow’s Mite,” BYU 1985–86 Devotional and Fireside Speeches,
September 17, 1985, p. 10)
CONTROLE DE NATALIDADE
Muito tem-se falado (...) sobre o controle de natalidade. Gosto de pensar no lado positivo da
equação, do significado e santidade da vida, do propósito deste estado em nossa jornada eterna, da
necessidade de experiências na vida mortal sob o grande plano de Deus nosso Pai, da alegria que
encontramos em lares onde existem crianças e das bênçãos advindas de uma boa posteridade. Quando
penso nesses valores e os vejo ensinados e considerados, então sinto-me inclinado a deixar a questão de
números para o homem e a mulher e o Senhor. (“If I Were You, What Would I do?” BYU 1983–84
Fireside and Devotional Speeches, September 20, 1983, p. 11)
CONVÊNIOS
Ver Batismo; Povo do Convênio; Sacramento; Templo
CONVERSÃO
Ver também Trabalho Missionário de Tempo Integral
A disciplina sem nenhum outro propósito que a própria disciplina é repressiva.
Não está de acordo com o espírito do evangelho de Jesus Cristo. Ela é freqüentemente obedecida
por temor e seus resultados são negativos.
No entanto, quando é positiva e advém da convicção pessoal ela edifica e fortalece de maneira
maravilhosa. Em termos de religião, quando um homem é motivado por uma grande e vigorosa
convicção da verdade, ele disciplina-se a si mesmo. Ele não o faz devido a exigências que lhe sejam
feitas pela Igreja, mas devido ao conhecimento, em seu coração, de que Deus vive; de que ele é um
filho de Deus com um potencial eterno e ilimitado; de que há alegria em servir e satisfação em trabalhar
por uma grande causa. (Be Thou an Example [Salt Lake City: Deseret Book, 1981], p. 5)
Um converso é um homem, uma mulher, ou uma criança. Um converso é um espírito vivo cuja
vida recebeu novo conhecimento, luz e entendimento.
Os conversos são aqueles que foram ensinados e aceitaram o evangelho restaurado de Jesus Cristo.
São aqueles que têm uma nova fé no coração e um novo entendimento em sua mente. São aqueles que
desejam viver padrões mais elevados de comportamento. São os que compartilham de uma nova
felicidade e um enorme círculo de amigos. São os que tiveram sua visão ampliada e um entendimento
maior dos propósitos de Deus. (“‘The Field Is White Already to Harvest,’” Ensign, December 1986, pp.
3–4)
Conheci um oficial da marinha de uma nação distante, um jovem brilhante que fora trazido aos
Estados Unidos para treinamento adiantado. A maneira de ser de alguns de seus colegas da Marinha
dos Estados Unidos o havia impressionado, e a pedido seu falaram-lhe de suas crenças religiosas. Ele
não era cristão, mas estava interessado. Falaram-lhe a respeito do Salvador do mundo, Jesus Cristo,
nascido em Belém, que deu a vida pela humanidade. Contaram-lhe da visita de Deus, o Pai Eterno, e do
Senhor ressurreto ao menino Joseph Smith. Falaram-lhe dos profetas modernos. Ensinaram-lhe o
evangelho do Mestre. O Espírito tocou-lhe o coração, e ele foi batizado.
Ele foi-me apresentado pouco antes de retornar à sua terra natal. Conversamos sobre essas coisas,
e então eu disse: “Seu povo não é cristão. O que acontecerá quando voltar para casa cristão,
especialmente um cristão mórmon?”.
Seu semblante entristeceu-se e ele respondeu: “Minha família ficará decepcionada. Eles poderão
rejeitar-me e considerar-me morto. Quanto ao meu futuro e a minha carreira, todas as portas poderão
estar fechadas”.
Perguntei-lhe: “Está disposto a pagar um preço tão alto pelo evangelho?”
Os olhos escuros, marejados de lágrimas, brilharam no belo rosto moreno ao responder: “É
verdadeiro, não é?”
Envergonhado por ter feito a pergunta, respondi: “Sim, é verdadeiro”.
A isso ele replicou: “Então, o que mais importa?”
Gostaria de deixar com vocês as mesmas perguntas: “É verdadeiro, não é? Então, o que mais
importa?” (“‘It’s True, Isn’t It?’” Ensign, July 1993, p. 2)
Alguns indivíduos somente foram batizados, não foram integrados e em dois ou três meses eles se
despedem. É tão importante, meus irmãos e irmãs, providenciar para que eles sejam convertidos e
tenham em seu coração uma convicção dessa grande obra. Não é uma questão que envolve somente a
cabeça e sim o coração, que deve ser tocado pelo Espírito Santo até que saiba que essa obra é
verdadeira, que Joseph Smith foi verdadeiramente um profeta de Deus, que Deus vive e que Jesus
Cristo vive e que eles apareceram ao menino Joseph Smith, que o Livro de Mórmon é verdadeiro, que o
sacerdócio está aqui com todas as suas dádivas e bênçãos. Por mais que eu enfatize isso, ainda não é o
suficiente. (Colombia Bogota North, South, and Missionary Training Center Missionary Meeting,
November 8, 1996)
Anos atrás, quando eu dirigia o Departamento Missionário, permitimos que alguns missionários
tivessem carro nos Estados Unidos se a família deles mantivesse os carros. Nunca se viu tal coleção de
carros. Um dia um pai veio me ver e disse que gostaria de levar um carro para o filho em Los Angeles.
Ele estava andando de bicicleta e seu pai temia que ele morresse. Então, concordamos que ele poderia
ter um carro. Ele veio até a mim, depois de haver entregado o carro ao filho, para me contar o que
aconteceu. Ele dirigiu o carro de Salt Lake até Los Angeles. Achou o lugar onde o filho residia, bateu
na porta, e o filho veio até a porta e disse: “Pai, é bom ver você. São essas as chaves do carro? Dê para
mim. Temos um batismo em trinta minutos. Precisamos ir para a capela. Tem um restaurante ali na
esquina, vá até lá, coma alguma coisa e então pegue um táxi para a capela.” Os missionários saíram no
carro e o pai disse a si mesmo: “Ele ainda é o mesmo ingrato que sempre foi”. O pai decidiu que iria
para casa.
Depois que ele comeu um pouco, sentiu-se melhor e decidiu que iria à reunião. Eles haviam
terminado o batismo e estavam tendo uma reunião de testemunhos quando o pai chegou a capela. Um
homem levantou-se e disse: “Sou um homem velho, mas hoje nasci de novo. Sou formado por três
universidades, mas aprendi coisas que nunca aprendi na escola. Sou tão grato por aquele missionário
que está ali por ter me ensinado o evangelho que mal posso expressar meus agradecimentos”. Então,
uma mulher se levantou, falou coisas semelhantes e apontou para o mesmo missionário. Esse homem
disse: “Eles estavam falando sobre o meu filho e eu estava no fundo da capela chorando como um
bebê”. Ele disse pensativamente: “Saí da capela e joguei fora os cigarros que tinha no bolso. Cheguei
em casa e joguei o pote de café no lixo. Estou tentando viver de modo a ser digno do meu filho”. Vi
esse homem no Templo de Salt Lake um pouco mais que um ano atrás. (Honduras Tegucigalpa
Missionary Meeting, January 22, 1997)
CORAGEM
Não há coragem maior do que a coragem da consciência. Não é nunca agitada nem barulhenta. É
uma moldagem tranqüila do espírito que do ferro macio constrói o aço duro, e dá o desejo de realizar
qualquer coisa que necessite ser feita para preservar a integridade da crença e das ações. (Utah
Mayflower Society Dinner, November 16, 1994)
CORPO FÍSICO
Ver também Mortalidade
Você já contemplou a maravilha de seu ser, os olhos para ver, os ouvidos para escutar e a voz para
falar? Nenhuma câmera jamais construída chegou aos pés da maravilha que é o olho humano. Nenhum
método de comunicação já inventado pode ser comparado à voz e ao ouvido. Nunca se construiu uma
bomba capaz de funcionar por tanto tempo e suportar uma carga de trabalho tão pesada quanto o
coração humano. Que maravilha é cada um de nós! Podemos pensar durante o dia e sonhar durante a
noite. Podemos falar, ouvir, cheirar e tocar. Olhe para os seus dedos. A mais habilidosa tentativa de
reproduzi-lo mecanicamente resultou somente numa grosseira aproximação. A próxima vez que usar os
dedos, observe-os e sinta como são incríveis.
Há não muito tempo atrás estive no Symphony Hall em Salt Lake para assistir a um concerto. De
onde estava sentado podia ver os dedos dos músicos da orquestra. Cada um, ao tocar os instrumentos de
cordas, os instrumentos de percussão, os metais, todos faziam uso dos dedos. Não é preciso usar os
dedos para cantar, mas, fora isso, haveria pouca harmonia musical sem a ação de dedos treinados.
Acredito que o corpo humano seja a criação da divindade. George Gallup uma vez comentou: “Eu
poderia provar Deus estatisticamente. Considere o corpo humano por si só: a chance de que todas as
funções de uma pessoa aconteçam por acaso é altamente improvável do ponto de vista estatístico”.
(“Articles of Belief,” Boneville International Corporation Management Seminar, February 10, 1991)
Nosso corpo é sagrado. Ele foi criado à imagem de Deus. Ele é maravilhoso, é a criação suprema
da Divindade. (...) O ouvido e o cérebro são um milagre. A capacidade de perceber ondas sonoras e
convertê-las em linguagem está quase além de nossa imaginação. (...) Todos esses órgãos além de
outras partes do corpo, demonstram a genialidade divina e onipotente de Deus, que é o nosso Pai
Eterno. Não posso compreender por que alguém teria o desejo de prejudicar conscientemente o próprio
corpo. Isso, porém, acontece à nossa volta todos os dias, quando homens e rapazes tomam bebidas
alcoólicas e usam drogas ilegais. Que grande desgraça são essas coisas. Por causa de uma breve
sensação de prazer, as pessoas introduzem no próprio organismo substâncias que lhes tiram o auto
controle, viciam, são extremamente dispendiosas, escravizam e nada proporcionam de bom. (“‘Be Ye
Clean,’” Ensign, May 1996, p. 48)
CRESCIMENTO E PROGRESSO DA IGREJA
O extraordinário progresso desta Igreja não é tanto o resultado das exigências da Igreja sobre seus
membros, mas sim o resultado da convicção no coração dos membros de que esta é de fato a obra de
Deus e que felicidade, paz e satisfação são frutos de um trabalho virtuoso. (Be Thou an Example [Salt
Lake City: Deseret Book, 1981], p. 5)
Em 1960 (...) recebi da Primeira Presidência a designação de cuidar dos presidentes de missão,
missionários e santos na Ásia. A Igreja era fraca e pequena nessa parte da Terra. A semente fora
lançada no Japão, Taiwan e Coréia por fiéis santos dos últimos dias que prestavam serviço militar, mas
era pequena e instável. Não possuíamos prédios próprios; os pequenos grupos reuniam-se em casas
alugadas que, no inverno, eram frias e desconfortáveis. A Igreja conseguia converter pessoas, mas a fé
de algumas era fraca e elas logo desapareciam. Não obstante, restava um grupo de maravilhosos
homens e mulheres fortes que olhavam para além da adversidade do momento. Encontravam sua força
na mensagem, não nas instalações. Continuam fiéis até hoje e seu número tem-se multiplicado por
dezenas de milhares.
Poucos domingos atrás, realizamos uma conferência regional em Tóquio. O espaçoso salão foi
totalmente ocupado. (...) O Espírito do Senhor se fazia sentir. Uma atitude de fé predominava naquela
vasta congregação. Para mim, que conheci os dias em que éramos fracos e poucos em número, era
como contemplar um milagre, pelo qual rendo graças ao Senhor.
Tivemos uma experiência semelhante em Hong Kong. (...)
A seguir em Seul, Coréia, meu coração comoveu-se quando, chegando ao maior salão existente
nessa grande cidade, encontramos todos os lugares ocupados pelos membros da Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias e seus convidados. Um magnífico coro de trezentas e vinte vozes cantou
como primeiro hino: “Que Manhã Maravilhosa!” (Hinos, nº 12) Foi uma comovente evocação da
primeira visão do Profeta Joseph Smith.
Havia conhecido a Coréia do Sul em seus dias de pobreza e reconstrução após a terrível guerra.
Quando lá cheguei pela primeira vez, tínhamos seis missionários em Seul e dois em Pusan, alguns deles
acometidos de hepatite. Hoje, temos quatro missões bem sucedidas nesse país, com cerca de seiscentos
missionários. Muitos deles são filhos e filhas da Coréia, inclusive moças belas e inteligentes em cujo
coração arde a luz da fé. Há também entre eles, jovens que abandonaram os estudos por algum tempo a
fim de servirem em uma missão. Esses rapazes enfrentam enormes pressões por causa das exigências
militares e educacionais, mas têm fé no coração.
Quando estive na Coréia pela primeira vez, tínhamos lá dois ou três pequenos ramos. Hoje,
existem cento e cinqüenta unidades locais da Igreja, tanto alas como ramos. Na época era um pequeno e
isolado distrito da Missão Extremo Oriente Norte, sem nenhuma capela. Hoje, são 14 estacas com 47
capelas próprias, 52 alugadas e mais outras em construção.
Senti naquela congregação, três semanas atrás, um espírito que me tocou até o fundo da alma. Vi
os doces frutos da fé. Sabia de quanto lutaram no princípio para estabelecer uma Igreja desconhecida;
conheci a pobreza do povo. Agora há força, vigor; existe prosperidade jamais imaginada. Reina ali um
cálido espírito de solidariedade. Contam com famílias de devotados pais e mães, e boas e belas
crianças.
São um povo que eu amo, e amo-o por causa de sua fé. São inteligentes e instruídos; trabalhadores
e progressistas; são humildes e oram constantemente. São um exemplo para outros pelo mundo afora.
(“Lord, Increase Our Faith,” Ensign, February 1988, p. 6)
O progresso da Igreja em nossos dias é verdadeiramente assombroso. O Deus do céu fez este
milagre nos últimos dias, e o que temos visto é nada mais que uma antecipação de coisas maiores que
ainda virão. (“We Have a Work to Do,” Ensign, February 1988, p. 6)
Essa obra diz respeito a pessoas, a cada filho e filha de Deus. Ao descrever o que foi alcançado,
falamos em termos de números, mas todos os nosso esforços devem ser dedicados ao desenvolvimento
do indivíduo. (“This Work Is Concerned with People,” Ensign, May 1995, p. 53)
Você faz parte dessa grande mudança dos últimos dias que está ocorrendo sobre a Terra. A irmã
Hinckley comentou que estivemos no Brasil. Estivemos em outros lugares também além do Brasil.
Primeiro fomos à Colômbia, e então ao Peru, depois à Bolívia onde dedicamos a Terra para um templo
em Cochabamba. Estava chovendo terrivelmente, mas fizemos o nosso serviço de dedicação lá. Dali
fomos a Santiago, Chile, e foi muito agradável estar lá; e então fomos para Buenos Aires, Argentina,
onde nos reunimos com aproximadamente 50.000 pessoas num grande estádio de futebol. Fomos de
Buenos Aires para Porto Alegre, Brasil, e então para São Paulo, onde tivemos uma outra grande
multidão de pessoas num estádio de futebol; e então para Recife (...) [onde] dedicamos a Terra para um
novo templo. Então, fomos para Manaus, cerca de 1.600 quilômetros acima no rio Amazonas, onde a
Igreja está crescendo. Existem lá três estacas de Sião agora. Temos 137 estacas no Brasil. Estamos
progredindo. Oh, como as coisas estão crescendo na América do Sul. A Igreja está crescendo de modo
magnífico e singular. (...)
O irmão [Richard G.] Scott fala espanhol. Ele está aprendendo português. Ele fala inglês. Isso quer
dizer que ele pode falar para mais de 80 por cento dos membros da Igreja em sua língua natal. Pensem
nisso. Estão acontecendo coisas maravilhosas. Este trabalho está-se expandindo sobre a Terra. “Este
evangelho (...) será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim”.
(Mateus 24:14) Isto é exatamente o que está acontecendo. Somos agora 150 nações, falando muitas
línguas. Temos mais membros fora dos Estados Unidos do que nos Estados Unidos. (...) Certamente,
esta obra está progredindo de modo grandioso e admirável. (Miami Florida Fireside, November 17,
1996)
Em 1930, no centésimo aniversário da organização da Igreja, metade dos Santos do Últimos Dias
do mundo residiam no Estado de Utah. Em 1996 somente 17 por cento dos membros da Igreja residiam
em Utah, mas hoje nós temos quatro vezes mais membros em Utah que tínhamos em 1930. Alguns
deles, aliás, mudaram-se da Califórnia. Ano passado tivemos mais conversos no Estado de Utah do que
em todo o Reino Unido. Disseram-me que somos a segunda maior denominação cristã nos Estados
Unidos. Um ano atrás passamos do ponto onde havia mais membros da Igreja fora dos Estados Unidos
do que nos Estados Unidos.
Enfatizamos a importância da educação. A Igreja mantém e subsidia a maior universidade
particular da América, se não for do mundo, que é a BYU com cerca de 27.000 estudantes
matriculados. Proporcionamos instrução religiosa para cerca de 363.000 jovens com um programa
mundial de seminário e instituto.
Mantemos a maior instalação de história da família do mundo. Aproximadamente 70 por cento dos
que usam essas instalações não são membros da Igreja. Com sua grande biblioteca central e estações de
satélites através do mundo é, de fato, um lugar cada vez mais conhecido para pesquisar-se suas raízes.
Temos um programa muito importante de bem-estar com fazendas, leiterias, fábricas de conserva e
outras instalações que cuidam de nossos pobres. Também, doamos nos cinco últimos anos cerca de
US$138.000.000 de auxílio humanitário para os que sofrem no mundo. A grande maioria dos
recipientes desse auxílio não são da nossa fé.
Mantemos a maior organização missionária de que tenho conhecimento, com 55.000 missionários
no campo com seus próprios recursos. A maioria deles são rapazes que ficam na missão por dois anos.
A Igreja está crescendo a razão de cerca de 4 por cento ao ano. Este número é bastante
significativo numa base aproximada de dez milhões.
Estamos construindo cerca de 350 a 400 novas capelas a cada ano para acomodar nosso povo.
Iremos fazer neste verão a abertura da Terra para um novo e espaçoso local de reuniões em Salt Lake
City. O famoso tabernáculo de Salt Lake, construído sob a direção de Brigham Young, fica cada vez
menor à medida que a Igreja vai-se expandindo cada vez mais. (...)
Em um mundo de valores transitórios, ou sem valores nenhum, trabalhamos para fortalecer a
família e manter a estabilidade nos lares de nosso povo. Achamos que estamos sendo bem sucedidos.
Mantemos a maior organização de mulheres, que seja do meu conhecimento, com cerca de 3,9
milhões de membros. Uma presidência composta de mulheres fortes e capazes preside a organização e
também serve nos comitês e juntas da Igreja.
Uma vasta organização de mais de 23.000 congregações é liderada por ministros não remunerados
que doam seu tempo para dirigir essas congregações.
Nossos antepassados não tiveram nenhuma ajuda do governo, nenhum empréstimo bancário ou de
outras instituições de crédito. Atualmente A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias está
livre de dívidas graças a fé dos membros no pagamento de seus dízimos. E desse modo ela deve
prosseguir. (...) (Los Angeles World Affairs Council Meeting, March 6, 1997)
CRIANÇAS
Ver também Família
Levamos alguns dos nossos netos ao circo uma noite. Estava mais interessado em observá-los, e os
muitos outros de sua idade, do que a assistir ao homem no trapézio voador. Eu olhava para eles
maravilhado enquanto eles riam e observavam com olhos abertos e atentos todas as coisas
emocionantes que se apresentavam diante deles. E então pensei no milagre que são as crianças; elas são
a renovação constante da vida e o propósito do mundo. (...)
(...) O mundo daqui a alguns anos depende da maneira em que treinamos a nova geração. Se você
está preocupado com o futuro, atente para a criação de seus filhos. O escritor de Provérbios sabiamente
declarou: “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará
dele”. (Proverbs 22:6) (Be Thou an Example [Salt Lake City: Deseret Book, 1981], p. 35)
Nem nunca nos esqueçamos da necessidade de respeitar esses nossos pequeninos. Através de
revelação dada pelo Senhor, sabemos que eles são filhos de Deus assim como somos filhos de Deus,
merecendo o respeito que advém deste princípio eterno. Na verdade, o Senhor deixou claro que a
menos que desenvolvamos em nossa própria vida tal pureza, tal inocência do dolo e do mal, não
poderemos entrar em Sua presença. Ele declarou: “Se não vos converterdes e não vos fizerdes como
meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus.” (Mateus 18:3) (Be Thou an Example [Salt Lake
City: Deseret Book, 1981], p. 39)
Diz uma velha quadrinha popular que meninas são feitas de doçura, aromas e coisas bonitas.
Muito mais importante, porém, é que são a promessa do futuro. Através delas, acabam-se filtrando as
qualidades de todas as gerações anteriores que devem tornar-se os ossos e tecidos, o intelecto e espírito
das gerações vindouras.
A vocês, garotas, digo com toda a força e convicção: Sejam gentis, sejam fortes, sejam bondosas,
virtuosas e maravilhosas. Sinto que de alguma forma o Senhor se referia também a vocês, quando disse:
“Se (...) não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus.” (Mateus 18:3)
Channing Pollock, o talentoso escritor e teatrólogo, desejou certa vez, através de um seu personagem,
que todos pudéssemos nascer velhos para depois irmos ficando mais moços e cada vez mais inocentes
até que, ao morrer, fôssemos como criancinhas. (“Live Up to Your Inheritance,” Ensign, November
1983, p. 81)
As crianças são a síntese da inocência, são a síntese da pureza, são a síntese do amor, são a síntese
da esperança e alegria neste mundo difícil e confuso. (“Behold Your Little Ones,” Children’s Fireside
Satellite Broadcast, January 23, 1994)
Houve terríveis incêndios na mata do Parque Nacional de Yellowstone em 1988. A cada dia, os
noticiários traziam-nos vívidas imagens da intensidade dos incêndios que se espalhavam por milhares
de hectares e destruíam milhões de árvores. As chamas finalmente se extinguiram, e as pessoas
literalmente prantearam o quadro desolador dos inúmeros pinheiros com os topos queimados, os
troncos retos e crestados parecendo marcar os túmulos de um cemitério superlotado.
Ao visitarmos o parque há mais ou menos um mês, porém, vimos algo bastante interessante. Os
pinheiros mortos continuavam lá, mas entre as árvores queimadas plantinhas novas brotavam do chão,
milhões delas.
É óbvio que, ao serem atingidas pelo fogo, as pinhas explodiram, espalhando as sementes pelo
solo. Há agora uma nova geração de árvores, belas, jovens e promissoras. As velhas árvores acabarão
por cair e as novas crescerão, criando uma floresta de grande beleza e utilidade.
Como observou o poeta indiano Tagore: “Cada criança nasce trazendo a mensagem de que Deus
ainda não perdeu a esperança na humanidade”. [Charles L. Wallis, ed., The Treasure Chest, New York:
Harper and Row, 1965, p. 49]
As crianças são a promessa do futuro. Elas são o próprio futuro. (“Save the Children,” Ensign,
November 1994, p. 52)
Como é grande nossa responsabilidade; como é séria a responsabilidade dos cristãos de boa
vontade de todo o mundo de tentar aliviar as condições das crianças que sofrem, de removê-las dessa
rotina de desespero em que vivem. (...)
Com certeza, depois de todas as histórias que lemos, depois de todo o sofrimento do qual tomamos
conhecimento, depois de toda a exploração da qual ficamos cientes, podemos fazer mais do que
estamos fazendo atualmente para alterar as condições miseráveis que condenam milhões de crianças a
uma vida em que existe muito pouca felicidade; que é tragicamente curta e plena de dor.
Não precisamos viajar a metade do planeta para encontrar crianças que sofrem. Inúmeras delas
choram de medo e solidão, que são conseqüência de transgressões morais, negligência e maus-tratos.
Falo francamente, talvez sendo indelicado. Mas não conheço outro modo de esclarecer um assunto
sobre o qual tenho sentimentos tão intensos. (“Save the Children,” Ensign, November 1994, p. 53)
Meu apelo — e desejaria ser mais eloqüente ao externá-lo —é para que salvemos as crianças. Há
crianças demais padecendo de dor e medo, de solidão e desespero. As crianças precisam da luz do sol.
Precisam de alegria. Precisam de amor e cuidados. Precisam de bondade, de conforto e de afeição.
Todos os lares, independente do valor monetário da construção em si, podem prover um ambiente de
amor que se transformará num ambiente de salvação. (“Save the Children,” Ensign, November 1994, p.
54)
Os filhos devem respeitar seus pais. As crianças estão sujeitas ao mandamento do Senhor (...)
“Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na Terra que o Senhor teu Deus te
dá”. As crianças necessitam sobrepujar seus desejos egoístas e buscar em seus pais amor, entendimento,
aprendizado e sabedoria. (Church News Interview, June 7, 1995)
Tenho aqui uma interessante afirmação do Élder Orson F. Whitney: “O Profeta Joseph Smith
declarou — e ele nunca ensinou uma doutrina mais confortadora — que o selamento eterno de pais
fiéis e as divinas promessas feitas a eles devido ao valoroso serviço na Causa da Verdade, salvaria não
somente os pais, mas também sua posteridade. Embora algumas ovelhas possam vaguear, os olhos do
Pastor estão sobre elas, e mais cedo ou mais tarde elas irão sentir os tentáculos da Divina Providência
alcançando-as e trazendo-as de volta ao aprisco. Quer seja nesta vida ou na vida por vir, elas retornarão.
Elas terão que pagar a dívida à justiça; elas sofrerão por seus pecados; e podem trilhar um caminho
espinhoso; mas se as levar finalmente, como o penitente Pródigo, à casa de um pai amoroso e
misericordioso, a dolorosa experiência não terá sido em vão. Ore por seus filhos descuidados e
desobedientes; agarre-se a eles com fé. Tenham esperança e acreditem até que vejam a salvação de
Deus.” (Conference Report, April 1929) Se algum de vocês tem um filho ou um ente querido nessa
condição, não desista. Ore por eles, ame-os, busque-os e ajude-os. (Jordan Utah South Regional
Conference, March 2, 1997)
CRÍTICAS
Ver também Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, A: Críticas à Igreja.
Suplico que haja entendimento entre nosso povo, que haja espírito de tolerância e perdão entre uns
e outros. Todos nós temos muito mais a fazer do que desperdiçar nosso tempo e energia em críticas,
censuras ou ofensas aos outros. O Senhor ordenou a seu povo: “Fortalece teus irmãos em todas as tuas
conversas, em todas as tuas orações, em todas as tuas exortações e em todos os teus feitos”. Este é o
mandamento, dito inequivocamente; e então segue esta maravilhosa promessa: “E eis que eu estou
contigo para abençoar-te e livrar-te para sempre”. (D&C 108:7–8) (“Faith: The Essence of True
Religion,” Ensign, November 1981, p. 6)
Nenhum de nós é perfeito; todos nós ocasionalmente cometemos erros. Existiu somente um
indivíduo perfeito que andou sobre a Terra. Mulheres e homens que exercem pesadas responsabilidades
não necessitam de críticas, e sim de encorajamento. Pode-se discordar da regra sem ser desagradável
com quem a fez. (“‘Charity Never Faileth,’” Ensign, November 1981, p. 98)
Vivemos numa sociedade que tende às críticas. Descobrir defeitos é o deleite de colunistas e
comentaristas, existindo também entre nosso povo muito dessa tendência. É muito fácil encontrar
defeitos, e resistir a isso exige muita disciplina. (...) O inimigo da verdade quer dividir-nos e cultivar
entre nós atitudes críticas que, se permitirmos que prevaleçam, somente nos deterão na busca de nossa
grande meta divina. Não podemos permitir que isso aconteça. Precisamos cerrar fileiras e marchar
ombro a ombro, os fortes ajudando os fracos, os que muito possuem auxiliando os que têm pouco.
Nenhum poder na Terra pode obstar essa obra, se assim procedermos. (“Five Million Members — A
Millestone and Not a Summit,” Ensign, May 1982, p. 46)
Eu tento ler dois ou três jornais por dia. Algumas vezes leio os colunistas. Vez ou outra ouço os
comentaristas na televisão e rádio. Os escritores são brilhantes. São homens de linguagem penetrante e
cintilantes na expressão. São mestres na palavra escrita. Mas, na maioria das vezes acho suas atitudes
negativas. Não importa sobre quem eles escrevam, parecem buscar as falhas e fraquezas. Estão
constantemente criticando, raramente elogiando.
Esse espírito não está limitado aos colunistas e comentaristas. Leia as cartas ao editor. Algumas
delas estão cheias de veneno, escrita por pessoas que parecem não encontrar nada bom no mundo ou
em seus relacionamentos. Criticar, censurar e falar mal dos outros é o que mais ocorre em nossos dias.
Somos informados por todos os lados que em lugar algum há um homem íntegro assumindo um cargo
político. Os homens de negócio são desonestos. Os serviços de utilidade pública estão prontos para
roubá-lo. Em todo o lugar se ouve uma observação falsa, uma zombaria sarcástica e os relacionamentos
vão sendo abreviados. (...) A crítica é a precursora do divórcio, a cultivadora da rebelião, e algumas
vezes é a força catalisadora que conduz ao fracasso. Na Igreja ela planta a semente da inatividade e
finalmente da apostasia.
Peço que cessemos de buscar as tempestades e tiremos mais proveito da luz do sol. Sugiro que ao
caminharmos pela vida possamos “acentuar o positivo”. Peço que busquemos com mais profundidade
aquilo que há de bom, que calemos a voz do insulto e do sarcasmo. O crescimento advém da correção.
A força vem do arrependimento. Sábio é o homem que reconhece suas faltas apontadas pelos outros e
muda seu curso.
Sugiro que cada um de nós se desvie do negativismo que envolve nossa sociedade e procure o bem
entre aqueles com quem se associa, que falemos mais das virtudes do que dos erros daqueles com quem
nos relacionamos, que o otimismo tome o lugar do pessimismo, que nossa fé exceda nossos temores.
Quando eu era rapaz e estava pronto a criticar, meu pai dizia: “Os cínicos não contribuem, os céticos
não criam, os que duvidam nada realizam”. (“The Continuing Pursuit of Truth,” Ensign, April 1986,
pp. 2, 4)
Existe mesmo em nosso meio alguns cuja vida é dilacerada pelo ódio. Eles lançam-se contra isto e
aquilo, incluindo a Igreja. Inventam e divulgam falsidades vis que não têm o mínimo indício de
verdade. Isso não é novidade, exceto que existem em cada geração, inclusive em nossa, pessoas
aparentemente possuídas do mal que assim se manifesta. Nessas circunstâncias, somos consolados
pelas palavras do Mestre: “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e,
mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa”. (Mateus 5:11) (“Let Love Be the Lodestar
of Your Life,” Ensign, May 1989, p. 67)
DESÂNIMO
Vi o Presidente David O. Mckay desanimado. Vi o Presidente Joseph Fielding Smith, o Presidente
Harold B. Lee, e o Presidente Spencer W. Kimball desanimados. Todos nós podemos ficar
desanimados. (...)
Quando estiverem deprimidos, é importante lembrar que muitos outros também sentem-se assim, e
que geralmente a situação deles é muito pior do que a sua. É importante saber que quando um de nós
está deprimido, torna-se obrigação dos amigos dar-lhe novo ânimo. (“Strengthening Each Other,”
Ensign, February 1985, p. 4)
Os vales do desânimo fazem com que os picos da conquista se tornem mais bonitos. (Mexico
Veracruz Missionary Meeting, January 27, 1996)
DEUS O PAI
Deus tem a forma de um homem. Ele é uma pessoa. Ele fala e já falou ao homem. Ele é exaltado,
e para os padrões humanos, Ele tem todo o conhecimento e todo o poder. Mas Ele é misericordioso e
bondoso. Ele é o pai dos espíritos de todos os homens e tem interesse e consideração fraternal pelos
seus filhos. Seu trabalho e Sua glória residem no bem-estar eterno de seus filhos. (What of the
Mormons? pamphlet, 1982, p. 6)
Para mim o evangelho não é complexo. Ele é belo e simples, fonte contínua de força, um
manancial de fé. A pedra angular da doutrina é que Deus é nosso Pai Eterno e Jesus é o Cristo, nosso
Redentor vivo. Nós somos filhos de Deus. Ele nos ama e espera que o amemos, demonstrando nosso
amor servindo a seus outros filhos. Seu Filho Amado é nosso Salvador, que deu a vida na cruz do
Calvário como sacrifício vicário pelos pecados da humanidade. Por seu próprio poder divino,
ressuscitou da morte, tornando-se “as primícias dos que dormem” (I Coríntios 15:20), assegurando
assim a todos os homens a ressurreição da morte e convidando-nos a participar com ele da vida eterna
de acordo com nossa obediência a suas leis e mandamentos.
Eles, isto é, o Pai e o Filho, apareceram ao adolescente Joseph Smith na mais gloriosa
manifestação que deu início à dispensação da plenitude dos tempos. (ver D&C 112:30) Todos os
elementos dos ensinamentos e autoridade divina outorgados anteriormente foram então reunidos pela
restauração numa eterna e final dispensação. (“Five Million Members — A Milestone and Not a
Summit,”Ensign, May 1982, pp. 44–45)
Acredito em Deus, o Pai Eterno, sem equívoco ou reservas. Ele é meu Pai, o Pai de meu espírito, e
o Pai dos espíritos de todos os homens. Ele é o grande Criador, o governador do Universo. Ele dirigiu a
criação da Terra em que vivemos. À Sua imagem o homem foi criado. Ele é uma pessoa. Ele é real. Ele
é individual. Ele tem um corpo de “carne e ossos tão tangível como o do homem”. (D&C 130:22) (The
Father, Son, and Holy Ghost, booklet [Salt Lake City: Bookcraft, 1988], p. 4)
Cada um de nós é um ser dual, com existência física e espiritual. Todos sabemos da realidade da
morte física, quando o corpo morre; e cada um de nós sabe que o espírito continua a viver como um ser
individual, e que em algum tempo, sob o plano divino que se tornou possível através do sacrifício do
Filho de Deus, o espírito e o corpo se reunirão. A declaração de Jesus de que Deus é um espírito não
nega que Ele tenha um corpo, mais do que a afirmação de que eu sou um espírito ao mesmo tempo em
que também tenho um corpo.
Não suponho ser meu corpo igual ao Dele em refinamento, em capacidade, em beleza e
resplendor. O corpo Dele é eterno, o meu é mortal. Mas isso somente aumenta minha reverência por
Ele. Eu O adoro “em espírito e em verdade.” Eu olho para Ele como minha força. Oro a Ele para
conceder-me sabedoria além da que possuo. Busco amá-Lo com todo o meu coração, poder, mente e
força. Sua sabedoria é maior do que a sabedoria de todos os homens. Seu poder é maior do que o poder
da natureza, porque Ele é o Criador Onipotente. Seu amor é maior do que o amor de qualquer outro ser,
pois Seu amor abrange todos os Seus filhos, e é Sua obra e Sua glória levar a efeito a imortalidade e
vida eterna dos filhos e filhas de todas as gerações. (Ver Moisés 1:39). (...)
Esse é o Todo-Poderoso a quem temo e reverencio. É para Ele que olho trêmulo e com temor. É a
Ele que adoro, honro e dou louvores e glória. Ele é meu Pai Celestial que me convida a vir até a Ele em
oração, a falar com Ele, com a promessa de que Ele irá ouvir e responder. (The Father, Son, and Holy
Ghost, booklet [Salt Lake City: Bookcraft, 1988], pp. 5–6)
Deus nosso Pai Eterno vive. Tenho convicção disso. Não entendo a maravilha de Sua majestade.
Não posso compreender a glória da Deidade, mas sei que Ele é meu Pai, apesar de tudo isso, e posso
falar com Ele em oração e Ele irá me ouvir. Tenho certeza disso. (Ketchikan Alaska Fireside, June 22,
1995)
Gostaria de prestar meu testemunho sobre essa obra e desejo fazê-lo de tal modo que possam se
lembrar do que eu disse. Sei que essa obra é verdadeira. Sei que Deus nosso Pai Eterno vive. Sou grato
pelo conhecimento que tenho de que Ele nos ama como Seus filhos. Sou grato por sentir em meu
coração um grande amor por Ele. Eu sei que Ele vive, meu Pai nos céus. Quase não compreendo a
magnitude de tudo isso. Ele que é o Criador e Governador do Universo me conhece, conhece vocês,
cada um de vocês. Ele os ama; Ele se preocupa com vocês. (Promontory Utah Branch Sacrament
Meeting, October 15, 1995)
DIA DO SENHOR
Ver também Moralidade; Padrões; Valores
Em 24 de julho de 1847, chegava a este vale a companhia pioneira do nosso povo. Um grupo
avançado havia chegado um dia ou dois antes. Brigham Young chegou no sábado. No dia seguinte
houve serviços dominicais pela manhã e à tarde. Eles não dispunham de um recinto para as reuniões.
Suponho que ficaram sob o sol escaldante daquele domingo de julho, sentados na lança de seus
carroções ou apoiados nas rodas, enquanto as Autoridades Gerais falavam. A estação ia adiantada e eles
iriam enfrentar uma gigantesca e imediata tarefa, se quisessem plantar as sementes para a estação
seguinte. O Presidente Brigham Young exortou-os a não violarem o dia santificado naquele momento
ou no futuro. (“An Ensign to the Nations,” Ensign, November 1989, p. 51)
Lembrem-se do Dia do Sábado para o santificar. Entristeço-me ao ver lojas abertas aos domingos.
Não precisamos fazer compras no domingo. Ninguém precisa fazer compras no domingo. Pode-se
comprar carne suficiente no sábado para se passar o domingo. Pode-se comprar leite no sábado para
passar o domingo. O pão não ficará tão dormido assim quando é comprado no sábado para ser usado no
domingo. Você não precisa comprar roupas no domingo, nem móveis ou qualquer coisa desse tipo.
Lembrem-se do Dia do Sábado para o santificar. Que bênção é o Dia do Senhor! (Nottingham England
Fireside, August 30, 1995)
Se você tem alguma dúvida sobre a sabedoria e divindade de se observar o Dia do Senhor, (...)
fique em casa e reúna sua família ao seu redor, ensine-lhes o evangelho, desfrute da oportunidade de
estarem juntos no Dia do Senhor, vá às reuniões e participe. Você saberá que observar o Dia do Senhor
é um princípio verdadeiro que traz grandes bênçãos. (Promontory Utah Branch Sacrament Meeting,
October 15, 1995)
O Dia do Senhor é algo precioso. Ele representa o grande clímax do trabalho de Jeová na criação
da Terra e de tudo o que nela se encontra. Quando sua obra foi concluída, Ele a contemplou, viu que
era boa e descansou no sétimo dia. Peço aos membros que se abstenham de fazer compras no domingo.
Vocês podem dizer: “O pouco que faço não faz nenhuma diferença”. Faz toda a diferença do mundo
para você e seus filhos que verão o seu exemplo. (Charlotte North Carolina Regional Conference,
priesthood leadership session, February 24, 1996)
O Senhor escreveu a respeito da santidade do Seu dia quando Seu dedo tocou as tábuas de pedra
no Sinai: Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Esse mesmo mandamento foi reiterado nos
tempos modernos na seção 59 de Doutrina e Convênios. Sejamos um povo que guarda o Dia do Senhor.
Não quero ser exagerado. Não quero que tranquem seus filhos em casa e leiam a Bíblia para eles a tarde
toda. Sejam sábios. Sejam cuidadosos. Mas façam desse dia um dia em que possam sentar-se com a
família e falarem a respeito das coisas boas e sagradas. “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar”,
disse o Senhor para todas as pessoas e particularmente para os membros da Igreja. (Smithfield/Logan
Utah Regional Conference, priesthood leadership session, April 20, 1996)
Fico estarrecido ao ver santos dos últimos dia fazerem compras no domingo. Não posso entender
como podem desafiar a palavra direta do Senhor: “Lembra-te do dia do Sábado, para o santificar”. (...)
No primeiro domingo no Vale do Lago Salgado, Brigham Young disse: “Não trabalharemos no
domingo, pois aqueles que o fizerem perderão cinco vezes mais do que poderão ganhar”. Creio que
Deus honrará, abençoará, magnificará, e será rápido em ajudar aqueles que tentam guardar seus
mandamentos. O mandamento do Dia do Senhor é o mais longo dos Dez Mandamentos. O Senhor foi
muito específico, muito detalhado. Não posso deixar de acreditar que os comerciantes não abririam aos
domingos se não fôssemos a suas lojas. Desse modo, a responsabilidade está sobre os nossos ombros.
Espero que vocês não façam compras no domingo. (Jordan Utah South Regional Conference, March 2,
1997)
DISPENSAÇÃO DA PLENITUDE DOS TEMPOS, A
Que grande experiência é poder estar vivo neste dia e época da história do mundo. Nenhuma
metade de século em toda a vida do homem sobre a Terra pode ser comparada a esses últimos
cinqüenta anos. As coisas que temos visto são formidáveis; e penso que tudo faz parte da abertura dessa
grande obra do Senhor, a dispensação da plenitude dos tempos, quando todas as coisas das
dispensações anteriores começam a se unir em uma única para abençoar os filhos e filhas de Deus, não
somente dessa geração mas de todas as outras através da restauração do sacerdócio e dos poderes por
ele exercidos, sob os quais trabalha-se em favor daqueles que passaram para além do véu da morte. Esta
é uma grande época para se viver. (Salt Lake East Millcreek Stake Fiftieth Anniversary Celebration,
June 10, 1995)
Nos primórdios da Igreja, como registrado na primeira seção de Doutrina e Convênios, (...) o
Senhor estabelece quatro grandes objetivos na criação dessa obra nesta dispensação da plenitude dos
tempos. Por quê? “Que todo homem, porém, fale em nome de Deus, o Senhor, sim, o Salvador do
mundo; Para que a fé também aumente na Terra; Para que o meu eterno convênio seja estabelecido;
Para que a plenitude do meu evangelho seja proclamada pelos fracos e pelos simples aos confins da
Terra e perante reis e governantes (...) para que alcançassem entendimento”. (D&C 1:20–24) (Creation
of Canterbury England Stake, August 27, 1995)
Seja grato ao Todo-Poderoso pelas Suas maravilhosas bênçãos que lhe são conferidas. Você
usufrui de tudo o que essa grandiosa época tem para oferecer ao mundo e acima de tudo as bênçãos
maravilhosas do evangelho restaurado de Jesus Cristo, evangelho esse que veio ao mundo nessa
dispensação da plenitude dos tempos, esta grande e final dispensação, quando o Deus do céu restaurou
todas as grandes verdades, bênçãos e autoridade de todas as dispensações passadas. (Pittsburgh
Pennsylvania Regional Conference, April 28, 1996)
Acredito que é a maior época na história do mundo. Que época maravilhosa para se viver. Não sei
por que nasci neste período de tempo quando o mundo está repleto de grandes oportunidades, quando
temos tanto conforto, saúde e felicidade devido ao grande progresso que foi feito em favor da
humanidade. Nasci há oitenta e cinco anos, em 1910. A expectativa de vida nos Estados Unidos
naquela época era de cinqüenta anos. Hoje vivemos mais que setenta e cinco anos, e eu já vivi dez anos
além disso. Que bênçãos magníficas são os prodígios da ciência da qual somos beneficiários.
Então, acima de tudo isso, o evangelho de Jesus Cristo foi restaurado na Terra com todas as
bênçãos a ele associadas nessa dispensação da plenitude dos tempos. Paulo escrevendo aos Efésios
disse que haveria uma restauração na plenitude dos tempos quando toda a obra de Deus das gerações
prévias seria restaurada na Terra. E isto é exatamente o que aconteceu. Está em Efésios, no primeiro
capítulo e décimo versículo: “De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da
plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na Terra; [até mesmo] Nele.”
Esta é a dispensação da plenitude dos tempos quando Deus moveu Sua mão para levar a efeito a
restauração de todas as chaves, autoridades e bênçãos do Seu evangelho. Quão gratos precisamos ser.
Esta é uma geração escolhida. Nunca percamos de vista essa perspectiva. Sejamos sempre gratos por
isso. Que estejamos à altura disso tudo, oro humildemente. (Taipei Taiwan Fireside, May 23, 1996)
Que maravilha é estarmos vivos nessa época em que nos aproximamos do século XXI. E com tudo
isso, o Deus do céu restaurou Sua obra. (...) Essa é uma época grandiosa, que sintetiza todo o trabalho
do Senhor. É este o dia do cumprimento da profecia. (Copenhagen Denmark Fireside, June 14, 1996)
DÍVIDAS
Ver também Auto-Suficiência; Economia
As dívidas podem transformar-se em algo terrível. É tão fácil contraí-las e tão difícil pagá-las.
Dinheiro emprestado tem um preço, e esse preço pode ser opressivo. (...)
Apresso-me em acrescentar que é necessário pegar dinheiro emprestado em algumas situações.
Talvez seja necessário para completar-se a educação. Se assim o fizer, pague de volta. Faça-o
prontamente mesmo que tenha que sacrificar algumas comodidades que você apreciaria ter. É provável
que tenha que fazê-lo ao adquirir uma casa. Mas, seja sábio e não vá além da possibilidades de
pagamento.
O Presidente Heber J. Grant disse: “Se existe uma coisa que traga contentamento e paz ao coração
humano e à família, é viver dentro de nossos meios, e se existe alguma coisa que seja desgastante e
desalentadora é ter dívidas e obrigações que não se possam cumprir”.
Nossa geração desperdiça muito. Um dos grandes problemas de nossa época é o lixo. Parte dele
vem de uma esbanjadora extravagância. Nossos antepassados pioneiros viviam de acordo com o
seguinte lema: “Conserte, Use, Faça servir, ou Viva sem”. (University of Utah Institute of Religion
Fireside, May 21, 1989)
Voltando ao ano de 1938, ouvi o Presidente J. Reuben Clark, Jr., (...) falar sobre juros. Ele disse:
“Os juros nunca dormem, nem adoecem e nem morrem; nunca vão ao hospital; trabalham aos
domingos e feriados; nunca tiram férias; nunca visitam nem viajam; não se divertem; nunca deixam de
trabalhar e nem ficam desempregados; nunca trabalham em jornada reduzida; nunca têm uma safra
pequena e nem seca; nunca pagam impostos; não compram alimentos; não usam roupas; não têm casa,
nem lar e nem consertos a serem feitos, não têm telhados, encanamentos, pintura ou caiação; não têm
mulher, crianças, pai, mãe, nem parentes para cuidar; não têm despesa com a vida; não têm casamentos
nem nascimentos e nem mortes; não têm amor, nem compaixão; são tão rígidos e sem alma como um
grande penhasco. Uma vez endividado, os juros são seu companheiro a todo momento do dia e da
noite; você não pode evitá-los nem escapar deles; você não pode dispensá-los; não cedem para súplicas,
exigências, ou ordens; e sempre que você cruza seu caminho ou não atende a suas exigências, eles o
esmagam”. (Conference Report, April 1938)
Desejo que cada família na Igreja copie essas palavras e as leia ocasionalmente como lembrança
do preço que pagamos quando pegamos emprestado. (University of Utah Institute of Religion Fireside,
May 21, 1989)
É admissível contrair uma dívida razoável para a compra de uma casa ou outras poucas coisas que
são necessárias. Mas daqui onde estou sentado, vejo de um modo bem nítido a terrível tragédia de
muitos que pediram emprestado para coisas que eles realmente não precisam. (“This I Believe,” BYU
1991–92 Devotional and Fireside Speeches, March 1, 1992, p. 81)
O mundo naquela época [1920] procurava enriquecer desenfreadamente. Então, veio a quinta-feira
negra de novembro de 1929. Eu tinha dezenove anos e estudava na universidade. Vi a economia
desmoronar-se e homens que eu conhecia perderam tudo quando seus credores os pressionaram.
Presenciei muito do trauma e do estresse da época. Pensei depois, como tenho pensado até hoje, que
muitas pessoas poderiam ter escapado à dor, miséria, sofrimento, dificuldades e problemas, se tivessem
ouvido o conselho do profeta a respeito de dívidas pessoais. (“‘Believe His Prophets,’” Ensign, May
1991, p. 51)
DIVÓRCIO
Vocês que são divorciados, por favor saibam que não olhamos para vocês como fracassados
porque o casamento fracassou. Em muitos, talvez na maioria dos casos, vocês não foram os
responsáveis pelo fracasso. Além do mais é nossa obrigação não condenar, mas perdoar e esquecer,
edificar e ajudar. Em suas horas de desolação, procurem o Senhor, que disse: “Vinde a mim, todos os
que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. (...) Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é
leve”. (Mateus 11:28, 30)
O Senhor não os rejeitará nem os afastará Dele. As respostas a suas orações podem não ser
impressionantes; podem não ser prontamente entendidas ou mesmo reconhecidas. Mas tempo virá em
que saberão que foram abençoados. Aqueles que têm filhos e lutam para criá-los em retidão, estejam
seguros que eles se tornarão uma bênção, consolo e força para vocês no decorrer dos anos que virão.
(Single Adult Fireside Satellite Broadcast, February 26, 1989)
Alguns de vocês que se encontram ao alcance de minha voz poderiam contar, por experiência
própria, tribulações familiares. Mas a maior das tragédias, e penso ser a mais comum, é o divórcio.
Tem-se tornado um grande flagelo. O mais recente artigo do World Almanac diz que nos Estados
Unidos durante os doze meses terminando em março de 1990, estima-se que 2.423.000 casais se
casaram. Durante esse mesmo período estima-se que 1.177.000 casais se divorciaram. (See The World
Almanac and Book of Facts, 1991 [New York: World Almanac, 1990], p. 834)
Isso significa que nos Estados Unidos ocorre quase um divórcio para cada dois casamentos. (...)
Porque todos esses lares desfeitos? O que acontece com casamentos que se iniciam com amor
sincero e desejo de serem leais, fiéis e verdadeiros um para com o outro?
Não há uma resposta simples. Reconheço isso. Porém, parece-me que existem algumas razões
óbvias que justificam uma grande percentagem desses problemas. Digo isso pela experiência em lidar
com essas tragédias. Percebo ser o egoísmo a causa principal na maioria dos casos. (...)
(...) O remédio para a maior parte dos casamentos desgastados não está no divórcio. Está no
arrependimento. Não está na separação. Está na simples integridade que leva um homem a assumir e
encarar suas obrigações. É encontrada na Regra de Ouro.(...)
Pode existir de tempos em tempos uma causa legítima para o divórcio. Não digo que nunca seja
justificado. Mas digo, sem hesitação, que essa praga entre nós, que parece estar crescendo em todos os
lugares, não é de Deus, mas sim o trabalho do adversário da retidão, paz e verdade. (“What God Hath
Joined Together,” Ensign, May 1991, pp. 72–74)
Temos pessoas maravilhosas, mas temos muitas cuja família está se despedaçando. É um assunto
de grande seriedade. É a minha maior preocupação. Desejaria ver nosso povo caminhando na luz do
Senhor. É assim que irão encontrar a felicidade, é assim que irão progredir e prosperar, andando nos
caminhos que o Senhor nos preparou. (Church News Interview, June 7, 1995)
DÍZIMO
O dízimo é algo muito simples e preciso. O princípio, conforme se aplica a nós, está contido em
um versículo da seção cento e dezenove de Doutrina e Convênios. Esse versículo quatro é composto de
trinta e cinco palavras. Comparem-no com as extensas e complexas leis fiscais criadas e instituídas
pelos governos. De um lado é uma breve declaração do Senhor deixando ao indivíduo a
responsabilidade do cumprimento voluntário, movido pela fé. Do outro, uma teia emaranhada criada
por homens e imposta por lei. (...)
À guisa de testemunho pessoal, enquanto falamos das finanças da Igreja, reiteramos a promessa do
Senhor feita há muito tempo por intermédio do Profeta Malaquias, de que abrirá as janelas dos céus
para os que pagam honestamente o dízimo e as ofertas, e que as bênçãos prometidas serão tantas que
não haverá como recebê-las. Todo dizimista honesto pode testificar que o Senhor cumpre Sua
promessa. (“The Miracle Made Possible by Faith,” Ensign, May 1984, p. 47)
A Igreja é uma instituição rica, como muitos dizem?
A Igreja possui um substancial patrimônio, pelo que somos gratos. Esse patrimônio é representado
principalmente por imóveis em mais de oitenta países: prédios para funcionamento de alas e estacas;
escolas e seminários, cursos de nível superior e institutos; projetos de bem-estar; casas de missão e
centros de treinamento para missionários; e templos, dos quais temos um número substancialmente
superior ao que jamais tivemos no passado; e instalações para a obra genealógica. Mas é preciso
reconhecer que são todos bens onerosos e não produzem lucro. São instalações dispendiosas para
construir e manter. Não produzem riqueza material, mas ajudam a produzir e fortalecer os santos dos
últimos dias. São unicamente meios para um fim. São acomodações físicas para o funcionamento de
programas ligados à nossa responsabilidade de pregar o evangelho ao mundo, edificar a fé e atividade
dos membros vivos e levar avante a imperativa injunção do Senhor concernente à redenção dos mortos.
Possuímos algumas propriedades lucrativas, mas cujo provento serviria para manter a Igreja
funcionando por muito pouco tempo. O dízimo é a lei financeira do Senhor. Não existe outra lei
financeira que se compare a ela. É um princípio com promessa dado pelo próprio Senhor para o
benefício de seus filhos.
Em última análise, a única riqueza real da Igreja é a fé que tem o seu povo. (“Questions and
Answers,” Ensign, November 1985, pp. 49–50)
Nós podemos pagar nosso dízimo. Não se trata tanto de uma questão de dinheiro como de fé.
Ainda não encontrei um fiel dizimista que não possa testificar que, de maneira literal e maravilhosa, as
janelas dos céus se abriram, derramando ricas bênçãos sobre ele.
Exorto-vos (...) cada um de vocês, a provar o Senhor nesta importante questão. Foi ele quem deu o
mandamento e fez a promessa. Volto a Néfi, que naqueles dias de dificuldades e preocupação, disse aos
irmãos: “Sejamos fiéis aos mandamentos do Senhor; pois eis que Ele é mais poderoso que toda a terra.”
(1 Néfi 4:1) (“‘Let Us Move This Work Forward,’” Ensign, November 1985, p. 85)
O fato é que o dízimo é uma lei financeira do Senhor. Ele veio por intermédio de revelação Dele.
É uma lei divina com uma grande e bonita promessa. Aplica-se a todos os membros da Igreja que têm
renda. Aplica-se à viúva em sua pobreza assim como ao homem de posses em suas riquezas. (...) É
necessário somente compará-la com o imposto de renda para reconhecer a simplicidade que advém da
sabedoria de Deus em contraste com a complexidade advinda da sabedoria dos homens. (“The
Widow’s Mite,” BYU 1985–86 Devotional and Fireside Speeches, September 17, 1985, p. 9)
Serei sempre grato pelo pai e mãe que, tanto quanto me lembro, ensinaram-nos a pagar o dízimo.
Naqueles dias, na ala em que vivíamos, o bispo não tinha um escritório na capela. Íamos à sua casa a
cada mês de dezembro para fazermos o acerto anual do dízimo. Ainda me lembro de meus sentimentos
de apreensão ao caminhar dentro daquela casa para acertar meu dízimo com o Bispo John C. Duncan.
A quantia pode ter sido somente vinte e cinco centavos, uma vez que não tínhamos muito naqueles
tempos difíceis, mas era um honesto 10 por cento como calculávamos em nossa maneira infantil,
baseado nos pequenos versos que recitávamos na Escola Dominical:
Nunca sentimos ser um sacrifício pagar o dízimo. Sentíamos que era uma obrigação, que mesmo
sendo criancinhas estávamos fazendo nossa obrigação de acordo com a responsabilidade delineada pelo
Senhor, e que estávamos apoiando Sua igreja na grande obra que ela tinha para realizar.
Não o fazíamos com a expectativa de receber bênçãos materiais, embora pudéssemos testificar que
éramos muito abençoados. O Senhor abre as janelas dos céus e derrama Suas bênçãos em grande
medida. Sei que Ele abençoará todos os que obedecem a esse mandamento. (“The Sacred Law of
Tithing,” Ensign, December 1989, p. 4)
Não quero dizer que se você pagar um dízimo honesto realizará seu sonho de uma linda casa, um
Rolls Royce e um apartamento no Havaí. O Senhor abrirá as janelas dos céus de acordo com a nossa
necessidade, e não de acordo com a nossa ganância. Se pagarmos o dízimo para ficarmos ricos,
estaremos fazendo-o pela razão errada. O propósito básico para o pagamento do dízimo é prover a
Igreja com os meios necessários para levar avante a obra do Senhor. A bênção do doador é algo
secundário, e a bênção pode não ser sempre na forma de um benefício financeiro ou material. (“The
Sacred Law of Tithing,” Ensign, December 1989, p. 4)
Ouvimos alguns dizerem atualmente que não podem pagar o dízimo devido às pressões
financeiras. Recordo-me de uma experiência que tive como presidente da estaca alguns anos atrás. Um
homem veio até a mim para que eu assinasse sua recomendação do templo. Eu fiz-lhe as perguntas
rotineiras e perguntei, entre outras coisas, se ele estava pagando honestamente o seu dízimo. Ele
francamente respondeu que não, que ele não tinha condições devido a suas muitas dívidas. Senti que
deveria dizer-lhe que ele não conseguiria pagar suas dívidas até que pagasse o dízimo.
Ele continuou por um ano ou dois em seu curso habitual, e então tomou uma decisão. Ele falou
sobre ela algum tempo depois, quando me disse: “Suas palavras mostraram-se verdadeiras. Senti que
não poderia pagar meu dízimo por causa de minhas dívidas. Descobri que não importava o quanto me
esforçasse, não conseguia reduzi-las. Finalmente, minha esposa e eu nos sentamos juntos, conversamos
a respeito e concluímos que tentaríamos a promessa do Senhor. E assim o fizemos. De algum modo,
que não podemos entender completamente, o Senhor nos abençoou. Não nos fez falta o que pagamos a
Ele, e pela primeira vez em muitos anos estamos reduzindo nossas dívidas”. (“The Sacred Law of
Tithing,” Ensign, December 1989, p. 4)
Numa revelação dada em 8 de julho de 1838, Ele indicou que Seus santos “pagarão a décima parte
de toda a sua renda anual; e isto será uma lei permanente para eles, para meu santo sacerdócio, diz o
Senhor”. (D&C 119:4) (Belle S. Spafford Conference on Women, February 23, 1990)
Lembro-me de quando era pequeno e fiz uma pergunta ao meu pai, que era meu presidente de
estaca, concernente aos gastos dos fundos da Igreja. Ele lembrou-me que é minha obrigação, dada por
Deus, pagar os meus dízimos e as ofertas. Quando o faço, aquilo que dou não mais me pertence.
Pertence ao Senhor a quem eu o consagrei. O que as autoridades da Igreja fazem com ele eu não
preciso me preocupar. Eles responderão ao Senhor, que exigirá uma prestação de contas de suas mãos.
(“Rise to a Larger Vision of the Work,” Ensign, May 1990, p. 96)
Aqueles que pagam o dízimo não o fazem sob coação de exigência legal. Ninguém é desassociado
ou excomungado porque deixa de pagá-lo. Mas centenas de milhares, milhões de nosso povo, fazem-no
fielmente, honestamente e de bom grado. Eles fazem-no devido à convicção que possuem em seu
coração de que a obra é verdadeira e a lei é divina. (“My Testimony,” Ensign, November 1993, p. 53)
Sou muito grato pela lei do dízimo. Acredito nela de todo o meu coração. Outro dia minha esposa
estava em busca de alguns velhos papéis. O que ela encontrou? Um recibo de dízimo de um dos nossos
filhos. Ele pagou vinte e três centavos naquele ano quando ainda era menino. Acho que custou mais do
que isso ao bispo para escrever o recibo. Sei que ela gastou mais que isso para remetê-lo ao nosso filho.
Ela gastou vinte e dois centavos para enviar um recibo de dízimo de vinte e três centavos para o nosso
filho. Mas valia isso, vinte e três centavos? Valeu o bispo ter despendido seu tempo para se sentar e
fazer o recibo? Eu não sei o que [meu filho] pagou desde aquela época. Ele foi bispo, trabalhou na
presidência da estaca e outros chamados. Ele é banqueiro. Acredito que ele já pagou no total muitos,
muitos milhares de dólares. Por quê? Porque o princípio foi implantado em seu coração quando ele era
menino. (Nottingham England Fireside, August 30, 1995)
Um dia desses fomos à Catedral de Canterbury e apreciamos muito o tempo que lá passamos. Eles
estão tendo muita dificuldade para conseguir os fundos necessários para conservá-la. Quando
estávamos indo em direção a Nottingham, paramos em uma cidade chamada Hinckley só porque ela e
eu temos o mesmo nome. Fomos à velha igreja paroquial, construída no século treze. Fiquei estarrecido
com o que vi naquela velha e bonita igreja. Havia uma lanchonete de um lado e uma outra loja do outro
lado que vendia produtos alimentícios e utensílios domésticos, coisas de todo tipo dentro da Igreja. Por
quê? Para conseguir algum dinheiro para manter a igreja. O que aconteceu com a antiga lei do dízimo?
(...)
Espero que vocês estejam pagando o dízimo, meus irmãos santos dos últimos dias. A Igreja
atualmente pode se manter sem o seu dinheiro, mas vocês não podem ser bem-sucedidos sem as
bênçãos do Senhor. Isso eu lhes afirmo. O dízimo tornou possível levar adiante esse trabalho. Estamos
agora construindo instalações em todo o mundo. Esse trabalho está atualmente estabelecido em mais do
que 150 países. Estamos construindo atualmente mais que 350 novas instalações por ano para
acomodar as necessidades das pessoas. Que maravilhoso poder dizer, em qualquer lugar que vá e
encontre uma capela: “Tive parte nisso por intermédio do pagamento dos meus dízimos e ofertas”. Que
o Senhor os abençoe para que sejam honestos para com Ele nesse assunto de extrema importância.
(Liverpool England Fireside, August 31, 1995)
Tenho visto o suficiente em minha vida para conseguir um forte e firme testemunho concernente à
veracidade da promessa de que o Deus dos Céus abrirá as janelas dos céus e derramará Suas bênçãos
sobre nós, se cumprirmos a nossa parte no convênio [do dízimo]. Não acredito que teremos um
converso firme na Igreja até que pague o dízimo. (...) O cumprimento dessa lei será o teste de seu amor
pela obra e de sua lealdade a ela. Acredito que de algum modo precisamos colocar isso no coração, que
o dízimo é uma oportunidade e uma bênção e não algo facultativo que desconsideramos com
impunidade. (Meeting with General Authorities and Wives, April 10, 1996)
Chorei ao ver a pobreza e o sofrimento das pessoas nesta parte da Terra. Compadeço-me delas.
Não sei qual será a solução, exceto o evangelho de Jesus Cristo. Acho que será a única coisa que irá
ajudá-las e abençoá-las na vida. Se elas, mesmo vivendo na pobreza e miséria, puderem olhar para
Deus com esperança e fé, o Senhor irá apoiá-las nos momentos de tristeza. Além disso, acredito de todo
o meu coração que se aceitarem o evangelho e o viverem, pagarem os dízimos e ofertas, mesmo que
sejam de pouco valor, o Senhor manterá a Sua antiga promessa em favor delas, e terão arroz em suas
tigelas, roupas em seu corpo e um teto sobre sua cabeça. Não vejo nenhuma outra solução. Eles
necessitam de um poder maior do que qualquer poder terreno para erguê-los e ajudá-los. (Philippines
Cebu Missionary Meeting, June 1, 1996)
DOUTRINA E CONVÊNIOS
Doutrina e Convênios é inigualável entre nossos livros de escritura. É a constituição da Igreja.
Embora Doutrina e Convênios inclua escritos e declarações de diversas origens, é basicamente um livro
de revelações dadas por intermédio do Profeta desta dispensação.
Essas revelações se iniciam com uma vibrante declaração dos abrangentes propósitos de Deus na
restauração do Sua grande obra nos últimos dias:
“Escutai, ó povo da minha igreja, diz a voz daquele que habita no alto e cujos olhos estão sobre
todos os homens; sim, em verdade vos digo: Escutai, ó povos distantes e vós, que estais nas ilhas do
mar, escutai juntamente.
Pois em verdade a voz do Senhor dirige-se a todos os homens e ninguém há de escapar; e não
haverá olho que não veja nem ouvido que não ouça nem coração que não seja penetrado”. (D&C 1:1–2)
Com esse início majestoso, descortina-se um maravilhoso panorama doutrinário que advém da
fonte de verdade eterna. Uma parte é revelação direta, que o Senhor ditou para Seu profeta, outra é a
linguagem de Joseph Smith, escrita ou falada de acordo com a inspiração do Espírito Santo. Também
está incluída a narrativa feita por ele de fatos ocorridos em circunstâncias diversas. Tudo isso reunido
constitui, de forma substancial, a doutrina e as regras de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias. (“The Order and Will of God,” Ensign, January 1989, p. 2)
Vejo com assombro a vida de Joseph Smith, um rapaz do campo, de Palmyra, Estado de Nova
York. Sua educação escolar era pouca. Pouco sabia a respeito de uma sala de aula. Suas oportunidades
de ler foram poucas. Mas, como instrumento nas mãos do Todo-Poderoso, ele proferiu palavras que se
tornaram a lei e o testemunho desta obra grandiosa e vital. Doutrina e Convênios é um canal para as
revelações do Senhor a Seu povo.
É surpreendente a variedade de assuntos de que trata o livro. Entre eles, estão princípios e
procedimentos concernentes ao governo da Igreja. Estão estabelecidas regras únicas e extraordinárias
de saúde, com promessas tanto físicas como espirituais. O convênio do sacerdócio eterno é descrito de
uma forma que não se encontra em nenhum outro lugar nas escrituras. Os privilégios e bênçãos, e as
limitações e oportunidades dos três graus de glória são anunciados com base na breve menção de Paulo
sobre a glória do sol, da lua e das estrelas. O arrependimento é proclamado em uma linguagem clara e
vigorosa. É estabelecido o modo correto do batismo. A natureza da Trindade, que tem perturbado os
teólogos por séculos, é descrita em uma linguagem que todos conseguem entender. A lei do Senhor a
respeito de finanças é estabelecida, ordenando como os fundos para administração da Igreja devem ser
adquiridos e usados. A obra de salvação dos mortos é revelada para abençoar os filhos e filhas de Deus
de todas as gerações.
Fica evidente, com a leitura de Doutrina e Convênios, que Joseph Smith tinha uma compreensão
completa dos eternos propósitos de Deus. (“The Order and Will of God,” Ensign, January 1989, p. 4)
O grande objetivo desta causa e reino advém do entendimento das notáveis revelações encontradas
em Doutrina e Convênios.
Como a Igreja deve ser organizada? Encontra-se lá. Como é a vida além do túmulo e os reinos do
outro mundo? Está tudo lá. Quais são as maravilhosas bênçãos que podem ser concedidas às mulheres
na Igreja? Encontram-se na Seção 25. E sobre as noções fundamentais de uma vida saudável? Verifique
a Seção 89. Como deve a Igreja ser financiada? Está claramente estabelecido. Este formidável livro é
certamente uma das grandes evidências da divindade do chamado de Joseph Smith como profeta nesta
dispensação da plenitude dos tempos.
Ao apresentar Doutrina e Convênios àqueles a quem ensinam, espero que não desperdicem tempo
com discussões especulativas. As revelações são de origem relativamente recentes. Elas não estão
distantes no tempo. As circunstâncias em que foram recebidas são bem conhecidas. As doutrinas são
claras e facilmente entendidas. Ensine-os como a palavra de Deus revelada nesta dispensação. (Church
Educational System Conference, June 23, 1989)
DROGAS
Toda pessoa que participa do consumo de drogas ilícitas tem em suas mãos um pouco do sangue
daqueles que foram mortos ou feridos na luta para impedir o cultivo e exportação desses produtos
destrutivos. (“The Scourge of Illicit Drugs,” Ensign, November 1989, p. 50)
Gostaria de dizer umas poucas palavras sobre uma questão que se encontra em demasia na
imprensa hoje em dia. É o uso generalizado de drogas ilegais com todas as implicações a ele
associadas. (...)
(...) Acredito que somente quando um maior número de pessoas concluir em seu coração e mente
que os frutos do uso de drogas são somente tristeza e problemas, remorso, e até mesmo a morte
ocorrerá então uma mudança significativa.
Recebi a poucos dias uma carta de um agente do governo que há anos vem participando da luta
contra drogas ilegais. Ele diz: “Eu sei por experiência própria o flagelo que os narcóticos ilícitos são
para este país e outros. O desperdício de recursos humanos e monetários mundiais causados por esse
dilema é inestimável e ameaça até mesmo os alicerces da liberdade. Tenho visto famílias dissolvidas,
moral destruída e vidas perdidas, direta e indiretamente pelos efeitos das drogas”.(...)
Alguns têm (...) alegado como justificativa que a Palavra de Sabedoria não menciona drogas. Que
desculpa infeliz. Não menciona igualmente os perigos de mergulhar numa piscina vazia ou saltar de um
viaduto sobre uma rodovia. Mas quem duvida das conseqüências mortais desses atos? O bom senso por
si só desaconselha tal comportamento.
Independente da Palavra de Sabedoria, existe uma razão de origem divina para se evitar as
substâncias danosas.
Estou certo de que seu uso é uma afronta a Deus. Ele é o nosso Criador. Nós somos feitos à Sua
imagem. Este corpo maravilhoso é obra de Suas mãos. Será que alguém acredita poder deliberadamente
ferir ou prejudicar seu corpo sem afrontar o Criador? É-nos dito inúmeras vezes que o corpo é o
tabernáculo do espírito, que se trata de um templo sagrado para o Senhor. Relata-se que, numa época de
terrível conflito entre os nefitas e lamanitas, os primeiros que haviam sido pessoas fortes, tornaram-se
“fracos como seus irmãos, os lamanitas, e que o Espírito do Senhor não mais os preservava; sim, havia-
se afastado deles, porque o Espírito do Senhor não habita em templos impuros”. (Helamã 4:24) (...)
(...) Poderá alguém duvidar que ingerir tais drogas prejudiciais à mente e ao corpo é um ato ímpio?
Alguém pensa que o Espírito de Deus pode habitar no templo de um corpo profanado por tais
elementos destrutivos? Se algum jovem envolvido com tais coisas estiver-me ouvindo que resolva de
imediato e com toda determinação de que é capaz, nunca mais voltar a tocar nelas. (“A Plague on the
World,” New Era, July 1990, pp. 4–6)
Não podem se dar ao luxo de brincar com as drogas. Certamente devem ser extremamente gratos
por seu corpo e mente, a própria substância de sua vida mortal. Certamente devem saber que a saúde é
um bem muito precioso. Certamente reconhecem que, pelos anos que têm à frente, necessitarão de
saúde física e acuidade mental para viver produtivamente e merecer o respeito das pessoas com quem
conviverem. Sem dúvida não irão fraturar um braço ou perna deliberadamente só por brincadeira. Os
ossos quebrados se soldam e voltam a funcionar novamente. Mas a mente deformada por drogas, ou o
corpo debilitado ou deturpado por essas substâncias maléficas não se recupera facilmente. A destruição
da auto-estima e auto-confiança induzida pelas drogas é praticamente irreversível.
Àqueles que as estejam usando, eu repito, parem imediatamente. E aos que futuramente possam
ser tentados, aconselho que resistam. Ponderem que são filhos de Deus, nosso Pai Eterno, dotados de
faculdades mentais e físicas que os ajudarão a ocupar um lugar significativo no mundo em que vivem.
Não desperdicem seu futuro. Não arrisquem o bem-estar de sua posteridade. (“A Plague on the World,”
New Era, July 1990, pp. 6–7)
Em outros séculos houve pragas que assolaram a Inglaterra e as nações da Europa. Elas surgiam
como um raio, causando a morte de dezenas de milhares de pessoas. O moderno flagelo das drogas
tornou-se uma praga mundial. Na maioria dos casos, porém, a morte que traz não é rápida mas, pelo
contrário, prolonga-se por muito tempo vivido em miséria, sofrimento e remorso. Ao contrário das
pragas antigas, contra as quais não havia defesa conhecida, no caso das drogas ilícitas ela é clara e
relativamente fácil. Reside em simplesmente abster-se de tocá-las. (National Conference of Christians
and Jews Banquet, February 21, 1995)
Não se envolvam com drogas ilegais. Não toquem nelas. Nunca as provem. Peço a vocês, a cada
uma de vocês, que se esquivem delas assim como se esquivariam de veneno.(...) Um grande futuro os
espera. Sua vida está cheia de promessas radiantes. A maioria de vocês um dia desejará casar-se e ter
filhos. O uso de drogas ilegais pode causar uma deficiência terrível, não só em vocês, mas em seus
filhos. Não hesito em dizer que, se vocês se envolverem com essas coisas, irão arrepender-se. Se
tiverem disciplina para evitá-las, terão motivo para se alegrarem. (“Stand True and Faithful,” Ensign,
May 1996, p. 92)
Fique longe das drogas! Elas o destruirão de diversas maneiras. Destruirão sua saúde. Destruirão o
auto-respeito. Destruirão seu caráter, sua honestidade, sua integridade. Elas o destruirão
completamente. Fique longe delas, é meu veemente pedido, que faço com humildade a cada um de
vocês. Você pode passar sem as drogas. (Southern Utah University Institute of Religion Devotional,
February 11, 1997)
ECONOMIA
Ver também Dívidas; Auto-Disciplina; Trabalho
Vivemos numa época de propagandas persuasivas e de vendedores habilidosos, tudo destinado a
nos atrair para comprar. Uma mulher ou homem esbanjador pode pôr em risco qualquer casamento.
Considero ser um bom princípio cada um ter alguma liberdade e independência com os gastos
necessários do dia-a-dia, e ao mesmo tempo sempre discutir, consultar e concordar com relação a
despesas maiores. Haveria menos decisões precipitadas, menos investimentos insensatos, menos
perdas, menos falências se maridos e mulheres consultassem um ao outro em tais assuntos e buscassem
e procurassem o conselho de outras pessoas. (“Cornerstones of a Happy Home,” Husbands and Wives
Fireside Satellite Broadcast, January 29, 1984)
Eu os elogio por sua virtudes de economia e industriosidade. Ao elogiá-los, não desejo que sejam
avarentos, perdoem-me a expressão, ou mesquinhos, ou qualquer coisa desse tipo. Porém, é o trabalho e
a economia que fazem com que a família seja independente. As dívidas podem ser algo terrível. É tão
fácil contraí-las e tão difícil saldá-las. Só se consegue dinheiro emprestado a um preço, e esse preço
pode ser difícil de suportar. A falência geralmente é o fruto mais amargo da dívida. É um fim trágico de
um processo simples. (“‘Thou Shalt Not Covet,’” Ensign, March 1990, p. 4)
Lamento o desperdício. Lamento a extravagância. Valorizo a economia. Acredito na prudência e
no conservadorismo. (“Rise to a Larger Vision of the Work,” Ensign, May 1990, p. 96)
Acredito no princípio da economia. Estamos testemunhando nos Estados Unidos uma enorme
queda nos negócios a um grau e extensão não vistos por um bom tempo. Muito do que está ocorrendo é
fruto de empréstimo imprudente, de dívidas tão grandes que não podem ser pagas. Temos visto bilhões
e bilhões perdidos na quebra de instituições de poupança e empréstimos que se viram imprensadas
contra a parede porque os que tomaram dinheiro emprestado não cumpriram suas obrigações. Temos
visto grandes bancos balançarem e desmoronarem porque aqueles a quem emprestaram dinheiro não
puderam pagar suas dívidas.
Os bens da Eastern Airlines, antes uma grande e orgulhosa instituição de negócios nos Estados
Unidos, foram recentemente leiloados a quem pagasse mais. Ela não pode cumprir suas obrigações.
Outras companhias de aviação faliram. A Pan American já foi tida como a maior companhia de aviação
comercial do mundo. Em mais de uma ocasião, viajei pela Pan Am para Tokyo e outras grandes
cidades do Oriente, para a Austrália, India, Suiça, Alemanha, Inglaterra, para os países da América do
Sul e outros lugares onde esta poderosa rainha era simplesmente a melhor. (...) Ela tomou emprestado
além da sua capacidade de pagar, e passo a passo, vendeu suas rotas e encontra-se atualmente em
concordata. (“Articles of Belief,” Bonneville International Corporation Management Seminar, February
10, 1991)
EDUCAÇÃO
Ver também Conhecimento
No decorrer dos anos a Igreja tem posto vastas somas de dinheiro na educação, secular e também
religiosa. Desde o começo deste trabalho, nossos líderes têm-nos ensinado a importância de
treinamento.
Sejam sábios. Não se privem da escolaridade que engrandecerá seu futuro para satisfazer o desejo
de um prazer imediato e passageiro. Cultive um horizonte em sua vida. A maioria de vocês viverá por
um bom tempo. (“Four B’s for Boys,” Ensign, November 1981, p. 40)
Seja esperto.
Não quero dizer com isso que você deva ser um espertalhão ou qualquer coisa que a isso se
assemelhe. Quero dizer, seja sábio. Seja esperto ao treinar sua mente e mãos para o futuro. Cada um de
vocês é membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. (...) Você tem a obrigação de
fazer de sua vida o melhor que puder. Planeje agora toda a educação que deseje obter e então esforce-se
para atingir este objetivo. (...)
Não estou sugerindo que todos devam tornar-se profissionais. O que sugiro é: qualquer coisa que
escolha fazer, adquira o treinamento necessário. Qualifique-se. Tire proveito da experiência e
conhecimento daqueles que lhe antecederam na área que escolher. A educação é o caminho mais curto
para se adquirir competência. Ela possibilita dar um salto sob os erros do passado. (“Four B’s for
Boys,” Ensign, November 1981, p. 40)
Na Igreja temos uma forte tradição com referência à qualidade da educação. No decorrer dos anos
temos dedicado uma parcela substancial do orçamento da Igreja à educação, tanto secular como
religiosa. Como povo, temos apoiado o ensino público. Devemos dar nosso apoio onde exista uma
necessidade comprovada. Tal procedimento pode representar um investimento na vida de nossos filhos,
nossa comunidade e nação. Contudo, não devemos presumir que todos os problemas possam ser
solucionados com um aumento de recursos. É necessário que se faça uma análise das prioridades e um
cuidadoso balanço dos custos. Que possamos dar nosso apoio, mas que também sejamos prudentes com
respeito aos recursos das pessoas. (“Be Not Deceived,” Ensign, November 1983, p. 45)
Desde cedo exponham as crianças aos livros. A mãe que deixa de ler para seus filhos pequenos
causa dano a eles e a si mesma. Leva tempo, sim, muito tempo. É necessário ter auto-disciplina. É
preciso organizar e controlar bem os minutos e horas do dia. Mas nunca será enfadonho ver mentes tão
jovens conhecer personagens, expressões e idéias. A boa leitura pode-se tornar uma grande paixão,
muita mais produtiva nos seus efeitos a longo prazo do que qualquer outra atividade em que as crianças
despendam seu tempo. Estima-se que “em média as crianças neste continente assistam a cerca de 8.000
horas de TV antes de começarem a freqüentar a escola”. Isso é em grande parte de valor questionável.
Pais, esforcem-se para criar uma atmosfera em seu lar. Faça com que seus filhos estejam expostos
aos grandes pensadores, às grandes idéias, às verdades eternas e a todas as coisas que irão edificá-los e
motivá-los para o bem.
O Senhor disse a este povo: “Nos melhores livros buscai palavras de sabedoria; procurai
conhecimento, sim, pelo estudo e também pela fé”. (D&C 88:118) Gostaria de exortar a cada pai dentro
dos limites de minha voz a criar em seu lar uma atmosfera de aprendizado e crescimento. (“The
Environment of Our Homes,” Ensign, June 1985, pp. 4–5)
Quando era menino morávamos numa casa grande e antiga. Uma das salas era chamada de
biblioteca. Tinha uma mesa sólida e um bom abajur, três ou quatro cadeiras confortáveis com boa
iluminação e livros nas prateleiras que contornavam as paredes. Havia muitos volumes. Eram as
aquisições de meu pai e minha mãe durante um período de muitos anos.
Nunca fomos forçados a lê-los, mas eles estavam colocados de um modo bem acessível onde
podíamos pegá-los quando desejássemos.
Havia silêncio naquela sala. Entendíamos que ali era um ambiente de estudos.
Havia também revistas: as revistas da Igreja e duas ou três outras boas revistas. Havia livros de
história e literatura, livros de assuntos técnicos, dicionários, uma coleção de enciclopédias e um atlas
mundial. Não havia televisão naquela época, naturalmente. O rádio surgiu enquanto eu ainda estava em
crescimento. Mas havia um ambiente (...) de aprendizado. Eu não farei vocês pensarem que éramos
grandes eruditos. Mas éramos expostos à boa literatura, às grandes idéias de grandes pensadores, e à
linguagem de homens e mulheres que pensavam com profundidade e escreviam magnificamente. (“The
Environment of Our Homes,” Ensign, June 1985, p. 4)
Acredito na busca da educação. O que é educação? Reduzindo-a a mais simplística definição, é o
treino da mente e do corpo. Que coisa maravilhosa é o processo em que o conhecimento cumulativo de
séculos é resumido e filtrado para que num curto período de tempo se possa aprender o que foi
adquirido através de longos períodos de pesquisas, tentativas e erros. A educação é um grande processo
de conversão sob o qual o conhecimento abstrato transforma-se em uma atividade útil e produtiva. É
algo que nunca necessita parar. Não importa qual seja a nossa idade podemos adquirir conhecimentos e
fazer uso deles. Podemos adquirir sabedoria e nos beneficiarmos dela. Podemos entreter-nos através do
milagre da leitura e exposição às artes; elas acrescentam bênçãos no decorrer de nossa existência.
(“Articles of Belief,” Bonneville International Corporation Management Seminar, February 10, 1991)
À medida que seguem em frente com sua vida, eu os desafio a nunca esquecerem que a educação
do Espírito é tão importante, se não for mais, que a educação da mente. (...)
Existe uma tendência da parte de alguns formandos em dizer: “Finalmente tudo ficou para trás.”
Não, existe muito mais para frente do que o que foi deixado para trás. Vivemos num mundo onde o
conhecimento se desenvolve cada vez mais rápido. Beba sempre deste contínuo poço de sabedoria e
experiência humana. Se você quiser parar agora, irá somente tolher seu desenvolvimento intelectual e
espiritual. Seja eternamente assim: leia, leia e leia. Leia a palavra de Deus nos sagrados livros de
escritura. Leia a literatura de todos os tempos. Leia o que está sendo dito em nossos dias e o que será
dito no futuro. (“A Three-Point Challenge,” BYU Commencement Address, April 27, 1995)
Jovens, as pequenas decisões que vocês tomam podem afetar muito sua vida. Devo ir para a escola
ou não? Devo continuar a estudar? Essa é uma grande decisão para alguns de vocês. Nossa doutrina
sugere (...) que quanto mais educação recebermos maior será nossa oportunidade de servir, e nunca se
deve esquecer que o Senhor ordenou aos membros desta Igreja que aprendam pelo estudo e também
pela fé. É por isso que a Igreja mantém a maior universidade particular da nação, se não do mundo
inteiro. A Igreja encoraja seus jovens a obterem mais educação para que se qualifiquem a conseguir um
lugar na sociedade de que farão parte. Tomem decisões corretas. Tenham uma visão maior. (Pocatello
Idaho Biregional Conference, June 4, 1995)
Este é um dia de grandes oportunidades para vocês jovens, é uma época maravilhosa para se estar
na Terra. Todo o conhecimento das eras anteriores está a seu dispor. Vocês estão expostos a todo o
conhecimento daqueles que caminharam na Terra, aprendizado esse que está sendo resumido em cursos
onde se pode adquiri-lo em um tempo relativamente curto; é o conhecimento que os homens levaram
séculos para adquirir. Não se restrinjam. Não percam essa grande oportunidade. Busquem-no,
trabalhem e estudem com empenho. (Smithfield/Logan Utah Regional Conference, April 21, 1996)
Adquira toda a educação que puder, é o que eu gostaria de dizer para os jovens. Cultive
habilidades manuais e intelectuais. A educação é a chave para a oportunidade. O Senhor colocou sobre
nós, como membros da Igreja, a obrigação de estudar e aprender as coisas espirituais, mas as coisas
materiais também. Adquira toda a educação que puder, mesmo que isso signifique um grande sacrifício
enquanto jovem. Você abençoará a vida de seus filhos. Você abençoará a Igreja por que refletirá honra
à este trabalho. (Copenhagen Denmark Fireside, June 14, 1996)
Não é suficiente somente viver e sobreviver. Todo membro da Igreja tem o dever, ordenado pelo
Senhor, de preparar-se para contribuir com algo que possa trazer proveito para a sociedade. O Senhor
deixou bem claro em Doutrina e Convênios que devemos educar-nos pelo estudo e pela fé das coisas
debaixo da Terra, na Terra, e acima da Terra, das guerras e complexidades das nações, dos tempos e
estações de todas as coisas da Terra. (Ver D&C 88:79) Exorto nossos jovens a serem famintos de
educação. Vocês estarão fazendo a vontade do Senhor ao educarem sua mente e mãos para um trabalho
no futuro, com o qual poderão contribuir com o mundo de que fazem parte. Sacrifiquem-se para isso,
trabalhem, economizem, planejem e executem. (Hailey 1st and 2nd Wards Sacrament Meeting, Sun
Valley, Idaho, June 30, 1996)
Adquiram toda a educação que puderem. Repito: não importa o que vocês queiram ser desde que
seja algo respeitável. Um mecânico de carros, um pedreiro, um eletricista, um médico, um comerciante,
mas não um ladrão. Mas qualquer coisa que sejam, aproveitem a oportunidade e adquiram treinamento
e façam o melhor que puderem. A sociedade irá recompensá-lo de acordo com o seu valor, da maneira
que ela o percebe. Hoje é o grande dia de preparação para cada um de vocês. Se isso significa
sacrifício, então sacrifique-se. Esse sacrifício se tornará o melhor investimento que você já fez, você
colherá seus frutos por todos os dias de sua vida. Seja sábio. Seja sábio nos seus estudos. Faça o melhor
que puder. Talvez você não seja um aluno nota 10, ou 9, talvez você não seja um gênio; a maioria de
nós não somos. Li um artigo muito tempo atrás: “Chega de Prodígios”, que relata a história de um
grande número daqueles que eram sabidos demais. Concluo que o trabalho do mundo é feito por
pessoas comuns que aprenderam a trabalhar de um modo extraordinário. Você não precisa ser um gênio
para se destacar. Seja esperto na maneira em que realiza suas tarefas. (Eugene Oregon Regional
Conference, September 15, 1996)
EGOÍSMO
O antídoto para o egoísmo é o serviço, é buscar os que nos cercam, os que se encontram em nosso
lar e além das paredes de nosso lar. Uma criança que cresce num lar onde haja um pai egoísta e
ganancioso está propensa a desenvolver as mesmas tendências em sua vida. Por outro lado, uma criança
que veja seu pai e mãe renunciar a confortos para irem em busca dos que se encontram aflitos, irá,
provavelmente seguir o mesmo padrão quando atingir a maturidade. (“The Environment of Our
Homes,” Ensign, June 1985, p. 4)
Falo de conflitos, brigas, discussões que representam um mal debilitante que aflige
particularmente as famílias. Se houver tais problemas no lar de qualquer um ao alcance de minha voz,
admoesto-os a recorrerem ao poder sanador de Cristo. Disse Jesus no Sermão da Montanha: “Ouvistes
que foi dito: Olho por olho, e dente por dente.
Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe
também a outra. (...)
E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas”. (Mateus 5: 38–41)
A aplicação desse princípio, difícil de viver mas maravilhoso em seu poder sanador, teria um
efeito milagroso em nossos lares conturbados. A causa de grande parte de nosso infortúnio é o egoísmo,
que é um mal corrosivo. O poder sanador de Cristo, encontrado na doutrina da segunda milha, faria
maravilhas para aplacar discussões e acusações, críticas e maledicências. (“The Healing Power of
Christ,” Ensign, November 1988, p. 54)
ENSINO
As moças da Igreja merecem e necessitam de líderes e professoras de grande capacidade e fé,
mulheres para quem elas possam olhar com admiração e respeito, mulheres que sejam exemplos para
garotas que estão crescendo e se preparando para missões na vida, com a felicidade em mente, com a
força do futuro da Igreja, para dar ênfase a esta grande obra. (Regional Representatives Seminar, April
1, 1988)
Precisamos fazer um trabalho mais completo no processo de ensino para que o Espírito penetre no
coração das pessoas. É mais do que intelectual, mais do que um processo mental. Deve ser algo do
coração, do espírito. (Ireland Dublin Missionary Meeting, September 1, 1995)
Devemos fortalecer-nos e também os membros para que nossos professores falem usando mais o
coração do que os livros, para que comuniquem o amor pelo Senhor e Seu precioso trabalho, para que
de algum modo acendam uma chama no coração daqueles que estão sendo ensinados. (General
Authority Training Meeting, April 2, 1996)
Estamos sendo reconhecidos através do mundo pelo que somos, professores da retidão,
professores da verdade, professores da paz, professores da bondade, professores da salvação para a
humanidade. Como isso é maravilhoso! (Japan Tokyo North, Japan Tokyo South, and Japan Sendai
Missionary Meeting, May 18, 1996)
Já falei antes sobre a importância de manter a doutrina da Igreja pura e verificar que ela seja
ensinada em todas as nossas reuniões. Isso me preocupa. Pequenas aberrações nos ensinamentos
doutrinários podem levar a grandes e maldosas falsidades. (General Authority Training Meeting,
October 1, 1996)
ENSINO FAMILIAR
Muitos de vocês são mestres e sacerdotes e também mestres familiares. Vocês têm autoridade
neste trabalho de serem mestres do arrependimento; ou seja, incentivar os santos dos últimos dias por
quem vocês têm alguma responsabilidade a viverem os princípios do evangelho mais fielmente. Um
rapaz que é um sacerdote vem a minha casa com seu pai como mestre familiar. Ele tem a oportunidade
e a responsabilidade de incentivar-me a viver mais completamente os princípios do evangelho
restaurado de Jesus Cristo.
O grande encargo de nosso trabalho no ministério do Senhor é ensinar o arrependimento,
incentivar as pessoas a resistirem ao pecado e caminharem de modo íntegro diante do Senhor. Esse é o
evangelho do arrependimento, e é sua a responsabilidade e a autoridade através do sacerdócio que
possuem de ensinar o evangelho do arrependimento. Vocês reconhecem, naturalmente, que para serem
bem sucedidos, sua própria vida deva ser um exemplo. (“The Priesthood of Aaron,” Ensign, November
1982, p. 46)
Éramos também designados mestre familiares, mestres do quarteirão, como éramos designados
naquela época.
Recordo-me vividamente da minha primeira designação. Eu faria visitas com um dos sumos
sacerdotes da ala. Ele me ligou e marcou a visita. Eu estava muito pouco entusiasmado em sair com
aquele senhor. Mas na noite designada para fazermos a visita, vesti minhas melhores roupas e caminhei
em direção à sua casa. Eu era um menino de quinze anos e ele era um homem que eu calculava ter
cerca de sessenta. Tímidamente bati em sua porta. Ele convidou-me calorosamente para entrar. Ele
disse que iríamos fazer uma oração antes que saíssemos. Fomos ao seu quarto. Ajoelhamo-nos ao lado
da cama, e ele ofereceu a oração. Ele agradeceu ao Senhor por eu poder ir com ele como seu
companheiro, e orou para que o Senhor me abençoasse. Para vocês pode soar como algo muito simples,
mas teve um grande efeito sobre mim.
Nós visitamos cerca de quatro ou cinco famílias naquela noite, e em cada casa ele pedia que eu
dissesse alguma coisa. Não tenho nenhuma lembrança do que disse naquela ocasião. Mas quando
terminávamos nossa visita em cada casa, os membros da família apertavam nossa mão e diziam
palavras de gratidão. O crescimento advindo daquela experiência pode ter sido pequeno e quase
imperceptível, mas se tornou parte da essência de minha vida. (Priesthood Restoration Commem-
oration Fireside, May 6, 1990)
Vocês têm uma responsabilidade inevitável de irem aos lares das pessoas e ensinarem-lhes o
evangelho. Cuidem para que não haja iniqüidade, calúnia, ou falar mal do próximo e edifiquem a fé.
Verifiquem se estão passando bem em termos materiais. É uma grande responsabilidade. (...) Não
desempenhamos tão bem como deveríamos o nosso chamado de mestre familiar. Poderíamos fazê-lo
muito melhor. (Anchorage Alaska Regional Conference, priesthood leadership session, June 17, 1995)
Fazer as visitas de mestre familiar não é muito trabalho; exige apenas um pouco de fé. (Tacoma
Washington Regional Conference, priesthood leadership session, August 19, 1995)
Espero que os mestre familiares e as professoras visitantes aprendam duas coisas: primeiro, o
desafio da responsabilidade que reside em seu grande chamado, e segundo, o encanto que resulta de seu
trabalho, particularmente com aqueles entre nós que são menos ativos. Espero que esses mestres se
ajoelhem e orem pedindo orientação, e então saiam para trabalhar e tragam os pródigos que se
encontram afastados de volta ao aprisco da Igreja. Se os mestres familiares e as professoras visitantes
cumprirem esse desafio, eu honestamente acredito que experimentarão o doce e maravilhoso
sentimento que é ser um instrumento nas mãos do Senhor ao levar alguém de volta às atividades de Sua
Igreja e reino. (Reception for LDS Congressional Leaders, November 12, 1995)
Nosso povo precisa de ajuda. Eles têm tantos problemas: sociais, domésticos, conjugais, tantos
problemas. Precisamos ajudar. Precisamos ter mais mestres familiares entre eles para fortalecê-los, para
ouvi-los, para elevá-los e incentivá-los, ajudando-os nas dificuldades da vida. (Charlotte North Carolina
Regional Conference, priesthood leadership session, February 24, 1996)
EQUILÍBRIO
Ver também Prioridades
Eu acho que todos os líderes da Igreja, todos nós nesta Igreja, servimos em capacidade semi-
integral e temos uma responsabilidade quádrupla. Em primeiro lugar, temos responsabilidade para com
nossa família e necessitamos compartilhar nosso tempo com ela. Que proveito teria o homem de ganhar
o mundo e perder a si mesmo, parafraseando o Salvador. Todo homem tem responsabilidade perante
sua família. Nenhum de nós pode escapar disso. (...) Temos de encontrar tempo para estar com a
família. Isso é básico e é fundamental.
Se temos um emprego, temos responsabilidade para com o nosso empregador. Nós não estamos
livres para enganá-lo, por assim dizer, para cuidar dos assuntos do quórum de élderes. Temos a
responsabilidade, como homens íntegros e honestos, de agir honestamente para com o nosso
empregador.
Temos responsabilidade perante o Senhor, naturalmente, de realizar aquilo que é esperado de nós
como servos na Sua casa.
E convém acrescentar, temos responsabilidade conosco mesmo de dispor de algum tempo para
meditar um pouco, fazer um pouco de exercício ou outra atividade.
Bem, é uma responsabilidade quádrupla. Como encontrar o equilíbrio? Eu não acho que seja
difícil. Servi em muitos chamados nesta Igreja. Sou pai de cinco filhos, que eram jovens e estavam em
fase de crescimento enquanto eu servia nesses diversos chamados. Passávamos as férias juntos e nos
divertíamos muito. Aproveitamos a vida. Fazíamos nossas noites familiares juntos e fazíamos o que a
Igreja esperava que fizéssemos. É um programa que traz segurança; ele é inspirado.
Como presidente de estaca acho que posso dizer que não negligenciei minha família. Penso que se
meus filhos estivessem aqui eles confirmariam o que lhes digo. Acho que nunca deixarei de sentir-me
grato por eles terem crescido e se tornado santos dos últimos dias fiéis, que assumem perfeitamente
suas responsabilidades. O crédito vai para a mãe maravilhosa que eles têm. Ela fazia o trabalho
enquanto eu estava fora. (...)
Atentem para os seus recursos. O maior recurso nesta questão é o tempo. Acho que vocês podem
fazê-lo. Façam com que haja equilíbrio. Organizem-se, como o Senhor ordenou, de modo que possa
haver equilíbrio. (Heber City / Springville Utah Regional Conference, priesthood leadership session,
May 13, 1995)
ESCOLHA E RESPONSABILIDADE
O homem é a maior criação de Deus. O mundo foi criado para ele. Seu bem-estar é a maior
preocupação do Pai. Porém, Deus não faz do homem uma peça de jogo. Ele o persuade e direciona, mas
nunca o força. O homem é livre para escolher seu próprio caminho. Não existe predestinação na
teologia mórmon. O livre-arbítrio é uma dádiva sagrada, divinamente concedida. Aqui está a resposta
para uma antiga pergunta: “Se Deus ama seus filhos por que Ele permite que haja guerras, contendas e
coisas malignas?” Porque Ele considera inviolável o direito de escolha dado ao homem para decidir seu
próprio caminho, entre o bem e o mal, entre a vida e a destruição. (What of the Mormons? pamphlet,
1982, pp. 6–7)
Ao homem foi concedido o arbítrio para escolher o bem ou o mal. Disse o profeta Leí a Jacó:
“Portanto, os homens são livres de acordo com a carne; e todas as coisas que lhes são necessárias
lhes são dadas. E estão livres para escolher a liberdade e a vida eterna, por meio da grande mediação de
todos os homens, ou para escolher o cativeiro e a morte, de acordo com o cativeiro e o poder do
demônio; pois que ele procura tornar todos os homens tão miseráveis como ele próprio”. (2 Néfi 2:27)
Repito: cada um de nós pode escolher o certo ou o errado. Mas essa escolha traz conseqüências
inevitáveis. Aqueles que escolhem violar os mandamentos de Deus correm grave risco espiritual e
físico. Diz o Apóstolo Paulo: “O salário do pecado é a morte”. (Romanos 6:23)
Jacó ensinava: “Lembrai-vos de que ter a mente carnal é morte e ter a mente espiritual é vida
eterna”. (2 Néfi 9:39) (“Reverence and Morality,” Ensign, May 1987, p. 47)
Certamente, Nosso Pai nos céus ama seus filhos e filhas. Ele confia em nós. Essa própria
confiança torna-se uma barra de ferro à qual devemos-nos apegar enquanto caminhamos na estrada da
mortalidade. Alguns tropeçam e erram violando essa confiança. Eles são responsáveis pelo que eles
fazem (...)
Confiança e responsabilidade são duas grandes palavras que devem guiar nossa vida se quisermos
viver além de nós mesmos e atingir níveis mais altos de serviço. (“Trust and Accountability,” BYU
1992–93 Devotional and Fireside Speeches, October 13, 1992, pp. 25–26)
As decisões que tomamos, individual e pessoalmente, formam a textura de nossa vida. Ela será
bela ou feia, de acordo com os fios usados para tecê-la. Desejo dizer, em especial aos rapazes aqui
presentes, que não podem assumir comportamentos inadequados sem ferir a beleza da textura de sua
vida. Os atos imorais de qualquer tipo enfeiarão os fios. A desonestidade, de qualquer tipo, cria
manchas. O linguajar sujo rouba a textura de sua beleza.
“Faze o bem escolhendo o que é certo” é o chamado feito a cada um. (Hinos, nº 148)
Anos atrás trabalhei para uma das nossas estradas de ferro. Estava trabalhando em Denver no
escritório de uma das nossas grandes estradas de ferro. Eu era responsável pelo tráfego dos vagões que
acompanhavam o trem de passageiros levando correspondência, bagagem dos passageiros e
encomendas. Um dia recebi um telefonema de um homem que fazia esse mesmo tipo trabalho em uma
outra estrada de ferro em Newark, New Jersey. Ele disse: “Um trem chegou sem o carro das bagagens.
Nós temos 300 pessoas indignadas aqui. Suas roupas não chegaram. Suas lâminas de barbear não
chegaram. A maquiagem não chegou. Todos eles estão muito bravos com o chefe da estação e estão
muito aborrecidos. O que aconteceu com o carro das bagagens?” Telefonei para Oakland, Califórnia, e
descobri que o carro das bagagens tinha sido posto no trem em Oakland e entregue em nossa estrada de
ferro em Salt Lake. Ele foi levado de Salt Lake para Denver, para Pueblo e entregue à estrada de ferro
Missouri Pacific para ser levado para St.Louis. E de St. Louis era para ser levado para Newark, New
Jersey, pela estrada de ferro Baltimore & Ohio. Mas um descuidado guarda-chaves nos pátios de St.
Louis moveu um pedacinho de aço para o lado errado. Descobrimos assim que o vagão que era para
estar em Newark, New Jersey, tinha ido parar em New Orleans, Louisiana, a 2.000 quilômetros de
distância. Tudo começou com uma coisa pequena, virando-se uma alavanca para o lado errado. Existe
uma prisão em Salt Lake City cheia de pessoas que fizeram a escolha errada, que fizeram uma pequena
troca num determinado ponto de sua vida e logo estavam no trilho errado, indo para o lugar errado.
O que você escolherá fazer? Por exemplo, alguém quer que você fume. Nunca esqueça que eu lhe
disse: não fume. Diga não. Aquela latinha de cerveja que alguém quer que você experimente, não o
faça. Jamais experimente. Aquela droga que alguém quer que você use, não toque nela. Fique longe
dela. Ela pode destruir você. Conversei outro dia com um orientador educacional de uma grande escola
do distrito, e perguntei: “Quantos jovens no seu distrito já experimentaram drogas?” E ele disse:
“Cinqüenta por cento”. E eu disse: “Quantos estão fazendo uso delas?” Ele disse: “Vinte e cinco por
cento”. Eles são os perdedores. Eles não são os vencedores. (...) Eles fazem parte do Clube Americano
dos Futuros Perdedores. (...) Estão jogando o futuro fora em coisas burras como essa.
Façam a escolha certa. Eu não tenho que lhes dizer o que isso significa. Vocês sabem o que quer
dizer. Escolham o certo. Suas oportunidades são enormes, são excelentes. Vocês entraram em cena no
mundo na melhor época da história da humanidade. Ninquém que já tenha vivido nesta Terra teve as
vantagens que vocês têm. (...) Não se tornem membros do Clube dos Futuros Perdedores dos Estados
Unidos. Lembrem-se de escolher o certo em tudo o que fizerem. (St. George Utah Youth Fireside,
January 14, 1996)
Sem reconhecimento da Deidade, sem aceitação do Todo-Poderoso como o poder que governa o
universo, todos os importantes elementos da responsabilidade pessoal e nacional retraem-se e morrem.
Estou convencido de que essa é uma das razões do grande número de problemas sociais com os quais
lidamos nestes dias. Gravidez na adolescência, famílias abandonadas, falta de reconhecimento da
propriedade e direitos alheios, e muitos outros problemas, são resultado, em parte considerável, de
deixarmos de reconhecer que existe um Deus e que chegará o dia em que cada um de nós terá que
prestar contas a Ele. (“Preserving Our Trust in God,” American Legion Patriotic Religious Service,
September 1, 1996)
Minhas desculpas por estarmos atrasados. Nós acordamos na hora. Saímos do hotel na hora.
Fomos para o aeroporto na hora certa. Nós levantamos vôo na hora certa. Mas após estarmos no ar —
estávamos programados para voar a 43.000 pés e a 600 milhas por hora — perceberam que um dos
limpadores de pára-brisas não voltava ao lugar. Isso significava que se voássemos muito alto e muito
rápido ele poderia rebentar e atingir um dos motores, o motor que faz o jato voar, e destruí-lo. Então,
nós ficamos voando em volta dos rios e florestas de Manaus, Brasil, por duas horas, queimando o
combustível que necessitava ser gasto antes de aterrizarmos para que então o problema com a palheta
do limpador de pára-brisas pudesse ser solucionado. O resultado é que chegamos aqui duas horas e
meia atrasados. (...)
Estava pensando nisso: aquela pequena palheta do limpador de pára-brisas atrasou-nos duas horas
e meia. O mesmo acontece com nossa vida. Vamos prosseguindo e pensando que tudo está bem, isso,
aquilo e aquilo outro, e então fazemos uma pequena coisa que nos destrói, que nos fere. Podemos ficar
com preguiça de ir à reunião sacramental e então decidimos não ir. Não passa muito tempo e não
estamos indo mais. Ou então, envolvemo-nos em algum problema moral, um pequeno problema que
nos leva a um grande desastre. Não são as grandes escolhas na nossa vida que nos destroem, mas as
pequenas escolhas que fazemos dia após dia; elas nos causam problemas reais e nos levam à destruição.
(...) Vocês ouviram a história da mulher que foi ser entrevistada pelo bispo para renovar sua
recomendação e ele perguntou se ela bebia café e ela disse: “Sim, ocasionalmente”. Ela disse: “Você
não vai permitir que uma pequena xícara de café me impeça de entrar no templo, vai?” E o bispo
respondeu: “Você não vai deixar que uma xícara de café a impeça de entrar no templo, vai?”
Essa é a história. Um pequeno deslize aqui, outro pequeno deslize ali são as pequenas coisas que
acabam nos envolvendo em problemas. (Miami Florida Fireside, November 7, 1996)
ESCOTISMO
Tornei-me escoteiro. Naquele tempo não tínhamos o programa para Lobinhos, e o menino tinha de
esperar até os doze anos para ser escoteiro. Isso foi em 1922, apenas nove anos depois de a Igreja
adotar o programa de escotismo. Eu pertencia, então, a uma ala muito grande pelos padrões atuais;
éramos mais de mil e cem pessoas na ala. Tínhamos uma tropa numerosa e costumávamos reunir-nos
no salão cultural da antiga Ala Um. Fazíamos uma barulheira e tanto. O piso era de madeira, as paredes
sólidas e lisas, fazendo o som refletir. Nosso chefe de escoteiros tinha um apito que usava com
freqüência para impor ordem.
Preenchi a proposta e paguei cinqüenta centavos de taxa de registro, o que na época me pareceu
uma porção de dinheiro. Aprendi o lema escoteiro: “Sempre Alerta”, e também a máxima do escoteiro:
“Fazer uma boa ação todos os dias”. Aprendi o juramento do escoteiro (...)
Aprendi a lei do escoteiro (...) E quando recitávamos a lei, um dos meninos sempre acrescentava:
“O Escoteiro tem fome”. Acho que era verdade, pois vinha de uma família numerosa e arranjar comida
que bastasse era sempre um desafio. (“The Aaronic Priesthood—-a Gift from God,” Ensign, May 1988,
p. 44)
Sinto-me feliz em poder congratulá-los, vocês que fazem com que o grande programa dos
Escoteiros siga em frente. Não teríamos o tipo de problemas que temos com as gangues, se houvesse
mais rapazes tomando parte no Escotismo, pois o espírito dos Escoteiros e o espírito da vida das
gangues contradizem um ao outro. Esse programa eleva os meninos, constrói seu futuro, guia-os no
caminho reto para que possam fazer alguma coisa de sua vida, enquanto que o outro tipo de
comportamento leva à tragédia, dificuldades e inúmeros problemas. Cada homem ou mulher ao ajudar
um menino na sua trajetória pela vida não somente lhe faz uma grande contribuição como também o faz
para a sociedade como um todo. (Scout-O-Rama Breakfast, Salt Lake City, Utah, May 4, 1996)
Sinto-me muito orgulhoso da tradição da Igreja que represento em termos de patrocínio dos
Escoteiros. Meu pai foi membro do comitê dos três que foram para Nova York e fizeram um estudo do
programa dos Escoteiros. Os registros mostram que ele apresentou a conclusão e fez a sugestão oficial
para que a Igreja adotasse o programa dos Escoteiros dos Estados Unidos como um programa de
atividade para meninos da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. (Scout-O-Rama
Breakfast, Salt Lake City, Utah, May 4, 1996)
Gostaria de fazer um comentário ou dois sobre o juramento dos Escoteiros, que considero ser algo
incrível que aprendi quando menino: “Pela minha honra farei o melhor possível para cumprir meus
deveres para com Deus e a minha pátria e a obedecer à Lei Escoteira; ajudar o próximo em toda e
qualquer ocasião; manter-me fisicamente forte, mentalmente alerta e moralmente limpo”.
Há muita conversa obscena entre meninos e meninas do 1º e 2º grau. Há tanta imoralidade ao
nosso redor. Nós, Escoteiros, precisamos nos manter firmes e nos erguer acima de tudo isso. Não
podemos nos dar ao luxo de nos envolvermos com as drogas. Ao fazê-lo, repudiaríamos as grandes
palavras do juramento dos Escoteiros: “(...) manter-me fisicamente forte, mentalmente alerta e
moralmente limpo.” (...) Gostaria de dizer que se cada menino nos Estados Unidos conhecesse e
observasse o juramento dos escoteiros no decorrer de sua vida, não necessitaríamos de tantas cadeias
neste país. Cada jovem deveria fazer um voto e assumir esse voto durante toda sua vida de se manter
“fisicamente forte, mentalmente alerta e moralmente puro”.
“Ajudar o próximo em toda e qualquer ocasião”. Nunca se esqueça de que você tem a
responsabilidade de fazer uma boa ação todos os dias. Inicie esse hábito agora e ele permanecerá com
você durante sua vida, se incuti-lo em seu coração.
Cumprir meus deveres para com Deus e esta grande pátria da qual somos cidadãos; quão
maravilhoso é esse juramento.
Finalmente: “Pela minha honra farei o melhor possível”. Karl G. Maeser, que foi o fundador da
Universidade Brigham Young, disse o seguinte sobre sua palavra de honra: “Coloque-me numa prisão
com paredes bem altas e espessas e talvez, de alguma forma, possa sair. Mas coloque meus pés no
chão, trace uma linha de giz em torno deles e faça-me prometer por minha honra não dar um passo
além dela. Prefiro morrer a tentar fazê-lo”. Esse é o significado de honra. “Pela minha honra eu farei o
melhor possível”. Se cada um de nós, meus queridos colegas Escoteiros, vivermos à altura dessas
poucas palavras no decorrer de nossa vida — “Pela minha honra farei o melhor possível” — seja na
escola, em nossa vida social, em nossa vida de negócios, em nossa vida profissional, onde quer que
seja, se fizermos o melhor que pudermos, teremos sucesso e felicidade. (Boy Scout Jamboral, Fillmore,
Utah, September 27, 1996)
ESCRITURAS
Ver também Livro de Mórmon; Doutrina e Convênios
Deus não nos deixou caminhar no escuro em ignorância. Sua palavra, proferida tanto antigamente
como em nossa geração, está à disposição de todos para que possam ler, ponderar e aceitar. Temos
entre nós muitos livros e pregadores, e encontro virtude nas palavras de todos; porém, a mais segura
fonte de sabedoria divina é a palavra do Senhor nas sagradas obras-padrão da Igreja. Nelas
encontramos a doutrina a que necessitamos nos apegar a fim de que esta obra prossiga para seu destino
divinamente designado. (“Five Million Members — A Milestone and Not a Summit,” Ensign, May
1982, p. 45)
Podemos ler as escrituras, ponderar seu significado, e com elas nos familiarizarmos para que
sejamos eternamente abençoados. Podemos fazê-lo em nossa reunião familiar, e ao assim procedermos
crescerá em nossos filhos o amor pelo Senhor e Sua sagrada palavra. (“‘Let Us Move This Work
Forward,’” Ensign, November 1985, p. 85)
Ainda que algumas de vocês estejam muito ocupadas com a criação dos filhos e tenham pouco
tempo para outras coisas nessa etapa da vida, podem alargar sua mente e ampliar seu conhecimento por
intermédio da leitura de bons livros. (...) Que coisa maravilhosa é um bom livro! Quão estimulante é ler
e compartilhar com um grande autor pensamentos que edificam, fortalecem e ampliam nosso horizonte!
Vocês podem achar que estão ocupadas demais. Dez ou quinze minutos ao dia com as escrituras, e
particularmente com o Livro de Mórmon, lhes concederá um maravilhoso discernimento das grandes
verdades eternas que foram preservadas pelo poder do Todo-Poderoso para a bênção de Seus filhos. A
leitura da vida e dos ensinamentos do Senhor Jesus Cristo lhes aproximarão mais daquele que é o autor
de nossa salvação. (“Rise to the Stature of the Divine within You,” Ensign, November 1989, p. 97)
Acredito nos sagrados escritos do passado. Nossos livros de escritura, que sobreviveram através
dos séculos, estabeleceram a base de nossa lei civil, de nossos relacionamentos na sociedade, de nossas
responsabilidades familiares, e, o mais importante, contêm os ensinamentos, princípios e mandamentos
que nos foram dados divinamente para estabelecer o curso de nossa vida. Declararam a implacável lei
da colheita: “o que semeardes, isso colhereis”. (D&C 6:33) Decifraram uma lei de responsabilidade sob
a qual devemos algum dia prestar conta de nossos labores, nossas atividades e nossas palavras para o
Deus dos céus, que nos concedeu o privilégio da vida com todas as suas alegrias, com todas as suas
oportunidades e com todos os seus desafios. (“This I Believe,” BYU 1991–92 Devotional and Fireside
Speeches, March 1, 1992, p. 82)
Agradeço pelo destaque dado à leitura das escrituras. Espero que isso se torne algo bem mais
agradável que um simples dever; que se transforme em uma paixão pelas palavras de Deus. Prometo-
lhes que, quando as lerem, sua mente será iluminada e seu espírito elevado. A princípio poderá parecer
monótono, mas transformar-se-á em uma maravilhosa experiência com pensamentos e palavras de
natureza divina. (“The Light within You,” Ensign, May 1995, p. 99)
Quanto mais lemos sobre história, e particularmente história sagrada, (...) mais estabelecemos um
padrão para guiar nossa vida de maneira produtiva. Ele determinou o caminhou. Esse é o caminho para
o progresso, e quer se tratem de questões de teologia ou de vivência do dia-a-dia na sociedade da qual
fazemos parte, os princípios estabelecidos nas escrituras tornam-se princípios que nos levam à
felicidade e entendimento, nobres ideais para direcionar nossa vida e fé para superar os problemas que
inevitavelmente confrontaremos ao prosseguirmos em nossa jornada. (Church News Interview, June 7,
1995)
Reserve um tempo, metodicamente, para ler o Livro de Mórmon. Leia o “quinto evangelho”, 3
Néfi, começando no 11º capítulo. E então, leia o Livro de Mórmon inteiro para fortalecer tudo o que foi
lido. Leia, então, os outros evangelhos. Eles lhes proporcionarão tesouros para sua vida e um maior
entendimento do Salvador do mundo. (Ricks College Regional Conference, Rexburg, Idaho, October
29, 1995)
No final de tudo, o teste da doutrina está nas obras-padrão da Igreja. Elas foram aceitas em
conferências e reunidas como nosso padrão doutrinário. (General Authority Training Meeting, October
1, 1996)
ESPÍRITO SANTO
Ver também Revelação
Os humanistas que criticam o trabalho do Senhor, os assim chamados intelectuais que diminuem,
falam somente por ignorância de manifestações espirituais. Eles não ouviram a voz do Espírito. Eles
não a ouvem porque não buscam e não se preparam para serem dignos disso. Então, supondo que o
conhecimento seja adquirido somente pela razão e pelas racionalizações da mente, negam o que é dado
pelo poder do Espírito Santo.
As coisas de Deus são compreendidas pelo Espírito de Deus. Esse Espírito é real. Para aqueles que
já experimentaram suas manifestações, o conhecimento adquirido é tão real quanto o que se obtém por
intermédio da operação dos cinco sentidos. Eu testifico a respeito disso. E tenho certeza de que a
maioria dos membros da Igreja também podem testificar. Eu exorto a cada um de vocês que continuem
a cultivar um coração em sintonia com o Espírito. (...)
Não nos deixemos enganar pelos sofismas do mundo, que na sua maior parte são negativos e com
muita freqüência produzem frutos amargos. Caminhemos com fé no futuro, falando afirmativamente e
cultivando uma atitude de confiança. (“The Continuing Pursuit of Truth,” Ensign, April 1986, p. 6)
O Espírito Santo (...) é uma dádiva, sagrada e maravilhosa, vinda por revelação de um terceiro
membro da Trindade. Acredito no Espírito Santo como um personagem de espírito que ocupa um lugar
com o Pai e o Filho, esses três compondo a divina Trindade.
A importância dessa posição é esclarecida pelas palavras do Senhor, que disse:
“Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será
perdoada aos homens.
E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se
alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro”. (Mateus
12:31–32) (The Father, Son, and Holy Ghost, booklet [Salt Lake City: Bookcraft, 1988], pp. 10–11)
O Espírito Santo é o terceiro membro da Trindade, o Consolador prometido pelo Salvador que iria
ensinar Seus seguidores e os faria lembrar de tudo o que Ele dissera. (Ver João 14:26)
O Espírito Santo é o Testificador da Verdade, que pode ensinar aos homens coisas que eles não
podem ensinar um ao outro. Nas grandes e desafiadoras palavras de Morôni, o conhecimento da
veracidade do Livro de Mórmon é prometido “pelo poder do Espírito Santo”. Morôni então declara: “E
pelo poder do Espírito Santo podeis saber a verdade de todas as coisas”. (Morôni 10:4–5) (The Father,
Son, and Holy Ghost, booklet [Salt Lake City: Bookcraft, 1988], p. 11)
Que grande bênção é termos a influência ministradora de um membro da Trindade, tendo recebido
esse dom sob as mãos daqueles que agem com autoridade divina. Após recebermos este dom, se então
continuarmos a caminhar em virtude, poderemos regozijar-nos com o cumprimento da promessa feita
pelo Senhor quando disse: “O Espírito Santo será teu companheiro constante, e teu cetro, um cetro
imutável de retidão e verdade; e teu domínio será um domínio eterno e, sem ser compelido, fluirá para
ti eternamente”. (D&C 121:46) (Priesthood Restoration Commemoration Fireside, May 15, 1988)
Não há bênção maior que possamos receber em nossa vida do que o dom do Espírito Santo; a
companhia do Espírito Santo para nos guiar, nos proteger, nos abençoar, para ir como se fosse um pilar
diante de nós e uma chama para nos guiar em caminhos de retidão e verdade. Esse poder inspirador do
terceiro membro da Trindade pode ser nosso se vivermos dignos dele. (Boston Massachusetts Regional
Conference, priesthood leadership session, April 22, 1995)
Quando fui apoiado como presidente da estaca, o Élder Harold B. Lee me designou. Esqueci-me
de quase todas as coisas ditas por ele, mas me lembro de que ele disse: “Ouça os sussurros do Espírito,
até mesmo à noite; ouça os sussurros do Espírito e siga-os”. Essas foram suas palavras. Eu creio nelas.
Ele contou-me em uma ocasião a respeito de um incidente no qual um presidente de estaca veio a
Salt Lake da Flórida para fazer um apelo por algumas famílias de sua estaca. Um grupo deles havia
comprado casas, e o construtor, ou quem quer que fosse, enganou-os e eles iriam perder as casas depois
de ter gasto milhares de dólares. Esse presidente de estaca encontrou-se com a Primeira Presidência e
disse: “Precisamos de ajuda. Não poderíamos obter alguma ajuda legal da Igreja?” E o Irmão Lee disse:
“Se fizéssemos isso por você, teríamos que fazer por qualquer outra pessoa, e nós não podemos fazê-
lo”. Então, o presidente da estaca partiu, decepcionado, e voltou para casa. O Irmão Lee relatou-me o
ocorrido. Na manhã seguinte, ele veio para sua reunião e disse para seus conselheiros: “Irmãos, ontem
Harold B. Lee falou. Hoje, o Senhor fala. Estive acordado quase toda a noite pensando sobre isso. Nós
enviaremos nosso principal acessor jurídico para lá a fim de ver se alguma coisa pode ser feita para
ajudar essas pessoas a salvarem sua casa”. Isso foi feito e esse foi o resultado. Com tanta freqüência
deixamos nossas idéias conduzir-nos em vez de pararmos por um minuto para ouvir a inspiração do
Senhor. (Pittsburgh Pennsylvania Regional Conference, priesthood leadership session, April 27, 1996)
Como reconhecemos os sussurros do Espírito? Realmente não acho que seja tão difícil. Em sua
essência, é uma questão do sentimento que temos em nosso coração. Lerei para vocês algumas palavras
de Morôni que, acredito, respondam a essa pergunta. Elas foram tiradas do sétimo capítulo começando
com o décimo terceiro versículo.
“Eis, porém, que aquilo que é de Deus convida e impele a fazer o bem continuamente; portanto,
tudo o que convida e impele a fazer o bem e a amar a Deus e a servi-lo, é inspirado por Deus.
Pois eis que o Espírito de Deus é concedido a todos os homens, para que eles possam distinguir o
bem do mal; portanto vos mostro o modo de julgar; pois tudo o que impele à prática do bem e persuade
a crer em Cristo é enviado pelo poder e dom de Cristo; por conseguinte podeis saber, com um
conhecimento perfeito, que é de Deus.
Mas tudo o que persuade o homem a praticar o mal e a não servir a Deus, podeis saber, com
conhecimento perfeito, que é do diabo; porque é dessa forma que o diabo age, pois não persuade quem
quer que seja a fazer o bem; não, ninguém; tampouco o fazem seus anjos; nem o fazem os que a ele se
sujeitam”. (Morôni 7:13, 16–17)
Em essência, esse é o teste. Persuade o homem a fazer o bem, a se erguer, a fazer o que é certo, a
ser gentil, a ser generoso? Então é o Espírito de Deus. Se é obscuro, sinistro, feio, em nada bom, então
pode-se saber que é do adversário.
Então, vamos a sua pergunta: Como podemos reconhecer os sussurros do Espírito? Faça o teste.
Se convida a fazer o bem, é de Deus. Se convida a fazer o mal, é do demônio. O Senhor não irá soletrar
para você, A, B, C, D, E, F. Sua influência será sentida. E se você estiver fazendo a coisa certa e
vivendo de modo correto, você saberá em seu coração o que o Espírito está- lhe dizendo.
É possível reconhecer os sussurros do Espírito pelos frutos do Espírito: o que ilumina, o que
edifica, que é positivo e afirmativo, que enaltece e nos leva a ter pensamentos, palavras e atos melhores
é proveniente do Espírito de Deus. Aquilo que nos aflige e nos leva a caminhos proibidos é do
adversário. Acho que está claro e é bastante simples. (Southern Utah University Institute of Religion
Devotional, February 11, 1997)
ESPIRITUALIDADE
Quanto mais envelheço menos preocupado fico com quotas, estatísticas e porcentagens, e
preocupa-me mais o tipo de experiência que a alma do homem tenha na igreja do Senhor, e
particularmente, na sagrada casa do Senhor. (Temple Presidents Seminar, August 15, 1989)
Acho que os membros sabem muito sobre a Palavra de Sabedoria, o pagamento de seus dízimos,
sobre a ORM, sobre o seminário, e conhecem muito sobre a mecânica de nossas reuniões. Porém,
preocupo-me e fico profundamente interessado se eles estão sendo alimentados espiritualmente. Essa é
a minha preocupação principal. (Corpus Christi Texas Regional Conference, priesthood leadership
session, January 6, 1996)
[O escritor inglês] Kipling uma vez descreveu nossa época como “dias quentes e irreligiosos”. (...)
O espírito é parte do homem assim como o é seu corpo. Ambos necessitam de alimento. É isso que
aprimora o homem, que o eleva acima do plano de um animal selvagem, que motiva suas mais
sublimes realizações, as quais são divinas em sua essência. O mundo está envolvido numa arrojada
corrida materialista e está sendo sufocado e esmagado por ela. Com isso perde-se a liberdade, a
dignidade do indivíduo, o altruísmo que faz com que a vida seja suportável e a paz de que tanto se
necessita. Não sobrevivemos sem ela.
Recentemente a revista de um jornal que chega a muitas casas trouxe na capa essas palavras: “Se
os Estados Unidos desejam crescer, precisamos parar de fazer piadas sobre a palavra “espiritual”.
Nossa tarefa é redescobrir e reafirmar nossa fé em valores não utilitários, nos quais a vida da sociedade
americana tem-se pautado desde o começo”. (Laurence M. Gould, This Week magazine, August 7,
1966)
Creio nisso. Acredito que se aplique não somente aos Estados Unidos, mas a todos os países.
Recomendo-lhes que ponderem sobre isso. Estou certo de que nenhuma nação pode basear seu
progresso unicamente no materialismo. Necessitamos, e como necessitamos, de entronar Deus
novamente e “adorá-Lo em espírito e em verdade”. (“Conquer or Be Conquered,” BYU
Commencement Address, August 19, 1966)
O que eu faria se hoje fosse bispo ou presidente de estaca? Acho que tentaria colocar meus
maiores esforços na edificação da espiritualidade das pessoas. Trabalharia tão diligentemente quanto
possível para fortalecer a fé das pessoas em Jesus Cristo, em Deus nosso Pai Eterno, no Profeta Joseph
Smith e na restauração desta obra e de tudo o que ela significa e diz respeito. Motivaria os membros a
lerem as escrituras, a lerem o Livro de Mórmon e a lerem o Novo Testamento. Eu os exortaria com toda
a capacidade que possuo a lerem com tranqüilidade, pensativamente e introspectivamente. Eu os
incentivaria a lerem os ensinamentos do Profeta Joseph Smith. (Eugene Oregon Regional Conference,
priesthood leadership session, September 14, 1996)
Necessitamos edificar-nos espiritualmente. Vivemos em um mundo de correria em todas as
direções. Somos um povo muito ocupado. Temos muito a fazer. Necessitamos isolar-nos algumas
vezes, pensar nas coisas espirituais e edificar-nos espiritualmente. Se você tem um lugar de estudos em
casa, tranque-se nele. Se tem um lugar na casa onde possa ficar a sós, vá para lá. Fique a sós e pense
nas coisas do Senhor, nas coisas do Espírito. Permita que a gratidão cresça em seu coração. Pense em
tudo o que o Senhor tem feito por você. Quão abençoado você é! Pense em seu dever e
responsabilidade. Pense em seu testemunho. Pense nas coisas de Deus. Apenas medite e reflita durante
uma hora sobre si mesmo e seu relacionamento com o seu Pai Celestial e seu Redentor. Isso o ajudará
muito. (Brigham City Utah Regional Conference, priesthood leadership session, February 22, 1997)
EVANGELHO DE JESUS CRISTO, O
Para mim o evangelho não consiste em um grande amontoado de jargão teológico. É uma coisa
bonita, simples e lógica, com uma simples verdade seguida de outra, em seqüência organizada. Eu não
me incomodo com os mistérios. Não me preocupo se os portões do céu balançam ou deslizam. Minha
preocupação é somente que eles se abram. Não estou preocupado se o profeta Joseph Smith deu
numerosas versões da primeira visão, como também não me preocupo com os quatro diferentes
escritores do Novo Testamento, cada um com suas próprias percepções, cada um contando os
acontecimentos ao seu modo e de acordo com o propósito que tinha em mente ao escrever.
Estou mais preocupado com o fato de que Deus revelou nesta dispensação um grande,
maravilhoso e belo plano que motiva homens e mulheres a amarem Seu Criador e Redentor, a
apreciarem e servirem um ao outro, a caminharem com fé no caminho que leva à imortalidade e vida
eterna. (“‘God Hath Not Given Us the Spirit of Fear,’” Ensign, October 1984, p. 5)
Tenho presenciado milagres em meus dias. O maior milagre de todos, acredito, é a transformação
que ocorre na vida de um homem ou uma mulher que aceita o evangelho restaurado de Jesus Cristo e
procura vivê-lo em sua vida. Quão grato sou pelas maravilhas do evangelho restaurado de Jesus Cristo.
É de fato, uma obra maravilhosa e um assombro, realizada pelo poder do Todo-Poderoso em favor de
Seus Filhos e filhas. Nós, desta época, podemos servir em Sua obra de salvação em favor de toda a
família humana, incluindo todas as gerações dos filhos e filhas de Deus que viveram na Terra nos
séculos passados. Esta obra é verdadeira. (Vacaville/Santa Rosa California Reginal Conference, May
21, 1995)
Esse trabalho, mais que nenhum outro, irá responder aos complexos problemas da vida e levar as
pessoas a caminharem felizes e com segurança. (General Authority Training Meeting, April 2, 1996)
Se existe alguma coisa que este mundo turbulento necessita é a mensagem do Senhor Jesus Cristo.
Nós precisamos dela. Não damos muita atenção a ela. Nós a lemos e lemos sem prestar muita atenção a
ela. Precisamos fazê-lo mais profundamente, meditando e orando. (...)
Não há nada que possamos fazer que seja mais importante do que ouvir o que Ele nos fala. Se
formos seus discípulos, não pode haver conflito em nosso coração. Não pode haver inveja. Não pode
haver maldade. Não pode haver nenhuma dessas coisas. Temos que nos erguer um pouco mais alto e
caminhar na direção que Ele nos indicou: “Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está
nos céus”. (Mateus 5:48) Nenhum de nós é perfeito. Ele foi o único homem perfeito a caminhar na
Terra. Mas estamos indo em direção à perfeição. (Israel District Fireside, June 21, 1996)
Tenho aqui uma carta vinda de algum lugar de Michigan. Ela diz: “Há dois anos encontramo-nos
com dois rapazes únicos. Eles vieram devido a um telefonema que demos muitos meses atrás. Eu liguei
em resposta a um anúncio na televisão a respeito do Livro de Mórmon. O anúncio falava sobre famílias
e noite familiares. Fiquei preocupado com minha família. Meu filho tinha doze anos naquela ocasião e
havia feito com que um vizinho mais jovem fosse parar num pronto-socorro. A polícia se involveu e
acusações estavam sendo preparadas. Minha filha tinha como amigos “os Futuros Perdedores do País”.
Minha esposa estava muito frustrada, assustada e também eu. Bem, eu estava tão frustrado que não
sabia o que fazer exceto trabalhar ainda mais e ignorar tudo. Bem, este pequeno livro azul [falando do
Livro de Mórmon] chegou um pouco antes de eu sair em férias. Eu o li por curiosidade, pois fui criado
como Batista fervoroso. Ouvi muitas coisas das pessoas sobre “aqueles mórmons”, aqueles terríveis
mórmons e no que eles acreditavam.
Ao ler meu ‘pequeno livro azul,’ comecei a perceber que havia ouvido muitas injúrias e o mais
importante é que encontrei algo que havia procurado durante toda a minha vida. (...)
Quando retornei de minhas férias, encontrei dois rapazes na minha porta. Eles se identificaram
como ‘élderes’ da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Deixei-os entrar em minha casa,
com minha esposa e filhos. Isso, para mim, foi o começo de grandes coisas. Eles foram capazes de
provar tudo o que diziam através de minha Bíblia da versão do Rei Jaime e o fizeram admiravelmente.
Após cerca de três semanas fazendo perguntas aos élderes, decidi fazer algo que nunca havia feito
antes. Ajoelhei-me e orei. Basicamente disse: ‘Se isto é verdadeiro, e o Senhor deseja que eu seja como
eles, mostre-me’. Tudo o que tenho a dizer é que o Senhor responde às orações bem alto. Dentro de
uma semana, parei de beber, fumar, abandonei o café e chá, sem absolutamente nenhum efeito colateral
ou desejo.
Então veio o grande passo: falar para minha mãe o que eu queria fazer. Sua resposta foi um
choque para mim. Foi simplesmente que ela e meu padrasto conheciam alguns ‘mórmons’ e eles e sua
família possuíam algo único, e se essa Igreja era o que eu desejava, ela achava ótimo. Fui batizado três
semanas após o encontro com os élderes. Algumas semanas atrás tive o privilégio de batizar minha
esposa e filhos.
As mudanças ocorridas na vida de minha família desde aquele momento são quase inacreditáveis.
A influência dos missionários na vida de meu filho foi maravilhosa. Minha filha imediatamente
começou a trocar de amigos e atitudes. Isso gerou uma mudança total na vida de minha esposa também.
E então, outubro passado, minha esposa, meus filhos e eu fomos selados no templo em Chicago.
Em nosso breve período na Igreja, fui abençoado com o chamado para servir como consultor do
quórum dos Diáconos e chefe dos escoteiros assistente, e estou agora na presidência de um Quórum do
Sacerdócio de Melquisedeque como primeiro conselheiro. Minha esposa está na presidência da
Primária. Minha filha está ativa na Organização das Moças e enquanto escrevo essa carta ela se prepara
para ir acampar com as moças. Meu filho está-se esforçando para progredir no escotismo. Meus pais
amam essa Igreja e não se cansam de dizer às pessoas o quanto ela tem feito por cada um de nós, seus
filhos”.
Essas são as coisas maravilhosas que trazem felicidade e gratidão à vida de muitas pessoas. Isso
tornou-se o milagre do mormonismo. (Temple Presidents Seminar, August 22, 1996)
Gostaria de agradecer a vocês por viverem o evangelho, por fazerem o que é certo, por guardarem
os mandamentos e viverem com fé. Agradeço-lhes pela excelência de sua vida. Vocês são o tipo de
pessoas que mantêm esta Igreja progredindo. Vocês pagam seu dízimo e suas ofertas, observam a
Palavra de Sabedoria. Tentam fazer o que é certo. Fazem suas noites familiares. Tentam ajudar uns aos
outros. Vocês lêem as escrituras. Vocês fazem o meu tipo: boas pessoas, pessoas de fé. Obrigada por
serem as pessoas que são.
Incentivo vocês a irem em frente e viverem o evangelho, e a amarem o evangelho. Faça com que
ele seja parte de sua vida: essa grande e gloriosa bênção que veio até nós por intermédio da providência
do Todo-Poderoso. Vivam o evangelho. Amem o evangelho. Leiam as escrituras. Vocês não receberão
um testemunho do Livro de Mórmon a não ser que o leiam. Não receberão um testemunho de Doutrina
e Convênios a não ser que leiam Doutrina e Convênios. A fé advém de beber da fonte da verdade
eterna. (Salt Lake Sugar House Stake Conference, January 5, 1997)
O evangelho de Jesus Cristo é a única coisa que abençoará os países do mundo. Muitas pessoas
vivem na pobreza e ignorância. Elas têm um longo caminho a seguir e o evangelho provê uma ponte
sobre a qual elas caminham da situação presente a um futuro melhor. Lembro-me de alguns anos atrás
quando estive no México numa cerimônia de formatura do colégio que temos lá. Após a cerimônia,
todos os formandos foram levados para um excelente jantar em um hotel. Em nossa mesa sentaram-se
muitos estudantes. Perguntei a cada um o que iriam fazer dali para frente. Aproximei-me de uma garota
que estava sentada do outro lado da mesa. Disse: “O que você irá fazer agora?” Ela disse: “Fui aceita na
faculdade de medicina da Universidade Nacional do México e ganhei uma bolsa de estudos”. Naquela
noite houve um baile para os formandos, e fui até lá para olhar, não para dançar. A garota apresentou-
me à sua mãe e sua avó. Sua avó era uma pessoa muito simples, não sabia ler nem escrever. Não havia
aprendido essas coisas. Sua filha, a mãe da garota, conseguia ler só umas poucas palavras. E aqui
estava sua linda filha que foi aceita na faculdade de Medicina da Universidade Nacional do México.
Coisas maravilhosas acontecem ao nosso povo como resultado do evangelho. Quando trazemos alguém
a essa Igreja, não trazemos somente um indivíduo, mas gerações de pessoas, pais com filhos, e filhos
que irão se tornar pais de outros filhos. Essa é a história do evangelho de Jesus Cristo. (Nicaragua
Managua Missionary Meeting, January 21, 1997)
Espero estarmos gostando de nosso trabalho. Este não é um evangelho de tristezas, mas de
felicidade. Temos que estar felizes, sorrindo por tê-lo. Há preocupações de vez em quando, mas
podemos solucioná-las por intermédio da oração. Que magnífico é o evangelho. Você é responsável
pelo bem-estar das outras pessoas e isso faz de você um líder nesta Igreja. Essa é verdadeiramente uma
organização maravilhosa. Vez ou outra paro para meditar um pouco e fico maravilhado com todas as
coisas que estamos tentando fazer, como Igreja, para que o mundo seja um lugar melhor para se viver,
um lugar mais bem informado. Estamos tentando fazer um grande trabalho, o trabalho do Senhor.
(Jordan Utah South Regional Conference, priesthood leadership session, March 1, 1997)
EXCELÊNCIA
Ver também Auto-Aperfeiçoamento
Não existe nada no mundo tão gratificante como uma tarefa bem feita. Não existe recompensa tão
agradável quanto a que se obtém ao dominar um problema difícil. (“If I Were You, What Would I Do?”
BYU 1983–84 Fireside and Devotional Speeches, September 20, 1983, p. 9)
Peço-lhes que tomemos constantemente a posição de que cada um de nós pode se sair melhor do
que estamos nos saindo agora. Estamos numa busca constante de excelência. A busca deve ser contínua
e nunca terminar; deve ser implacável e exaustiva. (“Search for Excellence,” Bonneville International
Corporation Executives, February 6, 1989)
Neste mundo altamente competitivo ninguém pode parar. O progresso deve ser constante. O
pensamento deve ser perspicaz, as discussões devem ser francas e, por vezes, ferozes. O esforço na
busca da excelência deve ser excepcional. (“Search for Excellence,” Boneville International
Coorporation Executives, February 6, 1989)
Como nação não podemos esperar atingir uma posição de excelência diante do mundo a não ser
que haja um alicerce de força moral, espiritual e ética entre nosso povo. (BYU Management Society,
San Diego, California, January 9, 1993)
EXEMPLO
O mais persuasivo folheto missionário a respeito do evangelho é a vida exemplar de um fiel Santo
dos Últimos Dias. Vivemos numa época em que as pressões mundanas tornam muito fácil e tentador,
em cumprimento às palavras de Néfi, cometer “pequenos pecados; sim, menti um pouco, aproveitai-vos
de alguém por causa das suas palavras, abri uma cova para o vosso vizinho; (...) ai dos que afastam de
si os justos, sem motivo e injuriam o que é bom”. (2 Néfi 28:8, 16)
Disse o Salvador ao falar da montanha: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para
que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus”. (Mateus 5:16)
Se, como povo, formos íntegros, honestos e morais em nossas ações, vivendo de acordo com o
simples, básico e maravilhoso princípio da Regra de Ouro, os outros serão induzidos a perguntar e
aprender. (“Five Million Members — A Milestone and Not a Summit,” Ensign, May 1982, p. 45)
“Não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;
Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que
estão na casa.
“Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e
glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus”. (Mateus 5:14–16; grifo do autor)
Todo esse povo tornou-se como uma cidade sobre um monte, que não pode ser escondida. Às
vezes ficamos ofendidos quando alguém que é membro da Igreja se envolve num crime e a imprensa se
apressa em dizer que é mórmon. Comentamos entre nós que, caso se tratasse de membro de qualquer
outra igreja, o fato não seria mencionado.
No entanto, não será isto um elogio direto ao nosso povo? O mundo espera algo melhor de nós, e
quando um dos nossos falha, a imprensa imediatamente o nota. Nós nos tornamos, sem dúvida, como
uma cidade sobre um monte, para que o mundo a veja. (...)
A menos que o mundo altere o rumo de suas tendências atuais (e isso é pouco provável); e se, por
outro lado, continuarmos a seguir os ensinamentos dos profetas, seremos cada vez mais um povo
diferente e incomum, do qual o mundo tomará conhecimento. (...) Enquanto a integridade da família se
fragmenta sob as pressões mundanas, nossa posição quanto à santidade da família se tornará mais óbvia
e, em contraste, ainda mais incomum, se tivermos a fé para nos mantermos nessa posição. (“A City
upon a Hill,” Ensign, July 1990, p. 4)
Podemos manter a integridade de nossa família, caso sigamos o conselho de nossos líderes. (...)
Não é preciso transigir. Não devemos transigir. A candeia que o Senhor acendeu nesta dispensação
pode tornar-se como uma luz para o mundo inteiro, e outros, vendo nossas boas obras, podem ser
levados a glorificar nosso Pai Celestial e seguir em sua própria vida os exemplos que observam na
nossa.
Começando por vocês e por mim, pode haver um povo inteiro que em virtude de nossa vida em
nosso lar, em nossa profissão, e mesmo em nossos divertimentos, pode tornar-se como uma cidade
sobre um monte, para o qual os homens poderão olhar e aprender, e um estandarte para as nações, de
onde o povo da Terra poderá adquirir força. (A City upon a Hill,” Ensign, July 1990, p. 5)
Tudo isso coloca sobre nós que pertencemos a esta Igreja e a essa geração, a incumbência e
responsabilidade de reconhecer que ao sermos chamados de mórmons, devemos viver de modo tal que
nosso exemplo possa intensificar a percepção de que mórmon pode significar verdadeiramente “muito
bom”. (“Mormon Should Mean ‘More Good,’” Ensign, November 1990, p. 53)
Como Seus seguidores, não podemos fazer qualquer coisa ruim, vulgar ou indelicada sem ofuscar
Sua imagem. Nem podemos cometer um ato bom, cortês e nobre sem dar mais brilho ao símbolo Dele,
de quem o nome tomamos sobre nós.
Nossa vida deve tornar-se um símbolo expressivo, o símbolo da declaração do nosso testemunho
do Cristo vivo, o Filho Eterno do Deus vivo.
É tão simples, meus irmãos e irmãs. É profundo e nunca devemos esquecê-lo. (“Our One Bright
Hope,” Ensign, April 1994, p. 5)
Meu pai costumava dizer que religião se adquire mais do que se ensina. Absorve-se mais daqueles
que nos lideram, de seus exemplos, do que de seus ensinamentos. Você precisa ser um exemplo para as
pessoas. Esteja atento em todos os momentos. Há poucos anos atrás eu embarquei num avião em
Sydney, Austrália. A aeromoça se aproximou e disse: “O que o senhor gostaria de tomar?” Disse: “Um
suco de maçã”. Ela trouxe-me o suco de maçã, e enquanto ela servia-me ela disse: “Élder Hinckley, é
melhor mesmo que o senhor tome alguma coisa como suco de maçã”. Bem, eu estava em Sidney, na
Austrália. Eu não a reconheci. Ela me reconheceu. Mas há uma razão melhor do que essa: é a de que
devemos ser exemplos para o nosso povo em todos os momentos e em todos os lugares. (Berlin
Germany Regional Conference, priesthood leadership session, June 15, 1996)
Desejo dizer que nenhum de nós jamais precisa hesitar em defender esta Igreja, sua doutrina, seu
povo, sua organização divina e sua responsabilidade divina. Ela é verdadeira. É a obra de Deus. As
únicas coisas que podem atrapalhar essa obra são a desobediência dos membros a sua doutrina e a seus
padrões. Isso coloca uma enorme responsabilidade sobre nós. Esse trabalho será julgado pelo que o
mundo vê como nosso comportamento. Deus nos dá o desejo de andarmos com fé, a disciplina para
fazermos o que é certo em todos os momentos e em todas as circunstâncias, a resolução de fazermos de
nossa vida uma declaração dessa causa diante de todos os que nos vêem. (“‘This Thing Was Not Done
in a Corner,’” Ensign, November 1996, p. 51)
FAMÍLIA
Ver também Crianças; Noite Familiar; Oração Familiar; Paternidade; Maternidade; Pais, Como
Ser
Os lares de nosso povo são excelentes lares onde há amor, espírito de sacrifício e uma atitude de
respeito de um para com os outros. Haverá necessidade de maior ênfase dessas qualidades no futuro. O
egoísmo é o câncer que corrói a paz e o amor. O egoísmo é a raiz na qual crescem as brigas, a raiva, o
desrespeito, a infidelidade e o divórcio. (“Five Million Members — A Milestone and Not a Summit,”
Ensign, May 1982, p. 45)
Temos sido encorajados a fortalecer nosso lar, a fortalecer nele o Espírito do Senhor, a cultivar
gratidão, respeito e afeição um pelo outro. É terrível o que ouvimos ocasionalmente sobre maus-tratos
de crianças. Esse é um mal crescente em todo o mundo. (“Reach Out in Love and Kindness,” Ensign,
November 1982, p. 76)
“Honra a teu pai e a tua mãe para que se prolonguem os teus dias na Terra que o Senhor teu Deus
te dá”. É uma afirmação incomum. É diferente de todos os outros mandamentos. Cada um dos outros
nove é um mandamento sem promessa. O quinto é um mandamento e uma promessa; o mandamento:
“Honra a teu pai e a tua mãe” e a promessa implícita: “(...) para que se prolonguem os teus dias na
Terra que o Senhor teu Deus te dá”.
Para mim é muito interessante e significativo. Qual é a relação, pergunto-me, que existe entre
honrar os pais e viver por longo tempo na Terra? É provável que vivamos mais tempo se honrarmos
nosso pai e mãe?
Estou convencido que Jeová sabia o motivo quando Seu dedo traçou aquelas palavras com uma
extraordinária promessa.
Reconheço hoje que alguns pais, devido à sua maneira de viver, são raramente dignos da honra e
respeito de seus filhos. Isso é trágico. Felizmente, tais casos são raríssimos.
Mas mesmo entre pessoas deste tipo, penso que raramente exista um pai ou mãe que não deseje
para o filho ou filha o melhor que a vida tem a oferecer. (...)
Lembro-me que alguns anos atrás um rapaz deixou seu lar para sair pelo mundo. Seu pai
implorou-lhe que fosse cuidadoso, que não desse atenção ao ruído da sirene da imoralidade, e disse-lhe
que ele preferiria vê-lo retornar num caixão do que ter sua vida contaminada pela transgressão moral. O
rapaz não deu ouvidos ao conselho de seu pai. Uma tragédia aconteceu. Seguiu-se um casamento
condenado a fracassar. O divórcio aconteceu com amargura. Aquela vida tão cheia de esperança e
grande potencial, foi infeliz, lastimável e terminou numa desolada tragédia.
Digo novamente que é interessante notar que Jeová, no caso do quinto mandamento, adicionou
uma promessa logo após a lei.
Não estou dizendo que em cada caso a vida será prolongada e sua qualidade aperfeiçoada
simplesmente pelo processo de honrar os pais. Mas digo, sem hesitação, que há segurança, proteção,
recompensa, felicidade e satisfação ao respeitar os conselhos dos pais que desejam o melhor para cada
filho e filha. Disse-o bem o escritor de Provérbios: “O filho insensato é tristeza para seu pai, e amargura
para aquela que o deu à luz”. (Provérbios 17:25) (Address at Dixie College, St. George, Utah, October
9, 1988)
Aos que vivem num lar conturbado, gostaria de sugerir que permitissem que o amor se torne a
estrela-guia da vida em família. Há gritos demais, recriminações demais e muitas lágrimas no lar de
alguns de nosso povo. O único remédio é o amor. Ele é o próprio alicerce do casamento. Pode ser
alimentado e fortalecido, ou debilitar-se e fenecer. A solução está dentro de nós mesmos. Maridos,
dominem o mau humor. Esposas, refreiem a língua. Revivam o maravilhoso sentimento que os
conduziu ao altar matrimonial. (“Let Love Be the Lodestar of Your Life,” Ensign, May 1989, p. 67)
Todo filho, com raríssimas excessões, é produto de um lar, seja ele bom, mau ou indiferente. À
medida que os filhos crescem, sua vida torna-se em grande parte, uma extensão e reflexo do ensino da
família. Se houver severidade, maus-tratos, ira incontrolada, deslealdade, os frutos serão certos e
conhecidos e, com toda probabilidade, repetir-se-ão na geração seguinte. Se, por outro lado, houver
paciência, perdão, respeito, consideração, bondade, misericórdia e compaixão, os frutos também serão
conhecidos, e serão eternamente compensadores. Serão positivos, doces e maravilhosos. E, quando a
misericórdia é demonstrada e ensinada pelos pais, ela se repete na vida e ações da geração seguinte.
Apelo aos pais e mães de toda parte, para que deixemos de lado a severidade, controlemos a ira,
baixemos a voz e nos tratemos mutuamente no lar, com misericórdia, amor e respeito. (“Blessed Are
the Merciful,” Ensign, May 1990, p. 70)
Recentemente li um artigo bastante esclarecedor sobre a deteriorização da família na cidade de
Nova York, descrita como a causa principal dos sérios problemas que afligem aquela cidade e quase
todas as grandes cidades do mundo.
O vigor de qualquer comunidade está no fortalecimento da família. O vigor de toda e qualquer
nação está no fortalecimento das famílias. A vida familiar se fortalece com um entendimento claro e
convicto de quem somos, por que estamos aqui e o que podemos vir a ser na eternidade. A vida familiar
se fortalece com a percepção de que cada um de nós é um filho de Deus, nascido com atributos divinos
e com um grande e significativo potencial. A vida familiar é fortalecida com pais que amam e
respeitam um ao outro, e que amam, respeitam e educam seus filhos nos caminhos do Senhor. Esses são
princípios básicos de nossos ensinamentos como Igreja. Se observarmos tais ensinamentos,
fortaleceremos nossa família e a nação será fortalecida por nossos descendentes.
Falo de famílias onde se fazem orações diárias, com a certeza de que Deus é nosso Pai Eterno e de
que somos responsáveis perante Ele por aquilo que fazemos de nossa vida. (“Mormon Should Mean
‘More Good,’” Ensign, November 1990, pp. 53–54)
Acredito na família onde haja um marido que considere e trate sua esposa como o maior bem que
possui; onde haja uma esposa que veja em seu marido sua âncora e força, sua segurança e conforto;
onde existam filhos que olhem para os pais com respeito e gratidão; onde existam pais que vejam seus
filhos como bênçãos e considerem sério e maravilhoso o desafio de educá-los e nutri-los. O cultivo de
tal lar exige esforço e energia, perdão e paciência, amor, tolerância e sacrifício; mas vale tudo isso e
mais ainda. (“This I Believe,” BYU 1991–92 Devotional and Fireside Speeches, March 1, 1992, p. 80)
As maiores alegrias da vida são vividas em alegres relacionamentos familiares. A pior das dores,
os sentimentos de miséria mais desanimadores e lamentáveis são provenientes de uma vida familiar
infeliz. (“This I Believe,” BYU 1991–92 Devotional and Fireside Speeches, March 1, 1992, p. 80)
“Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na Terra que o Senhor teu Deus
te dá”. (Êxodo 20:12) Ainda menino, fui levado a crer nesse mandamento divino.
Considero esse como um grande mandamento do Senhor. Se ao menos fosse mais amplamente
observado, haveria muito menos sofrimento nos lares; em vez de difamação, acusações e brigas,
haveria gratidão, respeito e amor.
Meu pai faleceu há muito tempo. Eu tornei-me pai, avô e bisavô. O Senhor tem sido muito
generoso. Tenho tido minha porção de desapontamentos, insucessos e dificuldades. Em média, porém,
minha vida tem sido boa. Tento viver com entusiasmo e gratidão. Já passei por muitos momentos
felizes, ó sim, tantos! A semente de tudo isso, acredito, foi plantada em minha infância e nutrida em
casa, na escola e na ala, lugares onde cresci e aprendi lições simples mas importantes sobre a vida. Não
conseguiria ser grato o bastante.
Meu coração se compadece, sofro, quando vejo a tragédia de tantos lares desfeitos, onde os
maridos parecem não saber como tratar a esposa, crianças que sofrem maus-tratos e que, quando
crescem, se tornam ofensores de outra geração. Nenhuma dessas tragédias é necessária. Sei que não. A
resposta a nossos problemas está em seguirmos o simples evangelho de Jesus Cristo, o Filho de Deus,
que trouxe ao mundo o amor do Pai. (“Some Lessons I Learned as a Boy,” Ensign, May 1993, p. 59)
Em resumo, o lugar principal para se edificar um sistema de valores é no lar das pessoas. (“Bring
Up a Child in the Way He Should Go,” Ensign, November 1993, p. 59)
A família é divina. Foi instituída pelo Nosso Pai Celestial. Ela abrange o mais sagrado de todos os
relacionamentos. Somente por intermédio de sua organização os propósitos de Deus podem ser
cumpridos.(...)
A maior parte dos casamentos resultam em filhos, e muitos pais buscam diligentemente criar sua
progênie em retidão. Estou convencido de que nada irá garantir maior sucesso na perigosa tarefa da
paternidade do que um programa de vida familiar que provenha de maravilhosos ensinamentos do
evangelho; que o pai do lar possua o sacerdócio de Deus; que seja seu privilégio e obrigação como
mordomo dos filhos de Nosso Pai Celestial prover suas necessidades; que ele governe seu lar no
espírito do sacerdócio “com persuasão, com longanimidade, com brandura e mansidão e com amor não
fingido” (D&C 121:41–42); que a mãe no lar seja uma filha de Deus, uma alma de inteligência,
devoção, e amor que possa estar revestida com o Espírito do Senhor; que seja seu privilégio e obrigação
como mordomo dos filhos de Nosso Pai Celestial suprir as necessidades diárias dos filhos; que ela, em
companhia de seu marido, também ensine seus filhos a “doutrina do arrependimento, da fé em Cristo, o
Filho do Deus vivo, e do batismo e do dom do Espírito Santo pela imposição das mãos (...) [e] orar e a
andar em retidão perante o Senhor”. (D&C 68:25, 28)
Nestes lares, os pais são amados e admirados e não temidos. Os filhos são considerados dádivas do
Senhor, para serem cuidados, alimentados, incentivados e direcionados. (“Pillars of Truth,” Ensign,
January 1994, p. 5)
Somos uma igreja que presta testemunho da importância da família; pai, mãe e filhos, e o fato de
sermos todos filhos de Deus, nosso Pai Eterno. Os pais que trazem filhos ao mundo têm a
responsabilidade de amar, nutrir, cuidar e ensinar-lhes os valores que abençoarão sua vida para que, ao
crescer, possam tornar-se bons cidadãos. Se houver menos problemas nos lares, haverá menos
problemas nas nações. Gostaria de enfatizar o que já lhes é familiar: a importância de unir nossa família
com amor e gentileza, com respeito e amabilidade, ensinando-lhe os caminhos do Senhor para que os
filhos cresçam em retidão e evitem as tragédias que assolam tantas famílias no mundo. (Veracruz
Mexico Regional Conference, January 28, 1996)
Sejam leais a seus pais e a seu legado. Infelizmente há alguns pais que são muito injustos com
seus filhos, mas esses casos são relativamente raros. Ninguém tem maior interesse no bem-estar,
felicidade e futuro de vocês do que os pais e mães. Eles são uma geração anterior, isso é verdade, mas
já tiveram a idade que vocês tem agora. Seus problemas não são demasiadamente diferente dos que eles
já tiveram. Se eles, às vezes, impõem-lhes restrições, é porque vêem perigo à frente. Ouçam-nos. O que
eles lhes pedem que façam pode não ser de seu agrado, mas vocês serão mais felizes se lhes
obedecerem. (“Stand True and Faithful,” Ensign, May 1996, pp. 92–93)
Por que atualmente temos a proclamação da família? Porque a família está sendo agredida. Por
todo o mundo, as famílias estão-se degenerando. O lugar para começar a aperfeiçoar a sociedade é o
lar. As crianças, na maioria das vezes, fazem o que lhes é ensinado. Estamos tentando tornar o mundo
melhor fortalecendo a família. (Media Luncheon and Press Conference, Tokyo, Japan, May 18, 1996)
Caso se queira reformar uma nação, tem-se de começar pelas famílias, com pais que ensinem a
seus filhos princípios e valores positivos que os levem a empreendimentos que valham a pena. (“‘This
Thing Was Not Done in a Corner,’” Ensign, November 1996, p. 49)
Todo homem deve olhar para sua esposa como filha de Deus, uma filha que igual a ele, com quem
ele caminha lado a lado. É maravilhoso o conceito que não coloca a mulher em uma posição inferior.
Um grande homem disse que um pai não pode fazer nada melhor para seus filhos do que deixá-los ver
que ele ama a mãe deles. Irmãos, tratem sua esposa com amor, respeito e gentileza. Esposas, tratem seu
marido com amor, respeito e gentileza. Ame seus filhos e eduque-os nas admoestações do Senhor, com
amor, estima e respeito. Eles eram filhos de Deus antes que fossem seus. Você não precisa espancá-los.
Deixe o amor se expandir e vocês serão um povo abençoado. (São Paulo Brazil Fireside, November 14,
1996)
Uma grande parte do mundo está vivendo o sério problema da desintegração da família. A família
é a unidade básica da sociedade. Nenhuma nação é mais forte do que os lares desse povo. Se os atuais
níveis de divórcio persistirem nos Estados Unidos, cerca de 50 por cento de todos os casamentos
realizados nos últimos quinze anos terminarão em divórcio. De todos os celebrados em 1995, espera-se
que 60 por cento terminem em divórcio.
Lawrence Stone, destacado historiador da família da Universidade de Princeton, disse: “O número
de casamentos desfeitos no ocidente desde 1960 não tem nenhum antecedente histórico que seja do
meu conhecimento, parece inigualável. (...) Não há nada igual nos últimos 2.000 anos ou mais”.
(Quoted by David Popenoe, “A World without Father,” The Wilson Quaterly, Spring 1996, p. 13)
Vocês estão familiarizados com os frutos de lares desfeitos. Sei que a família é a resposta para os
maiores problemas sociais; se cuidarmos de seus problemas, as outras coisas cuidarão de si mesmas.
Estamos tentando preservar a família tradicional: pai, mãe e filhos, trabalhando juntos com amor
tendo um objetivo comum. De uma maneira geral, estamos vencendo grandes desigualdades. (Media
Luncheon, Washington, D.C., December 2, 1996)
FÉ
Tão certo estava [Joseph Smith] da causa que defendia, tão seguro estava de seu chamado divino,
que os colocou acima da própria vida. Tendo presciência de sua morte iminente, entregou-se aos que o
abandonariam indefeso nas mãos da turba. Selou seu testemunho com o próprio sangue.
O mesmo ocorreu com os seus seguidores. Não se encontra nenhuma evidência, nem mesmo um
resquício, de que a convicção tenha sido inimiga da religião na vida e nos atos daqueles que o
seguiram. Por diversas vezes, abandonaram casas confortáveis, primeiro em Nova York, depois em
Ohio e Missouri, mais tarde em Illinois; e mesmo depois de chegarem a este vale muitos deles partiram
mais uma vez para estabelecer colônias numa vasta área do oeste americano. Por quê? Devido à fé que
possuíam na causa que professavam. (...)
Foi esse tipo de certeza que levou avante esta Igreja em face à perseguição, ao ridículo, ao
sacrifício material e ao afastamento de entes queridos para levar a mensagem do evangelho à terras
distantes. Essa convicção nos motiva hoje como o tem feito desde o início dessa obra. A fé contida em
milhões de corações de que essa causa é verdadeira, que Deus é nosso Pai Eterno e que Jesus é o Cristo
deve ser sempre a grande força motivadora em nossa vida. (“Faith: The Essence of True Religion,”
Ensign, November 1981, p. 7)
Não estou sugerindo que simplesmente usem óculos com lentes cor-de-rosa para que o mundo em
sua volta pareça rosado. Peço, no entanto, que olhem para cima e para além do negativo, da crítica, do
cepticismo, do duvidoso, mas sim para o positivo e afirmativo.
Trago comigo uma declaração que tirei de um artigo publicado alguns anos atrás do Comandante
William Robert Anderson, o homem que levou o submarino Nautilus por baixo da Calota Polar, das
águas do Pacífico para as águas do Atlântico. Em sua carteira ele levava um esfarrapado cartão com
essas palavras: “Creio estar sempre sendo divinamente guiado. Creio que sempre tomarei o caminho
certo. Creio que Deus sempre abrirá um caminho onde não há caminho”.
Em um momento difícil e turbulento o Senhor disse àqueles que amava: “Não se turbe o vosso
coração, nem se atemorize”. (João 14:27) (“The Continuing Pursuit of Truth,” BYU-Hawaii
Commencement Address, June 18, 1983)
A história desta Igreja é a história da expressão da (...) fé. Iniciou-se com um rapaz do campo no
ano de 1820 quando ele leu esta grande promessa na Epístola de Tiago:
“E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não
lança em rosto, e ser-lhe-á dada.
Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; porque o que duvida é semelhante a onda do mar, que
é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte.” (Tiago 1:5–6)
Foi fé, a fé singela de um rapaz de quatorze anos que o conduziu ao bosque naquela manhã de
primavera. Foi a fé que o fez ajoelhar-se, implorando entendimento. O maravilhoso fruto dessa fé foi
uma visão gloriosa e bela, da qual esta grande obra não passa de conseqüência.
Foi pela fé que se conservou digno das extraordinárias manifestações que se seguiram, trazendo de
volta à Terra as chaves, a autoridade, o poder de restabelecer a Igreja de Jesus Cristo nesses últimos
dias. Foi pela fé que esses maravilhosos anais dos povos antigos, esse testamento que chamamos de
Livro de Mórmon foi trazido à luz pelo dom e poder de Deus “para convencer aos judeus e aos gentios
que Jesus é o Cristo”. Foi pela fé que o pequeno grupo de primeiros conversos, apesar dos poderes do
inferno contra eles se levantarem, fortaleceram e apoiaram uns aos outros, abandonaram o lar e a
família para divulgar a palavra, mudaram-se de Nova York para Ohio, de Ohio para o Missouri, e do
Missouri para Illinois, em busca de paz e liberdade para adorar a Deus de acordo com os ditames de sua
consciência.
Foi com os olhos da fé que viram a bela cidade, quando atravessaram os alagados de Commerce,
Illinois. Convencidos de que a fé sem obras é morta, drenaram os brejos, traçaram a cidade,
construíram sólidas casas e prédios para adoração e escolas e, coroando tudo isso, um magnífico
templo, a mais bela construção de todo o Estado de Illinois.
Renasceu a perseguição, movida por turbas profanas e assassinas. Seu profeta foi morto, seus
sonhos desfeitos. Mais uma vez, pela fé, congregaram-se segundo os padrões previamente traçados por
ele e organizaram-se para outro êxodo.
Com lágrimas e o coração partido, abandonaram as casas confortáveis e as oficinas. Depois de um
último olhar ao templo sagrado, voltaram os olhos com fé para o oeste, para o desconhecido, ainda não
explorado; e com a neve do inverno caindo sobre eles, cruzaram o Mississipi naquele fevereiro de
1846, abrindo caminho pelos prados lamacentos de Iowa.
Com fé, estabeleceram Winter Quarters junto ao Missouri. As doenças, como disenteria e
gangrena, causaram centenas de mortes. Mas a fé susteve os sobreviventes. Enterraram os entes
queridos na ribanceira acima do rio, partindo na primavera de 1847 para o oeste, e com a força da fé,
conseguiram subir até o Elkhorn e margear o Rio Platte, rumo às Montanhas Rochosas.
Foi pela fé que Brigham Young, contemplando este vale, então estéril sob a inclemência do sol,
declarou: “Este é o lugar”. E novamente pela fé, quatro dias mais tarde fincou a bengala no chão a uns
poucos metros ao leste de onde estou e disse: “Aqui será o templo de nosso Deus”. A magnífica e
sagrada casa do Senhor, situada a leste deste tabernáculo, é um testemunho da fé, não só da fé dos que a
construíram, mas também daqueles que agora a utilizam numa grande e abnegada obra de amor.
Paulo escreveu aos hebreus: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova
das coisas que se não vêem”. (Hebreus 11:1) Todos os grandes feitos dos quais falei, foram a princípio
somente o “fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem”. Entretanto,
com visão, esforço e confiança no poder de Deus operando através deles, transformaram a fé em
realidade. (“God Grant Us Faith,” Ensign, November 1983, pp. 52–53)
Freqüentemente não e fácil viver à altura do que se espera de nós. Muitos acham que não
conseguem. Necessitamos de um pouco mais de fé. É preciso lembrar que o Senhor não nos dará
mandamentos superiores às nossas forças. Ele não nos pedirá que façamos algo que não temos
capacidade para fazer. Nosso problema reside em nossos temores e anseios. (“‘Let Us Move This Work
Forward,’” Ensign, November 1985, p. 83)
Isso foi uma lei dada por Deus, uma lei milenar. Ela foi dada a muitos santos dos últimos dias que
viviam nas comunidades rurais de Kirtland e nos seus arredores na década de 1830. Eles tinham muito
pouco dinheiro. Com enorme sacrifício eles construíram um templo como “uma casa de oração, uma
casa de jejum, uma casa de fé, uma casa de aprendizado, uma casa de glória, uma casa de ordem, uma
casa de Deus”. (D&C 109:8) Com a dedicação daquele sagrado edifício, o poder do adversário
começou a se espalhar em Kirtland, manifestando-se em um espírito de especulação imprudente, que
desviou a mente de muitos das coisas de Deus para as coisas de Mamom. Os Estados Unidos naquela
época estavam fascinados pelo espírito da especulação, que resultou em efeitos catastróficos na crise
financeira de 1837. Em Kirtland, as pessoas viraram-se contra o Profeta Joseph Smith. Havia
ressentimento e cobiça. A Igreja encontrava-se abalada e houve uma grande separação entre os fiéis e
aqueles cujos olhos estavam voltados para as coisas do mundo. O problema era uma combinação do
fato de que alguns membros estavam em Ohio e outros no Missouri, separados por uma distância de
aproximadamente 1.300 quilômetros e completamente sem comunicação.
Aqui estava um povo com visão milenar e uma responsabilidade que abrangia o mundo inteiro,
mas que se envolveu em dificuldades que debilitaram a própria vitalidade da Igreja.
Foi nestes tempos difíceis, no domingo 4 de junho de 1837, que o Profeta Joseph Smith se
aproximou do Élder Heber C. Kimball do Quórum dos Doze Apóstolos enquanto o irmão Kimball
“estava sentado na frente, junto ao púlpito, acima da mesa do sacramento, no lado de Melquisedeque do
Templo, em Kirtland, e sussurrou para [ele], dizendo: ‘Irmão Heber, o Espírito do Senhor me
sussurrou: ‘Que Meu servo Heber vá para a Inglaterra proclamar Meu Evangelho e abrir as portas da
salvação para aquela nação’”. (History of the Church, 2:490)
Imaginem, por favor, um homem que possua muito pouco das coisas do mundo falando com um
outro que praticamente não possua nada, tendo acabado de chegar de missão, que ele irá para o outro
lado do oceano iniciar a obra missionária lá. Não há o suficiente a ser feito em casa? Os de menos fé
devem ter-se questionado. Eles estavam na fronteira da nação, e o total de membros da Igreja
provavelmente não excedia a 15.000 pessoas.
Mas esses homens tinham uma visão em seu coração. Era uma visão milenária de que o evangelho
deveria ser ensinado a toda nação antes que venha o fim. Foi realizado algum trabalho no Canadá. Mas
agora eles estavam falando em cruzar o mar em direção às Ilhas Britânicas. Pode-se entender a resposta
de Heber C. Kimball. Reconhecendo sua imperfeição ele disse: “Ó, Senhor, sou um homem gago, e de
todo o modo inadequado para tal obra; como posso pregar naquela Terra, que é tão famosa entre a
cristandade pela erudição, conhecimento e fidelidade; o berço da religião; e a um povo cuja inteligência
é notória!” (In Orson F. Whitney, Life of Heber C. Kimball [Salt Lake City: Bookcraft, 1945], p. 104)
O chamado de Heber C. Kimball e seus companheiros para cruzarem o mar em direção a
Inglaterra foi uma declaração pelo Profeta Joseph Smith do grande destino dessa obra restaurada.
Quando li as condições dos santos naquela época em Ohio e Missouri e sobre a pequena quantidade que
existia deles, maravilhei-me com a amplitude de sua visão. Daquele tempo em diante aquela visão
nunca mais se desvaneceu. (...)
A resposta deles ao chamado foi uma expressão de fé magnífica. O irmão Kimball disse naquela
época: “A idéia de tal missão foi quase maior do que eu podia suportar. Estava quase pronto a afundar
com a carga que havia sido posta sobre mim.
No entanto, todas essas considerações não me detiveram do caminho do dever; do momento em
que entendi o desejo de meu Pai Celestial, senti-me determinado a enfrentar todos os riscos,
acreditando que Ele me apoiaria com o Seu poder infinito, e me dotaria de todos os atributos que
necessitasse; e embora minha família fosse querida para mim, e eu teria de deixá-los quase que sem
recursos, senti que a causa da verdade, o Evangelho de Cristo, sobrepujava qualquer razão”. (Ibid., p.
104)
Orson Hyde, Willard Richards, and Joseph Fielding demonstraram a mesma fé, e aos quatro se
uniram em New York John Goodson, Isaac Russell e John Snyder, que surgiram com fé semelhante
para tal empreendimento histórico e significativo.
Terça-feira, 13 de junho, foi o dia programado para que os quatro deixassem Kirtland. Alguém viu
a família Kimball naquela manhã e descreveu a oração que foi proferida pelo pai que estava de partida
e que então, “como os patriarcas, e pela virtude de seu ofício, impôs as mãos” sobre a cabeça de seus
filhos “individualmente, dando-lhes uma bênção patriarcal, e recomendando-os aos cuidados de Deus,
enquanto ele estivesse envolvido na pregação do evangelho em terra estrangeira. Enquanto assim o
fazia, sua voz quase se perdia nos soluços daqueles que estavam em volta, que em vão tentavam contê-
los. A idéia de estarem separados do pai e protetor por tanto tempo era na verdade muito dolorosa. Ele
prosseguiu, mas seu coração estava muito aflito para continuar sua oração como o faria normalmente.
Estava muito emocionado e foi obrigado a fazer algumas pausas, enquanto grandes lágrimas rolavam
por seu rosto.” (Ibid., pp. 108–9)
Fé? Fé era tudo que eles possuíam, fé e coragem. Não tinham dinheiro. Um dos irmãos deu ao
irmão Heber um casaco. Uma das mulheres deu-lhe cinco dólares, e com esse dinheiro ele comprou
uma passagem para ele e Orson Hyde até Buffalo.(...)
Que expressão de fé, e que demonstração de coragem! (“Taking the Gospel to Britain: A
Declaration of Vision, Faith, Courage, and Truth,” Ensign, July 1987, pp. 4–5)
Gostaria de relatar uma experiência que tive com um de nossos Presidentes de Área. Estávamos
num país em que, pelo que sabíamos, não havia um único membro da Igreja entre seus milhões de
habitantes.
Mas havia um homem que conhecia a Igreja e queria ser batizado. Ele vinha estudando a Bíblia
havia muito tempo. Pertencia a uma igreja cristã, mas não se sentia satisfeito. Então veio-lhe à mente o
pensamento de que ele deveria pertencer a uma igreja que levasse o nome do Salvador. Numa velha
enciclopédia em uma biblioteca pública, ele encontrou menção à Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias, com sede em Salt Lake City. Escreveu uma carta solicitando maiores informações e
recebeu em resposta alguns materiais impressos. Depois, a pedido seu, mais materiais foram-lhe
enviados.
Quando nos encontramos com ele, havia lido o Livro de Mórmon repetidas vezes. Lera Doutrina
& Convênios e outros escritos da Igreja. Entusiasmado contou aos amigos a respeito do tesouro que
descobrira. Ele pediu para ser batizado.
Nós o entrevistamos. Ele conhecia o sacerdócio, suas ordens e ofícios. Tinha conhecimento das
várias ordenanças e procedimentos das reuniões.
Ele acreditava ser o Livro de Mórmon a palavra de Deus? Oh, sim, ele sabia que era verdadeiro.
Ele o havia lido; ponderara e orara a respeito. Não tinha dúvidas quanto à sua veracidade.
Cria que Joseph Smith é um profeta de Deus? Sem dúvida. Novamente, havia estudado e orado.
Estava convencido da realidade da gloriosa visão em que Deus, o Pai Eterno, e seu Filho Amado, o
Senhor ressurreto, apareceram ao menino Joseph Smith, a fim de anunciar uma nova e final
dispensação do evangelho.
O sacerdócio fora restaurado com todos os seus dons e poderes. Tinha certeza disso. Nosso amigo
queria ser batizado e almejava o sacerdócio para poder ensinar e agir com a devida autoridade.
“Mas”, objetamos, “se o batizarmos e partirmos em seguida você ficará sozinho. Embora existam
muitos cristãos em seu país, e suas leis garantam a liberdade religiosa, há restrições severas
concernentes a estrangeiros. Não haverá ninguém para ensiná-lo e ajudá-lo. Não haverá ninguém em
quem possa amparar-se.”
Ao que ele respondeu: “Deus há de me ensinar e ajudar; Ele será meu amigo e esteio.”
Fitando os olhos deste homem de bem, vi brilhar a luz da fé. Nós o batizamos pela autoridade do
santo sacerdócio, o confirmamos membro da Igreja e conferimos-lhe o Espírito Santo. Batizamos sua
esposa. Após conferir-lhe o Sacerdócio Aarônico, ordenamo-lo ao ofício de sacerdote para que
pudessem, sob a devida orientação, ter o sacramento.
Realizamos uma reunião sacramental e de testemunho com eles. Abraçamo-nos e despedimo-nos
com lágrimas nos olhos. Eles partiram de volta para casa e nós fomos cuidar de nossas
responsabilidades em outras nações.
Jamais irei esquecê-lo. Ele é pobre quanto às coisas do mundo, mas instruído, sendo professor
formado. Sei pouco sobre suas condições de vida. Porém sei que quando conversamos com ele ardia-
lhe no coração a chama da fé, e nossa própria fé também se avivou.(...)
(...) Seu exemplo propiciou-me um tema. Encontra-se no versículo cinco do capítulo dezessete de
Lucas. Jesus estivera ensinando seus discípulos por meio de preceito e parábola. “Disseram então os
apóstolos ao Senhor: Acrescenta-nos a fé”. (grifo do autor).
Essa é minha oração para todos nós: “Senhor, acrescenta-nos a fé”. (“‘Lord, Increase Our Faith,’”
Ensign, November 1987, pp. 51–52)
Como muitos de vocês sabem, nos últimos quatro ou cinco anos vivemos um episódio interessante
na história da Igreja. Chegaram às nossas mãos duas cartas das quais a imprensa se apoderou quando as
anunciamos. Foram apregoadas aos quatro cantos do mundo como documentos capazes de contestar a
autenticidade da Igreja. Ao anunciá-las, declaramos que, na verdade, não tinham nada a ver com a
essência da nossa história. Mas alguns de pouca fé, que parecem estar sempre prontos a acreditar no
negativo, aceitaram como verdadeiros os pronunciamentos e predições da imprensa. (...)
Pois bem, conforme vocês sabem, essas cartas, juntamente com outros documentos, foram
declaradas por seu forjador como totalmente fraudulentas e parte de um plano maligno e desonesto que
culminou no assassinato de duas pessoas.
Tenho procurado imaginar o que aqueles cuja fé se deixou abalar pensam desde que o falsificador
confessou sua obra maligna.
Entretanto, apresso-me em acrescentar que a grande maioria dos membros da Igreja, todos com
exceção de uns poucos, deram pouca atenção ao caso e continuaram servindo fielmente, com uma firme
convicção fundamentada no conhecimento proporcionado pelo poder do Espírito Santo. Eles sabiam
então, e sabem agora, que Deus zela por essa obra, que Jesus Cristo é o cabeça dessa Igreja, que ela é
verdadeira, e que a felicidade e o crescimento advêm da obediência aos seus preceitos e ensinamentos.
(“‘Lord, Increase Our Faith,’” Ensign, November 1987, pp. 51–52)
Concede-nos fé para olharmos além dos problemas do momento, para os milagres do futuro. Dá-
nos fé para pagar nosso dízimo e ofertas, e depositar nossa confiança em ti, o Todo-Poderoso, de que
abrirás as janelas do céu conforme prometeste. Dá-nos fé para fazer o que é certo e deixar que venham
as conseqüências.
Concede-nos fé quando as tormentas da adversidade nos abaterem e fizerem ir ao chão. Que nas
épocas de enfermidades nossa confiança seja forte nos poderes do sacerdócio (...)
Senhor, quando andarmos pelo vale da sombra da morte, dá-nos fé para sorrir apesar das lágrimas,
sabendo que tudo faz parte de um plano eterno de um Pai amoroso, que ao cruzarmos o limiar dessa
vida entremos em outra mais gloriosa, e que por intermédio do sacrifício do Filho de Deus todos hão de
levantar-se da sepultura e os fiéis seguirão avante para a exaltação. (“‘Lord, Increase Our Faith,’”
Ensign, November 1987, pp. 53–54)
A fé não é uma trivialidade teológica. É uma realidade da vida. A fé pode tornar-se a nascente de
uma vida significativa. Não há motivação que faça com que nos empenhemos mais em fazer o bem do
que o conhecimento de que somos filhos de Deus, o Criador do universo, nosso sábio Pai Celestial!
Deus espera que façamos algo de nossa vida, e Ele irá ajudar-nos quando buscarmos Sua ajuda. (...)
(...) Estávamos a bordo de um avião, alguns anos atrás, voando entre Honolulu e Los Angeles. Foi
numa época em que só havia aviões movidos à hélice. No decorrer da viagem, por volta de meio-dia,
um dos motores parou. Tivemos uma redução de velocidade, a altitude baixou, e houve certo
nervosismo entre os que estavam a bordo. Na verdade, o problema era que havíamos perdido muita
potência, e devido a isso os perigos aumentaram. Sem a tal potência, não podíamos voar alto, rápido e
com segurança.
O mesmo acontece com nossa vida quando não damos importância à necessidade de ter fé e
desprezamos o conhecimento de Deus.
A aceitação passiva do Senhor não é suficiente. Um testemunho vibrante só é adquirido quando
buscamos ansiosamente. (“‘With All Thy Getting Get Understanding,’” Ensign, August 1988, p. 5)
Quando falo sobre a fé, não me refiro a ela de maneira abstrata, mas sim como uma força viva e
vital que reconhece Deus como nosso Pai e Jesus Cristo como nosso Salvador. Quando aceitarmos essa
premissa básica, haverá aceitação dos Seus ensinamentos e obediência que trará paz e alegria nesta vida
e exaltação na vida futura. (“‘With All Thy Getting Get Understanding,’” Ensign, August 1988, p. 5)
Repito o que já disse antes: no final, a única verdadeira riqueza da Igreja estará na fé de seus
membros. (“The State of the Church,” Ensign, May 1991, p. 54)
A melhor coisa que podemos fazer para a segurança e fortalecimento de nossa nação é cultivar nos
membros dessa Igreja uma vigorosa, intensa fé no Senhor Jesus Cristo, para que nosso povo caminhe
em retidão, torne-se um exemplo para todos e seja como o fermento para fazer crescer a massa.
Andemos com fé. (Vacaville/Santa Rosa California Regional Conference, priesthood leadership
session, May 20, 1995)
Caminhe pela fé. Deus abrirá o caminho. Quando não há caminho, Ele abre o caminho. Tenho
plena certeza disso. Não me preocupo com o futuro desta Igreja. Ele será majestoso e forte. Esta é a
pedra que foi cortada da montanha e rolará para preencher toda a Terra como foi manifestado na visão
de Daniel. Esta é a obra do verdadeiro Deus vivo, cujo poder excede a qualquer outro poder do
universo. (Vacaville/Santa Rosa California Regional Conference, priesthood leadership session, May
20, 1995)
Há algum tempo, li um artigo de jornal que tratava das opiniões de certo jornalista famoso.
Citavam-no como tendo dito: “A certeza é inimiga da religião”. As palavras atribuídas a esse jornalista
fizeram-me refletir bastante. A certeza, que defino como a total e completa convicção de um fato, não é
inimiga da religião, mas a sua própria essência.
Certeza é segurança; é convicção. É o poder da fé que se aproxima do conhecimento, sim, e até
mesmo transforma-se em conhecimento. A certeza dá-nos entusiasmo e, para vencer a oposição, o
preconceito e a indiferença, nada existe que se compare ao entusiasmo.
Os grandes edifícios jamais foram construídos sobre alicerces instáveis. As grandes causas jamais
foram vencidas por líderes inseguros. O evangelho nunca foi pregado de modo a convencer as pessoas
sem que houvesse certeza. A fé, que é a própria essência da convicção pessoal, sempre foi e sempre
deverá ser o alicerce da vida religiosa e da dedicação à religião. (...)
(...) Pode-se argumentar contra a teologia, mas o testemunho pessoal, aliado à prática da religião,
não pode ser refutado. (“Faith: The Essence of True Religion,” Ensign, October 1995, pp. 2–3)
Depois da morte do Salvador, teriam Seus Apóstolos conseguido prosseguir na pregação de Sua
doutrina, sacrificando até mesmo a própria vida em dolorosas circunstâncias, se estivessem incertos
acerca Daquele a quem representavam e cuja doutrina ensinavam? Não havia incerteza em Paulo depois
de ter visto a luz e ouvido a voz quando rumava para Damasco em perseguição aos cristãos. Por mais
de três décadas, depois dessa ocasião, devotou seu tempo, força e a vida à divulgação do evangelho do
Senhor ressurreto. Sem pensar no próprio conforto ou segurança, viajou pelo mundo conhecido de seu
tempo, declarando que “nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente,
nem o porvir,
Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de
Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor”. (Romanos 8:38–39)
Ao ser executado em Roma, Paulo selou com a morte seu testemunho final da convicção que tinha
da divindade de Jesus Cristo como Filho de Deus.(...)
Teria havido a Reforma sem a certeza que inspirou os intrépidos feitos de gigantes da fé, como
Lutero, Huss, Zwingli e outros como eles? (“Faith: The Essence of True Religion,” Ensign, October
1995, p. 2)
Escrevi essas belas palavras ditas pelo Presidente David O. Mckay a um pequeno grupo de pessoas
alguns anos atrás. Ele disse: “Tão absoluta quanto a certeza em seu coração de que essa noite será
seguida pelo alvorecer, tal é minha convicção de que Jesus Cristo é o Salvador da humanidade, a Luz
que dissipa a escuridão do mundo, por meio do evangelho restaurado através de revelação direta ao
Profeta Joseph Smith”. (...)
É esse tipo de certeza que possibilitou aos membros da Igreja enfrentarem a perseguição, o
ridículo, o sacrifício de bens materiais e o afastamento de entes queridos para que o evangelho fosse
levado a terras distantes. Essa mesma convicção é hoje fonte de motivação, como tem sido deste o
princípio dessa obra. A fé que milhões de pessoas têm na veracidade dessa causa, que as leva a crer que
Deus é nosso Pai Eterno e que Jesus é o Cristo, deve sempre ser a grande força motivadora em sua
vida”. (“Faith: The Essence of True Religion,” Ensign, October 1995, p. 4)
Gostaria de chamar atenção para as grandiosas palavras do Senhor a Tomé: “Não sejas incrédulo,
mas crente”. Essa é uma época magnífica em sua vida. É uma época não somente de pensamento
positivo mas, algumas vezes, de pensamento crítico também. Recomendo-lhes que não deixem seu
pensamento crítico desprezar sua fé. (Ricks College Regional Conference, Rexburg, Idaho, October 29,
1995)
A fé é um poder dinâmico que transforma nossa vida e nos impulsiona para frente na estrada da
imortalidade e vida eterna. (Pusan Korea Fireside, May 21, 1996)
Acredite em Deus o Pai Eterno. Ele rege e governa o universo e ainda assim podemos falar com
Ele. Ele ama Seus filhos como pai. Ele ouvirá suas orações. Presto testemunho disso. Sei que é verdade.
Acredite em Jesus Cristo, o Salvador e Redentor do mundo. É ele quem dirige a Igreja de que você
faz parte. A Igreja não é minha. Ela pertence ao Senhor Jesus Cristo. Ela é portadora do Seu santo
nome. Ele está à frente desta grande obra. Ele está pronto a auxiliar-nos em nossos problemas e
abençoar-nos nos momentos de necessidade.
Acredite no divino chamado do Profeta Joseph Smith. Que homem maravilhoso ele foi. Foi
assassinado quando ainda era jovem, mas nos curtos anos de sua vida tornou-se um instrumento nas
mãos do Senhor para restaurar essa grande e maravilhosa obra.
Acredite no Livro de Mórmon como a palavra de Deus. Estude o Livro de Mórmon. Ore a respeito
do Livro de Mórmon. Deixe que sua vida seja inspirada por ele.
Acredite na Igreja. Ela é uma grande âncora nessa época de incredulidade. Ela se coloca como um
grande repositório da fé nessa época em que as pessoas estão descrentes. É a Igreja de Jesus Cristo que
está aqui para ajudá-lo, para educá-lo, para prover oportunidades sociais, para dar-lhe a palavra do
Deus vivo.
Acredite em si mesmo como um filho de Deus. Cada um de vocês aqui, cada homem, mulher, e
criança tem uma herança divina. Deus é o seu Pai Eterno. Que maravilhoso é este direito de
primogenitura. Não viva de modo a ser indigno dele. Mantenha-se erguido e viva o evangelho.
(Managua Nicaragua Fireside, January 21, 1997)
FELICIDADE
Desfrutem da oportunidade de serem membros da Igreja. Onde mais em todo o mundo vocês
podem encontrar uma sociedade igual? Desfrutem de suas atividades. Quando era missionário em
Londres há cinqüenta anos, meu companheiro e eu apertávamos as mãos um do outro pela manhã e
dizíamos: “A vida é boa”. A vida a serviço do Senhor é boa. É bela. É recompensadora.
Sejam felizes naquilo que fazem. Cultivem o espírito de alegria em seu lar. Sobrepujem todos os
elementos de ira, impaciência e conversa inadequada. (“Live the Gospel,” Ensign, November 1984, p.
86)
Nosso povo será um povo feliz, um povo abençoado, um povo em que o pastor é o nosso Senhor,
conduzindo-nos através de verdes e tranqüilas pastagens, se caminharmos de acordo com Seu exemplo
e em Sua luz. (“God Is at the Helm,” Ensign, May 1994, p. 59)
Busque abençoar a vida de seu próximo em tudo o que fizer; que, por causa de seus esforços,
alguém possa viver um pouco mais próximo do Senhor e ter um pouco mais de felicidade na vida. Este
é o propósito da nossa existência, no final: trazer felicidade para a vida das pessoas, porque na verdade
o que ensinamos é o plano de felicidade do Senhor. (Boston Massachusetts Regional Conference,
priesthood leadership session, April 22, 1995)
Se vivermos o evangelho e colocarmos nossa confiança em Deus, nosso Pai Eterno, se fizermos o
que nos é pedido como membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últinos Dias, seremos as
pessoas mais felizes e mais abençoadas na face da Terra. (Pocatello Idaho Biregional Conference, June
4, 1995)
Viva o evangelho. Avante, avante, mantenha o trabalho progredindo.(...) Para muitos de nosso
povo, ser membro da Igreja torna-se um fardo em vez de uma fonte de felicidade. (...) Seja feliz ao
servir. (Church News Interview, June 7, 1995)
Espero que gostem deste trabalho. Realmente é o que desejo. Apesar de todos os problemas, este é
um trabalho que traz felicidade. Essas são as boas novas! Este é um trabalho que nos da alegria! Espero
que vocês possam dar risadas, sorrir, serem felizes e se alegrarem diante do Senhor por essa grande
oportunidade que lhes é dada de servir como líderes levando adiante o trabalho para o mundo, seja qual
for o lugar que sejam designados a irem. E gostaria de dizer, referente a isso, que não importa onde
vocês vão. Uma alma salva em Provo é tão valiosa quanto uma alma salva em Copenhagen, ou em
qualquer outro lugar do mundo. Devemos salvar os filhos e filhas de Deus, ensinando-lhes o evangelho.
Encontrem sua felicidade ao assim proceder. (Mission Presidents Seminar, June 24, 1995)
Mantenham a fé. Sua felicidade consiste em seguir o evangelho de Jesus Cristo. É o que acontece
com todos nós. “Iniqüidade nunca foi felicidade” (Alma 41:10), disse Alma a seu filho Coriânton. Isso
é tão verdadeiro como o sol que nasce nas manhãs. “Iniqüidade nunca foi felicidade”. Não há felicidade
em se fazer o que é errado. Não há felicidade no pecado. Há miséria e dor, arrependimento, pesar e
sofrimento. A felicidade consiste em caminhar em retidão. A felicidade consiste em lealdade e
integridade. (Juneau Alaska Fireside, June 18, 1995)
É muito importante ser feliz neste trabalho. Temos muitas pessoas melancólicas na Igreja porque
elas não entendem, suponho, que este é o evangelho da felicidade. É algo para se alegrar e se animar.
(Temple Recorders Seminar, October 23, 1995)
Tenho certeza de que nosso Pai nos Céus gosta de ver Seus filhos felizes; não miseráveis, mas
felizes. Acredito que Ele quer vê-los desfrutando das coisas boas da Terra, obtidas da maneira correta.
Não acho que Ele goste de ver Seus filhos na pobreza e miséria, envolvidos em problemas, em
iniqüidade, pecado e passando necessidades. Sei que Ele quer vê-los felizes. (Colorado Springs Young
Adult Meeting, April 14, 1996)
FILHOS
Ver Crianças
FINANÇAS
Ver Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, A: As Finanças da Igreja; Dívidas; Auto-
Suficiência; Economia
GENEALOGIA
Ver História da Família, Trabalho de
GOVERNO DA IGREJA
Ver também Sucessão na Presidência
A organização básica da Igreja remonta aos tempos do Velho Testamento. A eficiência de sua
operação tem constantemente sido descrita como estritamente moderna. Isso não é uma contradição.
Nós afirmamos que a organização básica da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é a
mesma que prevalecia na Igreja estabelecida pelo Salvador.
No início de Seu ministério Jesus chamou doze homens e ordenou-os apóstolos. A esses Ele deu
poder para curar os doentes, para levantar os mortos e para ministrar as ordenanças do evangelho. “De
graça recebeste, de graça dai”, Ele os ordenava. (Mateus 10:8) Eles eram então enviados às cidades de
Israel para prestar testemunho Dele e do Seu reino. Três dentre eles — Pedro, Tiago e João —
sobressaíram-se nas escrituras como os líderes, particularmente depois da morte e ressurreição do
Salvador.
O Senhor também designou setentas para auxiliá-Lo no trabalho. A esses Ele enviou em duplas
com autoridade para falar por Ele. O sucesso coroou o ministério deles como se torna evidente na
declaração “e voltaram os setenta com alegria”. (Lucas 10:17)
Logo após a morte de Jesus, o trabalho foi levado para além dos limites de Israel para as cidades
da Síria, a seguir para a Ásia Menor e, mais tarde, para a Grécia e Roma. A palavra foi difundida com
tamanho sucesso que Paulo, uns trinta anos depois, declarou que o evangelho havia sido ensinado a
toda criatura sob o céu.
À medida que os diversos ramos da Igreja eram organizados, eram ordenados bispos e élderes para
presidi-los, e outros ofícios do sacerdócio iam sendo preenchidos. Paulo fala especificamente de
Apóstolos e profetas, bispos e élderes, evangelistas, sacerdotes, mestres, diáconos e pastores. Ele
também deixa claro a necessidade desses ofícios no relacionamento de uns com os outros promovendo
o objetivo comum: “Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação
do corpo de Cristo; Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a
homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo”. (Efésios 4:12–13)
A escritura deixa-nos claro um outro ponto importante referente a esses líderes da Igreja. Aos seus
apóstolos Jesus disse: “Não me escolheste vós a mim, mas eu vos escolhi a vós.” (João 15:16) Paulo
amplia esse pensamento com a declaração: “E ninguém toma para si essa honra, senão o que é chamado
por Deus, como Arão”. (Hebreus 5:4) Durante esses primeiros anos eram dados ofícios aos homens da
Igreja, não de sua própria escolha, mas eram escolhidos e ordenados por aqueles que tinham o poder e
autoridade de Deus.
Os santos dos últimos dias acreditam que essa mesma organização com seus ofícios básicos foi
novamente restaurada na Terra, e que os homens devem cumprir seus chamados com o mesmo espírito
que havia nos tempos antigos. Eles acreditam que nessa organização encontram-se as chaves e os meios
para um funcionamento eficaz da Igreja. (What of the Mormons? pamphlet, 1982, pp. 21, 23)
A natureza divina da organização dessa obra e dos chamados à liderança é evidente. As
Autoridades Gerais são indivíduos, cada um com sua própria personalidade. Cada um traz para suas
obrigações uma ampla variedade de experiência e bagagem. Ao serem debatidos assuntos nos
conselhos superiores da Igreja, todos têm liberdade de expor seu ponto de vista. Ao se observar esse
interessante processo em funcionamento, é fascinante testemunhar o poder do Santo Espírito
influenciando esses homens. As divergências iniciais, nunca acentuadas porém perceptíveis, vão-se
atenuando e fundindo até chegarem à unidade. (“He Slumbers Not, nor Sleeps,” Ensign, May 1983, p.
6)
O santo sacerdócio tem autoridade para governar nos assuntos do reino de Deus na Terra. Por
intermédio das revelações do Senhor, a Igreja é presidida sob a direção de três sumos sacerdotes
presidentes. Eles são assessorados por um conselho de Doze Apóstolos, que por sua vez são
assessorados pelos Setenta. O Bispado Presidente, composto de três membros, é responsável pelos
assuntos temporais sob a direção da Presidência. Todos eles são líderes do sacerdócio. O poder que lhes
é divinamente dado é a autoridade pela qual eles governam. É assim nas estacas e alas com presidências
e bispados. É assim também nos quóruns. Os líderes das organizações auxiliares levam adiante o
trabalho sob a direção e delegação do sacerdócio. Sem o sacerdócio, a Igreja pode ter sua forma, mas
não a verdadeira substância. Esta é a Igreja de Jesus Cristo, e é governada pela autoridade que é
segundo a ordem do Filho de Deus. (Priesthood Restoration Commemoration Fireside, May 15, 1988)
Eu agradeço [a Joseph Smith] e o amo pela organização da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias. É uma maravilha e um milagre milhões terem cargos e responsabilidades na Igreja e
reino de Deus. É um sistema único de um governo eclesiástico sob o qual a autoridade para chamar é
dos líderes presidentes, mas o direito de servir está condicionado à aprovação dos membros.
Agradeço a ele e ao Senhor de quem provém essa grande organização que é capaz de funcionar em
qualquer Terra ou sociedade, onde a liderança se faz através das pessoas, e com poucas exceções, o
chamado para servir é temporário, garantindo assim uma constante renovação de talento, perspectiva,
energia e força espiritual. (“As One Who Loves the Prophet,” Symposium on the Life and Ministry of
the Prophet Joseph Smith, BYU, February 22, 1992)
Nessa tarde, como de costume, apoiamos os líderes da Igreja. Isso talvez pareça simples
formalidade. Mas quero lembrar-los de que se trata de um gesto solene e de séria importância, algo
exigido pela revelação do Senhor. (...)
(...) O direito de indicar pertence ao líder ou líderes superiores, em qualquer nível. Mas essa
indicação precisa ser apoiada, ou seja, aceita e confirmada pelos membros da Igreja. Este procedimento
somente é encontrado na Igreja do Senhor. Não existe pretensão a um cargo, concurso para um
chamado nem campanha para promover as virtudes da pessoa. Comparem a maneira do Senhor com a
do mundo. A maneira do Senhor é tranqüila e pacífica, sem fanfarras nem despesas financeiras. É
desprovida de egoísmo, vaidade e ambição. No plano do Senhor, os que têm a responsabilidade de
escolher líderes são guiados por uma pergunta que prevalece sobre tudo: “Quem o Senhor escolheria?”
A seleção é feita em silêncio e através de meditação. Muitas orações são feitas até se receber a
confirmação do Espírito Santo de que a escolha foi certa. (“God Is at the Helm,” Ensign, May 1994, p.
53)
Há um velho provérbio de fundo de quintal que diz: “Muitas mãos tornam o trabalho fácil”. Quão
verdadeira é essa afirmação com relação a essa Igreja. O maravilhoso sistema de presidências e
conselhos faz com que se torne possível dividir a carga de modo que ninguém fique sobrecarregado. A
muitos é dada oportunidade e experiência, e se um soldado em qualquer lugar na fileira vacilar ou
tropeçar, existe um outro para substituí-lo e marchar em frente. (General Authority Training Meeting,
March 28, 1995)
Presidente da Igreja
Jamais ficaremos sem um profeta se formos dignos de tê-lo. Ele não precisa ser jovem. Ele tem e
continuará dispondo de homens mais jovens para viajarem pelo mundo a serviço do ministério. Ele é o
sumo sacerdote presidente, repositório de todas as chaves do santo sacerdócio e a voz de revelação de
Deus ao Seu povo. (“He Slumbers Not, nor Sleeps,” Ensign, May 1983, p. 6)
Alguns se preocupam com o fato de que o presidente da Igreja será, provavelmente, sempre um
homem idoso, ao que respondo: “Que grande bênção!” A obra dessa dispensação foi iniciada tendo
como instrumento o profeta Joseph Smith. Este era, na época, jovem e vigoroso, um homem cuja mente
não estava apegada às tradições de seu tempo. Tinha a mente jovem, a qual o Senhor podia modelar
como argila molhada ao dar início à obra.
O sucessor de Joseph era relativamente moço quando assumiu a terrível responsabilidade de
conduzir um povo inteiro pelas vastas planícies desertas para colonizarem uma nova terra.
Mas agora, os fundamentos de nossa doutrina estão assentados e estamos firmemente
estabelecidos como povo, pelo menos até que o Senhor ordene nova mudança. Não necessitamos de
inovações. Necessitamos é de devoção e apego aos princípios divinamente enunciados. Necessitamos
de lealdade ao nosso líder, que foi escolhido por Deus. (...)
A meu ver, é profundamente confortador saber que num futuro previsível teremos um presidente
que foi disciplinado e treinado, provado e testado, cuja fidelidade à obra e integridade na causa foram
temperadas na forja do servir, cuja fé amadureceu e cuja intimidade com Deus foi cultivada durante
muitos anos. (...)
(...) Apoiarei sem reservas aquele que o Senhor escolher pelo processo por Ele estabelecido para a
sucessão em seu reino, pois sei que essa é a obra de Deus e que Ele vela por ela agora, como tem feito
no decorrer dos anos. Ele não comete enganos. (“He Slumbers Not, nor Sleeps,” Ensign, May 1983, pp.
6–7)
A Igreja é verdadeira. Aqueles que a dirigem têm um único desejo, e este é o de fazer a vontade do
Senhor. Eles buscam sua orientação em todas as coisas. Não existe uma decisão significativa que afete
a Igreja e seu povo, que seja tomada sem ser considerada em espírito de oração, buscando-se diretrizes
na fonte de toda a sabedoria. Sigam a liderança da Igreja. Deus não permitirá que sua obra seja
desencaminhada. (“Be Not Deceived,” Ensign, November 1983, p. 46)
Quero prestar-vos testemunho concernente a esta obra. Estou profundamente envolvido nela há
mais de meio século. Venho trabalhando com os presidentes da Igreja desde a gestão do Presidente
Heber J. Grant. Conheci bastante bem o Presidente Grant, o Presidente George Albert Smith, o
Presidente David O. McKay, o Presidente Joseph Fielding Smith, o Presidente Harold B. Lee e o
Presidente Spencer W. Kimball [e posteriormente os Presidentes Ezra Taft Benson e Howard W.
Hunter]. Conheci os conselheiros de todos eles e conheci o Conselho dos Doze durante esses anos
todos. Todos esses homens foram humanos. Tiveram características humanas e talvez algumas
fraquezas humanas. Entretanto, acima de tudo, houve na vida deles uma irrefutável prova da inspiração
de Deus. Todos os presidentes têm sido profetas de uma forma muito real. Testemunhei intimamente o
espírito de revelação sobre eles. Cada um deles chegou à presidência depois de muitos anos de
experiência como membro do Conselho dos Doze e em outros cargos. O Senhor refinou-os e poliu-os,
deixou que conhecessem o desânimo e o fracasso, que experimentassem a doença e, em alguns casos, o
profundo pesar. Tudo isso tornou-se parte do grande processo de refinamento, e o efeito desse processo
evidenciou-se de maneira bela em sua vida.
Meus queridos amigos no evangelho, esta é a obra de Deus. É a Sua Igreja e a Igreja de seu Filho
Bem Amado, cujo nome ela ostenta. Deus nunca permitirá que um impostor esteja à frente dela. Ele
chamará Seus profetas, inspirá-los-á e dirigi-los-á. (“Strengthening Each Other,” Ensign, February
1985, p. 5)
Alguns se perguntam quem estará dirigindo a Igreja. Presto-vos testemunho solene de que
recebemos inspiração do alto, e que o nosso Pai nos Céus e seu Filho Amado, o Redentor do mundo,
estão guiando e dirigindo essa Igreja, para que cumpra seus propósitos eternos em favor dos filhos e
filhas de Deus. (“Rejoice in This Great Era of Temple Building,” Ensign, November 1985, p. 54)
Posso garantir-lhes (...) que nunca, de acordo com meu conhecimento, me adiantei à frente de meu
líder; nunca tive o mínimo desejo de me antecipar a ele no estabelecimento de diretrizes e instruções
para a Igreja. Eu sabia que ele era o profeta apontado pelo Senhor. Embora eu também tivesse sido
apoiado como profeta, vidente e revelador, com os irmãos dos Doze, sabia que nenhum de nós era o
Presidente da Igreja. Sabia que o Senhor havia prolongado a vida do Presidente Kimball para
propósitos que lhe eram conhecidos, e tinha uma fé perfeita em que isso se dava por um motivo sábio
Daquele que possui sabedoria maior que a dos homens. (“ ‘In (...) Counsellors There Is Safety,’”
Ensign, November 1990, p. 50)
Repito que trabalhei com sete Presidentes desta Igreja. Reconheço que todos eram humanos, mas
nunca me preocupei com isso. Podem ter tido algumas fraquezas, mas isso nunca me incomodou. Sei
que o Deus do céu tem utilizado homens mortais no decorrer da história do mundo para realizar
propósitos divinos. Eles eram os melhores homens de que o Senhor poderia dispor e eram
maravilhosos.
Esses homens que conheci e com quem trabalhei foram totalmente abnegados, zelando pela
edificação do reino de Deus e levando felicidade à vida das pessoas. Foram também abnegados em
relação a essa grande obra pela qual cada um foi responsável em sua época.
Falo ao sacerdócio desta Igreja, (...) expressando gratidão pelo profeta que nos guia nestes últimos
dias. Peço-lhes lealdade a esse homem que o Senhor chamou e ungiu. Rogo-lhes que o apóiem
firmemente e dêem ouvidos aos seus ensinamentos. Disse em outra ocasião deste púlpito que, se temos
um profeta, temos tudo. Se não temos um profeta, não temos nada. Nós, porém, temos um profeta.
Temos tido profetas desde a fundação desta Igreja. Nunca ficaremos sem um profeta, se formos dignos
deles.
O Senhor zela por esta obra. Este é o Seu reino. Não somos ovelhas sem pastor nem um exército
sem líder. (“‘Believe His Prophets,’” Ensign, May 1992, p. 53)
Há poucas semanas, quando regressava de uma conferência regional, tivemos uma experiência que
permanece viva em minha mente. Quando nos aproximávamos do aeroporto, o comandante dirigiu-se
aos passageiros pelo rádio e, em tom ríspido e autoritário, declarou: “Temos uma emergência! Por
favor, prestem atenção. Temos uma emergência, e a tripulação lhes dará instruções. Para sua segurança,
por favor, façam o que lhes for solicitado”. A tripulação pôs-se em ação. Este era o momento para o
qual haviam sido treinados. Todos sabiam precisamente o que fazer. Todos os utensílios foram
rapidamente colocados em compartimentos trancados.
Os passageiros foram remanejados e os homens mais fortes colocados em cada saída de
emergência.
Pediram-nos que tirássemos os óculos, abaixássemos a cabeça e segurássemos firmemente os
tornozelos.
Uma mulher com um bebê no colo, sentada logo atrás de mim, chorava. Ouviam-se outros
soluçarem. Todos sabiam que não era apenas um treinamento, mas aquilo era real e grave.
Um homem apareceu na porta da frente. Reconheceu-me e inclinou-se para dizer-me: “Sou piloto
e estou de folga. O sistema de controle principal falhou; mas acho que tudo vai acabar bem. Já
abaixaram o trem de pouso e os flapes.”
Por estranho que pareça, não tive medo. Em muitos anos de vôo, houve ocasiões em que me senti
amedrontado. Entretanto, dessa vez sentia-me calmo. Sabia que o avião tinha um sistema alternativo
para lidar com uma emergência assim e que a tripulação fora bem treinada.
Sabia também que a eficácia desse sistema alternativo seria conhecida dentro de um ou dois
minutos, quando os pneus tocassem a pista.
Esse momento chegou bem depressa. Para alívio de todos, o avião tocou o chão de leve, com o
trem de aterrissagem em posição correta, os motores foram desligados, e, finalmente, a aeronave parou.
(...) A tripulação foi aplaudida, e alguns expressaram gratidão ao Senhor.
Tenho refletido sobre essa experiência em termos da Igreja à qual pertencemos. O cabeça da Igreja
é o Senhor Jesus Cristo. Essa é a sua Igreja, mas o cabeça terreno é o profeta. Os profetas são homens
investidos de um chamado divino. Não obstante a divindade do chamado, eles são humanos. Estão
sujeitos aos problemas da mortalidade.
Amamos, respeitamos, honramos o profeta destes dias, o Presidente Ezra Taft Benson e nele
confiamos. Ele tem sido um líder magnífico e talentoso, cuja voz tem ecoado em testemunho dessa obra
no mundo inteiro. Possui todas as chaves do sacerdócio na Terra, hoje. Atingiu, porém, uma idade em
que não pode realizar tudo o que outrora realizava. Isto não o diminui em seu chamado de profeta.
Limita-o, porém, nas atividades físicas.
Tivemos situações semelhantes no passado. O Presidente Wilford Woodruff envelheceu em
serviço. Foi assim com os Presidentes Heber J. Grant, David O. McKay, Joseph Fielding Smith e, mais
recentemente, com o Presidente Spencer W. Kimball.
Algumas pessoas, evidentemente por não conhecerem o sistema, preocupam-se que, com a idade
do Presidente, a Igreja enfrente uma crise. Parece não compreenderem que há um sistema básico de
apoio. Bem no âmago deste sistema há sempre uma tripulação bem treinada a bordo, se posso referir-
me assim a eles. Eles vêm sendo treinados nos procedimentos da Igreja. Mais importante ainda, é que
os membros da tripulação possuem as chaves do Sacerdócio Eterno de Deus. Foram, também,
colocados nesse lugar pelo Senhor.
Espero não parecer presunçoso ao lembrar-lhes do sistema alternativo único e magnífico que o
Senhor estruturou em Seu reino, a fim de que ele siga sempre avante sem interrupção, enfrentando
qualquer emergência que venha a surgir e superando qualquer contingência que tenha de enfrentar. Para
mim isso é um milagre maravilhoso e que se renova constantemente. (“The Church Is on Course,”
Ensign, November 1992, p. 53)
Ninguém é chamado para este ofício sagrado sem que tenha grandes sentimentos de que não está à
altura. A firme resolução de ir em frente vem do conhecimento de que essa é a obra de Deus, que Ele
olha por ela, que Ele irá nos dirigir em nossos esforços se formos verdadeiros e fiéis, e que nossa
responsabilidade é para com Ele. (Press Conference, Salt Lake City, Utah, March 13, 1995)
Essa manhã, todos participamos de uma assembléia solene. Ela é exatamente o que o nome indica:
uma reunião dos membros onde cada posição individual iguala-se a todas as outras ao exercer com
seriedade e solenidade seu direito de apoiar ou não aqueles que, de acordo com os procedimentos
determinados pelas revelações, foram escolhidos para liderar. (...)
No tocante à Primeira Presidência, o Senhor disse: “Do Sacerdócio de Melquisedeque, três sumos
sacerdotes presidentes, escolhidos pelo grupo, e designados e ordenados a esse ofício, e apoiados pela
confiança, fé e orações da Igreja”. (...) (D&C 107:22)
Destaco estas palavras: “apoiados pela confiança, fé e orações da Igreja”.
Seu braço erguido na assembléia solene dessa manhã demonstra sua disposição e desejo de nos
apoiar, seus irmãos e servos, com sua confiança, fé e orações. Sinto-me profundamente grato por essa
demonstração. (...) Não se aspira a este cargo. O direito de escolha pertence ao Senhor. Ele é o mestre
da vida e da morte. É Seu o poder de chamar. É Seu o poder de levar embora. É Seu o poder de reter.
Tudo está em Suas mãos.
Não sei por que, em Seu grandioso plano, alguém como eu encontraria um lugar. Tendo, porém,
esse manto recaído sobre mim, dedico mais uma vez o que tiver em termos de forças, tempo, talentos
ou vida à obra de meu Mestre, no serviço de meus irmãos e irmãs. (“This Work Is Concerned with
People,” Ensign, May 1995, p. 51)
Tive o privilégio de servir como conselheiro de três grandes presidentes. Tenho algum
conhecimento do que significam pesadas responsabilidades. Apesar disso, nestes últimos dias, sinto-me
assoberbado ao sentir minha inadequação e total dependência do Senhor, que é meu líder e a quem esta
Igreja pertence. Dependo também da força destes bons homens que são meus conselheiros, meus
queridos irmãos dos Doze, dos Setenta e do Bispado Presidente e dos membros da Igreja em todo o
mundo. (...)
Anos atrás fiz um discurso sobre a solidão da liderança. Agora, pela primeira vez, percebo o
significado pleno dessa solidão. Não sei por que o manto caiu sobre os meus ombros. Acho que alguns
de vocês também se fazem a mesma pergunta. Estamos, porém, aqui. (“This Is the Work of the
Master,” Ensign, May 1995, p. 69)
A Primeira Presidência
Não estou aqui como substituto do Presidente da Igreja; falo como seu segundo conselheiro,
responsabilidade que não busquei mas aceitei como um chamado sagrado, no cumprimento do qual
tenho procurado aliviar os ombros de nosso amado presidente de alguns dos pesados fardos do seu
cargo, e levar avante a obra do Senhor com todo o empenho. O Presidente Kimball é o profeta do
Senhor. Ninguém poderá ou haverá de ocupar seu lugar enquanto ele viver. (“The Cornerstones of Our
Faith,” Ensign, November 1984, p. 50)
Por revelação do Senhor, “do Sacerdócio de Melquisedeque, três sumos sacerdotes presidentes,
escolhidos pelo grupo, e designados e ordenados a esse ofício e apoiados pela confiança, fé e oração da
Igreja, formam o quórum da Presidência da Igreja”. (D&C 107:22)
Essa “presidência do sumo sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque tem o direito de oficiar
em todos os ofícios da Igreja”. (D&C 107:9)
Acrescenta-se a este princípio: “(...) está de acordo com a dignidade de seu chamado presidir o
conselho da Igreja, tendo ele o privilégio de ser assistido por outros dois presidentes, designados do
mesmo modo que ele foi designado
E em caso de ausência de um ou ambos os que tiverem sido designados para assisti-lo, ele terá
poder para presidir o conselho sem um assistente; e em caso de ele próprio estar ausente, os outros
presidentes, ambos ou um deles, terão poder para presidir em seu lugar”. (D&C 102:10–11)
Nós que servimos como conselheiros, sabemos e reconhecemos os parâmetros de nossa autoridade
e de nossa responsabilidade. Nosso único desejo é dar assistência e ajudar nosso líder nos tremendos
encargos de seu ofício. (...)
Quando não há uma norma firmemente estabelecida, conversamos com o Presidente e recebemos
aprovação antes de agirmos. Que nunca se diga que houve qualquer intenção de assumir autoridade, de
fazer, ou dizer, ou ensinar algo que estivesse em desacordo com os desejos daquele que foi posto nesse
ofício pelo Senhor. Desejamos ser seus servos leais. Não pedimos honra para nós. Desejamos
simplesmente fazer o que precisa ser feito, quando precisa ser feito e de acordo com as normas sobre as
quais o Presidente já se pronunciou. (“The Church Is on Course,” Ensign, November 1992, p. 54)
A Primeira Presidência e o Conselho dos Doze Apóstolos, chamados e ordenados para serem
portadores das chaves do sacerdócio, têm autoridade e responsabilidade de governar a Igreja,
administrar suas ordenanças, expor a doutrina e determinar suas práticas e ver que elas sejam
cumpridas. Cada homem ordenado como Apóstolo e apoiado como membro do Conselho dos Doze foi
apoiado como profeta, vidente e revelador. (...)
Quando o Presidente estiver doente ou incapacitado de exercer plenamente todas as funções de seu
ofício, seus dois conselheiros formam o Quórum da Primeira Presidência. Eles realizam o trabalho da
Presidência. Em circunstâncias excepcionais, quando somente um dos conselheiros estiver em
condições de exercer suas funções, ele poderá agir com a autoridade do ofício da Presidência, conforme
estabelecido em D&C seção 102, versículos 10–11.
Quando o Presidente Benson chamou seus dois conselheiros, no dia 10 de novembro de 1985, ele
designou-os pessoalmente. Os membros do Conselho dos Doze Apóstolos também impuseram as mãos
sobre a cabeça dos conselheiros, quando cada um foi designado. Naquela ocasião, o Presidente Benson
estava em boas condições de saúde e plenamente capaz de exercer todas as suas funções.
Além disso, depois da designação, ele assinou procurações de próprio punho, dando a cada um dos
conselheiros autoridade para dirigir os negócios da Igreja.
Agindo sob essas delegações de autoridade específicas e plenas, os conselheiros na Primeira
Presidência conduzem o trabalho diário desse ofício, mas todas as questões importantes a respeito de
normas, procedimentos, programas ou doutrina, são ponderadas cuidadosamente e em espírito de
oração pela Primeira Presidência e pelos Doze em conjunto. Estes dois quóruns, o Quórum da Primeira
Presidência e o Quórum dos Doze Apóstolos, reúnem-se, com total liberdade de expressão, para decidir
todos os assuntos de importância vital. (...)
Nenhuma decisão da Primeira Presidência e dos Doze é tomada sem que haja total unanimidade de
todos os envolvidos. (...)
Acrescento, como testemunho pessoal, que durante os vinte anos que servi como membro do
Conselho dos Doze e durante os quase treze anos em que sirvo na Primeira Presidência, nunca foi
tomada uma decisão importante sem que esse procedimento fosse seguido. (“God Is at the Helm,”
Ensign, May 1994, pp. 54, 59)
Com o falecimento do Presidente Hunter, dissolveu-se a Primeira Presidência. O irmão Monson e
eu, que servíamos como seus conselheiros, tomamos nossos lugares no Quórum dos Doze, que se
tornou a autoridade presidente da Igreja.
Três semanas atrás, todos os Apóstolos vivos ordenados reuniram-se em espírito de jejum e oração
na sala superior do templo. Ali cantamos um hino sagrado e oramos juntos. Tomamos o sacramento da
ceia do Senhor, renovando no sagrado e simbólico testamento, nossos convênios e nosso
relacionamento com Aquele que é nosso Redentor Divino.
A presidência foi então reorganizada, seguindo-se o precedente firmemente estabelecido há
gerações passadas.
Não houve campanha alguma, nenhum concurso, nenhuma ambição pelo cargo. Foi tudo sereno,
tranqüilo, simples e sagrado, feito de acordo com o modelo estabelecido pelo próprio Senhor. (“This Is
the Work of the Master,” Ensign, May 1995, p. 69)
Aprecio muito a sabedoria de meus conselheiros. Eles trazem para seu chamado uma carga de
experiência de longos anos além de uma variedade de pontos de vista concernentes a coisas diversas.
Conversamos a respeito delas. Chegamos a um consenso. Tem que haver unidade na Primeira
Presidência. O Senhor deixou isso claro. Do mesmo modo, deve haver unidade em cada presidência na
Igreja. (General Authority Training Meeting, October 1, 1996)
Os Setenta
Passaremos agora aos irmãos dos Setenta. Como sabem, temos dois Quóruns de Setenta que
servem como Autoridades Gerais e cuja jurisdição abrange toda a Igreja. O Primeiro Quórum é
formado por homens que servem até os setenta anos de idade. (...) Além disso, chamamos um grupo de
homens sábios e maduros, com longa experiência na Igreja e em condições de viajar para qualquer
lugar que lhes for designado, como membros do Segundo Quórum dos Setenta. Esses irmãos servem
por períodos de três a cinco anos. Em todos os aspectos são considerados Autoridades Gerais.
Contamos também com um grupo de fiéis irmãos que servem como Autoridades de Área. Eles são
chamados em todos os lugares nos quais a Igreja está organizada. São fiéis e dedicados. São homens
que amam a Igreja e que já serviram em muitos cargos. Quando viajamos pelos Estados Unidos e
exterior, trabalhamos com muitos deles e ficamos profundamente impressionados com sua notável
capacidade.
O Senhor designou a Presidência da Igreja, o Quórum dos Doze, os Quóruns dos Setenta e o
Bispado Presidente para liderarem a Igreja em âmbito geral. A nível local, as revelações mencionam
presidências de estaca e bispos. Tivemos por algum tempo, entre as autoridades gerais e locais, os
Representantes Regionais, e temos hoje as Autoridades de Área. Determinamos que as Autoridades de
Área tenham seu nome apresentado nesta conferência para serem ordenados Setentas. Eles serão
organizados em quóruns, sob a presidência dos Presidentes dos Setentas. Eles serão conhecidos como
os Setentas-Autoridades de Área, que servirão pelo período de alguns anos, de modo voluntário, nas
áreas em que residem. Eles são chamados pela Primeira Presidência e trabalham sob a direção geral do
Quórum dos Doze, dos Presidentes dos Setenta e Presidência de Área do local em que moram.
Esses irmãos continuarão em seu emprego, morarão em sua própria casa e servirão na Igreja de
modo voluntário. Os que residem na Europa, África, Ásia, Austrália e Pacífico tornar-se-ão membros
do Terceiro Quórum dos Setenta. Os que moram no México, América Central e do Sul tornar-se-ão
membros do Quarto Quórum. Os que residem nos Estados Unidos e Canadá serão membros do Quinto
Quórum. (...)
Em decorrência de seu chamado como Setentas, esses irmãos irão tornar-se líderes da Igreja
ligados clara e especificamente a um quórum. (“May We Be Faithful and True,” Ensign, May 1997, pp.
5–6)
Patriarcas
Desejo que vocês, patriarcas, sejam abençoados com a inspiração e revelação do Senhor ao
colocarem suas mãos sobre a cabeça das pessoas no cumprimento deste sagrado chamado como
patriarca. Que coisa maravilhosa, individual, pessoal e única é a bênção patriarcal dada pela autoridade
do sacerdócio no ofício e chamado de patriarca e em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. (Smithfield /
Logan Utah Regional Conference, priesthood leadership session, April 20, 1996)
Os patriarcas são únicos nos seus chamados. Eles têm um chamado especial, diferente de todos os
outros chamados nesta Igreja, e cada homem e mulher que tenha idade suficiente para entender deve
viver digno de receber as bênçãos dadas por um patriarca. (Pittsburgh Pennsylvania Regional
Conference, priesthood leadership session, April 27, 1996)
Presidentes de Estaca
O presidente da estaca, logicamente, precisa ser a âncora espiritual. Precisa ser capaz de gerir os
negócios complexos da estaca, e para isso deve ter capacidade administrativa ou pelo menos condições
de aprendê-la. Ocasionalmente ele é obrigado a ser juiz de seu povo e, como tal, ser homem de
sabedoria e discernimento. Riqueza e sucesso financeiro não são critérios para servir na Igreja. Penso
falar em nome de todos os irmãos quando digo que a escolha de alguém para presidir uma estaca de
Sião exige muita oração buscando conhecer a vontade do Senhor, e somente quando essa vontade é
reconhecida se chega a uma decisão. (“Tithing: An Opportunity to Prove Our Faithfulness,” Ensign,
May 1982, p. 41)
Bispos
Exorto-os, irmãos da Igreja, onde quer que estejam a, quando enfrentarem problemas, que
primeiro procurem resolvê-los pessoalmente. Reflitam a respeito deles, analisem as alternativas
possíveis, orem sobre o assunto e busquem a orientação do Senhor. Se não forem capazes de achar a
solução por vocês mesmos, então falem com o bispo ou presidente de ramo. Ele é um homem de Deus.
(...)
É muito melhor para vocês que procurem as autoridades locais, em vez de simplesmente escrever
às Autoridades Gerais da Igreja, que muitas vezes, devolverão as cartas ao bispo ou presidente de
estaca. Não porque as Autoridades Gerais não desejem dispor de seu tempo para atender aos membros,
mas porque segundo norma estabelecida na Igreja, devemos procurar os líderes locais para nos
aconselhar, porque eles nos conhecem melhor. Eles têm direito à inspiração do Senhor para aconselhar
aqueles por quem têm responsabilidade.
Mesmo que o Presidente Kimball estivesse gozando de boa saúde e vigor, não poderia atender a
todos os problemas individuais das pessoas e ainda suportar a tremenda responsabilidade administrativa
inerente ao seu chamado. Se o bispo ou presidente de estaca não puderem resolver os problemas que
lhes são apresentados, então eles tem o direito de escrever à presidência da Igreja. Essa é a ordem das
coisas, irmãos e irmãs, e há grande sabedoria nisso. (“Live the Gospel,” Ensign, November 1984, p. 86)
Cada bispo é um homem que foi chamado pelo espírito de profecia e revelação, e ordenado e
designado pela imposição das mãos. Cada um deles possui as chaves da presidência de sua ala. Todos
são sumos sacerdotes, o sumo sacerdote presidente da ala. Todos arcam com as enormes
responsabilidades em sua mordomia. Cada um deles atua como pai de seu povo.
Nenhum deles recebe dinheiro pelo serviço que presta. Nenhum bispo da ala é remunerado pela
Igreja por seu trabalho como bispo. (“To the Bishops of the Church,” Ensign, November 1988, pp. 48–
49)
Um jovem perguntou-me certa vez: “O Senhor pertence a uma ala e tem um bispo?” Respondi:
“Claro que tenho”. Ele ainda perguntou: “O Senhor comparece ao acerto de dízimo com o bispo de sua
ala?” Disse-lhe que sim, que mesmo servindo como membro da Presidência da Igreja, devo prestar
contas ao bispo de minha ala exatamente como qualquer outro homem ou mulher na Igreja o faz a seu
bispo ou presidente de ramo.
Ele mostrou-se um tanto perplexo. E a mim surpreendeu-me o fato dele fazer tais perguntas.
Pensei na perfeição da obra do Senhor e na sabedoria da organização de Sua Igreja. Tenho ouvido o
Presidente Benson falar de seu bispo com apreço. Eu sinto afinidade pelo meu. Espero que todos sintam
o mesmo. (“To the Bishops of the Church,” Ensign, November 1988, p. 48)
Falo agora diretamente aos milhares de bispos que nos ouvem essa noite. Quero dizer primeiro que
os amo por sua integridade e bondade. Vocês têm de ser homens íntegros, servir de exemplo para as
congregações que presidem. Devem manter-se em lugar mais alto para poderem elevar outros. Precisam
ser absolutamente honestos, pois lidam com os recursos do Senhor, os dízimos do povo, as ofertas
provenientes do jejum e as contribuições que as pessoas fazem de seus próprios e escassos recursos.
Quão grande é sua responsabilidade como guardiães do dinheiro do Senhor!
Sua bondade deve ser como um estandarte para o povo. Sua moral tem de ser impecável. O
adversário poderá tentá-los com suas astúcias porque ele sabe que, se conseguir destruí-los, prejudicará
uma ala inteira. Precisam agir com inspirada sabedoria em todos os relacionamentos, para que ninguém
possa sequer vislumbrar em suas ações uma insinuação de pecado moral. Não podem sucumbir à
tentação de ler literatura pornográfica, assistir a filmes ou vídeos pornográficos, nem mesmo na
intimidade de seus aposentos. Sua força moral deve ser tamanha que, se alguma vez forem chamados a
julgar a conduta moral questionável de outras pessoas, possam fazê-lo sem embaraço ou transigência
pessoal.
Não podem usar o ofício de bispo em benefício de seus interesses profissionais, para que os que
porventura tenham sucumbido à sua persuasão não possam acusá-los por eventuais reveses financeiros.
Não podem comprometer sua idoneidade para atuar como juiz comum em Israel. É uma
responsabilidade assustadora e assombrosa ser juiz do povo. (...)
Devem ser conselheiro, consolador, âncora e força em tempos de sofrimento e infortúnio. Têm de
ser fortes, com aquela força que vem do Senhor. Têm de ser sábios com a sabedoria proveniente do
Senhor. Sua porta precisa estar sempre aberta para ouvir seus brados e, suas costas, rijas para carregar
seus fardos; seu coração sensível para julgar suas necessidades, sua caridade suficientemente ampla e
forte para abranger até mesmo o trangressor e crítico. (...)
Vocês são o atalaia na torre de vigia da ala que presidem. (“To the Bishops of the Church,”
Ensign, November 1988, pp. 49–50)
[O bispo da ala na qual fui criado] serviu por um quarto de século. A ala que presidia tinha mais
de mil membros, mas ele parecia conhecer e amar a todos nós. Era nosso amigo, nosso conselheiro,
nosso líder presidente, nosso confidente, nosso mestre. Ele conhecia os rapazes pelo primeiro nome e
assim nos chamava. Nós o tratávamos respeitosamente de “bispo”. Não era um “sargentão” que
governava com punho de ferro. Ele sabia rir conosco. Tinha empatia para conosco. Ele nos entendia, e
nós o sabíamos. Sabíamos, igualmente, que nos amava. (...)
(...) Ele esteve presente quando meu bom pai me abençoou e me deu um nome. Foi ele quem me
entrevistou e me considerou digno de ser batizado na Igreja do Senhor, quem me entrevistou e me
achou digno de ser ordenado diácono, quem me chamou para a primeira responsabilidade eclesiástica
como membro da presidência do quórum de diáconos. Era ele quem presidia o quórum de sacerdotes a
que pertenci. Foi ele quem me recomendou ao presidente da estaca como digno de receber o Sacerdócio
de Melquisedeque, e ao Presidente da Igreja como digno de servir como missionário. Foi quem me
saudou na volta e, subseqüentemente, assinou a recomendação para eu poder casar-me na casa do
Senhor.
Ele envelheceu servindo e faleceu. Tive a honra de falar em seu funeral. Uma numerosa
congregação lotou a capela que ele presidiu por tanto tempo. Falei com o coração do menino de quem
se fizera amigo e ajudara, com o coração do jovem que havia orientado e aconselhado, com a
experiência do adulto cuja vida abençoara de muitas maneiras. (“To the Bishops of the Church,”
Ensign, November 1988, pp. 49, 51)
Sei que às vezes o trabalho é árduo. Nunca há tempo suficiente para terminá-lo. Os chamados são
numerosos e freqüentes. Têm outras coisas para fazer, é verdade. Não podem privar seu empregador do
tempo e energia a que ele tem direito. Não devem privar sua família do tempo que lhe cabe. Mas, como
muitos de vocês já devem ter percebido, quando buscam orientação divina são abençoados com
sabedoria além da sua própria, e força e capacidade que não imaginavam ter. É possível organizarem
seu tempo de modo a não negligenciar o empregador, nem a família, nem o rebanho.
Deus abençoe os bispos da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Vez por outra
podem sentir-se inclinados a reclamar do fardo de seu ofício, mas conhecem igualmente as alegrias de
seu serviço. (“To the Bishops of the Church,” Ensign, November 1988, p. 51)
Sem que nos aprofundemos com detalhes técnicos sobre as muitas responsabilidades de um bispo,
gostaria de lembrar-lhes que ele deve trazer consigo um excepcional e notável conjunto de talentos, os
quais nunca imaginou possuir.
Muito rapidamente e em termos gerais, o bispo é um gerente. Ele é um executivo, diretamente
responsável por todos os programas da Igreja na ala que ele preside. Ele deve conhecer todos os
aspectos desses programas. Isso exige oração e estudo diligente.
Ele é um pai para as pessoas de sua ala. Ele precisa desenvolver a arte de ouvir.
É um conselheiro. É aquele para quem as pessoas trazem seus problemas. Ele deve dirigir e guiar,
deve sugerir e persuadir, deve dar conselhos e também coibir.
Ele é um juiz que deve julgar a dignidade, a necessidade, o cargo e a qualificação das pessoas para
muitas coisas.
Então, quer ele queira ou não, ele é um exemplo. As pessoas conhecerão sua vida e suas ações.
Sua vida se tornará um discurso maior do que qualquer um que ele venha a fazer do púlpito.
Finalmente, ele é a âncora espiritual de toda a ala. Ele deve demonstrar, tanto por exemplo como
por preceito, sua proximidade com o Senhor e o potencial que cada membro da ala tem de buscar viver
de acordo com a orientação do Espírito.
Não importa o quanto a Igreja cresça, não importa o quanto seu trabalho progrida, não importa
quantas Autoridades Gerais sejam chamadas como líderes a nível geral, no final, no dia a dia, os
homens que irão com mais importância e mais diretamente afetar a fé, a força espiritual e as atividades
dos membros dessa Igreja serão os bispos. Eles não podem fazer tudo por si mesmos. Eles têm
conselheiros a quem eles podem e devem delegar. Ao fazer isso, eles serão abençoados e também o seu
povo. (Regional Representatives Seminar, March 30, 1990)
Estamo-nos tornando uma grande sociedade global. Nosso interesse e preocupação, no entanto,
devem ser sempre com o indivíduo. Cada membro dessa Igreja é um homem, mulher, menino ou
menina individual. Nossa grande responsabilidade é providenciar para que sejam “lembrados e nutridos
pela boa palavra de Deus” (Morôni 6:4), para que cada um tenha a oportunidade de crescer, expressar-
se e ser treinado no trabalho e nas maneiras do Senhor, para que a nenhum deles faltem as necessidades
da vida, para que se atendam às necessidades dos pobres, para que cada membro seja encorajado,
treinado e tenha a oportunidade de progredir no caminho da imortalidade e vida eterna. Esse, sugiro eu,
é o espírito inspirado dessa obra, a obra do Senhor. A organização pode vir a crescer e multiplicar-se
numericamente, o que certamente acontecerá.(...) Apesar disso, deve continuar a haver um
relacionamento pastoral íntimo entre cada membro e um sábio e preocupado bispo ou presidente de
ramo. São eles os pastores do rebanho, cuja responsabilidade é cuidar das pessoas em números
relativamente pequenos, de modo que nenhuma seja esquecida, negligenciada ou descuidada. (“This
Work Is Concerned with People,” Ensign, May 1995, pp. 52–53)
Cada pessoa tem um bispo. Digo-lhes que é um sistema magnífico e não posso dizer o suficiente
em tributo aos grandes bispos dessa Igreja que servem sem nenhuma recompensa, exceto a recompensa
que advém do amor das pessoas e do louvor ao Senhor a quem eles servem. Sou muito grato por vocês
e desejo que possam ser abençoados com inspiração, fé, saúde, força, vitalidade, energia e sabedoria
além da que possuem para que realizem o que o Senhor deseja. (Eugene Oregon Regional Conference,
priesthood leadership session, September 14, 1996)
Presidências
O Senhor, em sua infinita sabedoria, criou nessa Igreja o que chamamos de presidências.
Essencialmente, todos os quóruns e organizações são presididos por uma presidência, exceto o
conselho dos Doze Apóstolos, que é presidido por um presidente, e os Quóruns dos Setenta, cuja
presidência é constituída de sete presidentes. Acho que posso compreender por que não há presidência
nos Doze. O conselho consiste de Doze homens maduros, com responsabilidades semelhantes de
liderança e em número relativamente pequeno. Além disso, formam um corpo muito unido no qual
todos se sentem livres para expressar seus sentimentos, seja qual for o assunto debatido no quórum. É
evidente que não há necessidade de uma presidência de três pessoas para presidir os outro nove irmãos.
São homens amadurecidos e com muita experiência, chamados para uma tarefa especial.
No caso dos Setenta, seu número é grande e flexível, em termos de quantidade de quóruns que
podem ser organizados. Cada presidente, que é chamado do Primeiro Quórum dos Setenta, é co-igual
com os outros, sendo que um dos sete é designado presidente sênior.
No caso do quórum dos sacerdotes, o bispo serve como presidente. Tratando-se, porém, de
bispado, presidência de estaca, presidência do quórum do Sacerdócio Aarônico ou de Melquisedeque,
presidência de missão, de templo, das organizações auxiliares, Presidência de Área, ou a Primeira
Presidência da Igreja, sempre temos um presidente e conselheiros. (“‘In (...) Counsellors There Is
Safety,’” Ensign, November 1990, p. 48)
Existem vários princípios fundamentais referentes a conselheiros. Em primeiro lugar, é o líder
presidente quem escolhe seus conselheiros. Eles não são escolhidos por outras pessoas e impostos ao
presidente. No entanto, é necessário, na maioria das circunstâncias, que essa seleção seja aprovada por
uma autoridade maior. Por exemplo, na organização de uma estaca, que ocorre sob a direção de uma
Autoridade Geral, é cuidadosa e fervorosamente escolhido um presidente. Em seguida, pede-se-lhe que
escolha os conselheiros, e espera-se que a Autoridade Geral aprove a escolha, antes que esses homens
sejam entrevistados.
É fundamental que o próprio presidente escolha seus conselheiros, pois o relacionamento entre
eles deve ser compatível. O presidente deve ter absoluta confiança nos conselheiros, e os conselheiros
no presidente. Devem trabalhar juntos, em espírito de confiança e respeito mútuo. Os conselheiros não
são o presidente. Em certas circunstâncias poderão agir em nome dele, mas isto é delegação de
autoridade.(“‘In (...) Counsellors There Is Safety,’” Ensign, November 1990, p. 49)
Gostaria de falar aos que servem como conselheiros: prezem essa oportunidade e tirem o máximo
proveito dela. Busquem a virtude naqueles que os lideram. Não busquem suas fraquezas. Nenhum de
nós é perfeito. Existiu somente um homem perfeito que andou sobre a Terra, que foi o Filho de Deus.
Todos nós temos fraquezas, todos cometemos erros e cometeremos erros também no futuro. Procurem
as virtudes, os pontos fortes e a bondade naqueles com quem vocês trabalham, internalizem essas
características em sua vida fazendo-as parte de vocês, e assim enriquecerão no decorrer de sua vida.
Essa é uma oportunidade única e muito preciosa. (BYU Married Student Stakes Regional Conference,
priesthood leadership session, February 10, 1996)
Toda organização desta Igreja é presidida por uma presidência de três, exceto os Setentas. Assim
sendo, existem presidentes e conselheiros. Os conselheiros são importantes. O Senhor os colocou lá
com um propósito. Eles fazem parte de um tripé. É necessário haver três membros na presidência.
Posso dizer isso por que houve um tempo em que fiquei quase sozinho. Estimo muito os conselheiros.
(...) Muitas coisas que passo para eles são mais bem realizadas do que se eu as fizesse. Isso me dá mais
energia e tempo para executar as tarefas que necessitam ser realizadas. É assim que toda presidência
deve funcionar. (...)
Utilize seus conselheiros. Delegue. Se eles ficarem sobrecarregados, exaustos, desobrigue-os e
chame conselheiros novos. Mas isso não acontecerá. Eles crescerão e ficarão mais fortes por causa da
carga que foi colocada em seus ombros. E você ficará mais forte para fazer o que somente você pode
fazer. (Smithfield / Logan Utah Regional Conference, priesthood leadership session, April 20, 1996)
Todas as manhãs, exceto nas segundas-feiras, a Primeira Presidência se reúne, quando estamos na
cidade. Peço ao Presidente Faust para apresentar seus assuntos e discutimos a respeito deles e tomamos
uma decisão. Então, peço ao Presidente Monson para apresentar sua parte, discutimos e tomamos uma
decisão. Trabalhamos juntos e assim tudo funciona. Você não pode operar sozinho na presidência.
Conselheiros: que coisa maravilhosa são os conselheiros. Eles o livram de fazer coisas erradas, eles o
ajudam a fazer o certo, eles fazem com que você pense no que diz durante as discussões, eles são
excelentes representantes e fazem as coisas melhores que você faria. (...) Bem, dividam o fardo, irmãos.
Dividam a responsabilidade. Utilizem os conselheiros. (Pittsburgh Pennsylvania Regional Conference,
priesthood leadership session, April 27, 1996)
Conselhos Disciplinares
Todo indivíduo na Igreja é livre para pensar como deseja, mas quando um indivíduo fala aberta e
ativamente tomando medidas para induzir outros a se oporem à Igreja, seus programas e doutrinas,
então sentimos que há razão para agirmos. (...) Existe um grande espírito de tolerância em nossa Igreja.
[Nós mantemos] um desejo sincero de trabalhar com mórmons excomungados e trazê-los de volta ao
aprisco. (New York Times Interview, July 1994)
Alguma vezes precisamos disciplinar as pessoas. Espero que não as esqueçamos. Espero que não
as negligenciemos. Espero não as isolarmos da Igreja fazendo-as pensar que não há um caminho de
volta. Este é um trabalho de redenção. É um trabalho de salvação, de alcançar pessoas e elevá-las,
ajudando-as a encontrarem o caminho através das dificuldades da vida. Gostaria de suplicar-lhes que,
se houver pessoas em sua estaca ou ala que estejam magoadas com alguma coisa, nutra-as enquanto for
possível. Não se demorem. Não as deixe sentir que estão abandonadas e esquecidas, banidas e
desligadas. Isso é tão importante. Suplico-lhes que busquem as que necessitam de ajuda.
(Smithfield/Logan Utah Regional Conference, priesthood leadership session, April 20, 1996)
O Batalhão Mórmon
O Batalhão Mórmon marchou por cinco meses e meio sem diminuir o ritmo. Eles deixaram
Council Bluffs no Missouri e foram para o Forte Leavenworth, desceram para San Pedro e viraram para
o oeste, chegando a Tucson quando era uma pequena vila mexicana sonolenta de cerca de quatrocentas
ou quinhentas pessoas, com uma guarnição de soldados mexicanos. Ali ficaram por quase dois dias e
começaram novamente a marchar para o oeste em direção ao Rio Gila e a junção daquele rio com o
Colorado. Eles tinham muito pouca água. Bebiam água salobra e barrenta para matar a sede. Houve
ocasiões, muitas ocasiões, em que eles ficaram sem alimentos. Eles comiam bode selvagem, desde a
barba na frente até a pequena cauda atrás, incluindo as entranhas. (...)
Gostaria de usá-los como exemplo para vocês. Eles não desistiam. Eles não resmungavam. Eles
não reclamavam. Eles continuavam a marchar, sempre cada vez mais para o oeste, até que traçaram
uma trilha com os carroções daqui até a costa do Pacífico, através de um território bastante traiçoeiro .
(...) Os sapatos acabaram. Eles enrolavam seus pés em tecido e pele de animais. Eles não tinham
uniformes. Em vez de adquirirem uniformes eles mandavam o dinheiro dos uniformes à família. Eles
recebiam sete dólares por mês para essa viagem tão árdua. Eram exploradores num sentido muito,
muito real, e eu recomendo que façam um leitura da história deles. (Tucson Arizona Boy Scout
Encampment, December 14, 1996)
O Batalhão havia viajado desde Council Bluffs e estava em condições muito ruins. Eles ficaram
sem água e sem alimento na maior parte do tempo. Quando eles chegaram aqui [em Tucson]
reabasteceram-se com suprimentos, que não duraram muito tempo.
No dia de Natal eles marcharam dezoito quilômetros até o Rio Gila e então até a junção com o Rio
Colorado. Mas não conseguiram água naquele dia e nem no próximo. Vinte e três deles morreram
naqueles meses. É um milagre muitos mais não terem morrido. O médico deles era um homem malvado
que somente administrava purgante e arsênico, os dois únicos medicamentos que ele tinha, e os homens
do Batalhão preferiam ficar doentes do que fazer uso destes remédios. Quando eles adoeciam,
arrastavam-se pelo caminho, sempre marchando em direção ao oeste.
Ao alcançarem San Diego, o Coronel Cook emitiu uma ordem que resume toda a terrível
provação. Ele disse: “O Tenente-Coronel comandante manda parabenizar o batalhão pela sua chegada
em segurança na costa do Oceano Pacífico e pela conclusão da marcha de dois mil quilômetros.
Em vão pode procurar-se na história uma marcha de infantaria igual a essa. Metade dela foi
através do deserto, onde não se encontrava nada, exceto selvagens e animais ferozes ou desertos onde
devido à falta de água, não se via nenhuma criatura viva. Lá, num trabalho quase em vão, cavamos
poços fundos, dos quais futuros viajantes iriam desfrutar. Sem um guia que já tivesse passado por ali
anteriormente, atravessamos áreas sem trilhas onde não se conseguia encontrar água. Com alavanca,
picareta e machado na mão traçamos nosso caminho sobre as montanhas que pareciam desafiar alguma
coisa exceto o bode selvagem, e abrimos uma passagem através de uma fenda de rochas mais estreita
que nossos carroções. Para trazer esses primeiros carroções para o Pacífico, preservamos a força de
nossas mulas deixando-as pastar em espaçosas áreas, que vocês guardaram cuidadosamente e sem
perdas. A guarnição de nossos presídios de Sonora, concentrada dentro dos muros de Tucson, não nos
deu trégua. Expulsamo-os de lá com sua própria artilharia, mas nosso relacionamento com os cidadãos
não foi marcado por um simples ato de injustiça. Então, marchando quase nus e mal alimentados,
sobrevivendo de animais selvagens, descobrimos e traçamos um caminho de grande valor para o nosso
país”. (Robert O. Day, The Mormon Battalion, the Lord’s Faithful, p. 171)
Eles marcharam, na maior parte do tempo, através de um local desolado e sem trilhas para seguir.
Levaram seus carroções consigo e criaram uma estrada que veio a tornar-se a rota de uma grande
rodovia interestadual e de uma grande linha ferroviária. Ela une o leste com o oeste, do Kansas à
Califórnia. (Mormon Battalion Monument Dedication, Tucson, Arizona, December 14, 1996)
Em 1846, quando eles [os santos dos últimos dias] saíram de Nauvoo, Illinois, e estavam lutando
com dificuldades através de Iowa, amarrados como contas num cordão do Mississipi ao Missouri, o
Capitão James Allen do exército dos Estados Unidos foi ao seus acampamentos para recrutar um
batalhão de 500 homens para servir na guerra com o México. Lá estavam eles, sem lar, nas pradarias de
Iowa. A força desses 500 homens era necessária, mas Brigham Young disse-lhes que deveriam ir. Eles
não sabiam quando e se iriam ver seu povo outra vez. Eles marcharam primeiro para Fort Leavenworth.
Os líderes que os alistaram ficaram surpresos ao ver que eles sabiam assinar o nome, em contraste com
os outros recrutas das regiões fronteiriças. Em Fort Leavenworth iniciou-se a longa e terrível marcha
até San Diego. Eles finalmente avistaram o Pacífico em 29 de janeiro de 1847, mais que cinco meses
após deixar o acampamento em Council Bluffs.(...)
Alguns do Batalhão ficaram na guarnição em San Diego ou perto de lá. Os outros marcharam até
Los Angeles, até uma pequena e sonolenta cidade mexicana, onde construíram o Fort Moore. Eles
foram pioneiros na região de San Diego. Foram pioneiros nessa área de Los Angeles.
Quando o alistamento estava quase para expirar, os oficiais tentaran persuadi-los a se realistarem.
Uns poucos o fizeram, mas a maioria queria unir-se a seu povo. Em Sacramento alguns conseguiram
emprego com John Sutter. Eles foram enviados para Coloma, no American River, para construírem
uma serraria. James Marshall era o chefe deles. Foi aqui que ele achou num canal do moinho um sinal
de ouro que fez o mundo se agitar. O dia dessa descoberta, 24 de janeiro de 1848, está registrado no
diário de Henry Bigler, um homem do Batalhão, que escreveu: “Neste dia algum tipo de metal foi
encontrado no final da corrida que parece ouro”. (Erwin G. Gudde, Bigler’s Chronicle of The West
[Berkeley: University of California Press, 1962], p. 88) Essa anotação no diário indica a data dessa
descoberta histórica que mudou a vida da Califórnia para sempre.
Seja dito, para crédito desses homens, que apesar do fato de as notícias da descoberta se
espalharem até as ruas de São Francisco, eles cumpriram o contrato com Sutter.
A história conta que um deles, antes de subir em seu carroção para dirigir-se ao Vale do Lago
Salgado, tirou as calças, amarrou as pernas, encheu-a de terra, retirou o ouro dessa terra, vestiu as
calças de novo, subiu no carroção e rumou para leste. (see Life of a Pioneer, Being the Autobiography
of James S. Brown [Salt Lake City: Geo. Q. Cannon & Sons Co., 1900], pp. 107–9) Ele iria colher
artemísia e viver a difícil vida de um pioneiro pelo restante de seus dias. (Los Angeles World Affairs
Council Meeting, March 6, 1997)
HOMOSSEXUALIDADE
Há pessoas que desejam que acreditemos na validade do que chamam de casamentos entre pessoas
do mesmo sexo. Queremos expressar nossa preocupação por aqueles que enfrentam sentimentos de
afinidade por pessoas do mesmo sexo. Oramos por vocês e estendemos-lhes nossa solidariedade, como
nossos irmãos e irmãs que são. No entanto, não podemos tolerar práticas imorais de sua parte, como
não toleramos práticas imorais por parte de qualquer outra pessoa. (“Stand Strong against the Wiles of
the World,” Ensign, November 1995, p. 99)
Todos os seres humanos, homem e mulher, foram criados à imagem de Deus. Cada indivíduo é um
filho (ou filha) gerado em espírito por pais celestiais que o amam e, como tal, possui natureza e destino
divinos. O sexo (masculino ou feminino) é uma característica essencial da identidade e do propósito
pré-mortal, mortal e eterno de cada um.
(...) “Declaramos que o mandamento dado por Deus a Seus filhos, de multiplicarem-se e encherem
a Terra, continua em vigor. Declaramos também que Deus ordenou que os poderes sagrados da
procriação sejam empregados somente entre homem e mulher, legalmente casados.
Declaramos que o meio pelo qual a vida mortal é criada foi estabelecido por Deus. Afirmamos a
santidade da vida e sua importância no plano eterno de Deus”. (“Stand Strong against the Wiles of the
World,” Ensign, November 1995, p. 101)
HUMILDADE
“Oh! Quão astuto é o plano do maligno! Oh! A vaidade e a fraqueza e a insensatez dos homens!
Quando são instruídos pensam que são sábios e não dão ouvidos aos conselhos de Deus, pondo-os de
lado, supondo que sabem por si mesmos; portanto sua sabedoria é insensatez e não lhes traz proveito. E
eles perecerão.
Mas é bom ser instruído, quando se dá ouvidos aos conselhos de Deus”. (2 Néfi 9:28–29)
Assim declarou Jacó, o filho de Néfi, muito tempo atrás.
E Alma, emudecido por um anjo devido a sua arrogância, falando dessa difícil lição, disse a seu
próprio filho, Helamã:
“Oh! lembra-te, meu filho, e aprende sabedoria em tua mocidade; sim, aprende em tua mocidade a
guardar os mandamentos de Deus!(...)
Aconselha-te com o Senhor em tudo que fizeres e ele dirigir-te-á para o bem; sim, quando te
deitares à noite, repousa no Senhor, para que ele possa velar por ti em teu sono; e quando te levantares
pela manhã, tem o teu coração cheio de agradecimento a Deus”. (Alma 37:35, 37)
E concluiu aconselhando Helamã: “Não deixes de confiar em Deus para que vivas”. (Alma 37:47)
(“If I Were You, What Would I Do?” BYU 1983–84 Fireside and Devotional Speeches, September 20,
1983, pp. 9–10)
Seja humilde. Não seja arrogante. O mundo está repleto de pessoas arrogantes. Oh, quão
desagradáveis elas são! Como é antipático um homem arrogante. Não é verdade, garotas? E como é
desagradável, também, uma garota arrogante. (Colorado Springs Young Adult Meeting, April 14, 1996)
Seja humilde. Não há lugar para a arrogância em nenhum de nós. Não há lugar para a vaidade em
nenhum de nós. Não há lugar para o insuportável orgulho. (Smithfield/Logan Utah Regional
Conference, April 21, 1996)
As pessoas perguntam-me freqüentemente qual é o meu versículo favorito das escrituras. Tenho
muitos e este é um deles: “Sê humilde; e o Senhor teu Deus te conduzirá pela mão e dará resposta a tuas
orações”.(D&C 112:10) Que promessa para aqueles que caminham sem arrogância, sem presunção,
sem vaidade, para os que caminham humildemente. “Sê humilde; e o Senhor teu Deus te conduzirá pela
mão e dará resposta a tuas orações”. Como é sólida e maravilhosa essa promessa! (Japan Tokyo North,
Japan Tokyo South, and Japan Sendai Missionary Meeting, May 18, 1996)
IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS
ÚLTIMOS DIAS, A
Ver também Governo da Igreja; Crescimento e Progresso da Igreja; Reino de Deus, Dias Atuais
Temos pedras de esquina fundamentais sobre as quais está assentada essa grande e bem ajustada
Igreja dos últimos dias. Elas são absolutamente essenciais para essa obra, o próprio alicerce e âncora
em que ela se apóia. Gostaria de falar brevemente dessas quatro pedras de esquina essenciais que
sustentam A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Menciono primeiro a principal pedra
de esquina, que reconhecemos e honramos como o Senhor Jesus Cristo. A segunda é a visão concedida
ao Profeta Joseph Smith, na qual lhe apareceram o Pai e o Filho. A terceira é o Livro de Mórmon, a voz
que fala do pó, contendo as palavras de profetas antigos proclamando a divindade e realidade do
Salvador da humanidade. A quarta é o sacerdócio, com todos os poderes e autoridade, pelo qual o
homem age em nome de Deus na administração dos negócios de seu reino. (“The Cornerstones of Our
Faith,” Ensign, November 1984, p. 51)
Encontrei-me com cerca de dez mil [santos dos últimos dias] nos últimos meses ao dedicarmos
templos em muitas partes do mundo. Há muita fé. Há uma forte convicção. Há um testemunho vibrante.
Existe poder e uma grande capacidade espiritual. Eles são santos dos últimos dias no sentido completo
da palavra. Eles oram. Eles educam a família com os conselhos e proteção do Senhor. Trabalham na
obra do Senhor, doando generosamente seu tempo e recursos. Buscam ajudar ao próximo sem egoísmo,
colocando em risco até mesmo o seu próprio bem-estar. Trabalham nos templos sem esperar
agradecimentos dos que eles servem.
(...) Nós amamos vocês. Oramos por vocês e esperamos que orem por nós. Somos todos parte
desta grande causa, cada um tendo a responsabilidade de fazê-la prosperar. Não necessitamos de
críticos do nosso lado. Necessitamos de homens de fé e capacidade que amem ao Senhor e que
trabalhem para alcançar Seus propósitos. (“Questions and Answers,” Ensign, November 1985, p. 52)
Tenho estado em meu escritório lutando contra o estresse que sinto lá. A Igreja está muito grande
e tem uma enorme organização. Está estabelecida em mais do que cem nações. Há decisões a serem
tomadas todos os dias, e algumas são bem difíceis. Buscamos a orientação do Senhor em todas as
resoluções. O trabalho é grande, mas o desafio de executá-lo é maravilhosamente estimulante.
É extraordinário sentar onde se pode ver, pelo menos em certa dimensão, a vasta e abrangente
imagem deste grande, vibrante, viável e crescente fenômeno que o Senhor chama de A Igreja de Jesus
Cristo dos Santos Últimos Dias. (“A Wonderful Summer,” BYU 1989–1990 Devotional and Fireside
Speeches, September 3, 1989, p. 12)
Suponho que apesar de nossos esforços, talvez nunca convertamos o mundo ao uso geral do nome
completo e correto de Igreja. Como a palavra mórmon é curta e fácil de ser pronunciada e escrita,
continuarão a chamar-nos mórmons, Igreja mórmon, e assim por diante.
Podia ser pior. Há mais de cinqüenta anos, quando eu era missionário na Inglaterra, disse para um
dos meus conhecidos: “Como podemos fazer com que essa gente, incluindo nossos próprios membros,
chamem a Igreja pelo seu verdadeiro nome?”
Ele replicou:”Nunca. A palavra mórmon está profundamente arraigada e é muito fácil de ser
pronunciada”. E prosseguiu: “Já desisti de tentar. Embora eu seja agradecido pelo privilégio de ser um
seguidor de Jesus Cristo e membro da Igreja que leva o seu nome, não tenho vergonha do apelido
mórmon”.
“Sabe”, continuou ele, “se existe algum nome totalmente honroso em sua derivação, é o nome
mórmon. Portanto, quando alguém me pergunta a respeito e quer saber o seu significado, respondo
calmamente: “mórmon significa muito bom’”.(O Profeta Joseph Smith declarou isto pela primeira vez
em 1843; Times and Seasons, 4:194; Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, pp. 291–292)
Tal declaração me deixou intrigado — mórmon significa “muito bom”. Eu sabia, naturalmente,
que “muito bom” não era um derivado da palavra mórmon. Já havia estudado tanto o latim como o
grego, e sabia que o inglês é derivado em grande parte dessas duas línguas, e que as palavras muito bom
não são um cognato da palavra mórmon. Mas a atitude dele era positiva e baseada numa percepção
interessante. E, como sabemos, nossa vida é guiada em grande parte por nossas percepções. Desde
aquela época, quando vejo a palavra mórmon sendo usada nos meios de comunicação para nos
descrever — seja num jornal, revista, livro ou o que for, vem-me à mente essa declaração, que se
tornou para mim um lema: mórmon significa “muito bom”.
Talvez não consigamos mudar o apelido, mas podemos fazer com que brilhe mais intensamente.
(“Mormon Should Mean ‘More Good,’” Ensign, November 1990, p. 52)
Deus está ao leme. Nunca duvidem disso. Quando nos depararmos com a oposição, Ele abrirá
caminho onde parece não haver saída. Nossos esforços individuais podem parecer humildes e um tanto
quanto insignificantes. Mas a soma das boas obras de todos, trabalhando juntos para um propósito
comum, permitirá grandes e maravilhosas realizações. O mundo será um lugar melhor em decorrência
de nosso trabalho conjunto. (...)
Ele, que é nosso Salvador, não tosqueneja nem dorme enquanto vela por Seu reino. (“God Is at the
Helm,” Ensign, May 1994, pp. 59–60)
Que coisa maravilhosa é olhar no rosto das pessoas como vocês e saber que oram, que se ajoelham
de manhã e à noite e oram. (...) Vocês reconhecem a ajuda de Deus e dão graças, pedem para perdoar
suas faltas e buscam Suas bênçãos em retidão para vocês e para os outros. (...) Quão maravilhoso é
saber que vocês vivem a palavra de sabedoria, que amam sua família, que pagam seus dízimos e
ofertas, que podem se erguer diante do Senhor com a consciência e as mãos limpas. Um repórter da
BBC, numa entrevista na segunda-feira, fez-me uma pergunta interessante. Ele perguntou-me:
“Presidente Hinckley, se o Senhor Jesus Cristo viesse hoje o senhor acha que Ele ficaria satisfeito com
a sua igreja?” Respondi: “Eu acho que sim. Não com todos. Nós temos problemas, é claro que temos.
Mas penso que Ele ficaria satisfeito, falando de um modo geral, porque conheço um grande número de
pessoas que estão tentando viver o Seu evangelho e que falam constantemente em suas orações do amor
que sentem por Ele”. “Se o Senhor Jesus Cristo viesse hoje, Ele ficaria satisfeito?” Penso que sim.
Graças ao que de bom existe na sua vida”. (Nottingham England Fireside, August 30, 1995)
A maior segurança que vocês possuem em sua vida (...) é serem membros da Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias. Apeguem-se à Igreja e vivam seus princípios e eu não hesito em prometer
que sua vida será feliz, que suas realizações serão significativas, que terão razão para se ajoelhar e
agradecer ao Senhor por tudo o que Ele tem feito por vocês e pelas grandes e extraordinárias
oportunidades que têm. (Vista California Youth Fireside, March 23, 1996)
Quão admirável é ser membro de uma Igreja com tamanho legado de sofrimento e também de fé.
Que coisa maravilhosa é pertencer a uma Igreja que após 150 anos ainda está estendendo-se com vigor
e vitalidade abençoando a vida das pessoas através do mundo. Desejo lembra-lhes que grande é a nossa
responsabilidade (...) e que nós não podemos enfraquecer ou diminuir o passo. Vivemos em um mundo
cheio de problemas. Vivemos em um mundo onde existe muito ódio e amargura. Vivemos em um
mundo onde há muita inimizade e discórdia. Como membros da Igreja temos a obrigação de buscar e
ajudar aqueles que sofrem onde quer que eles estejam e qualquer que seja a razão. (Grand Encampment
Devotional, Council Bluffs, Iowa, July 13, 1996)
O Propósito da Igreja
A Igreja é uma grande educadora e edificadora de valores. Seus preceitos são direcionados a
liderar homens e mulheres através do caminho da imortalidade e vida eterna, para que sua vida seja
mais completa, mais rica e feliz enquanto vivem neste vale de lágrimas, preparando-os assim para as
belezas e maravilhas que estão por vir. Tenham fé na Igreja. Ela é verdadeira. É divina. O seu cabeça é
o Senhor Jesus Cristo, o Redentor do mundo. É a Igreja do Todo-Poderoso que tem o nome do Seu
divino Filho. Seus líderes terrenos são aqueles chamados por Deus sob um plano formulado por Ele.
(“To a Man Who Has Done What This Church Expects of Each of Us,” BYU 1995–96 Speeches,
October 17, 1995, p. 52)
Existem tantas pessoas com problemas, e nosso trabalho é ajudá-las. É para isso que estamos aqui.
No final, não há outra razão para estarmos aqui. Temos que encorajar, apoiar e fortalecer as pessoas. O
Senhor irá responsabilizar-nos pelo que fizermos. (Corpus Christi Texas Regional Conference,
priesthood leadership session, January 6, 1996)
A Igreja é o grande reservatório de verdades eternas do qual podemos beber constante e
gratuitamente. É preservadora de valores. Apeguem-se a esses valores. Coloquem-nos em seu coração.
Deixem que eles se tornem a estrela-guia de sua vida para guiá-los enquanto seguem em frente num
mundo do qual serão uma parte importante”. (“True to the Faith,” Salt Lake Valley-Wide Institute
Fireside, January 21, 1996)
Espero que nunca percamos de vista o fato de que o propósito de todo nosso trabalho é ajudar os
filhos e filhas de Deus a encontrarem seu caminho através da estrada que leva à imortalidade e vida
eterna. É ter em nosso coração amor por Deus, nosso Pai Eterno, de quem somos filhos. É ter também
em nosso coração uma convicção sólida e invariável com relação ao lugar de cada um no plano do
Todo-Poderoso, de que somos filhos de Deus, participantes de um direito inato e divino, filhos
espirituais, que vieram com um toque de divindade dentro de si. Todas as coisas administrativas na
Igreja são importantes. Gostaria de confirmar, endossar e enfatizar isso. Mas no final, nossa maior
responsabilidade como líderes nessa Igreja é aumentar o conhecimento de nosso povo fazendo-os
entender sua posição como filhos e filhas de Deus, sua herança divina e seu destino eterno. (Berlin
Germany Regional Conference, priesthood leadership session, June 15, 1996)
Penso que estamos nessa dispensação como os justos nos dias das cidades das planícies, quando
talvez o Senhor poupe o iníquo, alguns deles, por causa dos justos. Isso coloca sobre nós uma grande
responsabilidade. É por isso que estamos aqui, para nos tornarmos instrumentos mais eficazes,
verdadeiros guerreiros sob a direção do Todo-Poderoso para salvar Seus Filhos e Filhas das coisas que
irão destruí-los no tempo e na eternidade, a não ser que mudem de vida. (Eugene Oregon Regional
Conference, priesthood leadership session, September 14, 1996)
Missão da Igreja
À medida que prosseguimos não podemos nunca desviar nossa atenção do grande e urgente tripé
de responsabilidade posto sobre a Igreja: primeiro, levar o evangelho de Jesus Cristo às pessoas da
Terra; segundo, implementar o evangelho na vida dos membros da Igreja; terceiro, conceder através do
trabalho vicário as bênçãos do evangelho àqueles que passaram para além do véu da morte. Nossa
missão é “tão ampla quanto a eternidade e tão profunda quanto o amor de Deus”. (“Five Million
Members — A Milestone and Not a Summit,” Ensign, May 1982, p. 44)
Nossa obra é um grande trabalho redentor. Todos precisamos nos empenhar mais, pois as
conseqüências são marcantes e eternas. Esta é a obra de nosso Pai e Ele nos deu a divina instrução de
buscar e fortalecer os necessitados e os fracos. Assim fazendo, os lares de nosso povo ficarão cheios de
amor; a nação, seja qual for, será fortalecida pela virtude de seu povo; e a Igreja e o reino de Deus
prosseguirão em majestade e poder em sua missão devidamente designada. (“What This Work Is All
About,” Ensign, November 1982, p. 10)
A Igreja vem-se fortalecendo continuamente porque os que nos antecederam seguiram um curso
firme. Existe quem gostaria de que debilitássemos nossa força buscando alcançar objetivos não
pertinentes à principal missão da Igreja. Somos constantemente convidados, sim, mesmo advertidos a
acompanhar outros nessa ou naquela causa. Existem certas causas que merecem nossa participação, que
estão diretamente relacionadas com a Igreja e sua missão, e o bem-estar de seu povo. Mas a escolha
delas precisa ficar a critério daqueles chamados a liderar. Tais causas são poucas, uma vez que
precisamos poupar nossas forças e recursos para a obrigação bem maior de seguir um curso constante
na edificação do reino de Deus na Terra.
Nossa grande e fundamental mensagem ao mundo é que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus vivo;
que ele deu a vida em sacrifício por toda a humanidade; que se levantou do túmulo na primeira manhã
de Páscoa, “as primícias dos que dormem” (I Cor. 15:20); que “assim como todos morrem em Adão,
assim também todos serão vivificados em Cristo” (Cor. 15:22); que Ele vive, nosso Senhor e Mestre
ressurreto.
Como tenho dito deste púlpito, Ele nos deu uma missão tríplice: Primeiro, pregar o evangelho
restaurado a toda nação, tribo, língua e povo; segundo, a edificação dos santos na fé, incentivando-os a
andarem em obediência aos mandamentos do Senhor em tudo o que fizerem; e terceiro, a grande obra
da salvação dos mortos. Essa imensa missão abrange todas as gerações da humanidade: os que já se
foram, todos os que vivem hoje e aqueles que ainda estão por nascer. Ela transcende qualquer raça,
nação ou geração. É uma causa sem paralelos. Os frutos dela têm conseqüências infinitas. (...) No
cumprimento dessa missão, precisamos seguir um curso constante e inflexível, não o abandonando
jamais. (“He Slumbers Not, nor Sleeps,” Ensign, May 1983, pp. 7–8)
As Finanças da Igreja
O programa financeiro da Igreja, tanto de arrecadação como de pagamentos, encontra-se nas
seções 119 e 120 de Doutrina e Convênios. Exceto no tocante aos fundos de ofertas de jejum e
missionário, as duas declarações contidas nessas breves revelações constituem a lei financeira do
Senhor e o programa de administração dos assuntos fiscais da Igreja.
A seção 119 simplesmente afirma que todos os membros “pagarão a décima parte de toda a sua
renda (ou rendimentos) anual; e isto será uma lei permanente para eles (...) diz o Senhor”. (vers. 4)
Portanto, no que diz respeito ao pagamento do dinheiro proveniente do dízimo, o Senhor disse:
“Em verdade assim diz o Senhor (...) que sua distribuição será feita por um conselho composto da
Primeira Presidência de minha Igreja e do bispo e seu conselho e de meu sumo conselho; e por minha
própria voz a eles, diz o Senhor”. (D&C 120)
Estes dezoito homens: a Presidência, os Doze e o Bispado Presidente constituem o conselho de
Disposição dos Dízimos. Poderiam ser considerados como comitês executivos deste conselho maior, o
Comitê de Orçamento e o Comitê de Apropriações. O uso de todos os fundos da Igreja é
supervisionado por estes organismos.
Nas transações financeiras da Igreja, temos observado dois princípios básicos e fixos: Primeiro, a
Igreja viverá de seus recursos. Não gastará mais do que recebe. E, segundo, será separado um
percentual fixo das rendas, a fim de termos uma reserva contra o que poderíamos chamar de dias
difíceis.
Durante anos a Igreja tem ensinado a seus filiados o princípio de guardar uma reserva, tanto de
alimentos como de dinheiro, para suprir necessidades de emergência. Estamos apenas procurando
seguir o mesmo princípio no tocante à Igreja em geral.
Alguns, creio eu, são suficientemente idosos para se lembrarem nitidamente dos tempos difíceis da
Grande Depressão da década de trinta. Espero que jamais venha a acontecer de novo. Sabemos, porém,
que não está fora de possibilidade. Todos conhecemos a história do sonho do faraó sobre as vacas
magras e gordas e as espigas de trigo grandes e miúdas. (Ver Gênesis 41)
Sou profundamente grato por poder dizer ao sacerdócio dessa Igreja que, em suas operações
eclesiásticas, a Igreja não se encontra endividada. Nenhum templo ou capela, prédio do seminário e
instituto, nenhuma propriedade de bem-estar, nenhum edifício ou propriedade usado nas operações
eclesiásticas está hipotecado. (“The State of the Church,” Ensign, May 1991, pp. 53–54)
“Por que a Igreja participa de transações comerciais”?
Essencialmente, os recursos que a Igreja hoje possui são o resultado de empreendimentos iniciados
na época da história dos pioneiros, quando estávamos isolados no oeste. Quando algumas dessas
propriedades deixaram de ser necessárias, foram vendidas. Hoje, restam relativamente poucas.
Repito que o rendimento combinado de todos esses interesses comerciais é relativamente pequeno,
e não manteria a Igreja em funcionamento, a não ser por pouco tempo. Acrescento que essas
propriedades comerciais são entidades que pagam impostos, que cumprem a lei fiscal, conforme a
legislação da região onde se localizam. (“The State of the Church,” Ensign, May 1991, p. 54)
Críticas à Igreja
Temos na Igreja hoje em dia, como em Nauvoo, os que se dizem membros mas despendem muito
de seu tempo criticando, encontrando erros e procurando defeitos na Igreja, nos seus líderes e
programas. Não contribuem em nada para a edificação do reino. Eles racionalizam seus esforços,
tentando justificá-los com a desculpa de estarem fazendo o bem pela causa, mas o resultado de seus
esforços é somente uma fragmentação da fé deles mesmos e de outros. (“Dedication of the John Taylor
Building,” BYU 1982–83 Fireside and Devotional Speeches, September 14, 1982, p. 18)
Parece-me que atualmente temos uma grande hoste de críticos. Alguns parecem querer destruir-
nos. Menosprezam o que consideramos divino.
Ao cultivarem a descoberta de defeitos, não vêem o majestoso avanço dessa grande causa.
Perderam a visão da centelha que, ateada em Palmyra, agora inflama chamas de fé por toda a Terra, em
muitos países e numerosos idiomas. Usando os óculos do humanismo, deixam de enxergar que influxos
espirituais, com reconhecimento da influência do Espírito Santo, tiveram tanto a ver com os atos de
nossos antepassados como os processos da mente. Não se dão conta de que a religião concerne tanto ao
coração como ao intelecto.
Temos críticos que parecem querer buscar, numa imensa quantidade de informações, aqueles
pontos que humilham e diminuem alguns homens e mulheres do passado que tanto trabalharam no
estabelecimento dessa grande causa. Eles encontram para suas obras leitores que se deleitam em
apanhar essas ninharias, remoê-las e saboreá-las. Assim fazendo, estão saboreando um picles, em lugar
de deleitar-se com uma refeição deliciosa e nutritiva de diversos pratos.
Reconhecemos que nossos antepassados eram humanos. Sem dúvida, cometeram erros (...) Mas
foram erros pequenos, comparados com a maravilhosa obra que realizaram. Destacar os enganos e
encobrir o bem maior é fazer uma caricatura. As caricaturas são divertidas, mas também muitas vezes
feias e desonestas. Apesar de ter um sinal no rosto, um homem pode ter traços bonitos e vigorosos;
mas, se o sinal for indevidamente ressaltado em relação às demais feições, o retrato deixa de ser
autêntico.
Somente um único homem perfeito andou por essa Terra. O Senhor vem usando pessoas
imperfeitas para edificar Sua sociedade perfeita. Se alguma delas tropeça ocasionalmente, ou se seu
caráter apresenta alguma leve falha, é mais maravilhoso ainda que hajam logrado tantos feitos. (...)
Eu não temo a verdade. Aceito-a de bom grado. Mas quero que todos os fatos se situem no devido
contexto, com destaque para os elementos que explicam o grande progresso e poder dessa organização.(
“Be Not Deceived,” Ensign, November 1983, p. 46)
Existe um empenho insidioso em tentar solapar a Igreja e destruir sua credibilidade, mesmo entre
seus próprios membros. (“The Miracle Made Possible by Faith,” Ensign, May 1984, p. 46)
A Igreja tem uma hoste de críticos e um exército de inimigos. Eles zombam do que é sagrado. Eles
degradam e menosprezam o que vem de Deus. Eles prestam-se aos desejos de outros que
evidentemente se comprazem em ver aquilo que é sagrado parecer cômico. Não posso pensar em nada
que esteja em maior desarmonia com o espírito de Cristo do que este tipo de atividade.
Somos afligidos pela profanação daquilo que é sagrado para nós. Mas não precisamos temer. Essa
causa é maior que qualquer homem. Irá sobreviver a todos os seus inimigos. Precisamos somente ir em
frente pelo poder da fé sem temor. (“God Hath Not Given Us the Spirit of Fear,’” Ensign, October
1984, p. 4)
E quanto aos críticos da Igreja, ultimamente tão veementes?
Nós os temos. Sempre os tivemos. Não estão sendo tão clamorosos como já foram. Por mais
ruidosos que sejam não são tão ameaçadores. As pessoas perguntam se temos medo de que nossa
história seja pesquisada. Respondo que não, logicamente não, desde que seja feita imparcial e
honestamente. (...)
Quando formos chamados perante o tribunal de Deus para prestar contas de nosso desempenho,
acho improvável que alguns de nós seja elogiado por haver consumido a vida desenterrando algum
fragmento histórico, incompleto em seu contexto, para lançar dúvidas sobre a integridade dessa obra.
Creio, antes, que seremos inquiridos sobre o que fizemos para edificar o reino, levar a luz e
compreensão das verdades eternas do evangelho aos olhos e à mente de todos aqueles dispostos a nos
ouvir, cuidar dos pobres e necessitados e tornar o mundo, pela nossa presença, um lugar melhor de se
viver. (“Questions and Answers,” Ensign, November 1985, p. 52)
Somos algumas vezes acusados de sermos limitados e misteriosos. Nada pode estar mais distante
da verdade. Não temos nada que nos envergonhe e nos cause constrangimento. Nossa história, nossas
ações, nossos programas não são causa de constrangimento, se forem discutidos no total e verdadeiro
contexto do ambiente e tempo em que ocorreram. (“A Unique and Wonderful University,” BYU 1988–
89 Devotional and Fireside Speeches, October 11, 1988, pp. 49–50)
Temos críticos, tanto dentro como fora da Igreja. Apesar de serem eloqüentes e de terem acesso
aos meios de comunicação, são relativamente em número pequeno. Caso não sofrêssemos críticas,
ficaríamos preocupados. Nossa responsabilidade não é de agradar ao mundo, mas, ao contrário, de fazer
o desejo do Senhor, e desde o princípio o desejo divino tem freqüentemente sido contrário aos hábitos
do mundo. (“Bring Up a Child in the Way He Should Go,” Ensign, November 1993, p. 54)
Enquanto falo das coisas que impedem nosso progresso como santos dos últimos dias, menciono
uma outra. É a atitude de ser crítico a respeito da Igreja. Vocês são inteligentes e capazes, são moças e
rapazes instruídos. Foram ensinados a ter pensamento crítico, a explorar, a considerar os diversos
aspectos de cada questão. Isso tudo é bom. Mas vocês podem fazê-lo sem buscar falhas na Igreja ou em
seus líderes. Busquem o equilíbrio nos seus estudos. Não digo isso defensivamente. Há tantas pessoas
bondosas, generosas e gentis com relação ao que falam e escrevem para mim. Por outro lado, há umas
poucas que evidentemente não gostam nem um pouco da Igreja e tampouco de mim. Essa é uma
prerrogativa deles. Não sinto rancor em relação a eles. Sinto somente pena deles porque sei qual será o
resultado final.
Tive diversos chamados nessa Igreja desde quando fui chamado para servir na presidência do
quórum dos diáconos aos doze anos de idade. Durante esses sessenta anos que se passaram eu tenho
estado no Edifício de Administração da Igreja. Muito antes de ser uma Autoridade Geral eu conheci os
Presidentes da Igreja assim como outras Autoridades Gerais. Sabia, desde cedo, que eles eram homens
e tinham suas pequenas imperfeições. Mas gostaria de dizer que sabia que eles eram os melhores
homens que se poderia encontrar nessa Terra. Eles também tinham críticos que falavam coisas más a
respeito deles. Eles também tiveram que lidar com cartas e conversas de descontentes e apóstatas. Mas
os nomes desses homens são lembrados com admiração, gratidão e respeito, enquanto que o nome de
seus críticos caíram no esquecimento.
Quando rapaz, trabalhava no Prédio de Administração e numa certa ocasião o Presidente do
Conselho dos Doze pediu-me que arranjasse um companheiro e fosse entregar um aviso do tribunal da
Igreja para um homem que havia escrito diversos livros criticando a Igreja e de natureza fortemente
apóstatas. Ele era membro de uma estaca na Califórnia e o presidente da estaca enviou seus papéis para
aqui onde o homem estava residindo no momento.
Meu companheiro e eu (...) fomos até a residência dele. Eu expliquei a razão de estarmos lá. Ele
nos convidou para entrar e fez sinal para nos sentarmos em lugares longe da porta, do outro lado da
sala. Ele ficou em pé em frente a porta de entrada de modo que não pudéssemos sair até que ele
pudesse dizer todas as coisas maldosas que queria dizer. Ele era feroz e malévolo no que dizia. Usava
linguagem ameaçadora. Felizmente ele não colocou as mãos em nós. Nenhum de nós dois éramos
muito grandes. Tendo cumprido nossa missão, dirigimo-nos à porta, abrimo-la e saímos.
Na época em que ele estava vivo seus escritos foram lidos por muitos que compartilhavam de suas
doutrinas apóstatas. Foram lidos por muitos que aceitavam suas acusações contra certas Autoridades
Gerais. Todas as acusações eram falsas, mas houve aqueles que aceitaram o que ele escreveu como
sendo verdadeiro.
Ele foi subseqüentemente excomungado da Igreja, e isso somente fez aumentar sua raiva. Em vez
de reconhecer seus erros, atacou com mais ferocidade. E então subitamente ele desapareceu. As pessoas
não tinham mais interesse nele. Faz muito tempo que ele faleceu. Não conheço ninguém que se lembre
dele. (...) Eu acho que sou o único que ainda se lembra do nome dele.
Atualmente temos alguns do mesmo tipo. Tivemos no passado e teremos no futuro. Eles estão
desgastando sua vida procurando falhas na Igreja. Eles tentam prejudicar a história da Igreja com cada
coisinha negativa que encontram. Eles examinam as palavras das Autoridades Gerais. Eles podem até
me dar a honra de examinar o que estou falando para vocês hoje à noite. Lamento o modo como
desperdiçam seu tempo. Preocupo-me com eles de todo o coração e gostaria de poder persuadi-los a
mudarem de caminho, de perspectiva e voltarem para a Igreja com o propósito de aplicarem seus
talentos para a edificação do reino. Mas vejo pouca disposição para assim o fazerem.
Suponho que estejam apreciando seu dia ao sol, mas seu sol irá se pôr e eles não mais serão
lembrados.
Lembro-lhes que essa obra não vem crescendo de modo tão brilhante até o nível em que se
encontra devido aos críticos. Ela tem progredido por causa de homens e mulheres de fé que fazem a sua
parte, pequena ou grande, para expandi-la. (“True to the Faith,” Salt Lake Valley-Wide Institute
Fireside, January 21, 1996)
Essa Igreja surgiu como resultado de curiosidade intelectual. Acreditamos na educação e gastamos
uma parte substancial de nosso orçamento na educação de nossos jovens. Esperamos que eles pensem.
Esperamos que eles investiguem e usem a mente para cavar profundamente em busca de conhecimento
em todas as áreas. Se temos um lema, é este: “A glória de Deus é a inteligência”. Temos sido
investigados desde que a Igreja foi organizada. Inúmeras pessoas têm investigado e escrito a nosso
respeito. Alguns desperdiçaram sua vida deste modo. Mas algumas coisas em nossa biblioteca são de
natureza confidencial. Foi-nos confiado o dever de preservar a privacidade de alguns assuntos, tais
como diários particulares, mas há muito pouco de nossa história que não tenha sido examinado e re-
examinado diversas vezes. Inúmeros livros têm sido escritos e a Igreja prossegue e cresce e cresce. Não
temos nada que nos envergonhe em sentido algum. Temos muito do que nos orgulhar.
Por exemplo, em dezembro de 1995 fui entrevistado por Mike Wallace do programa 60 Minutes
da rede de televisão CBS. Ele tem a reputação de ser o repórter mais firme da televisão americana.
Parece-me que ele me perguntou sobre tudo. Bem, quando tudo estava no ar, o programa foi favorável.
Ele entrevistou pessoas com perspectivas negativas, mas eu disse-lhe: “ Temos somente um pedido, que
você nos julgue pelos nossos frutos. Julgue-nos pelo que a Igreja está fazendo, pelo que ela está
realizando através do mundo. É maravilhoso o que está acontecendo e é muito positivo na sua
mensagem e também no seu crescimento. Naturalmente, temos críticos. Erramos vez ou outra. É claro
que falhamos em algumas coisas de vez em quando. É esperado que isso aconteça. Mas, de um modo
geral a imagem é de crescimento, de estabilidade, de força, de progresso e realização”. (Media
Luncheon and Press Conference, Tokyo, Japan, May 18, 1996)
Existem alguns pássaros negros que gostam de sentar-se num poste de telefone e cantar contra nós,
mas eles são poucos e não precisamos nos preocupar com eles. Nós os deixamos nas mãos do Senhor,
esperando e orando para que eles se arrependam e voltem. Mas não nos animemos muito, apenas
prossigamos em frente, tendo fé, vivendo o evangelho e edificando o reino. “O quer que sejas,
representa bem o teu papel” era o lema que o Presidente McKay leu em uma pedra na Escócia, e se
aplica a cada um de nós. (Ver Conference Report, April 1969, p. 95; ou Improvement Era, June 1969,
p. 30)
Irmãos, sigamos em frente com fé, entusiasmo e amor ao Senhor. (Potomac Virginia Regional
Conference, priesthood leadership session, April 26, 1997)
IGREJA E ESTADO
Ver também Política
Tentamos seguir um curso bem rigoroso nos assuntos políticos. Observamos o princípio da
separação entre igreja e estado. Preocupamo-nos com assuntos que consideramos de conseqüência
moral e coisas que possam afetar diretamente a Igreja e outras igrejas. Tentamos trabalhar unidos a
pessoas de outras fés de maneira construtiva. Esperamos poder usar nossa influência para a manutenção
e cultivo de um bom meio-ambiente no qual possamos viver como um povo nessas comunidades.
(Press Conference, Salt Lake City, Utah, March 13, 1995)
Acreditamos na separação entre Igreja e estado. A Igreja não apóia qualquer partido político ou
candidato político, nem permite que seus edifícios e instalações sejam usados para fins políticos.
Acreditamos que a Igreja deva manter-se fora de questões políticas, a não ser que esteja em pauta uma
questão moral. No caso de uma questão moral espera-se que falemos com franqueza. Mas nos assuntos
referentes à política diária, tentamos nos manter à distância como Igreja, enquanto que ao mesmo
tempo incentivamos nossos membros, como cidadãos, a exercerem seus direitos políticos como
indivíduos. Acreditamos, também, que é do interesse de um bom governo permitir a liberdade de
adoração e de religião. Nossa declaração oficial diz: “Pretendemos o privilégio de adorar a Deus Todo-
Poderoso de acordo com os ditames da nossa própria consciência; e concedemos a todos os homens o
mesmo privilégio, deixando-os adorar como, onde, ou o que desejarem”. (Media Luncheon and Press
Conference, Tokyo, Japan, May 18, 1996)
Acreditamos firmemente na separação entre igreja e estado. Envolvemo-nos em política somente
quando há um assunto moral em questão. Se é álcool, se é jogo, se são coisas desse tipo, falamos
claramente e exercemos nossa influência. Se é a respeito de aumento de impostos, rodovias aqui ou ali,
ou seja, assuntos da legislatura, não nos incomodamos com isso institucionalmente. Como indivíduos?
Sim. Incentivamos todo o nosso povo a exercer seus direitos constitucionais de serem bons cidadãos, de
se envolverem na política. Institucionalmente, porém, a Igreja age somente quando há uma questão
moral. (BBC Interview, February 21, 1997)
INSTRUÇÃO
Ver também Educação
Quanto mais vivo, mais grato me sinto por meus pais terem nos provido, na casa em que fomos
criados, com boas coisas para ler. Tínhamos uma biblioteca em nossa casa com mais de mil volumes.
Naquela época, é claro, não tínhamos televisão e nem rádio tínhamos quando eu era pequeno. Não
desejo transmitir a idéia de que líamos intensamente os livros de nosso pai. Mas eles proviam um bom
ambiente. Víamos nosso pai e mãe lerem, e eles liam para nós. Isso tinha um efeito indescritível sobre
nós, familiarizava-nos com bons livros. Sentíamo-nos à vontade com eles. Não eram estranhos para
nós. Eram como amigos, dispostos a contribuir se estivéssemos dispostos a fazer um pequeno esforço.
(...)
Ao recordar os meus anos no segundo grau e universidade, fico admirado ao perceber que
tínhamos pouquíssima exposição ao que chamamos hoje de obscenidade e pornografia. Talvez nossa
sociedade fosse um tanto protegida, mas era um ambiente maravilhoso para se crescer.
Infelizmente, vivemos hoje numa sociedade saturada de sexo. A pornografia atinge-nos de todos
os lados: no teatro, nos livros e revistas, nos anúncios de jornal, na televisão de formas diversas, e em
alguns momentos, no rádio.
Anos atrás li que certa vez perguntaram ao [ensaísta, filósofo e poeta americano] Emerson qual foi
o livro, de todos os que havia lido, que mais influenciara sua vida. A resposta foi que não conseguia
lembrar-se de todos os livros lidos, assim como não se lembrava das refeições ingeridas, mas que ele o
era produto deles. Todos nós somos produtos dos elementos a que somos expostos. (“Tithing: An
Opportunity to Prove Our Faithfulness,” Ensign, May 1982, p. 42)
Atualmente um novo e grande projeto está para ser lançado. É de natureza prática e essencial na
celebração deste aniversário dos 150 anos [da Sociedade de Socorro]. Mas suas conseqüências serão
sempre sentidas na vida de gerações ainda por vir. É um programa para ensinar àqueles que sofrem com
o analfabetismo. É elaborado para trazer luz à vida daqueles que não sabem ler nem escrever.
Essa falta de instrução é muito mais comum do que muitos acreditam. Em algumas áreas do
mundo, 75 por cento são incapazes de ler ou escrever. Os efeitos do analfabetismo são trágicos. Aos
que são suas vítimas é negada a oportunidade de se familiarizar com a história e com as grandes mentes
do passado. Eles não podem ler os jornais diários. Eles não entendem a palavra de Deus relatada nas
escrituras. Para eles há pouco entendimento das épocas passadas, e somente um conhecimento ínfimo
do vasto e complexo mundo do qual somos parte. A escuridão que os envolve, a desoladora sombra do
analfabetismo, os condena a pobreza, fome e ignorância. Para eles existe somente uma parte do mundo,
pois são literalmente cegos com relação às muitas coisas que acontecem à sua volta. Agora serão
providenciados meios para se abrirem as portas da comunicação e deixar que a luz penetre, a luz do
entendimento. As mulheres jovens e velhas, em várias nações, serão ensinadas pelas suas irmãs a ler e a
escrever. Imaginem, se puderem, o potencial desse programa inspirado. Quem ousa sonhar com as suas
conseqüências? (“‘Ambitious to Do Good,’”Ensign, March 1992, p. 6)
Fiz um pequeno estudo sobre o analfabetismo no mundo. Um bilhão entre os cinco bilhões de
pessoas no mundo não sabem ler nem escrever. Uma parte substancial, pelo menos 10 por cento e
provavelmente perto dos 15 por cento, das pessoas que vivem nos Estados Unidos não sabem ler nem
escrever, exatamente aqui nesta nação. Perdemos o primeiro para o quinto lugar entre as nações do
mundo em nossa competitividade. Como podemos esperar que seja diferente quando tantas pessoas não
conseguem ler simples instruções que estão diante de seus olhos? Li, algum tempo atrás, que 99 por
cento dos acidentes na Índia são causados por motoristas de caminhão e motoristas de táxi que não
sabem ler “pare” e “siga”. Que tragédia; que tragédia violenta, miserável, e tenebrosa. Não ser capaz de
ler, entender e escrever é uma tragédia. Podemos ajudar a mudar essa calamidade. Há coisas a serem
feitas que podem transformar essa condição intolerável. (“Our Philosophy,” Bonneville International
Corporation “Gathering of Eagles,” June 25, 1992)
Sinto muito pelos pais que não lêem para seus filhos. Sinto muito pelas crianças que não aprendem
a apreciar as maravilhas encontradas nos bons livros. É estimulante a experiência de poder penetrar na
mente dos grandes pensadores ao expressarem-se em linguagem culta e refinada com relação a grandes
e importantes assuntos. Li uma vez que Thomas Jefferson cresceu com a magnífica linguagem da
Bíblia do Rei Jaime. (...)
Dias atrás um homem enviou-me um livro. Ele é doutor em filosofia em uma de nossas grandes
universidades. Falou-me que a leitura daquele livro foi uma grande experiência em sua vida.
Já o li. É a história de um menino em Paris que aos oito anos de idade sofreu um acidente e ficou
cego. É um relato de como uma nova luz surgiu em sua vida quando a escuridão o envolveu. Quando
ele tinha 16 ou 17 anos, os alemães conquistaram a França e bandos de soldados alemães marcharam
sobre Paris. O governo de Vichy era formado por aqueles que eram traidores das grandes tradições de
uma nação forte e orgulhosa. Esse menino cego, um estudante brilhante, organizou um grupo de
resistência. Ele e seus amigos dirigiram uma operação clandestina para obter informações e circulá-las
em um pequeno jornal impresso num mimeógrafo. Seus esforços cresceram até o momento em que
chegaram a distribuir mais de 250.000 cópias de um exemplar. Então ele foi traído, aprisionado e
enviado a Buchenwald. Ali, na imundície e desespero, ele viveu com vítimas semelhantes. Ele não
enxergava, mas havia uma luz dentro dele que se erguia acima de toda aquela tragédia. Ele sobreviveu
como líder entre os que estavam naquele campo imundo. O pequeno jornal que ele deu início tornou-se
um grande jornal, o “France-Soir”. Eu li o livro e fui edificado e fortalecido e, posso dizer, um pouco
purificado pela história deste rapaz excepcional. (“Saving the Nation by Changing Our Homes,” BYU
Management Society, Washington, D.C., March 5, 1994)
Gosto muito de livros. Cresci numa casa onde tínhamos uma biblioteca. Meus pais tinham uma
sala separada como se fosse uma biblioteca com estantes em toda a volta com mais de 1.000
exemplares. Ainda possuo a coleção de meu pai dos Clássicos de Harvard. Estava-me preparando para
fazer um discurso, uns poucos dias atrás, e consultei os Clássicos de Havard para dar uma olhada no
discurso de posse de George Washington. Segurei o volume em minhas mãos e pensei comigo mesmo:
“Que maravilha é um livro! Que coisa maravilhosa e extraordinária é um livro, páginas de papel
reunidas em que se encontram registrados os pensamentos de mulheres e homens bons e sábios aos
quais podemos recorrer nos momentos que necessitamos.
Existe algo de encantador em um bom livro. Tenho um computador em minha sala de estudos,
mas ainda não me acostumei com ele, e receio nunca consegui-lo. Eu tento, sem muito sucesso, usá-lo
de vez em quando, mas eu e ele não nos damos muito bem. É por isso que sou tão grato pelos livros.
Sei como manuseá-los, como usá-los, assim creio.
Sou muito grato pelas bibliotecas. Estive em algumas das maiores do mundo. (...) Existe algo de
sagrado em uma grande biblioteca porque representa a preservação da sabedoria, do conhecimento, da
meditação de homens e mulheres de todas as idades reunidos debaixo de um só teto aos quais podemos
ter acesso nas ocasiões em que necessitamos. (Harold B. Lee Library Expansion Groundbreaking
Ceremony, September 20, 1996)
Há não muito tempo estive na grande Biblioteca do Vaticano, em Roma, e foi uma experiência
muito inspiradora ver aqueles antigos textos, de centenas e centenas de anos atrás, que foram
preservados para o bem da humanidade. Uma vez estudei no Museu Britânico, a grande biblioteca
nacional da Grã-Bretanha, com estantes altas cheias de livros, centenas e centenas e centenas de
milhares deles.
Amo as bibliotecas. Amo os livros. Há algo de extraordinário em um livro. Pode-se pegá-lo. Pode-
se erguê-lo. Pode-se lê-lo. Pode-se colocá-lo de lado. Pode-se pensar no que leu. Ele faz algo por você.
Pode-se tomar parte de grandes atos e grandes empreendimentos por intermédio das páginas de um
livro. (Howard W. Hunter Law Library Dedication, BYU, March 21, 1997)
INTEGRAÇÃO
Ver também Reativação e Retenção
Ouvimos reclamações que nas escolas onde a maioria dos alunos é formada por santos dos últimos
dias, aqueles que não são da nossa fé se sentem discriminados pelos membros. A maioria de vocês
sairão em missão, esperamos que todos. Vocês aprenderão a importância da amizade e
companheirismo. Agora é a época de praticar esses princípios, de procurar ter consideração e gentileza
para com os outros. Muitos rapazes se filiaram a esta Igreja por causa de um companheiro de escola. Eu
sinceramente espero que nenhum rapaz, que esteja ao alcance de minha voz, jamais faça qualquer coisa
que cause dano a um colega, à Igreja ou a seus membros. (...)
Estou falando contra qualquer atitude que humilhe, rebaixe e leve a falar mal do outro. (“Four B’s
for Boys,” Ensign, November 1981, p. 41)
Todos consideramo-nos irmãos e irmãs, independente do país que temos por pátria. Pertencemos
ao que poderíamos chamar da maior sociedade de amigos da face da Terra.
Quando o imperador do Japão esteve nos Estados Unidos anos atrás, participei de um almoço
oferecido a ele em San Francisco. Sentamo-nos à mesa com três outros casais que tinham grande
vivência no Japão, onde moraram temporariamente a serviço do governo, negócios ou educação. Um
desses senhores comentou: “Jamais vi alguma coisa parecida com seu povo. Enquanto vivemos no
Japão apareceram por lá um grande número de americanos, muitos dos quais enfrentavam sérios
problemas de adaptação cultural, além de solidão e saudades. Mas sempre que chegava uma família
mórmon, imediatamente tinham um monte de amigos. Os membros de sua Igreja no Japão pareciam
saber quando eles chegariam e estavam lá para dar-lhes as boas-vindas. A família inteira sentia-se
imediatamente integrada não só na comunidade religiosa como também socialmente. Parecia não haver
nenhum choque cultural nem solidão. Minha esposa e eu conversamos a respeito disso muitas vezes”.
É desse modo que sempre deve ser. Precisamos ser amigos. Precisamos amar, honrar, respeitar e
ajudar uns aos outros. Onde quer que seja, os santos dos últimos dias são bem recebidos, pois são todos
crentes na divindade do Senhor Jesus Cristo e envolvidos nessa grande causa.
Falamos da integração e amizade entre os santos. Isso é, e necessita ser, algo muito concreto.
Jamais devemos permitir que o espírito de fraternidade e irmandade enfraqueça. É preciso cultivá-lo
constantemente. É um aspecto muito importante do evangelho. (“‘Fear Not to Do Good,’” Ensign, May
1983, pp. 79–80)
Espero que desenvolvam um espírito de companheirismo, de sociabilidade, a capacidade de se
misturar e relacionar com as pessoas em qualquer lugar que as encontrem, de alta ou baixa classe
social, reconhecendo seus pontos fortes, poderes, capacidades e bondade. (...)
É algo muito precioso ter-se uma personalidade vibrante que seja proveniente da capacidade de
ouvir e aprender, da habilidade de contribuir sem entediar, e que tenha o talento de associar-se e
relacionar-se com as pessoas de modo construtivo. (“Out of Your Experience Here,” BYU 1990–1991
Devotional and Fireside Speeches, October 16, 1990, p. 29)
Recebi uma carta essa manhã. Gostaria de lê-la para vocês. Espero que não considerem pretensão
de minha parte assim fazê-lo.
“Que conferência maravilhosa! Seus comentários finais concernentes à equipe de resgate de
Brigham Young tocaram o coração de nossa família e resolvemos partir para a nossa missão de resgate
sem demora. Nós saímos da estaca [domingo à tarde] e nos dirigimos diretamente à humilde casa de
uma mãe sozinha com dois filhos que luta com dificuldades e está fora da Igreja há dois anos (e
cuidadosamente esquivou-se de suas professoras visitantes). Aconteceu de encontrarmos com ela na
entrada da sua garagem, e dissemos a ela que o senhor e o nosso bispo nos mandaram lá. Seu coração
se sensibilizou. Ela disse que trabalhava em um hospital até às 2 da manhã quase todos os domingos.
Quando perguntamos se poderíamos levar seus filhos para a Igreja conosco, ela explicou que sua filha
de dez anos de idade não tinha roupas adequadas para o domingo e seu filho de quatorze anos não se
sente bem em freqüentar a Igreja por que acha que não faz parte do grupo. Falamos com a mãe que
iríamos providenciar as roupas necessárias. Nós então os convidamos para jantar conosco, trinta
minutos mais tarde. Apresentamos o menino para o nosso sobrinho que está no quórum dele e
combinamos de pegar o menino para a Mutual essa semana. A mãe e a irmã prometeram ir à Igreja
conosco em duas semanas quando a mãe terá seu domingo de folga. (Não se preocupe, não os
deixaremos esquecer!)”
Isso resume tudo: entrar no carro e sair do estacionamento da Igreja em busca de alguém que está
negligenciado por muito tempo e necessita de um pouco de atenção para se erguer, se animar, ser
confortado, ser amado e abençoado. “Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus
pequeninos irmãos, a mim o fizestes”. (Mateus 25:40) (Meeting with General Authorities and Wives,
October 9, 1996)
INTEGRIDADE E HONESTIDADE
Seja honesto. À medida que você prossegue na vida, nos estudos da universidade e outros mais,
evitem práticas desprezíveis e suspeitas. A competição limpa é benéfica; mas práticas imorais,
desonestas e injustas são condenáveis particularmente da parte de um santo dos últimos dias. (“Four
B’s for Boys,” Ensign, November 1981, p. 41)
No monte Sinai o dedo do Senhor escreveu a lei nas tábuas de pedra: “Não furtarás”. (Êxodo
20:15) Não houve acréscimo de palavras e nem racionalização. E então a declaração foi acompanhada
de outros três mandamentos, e a violação de cada um deles involve desonestidade: “Não adulterarás”.
“Não dirás falso testemunho contra o teu próximo”. “Não cobiçarás”. (Êxodo 20:14, 16–17) (Be Thou
an Example [Salt Lake City: Deseret Book, 1981], p. 44)
Alguns consideram a qualidade de caráter conhecida como honestidade um tema muito comum.
Mas acredito que ela seja a verdadeira essência do evangelho. Sem honestidade, a vida e a sociedade se
reduziriam a tudo o que é feio e caótico. (“We Believe in Being Honest,” Ensign, October 1990, p. 2)
Creio que a melhor política ainda seja a honestidade. Que coisa destrutiva é um pouco de
desonestidade. Isso tem-se tornado uma doença cancerígena em nossa sociedade. Todo inspetor de
seguro pode falar-lhes dos elevados custos de reivindicações desonestas. A fraude no pagamento de
impostos rouba o tesouro de milhões e coloca uma carga indevida sobre aqueles que pagam. O roubo
por empregados, despesas infladas, e coisas semelhantes trazem uma enorme perda para as instituições
financeiras. A instituição pode sobreviver à perda do dinheiro, mas o indivíduo não pode dar-se ao luxo
de perder o auto-respeito. (“This I Believe,” BYU 1991–92 Devotional and Fireside Speeches, March 1,
1992, p. 79)
Uma carta e um velho cinzeiro foram trazidos a um tempo atrás ao escritório do Bispado
Presidente. A carta diz: “Prezado senhor: eu roubei o cinzeiro anexo de seu hotel em 1965. Após esses
muitos anos, gostaria de me desculpar e pedir que me perdoe pelo meu erro. Segue incluso um cheque
que tenta indenizá-lo pelo cinzeiro”.
O cheque era no valor $26.00 dólares, um dólar para cada ano que ele ficou com o cinzeiro. Posso
imaginar que durante esses vinte e seis anos, cada vez que ele bateu o cigarro na borda do cinzeiro ele
sentiu uma fisgada na consciência. Não sei se no hotel alguma vez sentiu a falta do cinzeiro, mas o
homem que o pegou perdeu a paz de consciência por mais de um quarto de século e terminou pagando
por ele muito mais do que valia. Sim, meus irmãos e irmãs, a honestidade é a melhor política. (“This I
Believe,” BYU 1991–92 Devotional and Fireside Speeches, March 1, 1992, p. 79)
Seja forte (...) com a força da simples honestidade. Como é fácil seguir o conselho perverso:
“menti um pouco, aproveitai-vos de alguém por causa de suas palavras, abri uma cova para o vosso
vizinho”. (2 Néfi 28:8) Assim descreve Néfi o povo de seus dias, como também descreve muitos de
nossos dias. Como é fácil afirmarmos: “Cremos em ser honestos, verdadeiros, castos, benevolentes”.
(RF 1:13) Como é difícil para muitos, entretanto, resistir à tentação de mentir um pouco, enganar um
pouco, roubar um pouco, levantar falso testemunho ao falar mal dos outros. Elevem-se acima disso,
irmãos. Sejam fortes na simples virtude da honestidade. (“Building Your Tabernacle,” Ensign,
November 1992, p. 52)
A simples honestidade é uma qualidade extraordinária. Ela é a própria essência da integridade. Ela
exige que sejamos íntegros, francos e caminhemos na linha reta e apertada do que é certo e verdadeiro.
É tão fácil enganar. Há ocasiões em que é tão atraente fazê-lo. É melhor uma nota baixa do que um ato
desonesto. (“To a Man Who Has Done What This Church Expects of Each of Us,” BYU 1995–96
Speeches, October 17, 1995, p. 53)
Aqueles entre vocês que lêem os jornais diariamente devem certamente reconhecer que não
parecemos mais nos importar com os princípios ou o comportamento de um candidato a um cargo
político. A desonestidade está nos mais altos cargos do país. Quão grave foi a nossa queda.
Em todo o mundo não há substituto para a integridade pessoal. Ela inclui honra. Inclui
desempenho. Inclui manter a palavra. Ela implica fazer o que é certo apesar das circunstâncias. (Church
Educational System Young Adult Fireside, February 2, 1997)
JEJUM
Não é um peso abster-se de duas refeições por mês e doar o equivalente para a assistência aos
necessitados. Pelo contrário, é uma bênção. Não só o físico se beneficia com a observância desse
princípio, como o espírito também. Nosso programa do dia de jejum e oferta de jejum é tão simples e
belo, que não entendo por que não é adotado por todos. Recentemente, foi apresentada no Congresso
dos Estados Unidos uma proposta recomendando ao presidente realizar um dia de jejum para levantar
fundos para as pessoas que estão morrendo de fome na África. A nossa experiência na primavera
passada foi tão fácil de executar e com tão tamanha produtividade, que nossas contribuições
abençoaram milhares de pessoas, sem causar o mínimo de sofrimento a nenhum de nós. (“‘Let Us
Move This Work Forward,’” Ensign, November 1985, p. 85)
Por amor aos menos afortunados dentre nosso povo, observemos a lei de jejum e ofertas,
abstendo-nos de comer, o que não nos fará falta, e contribuindo com o valor equivalente, e até mais,
para ajudar aqueles que se encontram em circunstâncias desesperadoras. (“Let Love Be the Lodestar of
Your Life,” Ensign, May 1989, p. 66)
JESUS CRISTO
Vivemos num mundo de pompa e poder, de vanglória sobre o avião a jato e mísseis de longo
alcance, o mesmo tipo de vaidade que produziu a calamidade dos dias de César, Genghis-Khan,
Napoleão e Hitler. Nessa espécie de mundo, não é fácil reconhecer que:
Um infante nascido num estábulo da aldeia de Belém,
Um rapaz criado como carpinteiro em Nazaré,
Um cidadão de um país subjugado,
Um homem cujas andanças no mundo mortal jamais ultrapassaram um raio de duzentos e quarenta
quilômetros, que nunca recebeu um diploma escolar, jamais falou de um grande púlpito, nunca possuiu
uma casa, que viajava a pé e sem alforje
É de fato o Criador dos céus, da Terra e de todas as coisas que neles há. Tampouco é fácil para
muitos reconhecerem:
Que Ele é o autor da nossa salvação e o único nome pelo qual devemos ser salvos.
Que trouxe luz e entendimento de coisas eternas e divinas como nenhum outro jamais havia feito.
Que seus ensinamentos influenciaram não somente a conduta pessoal de milhões de pessoas, mas
também inspiraram sistemas políticos que dignificam e protegem o indivíduo, e verdades sociais que
promovem a educação e a cultura.
Que seu exemplo inigualável se tornou o maior poder propulsor da bondade e da paz em todo o
mundo. (“What Shall I Do Then with Jesus Which Is Called Christ?” Ensign, December 1983, p. 3)
Toda primavera o mundo Cristão celebra a Páscoa em memória da ressurreição, quando o Cristo
ressurreto apareceu para Maria Madalena, e mais tarde naquele dia para os dez apóstolos, estando Tomé
ausente. Quando os outros discípulos disseram a Tomé: “Vimos o Senhor”, ele, como muitos no
passado e agora, disse: “Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos
cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei”.
Oito dias depois os apóstolos estavam juntos novamente, e dessa vez Tomé estava com eles.
“Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco”.
Escolhendo Tomé, Ele disse: “Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na
no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente”.
Tomé, maravilhado e trêmulo, respondeu: “Senhor meu, e Deus meu!” Então disse-lhe Jesus:
“Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram”. (João 20:25–29)
Vocês já não ouviram outros falarem como Tomé falou? “Dê-nos”, eles dizem, “uma evidência
empírica. Prove diante de nossos próprios olhos, nossos ouvidos, nossas mãos, ou não acreditaremos”.
Essa é a linguagem da época em que vivemos. Tomé, o incrédulo, tornou-se o exemplo de homens de
todas as idades que se recusam a aceitar qualquer coisa que não possam provar fisicamente ou explicar;
como se eles pudessem provar o amor, a fé, ou até mesmo fenômenos físicos como a eletricidade.
A todos os que possam ter dúvidas, repito as palavras ditas a Tomé quando ele tocou as mãos
feridas do Senhor: “Não sejas incrédulo, mas crente”. Acredite em Jesus Cristo, o Filho de Deus, a
maior figura do tempo e eternidade. Acredite que Sua vida incomparável existia muito antes do mundo
ser formado. Acredite que Ele foi o Criador da Terra onde vivemos. Acredite que Ele foi o Jeová do
Velho Testamento, que Ele foi o Messias do Novo Testamento, que Ele morreu e ressuscitou, que Ele
visitou estes continentes ocidentais e ensinou o povo que vivia aqui, que Ele foi o precursor desta
dispensação final do evangelho, e que Ele vive, o Filho vivo do Deus vivo, nosso Senhor e nosso
Redentor. (“Be Not Faithless,” in Faith [Salt Lake City: Deseret Book, 1983], pp. 14–15)
É absolutamente básico para nossa fé o testemunho de Jesus Cristo como o Filho de Deus, que por
desígnio divino nasceu em Belém da Judéia. Jesus criou-se em Nazaré como filho de um carpinteiro,
tendo dentro de si elementos da mortalidade e imortalidade recebidos respectivamente de Sua mãe
terrena e Seu Pai Celestial. Durante seu breve ministério terreno, ele percorreu os caminhos poeirentos
da Palestina curando doentes, dando visão aos cegos, revivendo os mortos, ensinando doutrinas belas e
transcendentais. Ele foi, conforme profetizou Isaías: “homem de dores e experimentado nos trabalhos”.
(Isaías 53:3) Estendeu a mão aos que levavam um jugo pesado, convidando-os a se valerem dele,
dizendo: “Meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. (Mateus 11:30) Ele “andou fazendo o bem”, e por
isso foi odiado. (Atos 10:38) Seus inimigos se voltaram contra ele. Foi preso, julgado por acusações
ilegítimas, condenado a morrer na cruz do Calvário para satisfazer os apelos da multidão.
Cravos perfuraram suas mãos e pés, e ficou pendurado em agonia e dor, dando a própria vida em
resgate pelos pecados de todos os homens. Morreu clamando: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o
que fazem”. (Lucas 23:34)
Foi sepultado num túmulo emprestado e no terceiro dia ressurgiu da tumba. Levantou-se
triunfante, vencendo a morte, as primícias de todos os que dormem. Com a ressurreição veio a
promessa a todos de que a vida é eterna, que assim como todos morrem em Adão, são todos vivificados
em Cristo. (Ver I Coríntios 15:20–22) Em toda a história da humanidade não há nada que se iguale em
maravilha, esplendor, magnitude ou aos frutos da vida inigualável do Filho de Deus, que morreu por
nós. Ele é o nosso Salvador, nosso Redentor.(...)
Ele é a principal pedra angular da Igreja que leva seu nome, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias. Não existe entre os homens nenhum outro nome pelo qual possamos ser salvos. (Ver
Atos 4:12) Ele é o autor da nossa salvação, o doador da vida eterna. (Ver Hebreus 5:9) Não existe
ninguém igual a Ele, e jamais existirá. Graças sejam dadas a Deus pelo dom de seu Filho Amado, que
deu sua vida para que pudéssemos viver, e que é a principal e irremovível pedra angular de nossa fé e
de Sua Igreja. (“The Cornerstones of Our Faith,” Ensign, November 1984, pp. 51–52)
Solenemente, e compreendendo a gravidade do que afirmamos, acrescentamos o nosso testemunho
para todo o mundo, da realidade da Ressurreição, que este mesmo Jesus que se levantou da tumba subiu
aos céus. Declaramos que nesta dispensação dos tempos, Ele voltou à Terra para restaurar o evangelho
primitivo que ensinou ao caminhar entre os homens; que essa restauração trouxe um testemunho
indiscutível de Sua realidade e também o santo sacerdócio, concedido aos homens, que é exercido em
Seu nome. Esse é o testemunho que prestamos em nome de Jesus Cristo, e convidamos todos os
homens a ouvi-lo e aceitá-lo. (“The Victory over Death,” Ensign, May 1985, p. 53)
Creio no Senhor Jesus Cristo, o Filho do Deus vivo e eterno. Creio nele como o Primogênito do
Pai e Unigênito do Pai na carne. Creio nele como indivíduo, separado e distinto de Seu Pai.(...)
Creio que Ele nasceu de Maria, na linhagem de Davi, como o Messias prometido, que Ele foi
realmente gerado pelo Pai, e que Seu nascimento foi o cumprimento da grande declaração profética de
Isaías:
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e
se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”.
(Isaías 9:6)
Creio que em Sua vida mortal Ele foi o único homem perfeito a andar sobre a Terra. Acredito que
em Suas palavras se encontram a luz e a verdade que, se observadas, salvarão o mundo e trarão
exaltação à humanidade. Creio que em Seu sacerdócio repousa a autoridade divina: o poder para
abençoar, o poder para curar, o poder para governar nos assuntos terrenos de Deus, o poder para ligar
nos céus o que é ligado na Terra.(...)
Acredito que, por seu sacrifício expiatório, a oferta de Sua vida no Monte do Calvário, Ele expiou
os pecados da humanidade, aliviando-nos o peso do pecado, se abandonarmos o mal e O seguirmos.
Creio na realidade e no poder da Sua ressurreição. Creio na graça de Deus que se manifestou por meio
do Seu sacrifício e redenção, e que por intermédio de Seu sacrifício, sem que tenhamos que pagar
qualquer preço, a dádiva da ressurreição dos mortos é oferecida a cada um de nós. Creio ainda que por
esse sacrifício, é oferecida a todos os homens e mulheres, a todos os filhos e filhas de Deus, a
oportunidade da vida eterna e exaltação no reino de nosso Pai, se Lhe dermos ouvidos e obedecermos
aos Seus mandamentos.
Ninguém tão grande jamais andou sobre a Terra. Ninguém fez sacrifício comparável ou concedeu
bênçãos iguais. Ele é o Salvador e o Redentor do mundo. Acredito Nele. Declaro sua divindade sem
equívoco ou transigência. Eu O amo. Pronuncio Seu nome com reverência e assombro. Adoro-O como
adoro ao Pai, em espírito e verdade. Agradeço-lhe e ajoelho-me diante de Seus pés, mãos e lado feridos,
maravilhado com o amor que Ele me oferece. (“The Father, Son, and Holy Ghost,” Ensign, November
1986, pp. 50–51)
Há algo dentro de nós que evoca um interesse pela vida dos grandes e famosos que passaram pela
Terra. Nenhum, porém, afetou tanto a humanidade quanto Jesus Cristo. (...)
Não há nenhum que se compare a Ele — em Sua primogenitura como o Filho de Deus, em Sua
divindade como o operador de milagres, em Sua humildade ao submeter-se à tortura de Sua morte, em
Sua divindade ao levar a efeito Sua ressurreição e a salvação da família humana. Mais atos de bondade
foram realizados em Seu nome, mais palavras de perdão ditas com Seu amor, mais reconciliações
realizadas de acordo com o modelo por Ele estabelecido, mais amor demonstrado tanto ao amigo
quanto ao inimigo pelo poder de Seu exemplo do que de qualquer outro em toda a história de toda a
humanidade. Ele é o autor de nossa salvação. Ele é a fonte das boas novas do evangelho. Ele é nossa
esperança em momentos de desespero, nosso guia no deserto pelo qual caminhamos na vida, nossa
fonte de consolo em momentos de desespero, nossa segurança da eternidade da alma do homem.
(Message to KIRO Employees, December 16, 1989)
Jesus Cristo é a figura central da nossa fé. O nome oficial da Igreja é A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias. Nós O adoramos como Senhor e Salvador. A Bíblia é nossa escritura.
Acreditamos que os profetas do Velho Testamento que previram a vinda do Messias falaram sob
inspiração divina. Regozijamo-nos com os relatos de Mateus, Marcos, Lucas e João, com relação aos
eventos do nascimento, ministério, morte e ressurreição do Filho de Deus, o Primogênito do Pai na
carne. (“Our One Bright Hope,” Ensign, April 1994, p. 2)
Somos cristãos. Nenhuma Igreja no mundo declara um testemunho mais forte da divindade do
Senhor Jesus Cristo como o Filho de Deus e Redentor do mundo do que essa Igreja, que leva Seu
nome, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Seu evangelho é o evangelho que
ensinamos. O espírito de amor que exemplificamos é o espírito no qual nos esforçamos para trabalhar.
(Interview with Suzanne Evans of BBC Radio 4, August 26, 1995)
Alguém é capaz de duvidar da veracidade desse relato? Nenhum evento da história foi mais
seguramente confirmado. Há o testemunho de todos os que viram e tocaram o Senhor ressuscitado e
falaram com Ele. Ele apareceu em dois continentes, em dois hemisférios, e ensinou o povo antes de Sua
ascensão final. Dois volumes sagrados, dois testamentos falam do mais grandioso de todos os
acontecimentos da história humana. Mas são apenas histórias, dizem os céticos. A esses, respondemos
que, além dos relatos, existe o testemunho, dado pelo poder do Espírito Santo, da veracidade e validade
desse extraordinário evento. Através dos séculos, inúmeras pessoas sacrificaram seu conforto, sua
fortuna e a própria vida pela certeza que tinham no coração quanto à realidade do Senhor ressuscitado e
vivo.
E temos o testemunho vibrante do Profeta desta dispensação que, em uma extraordinária
manifestação divina, viu o Pai Todo-Poderoso e o Filho Ressuscitado e ouviu-lhes as vozes. Aquela
visão, mais gloriosa do que é possível descrever, tornou-se o fundamento desta Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias, com todas as chaves, autoridade e poder nela encontrados, e o confortante
apoio do testemunho de seus membros. (...)
Altaneiro por sobre toda a humanidade está Jesus, o Cristo, o Rei da Glória, o Messias imaculado,
o Senhor Emanuel. Na hora da mais profunda tristeza, buscamos esperança, paz e convicção nas
palavras que o anjo proferiu naquela manhã de Páscoa: “Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como
havia dito”. (Mateus 28:6) Buscamos força nas palavras de Paulo: “Assim como todos morrem em
Adão, assim também todos [são] vivificados em Cristo” (I Coríntios 15:22).
(Hinos, nº 112)
Ele é nosso Rei, Senhor e Mestre, o Cristo vivo que está à mão direita de Seu Pai. Ele vive! Ele
vive, resplendente e maravilhoso, o Filho vivo do Deus vivo. (“This Glorious Easter Morn,” Ensign,
May 1996, p. 67)
Somos algumas vezes acusados de não sermos cristãos. É claro que somos cristãos. Somos cristãos
no melhor sentido da palavra. Acreditamos em Cristo. Ensinamos sobre Cristo. Buscamos Cristo. Ele é
nosso Redentor, nosso Senhor e nosso Salvador. (Berlin Germany Regional Conference, June 16, 1996)
Há sessenta e dois anos eu era missionário em Londres e assisti a uma reunião dos missionários
ingleses, uma reunião de zona, como poderia ser chamada. Joseph J. Cannon era o presidente e ele
disse aos missionários: “Qual é a coisa mais importante que podemos fazer pelas pessoas das Ilhas
Britâncias?” Éramos somente uma missão naquela época. Um deles levantou a mão e disse: “Dizer-lhes
que os céus estão abertos novamente”. “Sim”, ele disse. Um outro falou: “Temos um profeta na Terra”.
“Sim”. Um outro disse: “Temos o Livro de Mórmon”, etc., etc. Quando todos eles haviam dado suas
respostas, ele disse: “De acordo com o meu julgamento, a maior coisa que podemos fazer é levar ao
povo da Grã-Bretanha o conhecimento de Jesus, o Filho de Deus, o Salvador e Redentor do mundo”.
Quanto mais vivo, mais chego a esta conclusão: a maior coisa que podemos fazer é levar aos
homens e mulheres de todos os lugares, primeiro à nós mesmos e depois àqueles a quem ensinamos,
um testemunho vivo, um testemunho vibrante da realidade de Jesus como o Filho de Deus, o Redentor
da humanidade. (Mission Presidents Seminar, June 23, 1996)
Temos em nosso coração uma firme e inabalável convicção da divina missão do Senhor Jesus
Cristo. Ele foi o grande Jeová do Velho Testamento, o Criador que, sob a direção de Seu Pai, fez todas
as coisas e sem Ele nada do que foi feito se fez. (Ver João 1:3) Ele foi o Messias prometido, que trouxe
a cura em Suas asas. Ele foi o operador de milagres, o grande purificador, a ressurreição e a vida. Ele é
o único nome sob os céus por meio do qual podemos ser salvos. (...)
Celebramos Seu nascimento. Mas sem Sua morte aquele nascimento teria sido apenas um
nascimento a mais. Foi a redenção que Ele operou no Jardim de Getsêmani e na cruz do Calvário que
fez sua dádiva imortal, universal e duradoura. Foi dele o grande sacrifício expiatório pelos pecados de
toda a humanidade. Ele foi a ressurreição e a vida, as primícias dos que dormem. Por causa Dele todos
os homens irão ressuscitar.
Mas além disso Ele nos ensinou o caminho, a verdade e a vida. Ele restaurou as chaves por meio
das quais poderemos herdar a vida eterna e a imortalidade.
Nós o amamos. Nós o honramos. Nós lhe agradecemos. Nós o adoramos. Ele fez por cada um de
nós e por toda a humanidade aquilo que nenhum de nós poderia ter feito. Deus seja louvado pela dádiva
de Seu Amado Filho, nosso Salvador, o Redentor do mundo, o Cordeiro sem manchas que foi oferecido
como sacrifício por toda a humanidade. (“Christmas,” First Presidency Christmas Devotional, Salt Lake
Tabernacle, December 8, 1996)
A Condescendência de Cristo
Ocasionalmente em tempos de meditação reflito na pergunta feita pelo anjo na visão dada a Néfi:
“Conheces tu a condescendência de Deus?” (1 Néfi 11:16). Condescender é uma palavra interessante.
Ela significa descer a um nível abaixo do seu e deixar de lado os privilégios inerentes à sua posição. Ele
foi o próprio Filho de Deus, o filho do Todo-Poderoso, o criador da Terra sob a direção de Seu pai
divino. João diz que “sem Ele nada do que foi feito se fez”. (João 1:3)
Mas Ele por Sua própria vontade e de pleno conhecimento, como o principal participante no
eterno plano de Deus, deixou de lado cada privilégio inerente à Sua descendência divina e veio à Terra
nas mais humildes circunstâncias. Ele nasceu entre um povo subjugado, num estado vassalo, numa
sociedade onde havia muito conflito, amargura e ódio.
Ele foi batizado por João no Jordão, embora Sua vida fosse sem pecado. Ele foi um exemplo para
todos nós, dizendo: “porque assim nos convém cumprir toda a justiça”. (Mateus 3:15)
A Néfi foi mostrada em visão a trajetória da vida do Salvador. Ele escreveu: “E vi que ele saía
ministrando entre o povo, em poder e grande glória; e as multidões reuniam-se para ouvi-lo; e (...) o
expulsavam do meio delas”. (l Néfi 11:28)
E vi multidões de pessoas doentes e afligidas com toda espécie de moléstias e com demônios e
espíritos imundos; e o anjo falou e mostrou-me todas essas coisas. E foram curadas pelo poder do
Cordeiro de Deus e os demônios e espíritos imundos foram expulsos.
(...) E olhei e vi o cordeiro de Deus ser levado pelo povo; sim, o Filho do Deus Eterno foi julgado
pelo mundo; e vi e testifico. (...) que ele foi levantado na cruz e morto pelos pecados do mundo”. (1
Néfi 11:31–33)
Quão grato sou, quão grato todos devemos ser, por Ele ter-se mostrado condescendente ao vir à
Terra e dar Sua vida na cruz do Calvário por cada um de nós. Não há nada que possamos fazer para
recompensá-Lo completamente pelo que Ele fez por nós, mas podemos fazer um grande esforço nesse
sentido, seguindo Seus mandamentos divinos. (“He Who Redeemed Us,” First Presidency Christmas
Devotional, Salt Lake Tabernacle, December 3, 1995)
Acredite em Seu Filho Divino, Seu primogênito, Seu Unigênito na carne, Jesus o Cristo, que
condescendeu em deixar Seu Pai nas alturas para nascer numa manjedoura sob as mais humildes
circunstâncias entre um povo num estado vassalo. Caminhou as estradas empoeiradas da Palestina
praticando o bem, curando os enfermos, abençoando, ensinando, enaltecendo, dando forças, esperança
e fé àqueles que o ouviam. Então, no maior ato da história humana, Ele permitiu que Sua carne trêmula
fosse pregada na cruz e erguida num ato de expiação por cada um de nós. Não podemos compreender
todo o seu significado, mas é incrivelmente maravilhoso. (...) Graças damos a Deus pela dádiva de Seu
Filho e graças damos ao Senhor Jesus Cristo pela dádiva de Sua vida, que torna possível para cada um
de nós as bênçãos da vida eterna. Nada, nada tem um significado maior em toda a história do mundo do
que o sacrifício expiatório do Filho de Deus. Ele era o Filho de Deus. (Smithfield/Logan Utah Regional
Conference, April 21, 1996)
Penso na majestade do Filho de Deus, a imensa, calma, maravilhosa majestade do Redentor do
mundo, Jesus de Nazaré. Ele nasceu em uma manjedoura em Belém da Judéia, o qual, de acordo com a
visão de Néfi como registrada no décimo primeiro capítulo de Primeiro Néfi, foi o Primogênito do Pai.
Ele que foi escolhido, que estava ao lado do Pai, Ele que foi Jeová, o Criador do mundo, concordou em
nascer na vida mortal numa manjedoura sob as mais humildes circunstâncias nesse lugar de tanta
amargura e ódio. Não imagino em que lugar Ele poderia ter nascido que representasse uma
condescendência maior da parte de Deus. Ele concordou em deixar as cortes Celestiais nas alturas para
vir ao mundo, ser criado como um menino, caminhar pelas estradas empoeiradas dessa Terra, conhecer
as tentações de Satanás, ser batizado nas águas do Jordão para cumprir toda a justiça, para se tornar
Mestre dos mestres. (...)
Tenho ponderado muito sobre a extensão da visão de Néfi na qual ele fala da condescendência de
Deus. Ela tem estado em minha mente durante todo o tempo em que estou aqui [em Israel]. Da
majestade celestial para o pó, como aconteceu, e então a infâmia, o ódio, o sofrimento na cruz do
Monte do Calvário. Essa é a história do Filho de Deus, que deu Sua vida por cada um de nós. (Israel
District Fireside, June 21, 1996)
Rapazes
Ver também Sacerdócio: Sacerdócio Aarônico; Escotismo
Atualmente, ouve-se falar muito em transgressão sexual entre os adolescentes. Ocorre com
bastante freqüência entre a nossa própria juventude.
Qualquer rapaz que se entregue a uma atividade sexual ilegítima, como a definimos nas doutrinas
e padrões da Igreja, e penso que todos entendem o que quero dizer, causa a si próprio um dano
irreparável e rouba à parceira aquilo que ela jamais poderá recuperar. Não há nada de esperto nesse tipo
de pretensa conquista. Não traz prêmios, vitórias, nem satisfação duradoura. Traz somente vergonha,
pesar e remorso. Quem o faz engana a si próprio e rouba à moça. E ao assim agir, afronta o Pai Celeste
porque ela é uma filha de Deus.
Bem sei que estou usando uma linguagem forte e muito clara. Mas acho que a tendência de nossos
tempos exige linguagem forte e palavras claras. Jeová não falou ambiguamente quando disse: “Não
adulterarás”. (Êxodo 20:14) (“Be Not Deceived,” Ensign, November 1983, pp. 44–45)
Vocês, rapazes, que possuem o sacerdócio, “não [sejam] incrédulo[s], mas crente[s]” no tremendo
poder que vocês possuem. Não é algo pequeno ou sem importância. Não é um dom que pode
simplesmente ser recebido e então colocado na prateleira. É necessário que se viva por ele, que possa
nutri-lo, cuidá-lo, e ampliar a sua influência e poder para o bem. Vocês não podem fazer uma coisa
errada ou degradante sem depreciar a força, o valor e o poder do sacerdócio. Mantenham-se, rapazes e
moças, no mais alto nível de moralidade. Vocês serão gratos se assim procederem. (Ricks College
Regional Conference, Rexburg, Idaho, October 29, 1995)
Moças
Gostaria de dizer algumas palavras a vocês, moças, que passaram da infância e adolescência para a
maturidade dos vinte anos. Para vocês essa é uma época de fortalecimento, que exige disciplina da
mente e do corpo, uma época de preparação. O Senhor disse: “se estiverdes preparados, não temereis”.
(D&C 38:30)
É uma época para se instruir. O mundo que lhes espera está impiedosamente competitivo. Agora é
o tempo para se prepararem para possíveis futuras responsabilidades.
A educação é uma tradição que nos acompanha desde os primórdios de nossa história.
Acreditamos no treinamento de nossos jovens, moças e rapazes. Brigham Young disse certa vez:
“Temos irmãs aqui que se tivessem tido o privilégio de estudar seriam tão boas matemáticas ou
contadoras como qualquer homem”. (Journal of Discourses, 13:61)
Vocês têm à sua disposição enormes oportunidades de treinarem a mente e as mãos. Certamente
desejarão casar-se e terem a companhia de um bom marido. Mas nenhum de nós pode prever o futuro.
Preparem-se para qualquer eventualidade. (“Live Up to Your Inheritance,” Ensign, November 1983,
pp. 81–82)
A Igreja está à frente no treinamento das filhas de Sião e em conceder-lhes responsabilidade.
Acreditamos, e fomos constantemente ensinados desde o início da Igreja, que a maior missão da mulher
na vida é um casamento honrável e feliz e a criação de uma família honrável e feliz. Isso significa ser
mãe e educadora de modo real e pessoal, um caminho que exige tanto tempo como energia. Mas não é
incompatível com outras atividades. Há enormes responsabilidades para as mulheres na Igreja, tanto
quanto na comunidade, em total harmonia com o casamento, maternidade e a criação de filhos bons e
capazes.
É importante, então, que as moças da Igreja tenham oportunidade e estejam motivadas a
participarem de programas planejados para aperfeiçoarem suas habilidades, aumentarem sua auto-
estima, ampliarem o conhecimento do evangelho e, como conseqüência, a fé. As gerações são, em
grande parte, forjadas pelas mães que as produzem. Conta-se a história de que certa vez perguntaram a
Brigham Young o que ele faria se tivesse que escolher entre prover educação para seus filhos ou para
suas filhas. Ele respondeu que educaria suas filhas, pois elas se tornariam as mães de seus netos.
(“Youth Is the Season,” New Era, September 1988, p. 47)
As moças dessa geração não somente têm enormes oportunidades, mas também enfrentam
terríveis tentações. Os que negociam a pornografia lançam seus atrativos imundos na direção das moças
e dos rapazes. A exploração sexual tornou-se uma mercadoria vendável, que emprega cada truque
desprezível do anunciante, cada elemento persuasivo e sedutor que possa ser trazido à imaginação. A
popularidade é o canto da sereia. Li, recentemente, que o uso das drogas nos Estados Unidos está
aumentado mais rapidamente entre as moças do que entre os rapazes.
É tão importante que ampliemos nossos esforços para ensinar nossas moças os caminhos da
verdade eterna, para fazer com que a virtude seja atraente e muito importante, (...) para receberem as
incomparáveis bênçãos advindas do casamento no templo e de uma vida familiar sadia. (“Our
Responsibility to Our Young Womem,” Ensign, September 1988, p. 10)
A juventude é a época de estabelecer as diretrizes para a vida. E, no caso de uma moça, sua vida
será imensuravelmente beneficiada se ela aceitar e viver dentro dessas diretrizes. Além do mais, a
posteridade que se seguirá estará mais propensa a ser criada “na doutrina e admoestação do Senhor”
(Efésios 6:4; Enos 1:1) para sua grande bênção e benefício. Quando salvamos uma moça, salvamos
gerações. Ninguém pode predizer as conseqüências da fé na vida de uma jovem.
É importante dar ênfase ao Sacerdócio Aarônico. É importante encorajar o Escotismo. Mas é
também importante que seja feito tudo o que for possível para que as moças da Igreja tenham
oportunidade de crescimento e desenvolvimento, treinamento e atividade que as levarão a ter fé,
testemunho, virtude e a uma vida feliz. (“Our Responsibility to Our Young Women,” Ensign,
September 1988, p. 10)
Gostaria de dizer a vocês, moças, que nunca tenham complexo de inferioridade sobre sua posição
neste mundo em que vivem. Vocês são filhas de Deus, e estou certo de que nosso Pai Celestial ama
Suas filhas tanto quanto Ele ama Seus filhos. Ergam sua cabeça, mantenham-se firmes e caminhem em
retidão, fé, virtude e verdade e nunca deixem que alguém as rebaixe ou despreze. Vocês são filhas de
Deus. Vivam dignas de sua herança divina, minhas amadas jovens. Vocês não são inferiores em sentido
algum. Sob o plano do evangelho, vocês são filhas de Deus. Cada um de nós tem o seu lugar no grande
plano divino e devemos magnificar o chamado, a designação e as boas qualidades que possuímos
dentro de nós. (Ricks College Regional Conference, Rexburg, Idaho, October 29, 1995)
Exorto cada uma de vocês, moças, a obterem toda a instrução que puderem. Vocês precisarão dela
no mundo do qual participarão. A vida está tornando-se extremamente competitiva. Os especialistas
dizem que uma pessoa comum, durante sua carreira profissional, terá no mínimo cinco empregos
diferentes. O mundo está mudando e é muito importante que nos equipemos para acompanhar essa
mudança. Mas há um lado positivo em tudo isso. Nenhuma outra geração em toda a história ofereceu às
mulheres tantas oportunidades. Sua meta mais importante deve ser um casamento feliz, o selamento no
templo do Senhor e a formação de uma boa família. O estudo é importante para a realização desses
ideais. (“Stand True and Faithful,” Ensign, May 1996, p. 92)
Tenho sido questionado a respeito de meus sentimentos com relação às mulheres servirem como
missionárias, seguirem uma carreira, e casarem-se. Façam os três se puderem. Acreditamos na
educação. Esta Igreja encoraja a educação. Há uma incumbência sobre cada membro dessa Igreja, como
mandamento do Senhor, de obterem toda a educação que puderem. Isso é importante. Eduquem as
mãos e a mente para fazerem uma contribuição à sociedade da qual vocês fazem parte. E ao assim
procederem, trarão respeito e honra à Igreja como também abençoarão sua própria vida. O Senhor nos
disse para buscarmos aprender pelo Espírito, pelo estudo e pela fé. Ele nos disse que aprendêssemos
sobre as coisas embaixo da terra, na terra e acima da terra; de reinos, de nações, das coisas pertencentes
ao mundo. Há uma incumbência dada aos santos dos últimos dias, uma opinião do próprio Senhor, de
que devem educar a mente e as mãos.
Naturalmente, também acreditamos no casamento. Desejaria que cada mulher nesta Igreja pudesse
se casar com um rapaz maravilhoso e fiel, que a tratasse com gentileza, que a amasse, apreciasse e
cuidasse dela. Isso não acontece com todas, mas é o ideal. Para as que não tiveram essa chance, repito,
eduquem-se, sejam úteis. Não se preocupem o tempo todo com o casamento. Quanto menos vocês se
preocuparem, mais provável será que ele aconteça. No plano eterno do Senhor, vocês estarão bem.
Com respeito à missão para as moças, deixo claro que vocês não têm a mesma obrigação dos
rapazes desta Igreja. Eles têm a obrigação de saírem para ensinar o evangelho de Jesus Cristo. Se
quiserem ir para a missão aos vinte e um anos, falem com o bispo. A Igreja continuará a amá-las,
respeitá-las e a trabalhar com vocês, não importa se serviram como missionárias ou não. (Jordan Utah
South Regional Conference, March 2, 1997)
JUSTIÇA E MISERICÓRDIA
Ver Misericórdia
LAR
Ver Família; Noite Familiar; Oração Familiar; Pais, Como Ser
LEALDADE
Defenda a lealdade, seus companheiros, seu legado, seu bom nome e a Igreja de que você faz
parte. Que qualidade maravilhosa é a lealdade. Não há substituto para ela. Ela advém de uma força
superior. (...)
Neste mundo, quase sem exceção, necessitamos trabalhar juntos, como equipe. É óbvio para todos
ver os que estão no campo de futebol ou na quadra de basquete trabalharem juntos, com lealdade um
para com o outro, se estiverem dispostos a ganhar. É assim também na vida com cada um de nós.
Trabalhamos em equipe, e deve haver lealdade entre nós.
William Manchester, um jovem fuzileiro naval, lutou na terrível batalha de Okinawa. Ele ficou
muito ferido, mas viveu para retornar e lutar contra o fogo infernal da Linha Shuri, onde milhares de
cada lado pereceram. Anos atrás, como um homem amadurecido, e escritor reconhecido, voltou a
Okinawa e caminhou sobre a cordilheira onde aconteceu a aterrorizante batalha. Ao refletir sobre
aqueles dias cruéis, escreveu:
“Os homens, agora eu sei, não lutam pela bandeira ou país, pelos fuzileiros navais, pela glória ou
por qualquer outra abstração. Eles lutam um pelo outro. Qualquer homem em combate que não tenha
um companheiro que morra por ele, ou por quem ele esteja disposto a dar sua vida, não é um homem.
Ele está verdadeiramente condenado”. (Goodbye Darkness: A Memoir of the Pacific War, p. 391)
Sejam leais para com aqueles com quem lutam nas batalhas da vida. “Uma casa dividida contra si
mesma, não pode subsistir”. (Ver Marcos 3:25) (“Stand Up for Truth,” BYU Devotional Address,
September 17, 1996)
Sejam leais à Igreja. Mantenham-se firmes. Defendam-na. Não falem nada de mal contra ela. É a
obra de Deus. Aquele que a ridiculariza ou difama ofende a Ele a quem a igreja pertence. Ela traz
consigo o sagrado nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. (“Stand Up for Truth,” BYU Devotional
Address, September 17, 1996)
Os pioneiros eram leais. Eram leais uns para com os outros. Eram leais à Igreja. Eram leais à
nação da qual faziam parte e que, de certo modo, os traiu. Cito um artigo recente que foi publicado no
Church News:
“Heber McBride, com 13 anos de idade, viajou para o Vale do Lago Salgado na Companhia
Martin de Carrinhos de Mão em 1856 com seus pais, Robert e Margaret, e quatro irmãos e irmãs.
O incidente seguinte, achado em suas memórias, aconteceu um dia após a companhia ter cruzado o
Rio North Platte, exatamente a oeste do local onde hoje é a cidade de Casper, no Estado do Wyoming.
Naquela noite, ao cruzarmos o Rio Platte pela última vez, estava muito frio. Na manhã seguinte
havia cerca de vinte centímetros de neve no chão. O que sofremos nunca poderá ser descrito. Meu pai
estava muito mal e quase não podia se sentar na barraca. (...) Tentei colocar meu pai em um dos
carroções. Aquela foi a última vez que o vimos com vida. (...)
[Naquela noite] a neve estava ficando muito funda e minha irmã e eu tivemos que armar nossa
barraca e conseguir alguma madeira, mas havia muitos salgueiros secos. Após termos feito com que
mamãe ficasse tão confortável quanto possível, fomos encontrar papai, mas o vento soprava a neve tão
forte que não podíamos ver nada. (...) Não encontramos o papai naquela noite.
Na manhã seguinte a neve estava com cerca de trinta centímetros de profundidade e fazia um frio
terrível. Enquanto minha irmã estava preparando nossa pequeno desjejum, fui procurar o papai, e o
encontrei debaixo do carroção, coberto de neve. Ele estava rijo e morto. Senti como se meu coração
fosse explodir quando me sentei com ele na neve, segurei sua mão na minha e chorei: ‘Ó, Pai, Pai.’
Lá estávamos, longe de tudo, nas planícies, com quase nada para vestir ou comer, papai morto e
mamãe doente; uma viúva com cinco filhos e quase incapaz de viver de um dia para o outro. Após ter
chorado muito, fui até a barraca e contei o ocorrido para minha mãe e as crianças. Está fora de questão
tentar escrever meus sentimentos.
Não fomos a única família a prantear a perda de nosso pai naquela manhã, pois havia treze homens
mortos no acampamento.
Os homens que eram capazes de fazer qualquer coisa, tiraram a neve, fizeram fogo, descongelaram
o chão e cavaram um buraco onde enterraram todos numa só sepultura. Posso afirmar-lhes que os
homens não tinham mais coragem para fazer nada além do que tinham realmente que fazer.” (Memoirs
of Heber McBride, October 1856; Church News, December 28, 1996)
Naquelas terríveis, terríveis circunstâncias eles foram leais uns para com os outros. Quando
estavam doentes eles cuidavam um dos outros. Quando morriam, a companhia toda trabalhava junta
para enterrá-los. (...) A lealdade de um para com o outro e lealdade para com a Igreja marcou suas
ações.
Deus seja louvado pelo grande e nobre exemplo que eles nos deixaram. Meus irmãos e irmãs,
precisamos ser leais. Não podemos ser encontrados pelos cantos censurando, criticando e achando erros
uns nos outros. Precisamos ajudar-nos mutuamente a carregar nossos fardos e partilhar nossas dores.
Devemos regozijar-nos uns com os outros em nossas vitórias. Devemos ser leais para com a Igreja e
contra todos os seus inimigos. (Church Educational System Young Adult Fireside, February 2, 1997)
LIBERDADE
A religião e o seu livre exercício, o direito de adorar a Deus de acordo com a própria consciência,
é uma dádiva preciosa e inestimável. Quão necessário é que seja assegurada! A religião estabelecida
torna-se guardiã da consciência do povo, professora de valores morais, defensora da crença no Todo-
Poderoso, a ponte entre o homem e Deus. Nenhum povo viverá por muito tempo sem ela. A história do
comunismo, em que seu criador declarou ser a religião o narcótico do povo, fala com aspereza e dor ao
se referir a esse assunto básico.
O Congresso não deve privar “a liberdade de expressão ou da imprensa; ou o direito das pessoas
de se congregarem pacificamente, e de solicitar ao governo indenizações por ofensas”.
A história de tiranos é uma história de opressão da livre expressão e negação do direito de reunião.
(“The Bill of Rights,” Bonneville International Corporation “Gathering of Eagles,” June 20, 1991)
Meus antepassados saíram da Inglaterra nos primórdios, dois deles no Mayflower, outro em 1635,
cujo filho tornou-se governador da Colônia de Plymouth. Outros lutaram na Guerra da Independência,
que fez dos Estados Unidos uma nação independente, mas ainda unida em irmandade com uma língua,
uma cultura e um sistema de justiça em comum, um respeito solene pela dignidade do homem e acima
de tudo pela liberdade humana que é mais preciosa que a própria vida. (Convocation for Honorary
Degrees, BYU, March 5, 1996)
Fomos essa manhã, após termos chegado aqui, ao cemitério internacional. É um bonito lugar.
Todos vocês estão familiarizados com ele. Já estive lá antes. Ele fala do preço que foi pago pela
liberdade de que usufruímos nessa boa terra. Quão gratos devemos ser àqueles que deram sua vida pela
liberdade que desfrutamos! (Pusan Korea Fireside, May 21, 1996)
Meu irmão mais velho foi enterrado num cemitério militar na França. Quando estava em frente à
cruz que marca o seu túmulo, agradeci ao Deus dos céus a causa pela qual ele morreu, pelos grandes e
eternos conceitos da dignidade humana, pela preciosa dádiva da liberdade, pela liberdade de adorar, de
falar, de se reunir, os quais, acredito, são dons de uma generosa providência divina, codificada na
linguagem de nossa constituição nacional. (“Preserving Our Trust in God,” American Legion Patriotic
Religious Service, September 1, 1996)
LIDERANÇA
Como sabem, sirvo na Presidência desde 1981, um período de quase 14 anos agora. Servi como
conselheiro de três grandes Presidentes. Tenho sido exposto aos deveres e responsabilidades da
Presidência e por um bom tempo estive quase sozinho. Mas aprendi nestes últimos dias que se pode
carregar a responsabilidade da Presidência sem experimentar toda a extensão da responsabilidade de se
ocupar o cargo de Presidente.
Tenho recebido muitas manifestações de amizade, irmandade e apoio, e descobri, até mesmo para
minha surpresa, que com tudo isso há uma interessante solidão que acompanha este cargo. Isso pode
parecer estranho. É estranho, mas é real. A pessoa sente-se compelida a ajoelhar e suplicar ao Senhor
por direcionamento e orientação, por força e capacidade. (General Authority Training Meeting, March
28, 1995)
Eu gosto muito dessas grandiosas palavras de Alma, quando ele fala sobre as coisas do Espírito e
diz: “Eis que vos digo que elas me foram mostradas pelo Santo Espírito de Deus. Eis que jejuei e orei
durante muitos dias, a fim de saber estas coisas por mim mesmo. E agora sei por mim mesmo que são
verdadeiras, porque o Senhor Deus mas revelou por seu Santo Espírito; e este é o espírito de revelação
que está em mim”. (Alma 5:46) Peça ao Senhor para guiá-los pela Sua mansa voz nas coisas que devem
fazer como líderes nessa Igreja. Vocês têm uma grande responsabilidade pelo bem-estar, até mesmo
pela salvação de outros. Vocês são muito importantes nesta Igreja. O tipo de ajuda que realmente
precisam não virá de um manual, embora precisem conhecer o manual; mas a melhor ajuda será obtida
por intermédio de uma comunhão particular e ponderada com o Senhor. Todos necessitamos silenciosa
e calmamente refletir sobre as coisas de Deus. (Smithfield/Logan Utah Regional Conference,
priesthood leadership session, April 20, 1996)
Não sei se vocês são açougueiros, padeiros, professores universitários, médicos, advogados,
pedreiros, ou qualquer outra coisa, mas vocês são membros da Igreja. Todos nós somos. Não nascemos
membros, ou seja, não herdamos o privilégio de sermos membros. Somos treinados, polidos, refinados
e abençoados ao servirmos nas grandes posições para as quais fomos chamados. Gostaria de lembrar-
lhes que não há responsabilidade que seja pequena ou insignificante na obra do Senhor.
Liderança. Há alguns anos atrás copiei as palavras seguintes, proferidas pelo General Mark W.
Clark: “Todas as nações buscam-na constantemente porque ela é a chave para a grandeza, algumas
vezes para a sobrevivência (...) a elétrica e indefinível qualidade conhecida como liderança. Onde se
inicia a delinqüência juvenil? Em famílias sem líderes. Onde as favelas se espalham? Em cidades sem
líderes. Quais exércitos recuam? Quais partidos políticos fracassam? Os que são mau liderados. Ao
contrário do que diz o velho ditado que os líderes já nascem feitos, a arte de liderar pode ser ensinada e
aprendida”. (General Mark W. Clark, quoted in Thomas Jefferson Research Center Bulletin, No.23,
December 1967)
Se alguém duvida dessas palavras, basta olhar pela Igreja para ver onde o açougueiro, o padeiro e
o vidraceiro são ensinados a se tornarem homens de grande liderança na Igreja. Tenho grande respeito e
reverencio o trabalho dos bispos dessa Igreja e o que eles fazem. E o fazem na ala (...) onde o bispo, por
intermédio da autoridade do seu chamado, entra em contato com a vida das pessoas. Ao observar a
devoção, sabedoria, inspiração e consagração dos bispos, agradeço ao Senhor por esses homens
maravilhosos, milhares e milhares atualmente, e eles são os mesmos em Pittsburgh como em Salt Lake
City; e são os mesmos em Salt Lake City como em Tokio; são os mesmos em Seul, na Coréia; em
Estocolmo, na Suécia; Manchester, na Inglaterra; Cidade do México, Veracruz, Caracas, Venezuela ou
Guayaquil, no Equador. Em qualquer lugar que se vá, quando os homens aceitam o chamado, o Senhor
magnifica o homem. E o mesmo ocorre com os outros chamados nessa Igreja. (Pittsburgh Pennsylvania
Regional Conference, April 27, 1996)
Copiei essas palavras de Peter Drucker, muito tempo atrás, mas nunca encontrei nada melhor.
“Habilidade executiva”, diz ele, “parece ter pouca correlação com inteligência, imaginação ou
intelectualidade”. Isso é um grande conforto para mim e espero que seja também para vocês. “O bom
executivo”, ele diz, “(1) tira bom proveito do tempo, (2) tem a visão voltada para as novas descobertas,
(3) confia na força de seus colegas, (4) aniquila os problemas e nutre as oportunidades”.
É tão fácil nutrir os problemas e aniquilar as oportunidades. Passo uma boa parte do dia lidando
com problemas; na verdade, parece-me que cada carta e cada pessoa que recebo têm um problema.
Temos muitos problemas nessa Igreja, muitos mesmo. Alguns deles são as próprias pessoas, e muitos
delas estão à nossa volta causando problemas, fazendo o que não deveriam. E então, alguém escreve
uma carta para a Primeira Presidência. Deveríamos ser capazes de estar acima dos problemas. Nós os
temos. É óbvio que os temos, mas é importante superarmos os problemas e termos uma visão geral da
Igreja e do reino de Deus restaurado na Terra na dispensação da plenitude dos tempos, e sairmos pelo
mundo mudando a vida de homens e mulheres. (Pittsburgh Pennsylvania Regional Conference, April
27, 1996)
Recentemente reli uma declaração feita no campus [da BYU], anos atrás, por Charles H. Malik, na
época Secretário Geral das Nações Unidas. Ele disse:
“Respeito todos os homens, e é por não desrespeitar nenhum que digo que não há grandes líderes
no mundo atual. Na verdade, excelência é motivo de zombaria. Atualmente, vocês não deveriam se
destacar, deveriam se misturar com o rebanho, não deveriam sobressair no meio da multidão, deveriam
simplesmente ser um dos muitos.
Está faltando voz de comando. A voz que fala pouco, mas que quando fala, fala com uma
autoridade moral irresistível, esse tipo de voz não é compatível com essa época. A nossa época achata e
rebaixa cada distinção em insípida homogeneidade. O respeito pelo nobre, pelo grande e raro, pelo
espécime que aparece a cada cem ou a cada mil anos não mais existe. O próprio respeito acabou! Se
você perguntar quem e o quê as pessoas respeitam, a resposta é literalmente nada e ninguém. Essa é
simplesmente uma época de desrespeito; é uma época de absoluta mediocridade. Tornar-se um líder
hoje, ainda que um líder medíocre, é um processo difícil. Você está sendo constantemente, de todos os
modos e por todos os lados, rebaixado. Pergunta-se quem entre aqueles que vivem hoje serão
lembrados daqui a mil anos, do mesmo modo que lembramos com profundo respeito Platão,
Aristóteles, Cristo, Paulo, Santo Agostinho e Tomás de Aquino”.
Ele conclui: “Se vocês acreditam em oração, meus amigos, e eu sei que sim, então orem a Deus
para enviar grandes líderes, especialmente grandes líderes espirituais”. (BYU Studies, Vol. 16, No. 4, p.
543)
É em harmonia com esse profundo e sóbrio relato que eu gostaria de lhes dirigir algumas palavras
hoje. Vocês são bons. Mas não é suficiente ser bom. Vocês devem ser bons para alguma coisa. Vocês
necessitam dar uma boa contribuição para o mundo. O mundo deve ser um lugar melhor devido a sua
presença nele, e o bem que há em você deve estender-se aos outros.
Suponho que nenhum de nós que estamos presentes aqui hoje seremos lembrado daqui a mil anos.
Imagino que não seremos lembrados nem mesmo daqui a um século.
Mas neste mundo tão repleto de problemas, constantemente ameaçado por obstáculos sombrios e
malígnos, vocês podem e devem erguer-se acima da mediocridade, acima da indiferença. Podem
envolver-se e, com voz firme, defender o que é certo. (“Stand Up for Truth,” BYU Devotional Address,
September 17, 1996)
Os jornalistas perguntam-me qual é o maior problema que a Igreja enfrenta hoje em dia. Digo que
é o crescimento. Esse é o nosso maior problema, e se você quer ter um problema, esse é maravilhoso.
O crescimento abrange duas grandes responsabilidades: (1) o treinamento da liderança; e (2) a
construção de casas de adoração em que as pessoas possam se reunir.
Não importa a formação daqueles que entram para a Igreja. Devemos ter líderes onde quer que
estejam. Precisamos buscar o que temos e treiná-los. Alguns deles não são bem instruídos. Eles podem
não parecer muito espertos, mas com humildade, oração e com a ajuda do Senhor, eles podem ser bem
sucedidos. Recomendo-lhes a receita de Peter Drucker:
O bom executivo tira bom proveito do tempo. O tempo é realmente tudo o que temos. E cada
indivíduo tem uma porção igual dele. O truque é obter mais daquilo que está à nossa disposição. Um
homem que sabe controlar seu tempo já ganhou metade da batalha. (...)
Dois, ele tem a visão voltada para as novas descobertas. Cada líder deve estar atualizado. Ele tem
de ler. Ele tem de estudar. Na Igreja ele deve conhecer as escrituras e o manual. Ele tem de ler os
boletins. Deve manter seus olhos voltados para os novos acontecimentos. Se assim ele não o fizer logo
verá que está ficando para trás e o trabalho sofrerá as conseqüências.
Três, ele se apóia na capacidade de seus colegas. Nenhum homem pode fazer tudo sozinho. Cada
executivo, cada gerente, cada líder deve ter à sua volta um corpo de colegas confiáveis. Se eles fazem o
que devem fazer, eles o farão bem sucedido e serão também bem sucedidos junto com ele. Ele irá
desenvolver uma excelente equipe cujas realizações serão notáveis. É assim que acontece na Igreja.
Cada bispo, cada presidente de ramo pelo mundo tem dois conselheiros. Eles são seus assistentes,
aqueles que o apóiam, os Josués que sustentam suas mãos erguidas durante a violenta batalha. Todos
vocês estão familiarizados , é claro, com a organização da Igreja. Estão envolvidos nela. Em cada ala
abaixo do nível do bispado há pelo menos um grupo de pessoas, homens e mulheres, muito capazes,
devotados e fiéis. As pessoas de outra religião perguntam como fazemos, pois não temos um ministro
pago. A resposta é simples. Dividimos o peso da responsabilidade.
Quando fui chamado pela primeira vez como presidente de estaca, tínhamos dois projetos grandes
e preocupantes. O primeiro era construir uma sede de estaca. Naquela época, nós mesmos
arrecadávamos 50 por cento do dinheiro e cuidávamos de arranjar o empreiteiro, os serviços de
arquitetura e outras coisas. O segundo projeto preocupante era uma grande fazenda do programa de
bem-estar.
Disse ao meu primeiro conselheiro, que era construtor: “Você tomará conta do novo prédio. Essa
será a sua responsabilidade. Eu virei, pregarei alguns pregos e farei o que puder, mas a construção da
sede da estaca será sua responsabilidade”. Ele fez exatamente o que pedi e fez muito melhor do que eu
seria capaz de fazê-lo. Aquela capela de estaca ainda é uma das melhores da Igreja.
Ao segundo eu disse: “A fazenda da estaca é sua responsabilidade. Se alguém me ligar no meio da
noite e disser que nossas vacas estão no milharal do vizinho, eu simplesmente pedirei à pessoa que
entre em contato com você e voltarei a dormir”.
Funcionava desse modo. Esses dois homens fizeram o trabalho e o crédito foi dado a mim. Acho
que isso é bom gerenciamento.
O bom executivo confia na capacidade de seus colegas.
Quarto, ele aniquila os problemas e nutre as oportunidades. Esse é um grande conceito.
Ontem estive em reuniões durante todo o dia. Iniciei às 7h30 da manhã e terminei bem no final da
tarde. Lidamos com um problema aflitivo após outro. Disse a mim mesmo: “Como você consegue?
Lidar com freqüência com problemas dessa natureza irá acabar com você”.
Então pensei nas palavras de Peter Drucker. Disse a mim mesmo: “Trate seus problemas o mais
sabiamente que puder. Tome suas decisões. Você pode estar certo ou errado. Espera-se que você esteja
certo, pois já orou honestamente sobre o assunto e já o discutiu com seus companheiros. Mas uma vez
tomada as decisões, deixe-as para trás e não se preocupe mais com elas. Dê uma volta por cima, erga-
se, e busque as maravilhosas oportunidades que lhe são dadas”. (BYU Management Society Awards
Dinner, April 17, 1997)
Em seu chamado como líderes nessa Igreja, irmãos, abençoem as pessoas. Elevem-nas.
Encorajem-nas. Ajudem-nas. Existem tantas angustiadas. Elas têm tantos problemas, tantos. (...)
Recebemos milhares de cartas no Escritório da Primeira Presidência de pessoas que vivem em todas as
partes deste mundo, apesar de todos os nossos esforços para que procurem seus bispos em vez de
escreverem para a Primeira Presidência. Mas elas têm muitos problemas, muitos mesmo, e precisam de
ajuda, precisam ser encorajadas e ouvidas, e é nossa essa grande oportunidade de abençoá-las.
Abençoe-as com liderança. “Porque, se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a
batalha?” (I Coríntios 14:8) Sua é a oportunidade de tocar a trombeta com um sonido certo. Vocês são
líderes. Todo homem aqui é um líder, pois é responsável pelo bem-estar alheio. Isso faz de vocês
líderes. Liderem as pessoas. Liderem-nas corajosamente. Liderem-nas com fé. Ajoelhem-se, orem ao
Senhor e liderem-nas com fé. Elas seguirão o líder onde quer ele vá. Deus os abençoe ao assim fazê-lo.
Liderem-nas com doutrina. “Examinai as escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e
são elas que de mim testificam”. (João 5:39) Ensinem-lhes a doutrina de Deus, a doutrina do reino que
as salvará e as abençoará, ajudando-as e incentivando-as. Ensinem-lhes as escrituras. Liderem-nas com
as escrituras.
Abençoem-nas com responsabilidade. Dê-lhes alguma coisa para fazer. (...) Conversei, outro dia,
com um homem que trabalhou na presidência da estaca, que trabalhou no bispado, que presidiu uma
missão, foi representante regional e não tinha nada mais a fazer exceto ficar em casa com sua esposa
doente, cuidando dela e dando-lhe atenção. Ele estava quase arruinado porque não tinha nenhuma meta
a atingir, nenhuma responsabilidade neste reino. Abençoem-nos, irmãos, com responsabilidade. Eles
desejam isso. Eles anseiam por isso e necessitam disso.
Abençoem-nos por intermédio do exemplo. Meu pai constumava dizer que: “a religião é mais
adquirida do que ensinada”. Acredito nisso. É algo contagioso. (...) Ensinem-nos por intermédio do
exemplo. Deixe que seu exemplo seja tal que eles possam segui-lo. Irmãos, não há lugar em sua vida
para nenhum elemento de infidelidade ou imoralidade, ou a leitura de pornografia, ou qualquer coisa
desse tipo. Vocês simplesmente não podem se dar ao luxo de se envolverem com essas coisas. (...)
Tratem sua esposa com gentileza. Você nunca terá maior bem neste mundo do que a mulher a
quem se uniu no altar do templo e a quem prometeu seu amor, lealdade e devoção para o tempo e
eternidade. (...) Seja um exemplo de fé para seu povo. Deus os abençoe como líderes para que sejam
um exemplo ao seu povo.
Abençoe àqueles que você lidera, para que a vida deles seja enriquecida pela experiência de tê-lo
como líder. Sou tão grato, ao olhar para trás, pelo privilégio que tenho de trabalhar com grandes
homens desde que eu era jovem, até mesmo em minha missão. Meu presidente de missão era membro
do Conselho dos Doze, um grande e bom homem, e desde aquele época, tem sido meu privilégio
trabalhar com grandes homens que verdadeiramente abençoaram muito minha vida. Estou aqui hoje
devido ao efeito magnânimo que outros tiveram sobre minha vida. Estou ciente disso. Tenho sido
abençoado, e durante o tempo em que viver, gostaria de abençoar a vida de outras pessoas. (Potomac
Virginia Regional Conference, priesthood leadership session, April 26, 1997)
LINGUAJAR VULGAR
Conversas que mantive com diretores de escola e alunos, levaram-me à mesma conclusão: que
mesmo entre nossos jovens, existe o crescente mau hábito de usar linguajar sujo e profano. Não hesito
em dizer que é errado, muitíssimo errado, que qualquer rapaz ordenado ao sacerdócio de Deus seja
culpado disso. Tomar o nome do Senhor em vão é um assunto muito sério. (...)
Em nossas conversas com outros devemos ser um exemplo daqueles que crêem. A conversa é a
base da convivência social amigável. Pode ser alegre. Pode ser leve. Pode ser séria. Pode ser engraçada,
mas não maliciosa ou grosseira ou obscena se formos realmente crentes em Cristo. (...)
É algo trágico e desnecessário que rapazes e moças usem linguagem baixa. Quanto à moça, é
indesculpável. E é igualmente grave no caso do rapaz portador do sacerdócio. É um hábito
absolutamente inaceitável da parte de alguém autorizado a falar em nome de Deus. Blasfemar Seu santo
nome ou usar de linguagem depravada é ofensivo a Deus e ao homem.
O homem ou rapaz que precisa recorrer a tal linguajar mostra imediatamente sua pobreza de
vocabulário. Não dispõe de suficiente riqueza de expressão para conseguir comunicar-se efetivamente
sem usar imprecações ou palavras sórdidas. (“Take Not the Name of God in Vain,” Ensign, November
1987, p. 46)
Quando era um garotinho no primeiro ano escolar, tive o que achei um dia muito duro na escola.
Chegando em casa, joguei os livros na mesa da cozinha e soltei uma imprecação contendo o nome do
Senhor.
Minha mãe ficou chocada. Com calma e firmeza, explicou-me quão errado eu estava. Disse-me
que era inaceitável saírem tais coisas da minha boca. Conduziu-me ao banheiro pela mão, apanhou um
esfregão limpo na prateleira, molhou-o debaixo da torneira e depois o ensaboou generosamente. Então
disse: “Temos que lavar sua boca”, mandando que a abrisse, o que fiz com relutância. Então ela
esfregou-me a língua e os dentes com o pano ensaboado. Engasguei e funguei de raiva, sentindo
vontade de soltar nova imprecação, mas não o fiz. Enxaguei a boca uma porção de vezes, mas levou
bastante tempo até livrar-me do gosto de sabão. De fato, sempre que me lembro do incidente, volto a
sentir o gosto de sabão. A lição valeu a pena. Acho que posso dizer que venho procurando não usar o
nome do Senhor em vão desde aquele dia. Sou grato pela lição. (“Take Not the Name of God in Vain,”
Ensign, November 1987, p. 46)
Disse certa ocasião o Presidente George Q. Cannon, que por longos anos serviu fielmente como
conselheiro na Primeira Presidência:
“Será que os anjos tomam o nome do Senhor em vão? A idéia é tão ridícula que nem gostamos de
fazer a pergunta (...) Como, então, ousamos fazer aquilo a que não se atrevem os anjos? Seria possível
argumentar que o proibido nos céus é louvável na Terra? (...)
Embora estejamos certos de que nenhum rapaz poderá mencionar qualquer proveito resultante do
mau uso do sagrado nome de Deus, poderemos enumerar muitos males decorrentes disso. Para começar
é desnecessário e portanto absurdo; diminui nosso respeito às coisas sagradas e nos conduz à sociedade
dos ímpios; acarreta-nos o desrespeito dos homens de bem que nos evitam; leva-nos a outros pecados,
pois aquele disposto a ofender seu Criador não se envergonhará de defraudar seu semelhante; e
também, assim fazendo, estamos violando direta e intencionalmente um dos mais diretos mandamentos
de Deus”. (Juvenile Instructor, September 27, 1873, p. 156) (...)
(...) Fiquem longe da sarjeta em suas conversas. O linguajar sórdido desonra aquele que o usa.
(“Take Not the Name of God in Vain,” Ensign, November 1987, pp. 46–47)
Paulo, possivelmente o maior missionário de todos os tempos, dizia na epístola a Timóteo, seu
jovem companheiro no ministério, (...) “Sê o exemplo dos fiéis na palavra”. Aqui ele se refere ao
linguajar. (...) Está dizendo que os termos vulgares e indecentes são incompatíveis com o chamado de
alguém que crê em Cristo. (“Take Not the Name of God in Vain,” Ensign, November 1987, p. 47)
Vocês não podem usar o linguajar sujo e imundo que é tão comum nas escolas. Não podem fazê-lo
se acreditam que são filhos de Deus, sem trair suas origens. (Parowan Utah Youth Fireside, January 13,
1996)
Cultivem a arte da conversação. É um enorme bem. Para mim não há nada mais agradável do que
ouvir um grupo de jovens, inteligentes e felizes como vocês, conversarem. Há humor em seu diálogo. É
um diálogo animado. É interrompido com risos mesmo quando se trata de assuntos sérios. Repito,
porém, que não é necessário em nossa conversação profanar o nome da Deidade ou fazer uso de
linguagem picante e lasciva. Gostaria de acrescentar que há muito humor no mundo sem que tenhamos
que recorrer ao que denominamos piadas sujas. Desafio cada um de vocês a evitarem coisas dessa
natureza. Durante a próxima semana ao falarem com amigos e colegas, não façam uso de palavras que
mais tarde se arrependerão. (“True to the Faith,” Salt Lake Valley-Wide Institute Fireside, January 21,
1996)
Sejam puros no falar. Existem, atualmente, muitas pessoas que usam um linguajar vulgar e baixo.
Mencionei esse fato no discurso para as moças. Faço o mesmo para vocês. Esse linguajar mostra às
outras pessoas que seu vocabulário é extremamente limitado e que vocês não conseguem expressar-se
sem descer à sarjeta para procurar as palavras que vão usar. O linguajar sujo não é digno de um homem
que possui o sacerdócio, seja jovem ou idoso.
Um portador do sacerdócio também não deve tomar o nome do Senhor em vão. Disse Jeová aos
filhos de Israel: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por
inocente o que tomar o seu nome em vão”. (Êxodo 20:7)
Esse mandamento, gravado pelo dedo do Senhor, é tão válido para nós como para aqueles a quem
foi dado originalmente. O Senhor disse em revelação moderna: “Lembrai-vos de que aquilo que vem de
cima é sagrado e deve ser mencionado com cuidado e por indução do Espírito”. (D&C 63:64)
A mente suja expressa-se com linguagem profana e baixa. A mente pura expressa-se de maneira
positiva e motivadora, dizendo coisas que levam alegria ao coração. (“‘Be Ye Clean,’” Ensign, May
1996, p. 48)
LIVRE-ARBÍTRIO
Ver Escolha e Responsabilidade
LIVRO DE MÓRMON
Os descrentes podem duvidar da Primeira Visão e dizer que não houve testemunhas para prová-la.
Os críticos podem desprezar cada episódio de manifestação divina referentes à aparição desta obra
como sendo de natureza tão intangível que se torna improvável para a mente pragmática, como se as
coisas de Deus pudessem ser compreendidas sem o Espírito de Deus. Eles podem desprezar nossa
teologia. Porém, não podem honestamente ignorar o Livro de Mórmon. Ele está aqui. Eles podem senti-
lo. Podem lê-lo. Podem pesar seu conteúdo e substância. Podem testemunhar sua influência. (...)
(...) O Livro de Mórmon tem avançado, mudando para melhor a vida de homens e mulheres em
muitas nações. Que multidão teríamos se todas as pessoas da Terra que leram este livro e foram
influenciadas por sua mensagem se reunissem em um só lugar. (Be Thou an Example [Salt Lake City:
Deseret Book, 1981], p. 103–4)
Cada vez que incentivamos um homem a ler o Livro de Mórmon fazemos-lhe um favor. Se ele o
ler em espírito de oração e com um desejo sincero de conhecer a verdade, ele saberá pelo poder do
Espírito Santo que o livro é verdadeiro. E através deste conhecimento fluirá a convicção da verdade de
muitas outras coisas.
Se o Livro de Mórmon é verdadeiro, então Deus vive. Testemunho após testemunho preenche suas
páginas confirmando o solene fato de que nosso Pai é real, é um ser que tem um corpo, que Ele ama
seus filhos e procura fazê-los felizes.
Se o Livro de Mórmon é verdadeiro, então Jesus é o Filho de Deus, o filho único de Deus na
carne, nascido de Maria, “uma virgem mais bela e formosa que todas as outras virgens,” pois o livro
assim o testifica, numa descrição insuperável em toda a literatura.
Se o Livro de Mórmon é verdadeiro, então Jesus é verdadeiramente nosso Redentor, o Salvador do
mundo.
Se o Livro de Mórmon é verdadeiro, então esta Terra é escolhida sobre todas as outras; mas para
continuar como tal, os habitantes da Terra devem adorar ao Deus da Terra, o Senhor Jesus Cristo. As
histórias das duas grandes nações, contadas como admoestação neste sagrado volume, indicam que
necessitamos da ciência, da educação, dos exércitos, mas também necessitamos ser dignos de merecer a
proteção de Deus.
Se o Livro de Mórmon é verdadeiro, Joseph Smith foi um profeta de Deus, pois ele foi um
instrumento nas mãos de Deus para trazer à luz esse testemunho da divindade de nosso Senhor. (...)
Repito, se o Livro de Mórmon é verdadeiro, a Igreja é verdadeira, pois a autoridade que trouxe à
luz esse registro sagrado é a mesma presente e manifesta entre nós atualmente. É uma restauração da
Igreja estabelecida pelo Salvador na Palestina. É a restauração da Igreja estabelecida pelo Salvador
quando Ele visitou este continente, como está relatado neste sagrado registro. (Be Thou an Example
[Salt Lake City: Deseret Book, 1981], pp. 104–5)
Tal tem sido o poder deste grande livro na vida daqueles que o lêem em espírito de oração. Eu
presto-lhes meu testemunho de que é verdadeiro. Eu sei pelo testemunho do Espírito Santo e para mim
este conhecimento é inquestionável.
Sidney Rigdon não o escreveu. Oliver Cowdery não o escreveu. Ele não é o resultado de uma
personalidade conturbada ou paranóica, como alguns disseram. Não é produto de um criador de mitos.
Não é resultado do meio-ambiente de um menino fazendeiro que cresceu no oeste do Estado de Nova
York. Joseph Smith não o escreveu. Ele, o profeta desta dispensação, traduziu os escritos de profetas da
antiguidade sob o poder de Deus, para servir de testemunho em nossos dias. (Be Thou an Example [Salt
Lake City: Deseret Book, 1981], p. 106)
Os antigos anais dos quais [o Livro de Mórmon] foi traduzido saíram da Terra como uma voz
falando do pó. Ele veio como testemunho de gerações de homens e mulheres que viveram na Terra, que
lutaram contra a adversidade, que contenderam e lutaram, que por várias vezes viveram a lei divina e
prosperaram, e outras vezes abandonaram seu Deus e foram destruídas. Ele contém o que tem sido
chamado de quinto evangelho, um comovente testamento do novo mundo concernente à visita do
Redentor ressurreto no solo deste hemisfério.
A evidência de sua autenticidade, de sua validade, num mundo que tende a exigir provas não se
encontra na arqueologia ou antropologia, embora possam ser úteis para alguns. Não se encontra na
pesquisa filológica ou análise histórica, embora possa fornecer confirmação. A evidência de sua
autenticidade e validade está entre as capas do próprio livro. A prova de sua veracidade encontra-se
lendo-o. É um livro de Deus. Os homens razoáveis podem questionar sinceramente sua origem; mas
aqueles que o leram em oração souberam por um poder superior a seus sentidos naturais que ele é
verdadeiro, que contém a palavra de Deus, que expõe verdades salvadoras do evangelho eterno, que
surgiu pelo dom e poder de Deus “para convencer os judeus e os gentios de que Jesus é o Cristo”.
(Página-título do Livro de Mórmon)
Está aqui. Tem de ser explicado. Só pode ser explicado como o próprio tradutor explicou sua
origem. De mãos dadas com a Bíblia cujo companheiro é, constitui mais outra testemunha para uma
geração incrédula de que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus vivo. É uma inabalável pedra angular de
nossa fé. (“The Cornerstones of Our Faith,” Ensign, November 1984, p. 52)
Sem reservas eu prometo que se lerem o Livro de Mórmon em espírito de oração, não importa
quantas vezes já o tenham lido, uma porção do Espírito do Senhor será acrescentada ao seu coração.
Irão adquirir uma resolução firme de caminhar obedientes aos Seus mandamentos e o testemunho da
realidade da vivência do Filho de Deus será fortalecido. (“The Power of the Book of Mormon,” Ensign,
June 1988, p. 6)
O Livro de Mórmon coloca-se como um outro testamento de Jesus Cristo. Através de suas páginas
temos o testemunho dos profetas do Novo Mundo. Majestoso em seu relato da história, seus capítulos
estão repletos de tragédias de guerra, com divinas admoestações e promessas feitas por Deus. Fala
como uma voz saída do pó para um mundo que necessita ouvi-la. (“The Order and Will of God,”
Ensign, January 1989, p. 2)
Gostaria de falar da grandeza e bondade deste homem, Mórmon. Ele viveu neste continente
americano, no quarto século depois de Cristo. Quando era jovem, com apenas dez anos, foi descrito
pelo historiador do povo, cujo nome era Amaron, como “um menino sensato e de pronto
entendimento”. (Mórmon 1:2) Amaron deu-lhe o encargo de, ao alcançar os vinte e quatro anos de
idade, tomar conta dos registros das gerações que o haviam precedido.
Os anos logo após a infância de Mórmon foram anos de terrível derramamento de sangue em sua
nação, resultado de longa e terrível guerra entre os então chamados nefitas e os denominados lamanitas.
Mais tarde, Mórmon tornou-se o líder dos exércitos dos nefitas e testemunhou a carnificina de seu
povo, deixando-lhes claro que deviam suas repetidas derrotas a terem esquecido o Senhor, que, por sua
vez, os tinha abandonado. Sua nação foi destruída com o derramamento do sangue de centenas de
milhares. Ele foi um dos vinte e quatro que sobreviveram. Ao olhar os restos do que antes foram
legiões, clamou:
“Ó formoso povo, como pudestes vos apartar dos caminhos do Senhor? Ó formoso povo, como
pudestes repelir aquele Jesus que tinha os braços abertos para vos receber?” (Mórmon 6:17)
Ao se dirigir à nossa geração, ele usou palavras de admoestação e súplica, proclamando com
eloqüência seu testemunho do Cristo ressuscitado. Preveniu-nos das calamidades que viriam, se nos
esquecêssemos dos caminhos do Senhor, como seu próprio povo o fizera.
Sabendo que sua própria vida logo chegaria ao fim, pois os inimigos estavam à caça dos
sobreviventes, ele implorou que nós, em nossa geração, tivéssemos fé, esperança e caridade,
declarando: “A caridade é o puro amor de Cristo e permanece para sempre; e todos os que forem
achados em sua posse no último dia bem lhes irá”. (Morôni 7:47)
Mórmon, o profeta líder, tinha essa bondade, força, poder, fé e capacidade de profetizar.
(“Mormon Should Mean ‘More Good,’” Ensign, November 1990, p. 52)
[Mórmon] foi o principal compilador do livro que recebeu seu nome e que surgiu nesta época da
história do mundo como uma voz falando desde o pó, em testemunho do Senhor Jesus Cristo.
Esse livro influenciou para o bem a vida de milhões de pessoas que o leram com um coração
sincero e meditaram em sua linguagem. Gostaria de falar-lhes de uma dessas pessoas, que conheci
recentemente na Europa.
Era um comerciante, bem sucedido nos negócios. Numa de suas viagens conheceu dois de nossos
missionários, que tentaram marcar uma visita para ensinar-lhe o evangelho. De início ele recusou-se a
recebê-los, mas por fim concordou. Aceitou apenas superficialmente o que os rapazes tinham a dizer.
Estava convencido de que eles falavam a verdade, mas seu coração não foi tocado.
Ele decidiu que leria o Livro de Mórmon. Disse-me ter sido um homem típico do mundo, não
acostumado a chorar. Ao ler o livro, lágrimas escorreram-lhe pelo rosto. O livro mexeu com os seus
sentimentos. Leu-o novamente e sentiu as mesmas emoções. A conversão da mente havia-se
transformado em conversão do coração.
Seu modo de vida foi alterado, sua perspectiva mudara. Ele se atirou no trabalho do Senhor. Hoje
serve em um alto e santo chamado na causa que passou a amar. (“Mormon Should Mean ‘More
Good,’” Ensign, November 1990, p. 52)
O assim chamado Livro de Mórmon, a escritura do novo mundo, está diante de nós como uma
outra testemunha da divindade e realidade do Senhor Jesus Cristo, dos amplos benefícios de Sua
expiação e de Sua ressurreição da escuridão da tumba. Nesse livro, encontramos muitas das verdadeiras
palavras de profecia a Seu respeito, dizendo que nasceria de uma virgem e seria o Filho do Deus
Altíssimo. Foi predito seu trabalho entre os homens, como mortal. Há uma declaração de sua morte,
como o cordeiro sem mancha que foi sacrificado pelos pecados do mundo. E há um relato comovente,
inspirador e verdadeiro da visita do Cristo ressuscitado aos homens e mulheres que viviam neste
continente ocidental. O testemunho está aqui para ser manuseado, para ser lido, para ser ponderado,
para que oremos a respeito dele com a promessa de que aquele que orar saberá de sua veracidade pelo
poder do Espírito Santo. (Ver Morôni 10:3–5) (“The Greatest Miracle in Human History,” Ensign, May
1994, p. 72)
Pense [neste] extraordinário livro de 620 páginas que está sendo lido através do mundo. Mais de
três milhões de exemplares deste maravilhoso registro foram distribuídos somente no ano passado.
Ninguém, tenho certeza, que sinceramente leia o Livro de Mórmon deixa de ter um entendimento do
seu propósito e de que ele é outra testemunha de Jesus Cristo que do pó testifica para esta geração sobre
o Redentor do mundo. (Ricks College Regional Conference, Rexburg, Idaho, October 29, 1995)
Gostaria de pedir a cada homem e mulher (...) a cada menino e menina que tenha idade suficiente
para ler que leiam o Livro de Mórmon neste próximo ano. Ele foi escrito para convencer os judeus e os
gentios que Jesus é o Cristo. Não há nada que possamos fazer em nossa vida pessoal que seja de maior
importância do que o fortalecimento do testemunho de que Jesus é o Cristo, o Filho vivo do Deus vivo.
Este é o propósito do aparecimento deste extraordinário e notável livro. Sugiro que o leiam novamente
e peguem um lápis, vermelho se tiverem, e façam uma marca cada vez que encontrarem neste livro uma
referência a Jesus Cristo. E então, à medida que o fizerem vocês terão uma convicção real de que o
livro é de fato outra testemunha do Senhor Jesus Cristo. (Corpus Christi Texas Regional Conference,
January 7, 1996)
MATERNIDADE
Ver também Família; Pais, Como Ser
Dirijo-me brevemente a vocês, mulheres, obrigadas a trabalhar quando prefeririam ficar em casa.
Sei que muitas de vocês se encontram nessa situação. Algumas foram abandonadas e estão divorciadas,
com filhos para criar. Outras são viúvas com filhos ainda dependentes. Eu lhes presto homenagem e
respeito por sua integridade e espírito de independência. Oro que Deus as abençoe com forças e grande
capacidade, pois necessitam de ambas. Vocês acumulam os encargos de provedoras da família e donas
de casa. Sei que é difícil e muitas vezes desanimador. Oro que o Senhor as abençoe com muita
sabedoria e um grande talento para que possam satisfazer as necessidades de seus filhos em termos de
tempo, companheirismo, amor e aquela orientação especial que só a mãe pode dar. Oro também para
que Ele as abençoe com ajuda suficiente de seus familiares, dos amigos e da Igreja aliviando-as de
parte do pesado fardo que está sobre seus ombros e ajudando-as nos momentos de angústia.
Sentimos, pelo menos um pouco, a solidão que ocasionalmente as abate e as frustrações que
certamente enfrentam ao terem de lidar com problemas que às vezes ultrapassam suas forças. (...)
Agora, vocês que trabalham quando não é necessário, deixando os filhos aos cuidados de pessoas
nem sempre bem qualificadas, dou-lhes uma palavra de advertência. Não sigam essa tendência que
mais tarde lhes trará remorsos. Se o objetivo de seu emprego é simplesmente conseguir dinheiro para
comprar um barco, um carro de luxo ou alguma outra coisa desejável porém desnecessária, e devido a
isso estão perdendo a convivência com os filhos e a oportunidade de criá-los, poderão acabar
descobrindo que perderam algo substancial em troca de uma sombra. (“Live Up to Your Inheritance,”
Ensign, November 1983, p. 83)
Aproximadamente sessenta anos se passaram desde que minha mãe morreu. Na época eu era
estudante universitário. Esqueci muito do que estudava naquela ocasião, mas as lembranças daqueles
últimos meses de vida da minha mãe continuam bem intensas, assim como as lembranças de anos
anteriores. Espero que ela soubesse que eu a amava. Não dizia isso com muita freqüência. Como a
maioria dos meninos, não era fácil para mim dizer essas palavras.
Ela morreu na aurora de sua vida. Seu filho mais novo tinha dez anos, idade suficiente para que
minha mãe desfrutasse de uma liberdade que ela não teve durante muitos anos. Ela estava viajando pela
Europa quando sentiu uma dor que a amedrontou. Seis meses mais tarde ela já havia morrido.
Lembro-me do dia de seu funeral, um cinzento dia de novembro. Fizemos cara de valente e
lutamos contra as lágrimas, mas, por dentro, as marcas eram profundas e dolorosas. A experiência, em
uma época sensível de minha vida, deu-me, espero, um entendimento mais profundo de todos aqueles
que perdem uma mãe.
Fui chamado para servir numa missão logo após isso. Foi na época da Grande Depressão. Poucos
missionários eram chamados na ocasião devido às penosas circunstâncias financeiras do mundo todo.
Havia economizado uns poucos dólares, meu irmão trabalhava e contribuía generosamente e meu pai
assumiu o peso maior. Porém algo mais fez com que minha missão se tornasse possível. Descobrimos
que minha mãe, em sua visão presciente, ajuntou umas economias com as pequenas moedas que
recebia de troco quando comprava alimentos. Esse dinheiro proveu o saldo necessário para minhas
despesas na missão, na época, a mais dispendiosa do mundo.
Para mim, o dinheiro que recebia era sagrado. Sentia que não tinha sido consagrado tanto a mim,
mas ao Senhor. Espero ter sido cuidadoso ao usá-lo.
Vivi, como todos os missionários, épocas de desânimo em minha missão. Em uma ocasião ou
duas, quando tudo estava muito sombrio, senti de modo bem real, porém indescritível a proteção,
orientação e influência motivadora de minha mãe. Ela parecia estar muito perto. Tentei então, assim
como tenho feito desde aquela época, conduzir minha vida e realizar minhas tarefas de modo a honrar
seu nome. Sou o primeiro a admitir que posso ter falhado algumas vezes, e até mesmo o pensamento de
viver abaixo das expectativas de minha mãe é doloroso. Com isso, desenvolvi uma auto-disciplina que
de outro modo não teria. (The Wondrous Power of a Mother, booklet [Salt Lake City: Deseret Book,
1989], pp. 1–2)
É minha opinião que o número crescente de mães fora de casa e no mercado de trabalho é a raiz da
causa de muitos problemas de delinqüência, drogas e gangues de homens e mulheres. Por que então as
mulheres deixam sua família para trabalhar? Recentemente um artigo publicado no jornal indicou
alguns dos problemas que os responsáveis pela renda familiar enfrentam que ocasiona essa mudança.
(...) Não apenas estamos sendo obrigados a gastar uma terrível fatia da renda familiar em impostos,
serviços e bens para a família, mas simultaneamente pagando um terrível preço no enfraquecimento da
família decorrente da mãe que se ausenta do lar a cada dia de trabalho enquanto os filhos trancados
aguardam a sua volta. Quando ela retorna, com muita freqüência está cansada, estressada e frustrada, e
na maioria dos casos ela não pode dar a atenção e afeição que eles tanto desejam e necessitam. (Belle S.
Spafford Conference on Womem, February 23, 1990)
Que cada mãe perceba que não há maior bênção do que os filhos que vêm como uma dádiva do
Altíssimo; que ela não tem maior missão do que aquela de criá-los em luz e verdade, em entendimento
e amor; que ela não terá maior felicidade do que a de vê-los crescer e se transformarem em rapazes e
moças que respeitam princípios de virtude, que caminham livres das manchas da imoralidade e da
vergonha da delinqüência. (...)
Relembro às mães em todos os lugares da santidade de seu chamado. Ninguém pode substituí-las
adequadamente. Não há maior responsabilidade nem obrigação do que a de criar em amor, paz e
integridade aqueles que vocês trazem ao mundo. (“Bring Up a Child in the Way He Should Go,”
Ensign, November 1993, p. 60)
Nessa época em que cada vez mais mulheres estão trabalhando diariamente, quão importante é de
vez em quando parar e reconhecer que o maior trabalho que qualquer mulher poderá fazer será nutrir,
ensinar, encorajar e educar seus filhos na verdade e retidão. Não há outra coisa que se compare a isso,
independente do que faça. Espero que as mulheres da Igreja não negligenciem sua maior
responsabilidade em favor de uma menor. Às mães dessa Igreja digo que com o passar dos anos vocês
se tornarão imensamente gratas por terem moldado a vida de seus filhos em direção à retidão, verdade,
bondade, integridade e fé.
Ao me sentar no Tabernáculo na última conferência e ser apoiado pelos membros dessa Igreja,
veio-me à mente a imagem de minha mãe quando eu era um menino. Sou grato por ter a oportunidade
em minha idade avançada de honrar o seu nome. Quão grato sou pelas mães! (Heber City/Springville
Utah Regional Conference, May 14, 1995)
Fortaleçam sua família. Edifiquem a fé daqueles por quem são responsáveis. Vocês mulheres,
algumas de vocês, precisam trabalhar. Espero que nunca se esqueçam que sua maior responsabilidade é
para com aqueles a quem vocês deram a vida. Não há responsabilidade mais abrangente ou mais
importante do que essa. “E todos os teus filhos serão ensinados do Senhor; e a paz de teus filhos será
abundante”. (Isaías 54:13) Vocês mães, leiam para seus filhos. Leiam as escrituras para seus filhos.
Vocês talvez pensem que eles não entendem. Eles não irão entender tudo o que vocês lerem, mas
desenvolverão dentro de si mesmos um sentimento, uma atitude, um espírito que será maravilhoso. E
não hesito em prometer a vocês que dia virá, se cuidarem de seus filhos amando-os e ensinando-os no
caminho da verdade, em que se ajoelharão com lágrimas nos olhos e agradecerão ao Senhor pelas
bênçãos por Ele concedidas. (Nottingham England Fireside, August 30, 1995)
Para as esposas e mães que procuram manter um lar estável, num ambiente de amor e respeito,
digo: Que o Senhor as abençoe. Sejam quais forem as circunstâncias, prossigam com fé. Criem seus
filhos em luz e verdade. Ensinem seus filhos a orar enquanto são pequenos. Leiam as escrituras para
eles, fazendo disso um hábito, mesmo que eles não compreendam tudo o que vocês lerem. Ensinem
seus filhos a respeitar as mulheres. Ensinem suas filhas a manter a virtude. Aceitem responsabilidades
na Igreja e confiem no Senhor, para estarem à altura de qualquer chamado que receberem. O exemplo
que derem será um padrão para seus filhos. Ajudem com amor as pessoas que enfrentam dificuldades
ou passam necessidades. (...)
É no lar que se criam as bases das novas gerações. Esperamos que vocês, mães, compreendam
que, no fim de tudo, sua maior e mais premente responsabilidade, a que lhes trará maiores
recompensas, é a de criar filhos num ambiente de segurança, paz, companheirismo, amor e motivação
para que cresçam e dêem o melhor de si. (“Stand Strong Against the Wiles of the World,” Ensign,
November 1995, p. 99)
Quanto mais se esforçarem para criar os filhos segundo o evangelho de Jesus Cristo, com amor e
grandes esperanças, mais provável será que eles tenham paz na vida.
Dêem exemplo a seus filhos. Isso será mais importante do que qualquer ensinamento que lhes
possam transmitir. Não os cubram de mimos. Deixem que cresçam respeitando e compreendendo o
significado do trabalho, da ajuda em casa, procurando obter parte do seu próprio sustento. Façam com
que seus filhos economizem para a missão e incentivem-nos a prepararem-se, não apenas do ponto de
vista financeiro, mas em espírito e atitude, a fim de servirem ao Senhor sem qualquer egoísmo. Não
hesito em prometer-lhes que, se assim o fizerem, terão muitas razões para contar suas bênçãos. (...)
Que o Senhor as abençoe, minhas queridas irmãs. Vocês são as guardiãs do lar. São aquelas que
criam os filhos, formando neles os hábitos com que conduzirão sua vida. Nada nos aproxima tanto da
divindade quanto o trabalho de criar os filhos e as filhas de Deus. (“Stand Strong against the Wiles of
the World,” Ensign, November 1995, pp. 99–101)
Há alguns anos, o Presidente Benson transmitiu uma mensagem às mulheres da Igreja. Ele
incentivou-as a saírem de seus empregos para dedicarem-se pessoalmente aos filhos. Apóio a posição
dele.
Todavia, reconheço, como ele também reconhecia, que existem algumas mulheres, na verdade
muitas delas, que trabalham para atender às necessidades da família. Para vocês, eu digo: façam o
melhor que puderem. Espero que, se tiverem um emprego de tempo integral, estejam trabalhando para
garantir as necessidades básicas da família, e não para satisfazer o desejo de uma casa bonita, um carro
moderno e outros luxos. O trabalho mais importante que qualquer mulher pode realizar é alimentar,
ensinar, incentivar, motivar e criar os filhos em retidão e verdade. Ninguém pode substituí-la
adequadamente nessa tarefa.
É quase impossível ser dona de casa de tempo integral, e ao mesmo tempo, ter um emprego de
tempo integral. Sei que algumas de vocês debatem-se intimamente com as decisões a respeito dessa
questão. Repito: façam o melhor que puderem. Conhecem sua própria situação, e sei que estão
profundamente preocupadas com o bem-estar de seus filhos. Cada uma de vocês tem um bispo que
pode dar-lhes conselhos e auxílio. Se acharem que precisam conversar com uma mulher compreensiva,
não hesitem em entrar em contato com a presidente da Sociedade de Socorro.
Para as mães dessa Igreja (...) gostaria de dizer que, com o passar dos anos, serão cada vez mais
gratas pelo que fizeram para moldar a vida de seus filhos de maneira que tenham retidão, integridade e
fé. É mais provável que isso aconteça se passarem o tempo suficiente com eles. (“Women of the
Church,” Ensign, November 1996, p. 69)
A irmã Hinckley e eu nos casamos há sessenta anos. Não sei como tivemos a coragem de fazê-lo.
Não possuíamos praticamente nada. Foi durante a Depressão, eu recebia 165 dólares por mês. (...)
Estamos, agora, casados há seis décadas. É bastante tempo. O nome do meio que ela tem é Tolerância.
(...) Os anos se passaram e nós envelhecemos. Nossa vida tem sido rica e recompensadora. Ela também
foi marcada por épocas de tristeza e doença, de dizer não para coisas que não podíamos comprar e de
nos abstermos de alguns luxos. (...)
O Senhor tem sido muito bondoso para conosco. Através dos anos, as portas nos têm sido abertas
de modo miraculoso. (...)
Temos sido abençoados pelo Senhor grandiosamente e com muita generosidade. Meu coração está
repleto de gratidão, além do que posso para expressar, e se compadece dos que têm sido menos
afortunados. Existem tantos que carregam uma carga tão pesada; tantas mulheres que clamam em
desespero por ajuda em momentos de solidão e necessidade. Esse mundo pode ser um lugar brutal, e
existem tantas jovens mães que batalham com vigor através dessa selva, que é o mundo, para prover
para seus filhos e para si mesmas.
Sei que as circunstâncias hoje são diferentes da situação de nossa época, e sabendo disso eu não as
critico. Sei que a maioria de vocês estão tentando fazer o melhor que podem dentro de suas
possibilidades.
São vocês que geram e educam seus filhos. São vocês que os consolam e os apóiam, que os ouvem
e os aconselham sabiamente. São vocês que os ensinam a orar e a ter fé no Senhor. São vocês que os
direcionam em sua educação escolar e os preparam para ocuparem seu lugar na sociedade. São vocês
que os mantêm na Igreja e que fortalecem sua fé.
A maioria de vocês e suas amigas que são casadas têm um trabalho fora de casa. Isso é um fato
estatístico. Vocês sentem que precisam assim fazê-lo para sustentar o lar, as aulas de música e outras
atividades dispendiosas. Digo outra vez que não as critico. Gostaria que fosse diferente. Gostaria que
cada mãe pudesse ficar em casa. Reconheço que isso não é possível. Porém eu as admoesto a respeito
de casas muito elegantes com prestações muito altas, com um barco e outras coisas caras na garagem.
Simplesmente digo-lhes que não há nada em todo esse mundo que lhes trará maior satisfação, com o
passar tão rápido dos anos, do que ver seus filhos crescerem em fé, confiança, liberdade contra os
elementos avassaladores que nos cercam. Vocês serão parte muito importante do que irá lhes acontecer.
Ninguém pode substituí-las adequadamente como mãe.
Avalie suas opções cuidadosamente. Sejam cuidadosas, não troquem seu direito de primogenitura
por um guisado de lentilhas. (BYU Women’s Conference Address, May 1, 1997)
MAUS-TRATOS E ABUSO
Maus-Tratos do Cônjuge
Acho igualmente que fica muito mal para qualquer portador do sacerdócio de Deus, maltratar a
esposa, diminuí-la, ofendê-la ou aproveitar-se indevidamente da mulher que é a mãe de seus filhos, sua
companheira terrena e sua companheira eterna, se tiver recebido a bênção maior. Tratemos com
bondade e carinho aqueles por quem o Senhor nos terá por responsáveis. (“Reach Out in Love and
Kindness,” Ensign, November 1982, p. 77)
Meu coração se solidariza com ...[aquelas] que devido às circunstâncias em que se encontram
sentem-se oprimidas e asfixiadas — quase destruídas. Lamento que haja alguns homens egoístas e
maus, insensíveis e mesmo brutais. Eles merecem ser condenados, e devemos sentir pena deles. Creio
que todo o homem que ofende uma filha de Deus será responsabilizado um dia, e chegará o tempo em
que estará diante do juiz com pesar e remorso. (“Rise to the Stature of the Divine Within You,” Ensign,
November 1989, p. 95)
Chamo atenção para a passagem das escrituras segundo a qual Adão deveria governar Eva. (Ver
Gênesis 3:16) (...) Infelizmente, reconheço que alguns homens têm usado isso como pretexto, durante
séculos, para maltratar a mulher e degradá-la, mas também estou convencido de que, agindo assim,
estão degradando a si mesmos e ofendendo o Pai de todos, este Pai que, não tenho dúvida, ama suas
filhas da mesma forma que ama seus filhos.
Estava com o Presidente David O. Mckay numa ocasião em que ele se referiu a essa declaração de
Gênesis. Seus olhos faiscaram irados quando ele falou sobre maridos despóticos, afirmando que teriam
de prestar contas de tais ações perversas, quando estivessem sendo julgados pelo Senhor. Ele mostrou
que a própria essência do espírito do evangelho exige que todo governo dentro de casa seja feito
somente com retidão.
Minha interpretação pessoal desse preceito é que o marido tem a responsabilidade predominante
de sustentar, proteger, fortalecer e defender a esposa. Qualquer homem que depreciar, maltratar,
aterrorizar ou governar com injustiça mercerá receber, acredito eu, a repreensão de um Deus justo que é
Pai Eterno tanto de seus filhos como de suas filhas. (“Daughters of God,” Ensign, November 1991, p.
99)
Infelizmente, algumas de vocês podem estar casadas com homens que as maltratam. Diante dos
outros, alguns aparentam ser muito corretos durante o dia, mas quando chegam em casa, à noite,
deixam de lado o autocontrole e, diante da mais leve provocação, ficam furiosos.
Nenhum homem com esse tipo de conduta perversa e inadequada é digno do sacerdócio de Deus.
Nenhum homem que aja dessa forma é digno dos privilégios da Casa do Senhor. Lamento muito que
existam alguns homens que não mereçam o amor da mulher e dos filhos. Há filhos que têm medo do
pai, e mulheres que têm medo do marido. Se algum desses homens estiver me ouvindo, como servo do
Senhor, eu o repreendo e o chamo ao arrependimento. Controlem-se. Dominem seu gênio. A maior
parte das coisas que os enfurecem são insignificantes, e que preço terrível estão pagando por sua ira.
Peçam ao Senhor que os perdoe. Peçam o perdão de sua esposa. Peçam desculpas a seus filhos.
(“Women of the Church,” Ensign, November 1996, p. 68)
(Hinos, nº 167)
A Fé dos Pioneiros
Necessitamos muito, muito mesmo ter fé no Deus vivo e no Seu filho ressuscitado, pois foi essa
extraordinária fé que impulsionou nossos antepassados.
Eles tinham uma visão transcendente que passava por cima de todas as outras considerações.
Quando vieram para o oeste estavam há mil e seiscentos quilômetros, mil e seiscentos tediosos
quilômetros, do mais próximo assentamento ao leste e mil e trezentos quilômetros dos do oeste. Um
reconhecimento pessoal e individual de Deus, o Pai Eterno, a quem eles podiam buscar com fé era a
verdadeira essência da força que possuíam. Acreditavam na grande injunção das escrituras: “Confia em
Deus e vive”. (Alma 37:47) Com fé eles buscaram fazer sua vontade. Com fé eles leram e aceitaram os
ensinamentos divinos. Com fé trabalharam até não suportarem mais, sempre com a convicção que
teriam que prestar contas a seu Pai e seu Deus.
As palavras de Brigham Young com relação à sua própria morte e sepultamento são importantes
de serem notadas. Após dar as instruções com relação ao local onde deveria ser enterrado, ele disse:
“Lá deixem minha morada terrena ou tabernáculo descansar em paz, e ter um bom sono, até a manhã da
primeira ressurreição; que ninguém chore ou lamente porque fiz meu trabalho honradamente e com
fé”. (citado em Preston Nibley, Brigham Young: The Man and His Work [Salt Lake City: Deseret Book
Co., 1936], p. 537; grifo do autor)
Ao refletirmos sobre aqueles que nos antecederam, ao considerarmos nossas tarefas, para o nosso
próprio bem e o de outrem, seria bom que todos pudéssemos dizer todos os dias: “Estou fazendo meu
trabalho honradamente e de boa fé”. (“The Faith of the Pioneers,” Ensign, July 1984, p. 6)
Após os santos terem ido para o oeste, embora obrigados a enfrentar a enorme tarefa de conquistar
o deserto e formar um estado, não diminuíram seus esforços em levar o evangelho às nações da terra.
Na conferência realizada em 1852, homens da congregação foram chamados para irem não só as terras
da Europa, mas também para China e Sião (agora Tailândia). É comovente notar que, naqueles dias de
pioneiros, foram enviados missionários à Índia, onde hoje, depois de muitos anos, estamos plantando
novamente as sementes do evangelho.
Maravilho-me com a audácia, mas prefiro caracterizá-la como fé, dos líderes e membros da Igreja
naquela era dos pioneiros, de conseguirem, com o número relativamente pequeno de seus membros e
recursos limitados, levar o evangelho a terras distantes. Não se pode ler o relato do Élder Parley P. Pratt
a respeito de suas viagens ao Chile, sem reconhecer com gratidão a coragem e a fé que possuíam
aqueles primeiros missionários ao encararem com tal seriedade o encargo do Senhor de levar o
evangelho às nações da terra.
Suas longas viagens além-mar foram feitas em condições extremamente difíceis. Quando
chegavam à nação que lhes fora designada, não havia um só amigo nem companheiro para recebê-los.
Não tinham nenhuma instrução prévia quanto às condições que encontrariam e nenhum conhecimento
da língua dos povos com os quais teriam que trabalhar. Muitos deles adoeciam enquanto o corpo
procurava adaptar-se à comida e outras condições de vida. Estavam, porém, imbuídos do espírito
missionário, inspirados pelo encargo de levar o evangelho da salvação aos povos da terra. As culturas
que encontraram trouxeram-lhes desafios, que eram, no entanto, de pouca importância diante de sua
responsabilidade maior. (“We Have a Work to Do,” Ensign, February 1988, p. 4)
Por que fizeram tudo isso? Por que tinham fé. Avaliaram as dificuldades. Sabiam que seriam
pesadas. Sabiam que teriam que enfrentar perigos extremos. Há algum tempo estive no cais de
Liverpool, de onde partiram para chegarem até aqui. Vinham da Escandinávia e da Grã-Bretanha,
reuniram-se ali e embarcaram nos navios que os levariam para o outro lado do oceano. Eles subiam o
rio Mississippi ou viajavam de Boston até Iowa City, local onde se equipavam para prosseguir até
Winter Quarters e daí até este vale numa longa marcha. Sabiam que muitos morreriam no trajeto. Mais
de 4.000 deles morreram, dando a vida como testemunho de sua crença na causa que haviam abraçado.
(Interview with Lee Groberg for PBS Documentary “Trail of Hope,” November 4, 1996)
Sou um idealista pouco prático com relação aos pioneiros? Não. Havia excessões aqui e ali, mas
em geral eram pessoas nobres e maravilhosas que caminhavam com fé, que viviam com lealdade, que
eram industriosas e trabalhavam com integridade.
Resplandecendo acima de todos os seus princípios e ideais, havia a solene e magnífica crença no
Senhor Jesus Cristo como seu Senhor e Redentor. Eles o conheciam. O Senhor caminhou com eles
naquela longa marcha ao Elkhorn, até o Platte, margeando a Sweetwater, atravessando as Montanhas
Rochosas, e descendo à terra seca e desértica deste Vale do Grande Lago Salgado. Ele era um amigo.
Eles oravam em Seu nome. Cantavam para Sua glória. Com humildade e gratidão falavam do Seu
grande sacrifício expiatório. Eles depositaram sua fé Nele.
“Chegando a morte, tudo irá bem, Vamos paz todos ter. Livres das lutas e dores também, Com os
justos viver!” (Hinos,
nº 20) Assim era sua crença. A morte foi trágica para os que ficaram para trás. Mas sabiam que haveria
um outro dia, um dia de reencontros felizes. “Mas se a vida Deus nos poupar bem alto poderemos
cantar, a uma só voz entoar: Tudo bem! Tudo bem!”
Que povo maravilhoso eram eles. Não há nada semelhante ao seu grande esforço em toda a
história. Houve outras grandes migrações. Houve muitas outras grandes causas pelas quais os homens
deram sua vida. Mas em nossa época, dentro do alcance de nossa memória, erguem-se esses nobres
pioneiros. Deus abençoe sua lembrança para o nosso bem. Quando a jornada parecer difícil, quando nos
sentirmos desencorajados, pensando que tudo está perdido, voltemo-nos para eles e vejamos o quão
pior eram as suas condições. Ao nos questionarmos acerca do futuro, poderemos atentar para eles e
para o seu grande exemplo de fé. (Church Educational System Young Adult Fireside, February 2, 1997)
Joseph Smith
Ver também Primeira Visão
Foi grande a visão do Profeta Joseph Smith. Ela abrangeu todos os povos da humanidade, onde
quer que vivam, todas as gerações que caminharam e passaram sobre a Terra. Como pode qualquer
pessoa, do passado ou do presente, falar contra ele, a não ser por ignorância? Eles não experimentaram
suas palavras; não ponderaram a respeito dele, não oraram para saber sobre ele. Como uma pessoa que
fez essas coisas, acrescento minhas palavras de testemunho que ele foi e é um profeta de Deus, erguido
como um instrumento nas mãos do Todo-Poderoso para dar início a uma nova e final dispensação do
evangelho. (“‘Praise to the Man,’” Ensign, August 1983, p. 6)
Essa também foi uma época, os sete anos entre 1831 e 1838, de severa e implacável perseguição.
Os inimigos ameaçavam derrubar as paredes do templo [de Kirtland]. Philastus Hurlburt foi
excomungado e, amargurado, desencadeou o manuscrito Spaulding a respeito da história da origem do
Livro de Mórmon, com toda a maldade que por anos resultou dessa trama; o banco de Kirtland faliu; o
Profeta e Sidney Rigdon foram tirados de seu lar, arrastados por uma noite fria de março, cobertos de
piche e penas e abandonados para morrer. Além de tudo isso, estavam acontecendo em Missouri, o
outro centro da Igreja, problemas igualmente sérios.
Tenho freqüentemente refletido em como o Profeta Joseph Smith deve ter-se sentido naqueles
tempos. Ele era direta ou indiretamente responsável por toda a miséria e sofrimento que sobrevinha.
Teria a dúvida ocasionalmente acometido sua mente? Encontro exatamente o oposto nas revelações
provenientes dele durante esse período.
Enquanto se encontrava sentado na casa de John Johnson em Hiram, Ohio, refleti em algumas
palavras da seção 1 de Doutrina e Convênios. (...) A seção 1 foi dada como uma revelação a Hiram em
1º de novembro de 1831 como prefácio da futura publicação de (...) o que agora se tornou nossa
Doutrina e Convênios.
Precisamos ter em nossa mente uma imagem do local. Aqui se encontrava o líder de um pequeno
grupo em Ohio, contando na época cerca de 300 pessoas, espalhadas através das comunidades
fronteiriças onde havia muito rancor e ódio. Com visão, porém, profética e destemida declarou em
nome do Senhor:
“Pois em verdade a voz do Senhor dirige-se a todos os homens e ninguém há de escapar; e não
haverá olho que não veja nem ouvido que não ouça nem coração que não seja penetrado.
E os rebeldes serão afligidos com muita tristeza. (...)
E a voz da advertência irá a todos os povos pela boca de meus discípulos que escolhi nestes
últimos dias.
E eles irão e ninguém os deterá, porque eu, o Senhor, os mandei ir.” (D&C 1:2–5)
Mais tarde na mesma revelação, recebida na humilde casa dos Johnson no vilarejo de Hiram,
foram estabelecidos os grandes objetivos dessa grande obra dos últimos dias:
1. “Que todo o homem, porém, fale em nome de Deus, o Senhor, sim o Salvador do mundo.
2. Para que a fé também aumente na Terra.
3. Para que o meu eterno convênio seja estabelecido.
4. Para que a plenitude do meu evangelho seja proclamada pelos fracos e pelos simples aos
confins da Terra e perante reis e governantes (...) para que alcançassem entendimento.” (Ver D&C
1:20–24)
Esses são, verdadeiramente, objetivos notáveis. Não foi um pastor camponês quem falou essas
palavras. Foi um profeta do Deus vivo, estabelecendo a profundidade, a largura e extensão deste grande
reino restaurado que estava para vir sobre a Terra. Nessa notável revelação, a verdade do Livro de
Mórmon foi declarada e a validade das revelações confirmadas. Não havia desculpas, diante de tais
declarações. (“Go Forward with Faith,” Ensign, August 1986, pp. 4–5)
O que é (...) isso de que falo a respeito? É a sombra ampliada da mão de Deus. É a sombra
ampliada de um poderoso profeta, Joseph Smith, chamado e ordenado para inaugurar a dispensação da
plenitude dos tempos de que falam as escrituras. Seus inúmeros críticos, atuais e passados, passam a
vida tentando explicá-lo de forma diferente da que ele se revelou.
Que credibilidade, pergunto, merece a suposição deles frente à opinião daqueles que estiveram ao
seu lado quando se lançaram os fundamentos dessa causa sempre crescente e cada vez mais forte? (...)
Disse [Brigham Young] a respeito desse líder:
“Quem pode dizer com justiça alguma coisa contra Joseph? Eu estava mais familiarizado com ele
que qualquer pessoa. Não creio que seus pais o hajam conhecido melhor que eu. Não creio também que
exista na Terra um homem que o tenha conhecido tanto quanto eu, e orgulho-me em dizer que, com
exceção de Jesus Cristo, nenhum homem melhor já viveu ou vive sobre esta Terra. Sou sua
testemunha”. (Discourses of Brigham Young, sel. John A. Widtsoe, Salt Lake City: Deseret Book Co.,
1941, p. 459)
John Taylor era um inglês talentoso e instruído, pregador leigo do evangelho, um homem de
reconhecida inteligência. Disse ele:
“Conheci Joseph Smith durante anos. Viajei com ele, convivi com ele em público e particular;
participei com ele de conselhos de toda espécie; ouvi centenas de vezes suas pregações públicas e seus
conselhos de caráter mais particular aos amigos e companheiros. (...) Estava com ele em vida e quando
morreu, quando foi assassinado na Cadeia de Carthage pela turba desvairada com rostos pintados de
preto. Eu estava lá e fui ferido. Eu o observei em todas essas diversas circunstâncias e testifico perante
Deus, anjos e homens que ele era um homem bom, honrado e virtuoso, que seu caráter particular e
público era irrepreensível, e que viveu e morreu como homem de Deus”. (Ezra C. Dalby, “Joseph
Smith, Prophet of God,” ms., talk delivered 12 December 1926, Salt Lake City, p. 13). (...)
Orson Pratt, um homem de intelecto brilhante e incisivo, disse:
“Em 1830 tornei-me intimamente relacionado com o Profeta Joseph Smith, e continuei assim
familiarizado com ele até o dia de sua morte. Tive o grande privilégio (...) de ser pensionista (...) em
sua casa, de modo que o conheci não só como mestre público, mas em particular, como pai e marido.
Testemunhei sua sincera e humilde devoção no seio da família pela manhã e à noite. Ouvi palavras de
vida eterna fluírem de seus lábios, nutrindo, acalmando e consolando seus familiares, vizinhos e
amigos. Vi seu semblante iluminar-se quando lhe sobrevinha a inspiração do Espírito Santo, ditando as
grandes e sumamente preciosas revelações, agora impressas para nos servir de guia. (...)
Eu sabia que ele era um homem de Deus. Não era uma questão de opinião minha, pois recebi dos
céus o testemunho desse fato”. (in Ezra C. Dalby, p. 14) (“The Lengthened Shadow of the Hand of
God,” Ensign, May 1987, pp. 53–54)
O Livro de Mórmon que [Joseph Smith] trouxe à luz pelo poder e inspiração do Todo-Poderoso,
somente esse notável feito seria mais que suficiente para garantir-lhe um lugar na História para sempre.
Acrescentem-se a isso as maravilhosas revelações que lhe vieram pelo poder de Deus, e temos um
profeta cuja estatura se avulta acima de todos os seus insignificantes detratores, como um gigante
santificado olhando de cima para um bando de pigmeus. (...)
É, pois, de admirar que esta obra siga avante de nação para nação, de povo para povo? É de
admirar que cresça em força e número, em influência e interesse, a despeito de seus críticos e
opositores? Ela é a obra de Deus restaurada na Terra por intermédio de um profeta. (“The Lengthened
Shadow of the Hand of God,” Ensign, May 1987, pp. 54, 59)
Quando em junho de 1844 [Joseph] atravessou o Mississippi em direção a Monterose para escapar
de seus inimigos, ele disse a Steven Markham que se o pegassem novamente ele seria “massacrado”.
Ele era jovem, tinha somente 38 anos e uns poucos meses. Estava no auge de seu ministério. Nauvoo
era na época um lugar de industriosidade e crescimento. Em somente cinco anos, ela surgiu do pântano
para tornar-se, talvez, a mais prestigiada cidade em todo o Estado de Illinois. Ele foi amado por seu
povo e, em troca, ele os amou. (...) Um templo magnífico erguia-se no monte ao leste do rio. Essa era a
melhor época da vida dele, mas havia uns poucos que o chamavam de covarde por fugir. Quando ele
ouviu isso, ele disse: “Se a minha vida não tem valor para os meus amigos, também não o tem para
mim”.
Ele voltou para Nauvoo. Foi preso sob falsas acusações. Ao contemplar a cidade enquanto estava
sendo escoltado em direção a Carthage, disse: “Este é o mais belo dos lugares e onde se encontram as
melhores pessoas sob os céus”.
Enquanto se dirigia ao encontro de sua morte ele disse: “Vou como um cordeiro para o matadouro
(...) e ainda se dirá de mim: ‘Foi assassinado a sangue frio!’”.
Eu o amo pela melancolia daquelas últimas horas na velha cadeia. John Taylor cantou: “Um Pobre
e Aflito Viajor”. Então, a pedido de Joseph, ele cantou novamente. (...) Então veio a desprezível,
blasfema e furiosa turba. Tiros foram dados e o Profeta caiu da janela. Era a tarde de 27 de junho de
1844.
John Taylor, que estava ferido enquanto Joseph e Hyrum foram mortos, escreveu seu epitáfio:
“Joseph Smith, o Profeta e Vidente do Senhor, com excessão apenas de Jesus, fez mais pela salvação
dos homens neste mundo do que qualquer outro homem que jamais viveu nele. No curto espaço de
vinte anos trouxe à luz o Livro de Mórmon, que traduziu pelo dom e poder de Deus, e foi o instrumento
de sua publicação em dois continentes; enviou a plenitude do evangelho eterno, que o livro continha,
aos quatro cantos da Terra; trouxe à luz as revelações e mandamentos que compõem este livro de
Doutrina e Convênios e muitos outros sábios documentos e instruções para o benefício dos filhos dos
homens; reuniu muitos milhares de santos dos últimos dias, fundou uma grande cidade e deixou fama e
nome que não podem ser destruídos. Viveu grandiosamente e morreu grandiosamente aos olhos de
Deus e de seu povo; e como a maior parte dos ungidos do Senhor na antigüidade, selou sua missão e
suas obras com o próprio sangue; o mesmo fez seu irmão Hyrum. Em vida não foram divididos e na
morte não foram separados!” (D&C 135:3) (...)
A respeito dos acontecimentos do trágico 27 de junho, o Governador Thomas Ford, de Illinois,
escreveu: “Assim caiu Joe Smith, o impostor mais bem sucedido nos tempos modernos; um homem que
apesar de ignorante e amaldiçoado, possuía algumas grandes partes naturais que lhe serviram para um
sucesso temporário, mas que eram tão obscuras e frustradas pela inerente corrupção e vícios de sua
natureza que ele nunca seria bem sucedido em estabelecer um sistema de normas que visasse ao
sucesso permanente no futuro”. (History of Illinois, vol. II, p. 213)
O homem que escreveu aquela avaliação morreu seis anos depois, praticamente falido, deixando
cinco filhos órfãos aos cuidados de outros. Ambos, ele e sua esposa, que havia morrido três meses
antes, foram sepultados às custas do governo. Ele foi lembrado por pouco mais que sua associação com
a morte do Profeta Joseph Smith.
Gostaria de comparar sua avaliação com a afirmação profética dada por Morôni quando ele
apareceu ao menino Joseph na noite de 21 de setembro de 1823. Naquela ocasião o anjo disse “que
Deus tinha uma obra a ser executada por mim; e que meu nome seria considerado bom e mau entre
todas as nações, tribos e línguas, ou que entre todos os povos se falaria bem e mal de meu nome”. (JS-
H 1:33) (“As One Who Loves the Prophet,” Symposium on the Life and Ministry of the Prophet Joseph
Smith, BYU, February 22, 1992)
Alguns anos atrás em companhia do presidente da estaca Rochester, do presidente da missão
Cumora e de um Representante Regional, fui cedo ao Bosque Sagrado numa manhã de primavera, num
domingo. (...) Oramos juntos naquele lugar tranqüilo e sagrado, e veio ao meu coração naquela ocasião
uma convicção de que o que havia sido descrito pelo Profeta realmente acontecera em 1820 naquele
local cercado de árvores.
Subi os aclives do Monte Cumora. Caminhei nas margens do rio Susquehanna. Estive em
Kirtland, em Independence, Liberty, Far West, Adão-ondi-Amã, Nauvoo e Carthage. Apesar de nunca
ter-me encontrado com Joseph Smith, acho que acabei conhecendo-o, pelo menos de um certo modo.
Sei que ele foi preordenado para servir numa grande obra como instrumento do Todo-Poderoso a
fim de proporcionar a restauração da obra de Deus de todas as dispensações do tempo que já se
passaram. Tenho lido o Livro de Mórmon vez após vez, sei que ele não o escreveu por conta própria.
Sei que ele foi um tradutor que, pelo poder de Deus, trouxe à luz esse grande testamento do novo
mundo. Sei que ele é verdadeiro, que é poderoso, que é um testemunho às nações do Divino Redentor
da humanidade, o Filho Vivo do Deus Vivo. (...)
Adoro ao Deus dos céus que é meu Pai Eterno. Adoro ao Senhor Jesus Cristo que é meu Salvador
e meu Redentor. Não adoro o Profeta Joseph Smith, mas reverencio e amo esse grande vidente por
intermédio de quem o milagre da restauração do evangelho pode ser efetuado. Estou envelhecendo, e
sei que de acordo com o curso natural dos acontecimentos, antes que se decorram muitos anos passarei
para além do limiar para estar diante do meu Criador e meu Senhor e prestar contas de minha vida.
Espero que eu tenha a oportunidade de abraçar o Profeta Joseph Smith, agradecê-lo e falar do meu
amor por ele. (“As One Who Loves the Prophet,” Symposium on the Life and Ministry of the Prophet
Joseph Smith, BYU, February 22, 1992)
Cantamos um hino na Igreja que nos é característico: “Graças damos, ó Deus, por um profeta que
nos guia no tempo atual”. (Hinos, nº 9).
Nunca falei pessoalmente com todos os profetas desta dispensação. Não conheci o Profeta Joseph
Smith nem nunca o ouvi falar. Meu avô, que viveu em Nauvoo quando era jovem, chegou a ouvi-lo e
prestou testemunho de seu chamado divino como o grande profeta desta dispensação. Eu, porém, sinto-
me como se tivesse conhecido o Profeta Joseph Smith.
Li seu testemunho sobre a grandiosa primeira visão, na qual conversou com o Pai e o Filho e
acreditei nela. Meditei nesse acontecimento maravilhoso quando fui ao bosque onde ele orou e ali, pelo
poder do Espírito, recebi um testemunho de que tudo aconteceu exatamente como ele disse.
Li o Livro de Mórmon, que ele traduziu pelo dom e poder de Deus, e, pelo poder do Espírito
Santo, recebi um testemunho da origem divina desse registro sagrado. Joseph Smith não o escreveu por
si mesmo.
Vi com meus olhos o poder do sacerdócio que ele recebeu das mãos daqueles que o exerciam nos
tempos antigos. Estudei sua vida e analisei suas palavras. Ponderei as circunstâncias que envolveram
sua morte e cheguei a conhecê-lo, pelo menos de certa forma, o suficiente para apresentar-me diante de
vocês e testificar que ele foi um profeta chamado e ordenado para ser um instrumento nas mãos de
Deus, nesta grande obra de restauração. (“‘Believe His Prophets,’” Ensign, May 1992, pp. 50–51)
Estamos em 26 de junho. Há cento e cinqüenta anos, 26 de junho foi uma quarta-feira. Naquela
manhã o Governador Thomas Ford de Illinois, que veio à Carthage, visitou Joseph Smith na cadeia. Ele
e o profeta conversaram por cerca de uma hora. Lá fora nas ruas da cidade mais que mil homens
pertencentes a diversas unidades militares estavam ociosamente passando o dia, expressando sua raiva
pelos mórmons ao conversarem em grupos. O alvo da ira era Joseph Smith, o Profeta mórmon.
Naquela manhã ele falou ao governador sobre o perigo que o cercava. O governador não levou
isso em consideração. Disse que iria para Nauvoo no dia seguinte e prometeu que se assim o fizesse ele
levaria Joseph com ele. Ele repetiu essa promessa quando se despediu naquela manhã.
Durante a tarde, um policial chegou na cadeia acompanhado por homens de Carthage Grays. Os
prisioneiros foram levados para o tribunal sofrendo humilhação pública. Lá, após uma hora de debates
sobre questões legais, o tribunal adiou para o meio-dia do dia seguinte. Joseph e Hyrum voltaram para a
cadeia. O tempo estava abafado, quente e miserável.
Na manhã seguinte, Dan Jones, que havia passado a noite na cadeia com Joseph, Hyrum e outros,
saiu. Ele conversou com Frank Worrel, um dos Carthage Grays. Ele relatou que Worrel disse:
“Tivemos muito trabalho para trazer o velho Joe até aqui para deixar que ele escape com vida, e a não
ser que você queira morrer com ele é melhor que vá embora antes do pôr-do-sol. (...) Você verá que eu
posso profetizar melhor que o velho Joe, pois nem ele e nem seu irmão, ninguém que permaneça com
eles verá o sol se pôr hoje”.
Dan Jones relatou isso ao Governador Ford, que respondeu dizendo que ele estava “assustado sem
necessidade”.
Às 10h30 daquela manhã, o Governador Ford e suas tropas partiram para Nauvoo, deixando-os na
cadeia a mercê da turba. Ao passar a tarde daquele dia abafado, o Profeta pediu a John Taylor para
cantar “Um Pobre e Aflito Viajor”. Ele cantou todos as sete estrofes, e Joseph pediu-lhe que cantasse de
novo. O Élder Taylor respondeu que não se sentia com vontade de fazê-lo, mas devido a insistência de
Hyrum ele cantou novamente.
O carcereiro sugeriu, por volta das 17 horas, aos quatro que estavam na cadeia — Joseph Smith,
Hyrum Smith, Willard Richards e John Taylor — que estariam mais seguros se fossem para dentro da
cela. Joseph indicou que eles o fariam após o jantar.
Poucos minutos mais tarde, ouviu-se um barulho do lado de fora, seguido de um grito de rendição.
Então houve dois ou três tiros.
Willard Richards olhou para fora da janela e viu um grande grupo de homens com o rosto pintado.
A turba correu para cima pelas escadas e começou a atirar. Os prisioneiros fecharam a porta e tentaram
derrubar os revólveres que haviam sido apontados passando pela porta. John Taylor usou a grande
bengala de Stephen Markham e Willard Richard usou a bengala de John Taylor. Uma bala atravessou a
porta e atingiu Hyrym no lado esquerdo do nariz. Ele caiu para trás dizendo: “Sou um homem morto!”
Uma outra bala, vinda através da janela, atingiu-o nas costas quase que simultaneamente. Dois outros
tiros o atingiram ao cair. Joseph gritou: “Ó querido irmão Hyrum!” John Taylor foi então atingido.
Uma das balas paralisou seu relógio. Ele parou às 17h16.
Uma ou duas balas então atingiram Joseph. Ele pulou para a janela, parou por um momento e
gritou: “Senhor, meu Deus”, e então caiu para fora da janela, seu corpo parando à beira do poço.
Tudo havia acabado. Joseph estava morto. Hyrum estava morto. John Taylor estava ferido.
Willard Richards escapou miraculosamente.
Assim terminou a longa odisséia que levou Joseph dentro de um período de 38 anos de seu
nascimento em 23 de dezembro de 1805, em Sharon, Windsor County, Vermont; para o oeste de Nova
York; para o norte da Pensilvânia; para Kirtland, Ohio; para o Missouri, primeiro para Independence e
finalmente para Far West, e então para a Cadeia de Liberty; de lá para Quincy, Illinois; em direção a
Nauvoo; e então para Carthage. (...)
Aqueles dias tristes já se foram. A gloriosa obra começou por ele, que foi morto em Carthage, e
cresceu de forma bela e miraculosa. (...) Esta maravilhosa obra, que nasceu de um chamado profético
ao menino de Palmyra, saiu “do deserto da escuridão”, e resplandece “formosa como a lua, brilhante
como o sol e terrível como um exército com estandartes”, como o Profeta orou para que assim
acontecesse. (D&C 109:73) (...)
Detemo-nos aqui nesta noite, em sinal de reverência. Reflitamos no milagre da vida que teve início
nos montes verdejantes de Vermont e finalizou-se na cadeia de Carthage. Essa vida não foi muito
longa, menos que 39 anos. Os frutos dessa vida, no entanto, estão além da nossa compreensão.
Esta grande causa da Igreja de Jesus Cristo foi mais preciosa que a própria vida para milhares e
milhares que morreram nessa obra. As testemunhas se espalharam pelo mundo em centenas de milhares
para testificarem sobre o chamado de Joseph Smith como um profeta de Deus. O santo sacerdócio, que
por ele foi restaurado, caiu como um manto sobre inumeráveis homens íntegros e virtuosos que foram
investidos com o poder divino. O Livro de Mórmon prossegue pela Terra como um Outro Testamento
do Senhor Jesus Cristo. Essa vasta organização, com suas muitas facetas, tem abençoado a vida de
todos aqueles que dão ouvidos à sua mensagem.
Cito um truísmo proferido muito tempo atrás e em diferente circunstâncias: “o sangue dos mártires
tornou-se a semente da Igreja”. Os testemunhos que foram selados aqui nesses recintos, naquele dia
abafado e quente há 150 anos, nutriu a fé das pessoas ao redor do mundo.
Deus abençoe a memória de Joseph Smith que aqui morreu. Com gratidão e amor, cantamos em
toda a Igreja as palavras de seu amigo W. W. Phelps:
(HINOS, nº 14)
Brigham Young
Brigham Young foi um líder maravilhoso. Não há dúvidas a respeito disso. Viveu momentos de
muita adversidade e quando veio para o oeste o fez como o líder de um grande povo. Ele teve uma
enorme visão. Ele não somente buscou o estabelecimento desta comunidade de Salt Lake City, como
também alcançou o norte e sul, leste e oeste para estabelecer umas trezentas, quatrocentas ou
quinhentas outras comunidades. Ele foi, com uma enorme visão, o criador de um império. Foi, para
resumir, um grande líder cuja figura sobressairá cada vez mais na história dos Estados Unidos.
(Interview with Lee Groberg for PBS Documentary “Trail of Hope,” November 4, 1996)
Tenho absoluta admiração e respeito por Brigham Young, o líder da primeira companhia pioneira.
Ocupo o cargo que já foi dele e conheço, pelo menos um pouco, a enormidade dos desafios que ele teve
que enfrentar.
Com a morte de Joseph Smith em 1844, Brigham Young, como Presidente do Quórum dos Doze
Apóstolos, seguiu em frente e passou a liderar a Igreja. Nosso povo na época vivia na mais bela cidade
em Illinois, como foi reconhecida pelo Governador Edgar outro dia. Nauvoo era maior que Chicago
naquela época. Sólidas casas de tijolos enfileiravam-se pelas ruas. Joseph iniciou a construção do
templo em um local do qual, ao se olhar para baixo, via-se a cidade e além do Mississippi avistava-se
Iowa. Foi, na época, a construção mais bela em Illinois. Ele a terminou embora soubesse que teriam que
partir. A turba estava a suas portas. Eles não conseguiam viver em paz. Estavam determinados a irem
para o oeste.
Eles abriram caminho nessa grande jornada. Encontraram-se com Jim Bridger durante o percurso.
Ele havia visto o vale e preveniu-os para que não fossem viver lá.
Sam Brannan, que havia levado alguns santos de navio, passando pela América do Sul, até o
Yerba Buena, atual São Francisco, veio ao leste para se encontrar com Brigham Young e implorar a ele
para não parar aqui mas seguir para a Califórnia.
Quando eles vieram pelo Emigration Canyon e avistaram esse vale, não foi uma visão nada
promissora. O Lago Salgado estava no oeste. Os rios do canyon desaguavam nele. O solo era duro e
assava-se sob o sol de julho. Nenhum arado havia trabalhado aquele solo. As pessoas não sabiam nada
sobre o clima. Não conheciam a quantidade de chuva da região e nem o acúmulo de neve [necessário
para terem água no verão]. Não sabiam quando chegavam as geadas. Desconheciam tudo sobre a
região. Ainda assim, aqui estava Brigham Young com 46 anos de idade, liderando uma companhia
pioneira para este vale que foi seguida por milhares e milhares de outras.
Ele disse: “Este é o lugar certo”.
Precisou ter coragem, precisou ter fé, precisou ter visão para trazer os milhares que residiam em
Nauvoo, e ainda outros milhares que estavam vindo da Inglaterra e de outros lugares da Europa.
A primeira companhia chegou no sábado. Eles reuniram-se para adorar no domingo. Na segunda-
feira eles escalaram o Ensign Peak (Pico do Estandarte). Os rios do canyon foram desviados para o solo
seco e a terra foi arada. Eles plantaram batatas para guardarem as sementes. Eles esperavam ter uma
colheita. A colheita, no ano seguinte, foi escassa, mas ajudou.
Encontravam-se a 1.600 quilômetros do mais próximo povoado ao leste e aproximadamente a
1.280 quilômetros do mais próximo povoado a oeste.
Se eles desejassem comer, teriam que plantar. Se quisessem se vestir teriam que produzir lã e
algodão. Se necessitassem de maquinaria ou ferramentas teriam que fabricá-las. Daqui eles se
espalharam indo para norte, sul, leste e oeste para estabelecer mais de 350 comunidades.
Essa conquista, por si só, marcou Brigham Young como um formidável colonizador. O que ele fez
naquela migração e o que fez depois, usando uma expressão atual, fez dele um diretor executivo de
extraordinária visão e habilidade.
Eles planejaram esta cidade com suas ruas de acordo com os pontos cardinais, ruas de 40 metros
de largura e quarteirões de mais de quatro mil metros quadrados. Eles construíram casas. Plantaram
árvores e o milagre é que elas cresceram. Fundaram um lanifício. Ele enviou pessoas para St. George
para plantarem algodão. Havia uma cruzada para produzir seda. Amoreiras foram plantadas em todo o
território a fim de prover alimento para os bichos-da-seda, que produziam a seda, que era fiada e
transformada em roupas.
Reverencio e respeito o Presidente Young como um arquiteto. Ele concebeu e desenhou o templo
de Salt Lake. Moro em um apartamento que dá para o templo. Vejo aquele edifício em tempo bom e
ruim, durante o dia e durante a noite. Maravilho-me, de fato, ao contemplá-lo.
Foi dele a idéia de construir um grande tabernáculo. Que construção extraordinária ele é. Ele serve
muito bem às pessoas dessa comunidade há 120 anos. Ao sentar-me sob o teto abobodado, já disse a
mim mesmo: “Quão maravilhosa é esta construção!”
Tenho trabalhado com os arquitetos no novo prédio de reuniões que iremos erigir. Aprecio muito
os arquitetos. Brigham Young, no entanto, está acima de todos eles, pois era pintor, vidraceiro,
carpinteiro e marceneiro. Construiremos um edifício novo e grande. Será construído de acordo com a
legislação de terremotos. Será grande e cômodo. Será o resultado de arquitetos e engenheiros bem
treinados, de pessoas especializadas em som e detalhes estruturais. Não será, porém, o tipo de estrutura
extraordinária que encontramos no templo de Salt Lake. Brigham Young foi parte proeminente na
construção de cada indústria que teve suas raízes naqueles primeiros dias, incluindo a estrada de ferro
transcontinental. (Rotary Club Luncheon, Salt Lake City, Utah, April 22, 1997)
John Taylor
John Taylor foi um homem extraordinário, cuja vida e exemplo precisamos estudar mais. Foi um
homem de princípios, integridade e fidelidade. (...) [Ele] e sua esposa foram batizados na Igreja em
1836 devido ao trabalho de Parley Pratt que disse: “As pessoas lá ansiavam pela verdade como a água e
a amavam como amam a vida”. (PPP, p. 152) Depois disso, até o dia de sua morte, John Taylor, o
converso, foi um resoluto e vigoroso expoente das verdades que vieram à sua vida e a elas se dedicou
com lealdade. Escolheu como seu lema: “O reino de Deus ou nada”. (...)
Certa ocasião, John Taylor disse: “Não acredito em uma religião que não tenha toda a minha
afeição; mas, em uma religião pela qual eu possa viver e morrer. Prefiro ter Deus como meu amigo a ter
todas as outras influências e poderes”. (Truth Restored, p. 140)
Ele acreditava nisso. Ele viveu por isso. Ele demonstrava isso pelo seu exemplo. Era um homem
de absoluta fidelidade e lealdade àquele a quem ele aceitava como seu líder. (...)
Nos tempos turbulentos e sombrios de Nauvoo, quando alguns que haviam apoiado o Profeta
viraram-se contra ele, John Taylor foi um dos que permaneceu ao seu lado com absoluta lealdade.
Havia traidores naqueles dias, homens que clandestinamente eram coniventes contra o Profeta. Havia
um outro grupo, cujos membros professavam acreditar mas que despendiam seu tempo criticando e
achando erros, em vez de assumirem juntos o trabalho e edificarem o reino. O egoísmo e orgulho, a
sede de poder e atenção dominou-os. Toda essa dissidência atingiu seu clímax no trágico dia de 27 de
junho de 1844, quando Joseph e Hyrum Smith foram assassinados pela turba na cadeia de Carthage. Na
ocasião, havia dois bons homens com eles na cadeia. Um deles era Willard Richards, que
miraculosamente escapou sem se ferir; e o outro era John Taylor, que foi selvagemente ferido. Quatro
balas de pistolas da turba penetraram seu corpo. O relógio que ele carregava em seu bolso impediu que
a vida lhe fosse tirada. Ele teria dado sua vida. Com relação à sua vinda para a Igreja, ele disse:
“Quando entrei para esta Igreja esperava ser perseguido e rejeitado. Esperava que as pessoas fossem
perseguidas. Acredito, no entanto, que Deus falou, que os princípios da verdade eterna foram revelados,
e que Deus tem um trabalho a ser realizado que está em oposição às idéias, visões e noções dos
homens, e eu não sabia mas custaria a minha vida antes que eu terminasse. (...)
“Havia alguma coisa surpreendente em tudo isso? Não. Se mataram Jesus nos tempos antigos, não
haveria o mesmo sentimento e influência produzindo os mesmos resultados nestes tempos? Calculei
quanto me custaria quando comecei e me preparei para o que viesse”. (Journal of Discourses 25:91–92,
February 10, 1884)
Foi ele quem escreveu o que agora temos como a seção 135 de Doutrina e Convênios com relação
à morte de Joseph Smith, dizendo: “Joseph Smith, o Profeta e Vidente do Senhor, com exceção apenas
de Jesus, fez mais pela salvação dos homens neste mundo do que qualquer outro homem que jamais
viveu nele. (...) Viveu grandiosamente e morreu grandiosamente aos olhos de Deus e de seu povo; e
como a maior parte dos ungidos do Senhor na antigüidade, selou sua missão e suas obras com o próprio
sangue; o mesmo fez seu irmão Hyrum”. (D&C 135:3)
Foi com esse tipo de lealdade ao líder e de fidelidade que ele deu a vida, que apoiou a causa e
levou-a adiante naqueles dias sombrios e problemáticos que teve pela frente. A fé de John Taylor
naqueles momentos difíceis foi inconfundível. Ouçam suas palavras com relação à posição da Igreja
naquele ano fatídico de 1844: “É inaceitável a idéia de a igreja estar desorganizada e dispersa porque o
Profeta e o Patriarca foram mortos. Esta igreja tem as sementes da imortalidade em seu meio. Não é do
homem, nem pelo homem, é fruto da Deidade. Está organizada de acordo com o padrão dos seres
celestiais, através dos princípios de revelação; pela comunicação dos céus, pelo ministério dos anjos e
as revelações de Jeová. Não é afetada pela morte de um ou dois, ou cinqüenta indivíduos. (...) As
épocas e as estações podem mudar, revoluções podem suceder revoluções, tronos podem cair, impérios
podem ser dissolvidos, terremotos podem fender a Terra do centro até a circunferência, as montanhas
podem ser arrancadas de seus lugares e o poderoso oceano movido de seu lugar; mas em meio à colisão
dos mundos e a ruptura da matéria, a verdade, a verdade eterna deve prevalecer inalterada, e os
princípios que Deus revelou aos seus santos ficarem ilesos em meio aos elementos em guerra, e
permaneçam firmes como o trono de Jeová”. (Times and Seasons 5:744, December 15, 1844)
(“Dedication of the John Taylor Building,” BYU 1982–83 Fireside and Devotional Speeches,
September 14, 1982, pp. 17–18)
Joseph F. Smith
Gostaria de iniciar lendo um sonho que o Presidente Joseph F. Smith teve quando era rapaz. Como
é de conhecimento de alguns, o Presidente Joseph F. Smith foi o sexto presidente da Igreja. Ele serviu
por 17 anos, de 1901 a 1918. (...)
Aos 11 anos, esse menino órfão conduziu uma parelha de bois com sua mãe, atravessando as
planícies até este vale. Aos 15 anos, foi chamado para uma missão no Havaí. Viajou até São Francisco
e trabalhou num moinho, juntando dinheiro a fim de ir para as ilhas.
Naquela época, o Havaí não era um centro turístico. A população era basicamente formada de
havaianos nativos. Eram quase todos pobres, mas muito generosos com o que possuíam. Ele aprendeu a
falar a língua deles e a amá-los. Nunca deixou de amar o povo havaiano, e eles nunca deixaram de amá-
lo. Contei tudo isso para que conheçam as circunstâncias do sonho que teve enquanto servia, sendo
ainda muito jovem. Estas foram as suas palavras:
“Senti-me muito deprimido, certa vez [quando estava] na missão. Estava quase nu e inteiramente
sem amigos, contando apenas com a amizade de um povo pobre e inculto (...). Sentia-me tão
insignificante na minha pobreza, falta de inteligência e conhecimento, sendo apenas um menino, que
dificilmente ousaria olhar um (...) homem no rosto.
Nessas condições sonhei [certa noite] que estava viajando. Tinha a impressão de que devia me
apressar, correr com todas as minhas forças, pois temia chegar atrasado demais. Segui apressadamente,
o mais rápido que podia, e tinha consciência de ter somente uma pequena trouxa: um lenço com um
pequeno embrulho nele. Não sabia exatamente o que era, enquanto corria o mais rápido possível; mas
finalmente cheguei a uma esplêndida mansão. (...) Sabia que era o meu destino. Ao
dirigir-me para lá, tão rapidamente quanto me era possível, vi um cartaz com a inscrição: ‘Banho.’
Desviei-me rapidamente do caminho, fui para o banheiro e lavei-me até ficar limpo. Abri a pequena
trouxa que carregava e encontrei roupas brancas e limpas, uma coisa que eu não via há muito tempo,
porque o povo com quem eu vivia não se preocupava em limpar muito bem as coisas. As minhas
roupas, porém, eram limpas e eu as vesti. Dirigi-me, então, apressadamente para o que parecia ser uma
grande abertura ou porta. Bati e a porta se abriu; o homem que me atendeu foi o Profeta Joseph Smith.
Olhou-me com certa reprovação e suas primeiras palavras foram: ‘Joseph, você está atrasado’. Mas eu,
confiante, disse:
‘Sim, mas estou limpo, estou limpo!’
Ele segurou-me a mão e puxou-me para dentro, fechando a grande porta. Senti sua mão tão
tangível quanto a mão de um bom homem. Eu o conhecia. Quando entrei, vi meu pai, Brigham
[Young], Heber [C.Kimball], Willard [Richards] e outros bons homens que havia conhecido, em uma
fila. Olhei e vi um vale que parecia tão grande quanto o vale do Lago Salgado e parecia repleto de uma
imensa multidão, mas na cena estavam todas as pessoas que eu havia conhecido. Minha mãe
encontrava-se lá, sentada com uma criança ao colo. Podia dizer o nome de todos os que me lembrei,
que lá estavam sentados e que pareciam estar entre os escolhidos, entre os exaltados (...)
[Quando tive esse sonho], estava deitado sozinho em uma esteira, no alto das montanhas do Havaí.
Não havia ninguém comigo. Na visão, porém, toquei o Profeta com a mão e vi um sorriso em seu
semblante (...)
Naquela manhã, quando acordei, embora menino, eu era um homem. Não havia nada no mundo
que eu temesse [depois daquilo]. Poderia me defrontar com qualquer homem, mulher ou criança e olhá-
los no rosto, sentindo em minha alma que eu era um homem em todos os sentidos. A visão,
manifestação e testemunho que tive naquela ocasião fizeram de mim o que sou, se é que posso ser
considerado bom, limpo ou justo perante o Senhor, ou se existe alguma coisa boa em mim. Isso me tem
ajudado em todas as provações e todas as dificuldades”. [Gospel Doctrine, 5th ed. [1939], 542–43).
A essência desse sonho significativo encontra-se na reprimenda de Joseph Smith ao jovem Joseph
F. O Profeta disse: “Joseph, você está atrasado”.
Joseph F. respondeu: “Sim, mas eu estou limpo, estou limpo!”
Em conseqüência desse sonho, o menino transformou-se em homem. Sua declaração “estou
limpo” deu-lhe autoconfiança e coragem para enfrentar qualquer pessoa ou situação. Ele recebeu a
força que provém de uma consciência limpa, corroborada pela aprovação do Profeta Joseph. (“‘Be Ye
Clean,’” Ensign, May 1996, pp. 46–47)
Heber J. Grant
Ouvi o Presidente Grant em várias ocasiões, antes de conhecê-lo pessoalmente. Meu irmão e eu,
quando adolescentes, vínhamos a este tabernáculo para as conferências, quando havia espaço suficiente
para todos os que quisessem entrar. Como é costume dos jovens, sentávamo-nos no balcão, bem no
fundo do edifício. Eu ficava sempre impressionado quando aquele homem alto se levantava para falar,
pois sentia uma espécie de eletricidade passar pelo corpo. Sua voz se elevava para prestar testemunho
do Livro de Mórmon. Quando dizia que o Livro é verdadeiro, eu sabia que era. Falava com grande
poder sobre a Palavra de Sabedoria, não hesitando em prometer bênçãos ao povo, se guardassem esse
princípio. Medito freqüentemente sobre a miséria humana, o sofrimento resultante do consumo de
cigarros, a pobreza causada pelo álcool, o que poderia ser evitado caso seu conselho profético fosse
observado.
Falava sobre a lei do dízimo. Ainda posso ouvir seu grande testemunho a esse respeito.
Mencionava a oferta de jejum e dizia, como me lembro dele em minha infância, que se o mundo todo
obedecesse a esse simples princípio dado por revelação de Deus, as necessidades dos pobres da Terra
seriam atendidas, sem que fosse necessário cobrar impostos do povo para fazê-lo.
Advertia-nos acerca da escravidão da dívida. O mundo naquela época procurava enriquecer
desenfreadamente. Então, veio a Quinta-feira Negra de novembro de 1929. Eu tinha dezenove anos e
estava na universidade. Vi a economia desmoronar-se e homens que eu conhecia perderam tudo quando
seus credores os pressionaram. Presenciei muito do trauma e do estresse da época. Pensei depois, como
tenho pensado até hoje, que muitas pessoas poderiam ter escapado à dor, miséria, sofrimento,
dificuldades e problemas, se tivessem ouvido o conselho do profeta a respeito de dívidas pessoais.
(“‘Believe His Prophets,’” Ensign, May 1992, p. 51)
David O. McKay
O Presidente David O. McKay era um homem alto, bonito, robusto, gostava de competições, tinha
uma mente brilhante e um espírito encantador. Ele era animado, estava sempre encorajando, elevando,
vendo o lado bom das coisas, e desafiando as pessoas a prosseguirem em frente.
Em uma certa ocasião ele submeteu-se a uma longa entrevista feita por um escritor renomado
internacionalmente que havia entrevistado pessoas grandes e famosas no mundo. A secretária do
Presidente McKay contou-me que após esse homem ter saído do escritório do Presidente, depois de
uma sessão de perguntas e respostas, disse a ela: “Hoje, pela primeira vez na minha vida, falei com um
profeta. Falei com um homem extraordinário que estará sempre em minha mente, superior a todos com
quem falei através dos anos e pelo mundo. Tive uma experiência incomum e maravilhosa pela qual sou
grato”.
Ninguém podia ficar na presença do Presidente McKay sem ficar impressionado com a enorme
força de sua personalidade. Ele era um gigante entre os homens, imponente na aparência e notável em
caráter, um verdadeiro príncipe. Ao trabalhar sob sua direção em diversos projetos, constantemente
maravilhava-me na profundidade de sua compreensão, no seu vasto entendimento, seu grande poder de
comunicação e a incansável busca de seus objetivos.
Ele era um homem que reverenciava o Todo-Poderoso como o autor de toda a verdade. Ele foi um
verdadeiro discípulo de Jesus de Nazaré. Sem egoísmo, ele consagrava seu tempo a serviço de seu
Senhor e Mestre, e trazia esperança, renovação, e fé a todos com quem se associava. (...)
Ele gostava da vida. Ele honrava a aprendizagem. Sabia como lutar pela vitória. Gostava dos
jovens que buscavam adquirir conhecimento. Ele não via limitações no que eles poderiam realizar
quando eram guiados e persuadidos por professores e treinadores dedicados. Sim, ele era de fato, um
homem notável, um caráter único, um dedicado, feliz e bom líder entre as pessoas. Eu o amava; eu o
amarei sempre como um homem que pode se erguer como exemplo diante de um mundo inteiro.
(David O. McKay Events Center Dedication, Utah Valley State College, April 22, 1995)
Ele era um homem gentil. Ele amava as coisas refinadas da vida, as artes. Ele conseguia recitar os
clássicos. Vocês descobrirão, ao lerem seus sermões, que ele citava Shakespeare com freqüência, assim
como outros grandes nomes da literatura inglesa. Isso provinha de seus estudos para ser educador. Sua
primeira profissão foi a de professor, e ele foi um professor muito bom toda a sua vida em seu
excelente trabalho na organização da Escola Dominical da Igreja, em seu maravilhoso trabalho no
Sistema Educacional da Igreja. Foi ele quem teve a visão de construir a Faculdade da Igreja no Havaí,
que veio a se tornar o Campus do Havaí da BYU.
Ele era um homem de visão. Era um homem de fé. Era um homem com um enorme poder de
comunicação. Ele tinha confiança nos jovens e reconhecia neles seu potencial. Ele podia olhar acima de
suas excentricidades e visualizar aquele rapaz ou moça no futuro. Ele tinha um grande e maravilhoso
espírito à sua volta.
Ele era tipicamente um profeta. (...) Ele era simplesmente um homem atencioso, gentil e bondoso.
[Ele tinha uma] personalidade alegre e vivaz. Ele gostava de humor limpo, bom e saudável. Sabia como
ouvi-lo e como contá-lo. O grande poder que possuía, porém, era o de motivar as pessoas. Posso vê-lo,
ainda em minha mente, no púlpito, alto e majestoso, erguendo as mãos para uma vasta congregação ao
falar palavras inspiradas e motivadoras, fazendo com que todos os presentes desejassem viver um
pouco melhor como santos dos últimos dias. (Interview with Glenn Anderson of BYU Media Services,
October 7, 1996)
Harold B. Lee
Harold B. Lee (...) foi um homem que amei. Durante seu curto período na presidência, viajamos
juntos para a Europa em duas ocasiões. Foram dias maravilhosos em que conversamos muito. Eu era o
companheiro júnior nessas viagens e ele falou de coração aberto sobre diversas coisas. Preveniu-nos
acerca de negligenciar a família, dizendo que o melhor trabalho que poderíamos fazer era dentro das
paredes de nosso lar. Aconselhou-nos a observarmos os grandes campos e cultivarmos os pequenos.
Isso significava que deveríamos captar a grandiosidade dessa obra, e depois, prestar conta fielmente de
nossas próprias responsabilidades em relação a ela. Ele vinha de um lar humilde e desenvolveu grande
sensibilidade pelos pobres. Foi o primeiro diretor administrativo do programa de bem-estar, implantado
em 1936, e ensinou seus princípios em toda a Igreja. Por seu intermédio, fui chamado para servir como
presidente de estaca e ele me designou para esse cargo. Ainda me lembro de algumas palavras daquela
bênção: “Seja sensível aos sussurros do Espírito. Seja lento em criticar e rápido em encorajar”.
Recomendo-lhes esse mesmo conselho, pois veio de um profeta vivo de Deus. (“‘Believe His
Prophets,’” Ensign, May 1992, p. 52)
Spencer W. Kimball
Que exemplo magnífico ele tem sido para todos nós. Ele impulsionou essa obra de modo
formidável. A Igreja inteira acelerou seu ritmo e alongou seus passos, atendendo ao seu chamado claro
e preciso. Ele tem sido nosso profeta, um profeta cujas visões e revelações chegaram aos povos de toda
Terra. (“He Slumbers Not, nor Sleeps,” Ensign, May 1983, p. 5)
Desejaria falar-lhes umas poucas palavras sobre o meu testemunho a respeito do Presidente
Spencer W. Kimball. Durante cerca de quarenta e dois anos ele serviu como Apóstolo e Profeta. Seu
comovente exemplo de humildade sincera, seu amor imenso às pessoas, seus tranqüilos e sinceros
pronunciamentos de fé tocaram a todos nós. A majestade de sua vida residia em sua simplicidade.
Nunca houve em seu caráter o mínimo de ostentação, vanglória e orgulho. No entanto, deixava
transparecer uma excelência que brilhava qual ouro. Foi um homem de cuja vida a mão de Deus
eliminou o palhiço da mediocridade. Eu o amava com o afeto que conhecem e sentem os homens a
serviço do Senhor. (“Come and Partake,” Ensign, May 1986, p. 46)
Esse homem bondoso e de baixa estatura era tão diligente, tão enérgico, tão determinado a vencer
qualquer obstáculo, que até mesmo a deficiência de sua voz se tornou um trunfo em sua vida. Quando
se levantava para falar, todos ouviam. Quem poderia um dia esquecer sua grande e incentivadora
declaração: “Tanta coisa depende de nossa disposição de tomar decisões, em conjunto ou
individualmente, que os níveis de desempenho atuais não são aceitáveis para (nós) ou (...) para o
Senhor. Dizendo isso, não estou pedindo mudanças extraordinárias, temporárias, em nossos níveis de
desempenho, mas uma resolução serena (...) de fazer um trabalho melhor, de alongar nossos passos”.
(The Teachings of Spencer W. Kimball, ed. Edward L. Kimball [Salt Lake City: Bookcraft, 1982], p.
174)
O chamado para alongar o passo espalhou-se pela Igreja inteira. Muitos levaram-no a sério e
trabalharam com maior entusiasmo e dedicação, e devido a isso foram abençoados. Quão grande é
nossa dívida para com esse homem bondoso e gentil e sua liderança profética! (“‘Believe His
Prophets,’” Ensign, May 1992, p. 52)
Howard W. Hunter
Muito se tem dito sobre sua gentileza, solicitude e cortesia para com os outros. Tudo isso é
verdadeiro. Ele entregou-se ao padrão do Senhor que tanto ama. Ele era um homem calmo e ponderado.
Sabia falar com firmeza e emitir opiniões sábias. Durante vinte anos sentei-me no Conselho dos Doze,
da época que fui ordenado ao apostolado em 1961 até quando fui chamado para a Presidência em 1981.
Contam-se às centenas as reuniões em que me sentei a seu lado. Eu o vi em todos os seus estados de
espírito, em horas de reflexão e ao expressar suas opiniões. (...)
O irmão Hunter era dócil e gentil, mas também era forte e persuasivo em suas declarações. Como
tem sido dito, ele foi treinado na lei. Ele sabia como apresentar um assunto. Ele planejava as diversas
premissas de maneira ordenada. Ele partia delas para chegar à sua conclusão. Quando falava, todos
ouvíamos. Suas sugestões, na maioria das vezes, prevaleciam. Quando, porém, nao eram aceitas tinha
flexibilidade para retirar sua defesa e aceitar a decisão do Presidente da Igreja, seu profeta, e
posteriormente ir pela Igreja apoiando com convicção a conclusão alcançada e o programa
determinado. (“A Prophet Polished and Refined,” Ensign, April 1995, pp. 33–34)
PROGRESSO ETERNO
O propósito básico do evangelho é conduzir-nos para a frente e para cima em direção a maiores
objetivos, sim, até a divindade. Essa grande possibilidade foi expressa pelo Profeta Joseph Smith no
sermão de King Follet (Ver Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, pp. 333–53) e salientada pelo
Presidente Lorenzo Snow. É este maravilhoso e incomparável conceito: Como Deus é hoje, o homem
pode vir a ser! (Ver The Teachings of Lorenzo Snow, comp. Clyde J.Williams [Salt Lake City:
Bookcraft, 1984], p. 1) (...)
O dia de hoje faz parte da eternidade (...)
O preço do desenvolvimento eterno é a vigilância eterna. (Don’t Drop the Ball,” Ensign,
November 1994, p. 48)
As pessoas algumas vezes perguntam-me: “Qual é o seu versículo favorito das escrituras?” Digo-
lhes que tenho muitos, mas dentre eles existe um pelo qual tenho um amor especial. Está na seção 50 de
Doutrina e Convênios onde se lê o seguinte: “E aquilo que não edifica não é de Deus e é trevas.
Aquilo que é de Deus é luz; e aquele que recebe luz e persevera em Deus recebe mais luz; e essa
luz se torna mais e mais brilhante, até o dia perfeito”. (D&C 50:23–24). Peço a vocês que ponderem
essas palavras: “Aquilo que é de Deus é luz; e aquele que recebe luz e persevera em Deus recebe mais
luz; e essa luz se torna mais e mais brilhante, até o dia perfeito.” Para mim, nessas poucas palavras há
um conceito maravilhoso abrangendo o plano eterno de Deus em favor dos Seus filhos e filhas que Ele
tanto ama. Essa afirmação fala de aprendizagem. Fala do presente e da eternidade. Fala de crescimento
e desenvolvimento. É uma afirmação positiva e maravilhosa. (“True to the Faith,” Salt Lake Valley-
Wide Institute Fireside, January 21, 1996)
RAIVA
[Decidamos] em nosso coração viver o evangelho, ser fiéis e verdadeiros, ter a força para ignorar
as pequenas coisas que poderiam levar a uma discussão e problemas, dispostos a perdoar e “confiar em
Deus e viver”. (Alma 37:47)
É tão fácil tropeçar. E às vezes tão difícil não levantar a voz, quando pequenas coisas nos irritam.
(“Small Acts Lead to Great Consequences,” Ensign, May 1984, p. 83)
O amor é a própria essência da vida familiar. Por que os filhos que amamos se tornam tantas vezes
alvo de nossas recriminações? Por que esses filhos que amam seus pais, às vezes os magoam com
palavras que parecem punhais afiados? “Tudo é belo em derredor”, tão somente se houver “amor no
lar”. (Hinos, nº 188) (“Let Love Be the Lodestar of Your Life,” Ensign, May 1989, p. 67)
O temperamento violento é uma coisa terrível e corrosiva, mas, o que é mais trágico, não resolve
nada; só alimenta o mal com ressentimentos, rebelião e dor. Aos homens ou rapazes que me estejam
ouvindo e tenham dificuldade em controlar a língua, eu gostaria de sugerir que rogassem ao Senhor,
pedindo-lhe que lhes desse força para sobrepujar tal fraqueza; que peçam desculpas àqueles que
ofenderam e procurem desenvolver o poder de disciplinar a língua.
Aos rapazes que aqui estão, gostaria de sugerir que controlem seu gênio agora, nestes anos de
formação. Como o irmão Haight lembrou-os, este é o tempo de sua vida em que deverão desenvolver o
poder e a capacidade de disciplinar a si mesmos. Poderão pensar que ficar zangados, praguejar e
profanar o nome do Senhor é coisa de homem, mas não é. É uma indicação de fraqueza. A ira não é
uma expressão de força. É indicação de que a pessoa é incapaz de controlar pensamentos, palavras e
emoções. Naturalmente, é fácil ficar zangado. Quando essa fraqueza nos domina, a força da razão nos
abandona. Cultivem o grandioso poder da auto-disciplina. (“Our Solemn Responsibilities,” Ensign,
November 1991, p. 51)
Os lares estão repletos de problemas. Existe muita raiva, esta coisa terrível e corrosiva chamada
raiva. Faço um apelo a vocês, homens portadores do sacerdócio: Controlem a língua. Saiam pela porta
em vez de gritarem. Exerçam o auto-domínio. Amem seus filhos. Respeitem-nos. Não fará nenhum
bem espancá-los. Isso só os tornará ressentidos. Tratem-nos com amor, gentileza e respeito, e eu não
hesito em prometer que dia virá em que se ajoelharão e agradecerão ao Senhor pelas bênçãos
derramadas sobre vocês e sua família. (Anchorage Alaska Regional Conference, June 18, 1995)
Apreciei a música deste maravilhoso coro masculino cantando o hino de Charles W. Penrose [não
existente em português]:
Sabem como ele veio a ser escrito? Ele estava presidindo na Inglaterra havia onze anos. Ele nunca
estivera nos Estados Unidos e, de fato, não conhecia a organização da Igreja. Ele achava que haviam
esquecido dele. Ele estava presidindo em Liverpool, e quando finalmente foi desobrigado preparou-se
para mudar. Durante aqueles onze anos ele havia acumulado algumas peças de mobília além das
fornecidas pela Igreja. Ele chamou a companhia de mudanças e levou suas coisas para fora da casa,
colocando-as no carroção. Alguns dos santos se aproximaram e disseram: “Olhem. O Presidente
Penrose está roubando a mobília da Igreja.”
Ele era um inglês impetuoso e tinha um gênio forte. Quando ouviu esse comentário ele se irritou,
pulou do carroção, foi para o seu quarto e escreveu essas palavras colocando-as numa música
conhecida. “Controle o gênio, meu irmão; Discipline sua alma irascível e impulsiva.(...)” Essa é a
história do hino que foi cantado. É um hino grandioso, com uma mensagem para cada um de nós, cada
um. Tantas pessoas se irritam com coisas tão pequenas. Perdemos o controle. Não sabemos dominar
nossas emoções. Chega-se cansado em casa, após pegar um trem, por volta das dezenove horas e
desconta-se nos filhos e na esposa. “Controle o gênio, meu irmão.” Por favor, controlem seu
temperamento. Em qualquer situação, controlem seu temperamento. (Potomac Virginia Regional
Conference, priesthood leadership session, April 26, 1997)
REATIVAÇÃO E RETENÇÃO
Ver também Integração
Aqui se encontra a chave para a reativação de muitos que se deixaram ficar à beira do caminho.
Cada um tem um talento que pode ser utilizado. Cabe aos líderes a tarefa de combinar tais talentos com
as necessidades, e a seguir fazer um desafio. (“What This Work Is All About,” Ensign, November
1982, p. 8)
Reconheço que muitas nesta vasta congregação não tiveram possibilidade de casar-se no templo,
ou porque o marido não é membro da Igreja ou ainda não se qualificou para entrar na casa do Senhor.
Gostaria de dizer-lhes que sejam pacientes, orem sempre, reprimam sua tendência a criticar. Vivam de
modo que seu companheiro veja em vocês a bondade, a virtude e a força advinda do evangelho.
Lembro-me de uma família que conheci há uns cinqüenta anos. A esposa era um membro
dedicado da Igreja. O marido não era membro, fumava e bebia. Ela esperava e orava. Vivia à espera do
dia em que o coração dele fosse tocado pelo Espírito do Senhor. Os anos foram-se somando, chegando
a mais de uma década. Ela era um exemplo de bondade, alegria e fé. Passados muitos anos, o coração
dele começou a abrandar-se. Viu o que a Igreja fazia por ela e pelos filhos. Mudou de vida. Humilhou-
se. Foi batizado. Desde então, já serviu como presidente de quórum, bispo, missionário e oficiante do
templo.
Ninguém falha até que pare de tentar. E não se esqueçam de que o seu exemplo no lar será um
sermão muito mais persuasivo do que qualquer outra pregação. (“Live Up to Your Inheritance,”
Ensign, November 1983, p. 82)
Gostaria de mencionar algo que tenho falado em muitas de nossas reuniões. É com relação às
desanimadoras perdas que temos entre os conversos da Igreja, como também entre os membros em
geral. Sinto que muito do que acontece é desnecessário. (...) Tenho algo como um slogan que lhes
recomendo: “Salvem o converso. Restaurem o inativo”.
Gostaria de enfatizar que há um crescimento positivo e maravilhoso na Igreja. De um modo geral,
há maior atividade atualmente do que jamais tivemos em meio século, apesar do fato de estarmos
alcançando áreas distantes do mundo. Temos todas as razões para nos sentirmos encorajados. No
entanto, cada converso cuja fé esfria é uma tragédia. Qualquer membro que fique inativo é motivo de
grande preocupação. O Senhor deixou as noventa e nove para ir em busca da ovelha perdida. Sua
preocupação pelo inativo foi tão séria que ele fez disso tema de uma de Suas grandes lições. Não
podemos deixar que se percam. Precisamos constantemente manter os líderes da Igreja e os membros
cientes da grande obrigação de integrarem de modo verdadeiro, caloroso e maravilhoso os que vêm à
Igreja como conversos, e buscar com amor os que por uma razão ou outra caminham nas sombras da
inatividade. Há grande evidência de que isso pode ser realizado onde exista o desejo de assim fazê-lo.
(Regional Representatives Seminar, March 31, 1989)
Gostaria de dar-lhes uma chave tríplice para reter os conversos. É muito simples. Amem-nos.
Dêem-lhes desafios. Agradeçam-lhes. (...) Deixe que saibam do seu interesse por eles. Coloquem seus
braços em volta deles. Deixem-nos sentir o calor de seu interesse e preocupação. Dêem-lhes algo para
fazer. Eles não crescerão firmes na fé sem que se exercitem. Fé e testemunho são como os músculos do
meu braço. Se uso meus músculos e os alimento, eles crescerão mais fortes. Se eu colocar o braço em
uma tipóia e o deixar lá, ele se tornará fraco e ineficiente, e assim é com o nosso testemunho.
Alguns de vocês dizem que não estão prontos para assumirem responsabilidades. Nenhum de nós,
porém, estava pronto quando o chamado nos foi feito. Posso dizer-lhes isso por experiência pessoal.
Vocês acham que eu estava pronto para este grande e sagrado chamado? Senti-me oprimido. Senti-me
inadequado. Ainda sinto-me oprimido. Ainda sinto-me inadequado. Tento, porém, prosseguir em
frente, buscando a bênção do Senhor e tentando fazer Sua vontade, esperando e orando para que meu
trabalho seja aceitável a Ele. A primeira responsabilidade que tive nesta Igreja foi como conselheiro do
presidente do quórum dos diáconos quando tinha doze anos de idade. Sentia-me inadequado. Sentia-me
oprimido. Tentei, no entanto, assim como vocês, e após aquele chamado vieram outras
responsabilidades. Nunca tive um sentimento de estar adequado, mas sempre um sentimento de
gratidão e o desejo de tentar.
Agradeçam-lhes. Algumas vezes somos muito lentos na Igreja para agradecer as pessoas pelos
serviços que elas nos prestam. Todo mundo sente-se grato por uma palavra de gratidão.
Amem-nos. Desafiem-os com responsabilidades. Tolerem seus erros, se os cometerem, e ensinem-
nos gentil e graciosamente. (Berlin Germany Regional Conference, priesthood leadership session, June
15, 1996)
Para quem viveu no mundo e participou de seus caminhos é difícil entrar nesta Igreja. Fazemos as
coisas de modo diferente e essas pessoas necessitam de ajuda. Elas precisam de companheirismo. Elas
necessitam de amor. Elas necessitam de direcionamento. Precisam de gentileza quando cometem um
erro. Precisam aprender sobre esta Igreja. Precisam ter algo para fazer. Faço-lhes um apelo (...) um
apelo urgente de colocarem seus braços em volta desses conversos e fazer com que se sintam bem-
vindos à Igreja. Não há necessidade alguma de perdê-los. Não necessitaremos perder os conversos à
Igreja se estivermos tão ansiosamente engajados em apoiá-los em seus problemas, como os
missionários estiveram em ensinar-lhes o evangelho. Isso coloca sobre mim e vocês uma carga muito
séria e premente. (Palm Springs California Regional Conference, February 9, 1997)
Com o número crescente de conversos, precisamos de um esforço significativamente maior no
sentido de ajudá-los a encontrar o rumo. Todos esses conversos precisam de três coisas: fazer um
amigo, ter uma responsabilidade e ser nutridos “pela boa palavra de Deus”. (Morôni 6:4) Para nós, é
um dever e uma oportunidade proporcionar-lhes essas coisas.
Para exemplificar o que disse, quero contar-lhes um de meus fracassos. Acho que algumas pessoas
imaginam que eu nunca tive fracassos na vida. Tive. Permitam-me contar-lhes um deles:
Há sessenta e três anos, enquanto servia como missionário nas Ilhas Britânicas, meu companheiro
e eu ensinamos um rapaz que tive o privilégio de batizar. Ele era bastante instruído, refinado e
estudioso. Sentia-me muito orgulhoso por aquele talentoso rapaz ter-se filiado à Igreja. Senti que tinha
todas as qualidades para tornar-se no futuro um líder entre nosso povo.
Ele estava no processo de fazer a difícil transição de converso para membro. Por um curto período
de tempo antes de eu ser desobrigado, tive a oportunidade de tornar-me seu amigo. Depois disso, recebi
minha desobrigação. Ele recebeu um pequeno cargo no ramo de Londres. Nada sabia a respeito do que
dele era esperado e cometeu um erro. O homem que liderava a organização na qual o rapaz servia podia
ser descrito como alguém muito crítico e com pouco amor no coração. De modo bastante impiedoso,
ele repreendeu meu amigo, que havia cometido apenas um erro.
Naquela noite, o rapaz saiu da casa alugada onde realizávamos as reuniões muito magoado com
seu líder. Ele disse a si mesmo: “Se é esse o tipo de pessoa que são, nunca mais voltarei àquele lugar”.
Ele tornou-se inativo. Os anos passaram-se (...)
Quando estive na Inglaterra, procurei ansiosamente encontrá-lo. (...) Voltei para casa e finalmente,
depois de uma longa busca, consegui descobrir seu endereço.
Escrevi-lhe uma carta. Ele respondeu, mas sem mencionar o evangelho.
Quando visitei novamente a Inglaterra, procurei por ele outra vez. Encontrei-o no dia em que iria
viajar de volta para casa. Telefonei para ele e marcamos um encontro na estação do metrô. Abraçamo-
nos quando nos vimos. Eu tinha pouco tempo sobrando, antes da hora de embarcar no avião, mas
conversamos um pouco de modo bastante caloroso. Ele deu-me outro abraço quando nos despedimos.
Decidi que não iria mais perder contato com ele. (...)
Os anos passaram-se. Eu envelheci e ele também. Ele aposentou-se e mudou-se para a Suíça. Certa
ocasião, quando eu visitava a Suíça, desviei-me de meu roteiro para procurar a pequena cidade onde ele
morava. Passamos grande parte do dia juntos: ele, a esposa, minha mulher e eu. Passamos momentos
muito agradáveis, mas era evidente que a chama da fé havia-se apagado há muito tempo. Tentei de
todas as maneiras, mas não consegui encontrar um meio de reacendê-la. Continuei a corresponder-me
com ele depois disso. Enviei-lhe livros, revistas, gravações do Coro do Tabernáculo e outras coisas, que
ele disse ter ficado contente em receber.
Ele morreu há alguns meses. Sua esposa escreveu-me para dar a notícia de seu falecimento. Ela
disse: “Você foi o melhor amigo que ele já teve”.
Verti lágrimas ao ler a carta. Eu sabia que havia fracassado. Talvez se eu estivesse lá para dar-lhe
apoio quando foi ofendido, sua vida tivesse sido diferente. Acho que eu poderia tê-lo ajudado então.
Acho que eu poderia ter aliviado sua mágoa. Meu único consolo é saber que eu tentei. Minha única
tristeza é ter fracassado.
O desafio que enfrentamos é maior do que nunca porque o número de conversos atuais é o maior
que já tivemos. (...) Todo converso é precioso. Todo converso é um filho ou filha de Deus. Todo
converso é uma grande e séria responsabilidade. (...)
Numa recente entrevista com a imprensa, perguntaram-me: “O que lhe traz mais satisfação ao ver
o trabalho que a Igreja está realizando atualmente?”
Minha resposta foi: “A experiência mais gratificante para mim é ver o que o evangelho faz pelas
pessoas. Ele dá-lhes uma nova perspectiva de vida. Faz com que tenham uma visão das coisas que
nunca experimentaram antes. Eleva sua atenção para as coisas nobres e divinas. Algo acontece a elas
que é um milagre observar. As pessoas olham para Cristo e vivem”.
(...) Precisamos de sua capacidade de fazer amizades. Precisamos de seu senso de
responsabilidade. O Salvador da humanidade deixou as noventa e nove para ir atrás da que se
desgarrou. A ovelha que se desgarrou não precisava ter se desgarrado, mas se estiver lá fora perdida nas
trevas devemos procurá-la, mesmo que para isso tenhamos que deixar as outras noventa e nove.
(“Converts and Young Men,” Ensign, May 1997, pp. 47–48)
REDENÇÃO DOS MORTOS
Ver também História da Família, Trabalho de; Sacerdócio: Poder Selador; Templo
A salvação do Senhor aplica-se a todo homem, mulher, e criança sob a face da Terra. A exaltação
da família de nosso Pai está na realização das ordenanças exigidas, ao prosseguirem na estrada que leva
à imortalidade e vida eterna. Encontrar registros precisos da história familiar e a realizar a obra que se
segue no templo são condições básicas neste vasto empreendimento que o Senhor colocou sobre nossos
ombros. (Phoenix Arizona North/West Regional Conference, January 13, 1991)
Tenho estado enormemente impressionado com a prioridade que o Senhor dá a esse trabalho.
A grande promessa deste trabalho, o trabalho que faz com que o coração dos filhos se voltem aos
pais para que os pais sejam completamente redimidos, foi concedida antes que as placas do Livro de
Mórmon fossem recebidas, antes da
restauração do Sacerdócio Aarônico e de Melquisedeque, antes que a Igreja fosse organizada.
As chaves reais deste trabalho não foram restauradas até 1836, depois da dedicação do Templo de
Kirtland, quando Moisés, Elias e o Profeta Elias apareceram e conferiram as chaves que cada um
possuía. Mas a prioridade deste trabalho, enfatizando a importância dele, foi estabelecida na noite de
1823, treze anos antes.
É interessante observar que foi depois da restauração dessas chaves que se deu origem a um
crescente interesse pela história familiar. O espírito de Elias, como nos referimos a ele, começou a
exercer influência sobre as pessoas, impelindo-as a buscarem as raízes de seus antepassados. Em 1844,
foi organizada a New England Historic Genealogical Society. Foi a primeira deste tipo nos Estados
Unidos, e continuou como uma organização forte e duradoura. Foi seguida por muitas outras, à medida
que milhares de pessoas se voltaram para seus pais. Muitas consideram seu trabalho uma questão de
curiosidade. Mas há um propósito nisso, desconhecido para muitos, mas completamente evidente para
nós. Envolve a própria redenção dos mortos, seu progresso e bem-estar eternos ao longo da estrada que
leva à imortalidade e vida eterna.
Nesse processo deve haver um esforço em duas frentes: a pesquisa necessita estabelecer a
identidade desses indivíduos, e a administração das ordenanças pelos agentes vicários trabalhando em
seu favor. O primeiro se ocupa da pesquisa de história familiar, o segundo com a atividade do templo.
A pesquisa familiar não serviria a qualquer outro propósito que a satisfação da curiosidade, se o
trabalho do templo não fosse efetuado em seguida. Do mesmo modo, somente uma porção do propósito
dos templos seria realizada se não houvesse pesquisa da história familiar.
As ordenanças para os vivos, naturalmente, poderiam prosseguir. Mas o Senhor faria acepção de
pessoas discrimando em favor de uns poucos, a não ser que houvesse meios pelos quais as
oportunidades para essas ordenanças pudessem estar ao alcance de todos. (Jordan River Temple
Workers Christmas Devotional, November 27, 1994)
Para mim é interessante que entre as muitas igrejas deste mundo, esta Igreja seja única e solitária
em declarar a necessidade da administração dessas ordenanças em favor daqueles que não as receberam
na mortalidade. (Jordan River Temple Workers Christmas Devotional, November 27, 1994)
Que bênção é a pesquisa da história da família e da obra no templo em favor dos mortos! Uma
ocasião um homem me disse: “Estou salvo”, em um tom um tanto impetuoso. E eu disse: “E seu pai,
avô e bisavô?” Ele respondeu: “Acho que foram para o inferno”. E eu falei: “Você merece mais as
bênçãos do Salvador do mundo que aqueles que lhe deram a vida, e por intermédio dos quais herdou
sua herança de mente, corpo e espírito? Pode haver um Deus justo que faça acepção de pessoas, que
negaria a um grupo o que é liberalmente dado ao outro?” (Birmingham England Fireside, August 29,
1995)
Desconheço lugar em todo o mundo em que, exceto pelo evangelho restaurado de Jesus Cristo,
seja possível conferir as ordenanças salvadoras do evangelho de Jesus Cristo àqueles que se encontram
além do véu da morte. No Templo de Londres conferi a autoridade seladora a oitenta homens dignos,
que terão o poder de selar nos céus o que for selado na Terra. É a única autoridade que conheço que vai
além do véu da morte. É maravilhosa, única e imensa. (Liverpool England Fireside, August 31, 1995)
REGRA DE OURO
Disse Jesus: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós”.
(Mateus 7:12)
Lembremo-nos (...) de que se ao menos cada um de nós refletisse ocasionalmente na injunção de
Cristo e fizéssemos um esforço para observá-la, o mundo seria diferente. Haveria mais felicidade em
nosso lar; os sentimentos seriam mais brandos entre os companheiros; haveria menos disputas e maior
esforço para acomodar diferenças. Haveria mais amor, apreço e respeito.
Haveria corações mais generosos, mais consideração e preocupação com o outro, e um maior
desejo de espalhar o evangelho de paz e levar o trabalho de salvação para os filhos dos homens. (“‘Do
Ye Even So to Them,’” Ensign, December 1991, p. 4)
Gostaria de contar-lhes a respeito de alguém que viveu a Regra de Ouro. (...) O incidente ocorreu
no Aeroporto Internacional O’Hare, um aeroporto grande e movimentado que serve à cidade de
Chicago. Na ocasião, uma forte tempestade havia ocasionado atrasos e cancelamentos de vôo. As
milhares de pessoas lá detidas estavam impacientes, chateadas e irritadas. Entre essas pessoas
encontrava-se uma mulher, uma jovem mãe que se encontrava na longa fila do balcão de embarque.
Com ela estava uma criança de dois anos sentada no chão a seus pés. A mulher estava grávida. Ela
estava enjoada e cansada ao extremo. O médico dissera-lhe que não poderia abaixar-se nem levantar
peso, de modo que à medida que a fila andava, ela empurrava com o pé a criança que estava no chão,
chorando e com fome. As pessoas que a observavam faziam-lhe severas críticas, mas ninguém oferecia
ajuda.
Um homem surgiu da multidão e com um sorriso bondoso disse-lhe: “A senhora precisa de ajuda.
Deixe-me ajudá-la”. Ele ergueu do chão a criança que chorava e a acalentou em seus braços. Tirou uma
bala do bolso do paletó e deu a ela. O sabor adocicado acalmou-a. Ele explicou às pessoas na fila que a
senhora precisava de ajuda, levou-a até o início da fila, falou com o funcionário da companhia aérea e
logo o seu embarque tinha sido resolvido. Ele logo encontrou um lugar nos bancos do aeroporto onde
ela e a criança puderam sentar-se para aguardar o vôo, conversou por um instante e, logo após,
desapareceu em meio à multidão sem dar seu nome. Ela embarcou e foi para sua casa em Michigan.
Anos mais tarde chegou ao escritório do Presidente da Igreja uma carta que dizia o seguinte:
“Caro Presidente Kimball:
Sou aluno da Universidade Brigham Young. Acabei de voltar de minha missão em Munique, na
Alemanha Ocidental. Minha missão foi muito boa e aprendi muito. (...)
Eu estava numa reunião do sacerdócio na semana passada quando contaram uma história a
respeito da demonstração de amor que o senhor deu em algo que fez no aeroporto de Chicago a mais ou
menos 21 anos. A história mencionava que o senhor encontrou uma jovem mãe grávida com (...) uma
criança que chorava muito (...) esperando em uma longa fila para embarcar em um vôo. Ela estava sob
ameaça de perder a criança da qual estava grávida, se erguesse algum peso e, por isso, não podia pegar
a outra criança no colo. Ela já havia passado quatro vezes pela experiência de perder o bebê que
esperava, o que fez com que o médico tivesse ainda mais razões de proibi-la de se abaixar ou de
levantar peso.
O senhor consolou a criança que chorava e explicou o problema aos outros passageiros que
estavam na fila. Seu ato de amor aliviou a tensão pela qual minha mãe passava. Eu nasci alguns meses
depois em Flint, no Estado de Michigan.
Eu só gostaria de dizer-lhe obrigado pelo seu amor. Obrigado pelo seu exemplo!”
O mundo seria verdadeiramente um lugar diferente se cada um de nós levasse em conta, com
freqüência e seriedade, o pedido do Senhor: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos
façam, fazei-lho também vós (...)”. (Mateus 7:12) (“‘Do Ye Even So to Them,’” Ensign, December
1991, p. 5)
REINO DE DEUS, DIAS ATUAIS
Ver também Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, A
Recentemente enquanto me debatia em minha mente com um problema que pensava ter
conseqüências sérias, ajoelhei-me em oração. Então veio-me à mente um sentimento de paz e as
palavras do Senhor: “Sossegai e sabei que eu sou Deus”. (...)
Deus tece sua tapeçaria segundo seus próprios e grandiosos desígnios. Toda carne está em Suas
mãos. Não é nossa prerrogativa aconselhá-Lo. É nossa responsabilidade e nossa oportunidade estar em
paz com nossa mente e nosso coração, e saber que Ele é Deus, que este é o Seu trabalho e Ele não
permitirá que fracasse.
Não precisamos temer. Não precisamos nos preocupar. Não precisamos especular. Nossa
necessidade premente é cumprir individualmente nossa responsabilidade nos chamados que recebemos.
(...)
O Todo-Poderoso está abençoando Sua Igreja e Seu povo. Ele cuida deles. Ele não tosqueneja nem
dorme ao guiar, dirigir, e a Seu próprio modo, realizar milagres. (“He Slumbers Not, nor Sleeps,”
Ensign, May 1983, p. 6)
Anterior a nós existe uma história gloriosa. Está adornada de heroísmo, tenacidade aos princípios e
uma inquebrantável fidelidade. É o produto da fé. Diante de nós há um grande futuro. Ele começa hoje.
Não podemos parar. Não podemos diminuir o ritmo. Não podemos afrouxar nosso passo ou abreviar
nossa caminhada.
Em um período muito triste de nossa história, quando os inimigos estavam lançando acusações
contra a Igreja, a Primeira Presidência editou uma proclamação para o mundo em que se estabelecem as
dimensões deste trabalho. Eles disseram: “Nossas razões não são egoístas; nossos propósitos não são
fúteis e mundanos; consideramos a raça humana, do passado, presente e futuro, como seres imortais, e é
nossa missão operar sua salvação; e para essa obra, ampla como a eternidade e profunda como o amor
de Deus, dedicamo-nos agora e sempre”. (Messages of the First Presidency, comp. James R. Clark, 6
vols. [Salt Lake City: Bookcraft, 1965–75], 26 March 1907, 4:155)
Com fé devemos seguir avante no cumprimento deste compromisso, tendo sempre uma visão do
todo sem, contudo, negligenciar os detalhes mínimos. Essa visão é o quadro de toda a imensa missão da
Igreja; mas é pintado com uma pincelada por vez por intermédio da vida de todos os membros, cuja
atuação conjunta torna-se a obra da Igreja.
Por isso, cada um de nós é importante. Cada um é como se fosse uma pincelada no mural deste
vasto panorama do Reino de Deus. Se houver espaços vazios, distorções ou áreas de colorido
inadequado então o quadro apresentará defeitos para todos os que o contemplarem.
Alguém dentre nós ousará dizer que, com fé, não poderemos atuar melhor do que no momento?
Não há obstáculo demasiado grande nem desafio muito difícil que não possamos enfrentar com fé.
(“God Grant Us Faith,” Ensign, November 1983, p. 53)
A obra do Senhor avança cada vez mais rapidamente. É possível que falhemos como indivíduos ao
desempenharmos nossa parte, mas se isso acontecer Deus suscitará outros para ocuparem nosso lugar,
pois Ele não permitirá que sua obra seja frustrada.
Estamos familiarizados com as previsões de insucesso dessa obra. Por ocasião da primeira edição
do Livro de Mórmon, críticos grosseiros disseram que ele logo estaria esquecido. Quando os problemas
agravaram-se em Kirtland, os inimigos predisseram o insucesso da obra. Quando os santos foram
expulsos do Missouri, seus perseguidores disseram que logo a Igreja estaria extinta. Quando o Profeta e
Hyrum foram assassinados em Carthage, seus assassinos afirmaram que era o fim da Igreja. Quando em
fevereiro de 1846 os carroções atravessaram o rio para enfrentar o duro inverno de Iowa, os detratores
da Igreja disseram que ela não sobreviveria. Quando os santos se estabeleceram no ermo vale do
Grande Lago Salgado e os gafanhotos devastaram suas plantações, até mesmo entre eles havia quem
achasse que tudo estava acabado.
Mas a obra não parou. Desde sua organização em 1830, a Igreja nunca sofreu um recuo, e jamais
sofrerá. É a causa do Mestre. É a Igreja de Deus. É sua obra estabelecida nos últimos dias. É a pequena
pedra cortada sem mãos da montanha que rolará adiante e encherá toda a Terra. (Ver Daniel 2:44–45)
(“The Miracle Made Possible by Faith,” Ensign, May 1984, p. 48)
O expansão dessa obra tem sido um constante milagre, e que experiência gratificante e
maravilhosa é ser parte dela! Apesar de assolada por vendavais de adversidade, continua avançando
firme no curso que lhe foi traçado pelo Onipotente. E o faz em silêncio, sem grande alarde e ostentação,
tocando beneficamente a vida de homens e mulheres pelo mundo afora. Ela não tem por missão a
construção de um império. Sua missão consiste em pregar a fé e o arrependimento, e levar a verdade e
alegria a todos os que queiram ouvir e aceitar sua mensagem. (“Come and Partake,” Ensign, May 1986,
p. 46)
Algum tempo atrás observei que estava sendo publicado um livro novo, elaborado por incrédulos
como se fosse uma “história” da Igreja. Eu não li o livro, mas sua conclusão (...) é que o futuro da
Igreja é sombrio. Não querendo parecer impertinente, desejaria perguntar aos autores o que eles sabem
sobre o futuro. Eles não sabem nada da missão profética da Igreja! O futuro com certeza parecia
extremamente enigmático em 1830 e, ainda muito mais, quando os santos estavam em Ohio, no
Missouri. Mas apesar da pobreza, roubo, assassinatos, confiscos, violência e privação de direitos civis
impostos sobre os santos nos anos que se sucederam, o trabalho prosseguiu inabalável. E assim tem
continuado a progredir. Nunca esteve tão forte. Nunca esteve tão difundido. Nunca houve tantos cujo
coração foi tocado pelo insaciável conhecimento da verdade.
Essa é a obra do Todo-Poderoso. É o trabalho do Seu Filho Amado, o Senhor Jesus Cristo. É o
evangelho da salvação. Hoje em dia pode haver homens e mulheres que se oponham, assim como
antigamente; no entanto, a obra prossegue porque ela é verdadeira e divina.
Essa é a melhor época na história desta obra. Que grande privilégio e responsabilidade temos em
ser parte importante deste trabalho de Deus nos últimos dias. Não se deixem desviar pelas artimanhas
de Satanás que são tão predominantes em nossa época. Agora, como no passado, temos críticos; até
mesmo dentro da Igreja existem aqueles que parecem se deleitar em buscar cada falha do passado e do
presente.
Sigamos em frente com fé e visão deste grande e maravilhoso futuro que está diante de nós à
proporção que esta obra cresce em força e grandeza. Fortaleça a fé no coração de todos os que o
cercam. (“Go Forward with Faith,” Ensign, August 1986, p. 5)
Estamos empenhados numa grande luta eterna que compreende todas as almas, filhos e filhas de
Deus. Não estamos perdendo. Estamos vencendo. Continuaremos a vencer se formos fiéis e leais.
Podemos fazê-lo. Devemos fazê-lo. Nós o faremos. Não há nada que o Senhor nos peça que com fé não
possamos realizar. (...)
A guerra continua. É travada pelo mundo por questões de livre-arbítrio e compulsão. É travada por
um exército de missionários acerca da verdade e do erro. É travada em nossa vida, dia após dia, em
nossos lares, no trabalho, na escola; é empreendida por questões de amor e respeito, de lealdade e
fidelidade, de obediência e integridade. Todos estamos envolvidos nela. (...) Estamos vencendo e o
futuro nunca pareceu mais promissor. (“The War We Are Winning,” Ensign, November 1986, pp. 44–
45)
“Qual é o futuro da Igreja?”
A responsabilidade dada à Igreja está praticamente além de nossa compreensão. Quando estava na
Terra, o Senhor declarou: “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a
todas as nações, e então virá o fim”. (Mateus 24:14)
Ademais, o trabalho da Igreja está relacionado ao bem-estar eterno de todas as gerações que já
viveram na Terra.
Nenhuma outra organização, a meu ver, enfrenta tão grande desafio. Esse desafio, creio, será
vencido pela geração que surge e pelas gerações vindouras. Por isso, digo à juventude (...) grande é a
sua responsabilidade e tremenda é a sua oportunidade.
Tenho plena convicção de que farão parte de um belo esquema de crescimento e vitalidade que
será maravilhoso observar e impressionante vivenciar.
Como o Profeta Joseph disse, ninguém pode impedir o progresso dessa obra.
Muitos que são espertos e enganadores podem tentar frustrá-lo ou destruí-lo, mas será inútil. (“The
State of the Church,” Ensign, May 1991, p. 54)
Vocês não podem impedir que o trabalho do Senhor progrida. Vocês podem privar-se de desfrutar
suas bênçãos, mas não podem impedir que o trabalho do Senhor prossiga. Esta é a Sua obra, e
independente do que façamos como indivíduos, Ele encontrará um caminho para realizar Seu propósito
eterno. (Vacaville/Santa Rosa California Regional Conference, priesthood leadership session, May 20,
1995)
Que coisa maravilhosa é fazer parte deste sempre crescente reino de nosso Senhor! Não existem
fronteiras políticas separando o coração dos filhos de Deus, a despeito de onde quer que vivam.
Pertencemos todos a uma grande família. (“As We Gather Together,” Ensign, November 1995, pp. 4–
5)
Nossos estatísticos dizem-me que, se a tendência atual continuar, no mês de fevereiro de 1996 (...)
haverá mais membros da Igreja fora dos Estados Unidos do que nos Estados Unidos.
Cruzar essa linha é algo que tem um significado maravilhoso. Isso representa o fruto de um
enorme trabalho para atingir o próximo. O Deus do céu, de quem somos servos, nunca teve a intenção
de que este trabalho fosse limitado a um só lugar. (...)
Ainda não levamos o evangelho a toda nação e tribo e língua e povo. Já fizemos, porém, um
grande progresso. Já chegamos a todos os lugares onde nos foi permitido chegar. Deus está no comando
e as portas serão abertas por Seu poder, de acordo com Sua divina vontade. Tenho confiança nisso.
Tenho certeza disso.
Não consigo entender os de visão limitada, que encaram esse trabalho como limitado e
provinciano. Essas pessoas não têm uma visão ampla dessa obra. Tão certo quanto existe um Pai Todo-
Poderoso no Céu e tão certo como Seu Filho, nosso Redentor Divino, existe, este trabalho está
destinado a chegar a todas as pessoas de todos os lugares. (“Stay the Course — Keep the Faith,”
Ensign, November 1995, pp. 70–71)
Esta é uma época de pessimismo. Nossa missão é uma missão de fé. A meus irmãos e irmãs de
todos os lugares, exorto-os a reforçarem sua fé, a darem prosseguimento a essa obra em todo o mundo.
Ela pode ser fortalecida pela sua maneira de viver. Que o evangelho seja sua espada e seu escudo. Cada
um de nós faz parte da maior causa que existe na Terra. Sua doutrina foi-nos dada por meio de
revelação; seu sacerdócio, por concessão divina. Outra testemunha foi acrescida ao seu testemunho do
Senhor Jesus Cristo. (...)
“Irmãos, não prosseguiremos em tão grande causa? Ide avante e não para trás. Coragem, irmãos; e
avante, avante para a vitória!” (D&C 128:22) Assim escreveu o Profeta Joseph num salmo de fé.
Quão glorioso é o passado dessa grande causa! Ele está repleto de heroísmo, coragem, valentia e
fé. Quão maravilhoso é o presente, ao abençoarmos a vida de pessoas, onde quer que ouçam a
mensagem dos servos do Senhor! Quão magnífico será o futuro à medida que o Todo-Poderoso der
prosseguimento ao seu glorioso trabalho, influenciando positivamente todos os que aceitarem e
viverem Seu evangelho, abençoando eternamente Seus filhos e filhas de todas as gerações por meio do
trabalho altruísta daqueles cujo coração está cheio de amor pelo Redentor do mundo!
Nos dias da Grande Depressão, um cartaz pendia da cerca enferrujada de arame farpado de uma
fazenda. O proprietário escrevera:
Podem imaginar que experiência maravilhosa foi para Joseph Smith e Oliver Cowdery quando
João Batista falou com eles? Aqui estava um homem que viveu na Terra mais que 1.800 anos atrás.
Agora ele estava falando para dois rapazes enquanto impunha as mãos sobre a cabeça deles. Tinha um
corpo ressuscitado. Eles sentiram as mãos, a matéria delas, e entenderam as palavras por ele proferidas.
Isso nos ensina que seres ressuscitados são tangíveis, que se movem e agem, que falam e são
entendidos. (Priesthood Restoration Commemoration Fireside, May 15, 1988)
Assim como a ressurreição do Salvador foi o grande ápice de Sua vida, também é o trabalho no
templo uma certeza tangível de que se um homem morrer ele viverá novamente, e em sua vida futura
ele terá a oportunidade de progredir em direção a exaltação. (Temple Presidents Seminar, August 15,
1989)
De todas as vitórias na história humana, nenhuma é tão grande, nenhuma tão abrangente em seus
efeitos, nenhuma tão duradoura em suas conseqüências como a vitória do Senhor crucificado, que
ressuscitou na manhã da primeira Páscoa. (“The Son of God,” Ensign, December 1992, p. 2)
Estamos aqui com um propósito. Viveremos após morrermos, e tudo isso faz parte da eternidade,
sendo que a chave para a vida eterna é o Sacrifício Expiatório oferecido pelo Salvador. Por intermédio
de Sua crucificação, Sua morte na cruz, e a doação de Sua vida, veio a ressurreição. Como Paulo disse:
“Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo”. (I
Coríntios 15:22) Ele foi as primícias da ressurreição, e por intermédio dessa grande, maravilhosa
dádiva proveniente da graça de Deus, sem nenhum esforço de nossa parte, adveio uma bênção ainda
maior que nos conduz à vida eterna e à exaltação no reino de nosso Pai. (England Birmingham
Missionary Meeting, August 29, 1995)
Agradeço ao Senhor pela certeza que temos da imortalidade da alma. Andamos por antigos
cemitérios onde foram enterrados os mortos falecidos muito tempo atrás. Algum dia eles se levantarão
na ressurreição, com um corpo e espírito renovados sob o plano do Todo-Poderoso, que se tornou
possível através do Sacrifício Expiatório do Senhor Jesus Cristo. Que coisa maravilhosa! Não
precisamos nos sentir entristecidos. Devemos regozijar-nos. (Nottingham England Fireside, August 30,
1995)
Nenhum de nós compreende completamente o Sacrifício Expiatório. Penso que está além da
compreensão de qualquer homem, mas conhecemos algo a seu respeito, e sabemos que como resultado
de tudo isso ressuscitaremos do túmulo, e os que caminham em obediência aos Seus mandamentos
terão a oportunidade de receberem a exaltação eterna. Nada pode ser comparado a isso. Todos nós
morreremos algum dia, mas isso não será o fim. Continuaremos a viver porque Cristo rompeu as
cadeias da morte para cada um de nós. (San Diego Califórnia Young Adult Fireside, March 24, 1996)
RESTAURAÇÃO DO EVANGELHO
Ver também Dispensação da Plenitude dos Tempos, A; Primeira Visão
Foi na primavera do ano de 1820. O rapaz com dúvidas foi ao bosque da fazenda paterna. Ali,
vendo-se sozinho, rogou ao Pai que lhe desse a sabedoria prometida por Tiago àqueles que recorressem
a Deus com fé. (Ver Tiago 1:5) Ali, nas circunstâncias que descreveu detalhadamente, ele contemplou
o Pai e o Filho, o grande Deus do universo e o Senhor ressurreto, os quais lhe falaram.
Essa experiência transcedente deu início à maravilhosa obra da restauração, erguendo a cortina da
dispensação da plenitude dos tempos prometida havia tanto tempo.
Há mais de um século e meio inimigos, críticos e alguns pseudo-intelectuais vêm-se exaurindo em
tentativas de refutar a validade dessa visão. É lógico que não conseguem entendê-las. As coisas de
Deus entendem-se pelo Espírito de Deus. Nada houve de magnitude comparável desde que o Filho de
Deus pisou a Terra em condição mortal. Sem ela como pedra fundamental de nossa fé e organização,
não temos coisa alguma. Com ela, temos tudo.
Muito tem sido escrito, muito será escrito no empenho de refutá-la com explicações. A mente
limitada não consegue compreendê-la, mas o testemunho do Espírito Santo, sentido por inúmeras
pessoas no transcorrer dos anos desde que aconteceu, testifica sua veracidade, que aconteceu conforme
Joseph Smith afirmou, que foi tão real como o nascer do sol em Palmyra, que é uma pedra
fundamental, uma pedra angular, sem a qual a Igreja não poderia estar “bem ajustada”. (“The
Cornerstones of Our Faith,” Ensign, November 1984, p. 52)
Estamos participando das profundas e maravilhosas bênçãos da dispensação da plenitude dos
tempos. Nestes dias, foram restaurados na Terra todos os princípios, poderes, bênçãos e chaves de
dispensações anteriores. Por revelação clara, segura e inequívoca recebemos conhecimento da realidade
viva de Deus, o Pai Eterno, e de seu Filho Bem-Amado, o Salvador e Redentor do mundo. (“A Chosen
Generation,” Ensign, May 1992, p. 70)
Esta é a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, a única igreja viva e verdadeira sobre
a face de toda a Terra. Um ministro disse-me certa ocasião: “É egoísmo dizer isso”. Respondi: “Não fui
eu quem disse. O Senhor disse isso. Estou apenas citando”. Esta é a Igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias. Devemos e precisamos reconhecer a bondade nas outras igrejas e nas outras pessoas.
Podemos discordar sem sermos desagradáveis. Precisamos ser tolerantes. Precisamos trabalhar com
outras pessoas que estejam engajadas em boas causas para obtermos bons resultados. Nunca devemos,
no entanto, nos esquecer que o Deus dos céus trouxe à luz essa obra na Dispensação da Plenitude dos
Tempos, que Sua Igreja está sobre a Terra. Com isso, veio a restauração do sagrado sacerdócio, sob as
mãos de João Batista, que veio à Terra como um ser ressuscitado e trouxe as chaves do Sacerdócio
Aarônico, incluindo as chaves do ministério dos anjos. Após isso, o Sacerdócio de Melquisedeque foi
restaurado sob as mãos de Pedro, Tiago e João. Logo após foi outorgada as diversas autoridades sob as
mãos de Moisés, do Profeta Elias e de Elias. Não há nada igual em qualquer lugar. Não se trata de uma
reforma. É a restauração da Igreja que foi organizada pelo Salvador. Essa é a obra do Deus dos céus e
Seu Filho Amado. (Anchorage Alaska Regional Conference, June 18, 1995)
Alguns anos atrás tive uma designação para a conferência de estaca de Rochester. No sábado disse
ao presidente de estaca, ao representante regional e ao presidente de missão: “Amanhã é domingo.
Vamos nos levantar bem cedo pela manhã e ir ao Bosque Sagrado”. Era primavera. Não havia ninguém
lá. Chovera durante a noite. Havia pequenas gotas de chuva nas folhas das árvores. Entramos no
Bosque, nós quatro, e nos unimos em oração. Não ouvi nenhuma voz. Acho que nenhum de nós ouviu
uma voz. Veio à minha mente, porém, uma convicção da realidade, tão certa que não poderia negar, de
que acontecera ali. Aconteceu como Joseph descreveu. Ele foi visitado pelo Pai e o Filho, o grande
Deus do Universo, o Criador do Universo, o maior de todos e o Redentor do mundo. Ele que foi o
grande Jeová e tornou-se o poderoso Messias, Ele que tornou-se as primícias dos que dormem, cujo
sofrimento e sacrifício possibilitou a salvação a todos os homens e mulheres, visitou o menino Joseph e
conversou com ele. Sou grato por esse conhecimento. Sou grato por esse testemunho. Estou confiante
de que é como Joseph disse em sua história; é um relato verdadeiro, sei que é. Vejo o milagre dessa
Igreja. Vejo-o todos os dias ao se expandir através do mundo. Não se pode obter força baseando-se em
falsidades. Não se edifica convicção a partir de imaginação. A base dessa grande coisa que possuímos,
o evangelho restaurado do Senhor Jesus Cristo e a Igreja, que foi organizada sob autoridade divina, tem
suas raízes naquela visão que ocorreu no Bosque não muito distante daqui. (New York Rochester
Missionary Meeting, July 12, 1996)
RETIDÃO
Ver Moralidade; Padrões; Valores
REUNIÃO SACRAMENTAL
A reunião sacramental não é uma ocasião para entretenimento; não é hora para contar histórias
alheias ao evangelho. Em vez disso, é tempo de crescer espiritualmente e aprofundar nosso
entendimento das maravilhosas revelações do Senhor concernentes ao Seu plano eterno e a respeito de
Si próprio como Salvador e Redentor.
Em nossas reuniões sacramentais deveríamos testificar do Senhor e ensinar a respeito de Sua vida
e Seus caminhos, particularmente de Seu sacrifício redentor. (“The Priesthood of Aaron,” Ensign,
November 1982, p. 47)
Toda reunião sacramental deveria ser um banquete espiritual, uma ocasião de meditação e
instrospecção, uma ocasião para se cantar hinos de louvor ao Senhor, uma ocasião para se renovar os
convênios com Ele e nosso Pai Eterno e uma ocasião para ouvir a palavra do Senhor com reverência e
gratidão.
Peço aos que são responsáveis por essas reuniões que procurem programá-las mais diligentemente,
de maneira tal que cada reunião sacramental se torne um momento de renovação espiritual. Rogo a
todos os que participam dessas reuniões, incluindo com certa ênfase vocês, rapazes, que cuidem de que,
nessas reuniões sagradas, se cultive o espírito de reverência.
Não é fácil conservar-se limpo das manchas do mundo. Necessitamos de toda e qualquer ajuda que
conseguirmos. O Senhor nos disse como consegui-la. (“The Priesthood of Aaron,” Ensign, November
1982, p. 47)
Porque vamos à reunião sacramental? Logicamente para renovar nossos convênios participando do
sacramento. Esse é o elemento mais importante da reunião sacramental. E também para sermos
instruídos, para meditar sobre as coisas de Deus e para adorar o Senhor em espírito e verdade. Nós
participamos dessa reunião devido ao mandamento do Senhor, que disse numa revelação:
“Oferecerás um sacrifício ao Senhor teu Deus em retidão, sim, um coração quebrantado e um
espírito contrito. E para que mais plenamente te conserves limpo das manchas do mundo, irás à casa de
oração e oferecerás teus sacramentos no meu dia santificado; Porque em verdade este é um dia
designado para descansares de teus labores e prestares tua devoção ao Altíssimo”. (D&C 59:8–10)
Necessitamos, cada um de nós, fazer uma pausa no agitado ritmo de nossa vida e refletir sobre as
coisas sagradas e divinas. (“Reverence and Morality,” Ensign, May 1987, p. 45)
Abençoe [seu povo] com doutrina. Providencie para que as doutrinas do reino sejam ensinadas nas
reuniões de sua ala. “Examinais as Escrituras”, disse o Senhor, “porque vós cuidais ter nelas a vida
eterna, e são elas que de mim testificam”. (João 5:39) Cada discurso feito na reunião sacramental deve
conter algumas palavras das escrituras. Essa é a grande fonte de nossa doutrina. Abençoem-nos com
doutrina. (Guatemala City Guatemala North and South Regional Conference, priesthood leadership
session, January 25, 1997)
REVELAÇÃO
Ver também Espírito Santo
É fundamental na teologia mórmon o princípio da revelação moderna. (...) Os judeus e os cristãos,
de modo geral, afirmam que Deus revelou-Se a homens escolhidos no passado e os guiou. O
mormonismo afirma que a necessidade de orientação divina é tão grande em nossos tempos modernos,
neste mundo complexo, como o foi, comparativamente, na época dos hebreus. As verdades
fundamentais publicadas no Velho e Novo Testamento são tão válidas hoje como nos dias em que
foram pronunciadas. No entanto, nossa vida diária nos apresenta problemas desconhecidos há séculos.
Além do mais, alguns dos ensinamentos da Bíblia foram interpretados de tantas maneiras diferentes que
o registro não está claro, muitas pessoas ponderadas não sabem no que acreditar.
Se Deus falou na antigüidade, não seria razoável acreditarmos que Ele fala em nossos dias? Qual
homem pensaria em negar a Deus o direito de se expressar?
Em essência, o mormonismo afirma ser uma revelação moderna de velhos princípios divinamente
pronunciados com nova ênfase e integralidade em nossos dias. (What of the Mormons? pamphlet, 1982,
p. 9)
“Cremos em tudo o que Deus revelou, em tudo o que Ele revela agora e cremos que Ele ainda
revelará muitas coisas grandiosas e importantes relativas ao Reino de Deus”. (9ª Regra de Fé)
Essa afirmação do Profeta Joseph Smith é o credo, o guia, o alicerce da fé de todos os membros da
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Deus é a fonte certa da verdade. Ele é a origem de toda inspiração. É Dele que o mundo deve
receber direcionamento, se deseja a paz e deseja que prevaleça a boa vontade entre os homens. Esta
Terra é Sua criação. Somos Seus filhos. Além do amor que Ele tem por nós, ele nos guiará se
buscarmos, ouvirmos e obedecermos. “Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem ter
revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas”. (Amós 3:7) (Be Thou an Example [Salt Lake City:
Deseret Book, 1981], 92)
Alguém uma vez perguntou ao irmão Widtsoe: “Quando teremos uma outra revelação? Como foi
que não tivemos mais revelações depois que Doutrina e Convênios foi publicada? Quanto tempo faz
que tivemos uma revelação?” O irmão Widtsoe respondeu: “Foi na quinta-feira passada”. Atualmente,
reunimo-nos a cada quinta-feira, quando estamos na cidade, a Primeira Presidência e os Doze reúnem-
se no templo, naquele sagrado recinto, oramos juntos e discutimos certos assuntos juntos, e o espírito
de revelação é concedido aos que estão presentes. Estou certo disso. Tenho visto acontecer. Estava lá
naquele dia de junho de 1978 quando o Presidente Kimball recebeu revelação, cercado pelos membros
dos Doze, do qual também já fiz parte. Esta é a obra de Deus. Esse é o trabalho do Todo-Poderoso.
Nenhum homem pode fazê-lo parar ou escondê-lo. Ele prosseguirá e continuará a crescer abençoando a
vida das pessoas sobre a Terra. (Ketchikan Alaska Fireside, June 22, 1995)
Lembro-me de um seminário de presidentes de missão que tivemos há muitos anos. Trouxemos
presidentes de missão do mundo inteiro e fizemos uma reunião de testemunhos no final. Um presidente
de missão contou esta história: “Sonhei que um de nossos missionários que servia em um lugar distante
estava enterrado na lama até os ombros. Sua cabeça já começava a afundar. Quando acordei, não
conseguia tirar de minha mente aquela imagem tão nítida. Desci até o andar de baixo, acordei meus
assistentes e disse: ‘Há algo errado com o élder fulano de tal, naquele tal lugar. Quero que se vistam
agora mesmo e vão até lá ver o que está errado’. O élder em questão estava a seis horas de distância,
mas eles fizeram o que pedi. Quando lá chegaram, encontraram o missionário com sérios problemas de
moralidade. Ainda não chegara ao ponto de ter de ser mandado de volta para casa, mas estava quase
lá”.
Escutem os sussurros do Espírito. O irmão Harold B. Lee designou-me presidente de estaca,
quando ele era membro dos Doze. Lembro-me somente de uma coisa dentre as que ele disse:”Escute os
sussurros do Espírito no meio da noite e aja de acordo com eles”. Não sei por que a revelação às vezes
vem à noite, mas é o que acontece. Ela vem também durante o dia, é claro. Mas escutem os sussurros
do Espírito, o dom da revelação, ao qual têm direito. (Mission Presidents Seminar, June 24, 1995)
Acreditamos em tudo o que já foi revelado. Acreditamos em tudo o que está sendo revelado agora.
Acreditamos que o Senhor ainda revelará muitas grandes e importantes coisas. Atualmente temos
muitas revelações que nos guiam na nossa conduta diária dos assuntos da Igreja. As situações surgem
em que sentimos necessitarmos de orientação. Quando tais situações ocorrem, discutimos o assunto,
oramos a respeito dele, às vezes jejuamos e buscamos o Senhor para solucioná-lo. É como a
experiência narrada pelo profeta Elias, que precisou de ajuda em um problema e buscou o Senhor; veio
um grande vento e o Senhor não estava no vento. Então, um terremoto, e o Senhor não estava no
terremoto. Então, um fogo, e o Senhor não estava no fogo. E então, uma voz mansa e delicada. É assim
que o Senhor trabalha. (Interview with Mike Scheartl of Fox Network News, December 11, 1996)
REVERÊNCIA
Ver também Meditação; Dia do Senhor
O convívio social é um aspecto importante de nosso programa como Igreja. Incentivamos nosso
povo a cultivar amizades com alegres conversas. Entretanto, elas devem acontecer no saguão; quando
entramos na capela, devemos entender que estamos em recinto sagrado. Todos estamos familiarizados
com o relato em Êxodo, da aparição do Senhor a Moisés na sarça ardente. Quando o Senhor chamou,
Moisés respondeu: “Eis-me aqui”. (Êxodo 3:4)
E o Senhor disse: “Não te chegues para cá; tira os sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu
estás é terra santa”. (v. 5)
Não pedimos aos membros que tirem os sapatos quando entram na capela. Todos, porém, que
entram na casa do Senhor deveriam perceber que estão pisando em solo santo, e que convém que se
portem de acordo. (“Reverence and Morality,” Ensign, May 1987, pp. 45–46)
Quando era missionário em Londres, Inglaterra, (...) reuníamo-nos no salão da prefeitura de
Battersea, que havíamos alugado. O piso era de madeira e sentávamo-nos em cadeiras. Todas as vezes
em que se mexia uma cadeira, fazia barulho. Mas esse não era o pior aspecto da situação. Bem mais
graves eram as conversas ruidosas dos membros do ramo.
Certa ocasião convidamos uma família que havíamos conhecido fazendo proselitismo. Nós,
missionários, ficamos à porta esperando ansiosos para dar-lhes as boas-vindas. No salão reinava o
costumeiro ambiente jovial, com os membros conversando ruidosamente. Quando a família entrou no
salão, dirigiu-se calmamente para algumas das cadeiras, ajoelhou-se por um momento e todos fecharam
os olhos em oração. Depois ficaram sentados em atitude reverente em meio a toda aquela agitação.
Francamente, senti-me envergonhado. Eles haviam comparecido ao que julgavam ser um serviço
de adoração e comportaram-se de acordo.
No final da reunião, saíram calados e quando nos encontramos novamente, falaram de seu
desapontamento. Jamais consegui esquecer o incidente.
Convido-os, irmãos do sacerdócio, onde quer que estejam, e particularmente os membros de
bispados, a iniciar um sério esforço para cultivar o mais belo espírito de adoração nas reuniões
sacramentais e uma atitude de maior reverência nos prédios da Igreja. (“Reverence and Morality,”
Ensign, May 1987, p. 45)
Precisamos fortalecer nossas reuniões sacramentais e fazer delas momentos de verdadeira
adoração. Cultivem um espírito de reverência, uma atitude em que as pessoas entrem na capela calmas,
reverentes e em espírito de meditação. Há muito barulho. Somos um povo que gosta de sociabilizar,
mas gostaria que não fizéssemos tanto barulho na capela. (Pittsburgh Pennsylvania Regional
Conference, priesthood leadership session, April 27, 1996)
Espero, irmãos e irmãs, que façamos tudo o que pudermos para cultivar um constante espírito de
reverência na Casa do Senhor. Sinto dizer que desfrutamos tão pouco dele em nossas reuniões. Há
pouca reverência mesmo nas casas de nossos membros. O templo é o local em que nosso povo pode ir,
muitos deles carregando pesadas cargas, e sentir um tranqüilo e maravilhoso espírito de comunhão com
Nosso Pai Celestial. (Temple Presidents Seminar, August 22, 1996)
SACERDÓCIO
Ver também Governo da Igreja
Chaves do Sacerdócio
Estivemos nesta tarde, um pouco antes de virmos para cá, na Igreja dos Apóstolos (...) onde se
encontra a estátua original do Christus, de Thorvaldsen. Foi essa estátua nesta Igreja aqui em
Copenhagem que foi copiada em mármore na Itália e que está na Praça do Templo em Salt Lake City.
Ela é bonita. (...) E então, nos dois lados daquela bonita capela estão esculpidas figuras dos Apóstolos,
[incluindo] Pedro, com as chaves nas mãos. Não acredito que as pessoas responsáveis por aquela igreja
entendam o significado daquelas chaves, mas para nós elas são reais, são genuínas. (...) Elas são as
chaves eternas do sacerdócio que foram restauradas sob as mãos de Pedro, Tiago, João e também de
Moisés, Elias e Elias, o profeta: as grandiosas chaves da dispensação da plenitude dos tempos, as
chaves que têm a plenitude do sacerdócio nelas. Elas são as chaves da plenitude do sacerdócio como o
Senhor assim denomina na seção 124 de Doutrina e Convênios: aquelas chaves que são exercidas na
Casa do Senhor. (Denmark Copenhagen Missionary Meeting, June 14, 1996)
Autoridade do Sacerdócio
A próxima expressão que gostaria de ressaltar denota a autoridade com a qual João falou. Ele
disse: “em nome do Messias”. Nenhum de nós exerce esse sacerdócio com o poder ou autoridade que
naturalmente possuímos conosco. Sempre ao exercermos o sacerdócio, nós o fazemos com a autoridade
do Messias. (“The Priesthood of Aaron,” Ensign, November 1982, p. 45)
A autoridade do sacerdócio foi concedida aos homens do passado; a autoridade menor aos filhos
de Aarão para o ministério em assuntos temporais bem como em algumas sagradas ordenanças
eclesiásticas. O sacerdócio maior foi conferido pelo próprio Senhor aos Apóstolos. (...)
Sua restauração plena envolveu a vinda de João Batista, o precursor de Cristo, que foi decapitado
para satisfazer os caprichos de uma mulher iníqua; e de Pedro, Tiago e João, que seguiram fielmente o
Mestre antes de sua morte, e depois proclamaram sua ressurreição e divindade. Envolveu Moisés, Elias
e Elias, o profeta, cada qual trazendo as chaves do sacerdócio para completar a restauração de todos os
atos e ordenanças das dispensações anteriores nesta grande e final dispensação da plenitude dos
tempos.
O sacerdócio está aqui, foi-nos conferido. Nós agimos segundo essa autoridade. Falamos como
filhos de Deus em nome de Jesus Cristo e como portadores dessa divina investidura. Conhecemos
pessoalmente o poder desse sacerdócio. Temos visto o enfermo ser curado, o coxo voltar a andar e
pessoas que se encontravam nas trevas obterem luz, conhecimento e discernimento.
Diz Paulo a respeito do sacerdócio: “E ninguém toma para si esta honra, senão o que é chamado
por Deus, como Arão”. (Hebreus 5:4) Não o conseguimos por compra ou barganha. O Senhor o dá aos
homens considerados dignos de recebê-lo, independente da posição na vida, da cor de pele ou do país
em que vivam. É o poder e autoridade para governar os negócios do reino de Deus. É conferido
unicamente pela ordenação com imposição das mãos por quem tem autoridade para fazê-lo. A
qualificação para recebê-lo é a obediência aos mandamentos de Deus.
Não existe na Terra poder igual. Sua autoridade ultrapassa o véu da morte estendendo-se pelas
eternidades vindouras. É sempiterno em suas conseqüências. (“The Cornerstones of Our Faith,” Ensign,
November 1984, pp. 52–53)
O que é essa dádiva e poder extraordinário que nos é concedido sem preço algum, a não ser nossa
dignidade pessoal? O Profeta Joseph Smith descreveu-o certa ocasião nestas palavras: “O Sacerdócio é
um princípio eterno, e existe com Deus na eternidade, sem princípio de dias e fim de anos”. (History of
the Church, 3:386)
É legítimo o poder do Todo-Poderoso conferido ao homem para agir em Seu nome e em Seu lugar.
É a delegação da divina autoridade, diferente de todos os outros poderes e autoridades na face da Terra.
Foi restaurado ao homem por seres ressurretos que o possuíam nos tempos antigos. Não há dúvidas
com relação à sua autoridade e validade. Sem ele, a igreja existiria somente no nome, faltando
autoridade para administrar as coisas de Deus. Com ele, nada é impossível ao se levar avante o trabalho
do reino de Deus. É divino em sua natureza. Sua autoridade é tanto temporal como eterna. É o único
poder na Terra que vai além do véu da morte. (...)
Ele inclui o direito de aceitar as coisas de Deus, a responsabilidade de instruir e a autoridade para
governar. Ele concede o poder para abençoar. (Priesthood Restoration Commemoration Fireside, May
15, 1988)
Sem o sacerdócio pode existir o formato de uma igreja, mas não a sua verdadeira substância.
(“Priesthood Restoration,” Ensign, October 1988, p. 72)
Agradeço ao meu Pai Eterno pela restauração de Seu santo sacerdócio, para “que todo homem (...)
fale em nome de Deus, o Senhor, sim, o Salvador do mundo”. (D&C 1:20) Vejo a beleza e a maravilha
do sacerdócio na direção dessa notável Igreja. Sinto seu poder fluir por meu intermédio, para a bênção e
cura dos doentes. Vejo a nobreza que ele transmite a homens humildes que foram chamados a assumir
grandes e sérias responsabilidades. Vejo isso quando eles falam com poder e autoridade do alto, como
se a voz de Deus estivesse falando por intermédio deles. (“My Testimony,” Ensign, November 1993, p.
52)
Espero que cada homem nesta congregação esteja tentando viver um pouco mais digno da
maravilhosa dádiva que possui, que é o Sacerdócio da Ordem do Filho de Deus, o santo Sacerdócio de
Melquisedeque que traz consigo o poder para abençoar e governar nos assuntos do reino de Deus.
(Boston Massachusetts Regional Conference, April 23, 1995)
Deus nos abençoou, acima de todas as pessoas que nos antecederam, com luz e conhecimento,
com verdade e entendimento. Somos um sacerdócio real. Todo homem digno nesta Igreja está
qualificado para receber o sacerdócio de Deus, mas sua vida deve estar em harmonia com os princípios
do evangelho. O Senhor disse que um de seus propósitos em restaurar o evangelho era que cada homem
pudesse falar em nome de Deus o Senhor, do próprio Salvador do mundo. Somos, de fato, um
sacerdócio real. Não recebemos o sacerdócio baseado em nossas riquezas ou posição na comunidade.
Recebemo-lo baseado na dignidade pessoal, e cada homem é um portador em potencial do sacerdócio.
Se há algum homem aqui hoje à noite que não possua o sacerdócio de Deus, que coloque sua vida em
ordem deste dia em diante, viva de acordo com os padrões mais altos do evangelho, faça-se digno de
receber Seu sacerdócio real, para agir em nome de Deus, para falar em Seu santo nome ao realizar Seus
grandes e notáveis propósitos. (Buenos Aires Argentina Fireside, November 12, 1996)
Poder Selador
Nunca confiro a autoridade para selar sobre um bom homem sem pensar na profunda importância
do poder do sacerdócio. É a única autoridade em toda a Terra que continua após o véu da morte. É
divina em sua natureza. É eterna em suas conseqüências. É parte de um plano de Deus nosso Pai Eterno
para abençoar a vida de Seus filhos e filhas de todas as gerações. (Temple Presidents Seminar, August
23, 1988)
Em sua expressão final, o santo sacerdócio leva consigo a autoridade para selar na Terra e nos
céus. É único e magnífico. É a autoridade exercida nos templos de Deus. Ela refere-se tanto aos vivos
como aos mortos. É a própria essência da eternidade. Seu poder divino é outorgado pelo Todo-
Poderoso como parte do Seu grande plano para a imortalidade e vida eterna do homem. (“Priesthood
Restoration,” Ensign, October 1988, p. 72)
Sou grato a ele e o amo [Joseph Smith] pelo poder selador do santo sacerdócio, que torna possível
a continuidade da família através da eternidade. Já disse muitas vezes que se nada mais que o poder do
santo sacerdócio de unir as famílias para sempre resultar da tristeza, dor e labuta da restauração, ainda
assim terá valido a pena todo o esforço. (“As One Who Loves the Prophet,” Symposium on the Life
and Ministry of the Prophet Joseph Smith, BYU, February 22, 1992)
Eu conferi o poder selador a um homem na sexta-feira. Eu nunca faço isso sem pensar na
maravilhosa autoridade que está sendo conferida. Não há nada como isso. É o único poder na Terra que
vai além do véu da morte. Ele é proveniente do ato e da promessa que o próprio Senhor deu a Seus
Apóstolos escolhidos quando disse: “E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na
terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”. (Mateus 16:19). E
nós, como homens mortais, que são qualificados a selar na casa do Senhor, temos essa maravilhosa,
notável e única autoridade que vai além do véu da morte em um trabalho que é eficaz tanto lá quanto
aqui. Esse é um dos grandes sinais da divindade dessa obra. (Salt Lake Temple Workers Devotional,
June 11, 1995)
Responsabilidade do Sacerdócio
Ver também Ensino Familiar
Chegou o momento de todos nós que fomos ordenados ao Sacerdócio Aarônico ou Sacerdócio de
Melquisedeque, e a qualquer um de seus ofícios, refletir sobre nossa vida, avaliar nossas deficiências, e
arrepender-nos das questões relacionadas à conduta que estiverem em desacordo com a alta e sagrada
incumbência que recebemos. (...)
Nenhum homem, jovem ou velho (...) que tenha sido (...) ordenado, pode considerar com
leviandade o sacerdócio que ele possui. Ele tem parceria com Deus e está sobre ele uma sólida e
sagrada obrigação de viver dignamente para falar e agir no nome de Deus como Seu representante
qualificado. (“Priesthoood Restoration Honored,” Ensign, July 1983, p. 76)
Nenhum homem, seja ele jovem ou velho, está vivendo à altura dos padrões do sacerdócio, quando
degrada ou humilha a mulher e deixa de respeitar as filhas de Deus do modo que o Pai Celestial
gostaria. Nenhum homem ou rapaz pode verdadeiramente considerar-se digno desse grande e sagrado
poder, dessa concessão de autoridade para agir em nome de Deus, se tirar vantagens de outrem ou
difamar o bom nome de alguém, espalhando rumores maliciosos, ou deixar de estender a mão àqueles
que estão em desespero.
Irmãos, a guerra continua. É agora como o foi no início. (...) As vítimas que caem são tão
preciosas quanto as que caíram no passado. É uma batalha contínua. Nós, do sacerdócio, fazemos parte
do exército do Senhor. Precisamos nos unir. Um exército desorganizado não será vitorioso. É
imperativo que cerremos fileiras, que marchemos juntos como se fossemos um só. Não podemos ter
divisões entre nós e esperar vitória. Não podemos ser desleais e esperar unidade. Não podemos ser
impuros e esperar o auxílio do Todo-Poderoso.
Vocês, jovens, que estão aqui — diáconos, mestres e sacerdotes — fazem todos parte disso. O
Senhor conferiu-lhes, devido a seus ofícios do sacerdócio, o dever de pregar o evangelho, de ensinar a
verdade, de incentivar os fracos para que sejam fortes, e “convidar todos a virem a Cristo”. (D&C
20:59)
Vocês não podem se dar ao luxo de participar de coisas que enfraqueçam a mente e o corpo. Isso
inclui cocaína, “crack”, álcool e fumo. Não podem se envolver em atividades imorais. Não podem fazer
essas coisas e serem valorosos como guerreiros, na causa do Senhor, no grande e eterno combate dos
filhos de nosso Pai.
Vocês, homens portadores do Sacerdócio de Melquisedeque, não podem ser infiéis ou desleais
para com a esposa, a família, as responsabilidades no sacerdócio, se desejarem ser valorosos, levando
avante a obra do Senhor, nesta grande batalha pela verdade e salvação. Não podem ser desonestos e
inescrupulosos nos negócios, sem ofuscar o brilho de sua armadura. (“The War We Are Winning,”
Ensign, November 1986, p. 44)
Cada líder e professor nesta Igreja que atua no sacerdócio tem a sagrada responsabilidade de
magnificar seu ofício no sacerdócio. Cada um de nós é responsável pelo bem-estar, progresso e
desenvolvimento de outras pessoas. Não vivemos somente em função de nós mesmos. Se quisermos
magnificar nossos chamados não podemos viver somente em função de nós mesmos. Ao servir com
diligência, ao ensinar com fé e testemunho, ao elevar, fortalecer e edificar a vida das pessoas que
influenciamos, magnificamos o nosso sacerdócio. Por outro lado, viver somente para nós mesmos,
servir de má vontade, não dar o máximo de nosso empenho ao que nos cabe fazer diminui nosso
sacerdócio exatamente como olhar pelo lado errado do binóculo reduz as imagens e aumenta a distância
do objeto. (...)
Magnificamos nosso chamado, ampliamos o potencial de nosso sacerdócio quando estendemos a
mão aos aflitos e fortalecemos os que fraquejam. (“Magnify Your Calling,” Ensign, May 1989, pp. 47–
49)
Existe atualmente na Terra o poder de agir em nome de Deus. Cada homem ordenado élder nesta
Igreja recebeu essa divina autoridade. Espero, meus irmãos, espero de todo o coração que vocês sejam
o tipo de homem que devam ser para possuírem o sacerdócio de Deus. Não há espaço em sua vida para
a pornografia, imoralidade, ou qualquer coisa desse tipo. Mantenham-nas longe de sua vida.
Desprezem-nas. Não deixem que façam parte de vocês. Vocês são homens gentis e afáveis para com a
esposa? Vocês fazem parte de um sacerdócio real. Vocês precisam viver de modo adequado em todos
os momentos, em todas as circunstâncias. Não maltratem seus filhos. Não batam neles. Não os
espanquem. Criem seus filhos com amor e eles lhes retornarão esse amor. Vocês são um sacerdócio
real. (Miami Florida Fireside, November 17, 1996)
Bênçãos do Sacerdócio
Ver também Bênçãos Patriarcais
O sacerdócio inclui o poder para abençoar os doentes. Há alguém ao alcance de minha voz que
não tenha exercido ou sentido esse poder divino? Pode qualquer um de nós ter dúvidas com relação à
sua eficácia? Poderíamos falar de milagres sagrados e maravilhosos, que testemunhamos em nossas
próprias experiências. Tiago declarou: “Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da Igreja e
orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; E a oração da fé salvará o doente, e o
Senhor o levantará”. (Tiago 5:14–15) (Priesthood Restoration Commemoration Fireside, May 15, 1988)
O poder para curar o doente ainda está entre nós. É o poder do sacerdócio de Deus. É a autoridade
que possuem os élderes dessa Igreja.
Somos gratos por podermos utilizar as maravilhosos técnicas da medicina moderna, que tanto
fazem para aliviar o sofrimento humano e prolongar a vida humana. Todos nós estamos em dívida com
os dedicados homens e mulheres da ciência e medicina que vêm derrotando tantos males, mitigando
dores e detendo a mão da morte. Não tenho palavras que exprimam por completo a gratidão que sinto
por eles.
São eles, porém, os primeiros a admitir a limitação de seu conhecimento e a imperfeição de sua
destreza com respeito a muitos aspectos da vida e da morte. O poderoso Criador dos céus e da Terra, e
de tudo o que neles existe, concedeu a seus servos o poder divino de, às vezes, transceder todos os
poderes e conhecimento dos homens. Aventuro-me a dizer que dificilmente encontraremos um élder
fiel, ao alcance de minha voz, que não possa contar casos de manifestação desse poder sanador em
favor de um enfermo. Trata-se do poder salvador de Cristo. (“The Healing Power of Christ,” Ensign,
November 1988, p. 54)
Gostaria de lhes falar um pouco a respeito de bênçãos, de impor nossas mãos sobre a cabeça das
pessoas e abençoá-las. Irmãos, quão grande é nossa oportunidade, quão imensa a nossa
responsabilidade de vivermos dignos de sermos um conduto entre os poderes dos céus e as pessoas que
se encontram na Terra, sobre as quais impomos nossas mãos. Suponho que cada homem possuidor do
Sacerdócio de Melquisedeque tenha tido a oportunidade de conferir bênçãos. E suponho que, ao ser
chamado para assim fazê-lo, tenha orado em seu coração para que fosse um instrumento digno de
conferir uma bênção sobre a cabeça daqueles que possuem fé. Abençoem as pessoas quando forem
designá-las e sob outras circunstâncias, em épocas de doença. Vocês, pais, abençoem seus filhos. Vocês
não podem fazer nada melhor por eles. Minha filha mais velha está agora na casa dos cinqüenta anos.
Ela foi recentemente indicada para assumir uma posição de muita responsabilidade. Ela era a única
mulher numa grande organização em que todos os outros diretores eram homens, e eles a elegeram
presidente daquele grupo. Ela ligou-me e perguntou, como o fazia quando era menina: “Você me dará
uma bênção?” Gostaria de dizer que foi uma experiência emocionante para mim. O marido dela poderia
ter-lhe dado uma bênção. Ele é um bom bispo e talvez ele o tenha feito. Mas ela ligou para o seu pai e
pediu-lhe se podia lhe dar uma bênção. Quando terminei, ela se levantou e nos abraçamos. As lágrimas
rolaram pelo seu rosto e também pelo meu. Irmãos, que coisa maravilhosa é o que o Todo-Poderoso
nos concedeu: o poder e a oportunidade de abençoar aqueles a quem amamos! Quão importante é
vivermos de modo que sejamos dignos de usar esse poder! Abençoem aqueles a quem você ama.
(Berlin Germany Regional Conference, priesthood leadership session, June 15, 1996)
Sacerdócio Aarônico
Gostaria de falar-lhes a respeito de três rapazes de dezoito anos. Em 1856 mais de um milhão das
pessoas de nosso povo, alguns deles talvez seus antepassados, encontravam-se com sérios problemas
enquanto cruzavam as planícies em direção a este vale. Devido a uma série de circunstâncias infelizes,
eles atrasaram-se ao prepararem-se para sair. Ficaram sujeitos à neve e ao frio terrível nas regiões
montanhosas do Wyoming. A situação deles era desesperadora, com mortes ocorrendo todos os dias.
O Presidente Young soube a respeito das condições em que se encontravam quando a conferência
geral de outubro estava para iniciar. Ele imediatamente convocou grupos, carroções, condutores e
suprimentos para saírem em busca dos santos que estavam em dificuldades. Quando a equipe de resgate
alcançou a Companhia Martin, havia muito poucos carroções para o número de pessoas que estavam
sofrendo. A equipe teve que insistir que os carrinhos de mão prosseguissem em frente.
Quando alcançaram o Rio Sweetwater no dia 3 de novembro, blocos de gelo flutuavam nas águas
geladas. Depois de tudo o que essas pessoas haviam passado, e estando tão debilitadas, atravessar
aquele rio parecia algo impossível. Entrar no rio congelado era o mesmo que caminhar para a morte.
Homens que haviam sido fortes sentaram-se no chão congelado e choraram, assim como as mulheres e
as crianças. Muitos simplesmente não podiam encarar esse desafio.
Passo a citar do registro: “Três jovens de dezoito anos que faziam parte da equipe de resgate, para
surpresa de todos os que viram, carregaram cada membro da malfadada companhia de carrinhos de mão
através do rio obstruído pela neve. O esforço foi tão terrível, e a exposição ao frio tão grande, que anos
mais tarde os três rapazes morreram devido aos efeitos subseqüentes. Quando o Presidente Brigham
Young soube desse ato heróico, chorou como criança, e mais tarde declarou publicamente que ‘aquele
ato por si só asseguraria a C. Allen Huntington, George W. Grant e David P. Kimball uma salvação
eterna no Reino Celestial de Deus, mundos sem fim.’” (Solomon F. Kimball, Improvement Era, Feb.
1914, p. 288)
Notem, esses rapazes tinham apenas dezoito anos na época. E devido ao programa então em vigor,
eram provavelmente portadores do Sacerdócio Aarônico. Grande foi seu heroísmo, sagrado o sacrifício
que fizeram em termos de saúde e finalmente da própria vida, para salvar a vida dos que socorreram.
Eles fazem parte da herança do Sacerdócio Aarônico. Sejam fiéis, meus jovens irmãos, sejam fiéis
a essa grande herança. (“Four B’s for Boys,” Ensign, November 1981, p. 42)
Já perceberam que ao portar e exercer o sacerdócio vocês são conservos de João Batista, do
próprio homem que durante sua vida batizou Jesus, o Salvador do mundo e Filho de Deus, nas águas do
Jordão? Acho interessante João chamar Joseph e Oliver de seus conservos, quando ambos ainda eram
rapazes e não tinham nenhuma projeção entre as pessoas do mundo. Ele não se dirigiu a eles como um
rei falando a um de seus súditos. Não falou com eles como um juiz se dirige ao acusado diante dele.
Nem como um reitor de universidade ou diretor de escola fala com seus alunos. Ele, um ser ressurreto,
chamou os dois rapazes de seus conservos. Isso é maravilhoso a meu ver. Mostra o verdadeiro espírito
da grande e magnífica fraternidade da qual todos fazemos parte, o sacerdócio de Deus. Somos todos
servos, independente de nossa posição na Igreja ou no mundo; independente de nossa riqueza ou
pobreza; independente da cor de nossa pele; somos todos servos. (...)
Isso deveria significar alguma coisa para cada um de nós. Não nos diminui nem rebaixa em
qualquer sentido. Eleva-nos todos a conservos do Senhor na responsabilidade de levar avante o trabalho
do ministério em Sua Igreja. (“The Priesthood of Aaron,” Ensign, November 1982, pp. 44–45)
João Batista, conferindo sua autoridade, referiu-se aos poderes desse sacerdócio. Disse, entre
outras coisas, que ele “possui as chaves da ministração dos anjos”.
Quando Wilford Woodruff, homem já bem vivido e de muita experiência, era o presidente da
Igreja, disse aos rapazes do Sacerdócio Aarônico: “Desejo que retenham em sua memória o fato de que
não faz diferença alguma se um homem é um sacerdote ou apóstolo, desde que magnifique o seu
chamado. Um sacerdote tem as chaves do ministério dos anjos. Nunca, em toda minha vida, como
apóstolo, setenta ou élder, tive mais proteção do Senhor do que quando possuia o ofício de sacerdote”.
(Millennial Star, 53:629)
Pensem nisso, meus queridos e jovens irmãos. Esse sacerdócio que possuem tem as chaves da
ministração dos anjos. Isso quer dizer que, em minha opinião, se viverem dignos do sacerdócio, terão o
direito de receberem e desfrutarem do poder de seres celestiais para guiá-los, protegê-los e abençoá-los.
Qual rapaz sensato não apreciaria essa magnífica bênção? (“The Priesthood of Aaron,” Ensign,
November 1982, p. 45)
Foi numa tarde de domingo, 28 de fevereiro de 1897, aqui neste Tabernáculo. Era a comemoração
do nonagésimo aniversário do Presidente Woodruff. Todos os lugares deste recinto estavam ocupados,
e os corredores estavam apinhados, como agora não mais seria permitido. Estima-se que estivessem
presentes mais de dez mil jovens; uma vasta congregação de rapazes e moças da idade de vocês. O
Presidente Woodruff, com o corpo debilitado e a voz fraca, de pé neste púlpito que ocupo agora,
dirigiu-se particularmente aos rapazes presentes com estas palavras:
“Passei pelos períodos da infância, juventude e velhice. Não posso esperar permanecer muito mais
tempo com vocês, mas quero dirigir-lhes umas poucas palavras de conselho. Vocês ocupam uma
posição na Igreja e Reino de Deus e receberam o poder do santo sacerdócio. O Deus dos céus chamou-
os e designou-os neste dia e geração. Quero que considerem isso. Rapazes, ouçam o conselho de seus
irmãos. Vivam perto de Deus; orem enquanto jovens; aprendam a orar; aprendam a cultivar o Espírito
Santo de Deus; apeguem-se a ele e ele se tornará um espírito de revelação para vocês à medida que o
nutrirem. (...)”
Depois prosseguiu dizendo: “Ao Deus dos céus aprouve poupar-me para ver esse dia. Ele deu-me
poder para rejeitar todo testemunho e todo exemplo que conduz ao mal. Eu digo a vocês (...) que não
devem fazer uso do fumo, bebidas alcoólicas ou qualquer coisa que destrua o corpo ou a mente; mas
honrem-No e terão uma missão que o mundo desconhece. Que Deus os abençoe! Amém”. (Wilford
Woodruff: Fourth President of The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints, prepared for
publication by Matthias F. Cowley [Salt Lake City: Deseret News, 1909], pp. 602–3)
Repito o grande conselho do Presidente Wilford Woodruff, ao testificar-lhes nesta noite, rapazes,
que Deus, nosso Pai Eterno, vive, e que Jesus Cristo é seu Filho Amado. (...)
Deus abençoe os rapazes do Sacerdócio Aarônico, para que andem na dignidade do sagrado e
maravilhoso chamado e autoridade que lhes foi conferido, pela misericórdia e bondade do Deus dos
céus. (“The Priesthood of Aaron,” Ensign, November 1982, pp. 46–47)
Os rapazes do Sacerdócio Aarônico devem ser treinados para aprenderem que o sacramento que
administram é sagrado diante do Senhor. É necessário que sejam treinados e encorajados a orarem
claramente e estarem em espírito de comunhão com nosso Pai nos Céus. O sacerdote na mesa
sacramental coloca todos na congregação sob convênio eterno. A oração oferecida não é um ritual para
ser pronunciada irrefletidamente. É, contudo, a voz de uma promessa e obrigação. As mãos limpas,
como também pureza de coração, são requisitos que necessitam ser ensinados aos sacerdotes que
oficiam na mesa sacramental. (“Reverence and Morality,” Ensign, May 1987, p. 46)
Quando vocês, como sacerdotes, ajoelham-se à mesa sacramental e oferecem uma oração, que foi
dada por revelação, colocam uma congregação inteira sob convênio com o Senhor. Seria isso algo de
pouco valor? É uma coisa sumamente importante e notável. (“The Aaronic Priesthood—A Gift from
God,” Ensign, May 1988, p. 46)
Na ala grande em que cresci, havia cinco quóruns de diáconos. Cada um deles era presidido por
uma presidência, constituída de três rapazes. Minha primeira responsabilidade na Igreja, o primeiro
chamado que me foi dado, foi o de conselheiro do rapaz que presidia nosso quórum de diáconos. Nosso
bom bispo me chamou e conversou comigo a respeito desse chamado. Fiquei tremendamente
impressionado e também preocupado. Eu era, acreditem ou não, inibido e acanhado, e acho que esse
chamado para servir como conselheiro de um quórum de diáconos deixou-me tão apreensivo, levando
em consideração minha idade e experiência, quanto minha responsabilidade atual. (“‘In ... Counsellors
There Is Safety,’” Ensign, November 1990, p. 49)
Vocês, rapazes, são um sacerdócio real. Já pararam para pensar em como isso é maravilhoso?
Impuseram as mãos sobre sua cabeça para receberem o mesmo sacerdócio exercido por João que
batizou Jesus de Nazaré. Sendo dignos, podem gozar da influência reconfortante, protetora e
orientadora de anjos ministradores. Nenhum descendente de uma das casas reais desta Terra possui uma
bênção tão grande. Vivam para ela. Sejam dignos dela, é meu apelo a vocês. (“‘A Chosen Generation,’”
Ensign, May 1992, pp. 70–71)
Sacerdócio de Melquisedeque
O Sacerdócio de Melquisedeque possui a autoridade de conferir o Espírito Santo. Quão grande é a
bênção de se ter a influência ministradora de um membro da Deidade, tendo recebido essa dádiva sob
as mãos daqueles que agiram com autoridade divina! (Priesthood Restoration Commemoration
Fireside, May 15, 1988)
O santo Sacerdócio de Melquisedeque possui a autoridade de abençoar com profecia, consolar,
apoiar e orientar. Temos patriarcas em nosso meio que, sob a autoridade que possuem, declaram a
linhagem e pronunciam bênçãos para nos orientar. Essas bênçãos podem-se tornar como uma âncora na
qual nos seguramos para nos mantermos firmes através das tempestades da vida. (“Priesthood
Restoration,” Ensign, October 1988, p. 72)
Agradeço a ele [Joseph Smith] pelo Sacerdócio de Melquisedeque com todos os seus poderes,
chaves e autoridades. É o poder divino do Todo-Poderoso conferido ao homem para agir em nome Dele
e em Seu lugar. É eficaz na vida, e sua autoridade se estende além do véu da morte. É o único poder na
Terra que pode ser exercido pelo homem para selar e ligar para a eternidade como também para o
tempo. Quão incrível e preciosa é essa dádiva! (“As One Who Loves the Prophet,’” Symposium on the
Life and Ministry of the Prophet Joseph Smith, BYU, February 22, 1992)
Que figura magnífica, que caráter real possui o homem que foi ordenado ao sacerdócio que é
chamado de Melquisedeque por causa do grande sumo sacerdote de Salém! O homem que caminha
com dignidade e humildade diante de seu Deus, que respeita e é grato por seus companheiros, que dá as
costas às tentações do adversário, que se torna um verdadeiro patriarca no lar; um homem gentil e
amoroso, que reconhece a esposa como sua companheira e filha de Deus e seus filhos como aqueles por
quem ele tem uma responsabilidade dada por Deus de nutrir e liderar em retidão e verdade. Tal homem
não necessita jamais abaixar a cabeça com remorso. Ele vive sem lamentar-se. Os homens podem falar
dele o que desejarem, mas ele sabe que Deus conhece seu coração, que é puro e imaculado. (“Only
upon Principles of Righteousness,” Priesthood Restoration Commemoration Fireside, May 3, 1992)
Que bênção maravilhosa possui cada homem portador do Sacerdócio de Melquisedeque de colocar
suas mãos sobre a cabeça de sua esposa e filhos quando eles necessitam de uma bênção! E para as
mulheres eu gostaria de dizer-lhes: É grande a sua bênção pelo sacerdócio que seu marido possui. Cada
homem que vive e honra o sacerdócio será um marido melhor, um pai melhor, um homem melhor.
Quão maravilhosa é a restauração da obra do Senhor! Um dos grandes propósitos é que cada homem
fale em nome de Deus o Senhor, sim, o Salvador do mundo. (Pusan Korea Fireside, May 2, 1996)
“Um sacerdócio real”. Esse é um termo bastante claro. Esse é o sacerdócio do Rei dos reis, é o
sacerdócio real do Senhor Jesus Cristo, é o sacerdócio sob a ordem do filho de Deus, chamado
Melquisedeque para evitar o uso muito freqüente de Seu nome, mas é o Seu sacerdócio. É o poder pelo
qual a Terra foi formada e esse poder foi-nos conferido, irmãos. Somos dignos dele? (Copenhagen
Denmark Fireside, June 14, 1996)
Quóruns do Sacerdócio
Irmãos, vocês que possuem o sacerdócio neste grande reino, desconheço lugar melhor para se
fazer bons amigos do que entre os quóruns da Igreja. Onde na Terra poderia haver amizades melhores
do que em um quórum, em que cada um dos membros é ordenado a agir em nome do Senhor, dedicado
a ajudar um ao outro, e cujos líderes são designados para esse propósito sob orientação divina?
Irmãos, os quóruns da Igreja necessitam de seus talentos, sua lealdade, sua devoção; e cada
homem precisa da amizade e bênçãos provenientes da atividade do quórum no reino de Deus. (“Pillars
of Truth,” Ensign, January 1994, p. 4)
SACERDÓCIO AARÔNICO
Ver Sacerdócio: Sacerdócio Aarônico
SACERDÓCIO DE MELQUISEDEQUE
Ver Sacerdócio: Sacerdócio de Melquisedeque
SACERDÓCIO, REVELAÇÃO A RESPEITO DO
Em uma revelação dada em 1831, que se tornou a seção 1 de Doutrina e Convênios e é conhecida
como o prefácio desse livro de revelações, o Senhor estabeleceu um dos grandes propósitos para a
restauração do evangelho nesta dispensação da plenitude dos tempos. Ele disse que, entre outras razões,
o evangelho foi restaurado para que “todo homem, porém, fale em nome de Deus, o Senhor, sim, o
Salvador do mundo”. (v. 20)
Não quer dizer que cada homem falará em nome de Deus o Senhor. O significado é que cada
homem pode falar, desde que seja digno e receba o sacerdócio.
Por muitos anos, porém, durante a história da Igreja, o sacerdócio foi negado a muitos homens
dignos devido à sua linhagem. Então, em junho de 1978, aconteceu algo inesquecível e maravilhoso. O
presidente da Igreja, o profeta do Senhor naquela época, Spencer W. Kimball, anunciou uma revelação
por intermédio da qual todo homem digno poderia, nas circunstâncias adequadas, receber o sacerdócio
eterno com autoridade para agir em nome de Deus.
Eu não estava presente quando João Batista conferiu o Sacerdócio Aarônico. Eu não estava
presente quando Pedro, Tiago e João conferiram o Sacerdócio de Melquisedeque. Porém, estava
presente, participei e fui testemunha do que ocorreu na terça-feira do dia 1º de junho de 1978. Minhas
recordações são vívidas com relação aos acontecimentos daquele dia. (...)
Cada primeira terça-feira do mês é um dia de jejum e testemunho para as Autoridades Gerais da
Igreja. Muitos desses irmãos estão ausentes de casa no primeiro domingo do mês devido a designações
para participarem de conferências de estaca. Sendo assim, fazemos nossa reunião mensal de
testemunhos em uma sala do andar superior do templo de Salt Lake na primeira terça-feira do mês. A
terça-feira que menciono é a do dia 1º de junho de 1978. Ouvimos testemunhos de alguns dos irmãos e
participamos do sacramento da Ceia do Senhor.
Foi uma reunião maravilhosamente espiritual, como o são todas essas reuniões nesses recintos
sagrados e sob tais circunstâncias. Então, os membros do Primeiro Quórum dos Setenta e o Bispado
Presidente foram dispensados, enquanto lá permaneceram o presidente da Igreja, seus dois
Conselheiros, e dez membros do Conselho dos Doze. Dois deles se encontravam ausentes: um na
América do Sul e o outro no hospital.
A questão sobre estender as bênçãos do sacerdócio para os negros estava na mente de muitos dos
irmãos por muitos anos. Foi repetidamente trazida à tona pelos Presidentes da Igreja. Tornou-se uma
questão de preocupação em especial para o Presidente Spencer W. Kimball.
Por um período de tempo considerável, ele havia orado com relação a essa questão séria e difícil.
Ele despendeu muitas horas, a sós, na sala superior do templo orando e meditando.
Nessa ocasião ele levantou a questão perante seus conselheiros e os Apóstolos. Logo após termos
conversado a respeito do assunto, reunimo-nos em oração de modo muito sagrado. O Presidente
Kimball proferiu a oração. Não me recordo das palavras exatas que ele falou, mas recordo-me de meus
sentimentos e da natureza das expressões dos que estavam presentes. Havia uma atmosfera sagrada
naquela sala. Para mim, era como se um conduto tivesse sido aberto entre o trono divino e o profeta de
Deus e seus irmãos ajoelhados, unidos, suplicando ao Senhor. O Espírito de Deus estava presente. E
pelo poder do Espírito Santo veio ao profeta a confirmação de que seu pedido estava correto, que o
momento havia chegado, e que agora as maravilhosas bênçãos do sacerdócio se estenderiam aos
homens dignos de todos os lugares, independente de sua linhagem.
Cada homem naquele círculo, pelo poder do Espírito Santo, reconheceu a mesma coisa.
Foi uma ocasião calma e sublime.
Não foi como o som “de um vento veemente e impetuoso”, não houve “línguas repartidas, como
que de fogo” (Atos 2:2–3) como no Dia de Pentecostes. Havia, no entanto, um espírito Pentecostal, pois
o Espírito Santo estava presente.
Nenhuma voz audível aos nossos ouvidos físicos foi ouvida, mas, sim, a voz do Espírito
sussurrada com toda certeza em nossa mente e em nossa própria alma.
Aconteceu conosco, pelo menos comigo pessoalmente, como imagino que tenha se passado com
Enos, que falou com relação à sua extraordinária experiência: “E enquanto estava assim lutando no
espírito, eis que a voz do Senhor me veio outra vez à mente”. (Enos 1:10)
Foi naquele memorável 1º de junho de 1978. Saímos daquela reunião humildes, reverentes e
felizes. Nenhum de nós, presentes naquela ocasião, fomos a mesma pessoa depois desse acontecimento.
A Igreja também não foi a mesma. (“Priesthood Restoration,” Ensign, October 1988, pp. 69–70)
SACRAMENTO
Ao participarmos de nossas reuniões sacramentais, podemos partilhar dos emblemas do sacrifíco
de nosso Salvador. Ao assim fazermos, renovaremos nossos convênios e nos lembraremos das sagradas
obrigações que repousam sobre aqueles que tomaram sobre si o nome do Senhor. (“‘Let Us Move This
Work Forward,’” Ensign, November 1985, p. 85)
Esse grande e importante sacramento foi instituído pelo próprio Salvador um pouco antes de Sua
crucificação. Foi Ele quem primeiro deu àqueles que amava os emblemas de Sua carne e Seu sangue,
ordenando que todos participassem deles em lembrança Dele e como símbolo de convênio entre Deus e
o homem. (Priesthood Restoration Commemoration Fireside, May 15, 1988)
Tenho certeza que o Salvador confia em nós, e ainda assim nos pede que renovemos nossos
convênios com Ele freqüentemente e perante um e outro ao participarmos do sacramento, os emblemas
de Seu sacrifício por nós. (“Trust and Accountability,” BYU 1992–93 Devotional and Fireside
Speeches, October 13, 1992, p. 25)
Ao participarmos do sacramento todos estamos num mesmo plano diante do Senhor. Cada um é
responsável pelo que faz ao renovar seus convênios com o Senhor na bela, magnífica e simples
ordenança do evangelho que possui um enorme significado. Sou grato por essa oportunidade. (Eagle
Gate 7th Ward Sacrament Meeting, September 17, 1995)
Sinto em meu coração que se cada membro da Igreja decidisse dentro de si mesmo que participaria
do sacramento toda semana, se possível, teríamos maior espiritualidade e menos ausência entre nossos
membros. (Meeting with General Authorities and Wives, October 9, 1996)
Gosto de ocasionalmente abrir o livro do Novo Testamento e ler sobre a Última Ceia. Imagino a
reunião dos Doze na Sala Superior [do Templo]. Acho que, provavelmente, eles teriam entrado na sala
muito felizes. Eram todos irmãos e provavelmente cumprimentavam uns aos outros e diziam: “Como
está, Pedro? Como vão as coisas, João?” e coisas semelhantes. Mas creio que quando o Senhor chegou
Ele estava sóbrio e calado, pensativo e triste. Ele sabia o que estava por acontecer. Eles pareciam não
compreender, mas Ele sabia o que estava por vir, que Ele daria a Sua vida em dor e indescritível
sofrimento ao cumprir a missão delineada por Seu Pai para a redenção da humanidade. E quando eles
se sentaram, Ele estava extremamente pesaroso porque Ele lhes disse: “(...) um de vós me há de trair.
(...) começaram cada um a dizer-lhe: Porventura sou eu, Senhor? E ele, respondendo, disse: O que põe
comigo a mão no prato, esse me há de trair.
O Filho do Homem vai, como acerca dele está escrito, mais ai daquele homem por quem o Filho
do homem é traído! Bom seria para esse homem se não houvera nascido. E, respondendo Judas, o que o
traía, disse: Porventura sou eu, Rabi? Ele disse: Tu o disseste.
E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse:
Tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele
todos; Porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para
remissão dos pecados. E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em
que o beba novo convosco no reino de meu Pai. E, tendo cantado o hino, saíram para o Monte das
Oliveiras”. (Mateus 26:21–30) (Meeting with General Authorities and Wives, October 9, 1996)
SACRIFÍCIO
Ver também Consagração
Uma religião que exige devoção, sacrifício e disciplina também desfruta a lealdade de seus
membros e o interesse e respeito de outras pessoas.
Foi sempre assim. O Salvador não se equivocou quando disse a Nicodemus: “Aquele que não
nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus”. (João 3:5) Não houve exceções. Não
houve indulgência no cumprimento da lei. Foi assim com respeito aos outros assuntos dos quais falou.
Paulo nunca foi ambíguo ou usou de sofismas ao estabelecer os requisitos necessários do
evangelho de Jesus Cristo. E o mesmo acontece hoje. O próprio Senhor declarou que “estreita é a porta
e apertado o caminho”. Qualquer sistema que lida com as conseqüências eternas do comportamento
humano deve estabelecer diretrizes e a elas aderir. Nenhum sistema pode ter, por muito tempo, a
lealdade dos homens sem esperar deles certas medidas de disciplina, particularmente, de autodisciplina.
O custo em termos de conforto pode ser grande. O sacrifício pode ser real. Porém, essa realidade tão
exigente é a substância que produz o caráter, força e nobreza.
A permissividade nunca produziu grandeza. A integridade, a lealdade e a força são virtudes cuja
fibra é desenvolvida pelas lutas travadas dentro de um homem ao exercer a autodisciplina sob as
exigências da verdade de origem divina. (Be Thou an Example [Salt Lake City: Deseret Book, 1981],
pp. 4–5)
Nos últimos anos, coube-me a responsabilidade de chamar dezenas de irmãos, acompanhados da
esposa e filhos, para o campo missionário, deixando tudo para trás. Aqueles com quem falaremos nos
próximos meses, reagirão da mesma forma que os outros. Na verdade, responderão: “Naturalmente,
estou pronto para ir quando e para onde o Senhor me chamar”.
Eles e sua esposa reunirão os filhos em torno de si. Haverá lágrimas, quando os filhos pensarem
em deixar a escola e seus amigos. A família se ajoelhará em oração, e ao se levantarem, embora com os
olhos ainda úmidos, dirão em uníssono: “Aonde mandares irei, Senhor (...) O que ordenares farei, ó
Senhor”. (Hinos, nº 57)
Confesso, que vez por outra, reluto em pedir às pessoas que façam certas coisas na Igreja, porque
sei que aceitarão sem hesitar. E sei também que, essa aceitação implica em sacrifício. Sei, porém,
igualmente que no caso dos presidentes de missão e seus familiares, correrão mais lágrimas quando
deixarem o campo missionário para voltarem para casa, do que quando partirem para o campo. O
mesmo acontece com os presidentes de templo e muitos outros chamados pela Igreja para servir, longe
de casa, nas searas do mundo.
Em minha longa experiência, jamais alguém recusou um chamado assim. Houve alguns casos em
que, quando investiguei suas condições, chegamos à conclusão que não deveriam ir, pelo menos
naquela ocasião. Mas mesmo nesses casos acontece uma coisa estranha. Depois de se conversar com
alguém a respeito de uma dessas designações, mesmo não se concretizando o chamado, ele nunca
consegue esquecê-lo. E não se passa muito tempo, ele escreve ou telefona para dizer que está preparado
para partir.
Ocasionalmente, alguém comenta que nos primórdios da Igreja os sacrifícios eram enormes, mas
que hoje já não existem. O observador diz que na época dos pioneiros as pessoas se mostravam
dispostas a sacrificar seu destino e até mesmo a vida. “O que aconteceu com o espírito de
consagração?”, perguntam. Gostaria de dizer, com grande ênfase, que esse espírito continua muito forte
entre nós. Descobri que nenhum sacrifício é grande demais para o santo dos últimos dias fiel. (“‘Let Us
Move This Work Forward,’” Ensign, November 1985, p. 84)
As estatísticas sobre o crescimento da Igreja são impressionantes e gratificantes. Elas fazem-me
lembrar de uma recente transmissão radiofônica, em que o Chefe do Conselho Nacional de Igrejas foi
entrevistado e falou sobre o declínio do número de membros de alguns dos maiores e mais conhecidos
grupos religiosos, bem como o crescimento acelerado de outros. Como razão deste declínio, ele
afirmou: “Porque se tornaram permissivos; permitem que qualquer um se torne membro ou permaneça
como membro. Não fazem nenhuma exigência rigorosa, seja quanto a fé ou a contribuições”.
Mencionou, também, que os grupos que exigem sacrifício de tempo, esforços e recursos estão
vivenciando um crescimento vigoroso.
Ele prosseguiu dizendo: “A Igreja com o crescimento mais rápido, com mais de um milhão de
membros no país, é a Igreja Mórmon, os santos dos últimos dias, com sede em Salt Lake City, que está
crescendo cinco por cento ao ano. Esse é um crescimento bastante rápido.
O comentário surpreendente, um comentário que deveria interessar a todos os homens ou mulheres
conscientes. Uma de suas afirmações é que a religião que exige dedicação, que pede sacrifício, que
exige disciplina, também recebe a lealdade de seus membros e o interesse e respeito dos outros. (“‘It’s
True, Isn’t it?’” Ensign, July 1993, pp. 2–4)
Não é um sacrifício viver o evangelho de Jesus Cristo. Não é nunca um sacrifício quando você
recebe mais do que dá. É um investimento. A vivência do evangelho de Jesus Cristo torna-se um
investimento maior que qualquer que conheçamos porque seus dividendos são eternos. (Tacoma
Washington Regional Conference, August 20, 1995)
SACRIFÍCIO EXPIATÓRIO DE JESUS CRISTO
Ver também Jesus Cristo
Quero que se lembrem, todos os que me ouvem que o consolo que temos, a paz que possuímos e, o
mais importante, a fé e o conhecimento que temos das coisas de Deus foram adquiridos com um preço
terrível, por aqueles que nos precederam. O sacrifício sempre fez parte do Evangelho de Jesus Cristo. O
elemento culminante de nossa fé é a convicção do Deus vivo, o Pai de todos nós, e de seu Filho Bem-
Amado, o Redentor do mundo. É devido à vida e ao sacrifício de nosso Redentor que estamos aqui. É
por causa do sacrifício expiatório que nós e todos os filhos de Deus tomaremos parte na salvação do
Senhor. “Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em
Cristo”. (I Coríntios 15:22) Foi devido ao sacrifício expiatório, levado a cabo pelo Salvador do mundo,
que o grande plano do evangelho eterno nos foi dado. Por esse plano, os que morrerem no Senhor não
provarão a morte, mas terão a oportunidade de seguir para a glória celestial e eterna.
Em momentos de desespero Ele nos socorre, salvando-nos da condenação e proporcionando-nos
vida eterna. (“Our Mission of Saving,” Ensign, November 1991, p. 54)
Nunca poderei agradecer o suficiente pelo sacrifício expiatório de meu Salvador e Redentor.
Através de seu sacrifício, ao final de uma vida de perfeição — sacrifício esse oferecido com dor
indescritível — as cadeias da morte foram rompidas e a ressurreição de todos assegurada. Além disso,
as portas da glória celestial foram abertas a todos os que aceitarem a verdade divina e obedecerem a
seus preceitos. (“My Testimony,” Ensign, November 1993, p. 52)
Posso sentir de certa maneira o significado de Seu sacrifício. Não posso compreendê-lo em sua
plenitude. Ele é tão grandioso em sua dimensão, e ao mesmo tempo tão íntimo em seus efeitos, que
desafia a compreensão. No final, quando toda a história é examinada, quando os mais profundos
abismos da mente humana são explorados, não há nada tão maravilhoso, tão majestoso, tão formidável
quanto esse ato de graça no qual o Filho do Todo-Poderoso, o Príncipe herdeiro do lar real de Seu Pai,
(...) deu a vida em ignomínia e dor para que os filhos e filhas de Deus, de todas as gerações do tempo,
ao serem submetidos à morte possam caminhar novamente e ter vida eterna. (“Jesus Christ,” First
Presidency Christmas Devotional, Salt Lake Tabernacle, December 4, 1994)
Para toda a cristandade e humanidade, [a Páscoa] é a celebração do aniversário do maior milagre
da história humana. É o milagre que envolve todos os que viveram sobre a Terra, todos os que agoram
vivem na Terra e todos os que ainda viverão nesta Terra. Nada feito antes, ou até então, teve efeito tão
grandioso sobre a humanidade quanto o sacrifício feito por Jesus de Nazaré, que morreu na cruz do
Calvário e levantou da tumba ao terceiro dia como o Filho vivo do Deus vivo, o Salvador e Redentor de
toda a humanidade. (...) O Espírito Santo testifica da verdade e da validez do que realmente ocorreu.
Dele adveio o último sacrifício e é Dele a vitória sublime. (St. Louis Missouri Regional Conference,
April 16, 1995)
A verdade mais notável da vida é que o Filho de Deus veio ao mundo e sacrificou-se pelos
pecados da humanidade, abrindo os portões pelos quais devemos passar para herdar a vida eterna.
(Charlotte North Carolina Regional Conference, priesthood leadership session, February 24, 1996)
Quando tudo o mais falha, nosso Senhor está por perto para nos ajudar. Ele disse: “Vinde a mim,
todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”. (Mateus 11:28) Cada um de vocês tem
fardos. Deixem o Senhor ajudá-los a carregá-los. Ele disse também: “Tomai sobre vós o meu jugo, (...)
porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. (Mateus 11:29–30) Ele está sempre pronto a ajudar
cada um de nós a suportar cada fardo. Ele nos ama tanto que derramou gotas de sangue no Getsêmani e
depois permitiu que homens maus e iníquos O levassem e O forçassem a carregar a cruz até o Gólgota,
para sofrer uma dor terrível, além de qualquer descrição, ao ser pregado na cruz, ser levantado na cruz e
morrer por cada um de nós.
Ele foi o único homem perfeito, sem manchas, a andar na Terra. Foi o Salvador e Redentor da
humanidade. Por causa de Seu sacrifício, por causa de Sua expiação, todos nós, num determinado
momento, nos ergueremos na Ressurreição e teremos maravilhosas oportunidades de seguir adiante no
caminho da imortalidade e vida eterna. (“Stand True and Faithful,” Ensign, May 1996, p. 94)
Ontem estive em Jerusalém. Fomos até o Campo dos Pastores. Uma faixa de luar podia ser vista
no céu, um rebanho de ovelhas nas imediações e Belém do outro lado da colina. Lá, no crepúsculo da
tarde, lemos juntos a história do nascimento do Filho de Deus e cantamos um ou dois hinos de Natal e
depois oramos. Não era dezembro; não era abril. Era junho. Mas foi algo maravilhoso, de grande
inspiração. Gostaria que cada membro da Igreja pudesse ter uma experiência como essa. Eu já havia
tido essa oportunidade antes. Sinto-me feliz por desfrutá-la novamente.
Sinto-me feliz por sentir o que pude sentir, por ir outra vez ao jardim de Getsêmani, lá sentar-me à
sombra de uma oliveira e ler sobre a terrível luta do Filho de Deus diante do que lhe esperava, suando
gotas de sangue e orando a Seu Pai para que, se possível, passasse Dele o cálice — mas dizendo,
todavia seja feita a Tua vontade, não a Minha. Ao nos sentarmos lá, tive um sentimento envolvente de
que Ele não estava implorando por Ele, que Ele não estava passando por aquela provação em termos do
sofrimento físico que Ele teria que enfrentar, a horrível e brutal crucificação. Isso fazia parte do
sofrimento, tenho certeza. Mas era, principalmente, acho eu, a consciência da Sua parte e do Seu papel
com relação ao bem-estar eterno de todos os filhos e filhas de Deus, de todas as gerações do tempo.
Tudo dependia Dele — do Seu Sacrifício Expiatório. Essa era a chave. Essa era a pedra angular do
grande plano que o Pai criou para proporcionar a vida eterna a Seus filhos e filhas.
Embora tenebroso como o foi enfrentá-lo e doloroso como o foi cumpri-lo, Ele o assumiu, Ele o
consumou, e foi admirável e magnífico. Acredito que está além da nossa compreensão. No entanto,
vislumbramos uma pequena parte e precisamos aprender a apreciá-lo mais e mais e mais. (Mission
Presidents Seminar, June 23, 1996)
SEGUNDA VINDA DE CRISTO
O Deus dos céus determinou este dia. Os profetas de todas as dispensações falaram dele. Não
sabemos quando esse dia chegará, mas com certeza virá. (Be Thou an Example [Salt Lake City: Deseret
Book, 1981], p. 16)
Não sei quando o Salvador virá. Estou pronto para recebê-Lo. Espero que não demore para vir a
este mundo cheio de iniqüidade. Eu não sei. “Ó vem, Supremo Rei”; canto este hino com convicção.
Mas eu não sei. Nem o sabem os anjos dos céus. Nenhum de nós sabe. (Ireland Dublin Missionary
Meeting, September 1, 1995)
SERVIÇO
Falando de modo geral, as pessoas mais miseráveis que conheço são as que têm obsessão por si
mesmas; as pessoas mais felizes que conheço são as que esquecem de si para servir os outros. (...) Cada
vez mais, observo que se reclamamos da vida, é porque estamos pensando somente em nós mesmos.
Por muitos anos havia um letreiro na parede de uma loja de sapatos que eu freqüentava que dizia:
“ Reclamei porque não tinha sapatos até que vi um homem que não tinha pés”. A medicina mais eficaz
para a doença da auto piedade é esquecer de nós mesmos a serviço de outros. (“‘Whosoever Will Save
His Life,’” Ensign, August 1982, p. 5)
Quando a história do trabalho nas Filipinas for escrita, é necessário que inclua a história da irmã
Maxine Grimm, uma moça de Tooele, Utah, que serviu na Cruz Vermelha na campanha do Pacífico na
Segunda Guerra Mundial. Ela se casou com um oficial militar, e após a guerra eles fixaram residência
em Manila. Ela se dedicou muito a ensinar o evangelho às pessoas; ela pediu que fossem enviados
missionários. Seu marido cuidou da parte legal e fez muitas outras coisas para tornar possível que os
missionários fossem para lá. Seria muito mais fácil para eles ter simplesmente seguido seu caminho,
ganhando dinheiro e usufruindo dele; mas a irmã Grimm era incessante em seus esforços e apelos.
Naquela época, eu era responsável pelo trabalho na Ásia e levei seus pedidos para a Primeira
Presidência, que em 1961, autorizou a extensão do trabalho missionário formal àquela terra. Em maio
de 1961, tivemos uma reunião nas Filipinas para dar início ao trabalho. Não tínhamos lugar para nos
reunir e recebemos permissão da Embaixada Americana para nos congregarmos no Cemitério Militar
Americano nos arredores de Manila.
Reunimo-nos às 6:30 da manhã lá, onde são solenemente lembrados os sacrifícios de mais de
50.000 homens que deram a vida pela causa da liberdade. A irmã Grimm tocou num pequeno órgão
portátil que ela carregava durante as campanhas da Guerra do Pacífico, e cantamos os hinos de Sião
numa terra estranha. Prestamos testemunho juntos e invocamos as bênçãos dos céus para o trabalho que
iríamos dar início lá. Estava presente um filipino membro da Igreja.
Esse foi o começo de algo maravilhoso, o princípio de um milagre. O restante é história, em
algumas ocasiões desencorajadora, em outras gloriosa. Estive lá para a conferência de área realizada
diversos anos atrás, com o Presidente Spencer W. Kimball e outros. Cerca de 18.000 membros da Igreja
se reuniram na grande Araneta Coliseun, o maior local coberto para reuniões do país.
Chorei ao pensar nos primeiros anos e recordei-me com gratidão da mulher que esqueceu de seus
próprios interesses ao implacavelmente perseguir seu sonho de um dia a Igreja tornar-se forte na terra
em que vivia, trazendo uma felicidade outrora desconhecida a milhares de pessoas maravilhosas.
(“‘Whosoever Will Save His Life,’” Ensign, August 1982, p. 6. )
Anos atrás li a história de uma jovem que fora lecionar numa área rural. Entre os alunos de sua
classe havia uma garota repetente que estava para ser reprovada de novo. A aluna não conseguia ler.
Fazia parte de uma família sem recursos para levá-la a uma cidade grande e submetê-la a exames
médicos para determinar se havia algum problema com ela que pudesse ser corrigido. Percebendo que a
dificuldade de aprendizagem poderia ser causada pela deficiência de visão da garota, a jovem
professora arranjou meios de levar a aluna, às suas próprias custas, para fazer exames oftamológicos.
Foi descoberto, então, um problema que poderia ser corrigido com óculos. Logo, um novo mundo
desvendou-se diante dela. Pela primeira vez na vida, ela enxergava claramente as palavras em sua
frente. O salário daquela professora rural era pequeno, mas a despeito do pouco que tinha, fizera um
bom investimento que mudou completamente a vida de uma aluna repetente; e, ao fazê-lo, encontrou
nova dimensão em sua própria vida.
Todo ex-missionário pode contar experiências pessoais sobre perder-se a si mesmo no serviço ao
próximo, descobrindo ter sido aquela a experiência mais recompensadora de sua vida. (“And the
Greatest of These Is Love,” Ensign, March 1984, pp. 4–5)
Nossos antepassados pioneiros trabalharam juntos para o bem de todos. Sou profundamente grato
pela essência daquele espírito de prestimosidade que passou de geração em geração e tem sido tão
evidente nas experiências problemáticas dos santos dos últimos dias, em épocas de infortúnios e
dificuldades. O prefeito de Salt Lake City contou-me que numa tarde de domingo de 1983, quando a
enchente em Salt Lake City tornou-se séria, ele ligou para um presidente de estaca. Dentro de pouco
tempo 4.000 voluntários apareceram. A história dessa grande prestimosidade chamou a atenção de
muitos indivíduos e publicações através do país. Os santos dos últimos dias trabalhando juntos com
seus vizinhos de outras crenças; trabalharam juntos em tempos difíceis e falou-se deles no rádio e
televisão, nos jornais e revistas. Os escritores trataram isso como se fosse um novo e único fenômeno.
Não é novo, embora possa ser único nesta época. Notei com interesse o comentário feito por um alto
funcionário do órgão federal responsável por ajuda em momentos de catástrofes, que disse que os
funcionários enviados a Utah para oferecerem ajuda do governo receberam muito menos telefonemas
do que esperavam. O fato é que muitas pessoas simplesmente disseram resolutamente, como seus
antepassados devem ter dito: “Trabalharemos juntos e faremos o que for possível para restaurar as casas
e fazendas”. Que Deus abençoe a todos que trabalham unidos em fé, amor e estima uns pelos outros em
momentos difíceis. (“The Faith of the Pioneers,” Ensign, July 1984, pp. 4–5)
Aquele que procura agradar ao Pai Celestial cuidará das necessidades de Seu reino. Esta Igreja é
parte do Seu divino plano, é o reino de Deus na Terra. Sua obra é importante, é necessária para a
realização dos propósitos eternos de nosso Pai. Para que agrademos ao Pai, precisamos ser sensíveis às
necessidades do Seu reino. Precisamos estar dispostos a trabalhar sempre que formos chamados e a
desenvolver nossos talentos para que o trabalho seja mais eficaz em atingir os não membros da Igreja,
ou aqueles que dela se afastaram. Precisamos ser diligentes em levar avante a grande obra de salvação
dos mortos, e dar de nossas forças, talentos e meios para a promoção e fortalecimento da Igreja em
outros aspectos. Isso talvez exija sacrifício, sim, mas todo sacrifício é acompanhado de uma bênção.
Nestes últimos dois ou três meses tive o privilégio de entrevistar e chamar cinqüenta e oito irmãos
para servirem como presidentes de missão. Que experiência gratificante e inspiradora! Todos eles são
homens de grande responsabilidade empresarial ou profissional, com muitos problemas e interesses
exigindo atenção. Mas em todos os casos, sem excessão, a resposta foi: “Se eu puder ajudar na obra do
Senhor, eu o farei. Se o Senhor chama, estou pronto para partir”. Depois de algumas dessas entrevistas,
vieram-me lágrimas aos olhos quando pensei nos muitos membros de grande fé que, ao serem
chamados pela Igreja, estão prontos a deixar de lado qualquer outro interesse pelo desejo de agradar ao
Pai Celestial.
O mais extraordinário e maravilhoso é que, desistindo de tanta coisa para ir, quando voltam para
casa ganham muito mais, o que é único e maravilhoso conforme todos podem testificar. Todos
retornam afirmando que não existe experiência que se compare, e que não a trocariam por nada nessa
Terra. O mesmo acontece com qualquer serviço que prestamos por amor ao nosso Pai Celestial. (“To
Please Our Heavenly Father,” Ensign, May 1985, pp. 50–51)
Falarei a respeito de [um homem] que encontrei na Guatemala. Ele é John O’Donnal, [na época]
presidente do Templo da Cidade da Guatemala. Ele se levantou diante da congregação e com a voz
embargada por emoção, relatou sua história.
Quando rapaz ele se formou pela Universidade do Arizona em agronomia. Foi contratado pelo
Departamento de Agricultura dos Estados Unidos e enviado à Guatemala para trabalhar num projeto
para desenvolver o crescimento natural das seringueiras e satisfazer uma necessidade crítica quando a
guerra estava tragando o mundo.
De acordo com o que me recordo, ele relatou: “Eu tinha vinte e quatro anos de idade e era solteiro
quando vim para a Guatemala quarenta e três anos atrás. Eu fora criado amando o Salvador e Seus
ensinamentos. No decorrer de meu trabalho aqui, caminhei dia após dia por essas montanhas e selvas, e
entre as pessoas desta terra. Aprendi a conhecê-las e a amá-las, e ao ver a pobreza e escuridão em que
viviam, chorei por elas. Eram as pessoas mais puras que já conheci, mas viviam sem a luz do
evangelho. Chorei ao conversar com o Senhor a respeito deles. Sabia que certamente havia esperança
delas receberem o conhecimento e o amor de Jesus Cristo, e adquirirem os registros de seus
antepassados que Dele testificam.
Apaixonei-me por uma linda moça em cujas veias corria sangue inglês e espanhol, e também o
sangue de Leí, Lamã e Samuel. Casamo-nos. (...)
Em 1946 e novamente em 1947 viajei para Salt Lake City e pedi ao Presidente da Igreja que
enviasse os missionários. Finalmente, em setembro de 1947, o presidente da missão e seus conselheiros
trouxeram quatro élderes à nossa casa. No dia seguinte, fomos até uma montanha onde juntos
partilhamos do sacramento, e o presidente da missão dedicou a terra para a pregação do evangelho
restaurado.
Minha esposa foi a primeira habitante natural da América Central a se batizar na Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Hoje ela está ao meu lado como diretora deste lindo templo”.
Ele continuou: “Em 1956 sofri um grave acidente e fui levado ao hospital para fazer uma cirurgia.
Minha vida ficou por um fio, e naquelas circunstâncias tive uma extraordinária experiência. O Senhor
mostrou-me que um templo seria construído nesta terra.
Fui também informado por um poder além do poder humano que minha vida seria preservada, mas
que minha vida não mais me pertenceria”.
Sua vida não mais lhe pertenceu. Como cientista e administrador, ele estabeleceu e administrou
uma grande plantação de seringueiras e por um curto período uma fábrica de pneus para uma das
grandes companhias de borracha dos Estados Unidos. Mas ele fez algo ainda mais significativo. Em
comunhão com o espírito do Mestre, ele viveu praticando o bem. Trabalhou compartilhando o
evangelho entre as pessoas da Guatemala. Por mais de quarenta anos ele conviveu com eles, falou sua
língua, sofreu com eles em seus momentos difíceis, ensinou-lhes o evangelho eterno, e foi calmo,
modesto e um magnífico pioneiro no desenvolvimento do trabalho do Senhor nesta terra.
Quando ele trilhava os caminhos da selva sozinho, ele era o único membro da Igreja em toda a
terra. Hoje existem mais de quarenta e quatro mil membros. Ele criou o primeiro pequeno ramo. Hoje
existem doze estacas de Sião na Guatemala e muitas mais nos países em volta da América Central. (...)
Foi dito a John O’Donnal, quando o véu entre a vida e a morte estava por um fio, que sua vida
seria preservada mas que não mais pertenceria a ele. Quão verdadeira deve ser essa afirmação para cada
um de nós! Nenhum de nós pode dizer que sua vida pertence a si mesmo. Nossa vida é uma dádiva de
Deus, e o momento de partirmos pode não estar de acordo com o nosso desejo. Na verdade, nossos dias
não são contados por nós, mas sim de acordo com o desejo de Deus. (“Giving Ourselves to the Service
of the Lord,” Ensign, March 1987, pp. 4–5)
Precisamos, com certeza, perceber que não há uma verdadeira adoração Dele, que é o Cristo, sem
se doar. Por que os missionários são felizes? Porque eles se doam no serviço ao próximo.
Por que os que trabalham nos templos são felizes? Porque seu trabalho de amor está, de fato, em
harmonia com o grande trabalho vicário do Salvador da humanidade. Eles nem pedem e nem esperam
agradecimentos pelo que fazem. Na maioria das vezes, eles não conhecem nada além do nome da
pessoa em favor de quem estão oficiando.
Infelizmente, muitos de nós vivemos nossa vida como se ela nos pertencesse. É verdade que é
nossa a escolha de desperdiçarmos nossa vida se desejarmos; mas é desleal à grande e sagrada verdade
que possuímos. (“Giving Ourselves to the Service of the Lord,” Ensign, March 1987, p. 5)
O melhor antídoto que conheço para a preocupação é o trabalho. O melhor remédio para o
desespero é o serviço. A cura para o cansaço é o desafio de ajudar alguém que se encontre mais
cansado ainda. (Single Adult Fireside Satellite Broadcast, February 26, 1989)
Façamos com que o amor seja a Estrela Polar de nossa vida ao estender a mão àqueles que
necessitam de nossa força. Muitos de nós padecem sozinhos. A medicina ajuda, mas as palavras
carinhosas conseguem operar milagres. Muitos há que vivem em condições alarmantes, temerosos e
incapazes de enfrentá-las. Temos bons bispos e líderes da Sociedade de Socorro capazes de ajudar, mas
não conseguem fazer tudo sozinhos. Todos nós podemos e devemos ocupar-nos numa boa causa. (“Let
Love Be the Lodestar of Your Life,” Ensign, May 1989, pp. 66–67)
As pessoas desta (...) Igreja tem dado generosamente de seus recursos para ajudar os necessitados.
Meus pensamentos levam-me a um certo domingo, há poucos anos, quando a Presidência da Igreja
pediu a nosso povo que jejuasse por duas refeições e consagrasse o valor equivalente, e mais, para
ajudar os desabrigados e famintos em lugares da África onde não tínhamos membros, mas onde havia
muita fome e sofrimento.
No domingo de manhã o dinheiro começou a chegar. De início foram centenas de dólares, depois
milhares, centenas de milhares, e finalmente milhões de dólares. Esses fundos consagrados tornaram-se
um meio de salvar muitos que, de outra forma, podiam ter perecido de fome.
Não nos jactamos disto. Menciono o fato simplesmente como um exemplo de que mórmon pode
significar, e para muitos significa, “muito bom”. (“Mormon Should Mean ‘More Good,’” Ensign,
November 1990, p. 54)
Como faz bem e é maravilhoso para um homem ou mulher colocar de lado todas as considerações
de ganho pessoal e buscar com força, energia e propósito ajudar aos desafortunados, beneficiar a
comunidade, manter limpo o meio-ambiente e embelezar os arredores. (“This I Believe,” BYU 1991–92
Devotional and Fireside Speeches, March 1, 1992, p. 79)
Nenhuma pessoa que seja membro desta Igreja e tenha tomado sobre si os convênios inerentes aos
membros, pode, sensatamente, esperar que o Senhor abençoe seus esforços a não ser que esteja disposta
a compartilhar das incumbências do reino do Senhor. (...)
Enquanto viajava de avião, li em uma revista a descrição da falência moral em que o mundo se
encontra envolvido. O autor citou como razão predominante dessa queda uma atitude que se caracteriza
pela pergunta: O que ele tem para me oferecer?
Irmãos e irmãs, vocês nunca serão felizes se passarem a vida pensando somente em si mesmos.
Entreguem-se à melhor causa do mundo: a causa do Senhor. (“Pillars of Truth,” Ensign, January 1994,
pp. 6–7)
Você quer ser feliz? Esqueça de si mesmo e envolva-se nesta grande causa. Dedique seus esforços
a ajudar as pessoas. Cultive em seu coração um espírito de perdão por qualquer pessoa que possa ter-
lhe ofendido. Busque ao Senhor, viva e trabalhe para elevar e servir Seus filhos e filhas. Você sentirá
uma alegria que jamais sentiu antes, se assim o fizer. Não importa qual seja a sua idade, quer seja velho
ou novo, não importa. Você pode edificar e ajudar as pessoas. Somente os céus sabem quantas e
quantas pessoas neste mundo necessitam de ajuda. Muitas mesmo. Libertemo-nos de atitudes corruptas
e egoístas, irmãos e irmãs, mantenhamo-nos firmes e elevemo-nos no serviço ao próximo. Como disse
[o poeta inglês Robert] Browning: “O homem deve ir além dos seus limites”. Mantenha-se firme, erga-
se, eleve aqueles cujas juntas estão fracas e apóie os braços que pendem. Viva o evangelho de Jesus
Cristo. Esqueça de si mesmo. (Liverpool England Fireside, August 31, 1995)
Espero que vocês estejam felizes com o trabalho que vêm desenvolvendo. Sei que se exige muito.
Sei que é cansativo. Mas que enorme oportunidade nos é dada. Que coisa melhor poderíamos estar
fazendo? Como poderíamos aproveitar melhor nosso tempo? Estamos lidando com a própria fibra da
eternidade. Estamos lidando com a salvação e exaltação dos filhos de nosso Pai. Ficamos cansados.
Sim. E então? Podemos adoecer no trabalho. Com muita probabilidade nos recuperaremos. “Chegando
a morte, tudo irá bem, Vamos paz todos ter. Livres das lutas e dores também, Com os justos viver”.
(Hinos, nº 20) O que mais poderíamos pedir? (General Authority Training Meeting, October 1, 1996)
Alguns dos nossos choram de dor, sofrimento, solidão e medo. Temos o grande e sério dever de
ajudá-los, de elevar seu moral, de alimentá-los se tiverem fome, de nutrir seu espírito se tiverem sede
da verdade e da retidão. (“‘Reach with a Rescuing Hand,’” Ensign, November 1996, p. 86)
Quando eu era presidente de estaca, tínhamos um quórum de élderes que não fazia coisa alguma
(...) Não chegava a lugar nenhum. Chegamos à conclusão que teríamos que reorganizar o quórum dos
élderes; e após oração e meditação, chamei um homem para comparecer ao escritório da estaca.
Conversei com ele e disse-lhe que gostaríamos que ele servisse como presidente do quórum dos
élderes. Ele disse: “Não posso fazer isso. Não poderia fazê-lo. Não tenho jeito para assumir essa
posição”. Disse ele: “Sou um converso à Igreja. Fui um menino órfão que cresceu no Alabama. A única
coisa que aprendi quando vivia lá foi fazer vassouras de palha do milho. Trabalho em uma oficina no
centro da cidade, numa concessionária, consertando carros. Não estou qualificado para ser presidente
do quórum dos élderes”. E eu disse: “Bem, você está sendo chamado para ser presidente do quórum dos
élderes”. Ele sentou-se, abaixou a cabeça entre as mãos e chorou, e então se levantou e disse: “Farei o
melhor possível”. Ele escolheu dois conselheiros que eram intelectualmente superiores a ele de muitas
maneiras. Mas ele tinha uma habilidade impressionante. As coisas começaram a acontecer naquele
quórum dos élderes. Ele deixou seus conselheiros lidarem com os professores que pertenciam àquele
quórum. Ele saía em busca dos inativos, dos que não mais freqüentavam a Igreja. Ele conhecia sua
linguagem, sabia como falar com eles, e eles responderam positivamente. Ele organizou um
maravilhoso quórum dos élderes e desde aquela época continuou a assumir outras responsabilidades.
Trabalho. Dê ao seu povo algo para fazer. A fé definha com a ociosidade. Coloque-os para trabalhar.
(Brigham City Utah Regional Conference, priesthood leadership session, February 22, 1997)
SIÃO
Numerosos pequenos esforços e atos humildes formam o modelo cumulativo de uma grande
organização mundial. (...)
Não preciso lembrar-lhes de que a causa em que estamos empenhados não é uma causa comum. É
a causa de Cristo. É o reino de Deus, nosso Pai Eterno. É a edificação de Sião na Terra, o cumprimento
da profecia dada nos tempos antigos e de uma visão revelada nesta dispensação. (“An Ensign to the
Nations,” Ensign, November 1989, p. 53)
“E o Senhor chamou seu povo Sião, porque eram unos de coração e vontade e viviam em retidão,
e não havia pobres entre eles”. (Moisés 7:18)
Se quisermos edificar a Sião de que os profetas falaram e a qual o Senhor vigorosamente
prometeu, precisamos abandonar nosso egoísmo destrutivo. Devemos elevar-nos acima do amor,
conforto e bem-estar e, com esforço e luta, mesmo na adversidade extrema, passaremos a conhecer
melhor a Deus. (“Our Mission of Saving,” Ensign, November 1991, p. 59)
Nossos antepassados sonharam com Sião. “Venham para Sião”, eles diziam. “Mesmo se tiverem
que percorrer andando todo o trajeto, venham para Sião. Deixem a Babilônia e unam-se às montanhas
de Efraim”. Ninguém pode ler as palavras de Brigham Young, John Taylor, ou Wilford Woodruff sem
pensar nesses vales cercados de montanhas como um grande lugar de reunião para pessoas unas de
coração, mente e fé. Um lugar onde a casa do Senhor deveria ser estabelecida no cume das montanhas e
todas as nações a buscariam. (General Authority Training Meeting, September 27, 1994)
Não pode haver jamais no futuro uma interrupção ou malogro na busca, na continuidade, na
construção e no crescimento de Sião em todo o mundo. (“This Work Is Concerned with People,” May
1995, pp. 52–53)
Podemos nos aperfeiçoar, e no final, tudo se resume ao aperfeiçoamento: mudar nossa vida para
que possamos ajudar as pessoas a mudarem a vida delas. Construamos Sião na Terra. (Tacoma
Washington Regional Conference, priesthood leadership session, August 19, 1995)
Vocês, hoje à noite, são o cumprimento das grandes palavras de Jeremias, que falou, em nome do
Senhor: “E vos tomarei, a um de uma cidade, e a dois de uma geração; e vos levarei a Sião: e vos darei
pastores segundo o meu coração”. (Jeremias 3:14–15) Vocês são o cumprimento de tudo isso. Sião é
onde vocês moram e estão sendo nutridos pelos líderes com as mensagens do Senhor, o próprio pão da
vida. Quão maravilhoso é poderem estar aqui e participar dessas grandes e maravilhosas bênçãos.
(Hyde Park Chapel Rededication, August 27, 1995)
Houve uma ocasião em que os que se filiaram à Igreja na Inglaterra, Irlanda, Escócia e País de
Gales desejavam unirem-se a Sião. Eles pagaram um enorme preço ao tomarem essa decisão. Centenas
deles, milhares, morreram naquela longa marcha do Rio Missouri para o Vale do Grande Lago Salgado.
Hoje em dia já não ocorre mais isso. Vocês podem viver confortavelmente em seu país e edificar Sião,
de modo bem real. (Nottingham England Fireside, August 30, 1995)
Vocês ainda não são perfeitos. Não é provável que fique um grande buraco na terra se forem
transladados. Vocês ainda não estão completamente preparados para isso, mas construamos Sião aqui.
Cultivemos a espiritualidade nas pessoas. Ensinemos a fé. Ensinemos as pessoas a confiarem no Senhor
e buscarem Nele força, direção, apoio e amor. Ele é nosso Pai e nosso Deus. Ele é nosso Salvador e
Redentor, somos Seus discípulos e devemos caminhar em suas pegadas. Estas, para mim, são palavras
grandes e maravilhosas do sétimo capítulo de Morôni, versículo 26: “E tão certo como Cristo vive,
falou ele a nossos pais, dizendo: Tudo o que for bom, se pedirdes ao Pai em meu nome, com fé e
crendo que recebereis, eis que vos será concedido”. Isso, para mim, é uma promessa sem paralelo.
(Brigham City Utah Regional Conference, priesthood leadership session, February 22, 1997)
SOCIEDADE DE SOCORRO
Sei que muitas de vocês sentem-se solitárias de vez em quando. Algumas moças descobrem que há
apenas duas ou três garotas santos dos últimos dias nas grandes escolas que freqüentam. Vocês,
mulheres, que trabalham possivelmente sejam os únicos membros da Igreja em sua empresa. As viúvas
e algumas irmãs divorciadas podem pensar que estão sozinhas. O número de participantes nesta reunião
com certeza dar-lhes-á a certeza de que não estão sozinhas. Vocês [na Sociedade de Socorro] são parte
da maior irmandade que existe na Terra. (“Live Up to Your Inheritance,” Ensign, November 1983, p.
81)
A Sociedade de Socorro da Igreja (...) tem como lema A Caridade Nunca Falha. São incontáveis
os benefícios que prestam essas mulheres admiráveis, maravilhosas e abnegadas, socorrendo os aflitos,
curando os feridos, levando alegria e conforto aos angustiados, alimentando os que têm fome, vestindo
os desnudos, e ajudando a levantar os caídos, dando-lhes forças, incentivo e o desejo de continuar em
frente. (“Mormon Should Mean ‘More Good,’” Ensign, November 1990, p. 54)
É uma saga extraordinária e positiva o crescimento da Sociedade de Socorro de vinte membros,
quando foi organizada em 17 de março de 1842 na cidade de Nauvoo, para mais de três milhões 150
anos depois, com membros em comunidades grandes e pequenas através do mundo. Embora nem todas
as que se qualifiquem como membros participem, é notável o grande número de ativas. (“Ambitious to
Do Good,” Ensign, March 1992, p. 2)
Quem pode calcular os maravilhosos efeitos sobre a vida de milhões de mulheres que aumentaram
seu conhecimento, que tiveram sua visão ampliada, sua vida expandida, e cujo entendimento das coisas
de Deus foi enriquecido por inúmeras lições efetivamente ensinadas e aprendidas nas reuniões da
Sociedade de Socorro?
Quem pode medir a alegria na vida dessas mulheres ao se reunirem umas com as outras,
desfrutarem do convívio social na atmosfera da ala ou ramo, enriquecendo a vida uma das outras por
intermédio de relacionamentos agradáveis e de grande valor.
É impossível calcular os incontáveis atos de caridade por elas desempenhados, o alimento
colocado em mesas vazias, a fé nutrida em horas de desespero e doença, as feridas que foram curadas,
dores sanadas por mãos amáveis com tranqüilas palavras de conforto, o consolo que foi dado em
épocas de luto e conseqüente solidão? (...)
Após o êxodo de Nauvoo, a organização formal da Sociedade de Socorro desintegrou-se enquanto
os santos cruzavam as planícies. O incentivo e o espírito do trabalho continuou. Os doentes foram
cuidados, crianças nasceram, mães e bebês foram ajudados durante a longa e difícil jornada. Os mortos
eram vestidos e enterrados por mãos bondosas no decorrer de todo o percurso da trilha do Rio
Mississippi a Winter Quarters e ao vale do Grande Lago Salgado.
Em 1866 Brigham Young chamou Eliza Snow para servir como presidente da Sociedade de
Socorro e instruiu-a a providenciar que a organização fosse estabelecida em cada ala e ramo da Igreja.
Desde aquela época, essa tem sido a diretriz. Onde estiver a Igreja é básico que se tenha em cada ramo
a organização da Sociedade de Socorro.
Ninguém poderia jamais avaliar os projetos assumidos e realizados pelas Sociedades de Socorro
locais. É difícil avaliar-se tudo de bom que aconteceu na vida das mulheres pertencentes a essas
organizações e as que por elas foram beneficiadas com suas boas obras. (“Ambitious to do Good,”
Ensign, March 1992, pp. 4–5)
Deus abençoe a Sociedade de Socorro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Possa o espírito de amor que motivou seus membros por um século e meio continuar a crescer e ser
sentido através do mundo. Que os trabalhos de caridade influenciem para o bem a vida dos inúmeros
que os aceitarem! Que a luz, entendimento, aprendizado, conhecimento e verdade eterna abençoem a
vida de gerações de mulheres ainda por vir, por todas as nações da Terra, devido ao estabelecimento
dessa instituição divina e singular! (“Ambitious to Do Good,” Ensign, March 1992, p. 6)
Os elementos básicos da Sociedade de Socorro antecedem a sua organização. Eles incluem os
instintos naturais que as mulheres possuem ao estender a mão para promover o bem, ajudar os que
sofrem e aprimorar a própria mente e os talentos.
Durante a construção do Templo de Kirtland foi solicitado às mulheres que triturassem sua louça
para que fosse misturada à argamassa usada nas paredes do templo, que captaria a luz do sol e da lua,
refletindo-a e embelezando a aparência do prédio.
Naquela época, quando havia pouco dinheiro, porém fé abundante, os trabalhadores doaram sua
força e recursos para a construção da Casa do Senhor. As mulheres proviam-lhes alimento preparados
da melhor forma possível. Edward W. Tullidge disse que enquanto as mulheres estavam costurando os
véus do templo, Joseph Smith, observando-as comentou: “Irmãs, vocês estão sempre prontas. As irmãs
são sempre as primeiras e as principais em todos os trabalhos bons. Maria foi a primeira na
ressurreição; e as irmãs agora são as primeiras a trabalharem dentro do templo”. (Edward W. Tullidge,
The Women of Mormondom [Salt Lake City: Photo Lithographic Reprint, 1957], p. 76)
Novamente em Nauvoo, quando o templo estava sendo construído, algumas mulheres se reuniram
para fazerem camisas para os trabalhadores. Foi nessas circunstâncias que vinte delas se reuniram na
terça-feira, 17 de março de 1842, no andar superior da loja do Profeta.
Naquela ocasião Joseph Smith organizou-as e disse que essa “sociedade de irmãs deve incentivar
os irmãos a praticarem boas obras, buscando ajudar aos pobres em suas necessidades, praticando a
caridade, administrando e apoiando aos necessitados, corrigindo a moral e fortalecendo as virtudes da
comunidade”. (Minutes of the Female Relief Society of Nauvoo, 17 Mar. 1842, p. 13)
Desse modesto começo deu-se início ao que considero ser a maior e mais eficiente organização
desse tipo em todo o mundo. Na primeira reunião, quando Emma H. Smith foi eleita presidente, ela
disse que “cada membro deveria desejar fazer o bem”. (Ibid.) (...)
Foi numa reunião posterior da sociedade, em 28 de abril de 1842, que o Profeta, falando como
profeta, declarou: “Essa sociedade tem como objetivo obter instrução sob a ordem que Deus
estabeleceu, por intermédio dos meios daqueles indicados para liderá-la. E agora, entrego as chaves a
vocês em nome de Deus, e esta Sociedade deverá se regozijar. Conhecimento e inteligência fluirão
desse momento em diante. Esse é o começo de dias melhores dessa Sociedade”. (Minutes, 28 April
1842; spelling standardized)
Essa afirmação profética ergue-se como um mapa através de um século e meio da Sociedade de
Socorro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. (“Ambitious to Do Good,” Ensign,
March 1992, pp. 2, 4)
Lucy Mack Smith, a mãe do Profeta, ao falar às irmãs em Nauvoo, disse: “Devemos nutrir umas às
outras, observar umas às outras, confortar umas às outras e adquirir instrução para que todas possamos
sentar-nos juntas nos céus”. (Minutes, 24 March 1842) A história da [Sociedade de Socorro] tem
demonstrado que as mulheres da Igreja não tiveram que esperar para sentarem-se juntas nos céus e
provarem do doce fruto proveniente do tipo de atividades que ela descreveu. Elas experimentaram
muito do céu na Terra ao partilharem em vida umas com às outras, confortarem umas às outras e
instruirem-se mutuamente”. (“Ambitious to Do Good,” Ensign, March 1992, pp. 4–5)
Se desejam encontrar um grupo de mulheres felizes, visitem uma das reuniões da Sociedade de
Socorro. Vejam o que elas fazem. Vocês encontrarão um grupo de mulheres felizes aprendendo e
trabalhando juntas. (Edelman Public Relations Luncheon, Harvard Club, New York, November 13,
1995)
As mulheres ocupam um respeitável lugar nessa Igreja. Elas possuem sua própria organização que
teve início em 1842, fundada pelo Profeta Joseph Smith. É chamada de Sociedade de Socorro, porque
seu propósito inicial era ajudar os necessitados. Ela veio a tornar-se, creio eu, a maior organização
feminina do mundo, com mais de três milhões de membros. As mulheres têm seus próprios cargos, sua
própria presidência, sua própria junta diretiva. Isso chega até as menores unidades da Igreja em todas as
partes do mundo. (Interview with Mike Wallace of 60 Minutes, December 18, 1995)
SOLTEIROS
O mundo seria belo se cada moça tivesse o privilégio de se casar com um bom homem para quem
ela pudesse olhar com orgulho e alegria como seu companheiro para o tempo e eternidade, somente
dela, para amar e tratar com carinho, respeitar e ajudar. Que maravilhoso seria esse mundo se cada
rapaz fosse casado com uma moça na casa do Senhor, ao lado de quem ele ficaria como protetor,
provedor, marido e companheiro.
Mas não é assim em todos os casos. Existem alguns que, por razões inexplicáveis, não têm a
oportunidade de se casarem. A vocês eu gostaria de dizer uma palavra ou duas. Não percam seu tempo
e desperdicem a vida vagando no deserto da auto piedade. Deus concedeu-lhes talentos e a capacidade
de ajudar os outros em suas necessidades, abençoando a vida das pessoas com bondade e consideração.
Busquem ajudar o necessitado. Existem muitos no mundo.
Acrescentem conhecimento ao conhecimento que já possuem. Refinem a mente e as habilidades
em uma determinada área do conhecimento. Nunca na história do mundo as mulheres foram
beneficiadas com tantas oportunidades nas profissões, nos negócios, na educação, e em todas as
vocações honrosas da vida. Não sintam que por estarem solteiras Deus as abandonou. Repito Sua
promessa: “Sê humilde; e o Senhor teu Deus te conduzira pela mão e dará resposta a tuas orações”.
[D&C 112:10]
O mundo precisa de vocês. A Igreja precisa de vocês. Muitas pessoas e causas precisam de sua
força, sabedoria e talentos. (“If I Were You, What Would I Do?” BYU 1983–84 Fireside and
Devotional Speeches, September 20, 1983, p. 11)
Há muitos anos eu tinha uma secretária que certa manhã estava muito mal-humorada. Eu disse:
“Alguma coisa está errada. Posso ajudar?” Ela começou a chorar e disse: “ É meu aniversário. Faço 35
anos hoje. O que eu tenho para apresentar? Um trabalho, sim, mas marido não, nem filhos ou nada de
importância”.
Eu retruquei: “Então você está fazendo 35 anos? Feliz aniversário! De acordo com os cálculos dos
estatísticos você tem mais anos à sua frente do que para trás. Agora com tudo que você aprendeu nesses
35 anos você pode edificar e crescer, e viver uma vida maravilhosa, produtiva e feliz. Erga a cabeça.
Sorria, alegre-se e prossiga em frente”.
Seu rosto melancólico finalmente se transformou e ela deu um agradável sorriso. Acho que ela se
casou cerca de cinco anos depois, teve um filho e fez muitas coisas interessantes e produtivas. Trinta e
cinco não é o fim da vida e nem do mundo. Nem o é 40 ou 50 ou 60. Como disse Madame Curie, a
grande cientista: “Tão pouco tempo e tanto a ser feito”.
Para vocês, que se encontram nesta categoria, pode ser uma maravilhosa época da vida. Vocês
possuem maturidade. Vocês possuem discernimento. Muitas possuem treinamento e experiência. Vocês
possuem a força física, mental e espiritual para elevá-las, ajudá-las e encorajá-las.
Existem tantos no mundo que necessitam de vocês. Não é suficiente trabalhar no computador
quarenta horas semanais e sentir que já fez tudo o que podia. Vocês são necessárias. Existem jovens
que precisam ser ensinados nas organizações da Igreja. Aprimorem os talentos. Aceitem todos os
desafios e designações. Despendam seu tempo e esforços na preparação de aulas. Mantenham as
baterias espirituais carregadas e acendam as lâmpadas alheias. É melhor acender uma vela do que
amaldiçoar a escuridão. (Single Adult Fireside Satellite Broadcast, February 26, 1989)
Inclusos no grupo que designamos como solteiros estão diversas categorias: aqueles que nunca se
casaram mas que estão relativamente jovens e provavelmente irão casar-se; os que tem mais idade, que
nunca se casaram e cujas chances para tal estão diminuindo; os que se casaram e divorciaram; e os que
estão viúvos. Todos juntos constituem cerca de um terço dos membros adultos da Igreja. Seu número é
tão extenso e seus problemas tão sérios que não podemos negligenciá-los. (...)
Ouvi num programa de rádio numa noite dessas uma música que eu não ouvia há quarenta ou
cinqüenta anos. Era uma dessas melodias que dançávamos quando eu era jovem e menos frágil. As
primeiras estrofes da letra diziam: “Você é ninguém até que alguém o ame, você é ninguém até que
alguém se importe”.
Pensem nisso por um minuto. Isso aplica-se a todos nós. Não existe substituto para a gratidão e o
amor. Sem essas duas grandes bênçãos, a vida tem pouco significado. (...)
De alguma forma nós colocamos um distintivo nesse grupo. Lê-se “Solteiros”. Não sei do que
mais poderia chamá-los, mas desejaria que houvesse algum outro termo. Eles são indivíduos, homens e
mulheres, filhos e filhas de Deus, não uma massa de pessoas que “se parecem” ou “fazem a mesma
coisa”. O fato deles não estarem casados não faz com que eles sejam essencialmente diferentes dos
outros. Todos nós somos muito parecidos na aparência e nas respostas emocionais; em nossa
capacidade de pensar, raciocinar e de ser infeliz; em nossa necessidade de ser feliz, amar e ser amado.
Não me preocupo muito com os rapazes e moças, incluindo muitos ex-missionários, que são de tal
idade que provavelmente se casarão dentro de um tempo relativamente curto. Sinto que eles não
deveriam ser colocados sob pressão, por conselho dos líderes da Igreja, a se apressarem para casar. Mas
também não acredito que devam desperdiçar o tempo em encontros frívolos, frustrantes e infrutíferos
que somente trazem desapontamento e em, alguns casos, sofrimento.
Os rapazes devem tomar a iniciativa nessa questão. Eles devem ser encorajados a viverem dignos
do companheirismo de uma maravilhosa parceira. Eles deveriam ser ensinados a deixarem de lado
qualquer pensamento egoísta e de superioridade, reconhecerem e seguirem os ensinamentos da Igreja
de que o marido e a mulher caminham lado a lado, com nenhum à frente ou atrás. Eles devem ser
entrevistados ocasionalmente para fortalecê-los em sua resolução de andar nos caminhos da virtude
enquanto estão namorando e manter absoluta fidelidade um para com o outro após o casamento.
Minha maior preocupação é para com aqueles que são mais velhos e cujas oportunidades de
casamento são muito poucas.
Precisamos ser sensíveis aos sentimentos dessas pessoas. Consta deste grupo moças extremamente
capazes e fiéis, que estão em sua lida profissional diária. Mas no coração de muitas delas há uma
enorme solidão grandemente desconhecida para o restante de nós, mas das quais os líderes da Igreja
devem estar cientes. Essas pessoas não querem compaixão. Elas querem ser consideradas iguais às
outras em termos de oportunidades e desafios. Elas não querem ser categorizadas como um grupo único
e esquisito que não se encaixa com o restante de nós.
São grandes os seus talentos e enorme sua capacidade. Elas podem fazer maravilhosas
contribuições. (...) Numa certa época, fazíamos parte de uma ala onde a cada mês uma das lições da
Sociedade de Socorro era ensinada por uma delas. Após cada reunião minha esposa irradiava
entusiasmo por aquela professora.
Essas pessoas não são párias para serem deixadas de lado. São filhos e filhas de Deus que possuem
talentos que devem ser cultivados e utilizados. É claro que há certas situações em que elas não podem
ser utilizadas. Mas há muitas situações em que elas podem e devem ser usadas, e ambos, elas e aqueles
que as ouvem, serão beneficiados nesse processo. (...)
Estamos negligenciando muitas dessas pessoas. Entre elas há muitas talentosas e dispostas a servir.
Elas representam um dos grandes recursos da Igreja. (Regional Representatives Seminar, March 31,
1989)
Mantenham o casamento e a maternidade em sua verdadeira perspectiva. Um casamento feliz é a
meta de cada moça. Sei que a algumas será negada esta oportunidade. Admoesto-as a não
desperdiçarem seu tempo em auto piedade. Em vez disso, mantenham-se vivas e animadas nas
atividades que trarão satisfação para sua vida ao se associarem com outros que estão vigorosamente
tentando alcançar objetivos elevados. Lembrem-se sempre que vocês não estão sozinhas. Existem
milhares como vocês. Vocês não estão desamparados, vítimas do destino. Vocês podem, em grande
parte, governar seu destino e fortalecer sua auto-estima ao buscar aqueles que necessitam de seus
talentos, suas contribuições e sua ajuda e que serão gratos por eles. (“Rise to the Stature of the Divine
within You,” Ensign, November 1989, p. 97)
Vocês se classificam como os “solteiros”. Preocupa-me a tendência na Igreja de dividir os
membros em várias classes e grupos. Não os vejo como sendo essencialmente diferentes de outros
membros da Igreja. Vocês são homens e mulheres, portadores do sacerdócio e trabalhadoras na
Sociedade de Socorro. Vocês são tremendamente importantes nesta obra. A Igreja é muito mais forte
por causa de vocês. As mãos fortes que servem e os corações determinados têm feito muito para levar
adiante a obra do Senhor e cumprir Seus eternos propósitos. Vocês são capazes, são inteligentes, são
fiéis, são dedicados. Sua situação presente pode ser diferente da de outros, mas certamente vocês não
estão sozinhos. Foi-me dito que vocês compreendem cerca de um terço dos membros adultos da Igreja.
Apenas pensem em como este trabalho seria mais fraco sem vocês. Pensem em quão mais forte ele é
por sua causa. (Ellen Pucell Unthank Monument Dedication, Cedar City, Utah, August 3, 1991)
Pergunta: A ênfase na família talvez tenha a tendência de fazer com que um mórmon solteiro ou
divorciado sinta-se um pouco deslocado?
Presidente Hinckley: Sinto dizer, mas pode ter esse efeito. Nosso coração se preocupa com essas
pessoas. Tentamos fazer tudo o que está ao nosso alcance para ajudá-las. Temos um grande programa
para os solteiros da Igreja onde podem associar-se uns com os outros, participar de atividades sociais e
encontrarem um parceiro. E isso acontece, com alguma freqüência. É um programa que atinge esse
resultado; mas sabemos que algumas pessoas nunca se casam e estou certo de que sentem os efeitos
disso. Cada homem normal e cada mulher normal, creio, gostaria de se casar com um bom
companheiro e fazer parte de uma boa família. (Interview with Mike Wallace of 60 Minutes, December
18, 1995)
Há muitas mulheres solteiras entre nós. Em geral, não é por escolha própria. Algumas nunca
tiveram a oportunidade de se casar com quem elas gostariam de passar a eternidade.
A vocês, mulheres solteiras que desejam casar-se, repito o que disse recentemente em uma reunião
para solteiros neste tabernáculo: “Não percam as esperanças. Não desistam de tentar. Desistam, sim, de
terem obsessão por isso. Se esquecerem do assunto e se ocuparem zelosamente de outras atividades, as
possibilidades de encontrarem um marido serão muito maiores.
Acredito que, para a maioria de nós, o melhor remédio para a solidão é o trabalho e o serviço ao
próximo. Não estou minimizando seus problemas, mas não hesito em dizer que há muitas outras
pessoas com problemas mais sérios do que os seus. Encontrem uma maneira de servi-las, de ajudá-las e
encorajá-las. Há tantos jovens que vão mal na escola porque não recebem um pouco de atenção e
incentivo. Há tantas pessoas idosas que vivem na tristeza, com medo e solitárias, para quem uma
simples conversa proporcionaria um pouco de esperança e alegria”. (“Women of the Church,” Ensign,
November 1996, p. 68)
SUCESSÃO NA PRESIDÊNCIA
Ver também Governo da Igreja
Durante esta conferência e, constituídos em Assembléia Solene, iremos apoiar como profeta,
vidente, revelador e presidente de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias esse homem
que, pelo plano do Senhor, foi escolhido, ordenado e designado a esse ofício sumamente elevado e
sagrado.
Essa transição de autoridade, da qual já participei muitas vezes, é muito bela em sua simplicidade,
e indicativa de como o Senhor trabalha. Segundo o procedimento determinado por ele, um homem é
escolhido pelo profeta para tornar-se membro do Conselho dos Doze Apóstolos. Ele não escolhe a
posição como uma carreira. (...) Passam os anos. Ele é instruído e disciplinado nos deveres de seu
ofício; viaja pelo mundo desempenhando seu chamado apostólico; é um curso de preparação demorado,
no qual passa a conhecer os santos dos últimos dias onde quer que se encontrem, assim como esses vêm
a conhecê-lo. O Senhor põe à prova seu coração e essência. No decurso natural das coisas, vão-se
dando vagas nesse conselho e novos chamados, ocasionando que, depois de certo tempo, determinado
homem se torne o apóstolo sênior. Como todos os seus companheiros de quórum, ele retém em si todas
as chaves do sacerdócio, recebidas por ocasião da ordenação, em caráter latente. A autoridade para
exercê-las, entretanto, é restrita ao Presidente da Igreja. Falecendo esse, a autoridade torna-se operante
no apóstolo sênior que então é indicado, designado e ordenado profeta e presidente por seus
companheiros do Conselho dos Doze.
Não existe eleição, nem campanha; somente o tranqüilo e simples funcionamento de um plano
divino que provê uma liderança inspirada e provada.
Tenho sido uma testemunha pessoal desse maravilhoso processo. Presto-vos meu testemunho de
que foi o senhor quem escolheu Ezra Taft Benson para integrar o Conselho dos Doze há quase quarenta
e três anos. Foi o Senhor quem, durante todos esses anos, o provou e disciplinou, instruiu e preparou.
Quando da morte do profeta, ele estava pronto, não por escolha nem por desígno próprio. (“Come and
Partake,” Ensign, May 1986, pp. 46–47)
Jesus Cristo está à testa desta Igreja que leva Seu santo nome. Ele zela por ela. Ele guia-a. À
direita do Pai, Ele dirige esta obra. Ele tem o direito, o poder e a opção de chamar homens para altos e
santos ofícios e de desobrigá-los de acordo com Sua vontade, chamando-os de volta ao lar. Ele é o
Mestre da vida e da morte. Não me preocupo com as circunstâncias em que nos encontramos. Aceito-as
como uma expressão de Sua vontade. (“God Is at The Helm,” Ensign, May 1994, p. 59)
SUCESSO
A pedra no sapato de minha professora do primeiro ano era meu amigo Louie. Ele tinha o que os
psicólogos de hoje chamariam de algum tipo de fixação obsessiva. Ele sentava-se na sala de aula e
mastigava a gravata até ficar molhada e desfiada. A professora repreendia-o.
Louie posteriormente se tornou um homem de posses e eu aprendi a nunca subestimar o potencial
de um menino para ter êxito na vida, mesmo quando ele mastiga a gravata. (“Some Lessons I Learned
as a Boy,” Ensign, May 1993, p. 53)
Os homens podem tornar-se ricos e famosos, mas se sofrerem em sua vida familiar por causa do
egoísmo, táticas abusivas, malignas e coisas deste tipo, não serão bem-sucedidos, mas sim fracassados.
Acredito nisso de todo o coração. A maior obra deste mundo é a edificação de um lar. Não quero dizer
com isso a estrutura física, e sim o ambiente espiritual de um bom lar. (Eagle Gate 7th Ward Sacrament
Meeting, September 17, 1995)
Vocês estão-se dirigindo a um mundo competitivo. Precisarão de toda a inteligência que possuem,
toda a capacidade mental de que possam dispor, e de todas as habilidades que possam desenvolver se
quiserem ser bem sucedidos na vida. (Vista California Youth Fireside, March 23, 1996)
O principal trabalho do mundo não é feito por gênios. É feito por pessoas comuns, com a vida
equilibrada, que aprenderam a trabalhar de modo extraordinário. (“Our Fading Civility,” BYU
Commencement Address, April 25, 1996)
O Senhor gostaria que vocês fossem bem-sucedidos. Ele gostaria mesmo. Vocês são Seus filhos e
Suas filhas. Ele tem o mesmo tipo de amor por vocês que seus pais terrenos têm e ambiciona as
mesmas coisas para vocês. Eles desejam que sejam bem-sucedidos e vocês podem sê-lo. (Eugene
Oregon Regional Conference, September 15, 1996)
SUSTENTO DOS FILHOS
Todo homem que deixa de cumprir o dever de cuidar dos seres que gerou, coloca em risco sua
reputação na Igreja, e particularmente sua qualificação para receber uma recomendação para o templo.
Dizia Paulo a Timóteo: “Mas se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família,
negou a fé, e é pior do que o infiel.” (I Timóteo 5:8)
Poderá haver circunstâncias atenuantes em certos casos, mas serão a exceção. Temos seguido o
princípio, no caso de homens excomungados por transgressão e que mais tarde mostram desejo de
voltar para a Igreja e recuperar as bênçãos anteriores, que demonstrem, como prova de arrependimento
sincero, que têm cumprido e estão cumprindo o pagamento das pensões alimentícias estabelecidas por
lei e obrigatórias pelos princípios de nossa religião.
As responsabilidades paternas foram prescritas pelo Senhor e vêm recebendo ênfase de nossos
líderes desde os primórdios da Igreja. (“Questions and Answers,” Ensign, November 1985, p. 51)
Os pais que deixam de pagar a pensão determinada por tribunal, a seus filhos, não podem aspirar
aos privilégios da Casa do Senhor. As escrituras são claras e diretas em sua declaração concernente à
responsabilidade dos pais com referência aos filhos. Quando acontece o divórcio e cresce o
ressentimento, como normalmente ocorre, certos homens vão quase a extremos para furtar-se às suas
obrigações. Quando isso se torna uma violação dos termos impostos pelo tribunal, transforma-se num
ato de desacato à doutrina e ensinamento da Igreja. (“Keeping the Temple Holy,” Ensign, May 1990,
pp. 51–52)
TELEVISÃO
Ver também Mídia
É a audiência que seleciona as características dos programas apresentados nas redes de televisão?
É óbvio que não; são os líderes dessas redes. É verdade que eles selecionam com base no que pensam
que irá atrair mais espectadores e elevar o índice de audiência, mas a escolha, de modo geral, é um
julgamento subjetivo. Ao fazê-lo eles estão atraindo aquele elemento da sociedade que se deleita com o
tipo de programa que degrada a família e a sociedade, e que menospreza o enorme residual de força
ética, moral e espiritual de nosso povo. (“Search for Excellence,” Bonneville International Corporation
Executives, February 6, 1989)
Se pudéssemos seguir um slogan que dissesse “Desligue a TV e abra um bom livro”, faríamos
algo de valor para fortalecer uma outra geração.
Não me interpretem mal. Há muitas, muitas coisas de valor que são transmitidas pela televisão,
mas podemos ser seletivos e não escravos tolos do lixo dos escritores e produtores de Hollywood”.
(“Saving the Nation by Changing Our Homes,” BYU Management Society, Washington, D.C., March
5, 1994)
Considero a televisão como, talvez, o maior instrumento já descoberto para ensinar e educar as
pessoas em grande números. Mas censuro a imundície, podridão, violência e o linguajar baixo que
saem das telas da televisão para dentro de nosso lar. É um comentário triste em nossa sociedade. O fato
de que o aparelho de televisão fica ligado seis ou sete horas todos os dias nos lares dos Estados Unidos
diz algo de enorme importância. Sinto muito por aqueles que são viciados em televisão. Creio que isso
seja um vício. Ele se torna um hábito tão pernicioso como muitos outros hábitos. (“Saving the Nation
by Changing Our Homes,” BYU Management Society, Washington, D.C., March 5, 1994)
Sugiro que passemos menos tempo ociosos, dedicando-nos a atividades infrutíferas como assistir a
programas de televisão fúteis e vazios. O tempo que é utilizado nisso pode ser despendido de maneira
melhor, e as conseqüências serão maravilhosas. (“We Have a Work to Do,” Ensign, May 1995, p. 88)
Meus queridos jovens, não aluguem e assistam a fitas de vídeo desprezíveis. Não assistam a
programas vulgares na televisão. Não lhes fará bem algum. Apenas irão prejudicá-los. Não façam isso.
Abstenham-se de fazê-lo. Não lhes farão nada bem. (Tulsa Oklahoma Youth Conference, July 14,
1996)
Espero que vocês não cheguem em casa esta noite, sentem-se em frente à televisão e desperdicem
seu tempo nisso. Há coisas muito melhores a serem feitas. (Miami Florida Fireside, November 17,
1996)
TEMPLO
Ver também História da Família, Trabalho de
As pessoas que vão aos templos para trabalhar pelos mortos geralmente conhecem muito pouco
daqueles a quem servem. Eles não esperam agradecimentos por esse trabalho. Eles o fazem por amor e
para servir. Há altruísmo, exceto pelo desejo de se refinar e aumentar a própria espiritualidade nesse
processo. Se houvesse mais trabalho do templo realizado na Igreja, haveria menos egoísmo, menos
discussões, menos humilhação ao próximo. A Igreja toda seria grandemente elevada a maiores graus de
espiritualidade, amor ao próximo e obediência aos mandamentos. (Temple Presidents Seminar, August
15, 1989)
O Senhor possibilitou-nos receber nossas próprias ordenanças nessas casas sagradas. Temos, pois,
a oportunidade e a responsabilidade de estender essas mesmas bênçãos àqueles que já passaram para
além do véu sem ter tido esse privilégio. No processo, nossa própria vida ganha refinamento de caráter
e mais espiritualidade. É interessante refletirmos no fato de que apesar de muitos que estão do outro
lado talvez não aceitarem receber as ordenanças feitas por eles aqui, aqueles que as realizam serão
abençoados por realizá-las. (Temple Presidents Seminar, August 15, 1989)
Quando deixo o escritório mais ou menos às 18 horas e sigo pela rampa do estacionamento até
Main Street e dobro na Rua North Temple, vejo inúmeras pessoas caminhando em direção a esse
prédio, com suas pequenas maletas na mão. Digo a mim mesmo: “Estes são a nata da Igreja”. São os
que entendem a total e ampla missão desta obra. Sabem que a Igreja é mais do que uma organização
social. Sabem que abrange mais do que se reunir para receber instrução. Sabem que significa mais do
que recreação e sociabilidade; que está envolvida com os assuntos da eternidade. Sabem que ela lida
com o bem-estar eterno de todos os filhos de Deus. (Temple Presidents Seminar, August 15, 1989)
O que se passa na Casa do Senhor, que é precedido por pesquisa, aproxima-se mais do espírito de
sacrifício do Senhor do que qualquer outra atividade que eu conheça. Por quê? Porque é feito por
aqueles que doam livremente do seu tempo e substância para realizar em favor de outros aquilo que eles
não podem fazer por si mesmos, e pelo que não esperam nenhum agradecimento ou recompensa. (Utah
Genealogical Society Fireside, November 13, 1994)
Esta casa e outras semelhantes a ela tornam-se uma ponte entre esta vida e a vida eterna que se
encontra além. (Salt Lake Temple Workers Devotional, June 11, 1995)
Espero que estejam usando o templo constantemente, porque vocês receberão bênçãos lá que não
podem receber em nenhum outro lugar na face de toda a Terra. O templo destaca-se como um
monumento para todos verem, como um testemunho de que nós, como povo, acreditamos na
imortalidade da alma humana. Todas as coisas que ocorrem no templo são de natureza enaltecedora e
enobrecedora. Ele fala da vida aqui e da vida além-túmulo; da importância da família como uma
criação do Todo-Poderoso; da eternidade do relacionamento conjugal; de alcançarmos uma glória
maior. É um lugar de luz, de paz, um lugar de amor onde tratamos dos assuntos da eternidade. Se há
algum homem aqui nessa noite que não seja digno de entrar nessa sagrada casa, eu o admoesto a
colocar sua vida em ordem para que possa entrar e participar de suas maravilhosas e incomparáveis
bênçãos. (Tapei Taiwan Fireside, May 23, 1996)
Espero que todos freqüentem o templo regularmente. Espero que seus filhos acima de doze anos
de idade tenham a oportunidade de irem ao templo e serem batizados pelos mortos. Se formos um povo
que freqüenta o templo, seremos melhores pessoas, melhores pais e maridos, melhores esposas e mães.
Sei que sua vida é muito atarefada. Sei que têm muito a fazer, mas faço-lhes uma promessa de que se
forem à casa do Senhor, serão abençoados; a vida será melhor para vocês. Por favor, irmãos e irmãs,
beneficiem-se da grande oportunidade de irem à casa do Senhor e lá participarem de todas suas
maravilhosas bênçãos que lhes pertencem e podem ser recebidas lá. (Lima Peru Fireside, November 9,
1996)
Construção de Templos
Quando foi anunciado que construiríamos um templo em [Denver] e escolhemos um lugar no qual
ele poderia ser erguido, a oposição se levantou contra nós. Desistimos daquele local e tentamos achar
outro. Novamente fomos impedidos. Estávamos, porém, determinados a ir adiante, colocando nossa
confiança no Senhor de que Ele nos guiaria em atingir Seus propósitos. Escolhemos dois outros
possíveis terrenos. Naquela época, o Presidente Kimball e o Presidente Romney estavam doentes, e a
minha responsabilidade era muito grande. Pedi ao Presidente Benson, então Presidente do Conselho
dos Doze, se poderíamos ir juntos a Denver e lá, com o Élder Russell Taylor, examinamos os terrenos.
Presto-lhes testemunho de que fomos guiados pelo Espírito ao escolher o terreno no qual se encontra
agora aquela bela construção. (...)
Deveríamos esperar que o adversário da retidão procurasse prejudicar sua construção e a obra a ser
realizada lá. Foi assim que ele agiu nos dias de Kirtland, quando os inimigos ameaçaram derrubar as
paredes que estavam sendo levantadas. Foi assim nos dias de Far West, quando os inimigos expulsaram
nosso povo do Estado de Missouri. O mesmo aconteceu em Nauvoo, de onde fomos expulsos mal
terminada a construção do templo. Foi assim nesta Praça do Templo quando, durante os quarenta anos
de sua construção, houve uma ameaça após outra. (“The War We Are Winning,” Ensign, November
1986, pp. 43–44)
Este é o primeiro domingo de abril de 1993. Retrocedam comigo, exatamente um século, a este
mesmo local. Não, retrocedamos exatamente cento e um anos. É a conferência de abril de 1892. Este
local está apinhado de gente. A multidão é a maior que já se reuniu nesta parte do oeste. Há milhares e
milhares de pessoas. Nem todas podem entrar, tão grande é seu número. Vemo-las nas ruas vizinhas.
Algumas subiram em postes telefônicos, outras em árvores. É o momento da colocação da grande
esfera de granito que coroa a torre mais alta, no lado leste. É um dia de comemoração. Em cima da
esfera há uma figura de bronze, banhada em ouro. A figura representa Morôni: profeta, escritor e
compilador do Livro de Mórmon. A figura representa o anjo mencionado por João, o Revelador,
quando declarou com visão profética:
“E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que
habitam sobre a terra, e a toda nação, e tribo, e língua, e povo.
Dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é vinda a hora do seu juízo. E
adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas”. (Apocalipse 14:6–7)
Diante da multidão, o Presidente Wilford Woodruff tocou um interruptor. A esfera com o anjo é
fixada. O presidente dirigiu a multidão em um grito grandioso e sagrado: “Hosana! Hosana! Hosana a
Deus e ao Cordeiro!”
Não houve nada igual antes e nada parecido até então. (“This Peaceful House of God,” Ensign,
May 1993, p. 72)
Temos sido criticados pelo custo desses edifícios, um custo causado pela excepcional qualidade da
mão-de-obra e dos materiais usados. Os que nos criticam não entendem que essas casas são dedicadas
como moradas da Deidade e, como afirmou Brigham Young, devem atravessar o Milênio. (“This
Peaceful House of God,” Ensign, May 1993, p. 74)
Tive a mais extraordinária oportunidade em minha vida. Acho que já trabalhei em quase todas os
programas da Igreja. A experiência mais gratificante de todas veio de uma designação que
primeiramente recebi do Presidente David O. McKay para participar no programa de templos da Igreja.
Em 1953 ele chamou-me ao seu escritório e falou-me dos planos de construir um templo em
Zollikofen, na Suiça, e que ele gostaria que eu encontrasse um modo de apresentar a cerimônia do
templo em várias línguas com uma pequena equipe.
Desta designação nasceu a iniciativa do programa agora utilizado em todos os templos exceto os
de Salt Lake e Manti, que consiste na apresentação da investidura usando filme ou vídeo.
Desde aquela época nunca deixei de me interessar pelos templos e ter alguma responsabilidade
para com eles. Atualmente temos 48 templos em funcionamento. Participei da dedicação ou
rededicação de todos exceto cinco desses 48 templos. Visitei todos esses templos.
Falei, literalmente, centenas de vezes em dedicações de templos. Não foram poucas as orações
dedicatórias que ofereci nessas casas sagradas. Já ouvi inúmeros corais numa grande variedade de
línguas cantarem o Hosana, e fui tocado emocionalmente ao ver os participantes do coral, posicionados
imediatamente atrás de mim, derramarem lágrimas com o impacto emocional dessa sagrada
experiência.
Tenho um enorme desejo de que haja templos em qualquer lugar necessário para que nosso povo,
onde quer que esteja, possa, sem grande sacrifício, vir à Casa do Senhor para receber suas próprias
ordenanças e pela oportunidade de realizar um trabalho vicário pelos mortos.
Com a conclusão do Templo de Mt. Timpanogos, teremos 49 templos em funcionamento. Temos
outros sete agora em construção, e anunciamos outros oito, em que o trabalho preparatório está sendo
feito. Adquirimos mais nove terrenos em diversos países para a construção de templos, perfazendo um
total de 73, e eu gostaria que fossem cem. (...)
A Igreja não está completa sem templos. A doutrina não se cumpre sem essas ordenanças
sagradas. As pessoas não podem ter a plenitude daquilo a que têm direito como membros dessa Igreja
sem a Casa do Senhor.
O Senhor nos abençoou com os meios, por intermédio da fiel consagração dos Santos, para
realizar o que precisamos e devemos realizar. Mas não é o suficiente. Precisamos prosseguir até que em
todos os lugares tenhamos um templo dedicado ao alcance de membros fiéis. (Temple Presidents
Seminar, August 22, 1996)
O Trabalho no Templo
Faz apenas alguns dias que regressamos de Manila, nas Filipinas. Lá, num local elevado, dando
para um vale inteiro, ergue-se um templo belo e sagrado. Como em outros lugares, nas pedras de uma
das torres estão gravadas estas palavras: “Santidade ao Senhor. A Casa do Senhor”. (...)
Todos esses novos templos foram franqueados à visitação pública antes de sua dedicação.
Milhares e milhares de visitantes passaram por eles, com liberdade para fazerem as perguntas que
quisessem. Eles mostraram-se respeitosos e reverentes dentro dessas sagradas casas. E, tendo sentido o
espírito que reina ali e aprendido alguma coisa sobre os propósitos de sua construção, esses novos
convidados compreenderam por que depois da dedicação consideramos essas casas santificadas,
reservadas para fins sagrados e vedadas ao público.
Ao participar desses serviços dedicatórios, sente-se a verdadeira força da Igreja. Esta força está no
coração das pessoas unidas por um laço de reconhecimento de que Deus é o nosso Pai Eterno, e Jesus
Cristo nosso Salvador. Seu testemunho pessoal encontra-se firmemente fundamentado sobre o alicerce
da fé concernente às coisas divinas.
Para cada novo templo tivemos a cerimônia do assentamento da pedra angular, seguindo uma
tradição que remonta aos tempos antigos. Antes do emprego generalizado do concreto, os alicerces
eram construídos com grandes blocos de pedra. Depois de cavar uma vala, eram assentadas as pedras
para servir de base. Do ponto de partida, o alicerce seguia certa direção até uma pedra angular ou de
esquina; então, prosseguia noutra direção até o próximo canto no qual se colocava outra pedra angular,
e assim por diante até chegar de novo ao ponto de partida. Muitas vezes, inclusive na construção dos
primeiros templos da Igreja, usavam-se pedras angulares em cada canto de junção de paredes, sendo
assentadas com cerimônia. A última pedra de esquina era chamada pedra de esquina principal e seu
assentamento era motivo de grandes celebrações. Com esta pedra em posição, o alicerce estava pronto
para receber a estrutura. Daí a analogia usada por Paulo para descrever a verdadeira Igreja:
“Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de
Deus;
Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal
pedra da esquina;
No qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor”. (Efésios 2:19–21)
(“Cornerstones of Our Faith,” Ensign, November 1984, pp. 50–51)
Vez por outra nos consideram provincianos. Haverá no mundo inteiro outro grupo com uma visão
tão ampla e uma obra tão abrangente? Não conheço nenhum outro povo tão preocupado com o bem-
estar eterno do filhos de Deus de todas as gerações. Certamente a obra que prossegue nessas casas
sagradas é a mais abnegada de todas. Os que nelas trabalham fazem-no, em grande parte, em favor dos
que se encontram além do véu da morte. Fazem-no porque conhecem a importância das ordenanças e
convênios eternos. Fazem-no para que até os mortos possam exercer seu arbítrio concernente à
aceitação ou rejeição das ordenanças sagradas.
Tudo isso faz parte do grande modelo do Deus dos céus, que é nosso Pai Eterno, e de seu Filho,
que é nosso Salvador e Redentor. (“An Ensign to the Nations,” Ensign, November 1989, p. 54)
Lembro-lhes da absoluta obrigação de não discutir fora do templo o que acontece lá dentro. Os
assuntos sagrados merecem consideração sagrada. Estamos sob a obrigação, forçosa e séria, de não usar
o linguajar do templo ou falar de assuntos do templo fora dele. Há cinqüenta e sete anos fui ao templo
pela primeira vez. Foi diferente de qualquer experiência tida na Igreja. Um rapaz de meu conhecimento
foi ao templo na mesma época. Em seguida passou a usar frases da linguagem do templo de modo
frívolo. Era uma coisa ofensiva; a traição de um penhor sagrado. Tenho-o observado no transcorrer dos
anos. Tendo sido membro fiel, ele foi-se tornando totalmente inativo e abandonou a fé recebida de seus
pais. Penso que grande parte do que aconteceu começou com a pequena irreverência de trivializar a
linguagem que não é trivial. (...)
Disse o Senhor: “Lembrai-vos de que aquilo que vem de cima é sagrado e deve ser mencionado
com cuidado e por indução do Espírito”. (D&C 63:64) E novamente: “Não trates com leviandade as
coisas sagradas”. (D&C 6:12) (“Keeping the Temple Holy,” Ensign, May 1990, p. 52)
Dentro do templo experimenta-se um intenso sentimento de paz. O mundo é deixado para trás com
seu barulho e correria. Na casa do Senhor há tranqüilidade. Os que servem aqui sabem que estão
lidando com assuntos da eternidade. Todos se vestem de branco. A fala é controlada. Os pensamentos
são elevados.
Esse é um santuário de serviço. A maior parte do trabalho feito nessa sagrada casa é realizado
vicariamente em favor dos que passaram para além do véu da morte. Desconheço qualquer outro
trabalho que se compare a esse. Ele se aproxima mais do sacrifício vicário do Filho de Deus do que
qualquer outro trabalho que eu conheça. Não se esperam agradecimentos daqueles que no outro mundo
se beneficiam desse trabalho consagrado. É uma obra dos vivos em favor dos mortos. É um trabalho
que é a própria essência do altruísmo. (“The Salt Lake Temple,” Ensign, March 1993, p. 5)
Esse sagrado edifício é uma escola de instrução com relação aos assuntos suaves e sagrados de
Deus. É nesse local que se tem delineado o plano de um Pai amoroso em favor de Seus filhos e filhas
de todas as gerações. Aqui encontra-se esboçado diante de nós a odisséia da eterna jornada humana
desde a existência pré-mortal, passando por essa vida e além dela. As verdades básicas e fundamentais
são ensinadas com bastante clareza e simplicidade para que todos os que as ouçam possam entender.
(“The Salt Lake Temple,” Ensign, March 1993, pp. 5–6)
[O templo] é um lugar de revelação. Neste local, quase semanalmente, a Primeira Presidência da
Igreja e o Conselho dos Doze Apóstolos reúnem-se desde a época da dedicação. Aqui há orações
sinceras com súplicas para esclarecimento e entendimento. Aqui, nesse santificado recinto, há
discussões tranqüilas e moderadas. Sente-se a inspiração que advém quando homens dotados da mais
alta autoridade do sacerdócio eterno aconselham-se juntos e buscam saber a vontade de Deus.
Eu estava no círculo naquela sagrada sala, quando o Presidente Spencer W. Kimball, em um dia de
junho de 1978 implorou ao Senhor por orientação em um assunto repleto de enormes conseqüências.
Referia-se ao direito de todo homem digno receber o sacerdócio.
Posso testificar agora, como testifiquei antes, que o espírito de revelação foi sentido naquela
ocasião, e que os frutos que resultaram daquela revelação são maravilhosos para um grande número de
pessoas através do mundo.
O templo é também um lugar de inspiração pessoal e revelação. Uma legião dos que se encontram
estressados, quando devem tomar decisões difíceis e resolver problemas, vêm ao templo em espírito de
jejum e oração para buscar orientação divina. Muitos testificaram que apesar de não ouvirem vozes de
revelação, sentiram impressões concernentes a um curso a seguir, no momento ou depois, que se
tornaram respostas para suas orações. (“The Salt Lake Temple,” Ensign, March 1993, p. 6)
Cada templo construído pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é a expressão do
testemunho desse povo, de que Deus, nosso Pai Eterno, vive; que Ele tem um plano para abençoar Seus
filhos de todas as gerações; que Seu Filho Amado, Jesus Cristo, que nasceu em Belém da Judéia e foi
crucificado na cruz do Gólgota, é o Salvador e Redentor do mundo; e que Seu Sacrifício Expiatório
torna possível o cumprimento desse plano na vida eterna de cada um que aceita e vive o evangelho.
Cada templo, seja grande ou pequeno, antigo ou novo, é uma expressão de nosso testemunho de que a
vida além-túmulo é tão real e certa quanto a mortalidade. Não haveria necessidade de templos se o
espírito e a alma humanos não fossem eternos. Cada ordenança realizada nessa casa sagrada tem
conseqüências eternas. (“This Peaceful House of God,” Ensign, May 1993, p. 74)
Em antecipação à dedicação do templo [de Vernal Utah], preparemo-nos para isso, vocês e eu.
Limpemos nossa vida. Voltemo-nos um pouco mais para os céus. Sejamos mais fiéis como santos dos
últimos dias. Caminhemos mais dignos diante do Senhor, como Seus filhos e filhas antecipando o dia
em que poderemos reunir-nos e adorar nesta casa, quando estiver terminada. (Vernal Temple
Groundbreaking Ceremony, May 13, 1995)
Joseph Smith (...) administrou as primeiras ordenanças no andar de cima de sua loja feita de
tijolos. Brigham Young embora soubesse que os santos iriam ter que sair de Nauvoo, insistiu e insistiu
para a conclusão do templo de modo que todos os que pudessem receber suas ordenanças tivessem a
oportunidade de fazê-lo antes de partirem. (Salt Lake Temple Workers Devotional, June 11, 1995)
A função do trabalho missionário é prover as ordenanças salvadoras para os filhos vivos de nosso
Pai através do mundo. O trabalho do templo engloba, essencialmente, a obra em favor dos filhos e
filhas de Deus que passaram para além do véu da morte. Deus não faz acepção de pessoas. Se os vivos
de todas as nações merecem as ordenanças salvadoras do evangelho, então aqueles de todas as gerações
passadas também as merecem. (“Of Missions, Temples, and Stewardship,” Ensign, November 1995, p.
52)
Nosso povo não pode partilhar de todas as bênçãos do evangelho a menos que recebam suas
próprias ordenanças do templo e, a seguir, coloquem essas ordenanças à disposição de seus
antepassados falecidos e de outras pessoas. (“Of Missions, Temples, and Stewardship,” Ensign,
November 1995, p. 52)
Desejo ardentemente que os templos sejam localizados dentro de um acesso razoável para os
santos dos últimos dias através do mundo. Há um limite para a rapidez com que podemos prosseguir.
Tentamos fazer com que cada templo esteja em uma excelente localização, onde haverá boa vizinhança
por um longo período de tempo. (...) O trabalho está movendo-se tão rápido quanto possível. É minha
constante oração que, de algum modo, possa ser acelerado para que um maior número de pessoas tenha
acesso mais fácil à sagrada casa do Senhor. (...)
Esses edifícios únicos e maravilhosos, e as ordenanças neles administradas, representam o máximo
em nossa adoração. Essas ordenanças tornam-se as mais profundas expressões de nossa teologia.
Exorto nosso povo em todos as partes, com toda a persuasão de que sou capaz, a viverem dignos de
terem uma recomendação para o templo, a receberem uma recomendação e a considerá-la como um
precioso bem, e fazer um grande esforço de ir à casa do Senhor e participar do espírito e bênçãos que lá
são desfrutados. Estou certo de que cada homem ou mulher que vai ao templo em espírito de
sinceridade e fé, sai da casa do Senhor como um homem ou mulher melhor. (“Of Missions, Temples,
and Stewardship,” Ensign, November 1995, pp. 52–53)
Ontem participei de um serviço funeral de uma linda mulher que conhecia há muito tempo. Ela foi
uma mãe maravilhosa, um membro fiel da Igreja e uma influência bastante positiva para a comunidade
em que viveu. (...) Como falei naquele funeral, certamente ninguém, nenhum homem ou mulher em
suas faculdades normais, poderia jamais pensar que a beleza de seu caráter, sua maneira de ser refinada
e alegre, o grande conhecimento que ela tanto trabalhou para conseguir, o companheirismo de seu
marido, filhos e netos estariam todos perdidos ao passarem do limiar da vida para a morte.
Como disse antes, cada templo nesta Igreja ergue-se como um monumento para nossa convicção,
crença e conhecimento de que a alma do homem é imortal. (...) Quando o evangelho é ensinado aqui
para abençoar a vida das pessoas e as ordenanças são realizadas, elas tornam-se eficazes além dos
limites da mortalidade.
Nunca confiro a autoridade de selamento a um homem sem pensar em quão maravilhoso isso tudo
é. Dotado das chaves do santo sacerdócio e de todos os poderes desse sacerdócio, conferimos a única
autoridade na face da Terra que continua no outro mundo. Nenhum rei, nenhum presidente de uma
nação, nenhum dirigente de qualquer entidade do mundo do qual fazemos parte tem qualquer
autoridade sob os assuntos além túmulo. Toda pessoa é indefesa diante da morte, mas o mais humilde,
bom e justo sumo sacerdote que tenha recebido a autoridade seladora pode ligar nos céus aquilo que é
ligado na Terra. Não há nada que se compare a isso. (Temple Presidents Seminar, August 22, 1996)
Sem o espírito de dedicação, sem o espírito de sacrifício, sem o espírito de consagração, os
templos não poderiam funcionar. Sem dúvidas. O trabalho no templo é essencial, é um trabalho de
sacrifício pessoal e consagração individual. Não há nada que se compare em todo o mundo com o
trabalho por procuração, o trabalho vicário em favor dos mortos. (...) Adão ofereceu sacrifício quando
foi ordenado a fazê-lo. Os sacrifícios eram dos rebanhos e dos campos, e o anjo do Senhor perguntou-
lhe por que, e ele disse: “Eu não sei, exceto que o Senhor me mandou”. (Ver Moisés 5:6) O anjo
explicou que era em semelhança do Cordeiro de Deus, que se tornaria o Redentor do mundo. O
sacrifício de animais foi abolido com o sacrifício do Filho de Deus. Porém, a lei do sacrifício e a lei da
consagração não foram abolidas e ainda vigoram. Em toda a nossa história não houve expressão maior
de sacrifício e consagração do que a construção e manutenção dessas casas sagradas. (Logan Temple
Workers Devotional, August 25, 1996)
Espero nunca perdermos de vista o fato de que ao trabalharmos no [templo] estamos trabalhando
na Casa do Senhor, na Casa do Senhor Jesus Cristo, a casa em que o Espírito Santo deve sentir-se à
vontade para habitar e comunicar-se. Ela deve ser mantida muito sagrada. (Logan Temple Workers
Devotional, August 25, 1996)
Recordo-me da primeira vez que vim a Santiago. Tínhamos somente uns poucos membros da
Igreja. Continuamos o trabalho e criamos o ramo Nunoa. Com o decorrer dos anos pensamos que
estávamos prontos para ter uma estaca de Sião. Vim aqui para organizar a estaca, mas quando
entrevistei os irmãos descobri que não estavam pagando o dízimo. Fiquei muito preocupado a respeito
do que fazer. Na manhã seguinte nos encontramos na capela de Nunoa e eu disse aos membros: “Vocês
não estão prontos para terem uma estaca. Vocês não estão pagando o dízimo. Voltarei daqui a seis
meses e lhes darei tempo para começarem a pagar o dízimo”. Voltei em seis meses. Organizamos a
primeira estaca em todo o Chile. Desde aquela época, o trabalho tem progredido magnificamente e hoje
temos cerca de 400.000 santos dos últimos dias no Chile. Temos 94 estacas de Sião. No começo do
próximo ano estaremos preparados para organizar a 100ª estaca de Sião. Que bênção maravilhosa!
Faço nesta ocasião um desafio para que cada um neste dia coloque sua vida em ordem, seja digno
de ir à Casa do Senhor e lá participar das bênçãos que lhes estão reservadas. Poderia haver maior
bênção em todo o mundo que o selamento dos casais e dos filhos a seus pais? Meus irmãos e irmãs, não
rejeitem essa grande oportunidade. É importante fazermos tudo o que pudermos. Desfrutem dessa
bênção. Preparem-se para irem a Casa do Senhor e lá serem selados como família. Há um lindo templo
esperando por vocês. Desfrutem dele e Deus os abençoe com felicidade em seu coração e em sua vida.
(Santiago Chile Fireside, November 11, 1996)
Nenhuma pessoa possui todo o evangelho até que possa receber [as ordenanças do templo]. Temos
a responsabilidade de providenciar as instalações. Não sei por quanto tempo ainda serei útil, mas espero
terminar os meus dias construindo templos do Senhor, levando os templos às pessoas para que possam
desfrutar das maravilhosas bênçãos que lá são obtidas.
Estamos fazendo algo muito interessante em Santiago, Chile, e em São Paulo, Brasil. O templo
abre cedo na sexta-feira de manhã. Ele abre nos outros dias da semana, mas nas sextas-feiras de manhã
ele abre muito cedo. Ele funciona durante toda sexta-feira e durante toda a noite na sexta-feira. E então,
abre o sábado todo, para que aqueles que vêem ao templo desfrutem de todas as bênçãos que estão
disponíveis neste curto período.
Essa é a grande era da construção de templos. Estamos nos espalhando por todos os lugares que
podemos para construir a Casa do Senhor. Ele abençoa-nos com os meios para assim fazê-lo. Quão
gratos somos pelos meios que temos para fazê-lo, devido a fé de nosso povo ao pagar seus dízimos e
ofertas! Acredito de todo o meu coração que o Senhor nos abençoou com uma certa abundância para
construir essas sagradas casas onde quer que se encontre o nosso povo. Haverá uma época, estou certo,
que teremos templos na África, templos por toda parte da América do Sul, mais templos na Europa,
mais templos no Extremo Oriente, templos na Austrália além do que temos agora em Sidney.
Gostaríamos que todas as pessoas tivessem a oportunidade de ter relativamente perto, dentro de um dia
de viagem, um templo ao qual possam ir e participar das maravilhosas bênçãos lá concedidas.
(Washington Temple Workers Christmas Devotional, December 1, 1996)
TENTAÇÃO
Antigamente não tínhamos leite pasteurizado. Nem, é claro, uma lava-louças automática; de
automático, só havia a certeza de que teríamos de lavar a louça. Quando tínhamos catapora ou sarampo,
o médico avisava o departamento de saúde da cidade e um funcionário colocava na janela da frente
uma placa dizendo que qualquer pessoa que desejasse ir à nossa casa o faria por seu próprio risco.
Se a doença fosse varíola ou difteria, a placa era alaranjado brilhante, com letras pretas, e dizia
literalmente: “Fique longe daqui”.
Aprendi algo de que sempre me lembro: ficar atento a sinais de perigo e maldade, e manter
distância. (“Some Lessons I Learned as a Boy,” Ensign, May 1993, p. 52)
Não podemos deixar-nos manchar por pecados morais. Vivemos num mundo onde as tentações
constantemente nos bombardeiam, especialmente os jovens. Elas estão na televisão, nas revistas, nos
livros; estão em vídeos de fácil acesso. Fiquem longe dessas coisas. Elas podem somente ferir. Quanto
à lei moral, vocês sabem o que se espera de vocês. Se acham que estão escorregando sob as pressões
das circunstâncias, disciplinem-se. Parem antes que seja tarde. Serão eternamente gratos por isso.
(“Stand True and Faithful,” Ensign, May 1996, p. 92)
Vocês estão sempre enfrentando escolhas difíceis. Seus problemas não são novos, mas são mais
intensos do que eram no passado. Vocês estão sujeitos a tentações sedutoras e atraentes. Vocês
representam o futuro desta Igreja; por isso, o inimigo da verdade quer prejudicá-los, destruir sua fé e
levá-los por caminhos ilusórios e interessantes, porém mortais. (“Stand True and Faithful,” Ensign,
May 1996, p. 91)
Se você for tentado em qualquer direção, lembre-se que em algum lugar, alguém está de joelhos
orando pelos missionários. Isso é verdade. É absolutamente verdadeiro. Nunca se esqueça disso. Você
vive onde existe tentação. Você vive onde a moral está enfraquecida. Esteja acima dessas coisas.
Mantenha-se firme. Seja limpo. Seja puro. Seja fiel. Seja verdadeiro. (Denmark Copenhagen
Missionary Meeting, June 14, 1996)
A vocês, jovens, que enfrentam tentações, rogo-lhes que sejam limpos, que sejam puros, que
sejam castos. Faço-lhes uma promessa de que se assim o fizerem tempo virá em que agradecerão ao
Senhor de todo coração por terem tomado a decisão de se comportarem. (Berlin Germany Regional
Conference, June 16, 1996)
TESTEMUNHO
Ver também Jesus Cristo: Um Testemunho de Jesus Cristo
Jesus, falando aos judeus no templo, disse: “A minha doutrina não é minha, mas daquele que me
enviou. Se alguém quiser fazer a vontade Dele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou se
eu falo de mim mesmo”. (João 7:16–17)
Esse é o milagre desta obra: cada homem pode saber por si mesmo. Ele não é dependente do
professor, do pregador ou do missionário, exceto pelo fato que eles instruem e prestam testemunho.
Como Jó declarou há muito tempo: “Há um espírito no homem, e a inspiração do Todo-Poderoso o faz
entendido”. (Jó 32:8)
Cada homem pode saber por si mesmo, por intermédio do dom do Espírito Santo, que é verdadeiro
e com a mesma convicção que possui de que o sol nascerá pela manhã. (Be Thou an Example [Salt
Lake City: Deseret Book, 1981], p. 7)
É maravilhoso e assombroso saber que qualquer pessoa que deseje conhecer a verdade poderá ter
essa certeza. O próprio Senhor deu-nos a fórmula, ao dizer: “Se alguém quiser fazer a vontade [do Pai],
pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou se eu falo de mim mesmo”. (João 7:17)
Será preciso estudar a palavra de Deus. Será preciso orar e procurar ardorosamente a fonte de toda
a verdade. Será preciso viver o evangelho, fazer uma experiência, por assim dizer, no cumprimento dos
ensinamentos. Não hesito em prometer, porque sei, por experiência própria, que tudo isso advirá pelo
poder do Espírito Santo: uma convicção, um testemunho e um firme conhecimento.
Muitas pessoas do mundo parecem incapazes de acreditar nisso. O que não percebem é que as
coisas de Deus somente podem ser compreendidas pelo Espírito de Deus. É preciso esforço. É preciso
humildade. É preciso oração. Mas é certo que os resultados virão e o testemunho também. (“Faith: The
Essence of True Religion,” Ensign, November 1981, p. 8)
Essa obra possui uma coerência e continuidade extraordinárias de ver e experimentar. Sua força e
poder residem na capacidade de cada membro e pesquisador sincero saberem por si mesmos, pelo
poder do Espírito Santo, que ela é verdadeira. Os críticos podem passar a vida inteira tentando negar,
denegrir ou lançar dúvidas; todos, porém, que perguntam a Deus com fé, têm a garantia de que pela voz
do Espírito terão a certeza de que esta obra é divina. (...)
Ela é maior do que qualquer raça, nação ou geração. Ela envolve toda a humanidade. É uma causa
sem paralelo. (...)
Se seguirmos um curso firme no cumprimento de [nossa] (...) responsabilidade, seremos co-
participantes com o Pai Celestial na realização de seus propósitos eternos. Vocês e eu podemos falhar
como indivíduos e perder a bênção, mas a obra Dele não falha. Sempre haverá quem se levante para
realizá-la. (“He Slumbers Not, nor Sleeps,” Ensign, May 1983, pp. 7–8)
Certa vez ouvi a experiência de um engenheiro recentemente filiado à Igreja. Os missionários
foram à casa dele e a esposa convidou-os a entrar. Ela respondeu prontamente à mensagem, enquanto
que ele se julgou pressionado contra sua vontade. Uma noite ela mencionou que desejava ser batizada.
Ele ficou furioso. Ela não sabia o que aquilo significava? Significava tempo. Significava pagar o
dízimo. Significava perder amigos. Significava parar de fumar. Ele vestiu o casaco, e batendo a porta,
saiu noite afora. Caminhou pelas ruas, ressentido com a esposa, ressentido com os missionários,
ressentido consigo mesmo por ter-se permitido ser ensinado por eles. Ao sentir-se cansado, sua zanga
esfriou, e o espírito de oração de alguma forma tomou conta de seu coração. Ele orou enquanto andava.
Suplicou a Deus uma resposta a suas dúvidas. E então, teve uma sensação, clara e inequívoca, como se
uma voz lhe dissesse: “É verdade”.
“É verdade”, ele disse a si mesmo, repetidas vezes. “É verdade”. Uma paz encheu-lhe o coração.
Ao caminhar em direção à casa, as restrições, as exigências, os requisitos que o deixaram tão zangado
começaram a parecer oportunidades. Quando ele abriu a porta de casa, encontrou a esposa ajoelhada em
oração.
Depois, diante da congregação a quem relatou sua experiência, falou da felicidade que
encontraram. O dízimo não era problema. Compartilhar o que tinham com Deus, que lhes dera tudo,
pareceu-lhe muito pouco. Tempo para servir não era problema, iria exigir apenas um planejamento
cuidadoso das horas da semana. Responsabilidade não era problema. De tudo isso adveio crescimento e
uma nova perspectiva de vida. E então, esse homem, intelectual e bem treinado, esse engenheiro
acostumado a administrar as coisas do mundo físico em que vivemos, prestou testemunho solene, com
olhos marejados de lágrimas, do milagre que aconteceu em sua vida. (“It’s True, Isn’t It?” Ensign, July
1993, p. 5)
Adquirir um testemunho forte e seguro é privilégio e oportunidade de cada membro da Igreja. (...)
O serviço em benefício de outrem, o estudo e a oração conduzem à fé nessa obra e, conseqüentemente,
ao conhecimento da verdade. Isso foi sempre um empreendimento individual como sempre deve ser no
futuro. (“This Work is Concerned with People,” Ensign, May 1995, p. 53)
A verdadeira força da Igreja não está nas instalações que possuímos. (...) A força da Igreja reside
na convicção, no coração dos membros, cada membro da Igreja. É um privilégio, é uma oportunidade, é
obrigação de cada santo dos últimos dias obter para si mesmo conhecimento incontestável de que esta é
a obra do Todo-Poderoso, que Deus nosso Pai Eterno vive e olha por Seus filhos quando eles O buscam
com fé; que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, o Redentor de toda a humanidade, que ressurgiu dos
mortos para se tornar as primícias dos que dormem. Um testemunho (...) é o bem mais precioso que
qualquer um de nós pode adquirir. (...)
Se há alguém que não possua esse testemunho, pode recebê-lo e deve recebê-lo. Como? O Senhor
disse que aquele que quiser fazer a vontade do Pai conhecerá a doutrina, “se ela é de Deus, ou se eu
falo de mim mesmo”. (João 7:17) É desse modo que se adquire um testemunho. Se você fizer a vontade
do Pai, conhecerá a verdade do evangelho, incluindo o conhecimento de que Jesus é o Cristo, o Filho
de Deus. (St. Louis Missouri Regional Conference, April 16, 1995)
Fale das convicções que possui em seu coração concernentes ao conhecimento das coisas de Deus.
As pessoas podem discutir com você sobre as declarações que faz da doutrina, baseadas nas escrituras.
Mas quando você diz: “Eu sei (...)” não há argumento contra isso. (...) Elas não podem contestá-lo
quando presta o seu testemunho. Um testemunho é digno de constante expressão e é muito, muito
importante. (Mission Presidents Seminar, June 24, 1995)
Em tudo o que fazemos, em tudo o que dirigimos, em tudo o que ensinamos a coisa mais
importante que temos a fazer é cultivar no coração das pessoas um testemunho e um conhecimento
vivo, vital e vibrante do filho de Deus, Jesus Cristo, o Redentor do mundo, o Autor da nossa salvação.
Ele que se sacrificou pelos pecados do mundo e abriu o caminho da salvação e vida eterna. Espero que
em tudo que fizermos possamos, de algum modo, constantemente nutrir o testemunho de nosso povo
com relação ao Salvador. Tenho plena convicção de que quando um homem tem um verdadeiro
testemunho em seu coração da realidade viva do Senhor Jesus Cristo, tudo o mais se encaixa como
deve. (...) É a raiz de toda virtude que brota entre aqueles que se denominam santos dos últimos dias.
(BYU Married Student Stakes Regional Conference, priesthood leadership session, February 10, 1996)
Gostaria de lhes prestar meu testemunho. Sei que Deus nosso Pai Eterno vive. Eu sei disso. Sei
que Ele zela por nós, Seus filhos. Ele é o grande Deus do universo. Ele é o governador do universo. E
mesmo assim, Ele ouve a cada um de nós, Seus filhos, e quão gratos devemos ser. Sei que Jesus é o
Cristo, o Redentor do mundo, Ele que passou por um grande Sacrifício Expiatório em favor de cada um
de nós. Não me preocupo com o que vocês lembrarão dessa reunião, mas espero que se lembrem que
ouviram Gordon B. Hinckley dizer que sabe que Deus vive e que Jesus é o Cristo, o Redentor do
mundo e que Ele apareceu ao menino Joseph Smith, que o Livro de Mórmon é verdadeiro, que o
sacerdócio está sobre a Terra, e que o exercemos em favor dos filhos e filhas de Deus. Esse é meu
testemunho e é real e verdadeiro, como o nascer do sol na manhã. (Panama City Panama Fireside,
January 20, 1997)
Esta é minha oportunidade de prestar-lhes o meu testemunho do evangelho, do Senhor Jesus
Cristo e Deus, meu Pai Eterno. Se eu sei que Eles vivem? É claro que sei, e acho que a maioria de
vocês sabe. Espero que saibam. Sei com certeza que Deus é meu Pai Eterno. (...) Eu não sei como Ele
ouve todas as nossas orações, isso eu não sei. Somente sei que Ele as ouve porque minhas orações são
respondidas. E as de vocês também. Quando penso sobre isso, acho que vocês diriam que as suas
também são respondidas. Ele é meu Pai Eterno, e sei que dia virá em que terei que prestar contas a Ele
da minha vida e do que fiz dela, como a usei, o que realizei, quais foram as coisas boas que fiz neste
mundo. Sei que os livros serão abertos, os registros serão claros e seremos julgados pelo registro de
nossa vida. Sei que Ele é misericordioso. Sei que Ele é bondoso. Sei que Ele ama Seus filhos e filhas.
Sei que Ele deseja que todos sejamos felizes. Sei que Ele deseja que façamos com que nossa vida seja
proveitosa. Tenho absoluta convicção de que isso é verdade.
Sei que Seu Unigênito na carne, Seu Filho Amado, é meu Redentor, meu Salvador e meu Senhor
Jesus Cristo, o Filho de Deus. Ele é o grande Jeová que veio à Terra, nasceu em uma manjedoura num
estado vassalo entre um povo onde havia muito ódio e maldade. Ele foi o Grande Príncipe da Paz que
ensinou o amor, bondade, paciência, que fazia o bem, curava os doentes, levantava os mortos, fazia os
cegos ver. Ele foi o meu Salvador que sangrou por cada poro ao falar com o Seu Pai no Getsêmani e
morreu sobre a cruz por cada um de nós. E então, ressurgiu no terceiro dia para tornar-se as primícias
dos que dormem. Ele é meu Salvador e meu Redentor.
Deus, o Pai, e o Senhor ressurreto apareceram ao menino Joseph Smith no bosque da fazenda de
seu pai e lá Jesus disse-lhe que não se filiasse a nenhuma das igrejas e fosse paciente, pois o Senhor iria
usá-lo de acordo com o Seus intentos para cumprir Seus propósitos. Então veio o Livro de Mórmon sob
as mãos de Morôni, um ser ressuscitado. Veio o Sacerdócio Aarônico sob as mãos de João Batista. E o
Sacerdócio de Melquisedeque sob as mãos de Pedro, Tiago e João. Outras chaves do sacerdócio foram
restauradas sob as mãos de Moisés, do Profeta Elias e de Elias. Essas coisas são verdadeiras. Elas são
verdadeiras. Deus nos abençoe para que sejamos fiéis ao grande conhecimento que temos. Que
cultivemos dentro do nosso coração um espírito de testemunho e moldemos nossa vida para que
possamos usufruir de uma grande felicidade que abençoará a cada um de nós. Essa é a minha humilde
oração em nome de Jesus Cristo. Amém. (Weber State [Utah] Institute of Religion Devotional, April
15, 1997)
TOLERÂNCIA
Cada um de nós é um indivíduo. Cada um é diferente. Deve haver respeito pelas diferenças, e ao
mesmo tempo é importante que marido e mulher se esforcem para amenizar essas diferenças. Deve-se
reconhecer que elas existem e que não são necessariamente indesejáveis. Deve haver respeito de um
para com o outro, apesar das diferenças. Na verdade, as diferenças podem tornar o companheirismo
mais interessante. (“Cornerstones of a Happy Home,” Husbands and Wives Fireside Satellite
Broadcast, January 29, 1984)
Como santos dos últimos dias cultivemos um espírito de irmandade em todos os nossos
relacionamentos. Sejamos mais caridosos em nossos julgamentos, mais compreensivos para com
aqueles que erram, mais dispostos a perdoar aqueles que nos ofendem. Não acrescentemos mais ódio ao
que periodicamente já assola o mundo. Sejamos bondosos para com todas as pessoas, até mesmo para
com aqueles que falam mal de nós e, se pudessem, nos feririam.
Em resumo, vivamos mais fielmente o evangelho do Mestre, cujo nome tomamos sobre nós.
Prossigamos em frente com essa obra; que nossa vida seja digna de seguir Seu exemplo. (“‘Let Us
Move This Work Forward,’” Ensign, November 1985, p. 85)
Em muitas comunidades onde nosso povo é a maioria, ouvimos acusações de que somos
intolerantes, que demonstramos uma atitude de arrogância, e que não cooperamos em causas que são
para o bem de todos. (...) Tem sido dito que alguns pais, com o desejo de proteger seus filhos, dizem-
lhes que eles não devem aproximarem-se, na escola, daqueles que não fazem parte da nossa fé.
Parece estranho que alguns queiram manter seus filhos e filhas longe dos não membros enquanto
estão na escola, e quando eles crescem fazem um grande sacrifício de enviá-los para a missão.
Nunca nos esqueçamos que acreditamos em sermos benevolentes e em fazer o bem a todos os
homens. Estou convencido de que podemos ensinar nossos filhos de tal maneira que não precisemos
temer que eles percam a fé ao terem amizade e consideração com aqueles que não aceitam a doutrina
desta Igreja. Busquemos os da nossa comunidade que não pertençam à nossa fé. Sejamos bons
vizinhos, gentis, generosos e agradáveis. Envolvamo-nos em boas causas comunitárias. Pode haver
situações, haverá situações, que envolvam sérios problemas morais, e, nesses casos, não podemos ceder
em questões de princípio. Mas em tais ocasiões, podemos educadamente discordar sem sermos
desagradáveis. Podemos reconhecer a sinceridade das pessoas com cujo modo de pensar não
concordamos. Podemos falar de princípios em vez de personalidades. Nas situações que tendem a
melhorar o meio-ambiente da comunidade, que tem como propósito abençoar todos os cidadãos, que
possamos dar um passo à frente e sermos prestativos. A atitude de arrogância não combina com um
santo dos últimos dias. (Regional Representatives Seminar, April 1, 1988)
Há muita intolerância no mundo. Há intolerância demais em nossa própria sociedade.
Certa ocasião ouvi uma bonita oração proferida por um americano de origem grega, feita do modo
que ele havia sido ensinado a orar. Foi uma expressão de gratidão ao Todo-Poderoso e um apelo à Sua
graça. Foi concluída em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Seu fraseado não foi como teria
sido o meu, mas reconheci sua sinceridade e disse-lhe o quanto apreciara sua oração.
Uma ocasião, à noite, sentei-me à mesa de um amigo judeu. A oração que ele proferira em favor
de seus convidados e dos alimentos que estavam sobre a mesa à qual estávamos sentados foi bonita e
comovente. Senti-me grato pelo que ouvi.
Podemos ser gratos de uma maneira muito sincera. Não somente temos de ser tolerantes, mas
devemos cultivar um espírito de gratidão por aqueles que não vêem as coisas do mesmo modo que nós.
Não necessitamos, de modo algum, comprometer a nossa teologia, nossas convicções, nosso
conhecimento da verdade eterna como revelado pelo Deus dos Céus. Podemos prestar o nosso próprio
testemunho da verdade, calmamente, sinceramente, honestamente, mas nunca de modo que seja
ofensivo às pessoas.
A força de nossa posição se tornará mais clara e preciosa ao permitirmos que outros tenham o
mesmo privilégio de consciência que tanto prezamos. Precisamos aprender a ter respeito e ser gratos
pelas pessoas que são tão sinceras em suas crenças e práticas como nós o somos. (“Out of Your
Experience Here,” BYU 1990–1991 Devotional and Fireside Speeches, October 16, 1990, p. 30)
Ensine a tolerância [a seus filhos]. Eles não necessitam renunciar suas crenças ao tentarem ser
tolerantes para com os de outras crenças.
Ensine-os civilidade para com os outros. Os conflitos entre as raças desaparecerão quando todos
reconhecerem que somos parte de uma grande família.
Ensine-os a terem respeito: respeito pelos outros, respeito pela propriedade dos outros, respeito
pelas opiniões dos outros, respeito dos homens pelas mulheres e das mulheres pelos homens. (“Teach
the Children,” Southern Utah University Baccalaureate Address, June 3, 1994)
Cremos em doutrinas diferentes. Apesar de reconhecermos nossas diferenças teológicas, creio
concordarmos e estarmos cônscios dos males e problemas do mundo e da sociedade em que vivemos, e
em nossa grande responsabilidade e oportunidade de nos mantermos unidos com essas qualidades na
vida pública e privada, que fala de virtude e moralidade, de respeito por todos os homens e mulheres
como filhos de Deus, da necessidade de civilidade e cortesia em nossos relacionamentos, e da
preservação da família como uma unidade básica, divinamente ordenada, da sociedade.
Apesar de haver diferenças doutrinárias, existe muita similaridade entre nós. Todos temos em
nosso coração o desejo de dar assistência aos pobres, de dar ânimo aos aflitos, dar consolo, esperança e
ajuda a todos os que têm problemas e sofrem por qualquer causa.
Reconhecemos a necessidade de curar as feridas da sociedade e de substituir o pessimismo de
nossa época pelo otimismo e fé. Devemos reconhecer que não há necessidade de recriminações ou
críticas de um para com o outro. Precisamos usar nossa influência para silenciar as vozes da ira e das
discussões amargas.
Uma regra de fé em que acredito diz: “Pretendemos o privilégio de adorar a Deus Todo-Poderoso
de acordo com os ditames de nossa própria consciência; e concedemos a todos os homens o mesmo
privilégio, deixando-os adorar como, onde ou o que desejarem”. (Regras de Fé 11) Espero encontrar-
me sempre no lado dos que defendem essa posição. Nossa força está na nossa liberdade para escolher.
Há força mesmo em nossa própria diversidade; porém, há força maior no mandamento dado por Deus
para nos ensinar a trabalhar pelo engrandecimento e bênção de todos os Seus filhos e filhas, a despeito
de sua etnia, nacionalidade e outras diferenças. (...)
Que o Senhor nos abençoe para que trabalhemos unidos em coração e eliminemos de nossa
sociedade todos os elementos de ódio, fanatismo, racismo e outras palavras e ações que causem
problemas! Os comentários falsos, as calúnias raciais, os epítetos odiosos, os mexericos maliciosos, os
rumores malvados e perversos não devem ter lugar entre nós.
Que Deus nos abençoe com a Sua paz! Que Ele nos abençoe com um coração agradecido e com o
desejo de nos unirmos respeitando um ao outro, unindo nossos esforços para abençoar as comunidades
onde temos o privilégio de viver! (National Conference of Christians and Jews Interfaith Services,
November 20, 1994)
[Todas as pessoas, independente de suas crenças religiosas, são] feitas de um só sangue, e a face
da Terra é dada para todas as nações dos homens habitar. Todos nós acreditamos na paternidade de
Deus; que somos todos parte de uma grande família (...) desse modo, somos todos irmãos e irmãs.
Podemos discordar em nossa interpretação de Deus, mas podemos fazê-lo com respeito e civilidade.
(National Conference of Christians and Jews Banquet, February 21, 1995)
Quão pesado é o fardo do sofrimento humano, o sofrimento proveniente da guerra, da denominada
limpeza étnica, do conflito em nome da religião, de idéias tolas sobre superioridade racial, de
intolerância, fanatismo e egotismo.
Quando eu era um menino de talvez sete ou oito anos, estava sentado na varanda da entrada de
nossa casa com alguns amigos. Uma família negra veio descendo a rua: o pai, a mãe, e dois ou três
filhos. Nós, meninos, fizemos alguns comentários depreciativos com relação a eles. Acho que eles não
nos escutaram. Espero que não. Porém, minha mãe ouviu. Ela conduziu-nos para dentro de casa, fez-
nos sentar, e nos falou sobre respeito e tolerância. Nunca me esqueci das lições daquele dia.
Sempre penso nos versos de Longfellow: “Há tanto de mau no melhor de nós, e tanto de bom no
pior de nós; que não nos fica bem falar a respeito dos outros entre nós.”
Repito em meu coração o que Paulo disse aos homens de Atenas: “E [Deus] de um só sangue fez
toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra”. (Atos 17:26)
Cada um de nós [de diferentes denominações religiosas] acreditamos na paternidade de Deus,
embora possamos diferir em nossas interpretações Dele. Cada um é parte de uma grande família, a
família humana, filhos e filhas de Deus, logo somos irmãos e irmãs. Precisamos trabalhar arduamente
para induzir respeito mútuo, ter atitudes pacientes e tolerantes um pelo outro independentes das
doutrinas e filosofias que possamos adotar. Você e eu podemos discordar com relação a isso, mas
podemos fazê-lo com respeito e civilidade.
Aos membros da Igreja da qual sou membro, chamo atenção para estas palavras de Joseph Smith
proferidas em julho de 1843: “Se foi demonstrado que estou disposto a morrer por um ‘mórmon’, sinto-
me confiante o suficiente para declarar diante dos céus que estou igualmente disposto a morrer em
defesa dos direitos de um presbiteriano, um batista, ou um bom homem de qualquer outra
denominação; pois qualquer princípio que viole os direitos de um santo dos últimos dias viola também
os princípios dos católicos romanos, ou de qualquer outra denominação (...)” (History of the Church,
vol. 5, p. 498) Espero que esse seja meu padrão. (...)
Católicos, protestantes, mórmons, ortodoxos gregos, mulçumanos e pessoas de diferentes
antecedentes raciais e origens étnicas: Agradeço o respeito que demonstram e cultivam, pela tolerância
que nutrem, pelo espírito de benevolência e civilidade. Devemos continuar, até mais vigorosamente, a
trabalhar em união pelo bem comum, ensinando nossos filhos a fazerem o mesmo, para que o mundo,
pelo menos em pequena proporção, possa ser curado de suas feridas e serem poupadas as cicatrizes de
mais conflitos. (National Conference of Christians and Jews Banquet, February 21, 1995)
Imploro ao nosso povo em todos os lugares que respeitem e tenham apreço por aqueles que não
compartilham nossa fé. Há uma enorme necessidade de civilidade e respeito mútuo entre as pessoas de
diferentes crenças e filosofias. Não devemos ser partidários de nenhuma doutrina que pregue a
superioridade de qualquer raça. Vivemos em um mundo de diversidade. Podemos e devemos respeitar
aqueles de cujos ensinamentos discordemos. Devemos estar dispostos a defender os direitos daqueles
que podem tornar-se vítimas da intolerância. (“This Is the Work of the Master,” Ensign, May 1995, p.
71)
Reconhecemos o bem que outras igrejas praticam, e elas fazem muito de bom. Espero que eles
reconheçam o bem que nós praticamos. Temos pontos de diferença, diferenças bastante substanciais
referentes a nossa teologia, nossa doutrina e nossas ordenanças. Em questões importantes como essas
podemos discordar sem sermos desagradáveis. Podemos ser civilizados, corteses, gentis e respeitosos
para com elas. (...) Haverá diferenças, como sempre houve, mas acredito termos um bom
relacionamento. (...) Devemos reconhecer que há muitas pessoas maravilhosas nas outras igrejas. Isso
não diminui por um momento o impacto de nossa mensagem com relação à restauração do evangelho e
o fato de que o Senhor restaurou Sua Igreja nesta dispensação para a bênção de Seus filhos e filhas de
todas as gerações do tempo. (Anchorage Alaska Regional Conference, priesthood leadership session,
June 17, 1995)
Infelizmente, as pessoas não parecem respeitar e tolerar, em muitos casos, os pontos de vista
alheios. Precisamos cultivar nesta terra uma atitude de tolerância e respeito pelas crenças e direitos dos
outros. Precisamos cultivar um espírito maior de civilidade entre as pessoas ao expressarem-se em
relação às crenças e práticas de outras pessoas. Podemos discordar dos outros sem sermos
desagradáveis. Podemos discordar sem elevar nossa voz, sem nos zangarmos ou agirmos de maneira
vingativa. Precisamos aprender a agir desse modo. Nós, como uma comunidade cristã, precisamos
colocar em prática em nossa vida um maior espírito de Cristo, de amor um pelo outro, extendendo-o a
todas as pessoas a despeito de quem elas adorem e de como adorem, desde que não infrinjam os
direitos dos outros. (Interview with Gus Niebuhr of New York Times, July 17, 1995)
Ao nos aproximarmos de um outro século, precisamos estar decididos a viver juntos em uma
sociedade de homens e mulheres de conhecimentos, interesses e hábitos culturais diferentes. Devemos
viver com respeito, tolerância e entendimento um pelo outro. Nós podemos e devemos reter nossa
individualidade, e respeitar a das outras pessoas, enquanto juntos acalentamos uma grande sociedade
dedicada à bênção de todos os que nela residem.
Devemos trabalhar em cooperação para manter e realçar os elementos de nossa cultura, as
expressões artísticas que refinam e elevam o espírito humano. (Utah Centennial Statehood Day
Celebration, January 4, 1996)
Sr. Wallace: “Como o senhor vê os não-mórmons?”
Resposta: “Com amor e respeito. Tenho muitos amigos não-mórmons. Eu os respeito. Tenho
muita admiração por eles”.
Pergunta: “Apesar do fato de eles não terem visto a luz?”
Resposta: “Sim. A todos que não são membros desta Igreja, digo que reconhecemos suas virtudes
e tudo o que têm de bom. Tragam isso com vocês e vejam se podemos acrescentar-lhes algo”. (“‘This
Thing Was Not Done in a Corner,’” Ensign, November 1996, p. 51)
TRABALHO
Ver também Auto-Disciplina; Auto-Suficiência; Economia
Acredito no evangelho do trabalho. Não há substituto sob os céus para um trabalho produtivo. É o
processo pelo qual os sonhos tornam-se realidade. É o processo pelo qual as visões idealizadas tornam-
se realizações dinâmicas. Somos todos inerentemente preguiçosos. Preferiríamos divertir-nos a
trabalhar. Gostaríamos mais de descansar do que trabalhar. Um pouco de divertimento e um pouco de
descanso são bons, e essa é uma das razões pelas quais vocês estão aqui. Mas é o trabalho que faz a
diferença na vida da mulher e do homem. É o uso pleno de nossa mente e a utilização das habilidades
de nossas mãos que nos ergue acima da estagnação da mediocridade. (“Articles of Belief,” Bonneville
International Corporation Management Seminar, February 10, 1991)
Minha mãe era prendada e maravilhosa. Era professora, mas quando se casou deixou o emprego
para tornar-se dona-de-casa e mãe. Para nós, ela era um grande sucesso.
Vivíamos numa casa que eu achava grande, na Ala Um. Tinha quatro cômodos no andar principal:
cozinha, sala de jantar, sala de estar e biblioteca, e quatro quartos no andar de cima. Situava-se num
grande terreno de esquina. Havia um vasto gramado com muitas árvores que soltavam milhões de
folhas, e tínhamos sempre muito trabalho a fazer.
Quando eu era bem pequeno, tínhamos um fogão na cozinha e um fogão de aquecimento na sala
de jantar. Mais tarde, adquirimos um aquecedor central, e que maravilha era aquilo! Tinha, porém, um
apetite voraz por carvão e não possuía alimentador automático. Toda noite, tínhamos que pôr o carvão
dentro do aquecedor com uma pá e empilhá-lo cuidadosamente.
Aprendi uma grande lição com aquele monstruoso aquecedor: se quisesse manter-me quente, tinha
que manejar a pá.
Meu pai achava que os filhos deviam aprender a trabalhar, tanto no verão como no inverno;
comprou, então, uma fazenda de dois hectares que, posteriormente, aumentou para mais doze.
Passávamos lá o verão e retornávamos à cidade quando as aulas começavam. (“Some Lessons I
Learned as a Boy,” Ensign, May 1993, p. 52)
Meu pai tinha um cavalo e uma charrete quando eu era menino. Uma noite, no verão de 1916, algo
maravilhoso aconteceu. Foi inesquecível. Ele chegou em casa em um Ford Modelo T preto, novo e
brilhante. Era um carro maravilhoso. Para os padrões de hoje, contudo, não passava de uma coisa
grosseira e temperamental. Não tinha, por exemplo, ignição automática; era necessário girar uma
manivela. Havia algo que se aprendia rapidamente ao girar aquela manivela: ou retardava-se a faísca,
ou ela reagia violentamente em sentido contrário e quebrava-lhe a mão. Quando chovia, as bobinas
ficavam molhadas, e o motor não dava partida de jeito nenhum. Com aquele carro aprendi a preparar-
me, a fim de evitar problemas. Uma pequena lona sobre o capô mantinha as bobinas secas. Um pouco
de cuidado em retardar a faísca possibilitava girar a manivela sem quebrar a mão.
A coisa mais interessante, porém, eram as luzes. O carro não tinha baterias. A única eletricidade
vinha de uma coisa chamada magneto. A potência do magneto era determinada pela rotação do motor,
ou seja, se o motor estivesse girando rapidamente, as luzes eram fortes; se diminuísse a rotação,
ficavam de um amarelo fraco. Aprendi que, se quisesse enxergar à minha frente enquanto descia uma
ladeira, tinha que manter o motor acelerado.
Como as minhas descobertas, acontece também com nossa vida. A diligência, o entusiasmo e o
trabalho árduo conduzem ao progresso espiritual. Devemos usar o que temos à mão e manter-nos
ativos, se quisermos luz em nossa vida. (“Some Lessons I Learned as a Boy,” Ensign, May 1993, pp.
53–54)
Trabalhem juntos. Não sei há quantas gerações e séculos alguém disse pela primeira vez: “Uma
mente ociosa é a oficina de Satanás”. As crianças precisam trabalhar com seus pais: lavar a louça com
eles, limpar o chão com eles, cortar a grama, podar as árvores e arbustos, pintar, consertar, limpar e
fazer centenas de outras coisas em que aprenderão que o trabalho é o preço da limpeza, progresso e
prosperidade. Existem centenas de milhares de jovens nesta terra que estão crescendo com a idéia de
que para se obter alguma coisa basta roubar. As pichações desapareceriam rapidamente se aqueles que
as fazem tivessem que limpá-las.
Recordo-me ainda de uma experiência que tive em meu primeiro ano do segundo grau. Estava
almoçando com meus amigos quando descasquei uma banana e joguei a casca no chão. Exatamente
naquele momento o diretor caminhava por perto. Pediu-me que apanhasse a casca da banana. Eu disse
que ele “pediu”. Havia uma certa inflexível firmeza em seu tom de voz. Deixei o banco onde estava
sentado, peguei a casca da banana e joguei-a na lata do lixo. Havia mais lixo em volta da lata. Ele disse-
me que enquanto estava pegando meu próprio lixo, poderia pegar o lixo de outros. Eu o fiz. Acho que
nunca mais joguei outra casca de banana no chão. (“Saving the Nation by Changing Our Homes,” BYU
Management Society, Washington, D.C., March 5, 1994)
Sem trabalho árduo nada cresce, exceto ervas daninhas. Deve haver trabalho, incessante e
constante, quando se almeja uma colheita. (“Farewell to a Prophet,” Ensign, July 1994, p. 37)
O trabalho é um milagre que faz com que o talento sobressaia e os sonhos se tornem realidade.
(“To a Man Who Has Done What This Church Expects of Each of Us,” BYU 1995–96 Speeches,
October 17, 1995, p. 55)
TRABALHO MISSIONÁRIO DE TEMPO INTEGRAL
Ver também Obra Missionária
Sei que nossos rapazes estão sob a grande obrigação de se qualificarem pelo estudo para ocuparem
cargos de responsabilidade no mundo. Seu tempo é precioso. Mas não hesito em prometer que o tempo
gasto servindo como fiel e dedicado missionário, testificando sobre o Mestre, irá somente ser acrescido
às suas qualificações para posições de responsabilidade no futuro. Independente da carreira que
escolham seguir, estarão melhor qualificados em sua capacidade de expressar-se, em seus hábitos de
industriosidade, no valor que dão à instrução, na integridade de sua vida, e no reconhecimento de uma
força e poder maior do que a capacidade natural que possuem. (“He Slumbers Not, nor Sleeps,” Ensign,
May 1983, p. 8)
Todo homem ou mulher que se dedica à obra missionária abençoa a vida de todos os que ensina.
Além disso, sua própria vida é enriquecida por esse abnegado trabalho. Quem ainda não viu o milagre
de um missionário que progrediu de maneira maravilhosa enquanto empenhado na obra do Mestre?
Desde pequeno os líderes do sacerdócio, pais e mães, devem incentivar o menino para o serviço
missionário. (“The Miracle Made Possible by Faith,” Ensign, May 1984, p. 46)
Todo rapaz que procura agradar ao Pai Celestial estará disposto e ansioso para dar o “dízimo” de
sua vida aos dezenove ou vinte anos, indo pregar o evangelho ao mundo. Ele economiza para isso;
programa sua vida em torno disso; mantem-se física, mental e moralmente em forma, bem como
espiritualmente forte, a fim de estar preparado para essa grande e sagrada responsabilidade.
No campo missionário deve “ocupar-se zelosamente” na obra do Senhor (ver D&C 58:27), sempre
disposto a dar liberalmente de seu tempo, talentos, energia e meios em favor do próximo. Cuidará de
não desperdiçar o tempo ou prejudicar sua eficiência dedicando-se a atividades não condizentes, em
qualquer sentido, com seu grande e sagrado chamado. (“To Please Our Heavenly Father,” Ensign, May
1985, p. 49)
[A ocasião em que entrei no campo missionário] era a época da pior depressão econômica da
história do mundo. O índice de desemprego nesta área [Salt Lake City] andava por volta dos trinta e
cinco por cento, sendo que a grande maioria de desempregados era composta de chefes de família. (...)
Muito poucos missionários estavam saindo em missão; atualmente enviamos numa semana mais do
enviavam em um ano inteiro. Recebi meu diploma universitário e planejava, de algum modo, fazer um
curso de pós-graduação quando o bispo me fez uma sugestão que parecia estarrecedora: servir como
missionário. Fui chamado para servir na Inglaterra, na época a missão mais dispendiosa do mundo. A
despesa mensal equivalia a uns 500 dólares atualmente.
Verificamos que minha mãe, já falecida, me havia deixado uma pequena conta de poupança para
esse fim. Eu tinha uma conta de poupança em outro banco, mas que havia falido. Antigamente não
havia nenhum programa de seguro governamental para casos de falência, como agora. Papai, homem
de muita fé e amor, supriu os recursos necessários, com a cooperação de toda a família. Remontando
àquela época, tudo me parece um milagre. Não sei como o dinheiro estava lá a cada mês.
O trabalho no campo não era simples. Era difícil e desanimador. Mesmo assim, uma experiência
maravilhosa. Em retrospecto, reconheço que eu era provavelmente um jovem egoísta quando cheguei à
Inglaterra. Que grande bênção deixar de lado meus próprios interesses em favor do interesse maior da
obra do Senhor! Pude conviver com jovens extraordinários. Eles se tornaram amigos preciosos que
conheço e amo há mais de meio século. (“The Question of a Mission,” Ensign, May 1986, p. 40)
Talvez haja, nessa numerosa audiência hoje à noite, alguns rapazes que se perguntam, com toda a
seriedade, se devem servir como missionários. Talvez haja poucos recursos, talvez planos irresistíveis
de instrução acadêmica. Ou, quem sabe, uma jovem maravilhosa que amam e acham que não podem
deixar. E dizem a si mesmos: “A escolha é minha.”
É verdade. Mas antes de se decidirem contra a missão, enumerem suas bênçãos, meus caros
amigos. Pensem nas grandes e maravilhosas coisas que têm: sua própria vida, saúde, seus pais, o lar, a
jovem amada. Não são todas dádivas de um generoso Pai Celeste? Ou será que realmente os
conseguiram sozinhos, independente de Suas bênçãos? Não, a vida de todos nós está nas mãos Dele.
Todas as coisas que possuímos provêm Dele, o doador de tudo o que é bom.
(...) Estou dizendo que por uma questão de apreço, gratidão e senso de dever, você deve procurar
fazer o que for necessário para dar um pouco do seu tempo, somente dois anos, consagrando suas
forças, meios e talentos à obra de compartilhar o evangelho, que é a fonte de tudo de bom que você
possui.
Prometo que ao fazerem isso, verão que o que hoje parece sacrifício, provará ser o maior
investimento que já fizeram. (...)
A Igreja precisa de vocês. O Senhor precisa de vocês. O mundo precisa de vocês. (...) Existem
muitas pessoas que necessitam exatamente do que vocês têm a oferecer. Elas não são fáceis de serem
encontradas e não serão achadas a menos que existam aqueles que estejam preparados e dispostos a
procurarem por elas. (“The Question of a Mission,” Ensign, May 1986, pp. 40–41)
Sou profundamente grato pela experiência da [minha] missão. Toquei a vida de uns poucos que,
no decorrer dos anos, me expressaram seu apreço. Isso tem sido importante. Entretanto, jamais me
preocupei muito com o número de batismos meus ou de outros missionários. Minha satisfação resulta
da certeza de que fiz o que o Senhor queria que eu fizesse, e que fui um instrumento em Suas mãos para
o cumprimento de Seus propósitos. No decorrer dessa experiência, arraigou-se em meu próprio ser a
convicção e conhecimento de que essa é, na verdade, a verdadeira obra do Deus vivo, restaurada por
meio de um profeta para a bênção de todos os que a aceitarem e viverem segundo Seus princípios.
(“The Question of a Mission,” Ensign, May 1986, p. 40)
Acontece que se tivermos mais missionários, haverá mais conversos. Acontece também que se os
missionários forem melhor preparados, eles serão mais eficazes. (...)
Eu acredito que a obra missionária é, primariamente, uma responsabilidade do sacerdócio. Apesar
de muitas moças fazerem um excelente trabalho no campo, em alguns casos com mais eficiência do que
os élderes, a responsabilidade básica é dos nossos rapazes. Temos de direcionar nossos rapazes para o
trabalho missionário cedo, e precisamos prepará-los melhor. (...)
Se quisermos aumentar substancialmente o número de missionários, temos de começar cedo o
processo de preparação. O processo começa com os pais. Desejo falar de quatro fases de preparação
para o trabalho missionário: (1) preparação espiritual; (2) preparação mental; (3) preparação social; (4)
preparação financeira.
A preparação espiritual de um missionário será fortalecida por melhores noites familiares, por um
ensino melhor no Sacerdócio Aarônico e nas organizações auxiliares, pela freqüência ao seminário e
instituto, pelas idas ao templo para ser batizado em favor dos mortos, pelo encorajamento para que leia
o Livro de Mórmon. (...)
Preparação mental. Os bispados precisam ser diligentes e orar ao fazerem as entrevistas pessoais
com os rapazes, começando quando são diáconos. Os bispados devem encorajá-los para o trabalho
missionário. (...)
Preparação social. Devemos ensinar nossos jovens, por intermédio de conselhos e de amor, a
respeito da importância de se manterem limpos e dignos de representarem o Senhor como Seus
embaixadores diante do mundo. Encorajemos atividades sociais sadias para que nossos jovens
aprendam a grande arte de relacionar-se com os outros. (...)
Preparação financeira. As missões tornaram-se caras. (...) O momento de começar a economizar é
quando os meninos ainda são pequenos. (...)
Insistimos na regra de sustento do missionário que tem estado em vigor desde o início da Igreja,
ou seja, é a responsabilidade do indivíduo e da família prover o sustento do missionário. Isso é algo que
deve ser encorajado, ainda que atrase um pouco a saída do missionário. É melhor que um rapaz atrase
em um ano a sua saída para o campo missionário e ganhe o dinheiro necessário para seu sustento do
que depender inteiramente dos outros.
No entanto, devido à situação econômica de alguns países, não é possível para alguns rapazes e
moças servir sem alguma ajuda financeira. Nesses casos, as alas e os quóruns devem ajudar na medida
do possível. (“‘The Field Is White Already to Harvest,’” Ensign, December 1986, pp. 4–6)
No trabalho missionário, como em tudo mais, a preparação precede o poder. O incentivo para se
preparar enquanto ainda bem jovem pode fazer uma tremenda diferença. (Regional Representatives
Seminar, April 1987)
Eu, assim como Heber C. Kimball e seus companheiros noventa e seis anos antes, fui enviado a
Preston [como missionário].
Foi essa a minha primeira designação e minha primeira área de trabalho. Tornei-me tão
familiarizado com os lugares que eles conheciam e as ruas em que eles andaram como eles o estavam
aproximadamente um século antes. Meu companheiro e eu caminhávamos repetidas vezes na mesma
estrada onde eles viram os dizeres: “A Verdade Prevalecerá”. (...)
Sinto-me privilegiado por ter sido enviado a Preston na minha primeira área. Eu não somente
trabalhei lá, como também nas cidades vizinhas onde aqueles primeiros missionários ensinaram o
evangelho. Não fui tão eficiente quanto eles. Quando chegaram lá a primeira vez havia pouco ou quase
nenhum preconceito contra eles. Quando eu cheguei, parecia que todos tinham preconceito contra nós.
Eu não estava bem quando cheguei. Naquelas poucas primeiras semanas, devido à doença e à
oposição, ficamos desanimados. Escrevi uma carta para casa para o meu bom pai e disse-lhe que sentia
que estava perdendo o meu tempo e o dinheiro dele. Ele era meu pai e meu presidente da estaca, e um
homem sábio e inspirado. Ele escreveu uma carta bem pequena para mim que dizia: “Querido Gordon,
tenho comigo sua última carta. Tenho somente um conselho a dar-lhe: “Esqueça-se de si mesmo e
trabalhe”. Naquela manhã bem cedo, durante o nosso estudo das escrituras, meu companheiro e eu
lemos essas palavras do Senhor: “Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas,
qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará”. (Marcos 8:35)
As palavras do Mestre, seguidas da carta de meu pai com o conselho para esquecer de mim mesmo
e trabalhar, penetraram no meu ser. Com a carta de meu pai na mão, fui ao nosso quarto, na Rua
Wadham nº 15, onde morávamos, e ajoelhei-me e assumi um compromisso com o Senhor. Prometi que
iria tentar esquecer de mim mesmo e entregar-me ao Seu serviço.
Aquele dia, em julho de 1933, foi o dia da minha decisão. Uma nova luz surgiu em minha vida e
uma nova alegria em meu coração. A neblina da Inglaterra parecia desaparecer, e pude ver a luz do sol.
Tive uma rica e maravilhosa experiência missionária, pela qual serei eternamente grato, trabalhando em
Preston onde o trabalho começou e em outros lugares onde ele prosseguia, incluindo a grande cidade de
Londres, onde servi a maior parte de minha missão. (“Taking the Gospel to Britain: A Declaration of
Vision, Faith, Courage, and Truth,” Ensign, July 1987, pp. 6–7)
O navio SS Manhattan no qual viajei para a Inglaterra aportou em Plymouth na noite de 1º de
julho de 1933. Nós três missionários a bordo embarcamos num trem para Londres e chegamos tarde da
noite. No dia seguinte fui designado para ir a Preston, Lancashire, a mesma cidade em que os primeiros
missionários santos dos últimos dias tinham ido noventa anos antes para dar abertura à obra na Grã-
Bretanha.
Após uma viagem de trem longa e solitária, encontrei meu companheiro na estação, e ele levou-
me para nossa “toca”, a uma curta distância de Capela Vauxhall onde foi pregado o primeiro sermão
missionário em 1837.
Meu companheiro então anunciou que iríamos ao centro da cidade e faríamos uma reunião na rua.
Fiquei assustadíssimo. Após o jantar, caminhamos até a praça do mercado. Lá cantamos um hino e
oferecemos uma oração. Então ele me chamou para falar. Uma multidão se reuniu. Eles fitavam-me
com um olhar ameaçador. O mundo estava naquela época no auge da depressão, e Lancashire fora
particularmente afetada. As pessoas eram muito pobres. Eles usavam tamancos nos pés. Suas
vestimentas refletiam a época difícil em que viviam. Eles eram difíceis de entender; eu era do oeste dos
Estados Unidos, e eles falavam à maneira de Lancashire.
Nos meses seguintes, passei a conhecê-los e amá-los. Caminhei durante aqueles meses onde Heber
C. Kimball e seus companheiros missionários pioneiros haviam caminhado, estabelecendo os alicerces
para A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias na Grã-Bretanha. A Capela de Vauxhall,
onde eles pregaram no princípio; o Rio Ribble, onde se realizaram os primeiros batismos; o local da
velha mina de carvão e o Temperance Hall, onde pregaram; e o obelisco na praça do mercado, todos
tornaram-se meus conhecidos.
Depois de cinco meses em Lancashire, fui transferido para o escritório da Missão Européia em
Londres, onde trabalhei como assistente do Élder Joseph F. Merrill do Conselho dos Doze, que presidia
as missões na Europa. Londres era uma grande cidade, interessante e desafiadora. Todos os domingos,
quando o tempo assim o permitia, nós dois, missionários do escritório da Missão Européia, juntávamo-
nos aos missionários do escritório da Missão Britânica e realizávamos reuniões de rua no Hyde Park e
outros locais públicos. Além de nossas tarefas de escritório, fazíamos também o trabalho de
proselitismo. Ensinávamos também nos ramos, que eram, na época, pequenos e fracos.
Havia poucos missionários na Grã-Bretanha naquela época. O mundo passava por um momento de
severas dificuldades econômicas e havia pouco dinheiro. Eram poucos os que serviam como
missionários. Houve época em que éramos somente sessenta e cinco missionários nas Ilhas Britânicas.
Essas experiências missionárias deram-me grande força na vida. Havia muitos santos dos últimos
dias maravilhosos e fiéis na Grã-Bretanha, que aprendi a conhecer e amar pela força de seu testemunho
diante da oposição, e por sua grande e infalível lealdade à causa a qual deram sua fidelidade. Aprendi a
conhecer e respeitar as pessoas fortes e vigorosas da Grã-Bretanha. Vim a conhecer a beleza da
Inglaterra, seus montes e pradarias, suas cidades vastas e produtivas, sua literatura, sua arte e sua
ciência. Aprendi também a amar a Escócia, a Irlanda e o País de Gales. Como rapaz, engajado numa
obra sagrada, vim a conhecer, em grau jamais percebido anteriormente, meu Pai Celestial e meu
Salvador, o Redentor do Mundo, o Senhor Jesus Cristo.
Sou grato por essa maravilhosa época de minha vida, quando fiz o melhor possível para ensinar o
evangelho e edificar o reino. (“Taking the Gospel to Britain: A Declaration of Vison, Faith, Courage,
and Truth,” Ensign, July 1987, p. 9)
Gostaria de contar-lhes uma experiência recente. Estávamos na cidade de Bacolod, situada na Ilha
Negros Ocidental, República das Filipinas. Lá, para minha surpresa, encontrei-me com um homem que
não via há anos.
O tempo estava quente e abafado, como sempre em Bacolod. (...) Meu amigo usava uma camisa
branca de mangas curtas e calças curtas, e seus sapatos brilhavam. Sua bela esposa, Marva, o
acompanhava. Indaguei: “Victor Jex, o que anda fazendo por aqui?”
Ele respondeu sorrindo: “Estamos fazendo a obra do Senhor. (...) Somos missionários”.
“Onde vocês moram?”
“Numa casinha em Iloilo, na Ilha Panay. Viemos de barca para a conferência.”
Procurei lembrar-me de quando os vira pela última vez. Fora poucos anos antes. Eles moravam
então numa linda casa em Scarsdale, no Estado de Nova York. Ele era muito conhecido e um eminente
químico, com doutorado em engenharia química. Trabalhava para uma das grandes empresas
multinacionais sediadas em New York. Atribuíam-lhe a composição química de um produto vendido
agora no mundo inteiro, cujo nome é conhecido por milhões de pessoas e vem dando milhões de
dólares de lucro à sua empresa.
Ele era bem remunerado e altamente respeitado.
Era também o presidente da Estaca Yorktown de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos Últimos
Dias, tendo sob sua direção um grupo numeroso de trabalhadores da Igreja que serviam fielmente nas
alas locais, sendo que muitos deles iam diariamente à Cidade de Nova York, onde ocupavam cargos de
responsabilidade em algumas das grandes empresas norte-americanas. Ele era o seu líder eclesiástico.
Agora estava aposentado. O casal vendera a bela casa, dera aos filhos os móveis que eles
escolheram, doando o restante a terceiros. Desfizeram-se dos carros e todo o resto, exceto as roupas
pessoais, as fotografias da família e registros familiares. Colocaram-se então à disposição do Senhor e
da Igreja para irem, às próprias custas, aonde quer que os mandassem. No momento estavam na missão
Filipinas Bacolod, trabalhando com um povo amorenado, amigável e maravilhoso que morava na área.
Lá, é alto o índice de desemprego e existe muita miséria. Mas onde quer que apareçam, o Élder e a Irmã
Jex influenciam beneficamente a vida daqueles aos quais servem.
Eles estão lá para curar o povo sofredor, ensinar o evangelho de Cristo, transmitir coragem e força,
esperança e fé. Estão lá para sanar feridas causadas por desentendimentos e contendas. Estão lá para
abençoar os enfermos e ajudar os que se encontram doentes fisicamente ou estão frustrados
psicologicamente. (...) Vivem modestamente com os pobres, no mesmo nível do povo, mas mantêm-se
firmes para poder edificar com mãos fortes.
Esse ex-executivo nova-iorquino e sua encantadora companheira estão a serviço do Salvador,
doando todo o seu tempo, recursos e amor para abençoar, curar e recuperar a vida de muitos que estão
desencorajados e precisam de ajuda. (“The Healing Power of Christ,” Ensign, November 1988, p. 52)
Vocês serão lembrados esta manhã nas orações de centenas de casas. As pessoas estão orando por
vocês, vocês sabem disso. Vocês não podem deixar de doar o melhor de vocês quando as pessoas oram
pelo seu sucesso. É claro que o trabalho não é fácil. É difícil. (...) Mas Ele nos deu o poder, o poder de
nossa mensagem, o poder de nosso chamado, o poder de nosso sacerdócio e do amor pelas pessoas.
(Boston Massachusetts Regional Conference, Missionary Meeting, April 23, 1995)
O programa missionário é um programa grande e vibrante que mantém a Igreja crescendo e
progredindo através do mundo. É um milagre. É um milagre além da compreensão da maioria de nós.
Há entre quarenta e oito a cinqüenta mil missionários. Por trás de cada um deles estão as orações da
mãe, a fé de um pai, o amor dos membros da Igreja e as bênçãos do Senhor sobre esses Seus servos
escolhidos. Não há nada que se iguale a isso. (...)
Eles se encontram lá como servos do Senhor para dedicarem toda a sua força, sabedoria, meios e
tempo para a edificação do reino de Deus. Porque eles fazem isso? Por que sabem em seu coração que é
verdadeiro. É aí que reside a força da Igreja. Não está nestes prédios, não se encontra na BYU e nem na
Praça do Templo. Está no coração das pessoas, indivíduos, que podem se erguer e dizer, assim como eu
creio que cada um nesta congregação possa dizer: “Esta é a obra do Senhor. Ele vive. Jesus é o nosso
Redentor. Ele apareceu ao menino Joseph no bosque sagrado. O Livro de Mórmon surgiu como
testemunha para o mundo da realidade da vida do Filho de Deus. O sacerdócio e a Igreja estão sobre a
Terra. Somos Seus servos e Seus ministros”. (East Millcreek 12th Ward Sacrament Meeting, July 2,
1995)
Estive recentemente em Londres, Inglaterra, e lá fizemos uma reunião com os missionários que
serviam naquela área. Os representantes da British Broadcasting Corporation filmaram parte do
trabalho. Eles estão preparando um documentário do nosso trabalho na Grã-Bretanha.
Antes disso fui entrevistado por um representante da BBC Radio Worldwide Service. Ele viu os
missionários e notou sua aparência jovem. Ele me perguntou: “Como você espera que as pessoas
ouçam esses jovens inexperientes?”
Em caso de algum de vocês não saberem o significado de inexperiente, a palavra quer dizer:
imaturo, ingênuo e sem sofisticação.
Respondi ao repórter com um sorriso: “Jovens inexperientes? Hoje ocorre com os missionários o
mesmo que ocorreu com Timóteo nos dias de Paulo. Foi Paulo quem escreveu para seu companheiro,
dizendo: “Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor,
no espírito, na fé, na pureza”. (I Timóteo 4:12)
“O que é mais impressionante é que as pessoas os recebem e os ouvem. Eles são saudáveis. São
inteligentes, atentos e íntegros. Eles têm uma aparência limpa, e as pessoas rapidamente desenvolvem
confiança neles”. (...)
“Jovens inexperientes?” Sim, eles não têm sofisticação. Que grande bênção é essa. Eles não levam
consigo a decepção. Não usam de sofismas ao falarem. Falam daquilo que vem do coração, com
convicção pessoal. Cada um é um servo do Deus vivo, um embaixador do Senhor Jesus Cristo. O poder
deles não é proveniente do conhecimento das coisas do mundo. Seu poder advém da fé, oração e
humildade. Como temos sido lembrados, o trabalho não é fácil. Nunca foi fácil. Muito tempo atrás
Jeremias disse que o Senhor reuniria seu povo, um de uma cidade e dois de uma família e os levaria a
Sião e dar-lhes-ia pastores segundo o Seu coração. (Ver Jeremias 3:14–15) Em termos de trabalho
missionário individual, a colheita não é grande em muitos casos, mas ao juntá-la torna-se enorme. (“Of
Missions, Temples, and Stewardship,” Ensign, November 1995, p. 51)
Faço um desafio a cada rapaz (...) Prepare-se agora para ser digno de servir ao Senhor como
missionário de tempo integral. Ele disse: “Mas se estiverdes preparados, não temereis”. (D&C 38:30)
Preparem-se para consagrar dois anos de sua vida a essa obra sagrada. Isso na verdade consistirá de um
dízimo dos primeiros vinte anos de sua vida. (...) Prometo a vocês que o tempo que passarem no campo
missionário, se esses anos forem gastos em um serviço dedicado, irão proporcionar-lhes um retorno
maior em termos de investimento do que qualquer outros dois anos de sua vida. Vocês saberão o que
consagração e dedicação significam. Desenvolverão poderes de persuasão que abençoarão sua vida
inteira. Seu medo e timidez gradualmente desaparecerão ao prosseguirem com coragem e convicção.
Você aprenderá a trabalhar com os outros e a desenvolver o espírito de trabalho em grupo. Você se
achegará mais ao Senhor do que o faria em quaisquer outras circunstâncias. Aprenderá que sem a ajuda
Dele, você na verdade é fraco e comum, mas com Sua ajuda você pode realizar milagres.
Você estabelecerá hábitos de industriosidade e talento para traçar metas que exijam esforço.
Aprenderá a trabalhar com sinceridade de propósito. Que grande alicerce tudo isso será para você mais
tarde em seus esforços educacionais e em sua profissão. Dois anos não serão tempo perdido. Serão
talentos adquiridos. (...)
Acima de tudo isso você terá uma doce paz em seu coração por ter servido bem e fielmente ao
Senhor. Seu serviço se tornará uma expressão de gratidão ao seu Pai Celestial.
Você conhecerá seu Redentor como o seu maior amigo para o tempo e eternidade. (...)
Ao servir uma missão bem e fielmente, você será melhor marido, melhor pai, melhor aluno e
trabalhador na profissão que escolher. O amor é a essência desse trabalho missionário. O altruísmo é
parte de sua natureza. A auto-disciplina é algo exigido por ele. A oração abre seus reservatórios de
poder. (“Of Missions, Temples, and Stewardship,” Ensign, November 1995, pp. 51–52)
Vocês estão fazendo um sacrifício, mas não é um sacrifício, pois receberão mais do que deixam
para trás, ganharão mais do que oferecem, e será um investimento com um enorme retorno. Virá a ser
uma bênção em vez de um sacrifício. Ninguém que jamais tenha servido nesse trabalho como
missionário, que tenha dedicado os seus melhores esforços precisa se preocupar por que bênçãos virão
na vida desse indivíduo por todo o tempo em que ele ou ela viver. Não tenho a menor dúvida a respeito
disso. (Hawaii Honolulu Missionary Meeting, February 17, 1996)
Sigam em frente. Façam o seu trabalho. É muito, muito importante. Vocês têm em seus ombros a
responsabilidade de ensinar o evangelho para um mundo que não o deseja. Pelo menos eles pensam que
não o querem porque ainda não provaram dele. E para muitas, muitas dessas pessoas vocês serão o
único conhecimento que eles jamais terão dessa Igreja. Devido a isso, é muito importante que vocês
façam uma boa apresentação. Algum dia alguém poderá dizer: “Bem, sim, encontrei-me com dois de
seus missionários anos atrás e tenho pensado nisso desde aquela época. Entrem e digam-me o que
vocês têm a oferecer”. Sigam em frente com fé e sem temor. (Pennsylvania Pittsburgh Missionary
Meeting, April 27, 1996)
Cada um de vocês é muito importante para essa causa. Sem vocês a Igreja não cresceria; ela
somente seguiria em frente de um modo estático e finalmente definharia e morreria. Vocês são o que a
mantém viva com uma constante infusão de sangue novo, de conversos que entram para a Igreja e
trazem com eles sua força. Vocês são muito, muito, muito importantes. Nunca pensem que o que estão
fazendo não é importante. É muito importante. Pode ser que vocês não tragam muitos conversos para a
Igreja durante sua missão, não isso não importa, desde que vocês tentem, desde que trabalhem
dedicadamente. Se trabalharem com afinco, a questão de conversos tomará conta de si própria. Tenho
certeza disso. Dêem o melhor de si. (Korea Pusan and Korea Taejon Missionary Meeting, May 21,
1996)
Cada vez que você traz um converso para a Igreja uma vida é abençoada. Não só uma vida; se ele
ou ela permanecerem fiéis, muitas vidas. O que você fizer se torna o trabalho de gerações ainda por vir.
Todos nós somos frutos do trabalho missionário: nossos pais, nossos avós, nossos bisavós que
aceitaram o testemunho dos missionários e vieram para a Igreja. Somos os favorecidos. Nunca olho
para os missionários sem que me sinta inclinado a dizer: vocês nunca poderão prever as conseqüências
do que fazem nesse trabalho. (Hong Kong Missionary Meeting, May 25, 1996)
Esse é um grande e maravilhoso período da vida de vocês. É uma época única e diferente em que
terão oportunidades que jamais se repetirão no decorrer de sua vida, como a oportunidade de aplicar seu
tempo no serviço do Senhor sem se preocuparem com dinheiro, pois sabem que terão o suficiente para
viver. Não precisam se preocupar com emprego, escola ou vida social. Não há razão para se preocupar
com a moça que deixaram para trás. Suponhamos que ela se case com alguém enquanto você está
distante? Ajoelhe-se, agradeça ao Senhor e peça-Lhe que a abençoe. Encontrará alguém que se adapte
melhor a você. Seu gosto mudará. (Philippines Manila/Quezon City Missionary Meeting, May 31,
1996)
A tentação está em todos os lugares. Está em todas as partes neste mundo. Existem aqueles que, se
pudessem, gostariam de armar uma cilada para os missionários. Cada um de vocês tem um
companheiro. Por quê? Bem, por uma razão o Senhor disse: “Pela boca de duas ou três testemunhas
toda a palavra seja confirmada”. (Mateus 18:16) A outra é para proteção mútua, um protege o outro.
Quando estão juntos não é provável que os dois errem. Um de vocês pode ser tentado e então o outro
irá detê-lo e corrigi-lo, dando-lhe força para resistir. Os caminhos do mundo são sutis. Os planos do
adversário são inteligentes. Sejam cuidadosos. Vocês querem retornar para casa honradamente. Não se
aproximem da tragédia. A transgressão nunca foi felicidade. O pecado nunca foi felicidade. O mau
nunca foi felicidade. (Philippines Manila/Quezon City Missionary Meeting, May 31, 1996)
Vocês derramarão mais lágrimas quando partirem para casa do que derramaram quando saíram de
casa para cá. (...)
Que grande amor desenvolvemos em nosso coração pelo povo em meio a que servimos como
missionários. Foi meu privilégio servir na Grã-Bretanha sessenta anos atrás. Eu amo o povo porque
trabalhei entre ele. Vocês têm esse privilégio aqui, ao conhecerem essas pessoas.
A nação da Argentina uma vez ordenou que todos os nossos missionários saíssem e foi uma coisa
muito, muito séria. Fui a Washington encontrar-me com o Embaixador argentino nos Estados Unidos.
O irmão Richard Scott, que era na época presidente de missão na Argentina, veio para se encontrar
conosco. O irmão Robert Baker, que tinha bom trânsito entre muitas pessoas em Washington, abriu as
portas e visitamos o embaixador. Ele estava frio como gelo. Tudo o que dissemos não o sensibilizou.
Ele permanecia inflexível. Ela não cedia em ponto algum. O irmão Scott tinha com ele um livro com
todos os seus missionários e o entregou a mim. Eu disse: “Senhor embaixador”, ao abri-lo, “estes são os
rapazes e moças de quem estamos falando”. Eles voltarão para casa ao saírem de seu país, quando
tiverem terminado a missão. Eles continuarão os estudos. Eles serão pessoas de influência. A Argentina
nunca terá melhores amigos em qualquer outro lugar neste mundo do que esses rapazes e moças que
serviram em seu país como missionários de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Eles
sonharão em se casar e levar a noiva à Argentina. Eles poderão não ter condições financeiras para fazê-
lo, mas nunca deixarão de lado a idéia de voltarem à Argentina. Eles sempre terão um lugar especial no
coração para o seu povo e sua terra. Acredito que eles estão abençoando a sua nação, e acredito que
serão amigos dela para sempre”.
Ele disse: “Verei o que posso fazer”. E então, miraculosamente, a ordem foi suspensa, foram
concedidos os vistos aos missionários e foi permitido que continuassem a ir para lá. (Spain Madrid
Missionary Meeting, June 11, 1996)
Vocês não avaliam o quanto de bom são capazes de realizar; não podem prever os resultados de
seu esforço. Anos atrás o Presidente Charles A. Callis, então membro do Quórum dos Doze, e que
anteriormente havia sido presidente da Missão dos Estados do Sul por vinte e cinco anos, relatou-me
essa história. Ele conta a respeito de um missionário nos estados do sul dos Estados Unidos, que
chegara ao fim de sua missão e veio até ele para ser desobrigado. Seu presidente de missão disse a ele:
“Você fez uma boa missão?”
Ele respondeu: “Não”.
“Como assim?”
“Bem, eu não obtive nenhum resultado do meu trabalho. Desperdicei meu tempo e o dinheiro de
meu pai. Foi uma perda de tempo”.
O irmão Callis perguntou: “Você não batizou ninguém?”
Disse ele: “Batizei somente uma pessoa durante os dois anos que passei aqui. Foi um menino de
doze anos de idade num lugarejo do Tennessee”.
Ele voltou para casa com um sentimento de fracasso. O irmão Callis disse: “Decidi acompanhar
aquele menino que ele havia batizado. Desejava saber o que tinha acontecido com ele. Na próxima
ocasião em que visitei aquela área ergui os olhos para vê-lo. Ele estava usando sapatos (ele nunca os
tinha usado antes) e era o secretário da Escola Dominical daquele pequeno ramo”.
O irmão Callis disse: “Eu o acompanhei através dos anos. Ele se tornou o Superintendente da
Escola Dominical e finalmente o presidente do ramo. Casou-se. Mudou-se daquela pequena fazenda
alugada em que ele e seus pais haviam morado e conseguiu um pedaço de terra para si mesmo e o fez
produtivo. Foi presidente de distrito. Vendeu aquele pedaço de terra no Tennessee e mudou-se para
Idaho onde comprou uma fazenda ao longo do Rio Snake e prosperou. Seus filhos cresceram. Saíram
em missão. Retornaram para casa e tiveram filhos que também serviram uma missão”.
O irmão Callis continuou: “Acabei de passar uma semana em Idaho procurando cada membro da
família que eu pudesse encontrar e com quem pudesse conversar sobre seu trabalho missionário.
Descobri que, como resultado do batismo daquele menino num lugarejo do Tennessee por um
missionário que pensou ter fracassado, mais de 1.100 pessoas se filiaram à Igreja de Jesus Cristo”.
Vocês nunca podem prever as conseqüências de seu trabalho, meus amados irmãos e irmãs,
quando servem como missionários.
O Senhor disse algo sobre isso. Disse ele: “Portanto não vos canseis de fazer o bem, porque estais
lançando o alicerce de uma grande obra. E de pequenas coisas provém aquilo que é grande. Eis que o
Senhor requer o coração e uma mente solícita”. (D&C 64:33–34) É isso o que nos é exigido: o coração
e uma mente solícita. Essas são as palavras do Senhor. Vocês estão lançando o alicerce de uma grande
obra, e o poder está em vocês para assim fazê-lo. (Belgium Brussels Missionary Meeting, June 12,
1996)
“Vede quão grandioso é vosso chamado”. (D&C 112:33) Quão grandioso é seu chamado! Vocês
não foram enviados aqui para tirar fotografias. Não foram enviados para se divertir. Foram enviados
para encontrar e ensinar as pessoas. Essa é a nossa oportunidade, nosso desafio e nossa
responsabilidade. Você nunca atingirá um nível mais alto em sua vida do que quando está no campo
missionário. Isso pode parecer uma coisa estranha. Disse isso na Argentina muitos anos atrás, e após
cerca de dez anos recebi uma carta de um rapaz que dizia: “Quando estava servindo missão na
Argentina, o senhor veio aqui e colocou um feitiço em mim. Não fui capaz de me erguer. Depois disso,
não servi para nada de bom. Fracassei na escola, fracassei em meu trabalho e fracassei em meu
casamento”. Não coloquei um feitiço sobre ele. Simplesmente lhe disse que nunca estaria tão firme e
nunca estaria em melhores condições do que enquanto está servindo ao Senhor, e sua vida subseqüente
demonstrou isso.
Esse é o dia de sua grande oportunidade para estabelecer dentro de vocês hábitos de trabalho que
irão abençoá-los no decorrer de sua vida. Disse o Senhor: “E se vossos olhos estiverem fitos em minha
glória, todo o vosso corpo se encherá de luz e em vós não haverá trevas”. (D&C 88:67) Se você se
concentrar no trabalho do Senhor, dedicar tudo o que possui, seu corpo inteiro se encherá de luz e em
você não haverá trevas. Terá terminado a escuridão do pecado, a preguiça, e todas as coisas negativas.
Essa é a palavra do Senhor para vocês e para mim. (Belgium Brussels Missionary Meeting, June 12,
1996)
Vocês são Seus mensageiros. Vocês são embaixadores do Senhor Jesus Cristo. Nunca se
esqueçam disso. Vocês não tem somente a responsabilidade de saírem e darem as palestras
missionárias, ou seja, vocês não têm somente isso para fazer. Vocês são representantes do Senhor Jesus
Cristo. Ele concedeu-lhes o direito, poder e autoridade de ensinar às pessoas a verdade que as salvará,
mudando-lhes a vida e dando-lhes oportunidade e crescimento. Vocês, por favor, observem se cada
converso que entra para a Igreja enquanto vocês se encontram nessa missão está sendo ensinado de
modo que cresça em fé e que um ano após o batismo esteja pronto para ter uma recomendação para o
templo, e tão logo o templo esteja pronto, seja digno de ir à casa do Senhor? (Bolivia Cochabamba
Missionary Meeting, November 10, 1996)
Nos primórdios da Igreja, John Taylor foi chamado para ir à França dar início ao trabalho lá. Não
havia missionários na grande nação da França, e ele disse o seguinte em 1849: “Estou engajado nos
negócios do meu Mestre; sou um ministro de Jeová disposto a proclamar Sua vontade às nações. Irei
abrir a porta da vida para uma vigorosa nação, para proclamar a milhões os princípios da vida, luz,
verdade, inteligência e salvação. Para romper os grilhões, libertar os oprimidos, recuperar o errante,
corrigir sua visão, aumentar sua moral, salvá-los da degradação, ruína e miséria e conduzi-los à luz,
vida, verdade e glória celestial.” (Life of John Taylor, p. 208).
O mesmo acontece hoje. Vocês, missionários, estão engajados nos negócios do Mestre. Vocês são
ministros de Jeová encarregados de proclamar Seu desejo às nações. Vocês vieram abrir a porta à uma
vigorosa nação, aclamar a milhões os princípios da verdade e salvação. Quão grande é o seu chamado!
Vocês ficarão aqui menos que dois anos; as missionárias menos que dezoito meses. Façam o melhor
que puderem enquanto estiverem aqui. Vocês não podem se dar ao luxo de dormir mais do que o
necessário. Ha um grande trabalho a ser feito e se vocês não o fizerem, quem o fará? Por favor, não
percam tempo. Vocês estão aqui para fazerem o trabalho do Senhor. Ele precisa de sua ajuda. Em seus
ombros está a responsabilidade dessa obra. Seu testemunho fará a diferença entre aqueles que aceitam o
evangelho e aqueles que não o aceitam. (Brazil Porto Alegre Missionary Meeting, November 13, 1996)
Quando vocês retornarem para casa, desejarão levar algumas lembranças. Todas as pessoas
gostam de fazer compras. Eu não sei por quê. Sugiro dez presentes para levarem para casa no dia em
que forem desobrigados desse trabalho e retornarem ao convívio dos seus entes-queridos.
1. O conhecimento e amor de Deus nosso Pai Eterno e Seu Filho o Senhor Jesus Cristo. “E a vida
eterna é essa: que te conheçam a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”.
(João 17:3) Façam disso o presente número um que levarão para casa.
2. Conhecimento e amor pelas escrituras, a palavra do Senhor. Leiam-nas. Continuem a lê-las
quando chegarem em casa. Leiam o Livro de Mórmon durante toda a vida. Vocês serão inspirados.
Vocês reterão as lembranças de sua missão e se prepararão para quaisquer oportunidades que possam
surgir em seu caminho.
3. Um amor crescente pelos pais. Vocês não são mais os descuidados rapazes e moças que eram.
Vocês aprenderam a apreciar e amar seus pais. Digam-lhes isso.
4. Amor pelas pessoas entre as quais trabalharam.
5. Valorização do trabalho diligente. Nada acontece a não ser que trabalhemos. Você nunca irá
arar um campo em sua cabeça apenas. Trabalho é o que faz as coisas acontecerem. Você não realizará
coisa alguma ficando sentado em seu apartamento e pensando em todas as pessoas simpáticas para
quem gostariam de ensinar o evangelho.
6. A certeza de que a inspiração do Espírito Santo está disponível para cada um de nós quando
vivemos dignos dela. Ouçam os sussurros do Espírito e sigam esses sussurros.
7. Uma compreensão do trabalho de equipe. Vocês não podem fazê-lo sozinhos. Cada um de vocês
tem um companheiro. Não procurem suas faltas; ele tem muitas. Procure as virtudes dele e traga-as
para a sua vida.
8. O valor da virtude pessoal. Não há lugar para pensamentos ruins enquanto estão aqui. Eles o
destruirão se você persistir em mantê-los. Mande-os embora. Fique longe deles. Ore ao Senhor para
dar-lhe força para sobrepujá-los.
9. A fé para agir.
10. A humildade para orar. Há um poder maior que qualquer um de nós e que se encontra ao nosso
alcance. O Senhor nos abençoará. Ele nos guiará. Ele nos magnificará. Ele nos guiará àqueles que
aceitarão a verdade. Ele nos protegerá se ouvirmos a voz mansa e delicada e a seguirmos. (Guatemala
City Central, North, and South Missionary Meeting, January 24, 1997)
Esses missionários são um milagre — esses rapazes e moças. O que acontece com eles quando o
evangelho realmente penetra em sua vida, quando eles se perdem no serviço ao próximo? Alguma coisa
começa a brilhar, e é clara, bela, maravilhosa e grandiosa. Que possamos dar a cada rapaz a
oportunidade de servir uma missão, ao que estiver digno e em boas condições de saúde. Não deixemos
que aqueles que não puderem ir devido aos problemas de saúde se sintam inferiores, ou que não tenham
um lugar neste reino, mas vejamos, se pudermos, que todos os que estiverem capacitados tenham essa
grande e maravilhosa oportunidade. (...)
Não há nada que construa uma fé mais sólida para o presente e o futuro do que servir uma missão.
Quão grato sou pela missão que servi mais de sessenta anos atrás. Acho que eu era um rapaz bastante
fiel na Igreja, mas servir uma missão fez algo mais por mim. Não sei como definir, mas fez algo que
tem valor todos os dias de minha vida. Gostaria que cada rapaz tivesse a oportunidade de servir uma
missão. (Brigham City Utah Regional Conference, priesthood leadership session, February 22, 1997)
Prepare-se agora para servir uma missão. Não será um fardo. Não será perda de tempo. Será uma
grande oportunidade e um grande desafio. Fará algo por você que nada mais conseguirá fazê-lo. Irá
aguçar suas habilidades. Treiná-lo-á para ser um líder. Trará testemunho e convicção ao seu coração.
Você abençoará a vida de outros assim como a sua. Levá-lo-á para mais perto de Deus e do Seu Divino
Filho ao prestar testemunho Deles. O seu conhecimento do evangelho se fortalecerá e aprofundará. O
amor pelo seu semelhante aumentará. Suas lágrimas desaparecerão ao prestarem corajosamente um
testemunho da verdade. (“Converts and Young Men,” Ensign, May 1997, p. 50)
TRINDADE
O Pai, o Filho e o Espírito Santo são seres distintos, mas são um em propósito e trabalho. Eles são
unidos como um em levar a efeito o grande, divino plano para salvação e exaltação dos filhos de Deus.
Em Sua grande e comovente oração no Jardim antes que fosse traído, Cristo suplicou ao Pai em
favor dos Apóstolos, que Ele tanto amava, dizendo:
“E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim;
Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em
nós”. (João 17:20–21)
Há uma harmonia perfeita entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo que une os três em um só
formando a Trindade divina. (The Father, Son, and Holy Ghost, booklet [Salt Lake City: Bookcraft,
1988], pp. 12–13)
“Cremos em Deus o Pai Eterno, e em Seu Filho, Jesus Cristo, e no Espírito Santo”. As pessoas não
compreendem por que separamos os três membros da Trindade em indivíduos. Declaramos a todo o
mundo que Deus, nosso Pai Eterno, é na verdade o governador do universo. Ele é o Todo-Poderoso. Ele
é o grande Criador. Ele está acima de tudo. Ele é nosso Pai e nosso Deus. De algum modo Ele tem a
capacidade de ouvir, escutar e responder quando nós como indivíduos oramos a Ele.
Nós acreditamos e testificamos de Jesus Cristo, nosso Salvador e nosso Redentor, Ele que sob a
direção de Seu Pai criou o mundo; Ele que foi o grande Jeová e tornou-se o Messias; Ele que deixou
Seu lar celestial e concordou como Filho de Deus em descer entre os homens, para ser maltratado e
espancado, insultado, e crucificado pelos pecados da humanidade.
Acreditamos no Espírito Santo como um personagem de espírito, que pode habitar em nós,
abençoar-nos e dar-nos conhecimento das coisas divinas. Somos um povo único em nossa crença.
(Berlin Germany Regional Conference, June 16, 1996)
Toda doutrina dessa Igreja traz consigo um sentimento de sua verdade, e a doutrina fundamental
acima de todas as doutrinas é a doutrina da trindade. Cada um de nós deve reconhecer que Deus nosso
Pai Eterno vive e que Jesus é o Cristo (...) essa é a responsabilidade básica de cada um de nós; saber
que Deus nosso Pai Eterno vive; saber que Jesus é o Cristo; ter esse conhecimento enraizado dentro de
nós como uma fonte viva de grande fé. (São Paulo Brazil Fireside, November 14, 1996)
UNIDADE
O Senhor disse: “Se não sois um, não sois meus”. (Ver D&C 38:27) Essa grande união é a marca
da verdadeira Igreja de Cristo, e é sentida entre nosso povo através do mundo. Ao sermos um, somos
Dele. (“Except Ye Are One,” Ensign, November 1983, p. 5)
Está fazendo quase três anos desde que fui chamado pelo Presidente Kimball para servir como
conselheiro na Primeira Presidência da Igreja. Durante uma parte considerável desse período, tenho
procurado assumir humildemente uma grande e terrível responsabilidade. Experimentei a solidão,
ansiedade e profunda preocupação. Tenho orado sinceramente em busca de orientação e forças. Tenho
recorrido aos meus queridos irmãos do Quórum dos Doze. Eles têm liberal e generosamente dado-me
apoio, assistência e conselhos inspirados.
Há união na Primeira Presidência da Igreja. Há união entre a Presidência e os Doze, perfeita união.
Há união entre os membros do Primeiro Quórum dos Setenta e do Bispado Presidente. Estou de algum
modo familiarizado com a história desta Igreja e não hesito em dizer que nunca houve maior união
entre seus conselhos dirigentes e no relacionamento desses conselhos entre si do que hoje. (...)
A obra prossegue com majestade e poder. O reino cresce firme e continuamente. O testemunho se
fortalece no coração e na vida dos membros da Igreja pelo mundo afora. É nele que reside a grande
força deste reino. (“Special Witnesses for Christ,” Ensign, May 1984, p. 51)
Gostaria de asssegurar-lhes, como o fiz no passado, que há unidade na liderança da Igreja. Não há
a menor divisão entre as Autoridades Gerais. Há um grande senso de lealdade entre eles: lealdade a
vocês, lealdade de um para com o outro, lealdade a esta causa, lealdade a Deus e a Seu Filho Eterno.
Amo esses meus irmãos. Nenhum deles jamais hesitou em responder a qualquer chamado que lhe
fosse feito. Eles estão dispostos a viajar por terra e mar, na luz do sol ou na tempestade, para realizar
qualquer tarefa que lhes seja designada. Eles têm vivido de acordo com o solene desafio feito na
ocasião de seu chamado: colocar os interesses do reino de Deus acima de todos os outros interesses.
(“Live the Gospel,” Ensign, November 1984, p. 86)
Lembro-me de quando o Presidente J. Reuben Clark Jr, na qualidade de conselheiro na Primeira
Presidência, falava deste púlpito falando em prol da união do sacerdócio. Penso que não pretendia que
abandonássemos nossa personalidade individual e nos tornássemos como robôs forjados no mesmo
molde. Estou certo de que não nos pedia que deixássemos de pensar, meditar, de ponderar como
pessoas. Creio que nos dizia que se quiséssemos ajudar a promover a obra de Deus, precisaríamos levar
no coração uma convicção unificada concernente às grandes pedras fundamentais de nossa fé, incluindo
a veracidade e validez da Primeira Visão, conforme esse singular evento está registrado na história de
Joseph Smith; a veracidade e validez do Livro de Mórmon como uma voz que fala do pó testificando de
Jesus Cristo (...); da realidade e poder do sacerdócio restaurado pelas mãos de seus antigos portadores.
(...) Se quisermos ajudar a promover a obra de Deus, precisamos ter no coração a convicção unificada
de que as ordenanças e os convênios desta obra são eternos e infinitos em suas conseqüências; que esse
reino foi estabelecido na Terra por intermédio do Profeta Joseph Smith e que cada homem que o
sucedeu no ofício de presidente foi e é um profeta do Deus vivo; e que cada um de nós tem a obrigação
de viver e ensinar o evangelho segundo é interpretado e ensinado pelo profeta de nossos dias. (“To the
Bishops of the Church,” Ensign, November 1988, p. 48)
A lealdade à liderança é um requisito fundamental de todos os que servem no exército do Senhor.
Uma casa dividida contra si mesma, não pode subsistir. (Ver Marcos 3:25) A união é básica e essencial.
O Senhor declarou: “Se não sois um, não sois meus”. (D&C 38:27) (“Keeping the Temple Holy,”
Ensign, May 1990, p. 51)
VALORES
Fiz parte da classe dos formandos de uma instituição afiliada em 1932. (...) Era uma época difícil o
ano de 1932. Vivia-se a grande depressão mundial. A taxa de desemprego não era 5, 6 ou 7 por cento
com a qual hoje nos preocupamos, porém mais que 30 por cento. Os homens viam suas economias
desaparecerem, e alguns, com nada mais para viver, suicidavam-se. Muitos com uma fé maior
agarravam-se tenazmente a ela ao afundarem no poço da miséria.
Foi nesse mundo de sofrimento econômico que nós da classe de 32 chegamos respirando algo de
cinismo no ar. Ainda assim, havia muita alegria em nossa vida. Os carros estavam mais baratos, mas
poucos podiam comprá-los. Mas namorávamos, dançávamos e nos divertíamos muito enquanto nos
preocupávamos com a vida, e de algum modo conseguimos e nos saímos bem. Penso nas marcas
deixadas em meus colegas que não possuíam nada naquela época, mas que de algum modo, com as
bênçãos dos céus, prosseguiram em frente e tornaram-se homens e mulheres fortes e de posses ao
trilharem um caminho reto e um curso constante, guiados por princípios nos quais se firmaram com
perseverança.
Foram suas crenças e a motivação proveniente delas que os impulsionaram. Cada um de nós é
grandemente o produto de suas convicções. Nosso comportamento é governado por elas. Elas se tornam
nosso padrão de conduta. (“This I Believe,” BYU 1991–92 Devotional and Fireside Speeches, March 1,
1992, pp. 75–76)
Sou muito audacioso ao dizer que a observância de quatro coisas simples por parte dos pais
mudariam, em uma geração ou duas, esta nação em termos de seus valores morais. Elas são
simplesmente estas:
Que os pais e os filhos ensinem e aprendam juntos, trabalhem juntos, leiam juntos e orem juntos.
(“Saving the Nation by Changing Our Homes,” BYU Management Society, Washington, D.C., March
5, 1994)
Que a verdade seja ensinada, por preceito e exemplo, que roubar é algo do mal, que enganar é
errado, mentir é vergonhoso para qualquer um que o faça. Se quisermos que a civilidade volte à nossa
civilização, o processo deve começar em casa enquanto as crianças são bem novas. (“Teach the
Children,” American Mothers, Inc., Convention, May 1, 1994)
Espero que vocês não sintam que sou somente mais um na grande procissão de pregadores
defendendo o retorno dos velhos valores. Não! Não estamos retornando: esses valores sempre foram
ensinados aqui e serão sempre ensinados aqui. Eu antecipo que eles sempre o serão. E vocês se
tornaram, pela bondade de sua vida, o exemplo reluzente da virtude de tais valores. (“Codes and
Covenants,” BYU 1994–95 Devotional and Fireside Speeches, October 18, 1994, p. 37)
Pergunta: Os valores mórmons, seu sistema de valores, aparentemente funciona. Comparado com
as médias nacionais, os mórmons têm menos filhos ilegítimos, menos sexo pré-marital, menos
adultério, mais casamentos, menos divórcios?
Presidente Hinckley: Estamos tentando fortalecer esses valores em nosso povo. Eles são
fundamentais. Não podemos ter uma nação sem que a mesma esteja fundamentada em valores. Eles são
a própria essência da nossa civilização. (Interview with Mike Wallace of 60 Minutes, December 18,
1995)
Esta obra se ergue como uma âncora de estabilidade, uma âncora de valores, em um mundo onde
os valores estão alterados. Representamos algo. Nossos valores encontram suas raízes nos
ensinamentos do evangelho de Jesus Cristo. Eles são imutáveis. Eles são hoje como eram quando Jesus
andou pelos caminhos da Palestina. Eles aplicam-se agora como aplicavam-se naquela época. Foram
testados no caldeirão da história da humanidade e não foram poucos. Esperamos grandes coisas de
nosso povo. Esta religião é exigente. Requer auto-disciplina. Requer estudo, coragem e fé. As pessoas
estão respondendo a isso ao sentirem a terra tremer embaixo dos pés com incertezas, em um mundo de
valores fragmentados. (“True to the Faith,” Salt Lake Valley-Wide Institute Fireside, January 21, 1996)
É sempre agradável encontrar pessoas que defendam os padrões e valores que foram testados e
aprovados no fogo da história, tais como solidariedade familiar, lealdade familiar, a importância de
realizar algo na vida e servir a sociedade para melhoria do mundo do qual fazemos parte. (Interview
with Peter Fritsch of Wall Street Journal, April 30, 1996)
“Um povo estranho”. Somos diferentes. É claro, somos diferentes do mundo. Se o mundo
continuar a seguir o caminho que está seguindo, iremos nos tornar ainda mais singulares.
Defenderemos a verdade. Defenderemos a honestidade. Defenderemos a virtude. Defenderemos a
pureza pessoal. Seremos cada vez mais um povo diferente. (Miami Florida Fireside, November 17,
1996)
VERDADE
Deus nos deu o poder da verdade.
O Presidente Joseph F. Smith declarou: “Acreditamos em toda a verdade, não importa a que
assunto ela se refira. Nenhuma seita ou denominação religiosa [ou, devo dizer, ninguém que busque a
verdade] no mundo possui um simples princípio da verdade que não aceitemos ou que rejeitemos.
Estamos dispostos a receber toda a verdade, de qualquer fonte que ela advenha; pois a verdade resistirá,
ela permanecerá”. (Gospel Doctrine [Salt Lake City: Deseret Book, 1939], p. 1)
Não temos nada a temer quando caminhamos na luz da verdade eterna, mas necessitamos ter
discernimento. O sofisma tem um modo de mascarar-se como verdade. Meias-verdades são usadas para
enganar sob a representação de que são verdades completas. Indiretas são usadas por inimigos desta
obra como se representassem verdades. Teorias e hipóteses são freqüentemente estabelecidas como se
fossem verdades confirmadas. Afirmações tiradas fora do contexto do tempo, circunstância ou palavra
escrita são com freqüência consideradas como verdades, quando de fato tal procedimento deve ser a
essência da falsidade. (“‘God Hath Not Given Us the Spirit of Fear,’” Ensign, October 1984, p. 4)
Precisamos buscar continuamente a verdade. Essa verdade deve incluir a verdade espiritual e
religiosa bem como a secular. (“The Continuing Pursuit of Truth,” Ensign, April 1986, p. 2)
Há pessoas aqui que possuem no coração um amor pela verdade, e quando a ouvem responderão a
ela como vocês responderam em seu coração à mensagem do evangelho eterno. (Hyde Park Chapel
Rededication, August 27, 1995)
Ele estabeleceu Sua Igreja, que leva o nome de Seu divino Filho, como conservador e professor da
verdade, aquela verdade que nos fará livres e nos libertará. (“To a Man Who Has Done What This
Church Expects of Each of Us,” BYU 1995–96 Speeches, October 17, 1995, p. 52)
Apeguem-se à Igreja. Esta é A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Esta é a única
igreja verdadeira e viva sobre a face de toda a Terra, de acordo com a palavra de revelação. Aqui está a
verdade. (Ricks College Regional Conference, Rexburg, Idaho, October 29, 1995)
Tive o grande privilégio, a extraordinária bênção de servir uma missão para esta Igreja nas Ilhas
Britânicas há mais que sessenta anos. Meu primeiro chamado foi para Preston, Lancashire, onde anos
antes os primeiros missionários santos dos últimos dias abriram o trabalho naquela terra. Pobres e
destituídos, chegaram a Preston no sábado do dia 22 de julho de 1837. Era dia de eleição, a Rainha
Vitória havia recentemente subido ao trono. Ao aproximarem-se da cidade, uma faixa de eleição foi
desfraldada. Lia-se: “A Verdade Prevalecerá.” Eles adotaram isso como lema. Tem sido nosso lema
desde aquela época. (Convocation for Honorary Degrees, BYU, March 5, 1996)
Oro de todo o meu coração para que vocês meditem, orem, experimentem a verdade do evangelho,
para que sua vida brilhe com a luz que dela emana. Esta obra é verdadeira. A Igreja é verdadeira. O
sacerdócio é verdadeiro. Seu poder está entre nós. (Fukuoka Japan Fireside, May 19, 1996)
Se vocês têm algum questionamento sobre a veracidade desta obra, façam a vontade de Deus e
saberão que ela é verdadeira. (São Paulo Brazil Fireside, November 14, 1996)
VELHICE
A irmã Hinckley e eu estamos aprendendo que os chamados anos dourados estão mesclados de
chumbo. Mas penso poder dizer honestamente que não me sinto velho. Não posso negar minha certidão
de nascimento, mas sinto ainda uma exuberância de jovem em meu entusiasmo por esta preciosa obra
do Todo-Poderoso. (“This is the Work of the Master,” Ensign, May 1995, p. 70)
Atingimos aquela idade na qual encolhemos em vez de crescer. Você não pode fazer nada com
relação a isto. Não há remédio para isso. Só lhe resta aceitar. (Oahu Hawaii Regional Conference,
February 18, 1996)
Envelhecer é mais uma questão de como você se sente, o que pensa e o que se passa em sua
cabeça do que como vão seus pés — no entanto eu não gostaria de ser desafiado para uma corrida esta
manhã. (Colorado Springs Young Adult Meeting, April 14, 1996)
VIDA ETERNA
Recordo o dia em que estive junto ao caixão de um jovem, cuja vida fora repleta de esperanças e
promessas. Havia sido atleta no curso secundário e excelente estudante universitário; um rapaz
simpático, brilhante. Partiu para o campo missionário. Ele e seu companheiro seguiam por uma
rodovia, quando um carro vindo em direção contrária desviou-se de sua faixa e os colheu em cheio. Ele
morreu uma hora mais tarde no hospital. De pé no púlpito , encarando seus pais, veio-me à alma uma
convicção que raramente sentira com tanta certeza. Sabia, sem sombra de dúvida, olhando para o
caixão, que aquele jovem não estava morto; apenas fora transferido para outro campo de trabalho no
ministério eterno do Senhor.
(...) Vivamos com o conhecimento seguro de que um dia “seremos levados a apresentar-nos
perante Deus, sabendo o que sabemos agora, e tendo uma viva lembrança de toda a nossa culpa”.
(Alma 11:43) Vivamos hoje, sabendo que viveremos para sempre. Vivamos com a convicção de que
qualquer princípio de inteligência, beleza, verdade e mansuetude que alcançarmos nesta vida, surgirá
conosco na ressurreição. (“What Shall I Do Then with Jesus Which Is Called Christ?” Ensign,
December 1983, p. 4)
A vida é para sempre. Há quase 61 anos, em uma noite de julho, enquanto servia como jovem
missionário, olhei para o Lago Windermere na Inglaterra. Era a região onde havia vivido [o poeta
inglês] Wordsworth. Ao olhar o lago e o céu naquele belo e tranqüilo lugar, passaram por minha mente
as palavras ali escritas muito tempo antes:
(WILLIAM WORDSWORTH
“ODE ON INTIMATIONS OF IMMORTALITY”)
Não fomos criados ao acaso em um universo em desordem. Vivíamos antes de termos nascido.
Éramos filhos e filhas de Deus e em júbilo cantávamos. (Ver Jó 38:7) Conhecíamos nosso Pai; Ele
planejou nosso futuro. Formamo-nos naquela vida e matriculamo-nos nesta. A afirmativa é simples; as
implicações são profundas. A vida é uma missão, e não apenas o bruxulear de uma vela acesa por acaso
que uma rajada de vento pode apagar para todo o sempre. (...)
Enquanto aqui estamos, temos conhecimento a ganhar, trabalho a fazer e serviço a prestar. Aqui
estamos com um maravilhoso legado, uma investidura divina. Como o mundo seria diferente se cada
pessoa compreendesse que todos os seus atos têm conseqüências eternas. Nossos anos seriam muito
mais satisfatórios se ao ganhar conhecimento, ao relacionar-nos com os outros, ao tratar de nossos
assuntos profissionais, ao namorar e casar, ao criar os filhos, reconhecêssemos que, a cada dia, estamos
formando a eternidade. (...) A vida é eterna. Viva cada dia como se fosse viver eternamente, porque,
com certeza, viverá. (“Pillars of Truth,” Ensign, January 1994, pp. 2, 4)
Estamos no caminho que nos leva à imortalidade e vida eterna e o hoje faz parte dele. Nunca nos
esqueçamos disso. (Salt Lake East Milcreek Stake Fiftieth Anniversary Celebration, June 10, 1995)
A vida continua [após a morte] devido ao sacrifício expiatório do Filho de Deus. Ele deu Sua vida
para que cada um de nós possa ter a vida eterna. (Funeral Service for Margaret “Peggy” Madsen, July
17, 1995)
Nosso constante e resoluto objetivo deve ser o de ajudar nosso Pai nos céus em Seu trabalho e
glória de levar a efeito a imortalidade e vida eterna do homem.(General Authority Training Meeting,
April 2, 1996)
VÍCIO
Ver Drogas; Jogos de Azar; Pornografia
VIRTUDE
Ver também Moralidade
“Cremos em ser honestos, verdadeiros, castos, benevolentes, virtuosos e em fazer o bem a todos os
homens; na realidade, podemos dizer que seguimos a admoestação de Paulo: Cremos em todas as
coisas, confiamos em todas as coisas, suportamos muitas coisas e esperamos ter a capacidade de tudo
suportar. Se houver qualquer coisa virtuosa, amável, de boa fama ou louvável, nós a procuraremos”.
(Regras de Fé 13)
Essa regra de fé é uma das declarações básicas da nossa teologia. Durante essa grande conferência
fomos lembrados das muitas virtudes estabelecidas nessa breve declaração. Precisamos refletir sobre
ela vez após vez. Desejo que cada família na Igreja escreva essa regra de fé e a coloque no espelho
onde cada um possa vê-la todos os dias. E então, em qualquer ocasião que formos tentados a fazer
alguma coisa ruim, desonesta ou imoral, virá à nossa mente, com certo poder, essa grande e abrangente
declaração da ética de nosso comportamento. Haveria menos racionalização sobre alguns elementos de
nossa conduta pessoal que tentamos justificar com uma desculpa ou outra.
Alguns querem nos fazer acreditar que a área entre o bem e o mal é grandemente acinzentada e é
difícil discernir o que é certo do que é errado. Para qualquer um que assim acredita, recomendo essa
bonita afirmação de Morôni encontrada no Livro de Mórmon: “Pois eis que o Espírito de Cristo é
concedido a todos os homens, para que eles possam distinguir o bem do mal; portanto vos mostro o
modo de julgar; pois tudo o que impele a prática do bem e persuade a crer em Cristo é enviado pelo
poder e dom de Cristo; por conseguinte podeis saber, com um conhecimento perfeito, que é de Deus”.
(Morôni 7:16) (“‘Fear Not to Do Good,’” Ensign, May 1983, p. 80)
Aquele que se encontra inclinado a afastar-se da virtude não aprecia a vida, seus propósitos, a
felicidade e o bem-estar dos semelhantes.
Um observador de nossa difícil situação escreveu o seguinte: “Estamos testemunhando a morte da
velha moralidade. As diretrizes da moral estabelecida foram arrancadas de nossas mãos. (...) Fomos
deixados debatendo-nos em uma sociedade motivada pelo dinheiro, obcecada pelo sexo, dominada
pelas grandes cidades. Precisamos descobrir por nós mesmos como aplicar os tradicionais princípios
morais aos problemas de nossa época. Muitos acham esse fardo pesado demais”. (Look, Sept. 1963, p.
74)
Embora pareça desafiador, há um modo de aplicar os tradicionais princípios morais em nossa
época. Por algumas razões desconhecidas, constantemente se revela a falsa racionalização que uma vez,
há muito tempo, a virtude era fácil e agora é difícil. Gostaria de lembrar a qualquer pessoa que se sinta
desse modo que nunca houve uma época desde a criação em que as mesmas forças que atuam em
nossos dias não estivessem também em ação. A proposta feita pela mulher de Potifar a José do Egito
não é diferente da que muitos rapazes e moças enfrentam hoje.
As influências, atualmente, podem ser mais aparentes e mais sedutoras, mas não são mais
convincentes. Ninguém se pode proteger completamente dessas influências. Elas estão ao nosso redor.
Nossa cultura está saturada delas. Porém, o mesmo tipo de auto-disciplina exercida por José tornará
possível obter-se o mesmo resultado benéfico. Apesar da então chamada “nova moralidade”, apesar das
tão discutidas mudanças nos padrões morais, não há substituto adequado para a virtude. Os padrões de
Deus podem ser desafiados em todo o mundo, mas Deus não revoga Seus mandamentos. (“‘With All
Thy Getting Get Understanding,’” Ensign, August 1988, p. 4)
Há uma semana, tive uma experiência interessante. Sem qualquer designação oficial, compareci a
uma conferência de estaca numa área rural do sudeste de Utah. O presidente da estaca e sua esposa
haviam convidado a irmã Hinckley e a mim para nos hospedarmos em sua casa. Enquanto ele dirigia a
reunião de sábado à tarde, percorremos a estaca visitando meia dúzia de cidadezinhas, cada uma com
sua capela. Reparamos que os gramados estavam verdejantes e os prédios bem cuidados, embora
fossem pequenos e alguns deles bastante antigos. Observamos as casas de aparência modesta, mas
todas perfeitamente em ordem e enfeitadas com canteiros floridos. Tendo um fim de semana livre,
queria fazer esta viagem simplesmente para agradecer ao povo sua fé e fidelidade, e externar-lhe meu
amor. A grande maioria é gente do campo que trabalha muito e tem um lucro pequeno. Eles, porém,
conhecem uma grande verdade. Conhecem a lei da colheita: “O que semeardes, isso colhereis”. (D&C
6:33)
Eles sabem que não se colhe trigo tendo semeado aveia. Sabem que não se consegue um cavalo de
corrida de uma égua mirrada. Sabem que para produzir outra grande geração é preciso trabalhar com
visão e fé. É preciso sonhar e planejar, servir e sacrificar-se, orar e labutar. Depois de passar dois dias
com essa gente extraordinária, a irmã Hinckley comentou: “Esta é a espécie que constitui a cola que
mantém a Igreja unida”. (...)
Repito, visitei aquela gente para externar-lhes minha gratidão e amor, e recebi em troca muito
amor. Ali, naquela estaca de pequenas alas rurais, entre um povo que não tem nenhuma pretensão à
sofisticação, encontrei vigor, fé e virtude. (...)
Não quero dar a impressão de que não poderia encontrar o mesmo nas cidades de todo o mundo.
Gente assim é encontrada em toda a parte, mas parecia haver uma percentagem bem maior dela entre o
povo que visitamos. Seus pés estão plantados em terra firme. Sabem o que significa trabalhar sem
respeitar hora ou estação. (“Rise to the Stature of the Divine within You,” Ensign, November 1989, pp.
94–95)
Não há substituto para a virtude. Tenham pensamentos virtuosos. Elevem-se acima da imundície
que nos cerca nesse mundo e mantenham-se firmes com força e virtude. Vocês têm a capacidade de
assim fazê-lo e serão mais felizes por isso durante o período em que viverem. Deus abençoe-os ao
compartilharem, desenvolverem e apegarem-se a esta grande dádiva que é a qualidade da virtude
pessoal. (Utah Salt Lake City Missionary Meeting, December 18, 1995)
Sejam limpos. Tenham pensamentos limpos. Não é fácil no ambiente em que vivem. Porém, caso
se esforcem, conseguirão. Vocês podem impedir que as influências que destroem sua alma e sua
espiritualidade possam destruir sua própria vida. Mantenham-se longe da extravagante, imoral e terrível
pornografia que está assolando a Terra como uma enchente. Não aluguem vídeos de natureza duvidosa,
obscenos, e sentem-se para assisti-los. Eles os destruirão. Não assistam a programas que arruinarão seus
princípios. Não leiam literatura que aniquilará seus altos ideais. Vocês são filhos e filhas de Deus, e Ele
espera coisas maravilhosas de vocês. Não tomem o nome do Senhor em vão. O Senhor disse, quando
deu os dez mandamentos a Moisés: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão: porque o Senhor
não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão”. (Êxodo 20:7). (...) É muito comum em nossa
volta, mas vocês não têm que fazer o mesmo. Deus proibiu. É um mandamento e deveria ter significado
para cada um de nós, meus queridos amigos. Estejam limpos das manchas do mundo; mantenham-se
distantes da imoralidade que existe a nossa volta, do palavreado sujo que dela advém. Vocês podem ter
de ouvi-lo vez ou outra, mas nunca terão que repeti-lo. “Purificai-vos, os que levais os vasos do
Senhor”. (Isaías 52:11) Vocês, portadores do Sacerdócio Aarônico, que portam os vasos do Senhor,
purifiquem-se”. Sejam limpos em seu modo de vestir. Tenham uma aparência limpa. Seu rosto, seu
cabelo; vocês são santos dos últimos dias e refletem esta Igreja em tudo o que pensam, dizem e fazem,
meus queridos amigos. Sejam puros. (Eugene Oregon Regional Conference, September 15, 1996)
VIÚVAS/VIÚVOS
Ver também Solteiros
Para muitos de vocês, esta é uma ótima época para aproveitarem as melhores coisas da vida.
Tenho um amigo que ficou viúvo. Ele estava aposentado, sem os problemas de um trabalho diário. Ele
nunca tocou piano, mas começou a ter aulas. Dominar esse instrumento tornou-se uma obsessão que
susbstituiu sua tristeza. Ele encontrou felicidade, utilidade e companheirismo em seu piano. Mudou sua
perspectiva de vida; fez com que ele se tornasse mais animado e positivo. (Single Adult Fireside
Satellite Broadcast, February 26, 1989)
Aos que perderam um companheiro com a morte, compadecemo-nos de vocês, com amor e
compreensão. Como um homem observou: “Não há cura para um coração ferido com a espada da
separação”. (Hito Padesa, Elbert Hubbard’s Scrapbook, p. 21)
Muitos de vocês sofrem com a dor persistente da perda e medo. A vocês o Senhor disse: “Bem-
aventurados os que choram porque eles serão consolados”. (Mateus 5:4)
Sabemos que há muitos dias de solidão e noites de saudade. Mas há também o que Ele nos disse:
“Eu, eu sou aquele que vos consola”. (Isaías 51:12)
O Senhor é sua força. Ele está ao seu alcance, quando convidado; pelo Seu Espírito Ele virá até
você.
Vocês também têm grandes talentos para enriquecer a vida de outras pessoas. Vocês encontrarão
consolo e força ao dedicarem-se ao serviço ao próximo. Seus problemas pessoais serão esquecidos ao
prestarem auxílio aos que dele necessitam. Sua carga se tornará mais leve ao ajudarem a erguer a carga
do oprimido. (Single Adult Fireside Satellite Broadcast, February 26, 1989)
A vocês, mulheres e homens idosos, que estão viúvos, quão preciosos vocês são! Vocês viveram
muito e têm muita experiência. Provaram o amargo e o doce. Conhecem muito bem a dor, a tristeza, a
solidão e o medo. Mas também têm em seu coração uma doce e sublime certeza de que Deus nosso Pai
não nos abandonará em nossas horas de necessidade. Que os anos que se encontram à sua frente sejam
bons para vocês! Que os céus possam lhes sorrir! Que possam buscar consolo e forças em suas
memórias, e possam, com sua amadurecida gentileza e amor, ajudar os aflitos onde quer que os
encontrem! (Salt Lake Valley Single Adult Fireside, September 22, 1996)
Quero dizer algo a vocês, mulheres mais velhas, muitas das quais estão viúvas. Vocês são um
grande tesouro. Passaram pelas tempestades da vida. Venceram com sucesso as dificuldades que agora
são enfrentadas por suas irmãs mais jovens. Estão amadurecidas no que se refere a compreensão,
compaixão, amor e serviço ao próximo.
Há uma certa beleza que brilha em seu semblante; uma beleza proveniente da paz. Ainda pode
haver lutas, mas há sabedoria amadurecida para enfrentá-las. Há problemas de saúde, mas certa
serenidade em relação a eles. As lembranças ruins do passado foram esquecidas, enquanto as boas
lembranças retornam, trazendo um doce e satisfatório enriquecimento para a vida.
Vocês aprenderam a amar as escrituras e lêem-nas. Suas orações são quase que inteiramente de
palavras de gratidão. Ao cumprimentarem outras pessoas, são gentis. Sua amizade é um forte cajado no
qual outros podem apoiar-se. (“Women of the Church,” Ensign, November 1996, pp. 69–70)