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O Mistério da Piedade
João Calvino

“E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade:


Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos,
pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória”
– 1 Timóteo 3:16 –
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Algumas Citações deste Sermão

“[...] a Igreja sustém a verdade de Deus neste mundo, e que não há nada mais precioso, ou que
mais deve ser buscado do que conhecer a Deus, e adora-lO e servi-lO, e ser irrepreensível em
Sua verdade.”

“É verdade que não há nenhum defeito nEle, antes toda pureza e perfeição. Ainda assim é: Ele
tornou-se fraco como nós somos, para que Ele pudesse ter compaixão e ajudar a nossa fraqueza;
como está estabelecido na epístola aos Hebreus (4:15). Aquele que não tinha pecado sofreu a
punição a nós devida; e foi, por assim dizer, maldito de Deus o Pai, quando Ele Se ofereceu em
sacrifício: de modo que através de Seus meios nós fôssemos bem-aventurados; e que Sua graça,
antes oculta a nós, fosse derramado sobre nós. Quando consideramos essas coisas, não temos
ocasião para estar maravilhados? Nós consideramos que Ser Deus é?”

“[...] quando somos unidos a Deus, e feitos um só corpo com o Senhor Jesus Cristo, devemos
contemplar o fim para o qual fomos criados; a saber, que possamos conhecer que Deus está
unido e feito um conosco na Pessoa de Seu Filho.”

“Assim, devemos concluir que nenhum homem pode ser um Cristão, a menos que ele conheça
este segredo que é descrito por São Paulo. Devemos agora examinar, e questionar homens e
mulheres se eles conhecem o que significam essas palavras, que Deus foi manifestado em carne,
malmente um a cada dez poderia produzir tão boa resposta quanto a que seria esperada de uma
criança. E, no entanto, não precisamos nos maravilhar com isso; pois vemos que negligência e
desprezo há na maior parte da humanidade. Nós mostramos e ensinamos diariamente em nossos
sermões, que Deus tomou sobre Si a nossa natureza; mas como os homens de fato nos ouvem?
Quem há aqui que se aflija sobremaneira para ler a Escritura? Há pouquíssimos que observam
essas coisas; cada homem está ocupado com seu próprio negócio.”

“Se há um dia da semana reservado para a instrução religiosa, quando eles passaram seis dias
em seu próprio negócio, eles estão aptos para passar o dia que é separado para o culto, em jogo
e passatempo; alguns vagueiam ao redor dos campos, outros vão para as tabernas para beber
em grandes tragos; e há, sem dúvida, neste momento, muitos como os últimos mencionados aqui
enquanto eles estão reunidos em nome de Deus. Portanto, quando vemos tantos evitando e
fugindo dessa doutrina, podemos nos maravilhar que haja tal brutalidade, de modo que não co-
nheçamos os rudimentos do Cristianismo? Estamos aptos a considerar como uma língua
estranha, quando os homens nos dizem que Deus Se manifestou em carne.”

“Jesus Cristo era verdadeiramente Deus! Como Ele era a sabedoria de Deus antes que o mundo
fosse feito, e antes da eternidade. Diz-se que Ele se manifestou em carne. Pela palavra carne,
São Paulo nos dá a entender que Ele era verdadeiro homem, e tomou sobre Si a nossa natureza.
Pela palavra manifesto, Ele mostra que nEle havia duas naturezas. Mas não devemos pensar que
há um Jesus Cristo que seja Deus, e um outro Jesus Cristo, que seja homem! Mas devemos

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somente compreendê-lO como Deus e homem. Distingamos, então, as duas naturezas que há
nEle, para que saibamos que o Filho de Deus é nosso Irmão.”

“Antes de tudo, temos esta observação, que nunca conheceremos que Jesus Cristo é nosso
Salvador, até que saibamos que Ele era Deus desde a eternidade. Aquilo que foi escrito ao Seu
respeito por meio de Jeremias, o profeta, necessita ser cumprido: “Mas o que se gloriar, glorie-se
nisto: em me entender e me conhecer, que eu sou o Senhor” (Jeremias 9:24). São Paulo demons-
tra que isto deve ser aplicado à Pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo, e por isso ele protesta que
não se propôs a saber qualquer doutrina ou conhecimento, apenas para conhecer a Jesus Cristo.”

“Mesmo que a Escritura não desse nenhum testemunho da Divindade de Jesus Cristo, é
impossível que nós O reconheçamos como nosso Salvador, a não ser que admitamos que Ele
possui toda a majestade de Deus.”

“Não podemos conhecer a Jesus Cristo como sendo um mediador entre Deus e o homem, a não
ser que O contemplemos como homem.”

“Ele tomou sobre Si a nossa carne, e tornou-se nosso irmão. Sim, e que Ele foi feito semelhante a
nós, para que pudesse compadecer-Se de nós, e ajudar as nossas fraquezas. Ele foi feito a des-
cendência de Davi, para que pudesse ser conhecido como o Redentor que foi prometido, a quem
os pais esperaram em todas as épocas. Lembremo-nos do que está escrito: o Filho de Deus Se
manifestou em carne; ou seja, Ele tornou-Se de fato homem, e nos fez um com Ele; de modo que
agora podemos chamar Deus de nosso Pai. E por que isso? Porque somos do corpo de Seu Filho
Único. Mas, como somos de Seu corpo? Porque Ele Se agradou em juntar-Se a nós, para que
fôssemos participantes de Sua substância.”

“É impossível que confiemos nEle corretamente, a menos que compreendamos sua humanidade;
devemos também conhecer a Sua majestade, antes que possamos confiar nEle para a salvação.
Devemos saber, ainda, que Jesus Cristo é Deus e homem, e semelhantemente que Ele é apenas
uma Pessoa.”

“Se quisermos contemplar a Jesus Cristo em Seu verdadeiro caráter, vejamos nEle essa glória
celestial, que Ele tinha desde a eternidade, e em seguida, venhamos à Sua humanidade, que foi
descrita até aqui; para que possamos distinguir as Suas duas naturezas. Isso é necessário para
nutrir a nossa fé.”

“Se buscamos obter vida em Jesus Cristo, devemos entender que Ele tem toda a Divindade nEle;
porque está escrito: “Porque em ti está o manancial da vida; na tua luz veremos a luz” (Salmos
36:9). Se quisermos estar guardados contra o diabo, e resistir às tentações de nossos inimigos,
devemos saber que Jesus Cristo é Deus. Para ser breve, se quisermos colocar toda a nossa
confiança nEle, devemos saber que Ele possui todo o poder, o qual Ele não poderia ter, a menos
que Ele fosse Deus. Quem é Aquele que tem todo o poder? É Aquele que se tornou o frágil e

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fraco; Filho da virgem Maria; Aquele que esteve sujeito à morte; Aquele que levou os nossos pe-
cados: Ele é este que é a fonte da vida.”

“Nós temos dois olhos na nossa cabeça, cada um desempenhando a sua função, mas quando
olhamos firmemente sobre algo, a nossa visão, que é separada em si mesma, une-se, e torna-se
uma; e é totalmente ocupada em contemplar o que está diante de nós, desta forma, existem duas
diferentes naturezas em Jesus Cristo. Há algo no mundo mais diferente do que o corpo e alma do
homem? Sua alma é um espírito invisível que não pode ser visto ou tocado; que não tem
nenhuma dessas paixões carnais. O corpo é uma massa informe corruptível, sujeito à podridão;
uma coisa visível que pode ser tocada: o corpo tem as suas propriedades, as quais são totalmente
diferentes daquelas da alma. E, assim, questionamos: o que é o homem? Uma criatura, formada
de corpo e alma. Se Deus usou de tal feitura em nós, quando Ele nos fez de duas naturezas
diversas, por que deveríamos achar estranho, que Ele empreendeu um milagre muito maior em
Jesus Cristo? São Paulo usa essas palavras: “se manifestou”, para que possamos distinguir Sua
Divindade de Sua humanidade; para que possamos recebê-lO como Deus manifestado em carne;
isto é, Aquele que é verdadeiramente Deus, e ainda assim fez-Se um conosco: portanto, somos
os filhos de Deus; sendo Ele nossa justificação, somos libertos do fardo de nossos pecados.
Considerando que Ele nos purificou de toda a nossa miséria, nós temos riquezas perfeitas nEle;
em suma, considerando que Ele submeteu-Se à morte, estamos agora assegurados da vida.”

“Não devemos nos contentar, olhando para a presença corporal de Jesus Cristo, que era visível,
mas temos de olhar mais alto. São João diz que Deus se fez carne; ou a Palavra de Deus, que é o
mesmo. A Palavra de Deus, que era Deus antes da criação do mundo, se fez carne; isto é, se uniu
à nossa natureza; de modo que o Filho da virgem Maria é Deus; sim, o Deus eterno! Seu infinito
poder foi ali manifestado; que é um seguro testemunho de que Ele é verdadeiro Deus! São Paulo
diz: Jesus Cristo, nosso Senhor nasceu da descendência de Davi; Ele também acrescenta: Ele foi
declarado ser o Filho de Deus (Romanos 1).”

“Não é o suficiente para nós que O contemplemos com nossos olhos naturais; pois, neste caso,
nós não subiremos mais alto do que o homem, mas quando vemos, que por meio de milagres e
prodígios, Ele mostra a Si mesmo como sendo o Filho de Deus, isto é um selo e prova que,
humilhando a Si mesmo, Ele não excluiu a Sua majestade celestial! Portanto, podemos ir a Ele
como nosso irmão, e ao mesmo tempo adorá-lO como o Deus eterno; por meio de quem fomos
feitos, e por quem somos preservados.”

“Se não fosse por isso, não poderíamos ter nenhuma igreja; se não fosse isso, não poderíamos
ter nenhuma religião; se não fosse isso, não teríamos nenhuma salvação. Seria melhor para nós
que fôssemos animais irracionais, sem razão e compreensão, do que estivéssemos destituídos
desse conhecimento: a saber, que Jesus veio e uniu a Sua Divindade à nossa natureza, que era
tão desventurada e miserável. São Paulo declara que isso é um mistério; para que não possamos
ir a ele com orgulho e arrogância, como muitos fazem, os quais desejam ser julgados sábios; isto
tem produzido o aparecimento de muitas heresias. E, de fato, o orgulho sempre foi a mãe das
heresias.”

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“Quando nós obtivermos esse conhecimento, de forma que o Filho de Deus esteja unido a nós,
deveríamos lançar nossos olhos naquilo que é tão altamente estabelecido nEle; isto é, a virtude e
o poder do Espírito Santo. Então, Jesus Cristo não apenas evidenciou-se como homem, mas
mostrou-se de fato que Ele era o Deus Todo-Poderoso, visto que toda a plenitude da Divindade
habitou nEle. Se uma vez conhecermos isso, bem podemos perceber que não é sem razão que
São Paulo diz que todos os tesouros da sabedoria estão escondidos em nosso Senhor Jesus
Cristo.”

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O Mistério da Piedade
João Calvino

“E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade:


Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado
aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória” (1 Timóteo 3:16)

São Paulo exortou Timóteo a comportar-se em seu ofício; mostrando-lhe que honra Deus
lhe tinha concedido, em que Ele o estabeleceu para governar a Sua casa. Mostrou-lhe
também que o próprio ofício era honroso; porque a Igreja sustém a verdade de Deus
neste mundo, e que não há nada mais precioso, ou que mais deve ser buscado do que
conhecer a Deus, e adora-lO e servi-lO, e ser irrepreensível em Sua verdade, para que
possamos, assim, alcançar a salvação. Tudo isso é mantido seguro para nós: e assim, tão
grande tesouro é entregue ao nosso cuidado, por meio da igreja; de acordo com as pa-
lavras de São Paulo. Esta verdade é mui digna de ser mais altamente estimada do que é.

Que coisa misteriosa é essa, e quão maravilhosa é a questão: que Deus manifestou-Se
em carne, e tornou-Se homem! Será que isso até agora não ultrapassa o nosso entendi-
mento, de forma que quando somos informados disso, ficamos assombrados? No
entanto, não obstante, temos uma prova plena e suficiente, que Jesus Cristo sendo feito
homem, e sujeito à morte, é também o Deus verdadeiro, que fez o mundo e vive para
sempre. Disso, o Seu poder celestial nos dá testemunho. Mais uma vez, temos outras
provas: a saber, Ele foi pregado aos gentios; que antes estavam banidos do reino de
Deus, e esta fé teve o seu curso em todo o mundo, a qual naquele tempo estava limitada
entre os Judeus; e da mesma forma Cristo Jesus foi elevado às alturas, e entrou na glória,
e está assentado à destra de Deus Pai.

Se os homens desprezam estas coisas, sua ingratidão será condenada, porque os


próprios anjos por isso chegaram ao pleno conhecimento daquilo que antes eles não
conheciam. Porque aprouve a Deus esconder deles os meios de nossa redenção, a fim
de que a Sua bondade seja maravilhosíssima a todas as criaturas: assim, percebemos o
sentido do que escreve São Paulo. Ele chama a igreja de Deus de o baluarte da Sua
verdade; ele também demonstra que esta verdade é como um tesouro, devendo ser
altamente estimada por nós. E por que isso? Observemos o conteúdo do Evangelho;
Deus humilhou-Se, de tal maneira, que Ele tomou sobre Si nossa carne; para que nós nos
tornássemos Seus irmãos. Quem é o Senhor da glória, para que Ele tanto humilhasse a
Si mesmo como a juntar-se a nós, e tomar sobre Si a forma de servo, até mesmo a sofrer
a maldição que era devida a nós? São Paulo compreendeu todas as coisas que Jesus

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Cristo recebeu em Sua pessoa; a saber, que Ele esteve sujeito a todas as nossas fra-
quezas, mas, sem pecado.

É verdade que não há nenhum defeito nEle, antes toda pureza e perfeição. Ainda assim
é: Ele tornou-se fraco como nós somos, para que Ele pudesse ter compaixão e ajudar a
nossa fraqueza; como está estabelecido na epístola aos Hebreus (4:15). Aquele que não
tinha pecado sofreu a punição a nós devida; e foi, por assim dizer, maldito de Deus o Pai,
quando Ele Se ofereceu em sacrifício: de modo que através de Seus meios nós fôssemos
bem-aventurados; e que Sua graça, antes oculta a nós, fosse derramado sobre nós.
Quando consideramos essas coisas, não temos ocasião para estar maravilhados? Nós
consideramos que Ser Deus é? Nós podemos, em nenhuma sabedoria alcançar a Sua
majestade, que contém todas as coisas em Si; a qual mesmo os anjos adoram.

O que há em nós? Se lançarmos os nossos olhos sobre Deus, e, em seguida, adentramos


em uma comparação, ai de mim! Chegaremos perto dessa altura que sobrepuja os céus?
Não, antes podemos ter qualquer familiaridade com isso? Pois não há nada senão
podridão em nós; nada, a não ser o pecado e a morte. Então deixem vir o Deus vivo, a
fonte da vida, de glória eterna, e de poder infinito; e não apenas aproximar-se de nós, de
nossas misérias, nossa desventura, nossa fragilidade, e este abismo sem fundo de toda
iniquidade, que há nos homens; deixem que não somente a majestade de Deus se
aproxime disso, mas que Ele Se una a isso, e faça-Se um com isso, na Pessoa de nosso
Senhor Jesus Cristo! O que é Jesus Cristo? Deus e homem! Mas como Deus e homem?
Que diferença há entre Deus e o homem? Sabemos que não há nada em nossa natureza,
senão miséria e desventura; nada senão um abismo sem fundo de odor fétido e infecção;
e ainda assim, na pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo, nós vemos a glória de Deus que
é adorada pelos anjos, e também a fraqueza do homem; e que Ele é Deus e homem. Não
é isto algo secreto e oculto, digno de ser estabelecido em palavras, e da mesma forma
suficiente para arrebatar os nossos corações! Os próprios anjos nunca poderiam ter
pensado sobre isso, como aqui é observado por São Paulo. Considerando isso, aprouve
ao Espírito Santo expressar a bondade de Deus, e mostrar-nos que devemos estimar isso
como tão preciosa joia, cuidemos de nossa parte para que não sejamos ingratos, e
tenhamos as nossas mentes caladas, de tal maneira que não provaremos disso, se não
pudermos completa e perfeitamente compreendê-lo.

É o suficiente para nós para ter algum pouco conhecimento sobre este assunto; cada um
deve contentar-se com a luz que lhe é dada, considerando a fraqueza de nosso julgamen-
to; e anelando pelo dia em que o que agora vemos em parte, será total e perfeitamente
revelado a nós. Ainda assim, não obstante, nós devemos empregar nossas mentes e os
estudos neste caminho. Por que São Paulo chama isso de um mistério de fé, que Jesus

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Cristo, que é Deus eterno, manifestou-Se em carne? É como se ele dissesse, quando
somos unidos a Deus, e feitos um só corpo com o Senhor Jesus Cristo, devemos
contemplar o fim para o qual fomos criados; a saber, que possamos conhecer que Deus
está unido e feito um conosco na Pessoa de Seu Filho.

Assim, devemos concluir que nenhum homem pode ser um Cristão, a menos que ele
conheça este segredo que é descrito por São Paulo. Devemos agora examinar, e ques-
tionar homens e mulheres se eles conhecem o que significam essas palavras, que Deus
foi manifestado em carne, malmente um a cada dez poderia produzir tão boa resposta
quanto a que seria esperada de uma criança. E, no entanto, não precisamos nos maravi-
lhar com isso; pois vemos que negligência e desprezo há na maior parte da humanidade.
Nós mostramos e ensinamos diariamente em nossos sermões, que Deus tomou sobre Si
a nossa natureza; mas como os homens de fato nos ouvem? Quem há aqui que se aflija
sobremaneira para ler a Escritura? Há pouquíssimos que observam essas coisas; cada
homem está ocupado com seu próprio negócio.

Se há um dia da semana reservado para a instrução religiosa, quando eles passaram seis
dias em seu próprio negócio, eles estão aptos para passar o dia que é separado para o
culto, em jogo e passatempo; alguns vagueiam ao redor dos campos, outros vão para as
tabernas para beber em grandes tragos; e há, sem dúvida, neste momento, muitos como
os últimos mencionados aqui enquanto eles estão reunidos em nome de Deus. Portanto,
quando vemos tantos evitando e fugindo dessa doutrina, podemos nos maravilhar que
haja tal brutalidade, de modo que não conheçamos os rudimentos do Cristianismo? Esta-
mos aptos a considerar como uma língua estranha, quando os homens nos dizem que
Deus Se manifestou em carne.

Todavia esta sentença não pode ser retirada do registro de Deus. Nós não temos
nenhuma fé, se não sabemos que o nosso Senhor Jesus Cristo está unido a nós, para
que nos tornemos Seus membros. Parece que Deus nos compele a pensar sobre este
mistério, vendo que somos tão sonolentos e apáticos. Vemos como o diabo incitou aque-
les antigos rixosos para que negassem a humanidade de Jesus Cristo e Sua Divindade, e,
por vezes, misturaram a ambos; para que não percebêssemos as duas naturezas
distintas nEle, ou então para nos levar a crer que Ele não é o homem que cumpriu as
promessas da lei; e, consequentemente, descendeu da linhagem de Abraão e Davi.

É realmente o caso, que tais erros e heresias como havia na igreja de Cristo, no início,
estão estabelecidas nestes dias? Observemos bem as palavras que são utilizadas aqui
por São Paulo: Deus se manifestou em carne. Quando ele chama Jesus Cristo de Deus,
ele admite esta natureza que Ele tinha antes que o mundo existisse. É verdade, há

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somente um Deus, mas nesta única essência devemos compreender o Pai, e uma sabe-
doria que não pode ser separada dEle, e uma virtude eterna, que sempre esteve, e
sempre estará dEle.

Assim, Jesus Cristo era verdadeiramente Deus! Como Ele era a sabedoria de Deus antes
que o mundo fosse feito, e antes da eternidade. Diz-se que Ele se manifestou em carne.
Pela palavra carne, São Paulo nos dá a entender que Ele era verdadeiro homem, e tomou
sobre Si a nossa natureza. Pela palavra manifesto, Ele mostra que nEle havia duas
naturezas. Mas não devemos pensar que há um Jesus Cristo que seja Deus, e um outro
Jesus Cristo, que seja homem! Mas devemos somente compreendê-lO como Deus e
homem. Distingamos, então, as duas naturezas que há nEle, para que saibamos que o
Filho de Deus é nosso Irmão. Deus suporta as antigas heresias, que em tempos
passados conturbaram a igreja, para produzir mais uma vez um movimento, em nossos
dias, para estimular-nos à diligência. O diabo prossegue prestes a destruir este artigo de
nossa crença, sabendo que esse é o principal suporte e esteio de nossa salvação.

Se não tivermos esse conhecimento que São Paulo fala, o que será de nós? Estamos
todos no abismo da morte. Não há nada além de morte e condenação em nós, até que
saibamos que Deus desceu para buscar-nos e salvar-nos. Até que sejamos assim
ensinados, somos fracos e miseráveis. Portanto, o diabo andou fazendo tudo que pôde
para abolir este conhecimento, para estraga-lo e misturá-lo com mentiras, para que ele
pudesse arruinar isso completamente. Quando nós vemos tal majestade em Deus, como
ousamos presumir nos aproximar dEle, vendo que somos cheios de miséria! Devemos
recorrer a esta conexão da majestade de Deus, e do estado de natureza do homem,
juntamente.

Façamos o que pudermos, nós nunca teremos qualquer esperança, ou seremos capazes
de lançar mão da generosidade e bondade de Deus, de forma a retornar a Ele, e invocá-
lO, até que conheçamos a majestade de Deus que está em Jesus Cristo; e também a
fraqueza da natureza humana, que ele recebeu de nós. Estamos totalmente desprovidos
do reino dos céus, o portão está fechado contra nós, de modo que não podemos entrar
nele. O diabo tem aplicado toda a sua astúcia para perverter esta doutrina; vendo que a
nossa salvação está fundamentada nela. Devemos, portanto, estar tanto mais confirma-
dos e fortalecidos na mesma; para que nunca sejamos abalados, mas permaneçamos
firmes na fé, que está contida no evangelho.

Antes de tudo, temos esta observação, que nunca conheceremos que Jesus Cristo é
nosso Salvador, até que saibamos que Ele era Deus desde a eternidade. Aquilo que foi
escrito ao Seu respeito por meio de Jeremias, o profeta, necessita ser cumprido: “Mas o

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que se gloriar, glorie-se nisto: em me entender e me conhecer, que eu sou o Senhor”


(Jeremias 9:24). São Paulo demonstra que isto deve ser aplicado à Pessoa de nosso
Senhor Jesus Cristo, e por isso ele protesta que não se propôs a saber qualquer doutrina
ou conhecimento, apenas para conhecer a Jesus Cristo.

Novamente, como é possível que tenhamos a nossa vida nEle, a menos que Ele seja o
nosso Deus, e nós sejamos mantidos e preservados pela Sua virtude? Como podemos
colocar a nossa confiança nEle? Porque está escrito: “Assim diz o Senhor: Maldito o
homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do
Senhor!” (Jeremias 17:5). Mais uma vez, como podemos ser preservados da morte,
exceto pelo poder infinito de Deus? Mesmo que a Escritura não desse nenhum
testemunho da Divindade de Jesus Cristo, é impossível que nós O reconheçamos como
nosso Salvador, a não ser que admitamos que Ele possui toda a majestade de Deus; a
não ser que nós reconheçamos que Ele é o verdadeiro Deus; porque Ele é a sabedoria do
Pai através do qual o mundo foi feito, preservado e mantido em sua existência. Portanto,
estejamos completamente resolvidos neste momento, sempre que falamos de Jesus
Cristo, para que elevemos nossos pensamentos ao alto, e adoraremos essa majestade
que Ele tinha desde a eternidade, e esta essência infinita que Ele desfrutou antes que Ele
Se vestisse em humanidade.

Cristo foi manifestado em carne, isto é, tornou-se homem; semelhante a nós em tudo,
mas sem pecado (Hebreus 4:15). Onde ele diz, mas sem pecado, ele quer dizer que o
nosso Senhor Jesus era sem culpa ou defeito. No entanto, não obstante, Ele não se
recusou a carregar os nossos pecados: Ele tomou esse fardo sobre Si, para que nós, por
Sua graça, fôssemos aliviados. Não podemos conhecer a Jesus Cristo como sendo um
mediador entre Deus e o homem, a não ser que O contemplemos como homem. Quando
São Paulo anelou encorajar-nos a clamar por Deus em nome de nosso Senhor Jesus
Cristo, ele expressamente Lhe chama de homem. São Paulo diz: “Há um só Deus e um
só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1 Timóteo 2:5). Sob esta
consideração, podemos, em Seu nome, e por Suas mediações vir familiarmente a Deus,
sabendo que somos Seus irmãos, e Ele é o Filho de Deus. Vendo que não há nada,
senão pecado na humanidade, precisamos também encontrar justiça e vida em nossa
carne. Portanto, se Cristo não Se tornou verdadeiramente o nosso irmão, se Ele não foi
feito homem semelhante a nós, em que condições estamos? Consideremos agora a Sua
vida e paixão.

Diz-se (falando de Cristo), “Mas agora na consumação dos séculos uma vez se mani-
festou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo” (Hebreus 9:26). E por que
isso? São Paulo nos mostra a razão em Romanos 5:18: “Pois assim como por uma só

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ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só
ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida”. Se não
conhecemos isso, que o pecado que foi cometido em nossa natureza, foi reparado em
própria idêntica natureza, em que situação nós estamos? Sobre que fundamento nós
mesmos podemos permanecer? Portanto, a morte de nosso Senhor Jesus Cristo não
poderia beneficiar-nos minimamente, a menos que Ele fosse feito homem, semelhante a nós.

Novamente, se Jesus Cristo fosse apenas Deus, poderíamos ter alguma certeza ou pro-
messa em Sua ressurreição, de que devemos um dia ressuscitar novamente? É verdade
que o Filho de Deus ressuscitou; quando ouvimos dizer, que o Filho de Deus tomou sobre
Si um corpo semelhante ao nosso, veio da geração de Davi, que Ele ressuscitou (vendo
que a nossa natureza é por si só corruptível), e é elevado nas alturas à glória, na Pessoa
de nosso Senhor Jesus Cristo “somos levados a assentar nos lugares celestiais em Cristo
Jesus” (Efésios 2:6). Por isso, aqueles que procuraram reduzir a nada a natureza do
homem, na Pessoa do Filho de Deus, devem ser os mais abominados. Pois, o diabo
levantou-se nos tempos antigos alguns indivíduos que declararam que Jesus Cristo
manifestou-Se em forma de homem, mas não tinha a verdadeira natureza de homem;
esforçando-se, assim, para abolir a misericórdia de Deus para conosco, e destruir
completamente a nossa fé.

Outros imaginaram que Ele trouxe um corpo com Ele do céu; como se Ele não participas-
se de nossa natureza. Declarou-se que Jesus Cristo tinha um corpo desde a eternidade;
composto por quatro elementos; de forma que a Deidade estava, naquele tempo, em uma
forma visível, e que sempre que os anjos apareceram, era o Seu corpo. Que insensatez é
fazer tal alquimia, para formar um corpo para o Filho de Deus! O que devemos fazer com
aquela passagem que diz: “Porque, na verdade, ele não tomou os anjos, mas tomou a
descendência de Abraão. Por isso convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos,
para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os
pecados do povo” (Hebreus 2: 16-17).

Diz-se. Ele tomou sobre Si a nossa carne, e tornou-se nosso irmão. Sim, e que Ele foi
feito semelhante a nós, para que pudesse compadecer-Se de nós, e ajudar as nossas
fraquezas. Ele foi feito a descendência de Davi, para que pudesse ser conhecido como o
Redentor que foi prometido, a quem os pais esperaram em todas as épocas. Lembremo-
nos do que está escrito: o Filho de Deus Se manifestou em carne; ou seja, Ele tornou-Se
de fato homem, e nos fez um com Ele; de modo que agora podemos chamar Deus de
nosso Pai. E por que isso? Porque somos do corpo de Seu Filho Único. Mas, como so-
mos de Seu corpo? Porque Ele Se agradou em juntar-Se a nós, para que fôssemos
participantes de Sua substância.

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Nisto vemos que não é uma vã especulação, quando os homens dizem-nos que Jesus
Cristo revestiu-se de nossa carne, para mais perto devemos chegar, se queremos ter um
verdadeiro conhecimento da fé. É impossível que confiemos nEle corretamente, a menos
que compreendamos sua humanidade; devemos também conhecer a Sua majestade,
antes que possamos confiar nEle para a salvação. Devemos saber, ainda, que Jesus
Cristo é Deus e homem, e semelhantemente que Ele é apenas uma Pessoa.

Aqui, novamente, o diabo tenta atiçar as brasas da contenda, ao perverter ou dissimular a


doutrina que São Paulo nos ensina. Pois tem havido hereges que têm se esforçado para
sustentar que a majestade e Divindade de Jesus Cristo, a Sua essência celeste, foram
imediatamente transformadas em carne e humanidade. Assim alguns dizem, com muitas
outras blasfêmias malditas, que Jesus Cristo tornou-se homem. O que se seguirá neste
ponto? Deus deve renunciar a Sua natureza, e Sua essência espiritual deve ser transfor-
mada em carne. Eles vão mais longe e dizem que Jesus Cristo já não é mais homem,
mas Sua carne tornou-se Deus.

Estes são maravilhosos alquimistas, para produzir tantas novas naturezas de Jesus
Cristo. Assim, o diabo levantou esses sonhadores em tempos passados, para perturbar a
fé da Igreja; os quais são agora renovados em nosso tempo. Por isso, observemos bem o
que São Paulo nos ensina nesta passagem; pois ele nos oferece uma boa armadura, para
que possamos nos defender contra tais erros. Se quisermos contemplar a Jesus Cristo
em Seu verdadeiro caráter, vejamos nEle essa glória celestial, que Ele tinha desde a
eternidade, e em seguida, venhamos à Sua humanidade, que foi descrita até aqui; para
que possamos distinguir as Suas duas naturezas. Isso é necessário para nutrir a nossa fé.

Se buscamos obter vida em Jesus Cristo, devemos entender que Ele tem toda a Divinda-
de nEle; porque está escrito: “Porque em ti está o manancial da vida; na tua luz veremos
a luz” (Salmos 36:9). Se quisermos estar guardados contra o diabo, e resistir às tentações
de nossos inimigos, devemos saber que Jesus Cristo é Deus. Para ser breve, se quiser-
mos colocar toda a nossa confiança nEle, devemos saber que Ele possui todo o poder, o
qual Ele não poderia ter, a menos que Ele fosse Deus. Quem é Aquele que tem todo o
poder? É Aquele que se tornou o frágil e fraco; Filho da virgem Maria; Aquele que esteve
sujeito à morte; Aquele que levou os nossos pecados: Ele é este que é a fonte da vida.

Nós temos dois olhos na nossa cabeça, cada um desempenhando a sua função, mas
quando olhamos firmemente sobre algo, a nossa visão, que é separada em si mesma,
une-se, e torna-se uma; e é totalmente ocupada em contemplar o que está diante de nós,
desta forma, existem duas diferentes naturezas em Jesus Cristo. Há algo no mundo mais
diferente do que o corpo e alma do homem? Sua alma é um espírito invisível que não

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pode ser visto ou tocado; que não tem nenhuma dessas paixões carnais. O corpo é uma
massa informe corruptível, sujeito à podridão; uma coisa visível que pode ser tocada: o
corpo tem as suas propriedades, as quais são totalmente diferentes daquelas da alma. E,
assim, questionamos: o que é o homem? Uma criatura, formada de corpo e alma. Se
Deus usou de tal feitura em nós, quando Ele nos fez de duas naturezas diversas, por que
deveríamos achar estranho, que Ele empreendeu um milagre muito maior em Jesus
Cristo? São Paulo usa essas palavras: “se manifestou”, para que possamos distinguir Sua
Divindade de Sua humanidade; para que possamos recebê-lO como Deus manifestado
em carne; isto é, Aquele que é verdadeiramente Deus, e ainda assim fez-Se um conosco:
portanto, somos os filhos de Deus; sendo Ele nossa justificação, somos libertos do fardo
de nossos pecados. Considerando que Ele nos purificou de toda a nossa miséria, nós
temos riquezas perfeitas nEle; em suma, considerando que Ele submeteu-Se à morte,
estamos agora assegurados da vida.

São Paulo acrescenta: “Foi justificado no espírito”. A palavra “justificado” é muitas vezes
utilizada na Escritura, como aprovado. Quando se diz, “Ele foi justificado”, não é que Ele
tornou-se justo, não é que Ele foi absolvido pelos homens, como se fossem seus juízes, e
que Ele se obrigou a dar-lhes uma explicação; não, não; não existe tal coisa; mas isto é
quando a glória é dada a Ele, a qual Ele merece, e nós O confessamos ser o que
realmente Ele é. O que é dito é isso: o evangelho é justificado quando os homens o
recebem, em obediência, e por meio da fé, submetendo-se à doutrina que Deus ensina;
assim neste lugar, diz-se que Jesus Cristo foi justificado no espírito.

Não devemos nos contentar, olhando para a presença corporal de Jesus Cristo, que era
visível, mas temos de olhar mais alto. São João diz que Deus se fez carne; ou a Palavra
de Deus, que é o mesmo. A Palavra de Deus, que era Deus antes da criação do mundo,
se fez carne; isto é, se uniu à nossa natureza; de modo que o Filho da virgem Maria é
Deus; sim, o Deus eterno! Seu infinito poder foi ali manifestado; que é um seguro
testemunho de que Ele é verdadeiro Deus! São Paulo diz: Jesus Cristo, nosso Senhor
nasceu da descendência de Davi; Ele também acrescenta: Ele foi declarado ser o Filho de
Deus (Romanos 1).

Não é o suficiente para nós que O contemplemos com nossos olhos naturais; pois, neste
caso, nós não subiremos mais alto do que o homem, mas quando vemos, que por meio
de milagres e prodígios, Ele mostra a Si mesmo como sendo o Filho de Deus, isto é um
selo e prova que, humilhando a Si mesmo, Ele não excluiu a Sua majestade celestial!
Portanto, podemos ir a Ele como nosso irmão, e ao mesmo tempo adorá-lO como o Deus
eterno; por meio de quem fomos feitos, e por quem somos preservados.

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Se não fosse por isso, não poderíamos ter nenhuma igreja; se não fosse isso, não poderí-
amos ter nenhuma religião; se não fosse isso, não teríamos nenhuma salvação. Seria
melhor para nós que fôssemos animais irracionais, sem razão e compreensão, do que
estivéssemos destituídos desse conhecimento: a saber, que Jesus veio e uniu a Sua
Divindade à nossa natureza, que era tão desventurada e miserável. São Paulo declara
que isso é um mistério; para que não possamos ir a ele com orgulho e arrogância, como
muitos fazem, os quais desejam ser julgados sábios; isto tem produzido o aparecimento
de muitas heresias. E, de fato, o orgulho sempre foi a mãe das heresias.

Quando ouvimos esta palavra: “mistério”, lembremo-nos de duas coisas: em primeiro lu-
gar, que nós aprendamos a nos mantermos sob os nossos sentidos, e não nos gloriemos
possuirmos conhecimento e capacidade suficientes para compreender tão vasto assunto.
Em segundo lugar, aprendamos a ir além de nós mesmos, e a reverenciar esta majestade
que excede todo o nosso entendimento. Não devemos ser lentos nem sonolentos; mas
considerar essa doutrina, e nos esforçarmos para que nos tornemos instruídos nela.
Quando adquirirmos algum pouco conhecimento sobre ela, devemos nos esforçar para
beneficiar-nos com isso, todos os dias de nossa vida.

Quando nós obtivermos esse conhecimento, de forma que o Filho de Deus esteja unido a
nós, deveríamos lançar nossos olhos naquilo que é tão altamente estabelecido nEle; isto
é, a virtude e o poder do Espírito Santo. Então, Jesus Cristo não apenas evidenciou-se
como homem, mas mostrou-se de fato que Ele era o Deus Todo-Poderoso, visto que toda
a plenitude da Divindade habitou nEle. Se uma vez conhecermos isso, bem podemos
perceber que não é sem razão que São Paulo diz que todos os tesouros da sabedoria
estão escondidos em nosso Senhor Jesus Cristo.

Quando uma vez lançarmos mão das promessas deste Mediador, e conheceremos a
altura e profundidade, o comprimento e a largura, sim, e tudo que é necessário para nos-
sa salvação, para que possamos firmar a nossa fé nEle, como sobre o único verdadeiro
Deus; e também contemplá-lO como nosso irmão; que não somente aproximou-Se de
nós, mas uniu-Se e juntou-Se a nós de tal maneira, que Ele Se tornou de mesma
substância. Se viermos a isso, saibamos que chegamos à perfeição da sabedoria, que é
falada por São Paulo em outro lugar; de modo que podemos nos alegrar plenamente na
bondade de Deus; pois, aprouve a Ele nos iluminar com o brilho de Seu evangelho e nos
atrair para o Seu reino celestial.

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Glorioso Deus! Oramos para que, pelo Teu Espírito Santo aplique o que de Ti há neste sermão aos
nossos corações e nos corações daqueles que lerem estas linhas, por Cristo para a glória de Cristo.
Ore para que o Espírito Santo use estas palavras para trazer muitos ao Conhecimento Salvador de
Jesus Cristo, pela Graça de Deus. Amém.

Sola Scriptura!
Sola Gratia!
Sola Fide!
Solus Christus!
Soli Deo Gloria !

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Fonte: ReformedSermonArchives.com

As citações bíblicas desta tradução são da versão ACF (Almeida Corrigida e Fiel).

Tradução e Capa por Camila Almeida │ Revisão por William Teixeira

***

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Uma Breve Biografia de João Calvino

João Calvino (1509 – 1564)

Nascido em 10 de Julho de 1509 em Noyon, França, João Calvino cresceu em uma família
católica romana tradicional. Seu pai, Gérard Cauvin, era advogado dos religiosos e secretário do
bispo local. Sua mãe, Jeanne Lefranc, faleceu quando ele tinha cinco ou seis anos de idade. Por
alguns anos, o menino conviveu e estudou com os filhos das famílias aristocráticas locais. Aos 12
anos, recebeu um benefício eclesiástico, cuja renda serviu-lhe como bolsa de estudos.

Aos 14 anos de idade, Calvino mudou-se para Paris, a fim de estudar no College de Marche e
preparar-se para a universidade. Seus estudos consistiam nas matérias: gramática, retórica,
lógica, aritmética, geometria, astronomia e música. Ao final de 1523, Calvino transferiu-se para a
famosa College Montaigu, uma espécie de escola do monastério. Nessa época, a educação de
Calvino foi custeada, em parte, pelo lucro de pequenas paróquias. Assim, embora os novos
ensinos teológicos de pessoas como Lutero e Jacques Lefevre d’Etaples estivessem se
espalhando por toda Paris, Calvino estava mais ligado à Igreja Romana. No entanto, em 1527,
Calvino fez amizade com pessoas que tinham uma visão reformada.

Esses contatos formaram o cenário para a eventual mudança de Calvino para a fé reformada.
Também, nessa época, o pai de Calvino o aconselhou a estudar direito ao invés de teologia.

Em 1528, Calvino mudou-se para Orleans para estudar direito civil. Nos anos seguintes, estudou
em vários lugares e sob a orientação de vários eruditos, enquanto recebia uma educação
humanista.

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Em 1532, Calvino terminou seus estudos na área de direito e também publicou seu primeiro livro,
um comentário sobre De Clementia [Sobre a Misericórdia], do filósofo romano Sêneca. No ano
seguinte, Calvino fugiu de Paris devido aos contatos que teve com pessoas que, através de
oratórias e escritos, se opunham à Igreja Católica Romana.

Diz-se que em 1533 Calvino tenha experimentado uma conversão súbita à fé evangélica, sobre a
qual escreveu em seu prefácio dos comentários sobre Salmos. Refugiou-se na casa de um amigo
em Angoulême, onde começou a escrever a sua principal obra teológica. Em 1534, voltou a
Noyon e renunciou ao benefício eclesiástico. Escreveu o prefácio do Novo Testamento traduzido
para o francês por Olivétan (1535).

Em 1536, Calvino desvinculou-se da Igreja Católica Romana e fez planos para sair para sempre
da França e ir para Estrasburgo. Entretanto, a guerra entre Francisco I, rei da França, e Carlos V,
imperador do Sacro Império Romano, eclodiu, e Calvino decidiu fazer um desvio de uma noite
para Genebra. Mas a fama de Calvino em Genebra o precedeu. Guilherme Farel, um reformador
local, o convidou para ficar em Genebra, e convenceu a ajudá-lo naquela cidade, que apenas dois
meses antes abraçara a Reforma Protestante

Assim, começou uma longa, difícil, mas, finalmente, frutífera relação com a cidade de Genebra.
Calvino começou como professor e pregador, mas em 1538 foi convidado a deixar Genebra
devido a conflitos teológicos. Ele foi para Estrasburgo, onde ficou até 1541, ali residia o
reformador Martin Bucer, e ali passou os três aos mais felizes da sua vida (1538-41). Pastoreou
uma pequena igreja de refugiados franceses; lecionou em uma escola que serviria de modelo para
a futura Academia de Genebra; participou de conferências que visavam aproximar protestantes e
católicos. Escreveu amplamente: uma edição inteiramente revista das Institutas (1539), sua
primeira tradução francesa (1541), um comentário da Epístola aos Romanos, a Resposta a
Sadoleto (uma apologia da fé reformada) e outras obras.

Sua estada ali como pastor de refugiados franceses foi tão pacífica e feliz que em 1541, quando o
Conselho de Genebra o convidou de volta, Calvino ficou profundamente dividido. Ele desejava
permanecer em Estrasburgo, mas sentiu grande responsabilidade em retornar para Genebra.

Em 1540, Calvino casou-se com uma de suas paroquianas, a viúva Idelette de Bure. Seu colega
Farel oficiou a cerimônia. Diz-se que quando Calvino finalmente se casou com Idelette de Buren,
ele encontrou a única coisa necessária pela qual esteve procurando: um coração sincero e
obediente, piedoso para com Deus. Para Calvino e Idelette, tal piedade era fundamental para
enfrentar as dificuldades e os desafios da vida de casados. Embora pouco se saiba da vida de
Calvino e Idelette no lar, ao que tudo indica, ela era serena e piedosa apesar de suas muitas
tragédias e dificuldades.

Em 1548, faleceu Idelette e Calvino nunca mais tornou a casar-se. O único filho que tiveram
morreu ainda na infância. Não obstante, Calvino não ficou inteiramente só. Tinha muitos amigos,
inclusive em outras regiões da Europa, com os quais trocava volumosa correspondência. Graças

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à sua liderança, Genebra tornou-se famosa e atraiu refugiados religiosos de todo o continente. Ao
regressarem a seus países de origem, essas pessoas ampliaram ainda mais a influência de
Calvino.

Em 1559 ocorreram vários eventos significativos. Calvino finalmente tornou-se um cidadão da sua
cidade adotiva. Foi inaugurada a Academia de Genebra, embrião da futura universidade, destina-
da primordialmente à preparação de pastores reformados. No mesmo ano, Calvino publicou a
última edição das Institutas. Ao longo desses anos, embora estivesse constantemente enfermo,
desenvolveu intensa atividade como pastor, pregador, administrador, professor e escritor.

Calvino permaneceu em Genebra até a sua morte, em 27 de maio de 1564. Esses anos foram
preenchidos com aulas, pregações e escritos de comentários, tratados e várias edições de As
Institutas da Religião Cristã.

A seu pedido, foi sepultado discretamente em um local desconhecido, pois não queria que nada,
inclusive possíveis homenagens póstumas à sua pessoa, obscurecesse a glória de Deus. Um dos
emblemas que aparecem nas obras do reformador mostra uma mão segurando um coração e as
palavras latinas “Cor meum tibi offero Domine, prompte et sincere” (O meu coração te ofereço, ó
Senhor, de modo pronto e sincero).

Calvino era acima de tudo um pregador e expositor das Sagradas Escrituras. Sua pregação era
seu forte e permanece como de influência sem paralelo até o presente. Sua teologia estava
arraigada na exegese porque a Palavra de Deus era para ele o padrão de toda verdade e direito.
Seus comentários ainda são os melhores dentre todos os disponíveis.

______________
♦ Esta Biografia é baseada nas seguintes fontes:

Site: www.MinisterioFiel.com/BibliotecaJoaoCalvino

BEEKE, Joel. Lições Práticas sobre a Vida de Idelette Calvino. Parte 1. Disponível em:
www.MulheresPiedosas.com.br. Acessado em: 06 de Junho de 2014.

HANKO, Herman. João Calvino. O Reformador Suíço. Disponível em: www.Monergismo.com. Acessado
em: 06 de Junho de 2014.

MATOS, Alderi de Souza. João Calvino. Síntese Biográfica. Disponível em: www.Mackenzie.com.br.
Acessado em: 06 de Junho de 2014.

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Quem Somos
O Estandarte de Cristo é um projeto cujo objetivo é proclamar a Palavra de Deus e o Santo
Evangelho de Cristo Jesus, para a glória do Deus da Escritura Sagrada, através de traduções
inéditas de textos de autores bíblicos fiéis, para o português. A nossa proposta é publicar e
divulgar traduções de escritos de autores como os Puritanos e também de autores posteriores
àqueles como John Gill, Robert Murray McCheyne, Charles Haddon Spurgeon e Arthur
Walkington Pink. Nossas traduções estão concentradas nos escritos dos Puritanos e destes
últimos quatro autores.

O Estandarte é formado por pecadores salvos unicamente pela Graça do Santo e Soberano,
Único e Verdadeiro Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo o testemunho das
Escrituras. Buscamos estudar e viver as Escrituras Sagradas em todas as áreas de suas vidas,
holisticamente; para que assim, e só assim, possamos glorificar nosso Deus e nos deleitar-
mos nEle desde agora e para sempre.

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2 Coríntios 4
1
Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não
2
desfalecemos; Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando
com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à
3
consciência de todo o homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade.
4
Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto.
Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não
5
resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque
não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos
6
vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus, que disse que das trevas
resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do
7
conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém, este tesouro
8
em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. Em tudo
9
somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não
Viste as páginas10
desanimados. Persegui-
que administramos no Facebook
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entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na
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nossa carne mortal. De maneira
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14
também,Propiciação
 Justificação, por issoetambém
Declaraçãofalamos. Sabendo que
– C. H. Spurgeon  oFacebook.com/JonathanEdwards.org
que ressuscitou o Senhor Jesus nos
15
 A Livre Graça – C. H.também
ressuscitará Spurgeon por Jesus, e nos apresentará  Facebook.com/JohnGill.org
convosco. Porque tudo isto é por
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amorde deCristo
vós,– Thomas
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a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de
 Quem São Os Eleitos? – C. H. Spurgeon 16  Facebook.com/RobertMurrayMCheyne
graças para glória de Deus. Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem
 Reforma – C. H. Spurgeon  Facebook.com/ThomasWatson.org
17
exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e
 Salvação Pertence Ao Senhor – C. H. Spurgeon 18
momentânea
 O Sangue tribulação produz para nós um pesoPágina
– C. H. Spurgeon eternoParceira:
de glória mui excelente; Não
atentando nós nas
 Semper Idem – Thomas Adams coisas que se veem, mas nas
OEstandarteDeCristo.com que se não veem; porque as que se 21
veemsobre
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 Tratado Oração, Um – e asBunyan
John que se não veem são eternas.
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