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Atos 2 Estudo: O dia de Pentecostes

Também chamado de “Festa da Colheita” ou “Dia das Primícias”, o Dia de


Pentecostes era uma festa celebrada cinquenta dias após a Páscoa. A
palavra grega original traduzida como “Pentecostes”, significa
quinquagésimo.
Durante o dia de Pentecostes, os primeiros frutos da colheita de grãos
eram trazidos pelas pessoas como forma de agradecer a Deus e expressar
sua confiança na benção Dele sobre o resto de sua colheita.
O Dia de Pentecostes foi a segunda das três grandes festas que Deus
ordenou que fossem guardadas no Antigo Testamento e ocorria entre a
Páscoa e a Festa dos Tabernáculos.
Em Atos 2 essa festa simbolizava 50 dias após o triunfo do Filho de Deus
sobre a morte e essa data contou com um evento histórico.

(Atos 2:1-4) O batismo no Espírito Santo


O evangelista dá início ao capítulo descrevendo o momento do
derramamento do Espírito Santo e a reação do povo diante dessa
situação.
Os apóstolos e muitas pessoas (Acredita-se que eram 120 no total)
estavam reunidos em um mesmo lugar no dia de Pentecostes.
Não se tratava apenas de uma reunião em um espaço físico, mas de suas
mentes e corações alinhados ao propósito divino.
A expectativa deles era altíssima já que em qualquer instante o momento
prometido há séculos poderia acontecer.
Jesus tinha alertado seus apóstolos sobre a proximidade do dia em que
eles seriam batizados pelo Espírito Santo.
Então de repente, o Espírito desceu dos céus e tomou todo aquele lugar e
o interior de cada um, estabelecendo um evento sobrenatural jamais
visto.
Um som, um vento e línguas de fogo foram os sinais visíveis do momento
que capacitou todos os presentes para serem testemunhas da mensagem
do evangelho nos quatro cantos da Terra.
(Atos 2:5-13) O espiritual é discernido espiritualmente

No entanto, o que foi impressionante para aqueles que foram batizados


pelo Espírito Santo, foi aterrorizante para toda a multidão atraída pelo
barulho gerado por essa ocasião.
Enquanto alguns buscavam entender o que estava acontecendo, outros
brincavam dizendo que na verdade os galileus estavam bêbados.
A reação não podia ser outra, porque apesar dos apóstolos falarem em
línguas estranhas para os humanos, o som transmitido à multidão era
ouvido de acordo com a língua materna de cada um deles. Assim, eles não
podiam entender essa manifestação do Espírito.
Segundo o apóstolo Paulo, coisas espirituais só podem ser entendidas de
maneira espiritual e o homem natural não pode compreendê-las.
Ou seja, o agir sobrenatural de Deus só pode ser compreendido quando
estamos sensíveis ao toque do Espírito Santo, quando oramos e confiamos
naquilo que ele declara em sua palavra.

(Atos 2:14) A autoridade concedida pelo Espírito


(Atos 2:15-21) O cumprimento da promessa
O apóstolo começou o seu discurso relembrando o que foi dito pelo
profeta Joel sobre o derramamento do Espírito Santo.
A promessa começou a ser cumprida e pela primeira vez desde o pecado
de Adão o Senhor poderia agir dentro das pessoas.
Agora a natureza delas podia ser mudada e direcionada para o centro da
vontade de Deus.
Esperar em Deus pelo cumprimento das promessas sempre será o
posicionamento ideal para o cristão.
O Espírito desceu no tempo devido, somente depois de pessoas serem
preparadas pelo Senhor Jesus por mais de três anos.
Embora seja difícil manter-se confiante ao longo do processo, o agir de
Deus sempre acontece no momento exato e em resposta a sua confiança
Nele.

(Atos 2:22-23) A incredulidade não deixa você enxergar


Em seguida, Pedro continua o discurso relembrando aos israelitas como o
ministério de Jesus foi uma obra divina.
Todos eles já tinham ouvido falar de Jesus e sabiam ou participaram de
alguma forma de sua morte, mesmo cientes que ele não tinha cometido
crime algum.
Mas não havia clareza entre a multidão sobre quem Jesus era de fato.
A incredulidade não permitia eles verem que Ele era o Filho de Deus.
Além disso, os mestres da lei faziam de tudo para o povo pensar que Jesus
era o impostor apesar de nunca terem encontrado prova alguma contra
Ele.
Por isso, o apóstolo explicou para todos como Deus enviou Jesus, o
aprovou pelos sinais, permitiu sua morte e ainda o ressuscitou dentre os
mortos.

(Atos 2:24-31) Era impossível que a morte o retivesse


A morte de Jesus não foi o fim, mas o início do reinado glorioso do Rei dos
Reis e um recomeço para todos os seres humanos e
Deus ressuscitou Jesus dos mortos pelo poder do Espírito Santo e o
exaltou soberanamente lhe dando um nome que é sobre todo o nome.
Como Davi mencionou em um de seus Salmos, Deus não iria permitir o
Santo Dele ser abandonado no sepulcro ou sofrer em decomposição.
Portanto seria impossível a morte deter Jesus.
O motivo da alegria, descanso, esperança e da fé inabalável de Davi era o
amparo de Deus ao seu Santo.
Da mesma forma, o fundamento para a construção das nossas vidas, para
suportarmos aflições e encontrarmos a verdadeira satisfação é o Senhor
Jesus.
É porque Ele vive que existe vida, sonhos e a oportunidade de salvação
para todos.

(Atos 2:32-36) Quem vocês crucificaram, agora é Cristo e Senhor


Pedro encerrou o discurso dizendo como o Senhor Jesus era o responsável
pelo que tinha acabado de acontecer diante dos olhos de toda a multidão.
Certa vez Jesus comentou com os discípulos que era necessário ele ir para
o que o Espírito viesse, pois só com a glorificação do Cristo seria viável
derramá-lo.
Como Jesus já estava à direita de Deus naquele momento, ele recebeu o
Espírito Santo e então o derramou sobre aqueles cujo coração estava
pronto para recebê-lo.
O apóstolo ainda mencionou palavras do rei Davi sobre o destino dos
inimigos do Senhor e declarou como Jesus havia se tornado Cristo e
Senhor.
Todos são culpados pela morte de Jesus, apesar dele mesmo ter se
entregado e esse ser o propósito dele.
Porque foram os incontáveis pecados cometidos pela humanidade que
pregaram o Filho de Deus na cruz.
Entretanto, ninguém sabia o que estavam fazendo quando o crucificaram
e só por meio das palavras de Pedro agora estavam cientes disso.
Mas se depois de ouvirem o discurso eles não aceitassem a mensagem,
aquela multidão continuaria culpada pela morte de Jesus e a ira de Deus
permaneceria sobre todos eles. (João 3:36).

(Atos 2:37-41) O chamado para arrependimento


O discurso de Pedro deixou todos aflitos, eles queriam se consertar de
algum modo e perguntaram o que poderiam fazer diante da atual posição
deles de inimigos do Senhor.
Então Pedro falou para eles sobre o arrependimento e o dom do Espírito
Santo.
O Espírito Santo e a graça de Deus não era apenas para 120 pessoas, mas
para todos os ouvintes da mensagem do evangelho.
Nesse dia histórico cerca de 3.000 pessoas decidiram desistir de uma vida
distante de Deus.
Hoje essa decisão continua sendo necessária para todos, porque sempre
iremos pecar e o arrependimento deve acontecer na mesma proporção.
Carregar a sua cruz todos os dias e deixar-se guiar pelo Espírito Santo é o
essencial para o seu caminhar estar alinhado aos mandamentos do
Senhor.

(Atos 2:42-47) Guiados pelo Espírito Santo


Os últimos versos de Atos 2 retratam o pedido feito pelo Senhor Jesus na
oração sacerdotal descrita em João 17:23.
“Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu
me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste.”
Todos estavam cheio de temor, ensinando uns aos outros, repartindo os
alimentos e vivendo em plena unidade.
A alegria e a sinceridade do coração deles agradaram ao Senhor e cada vez
mais pessoas eram salvas pela igreja de Cristo e propagando a mensagem
do evangelho.
Enfermos eram curados como pode-se no estudo de Atos 3 e os sinais de
Deus acompanhavam os apóstolos como tinha sido durante o ministério
de Jesus.
Pela orientação divina muitos podem ser salvos como foram naquela
época.
Desse modo, todo o esforço diário para conhecer mais o Senhor é válido e
não há como encontrar a presença e viver o propósito Dele para a sua vida
sem deixar o Espírito Santo conduzi-lo.
O resultado de uma vida entregue nas mãos de Deus é extraordinário e
além de transformar sua vida irá impactar muitas outras.

Conclusão
Devemos pregar e aguardar a chegada do reino de Deus a qualquer
momento, o senso de urgência é essencial na mensagem cristã
Precisamos não apenas aguardar, mas viver de acordo com essa
expectativa
A expectativa da volta do messias é essencial para a mensagem do reino e
seu maior fundamento.

A fé e esperança do retorno messias deu poder a mensagem, a


comunidade e transformou vidas de um modo nunca visto antes.
A morte de Jesus não foi um imprevisto que os discípulos tiveram que
lidar e depois para sobreviver inventaram uma história ou imaginaram
coisas. Eles eram testemunhas que pela vontade de Deus Cristo morreu e
ressuscitou inaugurando os últimos dias, por isso, a sua ressurreição não
foi comum, ele é o primeiro a ressuscitar com o corpo glorificado que
teremos em seu reino quando este for inaugurado e sermos plenamente
transformados a semelhança de Cristo.
Aqui fica evidente a essência da mensagem cristã não está no que Cristo
poderia oferecer, mas naquilo que ele de modo soberano, cumprindo as
profecias e sobrenaturalmente ele já fizera. Assim a essência da
mensagem cristã era de que Cristo ressuscitou e se ele como as primícias
ressuscitou no início dos últimos dias inaugurando uma nova aliança e
uma nova comunidade do reino, portanto não há dúvidas de que nós ao
se cumprir a plena manifestação do reino a semelhança das primícias
seremos ressuscitados e transformados.
O poder a morte e a ressurreição de Cristo são o cerne da mensagem
Cristã.
Não há salvação sem arrependimento, não precisamos ter medo ao pregar
o evangelho
Nem todos os que ouvirem receberão, mas o arrependimento e fé marca
aqueles que foram alcançados com a mensagem do reino.
A mensagem bem recebida não é imparcial, ela transforma todas as áreas
de nossas vidas e histórias.
Aceitar a mensagem produz mudanças em nossos valores e prioridades
Essa mensagem tem um alcance maior do que somos capazes de prever.
A MENSAGEM DO REINO É URGENTE, PODEROSA E TRANSFORMADORA

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