LIÇÃO

02
A Doutrina de
Moisés
NOME DO PROFESSOR

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TEXTO PRINCIPAL
“Então, disse o SENHOR a Moisés: Sobe a mim, ao monte,
e fica lá; e dar-te-ei tábuas de pedra, e a lei, e os
mandamentos que tenho escrito, para os ensinares.” (Êx
24.12)
RESUMO DA LIÇÃO
Moisés recebeu a Lei diretamente do Senhor.
 OBJETIVOS DA
LIÇÃO
• COMPREENDER o significado da Antiga Aliança;

• EXPLICAR o que são as doutrinas litúrgicas;

• MOSTRAR o que são as doutrinas morais.

TEXTO BÍBLICO
Gálatas 3.23-26
23 Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo
da lei e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar.

24 De maneira que a lei nos serviu de aio. para nos conduzir

a Cristo, para que, pela fé, fôssemos justificados.

25 Mas, depois que a fé veio, já não estamos debaixo de aio.

26 Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus.

INTRODUÇÃO
Nesta lição vamos tratar a respeito do propósito e o valor da
doutrina. Faremos uma reflexão a respeito da “Doutrina de
Moisés”, uma referência à lei que Deus entregou ao seu servo,
bem como as suas aplicações.
I. A ANTIGA ALIANÇA
I. 1 - Compreendendo o Termo.
 A expressão “Antiga Aliança” se
refere a uma parte importante do
plano divino na história e não
deve ser negligenciada e nem
desvalorizada.
Tanto na individualidade de
pessoas quanto na coletividade
de seu povo, Deus estabeleceu
importantes e eternas alianças
(Gn 9.8-19; 17.3-14; Êx 34.10).
Um exemplo é a aliança que Esse concerto foi entregue a Moisés
Deus fez com Israel e que é no Monte Sinai (Êx 34.28), e como
denominada de “os Dez resumo da aliança de Deus com
Israel, é possível afirmar que a
Mandamentos”. expressão “Antiga Aliança” faz
referência à forma pela qual o povo
de Israel foi tratado por Deus no
Antigo Testamento.

²⁸ E esteve Moisés ali com o Senhor

quarenta dias e quarenta noites; não
comeu pão, nem bebeu água, e
escreveu nas tábuas as palavras do
concerto, os dez mandamentos.
Êxodo 34:28
Em síntese, assim como a Nova Aliança, a Antiga cumpriu
o propósito de Deus em se conectar e falar com os homens.
 I. 2 - Características e
Propósito da Antiga Aliança.
 A compreensão da Antiga Aliança
depende de analisá-la à luz da Nova
Aliança. Esse exercício passa por
identificar o que o Novo Testamento
tem a dizer a respeito de suas
características e de seu propósito.
A abordagem neotestamentária
sobre a Antiga Aliança é feita por
meio da comparação entre ambas,
tomando assim os seus respectivos
significados conhecidos e
compreensíveis.
 A Carta aos Hebreus nos apresenta Acerca da Antiga Aliança, esse
uma comparação entre a Antiga e a mesmo texto apresenta as suas
Nova Aliança. Na introdução, o autor principais características:
nos apresenta como Deus tem se os homens foram os seus
comunicado com o seu povo na instrumentos;
história, tanto na Antiga quanto na
Nova Aliança (Hb 1.1). ela foi externa;
ela dependeu de tomar uma forma
por meio de cerimônias e foi
representada por símbolos.
¹ Havendo Deus, antigamente,
falado, muitas vezes e de muitas
maneiras, aos pais, pelos profetas, a
nós falou-nos, nestes últimos dias,
pelo Filho, Hebreus 1:1
Sendo assim, por meio da Antiga Aliança, Deus firmou um
relacionamento com o seu povo, preservando-o de possíveis
contaminações enquanto os israelitas aguardavam uma Nova
Aliança a partir do que viam e experimentaram na Antiga.
 I. 3 - A Relação entre a
Antiga Aliança e a Nova.
A relação entre as duas alianças começa com a indicação de que, embora
cada uma delas tenha suas peculiaridades e propósitos, é possível
identificar a advertência para que haja dedicação em fazer o bem, em claro
alinhamento com o ensinamento de Jesus (Êx 23.4,5; Mt 5.38-48).
 O escritor aos Hebreus informa
que a Antiga Aliança serviu de
sombra para a Nova e que esta é
superior àquela, pois possui
“melhores promessas” (Hb 8,5-7).
Em ambos os casos, existe a presença
da promessa, visto que, qualquer
aliança depende da existência de uma
promessa que, nesse caso, é
confirmada por sinais exteriores,
como o arco nas nuvens e a
circuncisão, além da Ceia do Senhor.
As promessas que Deus fez na Antiga Fica evidente, tanto pela
Aliança foram cumpridas essência como pela presença da
perfeitamente em Cristo (Hb 9.11- promessa, que as duas alianças
28). As que pertencem à Nova
Aliança também cumprirão, pois
estão intimamente ligadas.
quem prometeu não muda (Hb 13.8).
II. DOUTRINAS LITÚRGICAS
II. 1 - O que eram?
As “doutrinas litúrgicas” também são identificadas como “leis
cerimoniais”. Essas Leis regulamentaram o sistema de ritos,
ordenanças e cerimônias, inclusive na oferta de animais em sacrifício a
Deus, inicialmente no Tabernáculo e depois no Templo.
Além dos sacrifícios de animais,
as Leis cerimoniais consistiram
em holocaustos e observâncias
de festas religiosas.
O ato de sacrificar animais está
implícito na ação de Deus em vestir
Adão e Eva logo que pecaram (Gn
3.21), e pode ser identificado
explicitamente nos dias de Caim e
Abel, além de outros casos (Gn 4.3-
5; Hb 11.4).
²¹ E fez o Senhor Deus a Adão e a
sua mulher túnicas de peles e os
vestiu. Gênesis 3:21
 Portanto, elas se constituem tanto de
ordenanças como de sacrifícios de
animais, e com elas a intenção de Deus
foi a de normatizá-las, o que ocorreu
enquanto Israel peregrinava no deserto
e momentos antes da constituição do
Tabernáculo, com vistas à organização
das ações que ali ocorreriam (Êx 25.8,9).
Portanto, por meio dos ritos, das
ordenanças e das cerimônias que
juntos formaram as “doutrinas
Litúrgicas”, Deus revelou o seu
caráter santo e exigiu o mesmo de
seu povo.
II. 2 - O seu Propósito.
 A Liturgia cerimonial tinha o
propósito fazer com que o povo
concentrasse a sua atenção em Deus.
Ela poderia ser dividida da seguinte
maneira: em relação a Ele; diante da
história; com respeito aos outros
povos e quanto ao futuro.
Os sacrifícios e as cerimônias que
envolviam o combate à impureza
tiveram o propósito de indicar o
meio do resgate da posição do
homem diante do Criador.
 Historicamente, as festas e os Na relação com outros povos, o
festivais cumpriam o desígnio de objetivo foi o de distinguir o povo
lembrar o povo sobre as grandes de Deus dos demais povos por
obras realizadas por Deus ao longo meio de restrições alimentares e o
de sua trajetória. uso de roupas diferentes.
Finalmente, Leis como a guarda do sábado, a circuncisão, a
Páscoa e a redenção do primogênito projetavam o futuro,
indicando a vinda do Messias (Hb 9.9-11).
II. 3 - Tempo de Operação.
 A proposta deste subtópico é refletir Por isso, até quando essas
sobre o prazo de validade das doutrinas vigoraram, quando e
“doutrinas litúrgicas”. Ao chamá-las por que deixaram de existir?
de “sombras das coisas futuras” (Cl
2.17), a Bíblia sugere um tempo
limite de atuação determinado pela
chegada daquilo que ansiosamente se
aguardava.

¹⁷ que são sombras das coisas

futuras, mas o corpo é de Cristo.
Colossenses 2:17
Essas doutrinas litúrgicas trabalharam Houve o que pode ser chamado
com símbolos e tipos que apontaram de substituição, cuja estrutura é
para aquilo que haveria de vir, com
referência a um novo tempo
essa: Cristo é o verdadeiro
inaugurado por Cristo, motivo pelo sacrifício (Jo 1.29),
qual é possível afirmar que essas ²⁹ No dia seguinte, João viu a Jesus,
doutrinas foram válidas até a morte de que vinha para ele, e disse: Eis o
Cristo (GL 5.1-12; Hb 10.8-10). Cordeiro de Deus, que tira o pecado
do mundo. João 1:29
e os crentes cumprem a função
sacerdotal (1 Pe 2.5,9),
⁵ vós também, como pedras vivas,
sois edificados casa espiritual e
sacerdócio santo, para oferecerdes
sacrifícios espirituais, agradáveis a
Deus, por Jesus Cristo. 1 Pedro 2:5
à medida que oferecem
sacrifícios aceitáveis diante de
Deus (Rm 12.1).
¹ Rogo-vos, pois, irmãos, pela
compaixão de Deus, que apresenteis
o vosso corpo em sacrifício vivo,
santo e agradável a Deus, que é o
vosso culto racional. Rm 12:1
III. DOUTRINAS MORAIS
III. 1 - Uma Análise Introdutória.
 As “doutrinas morais” são parte da Essas doutrinas evidenciam a
aliança de Deus com o seu povo (Êx natureza e a vontade de Deus, que
6.1-8; 19.5-8). Embora sejam as entregou a Moisés (Êx 20.1).
importantes, essas doutrinas não
possuem propósitos de salvação, pois
esta é obra da graça de Deus, e
somente pela fé em Jesus pode ser
alcançada (Ef 2.8,9).

⁸ Porque pela graça sois salvos, por

meio da fé; e isso não vem de vós; é
dom de Deus. ⁹ Não vem das obras,
para que ninguém se glorie. Ef 2:8,9
 Sendo assim, elas são perfeitas,
eternas e imutáveis, e por meio da
obediência a elas que Israel foi
mantido como povo de Deus (Êx 19-
5), e pôde refletir a santidade divina.
Essas doutrinas têm relação
direta com os Dez Mandamentos
e, juntos regulamentam o
exercício da justiça, o respeito
mútuo entre as pessoas.
Em síntese, as doutrinas morais
exprimem parte da lei de Deus,
que nas palavras do apóstolo
Paulo é “santa” (Rm 7.12) e
como expressão da vontade
divina, ela é “boa, agradável e
perfeita” (Rm 12,2).
¹² Assim, a lei é santa; e o
mandamento, santo, justo e
bom. Romanos 7:12
III. 2 - O seu Propósito.
 O principal propósito das
doutrinas morais é advertir o
povo de Deus a não pecar (Êx
20.20), princípio repetido pelo
apóstolo João: “vos escrevo para
que não pequeis” (1 Jo 2.1).
No texto de Êxodo está a
expressão “provar-vos”, que
aparece também no episódio
em que Deus provou Abraão
(Gn 22.1-24).

²⁰ E disse Moisés ao povo: Não

temais, que Deus veio para provar-
vos e para que o seu temor esteja
diante de vós, para que não pequeis.
Êxodo 20:20
Enquanto as doutrinas cerimoniais apontavam para Cristo, as morais
lembram o ser humano sobre a sua condição de pecador e convidam-no a
buscar a solução em Deus. As doutrinas morais visam também guiar o
crente ao conhecimento da vontade de Deus e a viver em santidade.
CONCLUSÃO
 Nesta lição reafirmamos o lugar da
Bíblia como fonte genuína da doutrina
cristã. Vimos que ela é a inspirada
Palavra de Deus, cujo desenvolvimento
histórico e estrutural comprova que, não
obstante tenha sido escrita por homens
falíveis, Deus é a sua fonte; o que faz dela
o Livro dos livros, pois é o instrumento
infalível e inerrante de comunicação da
mensagem de Deus aos seres humanos.
REVISANDO O CONTEÚDO
 1. A que se refere a
expressão “Antiga Aliança?
A expressão “Antiga Aliança” se refere a uma
parte importante do plano divino na história e
não deve ser negligenciada e nem desvalorizada.
 2. Cite um exemplo de
aliança que Deus fez com Israel.
Um exemplo é a aliança que Deus fez com Israel
e que é denominada de “os Dez Mandamentos”.
3. Segundo a lição, quais são as principais
características da Antiga Aliança?
Acerca da Antiga Aliança, as suas principais características são:
os homens foram os seus instrumentos; ela foi externa; ela
dependeu de tomar uma forma por meio de cerimônias e foi
representada por símbolos.
 4. O que o escritor aos Hebreus fala a
respeito da Antiga Aliança em relação à Nova?
O escritor aos Hebreus informa que a Antiga Aliança
serviu de sombra para a Nova e que esta é superior
àquela, pois possui “melhores promessas” (Hb 8.5-7).