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Dor

por Gabrieli do Nascimento Dias


Rodrigues
2022.1
MEDICINA UNIDERP
TURMA TXXV
AVISO

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184 DO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO, COM PENAS DE 3
MESES A 4 ANOS DE RECLUSÃO E MULTA).
 

Anatomia 
Medul Espinha
● Estrutura tubular, cilíndrica, achatada
anteroposteriormente, que se localiza no interior do
canal vertebral da coluna vertebral, começa no forame
magno (do osso occipital, onde termina o tronco
cerebral) e termina em torno de L1 ou L2, onde
continua como CAUDA EQUINA (filamentos)
● Tem quase o mesmo calibre do início ao fim,
porém possui 2 INTUMESCÊNCIAS, nomeadas de
PLEXO (conjunto de nervos) BRAQUIAL e PLEXO
LOMBOSSACRAL, que inervam membros superiores e
inferiores
● Se for seccionada, não transmite impulso
nervoso e não há dor
● É envolta por meninges: dura-máter (mais
externa), aracnóide e pia-máter

● SUBSTÂNCIA BRANCA: fibras → fibras


ascendentes e descendentes
● SUBSTÂNCIA CINZENTA: contém corpos de
neurônios, se assemelha a um H ou borboleta e é
dividido em CORNO ANTERIOR e CORNO
POSTERIOR → LÂMINAS DE REXED: divisões da
substância cinzenta

● REGIÃO
ANTERIOR/ventral: eferente
(sai) → motora
● REGIÃO
POSTERIOR/dorsal:
aferente (entra) → sensitiva
● FORAME INTERVERTEBRAL: forame do lado da vértebra (quando existem 2
vértebras articuladas) por onde passa o nervo espinhal
● A medula é dividida em segmentos (cervical ou C, torácica ou T, lombar ou L) e
cada um deles tem um par de nervos correspondentes de mesmo nome (nervo
recebe o nome da vértebra de cima e passa por baixo dela)
● Dependendo das regiões de secção e intumescências, a medula terá mais
substância cinzenta e menos branca

ACIDENTES ANATÔMICOS REGIÕES

Fissura mediana anterior (é a mais Anterior


pronunciada)

Sulco mediano posterior Posterior

2 sulcos laterais anteriores


Lateral
2 sulcos laterais posteriores
● Até os 3 meses de gestação, a medula e coluna crescem na mesma velocidade,
tem o mesmo tamanho e nervos já passaram por seu forame, depois do 3º mês a
coluna vertebral cresce mais que a medula e arrasta os nervos com ela = por isso,
no começo (mais precisamente em C1) os segmentos e nervos são paralelos,
depois chega um ponto em que o nervo sai da medula num forame abaixo e não
mais do próprio segmento e assim por diante, formando a CAUDA EQUINA = nome
da vértebra, na mesma altura, nem sempre corresponde ao segmento medular (só
C1 é coincidente)
● Todos os segmentos medulares, de C1 a S5 existem, porém há uma diferença na
localização, não estão exatamente no mesmo nível da vértebra e vão ficando cada
vez mais longe. O dermátomo cutâneo, nervo e segmento medular tem o mesmo
nome, o que muda é a vértebra (A DISPARIDADE É ÓSSEA)
- Para identificar a altura da lesão (no segmento):
● Da vértebra C2 a T10: somar 2 ao número da vértebra
● Da vértebra T11 a T12: corresponde a todos os segmentos
medulares lombares
● Da vértebra L1: corresponde a todos os seguimentos sacrais
- Segmento medular (é de onde o nervo sai da medula) é diferente de nervo
(sai nos forames)
- EX: se fraturou a vértebra T10 e seccionou a medula, a lesão medular não é
em T10 e sim mais para baixo
● OBS: existe 1 nervo a mais na região cervical, pois o primeiro nervo passa acima
da vértebra e não abaixo entre 2 vértebras (ex: vértebra T3 → nervo T3 → vértebra
T4), é ele que ocupa o espaço entre C7 e T1, então existem 8 pares de nervos
cervicais, apesar de 7 vértebras, e ao total 30 vértebras e 31 pares de nervos
VASCULARIZAÇÃO DA MEDULA:
● Da artéria subclávia, sobe a artéria vertebral pela região
cervical, porém próximo da base do cérebro, se unem com a artéria
vertebral contralateral e forma a artéria basilar
● Antes da artéria vertebral se unir e formar a basilar, dá um ramo
de cada lado, dando origem a ARTÉRIA ESPINHAL (desde o início da
medula até em baixo):
- 1 anterior na FISSURA MEDIANA ANTERIOR
- 2 posteriores nos SULCOS LATERAIS
● REFORÇO: ARTÉRIAS RADICULARES (em cada forame
intervertebral), que são ramos da intercostal

Dor
● Estímulo doloroso tem que ser captado da periferia e transportado até a medula e
córtex
● SNP: nociceptores ou terminações nervosas livres captam o estímulo
● Tipos diferentes de fibras, que causam diferentes dores, transmitem o impulso até
o SNC

VIA NEOESPINOTALÂMICA ou
via da dor RÁPIDA: estímulo →
fibra A delta (calibrosa, mielinizada)
se liga ao receptor →
prolongamento periférico → gânglio
espinhal (onde está o 1º neurônio)
→ prolongamento central → entra
no corno dorsal (direito ou
esquerdo) da medula e faz sinapse
com o 2º neurônio na lâmina I →
estímulo cruza, sobre pelo feixe
espinotalâmico lateral → chega ao
tálamo e no núcleo ventral
póstero-lateral faz sinapse com o
3º neurônio → chega ao córtex:
região S1 ou área sensitiva
primária no giro pós-central,
edematosa = SOMATOTOPIA
VIA PALEOESPINOTALÂMICA ou via da dor
LENTA: estímulo → fibra C (mais fina e amielinizada,
condução lenta) → prolongamento periférico →
gânglio espinhal (onde está o 1º neurônio) →
prolongamento central → entra no corno
posterior/dorsal da medula e faz sinapse com o 2º
neurônio na lâmina II ou V → cruza ou não (maioria)
→ pela via espinorreticular, ascende até a formação
reticular → pela via retículo talâmica vai para o núcleo
intralaminar do tálamo, onde faz sinapse com o 4º
neurônio → vai para o córtex nas áreas S2 e muitas
outras, pois atinge uma ampla área = pessoa não
consegue precisar o local da dor, pois é mal
localizada, difusa, mas sabe que ela dura, é em
queimação…
● OBS.: via espinorreticular + via retículo talâmica
= trato espinoreticulotalâmico. Estímulo do tato é mais
rápido que o da dor e a inibe, por isso sentimos menos dor ao pressionar a área do
machucado
Dor Persistent
COLUNA VERTEBRAL

FUNÇÕES = proteção da medula espinhal,


sustentação do peso do corpo (cada vez que
descemos por ela, o peso sustentado pela vértebra
é maior)

ESTRUTURAS = curvaturas anteroposteriores são


fisiológicas → região cervical e lombar tem uma
CONVEXIDADE ANTERIOR, enquanto a torácica
e sacral tem uma CONCAVIDADE ANTERIOR
● Em situações patológicas, as curvaturas
podem se acentuar = CIFOSE (concavidade),
LORDOSE (convexidade) e ESCOLIOSE (desvio
lateral)

ESQUELETO AXIAL (crânio, coluna vertebral,


arcos costais e esterno) X APENDICULAR (cintura
escapular, cintura pélvica e membros superiores e
inferiores)

Para reconhecer de que região é a vértebra quando ela está isolada, precisa-se saber as
características comuns das vértebras e detalhes específicos de cada região:

VÉRTEBRAS = ficam cada vez maiores, robustas e fortes para conseguir sustentar o
peso, que fica maior conforme vamos descendo a coluna, até chegar a primeira vértebra
sacral (S1), onde a situação se invertem e elas ficam cada vez menores pois NÃO
precisam sustentar mais peso, já que há a distribuição do peso para o quadril, que manda
o peso para os membros inferiores (articulação com o fêmur)
● 7 cervicais + 12 torácicas + 5 lombares
● 5 sacrais + 4 coccígeas = fixas, formando o sacro e cóccix

ESTRUTURAS DA VÉRTEBRA COMUM/NORMAL:


● CORPO (anterior)
● ARCO VERTEBRAL (posterior)
● FORAME VERTEBRAL: arco + corpo, sua soma é o canal medular
● 2 PEDÍCULOS: 2 projeções ósseas anteriores
● 2 LÂMINAS: 2 projeções ósseas posteriores
● 2 PROCESSOS TRANSVERSOS: união de um pedículo + 1 lâmina na lateral
● PROCESSO
ESPINHOSO: processo mais
posterior, formado pela união de
2 lâminas
● PROCESSOS
ARTICULARES: 2 superiores (se
articulam com os inferiores da
vértebra de cima) e 2 inferiores
(se articula com o superior da
vértebra de baixo → entre eles há
o disco intervertebral

CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS DAS VÉRTEBRAS

VÉRTEBRAS CERVICAIS: de C1 a C7 → menor, mais delicada e fina


● C1, C2 e C7 = vértebras especiais ou atípicas
- C1 = é chamada de ATLAS (deus grego que sustenta o mundo nas costas),
é um grande arco vertebral com PROCESSOS ARTICULARES
SUPERIORES bem desenvolvidos(pois se articulam com o crânio) e NÃO
TEM CORPO
- C2 = é chamada de AXIS, tem PROCESSO ODONTÓIDE ou DENTE
(projeção óssea bem desenvolvida/destacada, que serve de apoio/eixo para
atlas)
- C7 = conhecida como VÉRTEBRA PROEMINENTE, tem PROCESSO
ESPINHOSO bastante proeminente e desenvolvido
● PROCESSO ESPINHOSO BÍFIDO, é bifurcado
● PROCESSO TRANSVERSOS tem um forame (FORAME DOS PROCESSOS
TRANSVERSOS: por dentro, passa a ARTÉRIA VERTEBRAL, responsável por se
ramificar e formar as artérias espinhais, que vascularizam a medula espinhal)
VÉRTEBRAS TORÁCICAS: T1
a T12 → começam a ficar mais
robustas e fortes
● T1 = vértebra especial ou
atípica, recebe o primeiro arco
costal, e a C7 não tem
hemifóvea para baixo, por isso
ela tem uma FÓVEA
COMPLETA para receber a
primeira costela
● PROCESSO
ESPINHOSO LONGO e
INCLINADO CAUDALMENTE
(inclinado para baixo, e não
paralelo como nas demais
vértebras) que se projeta sobre a
vértebra de baixo
● 2 HEMI FÓVEAS/
FACETAS/ FACES ARTICULARES, que é metade do local para articular a cabeça
da costela (costela também se articula com os processos transversos), que fica
sempre na união de 2 vértebras (cada vértebra tem uma HEMIFÓVEA para baixo e
para cima, e quando elas se articulam, formam a fóvea)
● CORPO com FORMATO DE CORAÇÃO anatômico
● FORAME VERTEBRAL é OVALADO

VÉRTEBRAS LOMBARES: vértebras cada vez maiores, mais fortes e resistentes


● PROCESSOS ESPINHOSOS menores, mais curtos e fortes, voltam a ficam
HORIZONTALIZADOS e paralelos (como na coluna cervical, por isso é uma
diferença mas não uma característica própria)
● CORPO com formato de RIM
● FORAME VERTEBRAL é TRIANGULAR
● Únicas vértebras que possuem PROCESSO MAMILAR
SEMPRE PUNCIONAR abaixo de L2 (entre L3 e L4…), onde não tem mais medula (e
nem o risco de perfurá-la), até o espaço subaraquinóideo (entre pia máter e aracnóide),
seja para injetar uma anestesia (raqui) ou coletar líquido
● Depois disso tem a cauda equina
● Acaba a medula, mas as meninges continuam, e a tendência é o espaço
subaracnóideo alargar, pois não tem mais medula, que o empurra contra a
aracnóide, por isso é mais fácil parar a agulha exatamente ali = maior
SEGURANÇA
● LIGAMENTO SUPRAESPINHOSO, LIGAMENTO INTERESPINHOSO e
LIGAMENTO AMARELO, depois disso vem as meninges… Na punção, fazer
força para que agulha fura pele, subcutâneo, ligamentos supra e interespinhoso
e ligamento amarelo, onde sentimos a PERDA DA RESISTÊNCIA, sinal de que é
hora de introduzir mais poucos milimetros para atingir o espaço subaracnóideo
(líquor irá gotejar) e parar de introduzir a agulha
● Além disso, o processo espinhoso lombar é paralelo, o que facilita a punção (na
torácica, o processo espinhoso cobre o forame intervertebral)

DISCO INTERVERTEBRAL: entre 2 corpos vertebrais, evita impactos, atritos → NERVO


ESPINHAL está sempre na altura do disco, passando atrás dele
● ANEL FIBROSO: tecido fibroso circular, como um anel, dá resistência ao anel,
sendo que é mais espesso na região anterior do que na posterior (= região mais
fraca do anel fibroso é a região POSTERIOR, principalmente a posterolateral)
● NÚCLEO PULPOSO: centro do anel, é uma parte mais líquida e gelatinosa
● OBS.: HÉRNIA DE DISCO (alterações discais, principalmente entre L4 e L5, onde
passa o nervo L4 ou L5 e S1, onde passa o nervo L5) = disco intervertebral está
sempre espremido e sob impacto exercido pelas vértebras, por isso, com esforços
ou em determinadas condições, em sua parte mais frágil, que é a posterio-lateral,
pode se romper, deslizar, se degenerar levemente, ter uma protusão ou
abaulamento = comprimindo o NERVO ESPINHAL ou a MEDULA ESPINHAL →
dor no trajeto do nervo, parestesia, perda de força (pois comprime a raiz motora)

DERMÁTOMOS CUTÂNEOS
gravar/aprender/entender o território de inervação de cada parte do corpo, para
entendermos como a dor de um local irradia para outro e assim, saber onde está o
problema: se é o dematomo X, o nervo X está sendo comprometido e hérnia de disco está
na X região

Cada nervo, de C1 a S5, dão sensibilidade a uma parte do corpo


Tem o mesmo nome do nervo → nervo T10 inerva a região/dermátomo T10

POSIÇÃO ANATÔMICA = “cachorro”

C1 a C4 = cabeça e pescoço
C5 a C8 = começa a pegar a cintura escapular e braço (vai descendo nas regiões
anterior, lateral, posterior)
T1 a T12 = tórax (sem envolver nenhum membro) → referenciais anatômicos: T2 (ângulo
de louis ou manúbrio esternal), T4 (linha mamilar), T6 (apêndice xifóide), T8 (rebordo
costal - ultimo arco costal), T10 (cicatriz umbilical) e T12 (crista ilíaca)
L1 a L5 = parte anterior dos membros inferiores → tendem a ser na diagonal, vão
descendo e rodando
S1 a S2 = parte posterior dos membros inferiores
S3 a S5 = região perineal → da parte externa para a interna

RX
quanto maior a densidade da estrutura, mais radioopaca ou branca fica a imagem, e
quando menos densa, mais tadio transparente ou preta/cinza é a imagem

COLUNA CERVICAL (normal): antero posterior (corpos vertebrais, discos intervertebrais,


forame intervertebral - onde passa o nervo espinhal -, processos espinhosos) e perfil
(corpo da vértebra, forame do processo transverso, processos espinhosos, traquéia)

COLUNA CERVICAL (alterada): redução do espaço discal, desalinhamento da vértebra,


osteófitos (“bico de papagaio”), vértebra quebrada
COLUNA LOMBAR (normal): anteroposterior (vértebras alinhadas, corpos intactos,
processos espinhosos alinhados) e perfil (forames intervertebrais, curvatura fisiológica)

COLUNA LOMBAR (alterada): osteófitos

RM
não divide em cores, não se prender a cor como no raio-X e sim na estrutura, mostra as
partes moles: medula, músculo - imagem espelho

COLUNA CERVICAL (normal): corte sagital (traqueia, esôfago, núcleo pulposo do disco
intervertebral, canal medular, medula, vértebras alinhadas, não há compressão) e axial ou
transverso (traquéia, corpo da vértebra, disco, canal vertebral + medula, processo
espinhoso)
COLUNA CERVICAL (alterada): estreitamento do canal vertebral, desalinhamento das
vértebras, 3 hérnias de disco ou protusões discais (vários abaulamentos, na região
posterior, geralmente na diagonal, porém só identificamos se a hérnia é direita ou
esquerda na imagem axial - no caso da imagem, é do lado esquerdo)

COLUNA LOMBAR (normal): espaço vertebral, acaba a medula e continua cauda equina

METÁSTASE OSTEOBLÁSTICA: câncer de próstata


METÁSTASE OSTEOLÍTICA: câncer de mama

PLEXOS

PLEXO CERVICAL (nervos de C1 - C4):


conjunto de fibras que inervam
determinada região, nesse caso, a cabeça
e região cervical. Nervos tem o nome da
área que inervam
● Nervo occipital menor: parte
posterior da cabeça
● Nervo auricular magno: região da
orelha
● Nervo cervical transverso
● Nervo supraclavicular
● Nervo frênico: tem origem em
cima, porém tem componente motor que
inerva o diafragma → lesão: dificuldade
respiratória, pode até ser incompatível com
a vida
● OBS:. o 5º par ou nervo trigêmeo, é o que dá sensibilidade a face

PLEXO BRAQUIAL (C5 - T1):


mais rico, inerva membros
superiores; raízes formam
troncos, que formam 3 fascículos
principais (2 na região anterior e
1 posterior)
● Nervo musculocutâneo
● Nervo mediano: está mais
na região lateral (anterior) do
membro superior → faz flexão do
antebraço (bíceps, mãos,
polegar, 2º e 3º dedo)
- LESÃO: paciente
não faz mais flexão e perde a
capacidade do movimento de
pinça (MÃO DE SIMIO)
● Nervo ulnar (passa ao
lado do olécrano): corre na
região medial/interna (anterior) do
membro superior → faz flexão do
antebraço (bíceps, mãos, 4º e 5º dedo)
- LESÃO: hiperextensão do 4º e 5º dedo e flexão compensatória dos demais
dedos = MÃO EM GARRA
● Nervo radial: ramo do fascículo posterior (faz sempre movimentos de extensão),
inerva o tríceps (promove movimento de extensão no antebraço), inerva extensores
do antebraço (fazem extensão da mão)
- LESÃO: osso pode cortar o nervo radial, perde inervação de toda a região
posterior, perde a capacidade de fazer extensão = SINAL DA MÃO CAÍDA
(para equilíbrio da posição neutra da mão, é
preciso extensão e flexão)
● Nervo axilar
● OBS.: os principais são mediano, ulnar e
radial, e a lesão deles traz problemas

PLEXO LOMBOSSACRAL (T2 - L5): formado


pelos nervos lombares e sacrais, inervam os
membros inferiores
● Nervo ílio-hipogástrico
● Nervo ilioinguinal
● Nervo genitofemoral
● Nervo cutâneo dorsal femoral lateral
● Nervo femoral
● Nervo obturatório
● Nervo isquiático ou ciático: é bastante espesso (tem cerca de 2 cm) e está em
região de fácil compressão e lesão; ele deixa a coluna na região lombossacral,
desce pela face posterior, passa pelo glúteo medialmente, face posterior da coxa e
vai até a perna
Cefaléi
Cérebro pode ser seccionado em 3 planos:
● CORONAL ou TRANSVERSO: sentido anteroposterior
● SAGITAL: lateralizado
● HORIZONTAL ou AXIAL

LOBOS CEREBRAIS: FRONTAL, PARIETAL, OCCIPITAL e TEMPORAL


● SULCO CENTRAL ou “DE ROLANDO”: se “une” nos 2 hemiférios cerebrais,
separa o lobo frontal do parietal, e delimita os GIROS PRÉ (área motora primária) e
PÓS CENTRAL (área somestésica primária)
● SULCO LATERAL ou SULCO/FISSURA DE SYLVIUS: face lateral, separa o lobo
temporal do lobo frontal e parietal
● SULCO PARIETO-OCCIPITAL: separa o lobo parietal do occipital

VASCULARIZAÇÃO:
● POLÍGONO DE WILLIS: principal
estrutura responsável pela vascularização
do cérebro, formado pela artéria BASILAR
(formada pela união das ARTÉRIAS
VERTEBRAIS, que sobem pelo processo
transverso das vértebras cervicais e se
unem entre o bulbo e ponte, formando a
artéria basilar) + CARÓTIDA INTERNA =
essas 2 artérias dão ramos que fecham o
polígono :
- Ramos da ARTÉRIA
BASILAR:
● ARTÉRIA CEREBRAL
POSTERIOR: irriga a região ínfero
posterior
- Ramos da CARÓTIDA
INTERNA:
● ARTÉRIA CEREBRAL
ANTERIOR (entre elas, tem a ARTÉRIA
COMUNICANTE ANTERIOR): corre pela
face medial/interna do cérebro (entre a
fissura longitudinal) e irriga a parte supero
anterior
● ARTÉRIA CEREBRAL
MÉDIA: corre na face lateral/externa do
cérebro
● ARTÉRIA COMUNICANTE POSTERIOR (comunica o sistema
carotídeo com o sistema basilar, é o que fecha o polígono)
● OBS.: nome das artérias não indica a localização de irrigação; se paciente teve um
AVC e perdeu a visão (centro no lobo occipital), sabemos que acometeu a artéria
cerebral posterior

MENINGES: revestem cérebro e medula, porém


no cérebro não é igual, apesar de continuar com
as 3 meninges, a DURA-MÁTER no crânio tem 2
folhetos:
● Externo: aderido ao crânio, o reveste
internamente, é como se fosse um periósteo e é
muito bem inervado e vascularizado, irrigado pela
ARTÉRIA MENÍNGEA MÉDIA (é a que origina o
sangramento subdural); é a principal estrutura
responsável pela sensibilidade intracraniana, que
não está na medula, por isso não sentimos “dor na
medula”)
● Interno: corresponde ao folheto da medula,
enquanto na medula, só há 1 folheto
Existem estruturas chamadas SEIOS VENOSOS
DA DURA MÁTER (ajudam na drenagem
sanguínea da dura-máter),os 2 folhetos funcionam
como veias e formam canais que até podem ser
revestidos por endotélio, e é por onde corre o sangue:
● SEIO SAGITAL SUPERIOR
● SEIO SAGITAL INFERIOR
● SEIO RETO: comunica o sagital inferior ao superior
● SEIO OCCIPITAL: descendo o occipital, continuação do sagital superior, que
continua descendo
● SEIO TRANSVERSO
● SEIO SIGMÓIDE: um “S” na ponta do seio transverso
● OBS.: SEIO SAGITAL SUPERIOR → SEIO TRANSVERSO → SEIO OCCIPITAL =
formam uma cruz ou EMINÊNCIA CRUZIFORME no occipital, e é onde ocorre
CONFLUÊNCIA DOS SEIOS

SENSIBILIDADE DA REGIÃO INTRACRANIANA: é feita pelo FOLHETO EXTERNO DA


DURA MÁTER

SENSIBILIDADE DA FACE: é feita pelo TRIGÊMEO (V)

TRIGÊMEO: 3 ramos → dermátomos cutâneos do trigêmeo


● OFTÁLMICO
● MAXILAR
● MANDIBULAR

VIA TRIGEMINAL EXTEROCEPTIVA (dor):


estímulo na face (ex: mandíbula) é percebido pelo
NOCICEPTOR → é conduzido por um nervo
periférico (ramo mandibular do trigêmeo: tem
prolongamento periférico e prolongamento central)
até o 1º neurônio, que está no GÂNGLIO
TRIGEMINAL → estímulo segue pelo
prolongamento central até o 2º neurônio, localizado
em 2 núcleos dentro do TRONCO CEREBRAL:
● Núcleo sensitivo principal (pode receber
outros tipos de estímulos)
● Núcleo do trato espinhal (é o principal)
As fibras são quase todas cruzadas → ascendem
pelo LEMNISCO TRIGEMINAL → chega ao 3º
neurônio, que está no tálamo: NÚCLEO VENTRAL
PÓSTERO MEDIAL → vai para o córtex (giro
pós-central), onde há SOMATOTOPIA
(homúnculo/pessoa de cabeça para baixo), então
chega na parte INFERIOR (específicamente
relacionada a face)
OBS.: fibra geralmente é do tipo A-DELTA, de
condução mais rápida
 

Histologia 
Sistem Nerv
*No módulo veremos 5 lâminas ao total, que são as que serão cobradas na prova (não será
cobrado diferenciar as células da glia)

H-16 → MEDULA ESPINHAL


MENINGES
● DURA-MÁTER: tecido conjuntivo fibroso denso modelado
- Externa, tem contato com o periósteo, é aderida a ele
- Extremamente vascularizada (vasodilatação = cefaléia)
- Suas fibras seguem um padrão
- Bastante inervada
- Bem calibrosa e volumosa
● ESPAÇO SUBDURAL: é um artefato de lâmina, espaço virtual que que ocorre na
produção da lâmina, quando a aracnóide descola da pia-máter; também pode
ocorrer em condições patológicas
● ARACNÓIDE: tecido conjuntivo fibroso frouxo
- É fina e avascular (nutrida pelo líquor)
- Precisa de difusão de nutrientes para sobreviver (o líquor, que é produzido
pelo plexo coróide e absorvido pelas vilosidades para que chegue até o
sangue, percorre o espaço subaracnóideo logo abaixo dela)
- Tem GRANULAÇÕES OU VILOSIDADES ARACNÓIDEAS (estruturas
responsáveis pela drenagem e reabsorção do líquor, que está no espaço
subaracnóideo e é renovado constantemente)
● PIA-MÁTER (meninge mais interna): tecido conjuntivo fibroso denso modelado
- Vascularizada e inervada
- Precisa de ASTRÓCITOS (uma célula da glia) como suporte físico para
ligá-la ao tecido nervoso e é a mais próxima do NEURÓPILO
- Acompanha os acidentes anatômicos, adentra/invagina na fissura mediana
anterior, sulcos e folhas cerebelares
OUTRAS CÉLULAS DA GLIA:
● OLIGODENDRÓCITO: produz bainha de mielina do SNC
● CÉLULAS DE SCHWAN: produz bainha de mielina do SNP
● CÉLULA EPENDIMÁRIA: produz líquor e tem cílios, está no plexo coróide e no
canal central ependimário (tem de epitélio simples cúbico a epitélio simples
cilíndrico, ambos ciliares)
● OBS.: células da glia não se coram em HE (hematoxilina ou eosina), vemos só o
núcleo. Para cada neurônio existem 10 células da glia. Não precisamos
diferenciar micróglia, astrócito e oligodendrócito

Diferença de aspecto tecidual/ consistência:

SUBSTÂNCIA CINZENTA (H medular): tem corpo celular dos neurônios (que também
estão presentes nos gânglios do SNP e possuem vários formatos: globoso, plexiforme,
piramidal) + porção inicial do axônio não mielinizada (região de transição para o
“verdadeiro axônio”) + células da glia (microglia, astrócito, oligodendrócito) + células
ependimárias (ficam no CANAL CENTRAL OU EPENDIMÁRIO, no meio da substância
cinzenta, formado por epitélio simples cúbico a simples cilíndrico ciliado, movimenta o
líquor, que é produzido no plexo coróide, por outro tipo de célula ependimária)
● OBS.: é dividida em corno posterior (sensitiva = neurônios tendem a ser menores)
e corno anterior/ ventral (motora = tem neurônios maiores e mais corpúsculos de
nissl), ambos estão presente do lado direito e esquerdo

SUBSTÂNCIA BRANCA (periferia da medula): prolongamentos de axônio mielinizados


(aumenta mielina = aumenta a velocidade de condução) + micróglia, astrócito e
oligodendrócito (seu núcleo é que dá o aspecto esbranquiçado); tem esse nome porque
os lipídios impedem a coloração da estrutura e deixa a área com aspecto esbranquiçado

NEURÓPILO: nome do tecido nervoso que sustenta toda a população celular


H-115 → MEDULA
ESPINHAL
● Coloração para ver a arborização
dendrítica dos corpos neuronais e núcleos
das células da glia

G - 54 → MEDULA
ESPINHAL
● Coloração de nissl para ver os
corpúsculos de nissl → obs.: linha vermelha
é artefato de lâmina
● CORPÚSCULO DE NISSL ou
SUBSTÂNCIA TIGRÓIDE: grânulos
citoplasmáticos no corpo dos neurônios,
que são resultantes do aglomerado R.E.R +
POLIRIBOSSOMOS = armazena proteína

H - 15 → CEREBELO
● SUBSTÂNCIA BRANCA: fica como um feixe entre as folhas, divide-as em direita e
esquerda
● Córtex ou periferia ou parte superficial: SUBSTÂNCIA CINZENTA = FOLHAS
CEREBELARES → dividida em 3 camadas:
- CAMADA GRANULOSA: neurônios têm grânulos, é a mais interna
- CAMADA DE PURKINJE (maiores neurônios do SNC): extensa
arborização dendrítica (em direção a camada molecular que é pobre em
neurônios, ela tenta suprir), fica em fileiras entre as camadas mais externa e
interna
- CAMADA MOLECULAR: mais periférica, tem um número razoável de
células da glia, porém é pobre em corpo celular de neurônio; acompanha
conformações anatômicas da folha e tem extensa arborização dendrítica
H - 13 → CÓRTEX CEREBRAL
● SNC = encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco encefálico) + medula
● Entra nos sulcos e contorna os hemisférios
● É SUBSTÂNCIA CINZENTA e tem 6 camadas NÃO DISTINGUÍVEIS (não cai na
prova para identificar cada uma delas, e sim só distinguir o que é substância
branca e o que é cinzenta):
- MOLECULAR: núcleos das células da glia, corpos neuronais (globosos),
corpos neuronais (piramidais)
- OBS.: aumentam o número de neurônios e mudam o formato de acordo
com a camada

● SUBSTÂNCIA BRANCA: bainha de mielina, núcleo de células da glia, neurópilo


mais rendilhado e esbranquiçado, capilares e AUSÊNCIA DE CORPOS
NEURONAIS
Sistem Nerv Periféric
G 51 - NERVO ou FIBRA NERVOSA

● DEFINIÇÃO DE NERVO = conjunto de feixes ou fásculos nervosos (existem de


variados tamanhos), que tem um coletivo de fibras nervosas/axônios mielínicos
(maior espessura, pois tem várias voltas concêntricas da mielina = FIBRAS A
DELTA, maior velocidade) e amielínicas (tem uma única volta concêntrica do
envoltório de bainha de mielina, ou seja, ainda tem mielina, mas é um axônio de
menor volume, que resulta numa diferença de velocidade = FIBRAS C, menor
velocidade)
● ENVOLTÓRIOS ou CAMADAS NERVOSAS (espaço branco entre elas é
artefato de lâmina): camadas que pertencem aos nervos
- EPINEURO: envoltório de tecido conjuntivo fibroso denso modelado, que
percorre a superfície do nervo e faz invaginação, vai para o interior do nervo,
juntamente com as fibras colágenas e tecido adiposo, levando a
vascularização para suas partes mais centralizadas - é o que protege e dá
conformação anatômica ao nervo → pode vir junto com tecido adiposo ou
músculo na periferia da lâmina, devido a proximidade
● Se tenho 10 fascículos nervosos, terei 1 epineuro
- PERINEURO: tecido conjuntivo fibroso frouxo, com a presença da barreira
oclusiva (composta por células achatadas/ pavimentosas dispostas em
camadas, que impedem a entrada de antígenos para o endoneuro), envolve
um 1 feixe ou fascículo
● Se tenho 10 fascículos nervosos, terei 10 perineuros
- ENDONEURO: é a parte mais interna de um feixe ou fascículo nervoso, é
mais sensível e delicada, contém axônio ou fibra nervosa (mais corado; na
lâmina de HE não conseguimos distinguir os axônios mielínicos - maioria -
ou amielínicos; fibras são “distorcidas” e mudam de trajeto e orientação),
bainha de mielina (parte branca, não corada), células de schwann (núcleos
arroxeados ficam em volta da bainha de mielina), fibras RETICULARES
(fazem a sustentação, é uma fibra mais delicada, de menor tamanho e
densidade, passa do lado de fora da bainha e do axônio) e vasos capilares
(mantém a vitalidade)
● 1 nervo = milhares de fibras nervosas mielínicas e amielínicas → não existe nervo
mielínico e amielínico
G 52 - NERVO (coloração diferente)
Revisã
par prov
VÉRTEBRAS CERVICAIS
VÉRTEBRAS TORÁCICAS
VÉRTEBRAS LOMBARES
MEDULA ESPINHAL
LESÕES DE VÉRTEBRAS

Lesão de C1 = compromete C1
Lesão de C2 a T10 = somar 2
Lesão de T11 e T12 = compromete segmentos
medulares LOMBARES
Lesão de L1 = compromete segmentos
medulares SACRAIS

Nomes correspondem:
Segmento medular (de onde o nervo sai da
medula) = nervo (sai nos forames) = dermátomo
(região inervada pelos nervos)
COLUNA VERTEBRAL

LORDOSE =
convexidade
anterior → cervical
e lombar

CIFOSE =
concavidade
anterior → torácica
e sacral
DERMÁTOMOS
C1 a C4 = cabeça e pescoço
C5 a C8 = cintura escapular e braço (descendo nas regiões anterior, lateral, posterior)
T1 a T12 = tórax → referenciais anatômicos: T2 (ângulo de louis ou manúbrio esternal), T4 (linha
mamilar), T6 (apêndice xifóide), T8 (rebordo costal), T10 (cicatriz umbilical) e T12 (crista ilíaca)
L1 a L5 = parte anterior dos membros inferiores (na diagonal)
S1 a S2 = parte posterior dos membros inferiores
S3 a S5 = região perineal (da parte externa para a interna)
PLEXOS
NERVO AÇÃO CONSEQUÊNCIA DA LESÃO

Flexão do antebraço (bíceps, mãos, MÃO DE SÍMIO = perda da


MEDIANO
polegar, 2º e 3º dedo) flexão e movimento de pinça

Flexão do antebraço (bíceps, mãos, 4º MÃO EM GARRA =


ULNAR e 5º dedo) hiperextensão do 4º e 5º dedo
e flexão compensatória dos
demais dedos

RADIAL Inerva o tríceps (extensão no antebraço SINAL DA MÃO CAÍDA =


e da mão) perda da capacidade de fazer
extensão

PLEXO LOMBOSSACRAL: nervo ciático ou isquiático (não presente na foto) =


bastante espesso (tem cerca de 2 cm) e está em região de fácil compressão e
lesão; ele deixa a coluna na região lombossacral, desce pela face posterior, passa
pelo glúteo medialmente, face posterior da coxa e vai até a perna
CÉREBRO
TRIGÊMEO
MEDULA ESPINHAL H-16
CEREBELO H-15
CÓRTEX CEREBRAL H-13
NERVO OU FIBRA NERVOSA G-51
NERVO G-52

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