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PROPRIEDADES DO PROTOPLASMA
• Irritabilidade, condutibilidade e
contratilidade;
• Irritabilidade: propriedade de ser sensível
a um estímulo;
o Permite a uma célula detectar
modificações do meio ambiente;
o A célula reage ao estímulo,
emitindo um impulso.
• Condutibilidade: é a capacidade de
condução de impulso nervoso através do
protoplasma, determinando uma
resposta em outra parte da célula;
• Contratilidade: a resposta ao impulso
conduzido pode se manifestar por um
encurtamento da célula (contratilidade),
visando fugir de um estímulo nocivo;
• A ameba possui todas essas EMBRIOLOGIA
propriedades, já as esponjas possuem
células especializadas para contração e DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA NERVOSO
outras para irritabilidade e
• Espessamento do ectoderma -> formou a
condutibilidade.
placa neural -> crescimento da placa ->
formação do sulco neural -> formação da
NEURÔNIOS
goteira neural -> fusão dos lábios da
• Neurônio aferente ou sensitivo goteira -> tubo neural;
o Traz informações ao SNC sobre as • O ectoderma não diferenciado se fecha
modificações no meio externo e sobre o tubo neural, isolando-o do meio
interno; externo;
• Neurônio eferente ou motor • Formação das cristas neurais, localizadas
o Conduz o impulso nervoso ao dorsolateralmente ao tubo neural;
órgão efetuador (músculo ou • O tubo neural dá origem aos elementos
glândula), que determina uma do SNC;
contração ou secreção; • A crista neural dá origem a elementos do
• Neurônio de associação ou internuncial SNP.
ou interneurônio
o Situa-se entre o neurônio CRISTA NEURAL
aferente e um eferente. Possui
• As cristas se dividem originando diversos
axônio longo e faz conexão com
neurônios situados em áreas fragmentos que vão formar os gânglios
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Bases Morfofuncionais I – Farley Reis Rodrigues
espinhais (situados na raiz dorsal dos Nn. o Duas lâminas alares;
espinhais); o Duas lâminas basais;
• Elementos derivados da crista neural: o Uma lâmina do assoalho;
o Gânglios sensitivos; gânglios do o Uma lâmina do teto.
sistema nervoso autônomo • O sulco limitante separa as lâminas alares
(viscerais); medula da glândula das lâminas basais;
suprarrenal; melanócitos; células • Derivam das lâminas alares e basais:
de Schwann; anfícitos; o Neurônios ligados à sensibilidade;
odontoblastos. o Grupos de neurônios (núcleos)
o As meninges dura-máter e ligados à motricidade;
aracnoide também são derivadas o Estão situados na medula e no
da crista nervosa. tronco encefálico.
• A lâmina do teto origina o epêndima da
tela corioide e dos plexos corioides;
• A lâmina do assoalho, em algumas áreas,
permanece no adulto, formando um
sulco, como o sulco mediano do assoalho
do IV ventrículo.
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ausência do prosencéfalo e do
crânio, e é sempre fatal.
• O uso de ácido fólico de rotina nas DIVISÃO DO SN COM BASE EM CRITÉRIOS
mulheres com intenção de engravidar EMBRIOLÓGICOS
vem reduzindo a incidência dos distúrbios
de fechamento do tubo neural.
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Bases Morfofuncionais I – Farley Reis Rodrigues
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TECIDO NERVOSO • Contém núcleo e citoplasma com
organelas citoplasmáticas;
NEURÔNIOS • Núcleo é, geralmente, vesiculoso;
• São células altamente excitáveis, que se • O citoplasma do corpo celular é
comunicam entre si ou com células denominado de pericário;
efetuadoras, mediante a modificação do • Em algumas áreas do pericário há a
potencial de membrana; concentração de ribossomos;
• Possuem três regiões: • Ao microscópio óptico veem-se grumos
o Corpo celular; basófilos, conhecidos como corpúsculos
o Dendritos; de Nissl;
o Axônio. • O corpo celular é o centro metabólico do
• Tipos de neurônios neurônio, sendo responsável pela síntese
o Multipolares: possuem vários de todas as proteínas neuronais, bem
dendritos e um axônio; como pela maioria dos processos de
o Bipolares: possuem um axônio e degradação e renovação de constituintes
um dendrito; celulares;
o Pseudounipolares: o corpo celular • Possuem forma e tamanho variáveis
está localizado nos gânglios conforme o tipo de neurônio;
sensitivos, apenas um • É o local de recepção de estímulos,
prolongamento deixa o corpo através dos contatos sinápticos.
celular, e ele divide-se (à maneira
de um T) em dois ramos, um DENDRITOS
periférico e um central. O • Geralmente são curtos, ramificam-se
primeiro dirige-se à periferia e profusamente, à maneira de galhos de
forma terminação nervosa uma árvore, originando dendritos de
sensitiva, o segundo dirige-se ao menor diâmetro e apresentam as
SNC, estabelece contato com mesmas organelas do pericárdio;
outros neurônios. • São especializados em receber estímulos,
traduzindo-os em alterações do potencial
de repouso da membrana (se propagam
em direção corpo neuronal e deste ao
cone de implantação);
• Espinhas dendríticas:
o Constituem expansões da
membrana plasmática do
neurônio;
o Constituída por um componente
distal globoso, ligado à superfície
do dendrito por uma haste;
o A parte globosa forma sinapses
axodendríticas.
CORPO CELULAR
AXÔNIO
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• Prolongamento fino e longo que se determinadas áreas da medula,
origina do corpo ou de um dendrito posteriormente, ela poderá ser
principal, em região denominada cone de localizada, com técnica
implantação; histoquímica, nos pericários dos
• Apresenta comprimento variável; neurônios corticais que formam a
• Sofrem arborização terminal, via corticoespinhal referida.
estabelecendo conexões com outros • FLUXO AXOPLASMÁTICO ANTERÓGRADO
neurônios ou com células efetuadoras; o Em direção à terminação axônica;
• Alguns neurônios, especializam-se em o Exemplo: um aminoácido
secreção (seus axônios terminam radioativo introduzido em
próximos a capilares sanguíneos que determinado ponto da área
captam o produto de secreção liberado) - motora do córtex cerebral é
> são denominados neurossecretores. captado por pericários corticais e,
pelo fluxo axoplasmático
anterógrado, alcança a medula,
onde pode ser detectado por
radioautografia.
NEURÓGLIA
ASTRÓCITOS
• Possuem forma semelhante à estrela;
• São abundantes e caracterizados por
inúmeros prolongamentos;
• Reconhecem-se dois tipos:
• ASTRÓCITOS PROTOPLASMÁTICOS
o Presentes na substância
CINZENTA;
• ASTRÓCITOS FIBROSOS
o Localizados na substância
FLUXO AXOPLASMÁTICO BRANCA.
• Os axônios não sintetizam proteínas pois • Ambos se apoiam em capilares
não possuem ribossomos, todas são sanguíneos, por meio de expansões
derivadas do pericário; conhecidas como pés vasculares;
• FLUXO AXOPLASMÁTICO RETRÓGRADO: • Possuem função de sustentação e
o Em direção ao pericário; isolamento de neurônios;
o Exemplo: introduzindo-se a • Participam do controle dos níveis de
enzima peroxidase em potássio extraneuronal;
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Bases Morfofuncionais I – Farley Reis Rodrigues
• Contribuem para receptação de • São células cuboides ou prismáticas que
neurotransmissores (glutamato); revestem (como epitélio simples) as
• São os principais sítios de paredes dos ventrículos cerebrais, do
armazenamento de glicogênio no SNC; aqueduto cerebral e do canal central da
• Secretam fatores neurotróficos medula espinhal;
essenciais para a sobrevivência e • Nos ventrículos cerebrais, um tipo de
manutenção de neurônios. célula ependimária modificada recobre
tufos de tecido conjuntivo, rico em
OLIGODENDRÓCITOS capilares sanguíneos, que se projetam da
• São menores que os astrócitos e possuem pia-máter, constituindo os plexos
poucos prolongamentos; corioideos, responsáveis pela formação
• Também podem formar pés vasculares; do líquido cefalorraquidiano (LCR) ou
• OLIGODENDRÓCITO SATÉLITE ou líquor.
PERINEURONAL
o Situado junto ao pericário e NEURÓGLIA DO SNP
dendritos;
CÉLULAS SATÉLITES OU ANFÍCITOS
• OLIGODENDRÓCITO FASCICULAR
o Encontrado junto às fibras • Envolvem pericários dos neurônios, dos
nervosas; gânglios sensitivos e do sistema nervoso
o São responsáveis pela formação autônomo.
da bainha de mielina em axônios
CÉLULAS DE SCHWANN
do SNC.
• Circundam os axônios, formando seus
MICROGLIÓCITOS envoltórios (bainha de mielina e
• Células pequenas e alongadas, com neurilema). E ao contrário dos gliócitos
núcleo alongado e de contorno irregular; do SNC, apresentam-se circundantes por
• Possuem poucos prolongamentos; membrana basal;
• São encontrados em ambas as • Uma célula de Schwann produz a bainha
substâncias; de mielina sobre apenas um curto
• Apresentam funções fagocíticas; segmento do axônio.
• Reagem a mudanças em seu
microambiente, adquirindo forma
ameboide e passando para o estado
ativado;
• Quando ativados, migram para locais de
lesão e se proliferam;
• Apresentam antígenos e têm papel
central na resposta imune no SNC.
CÉLULAS EPENDIMÁRIAS
• São remanescentes do neuroepitélio
embrionário;
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Bases Morfofuncionais I – Farley Reis Rodrigues
FIBRAS NERVOSAS • Grandes nervos, como o radial e o
mediano, são mielínicos (maior parte de
FIBRAS MIELÍNICAS suas fibras são mielínicas);
• No SNP, cada axônio é circundado por • Epineuro: envoltório conjuntivo rico em
células de Schwann, que se colocam em vasos que recobre um nervo;
intervalos ao longo de seu comprimento; • Perineuro: camada de tecido conjuntivo
• Uma célula de Schwann => envolve um denso ordenado que delimita os
segmento do axônio e forma um fascículos nervosos;
“pedaço” da bainha de mielina; • Endoneuro: formado por fibrilas
• Forma a bainha de mielina e a neurilema; colágenas que envolve cada fibra
• Essas bainhas interrompem-se em nervosa. Ele é limitado, internamente,
intervalos: os nódulos de Ranvier; pela membrana basal da célula de
• No SNC, prolongamentos dos Schwann.
oligodendrócitos formam a bainha de • No interior dos fascículos, tem-se uma
mielina; barreira hemato-neural, semelhante à
• A bainha de mielina é composta de hematoencefálica. Essa barreira só é
lipídios e proteínas; efetiva graças ao perineuro epitelial, que
• Possibilita a ocorrência do impulso isola o interior do fascículo.
saltatório, devido ao acúmulo de canais
de sódio e potássio voltagem
dependentes, nos nódulos de Ranvier.
FIBRAS AMIELÍNICAS
• As fibras amielínicas conduzem o impulso
mais lentamente;
• No SNP, há fibras nervosas do SNA (fibras
pós-ganglionares) e algumas fibras
sensitivas muito finas, que se envolvem
por células de Schwann sem que haja
formação de mielina;
• No SNC, as fibras amielínicas não
apresentam envoltórios.
NERVOS
• Logo após sair do tronco encefálico, da
medula espinhal ou de gânglios
sensitivos, as fibras nervosas motoras e
sensitivas reúnem-se em feixes que se
associam a estruturas conjuntivas,
constituindo nervos espinhais e
cranianos;
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Bases Morfofuncionais I – Farley Reis Rodrigues
CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS • A paralisia evolui de forma ascendente,
iniciando-se em MMII e podendo levar à
perda da marcha;
ANESTESIAS LOCAIS
• Em casos mais graves atinge a
• Esses fármacos (p. ex., a lidocaína) musculatura respiratória, com
bloqueiam a geração de potenciais de necessidade de ventilação mecânica;
ação dos axônios por se ligarem aos • Essa doença é aguda na maior parte das
canais de sódio dependentes de vezes, e ocorre em surto único de
voltagem. evolução rápida.
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Bases Morfofucionais I – Farley Reis Rodrigues
1. Foice do cérebro: septo vertical mediano,
MENINGES – LÍQUOR
ocupa a fissura longitudinal do cérebro e
INTRODUÇÃO separa os dois hemisférios;
2. Tenda do cerebelo: projeta-se diante
• O SNC é envolvido por três membranas
transversalmente entre os lobos
conjuntivas, a aracnoide, pia-máter e occipitais e o cerebelo, separa a fossa
dura-máter; posterior da média e divide a cavidade
• Aracnoide + pia-máter = leptomeninge; craniana em compartimentos
• Dura-máter = paquimeninge; supratentorial e infratentorial. A incisura
• Podem ser acometidas por infecções da tenda (borda anterior livre do
(meningites) ou tumores (meningiomas). cerebelo) ajusta-se ao mesencéfalo, em
certas circunstâncias pode lesá-lo e aos
DURA-MÁTER
nervos troclear e oculomotor;
• É a meninge mais superficial, espessa e 3. Foice do cerebelo: divide o cerebelo em
resistente; dois hemisférios;
• Rica em fibras colágenas que contêm 4. Diafragma da sela: isola e protege a
vasos e nervos; hipófise, está acima da sela túrcica (passa
• A dura-máter do encéfalo é formada por somente uma haste hipofisária por um
dois folhetos: interno e externo (difere-se orifício).
da que envolve a medula);
• Somente o folheto interno continua-se CAVIDADES DA DURA-MÁTER
com a dura-máter espinhal; • As laminas se separam em determinadas
• O folheto externo comporta-se como áreas, formando cavidades, tem-se o:
periósteo, está aderido aos ossos do • Cavo trigeminal (de Meckel): contém o
crânio (porém não possui capacidade gânglio trigeminal;
osteogênica, ou seja, não há formação de • Outras cavidades são revestidas de
calo ósseo quando há fratura nessa endotélio e contêm sangue, formando os
região); seios da dura-máter.
• Não existe espaço epidural, como ocorre
na medula; SEIOS DA DURA-MÁTER
• A principal artéria que a irriga, no
• São canais venosos revestidos de
encéfalo, é a artéria meníngea média
endotélio e situados entre os dois
(ramo da a. maxilar interna);
folhetos da dura-máter encefálica;
• É muito inervada, assim toda a
• Alguns seios apresentam lacunas
sensibilidade intracraniana encontra-se
sanguíneas (expansões laterais
nesse envoltório e nos vasos sanguíneos
irregulares), mais frequente dos lados do
(responsáveis pela maioria das dores de
seio sagital superior;
cabeça).
• Drenagem:
o Veias do encéfalo e do globo
PREGAS DA DURA-MÁTER NO ENCÉFALO
ocular -> seios da dura-máter ->
• O folheto interno, em algumas áreas, Vv. Jugulares internas.
destaca-se do externo e constitui pregas
que dividem a cavidade craniana;
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Bases Morfofucionais I – Farley Reis Rodrigues
• Mediante as veias emissárias, ocorre a próximos à sua parede lateral pelos nn.
comunicação dos seios com as vv. Da troclear, oculomotor e ramo oftálmico do
superfície externa do crânio; trigêmeo.
o ANEURISMA DA ACI (no nível do
SEIOS DA ABÓBADA seio cavernoso): comprime o n.
1. Seio sagital superior: ímpar e mediano, abducente e pode comprimir os
percorre a margem de inserção da foice demais que atravessam o seio
do cérebro. Termina na confluência dos cavernoso, determinando
seios (próximo à protuberância occipital distúrbios muito típicos dos
interna); movimentos do globo ocular;
o Confluência dos seios = sagital o Pode ocorrer fístula carótido-
superior + reto + occipital + início venosa: determina dilatação e
dos transversos bilaterais. aumento da pressão no seio
2. Seio sagital inferior: situa-se próximo à cavernoso, fazendo com que
margem livre da foice do cérebro, ocorra a inversão da circulação
termina no seio reto; nas veias que nele desembocam
3. Seio reto: próximo da linha de união entre -> resultando em grande
a foice do cérebro e a tenda do cerebelo; protrusão do globo ocular (pulsa
recebe o seio sagital inferior e a v. simultaneamente com a ACI –
cerebral magna; exoftálmico pulsátil);
4. Seio transverso: é par e dispõe-se ao o Infecções superficiais na pele
longo da inserção da tenda do cerebelo (espinhas no nariz, p. ex.) podem
no osso occipital, desde a confluência dos de propagar para o seio
seios até a parte petrosa do osso cavernoso, tornando-se
temporal (passa a ser seio sigmoide); intracranianas (devido à
5. Seio sigmoide: em forma de S, é comunicação das Vv. Oftálmicas e
continuação do seio transverso até o a v. angular, que drena a região
forame jugular (continua diretamente nasal).
com a VJI). Drena grande percentual do 2. Seios intercavernosos: unem os dois seios
sangue venoso da cavidade intracraniana; cavernosos, envolvendo a hipófise;
6. Seio occipital: dispõe-se ao longo da 3. Seio esfenoparietal: percorre a face
margem de inserção da foice do cerebelo. interior da asa pequena do esfenoide e
desemboca no seio cavernoso;
SEIOS DA BASE 4. Seio petroso superior: dispõe-se
1. Seio cavernoso: é uma cavidade bastante bilateralmente ao longo da tenda do
grande e irregular, situada de cada lado cerebelo (na porção petrosa do
do corpo do esfenoide e da sela túrcica. temporal). Drena o sangue do seio
Recebe o sangue proveniente das Vv. cavernoso -> seio sigmoide;
oftálmica superior e central da retina. 5. Seio petroso inferior: percorre o sulco
Drena através dos seios petroso superior petroso inferior entre o seio cavernoso e
e inferior, além de se comunicar com o o forame jugular, onde termina lançando
seio cavernoso do lado oposto, através do a VJI;
seio intercavernoso. É atravessado pela a. 6. Plexo basilar: ímpar, ocupa a porção
carótida interna, pelo n. abducente, e já basilar do occipital. Comunica-se com os
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Bases Morfofucionais I – Farley Reis Rodrigues
seios petroso inferior e cavernoso, liga-se CISTERNAS SUBARACNOIDEAS
ao plexo do forame occipital e, através
• A profundidade do espaço subaracnóideo
deste, ao plexo venoso vertebral interno.
é variável, forma-se, então, as cisternas
subaracnóideas (nas áreas onde parte do
encéfalo se afasta da parede craniana);
• Tem-se as seguintes cisternas:
1. Cisterna cerebelo-medular (ou magna):
ocupa espaço entre a face inferior do
cerebelo, o teto do IV ventrículo e a face
dorsal do bulbo. Continua-se com o
espaço SA da medula e liga-se ao IV
ventrículo (através da abertura mediana).
É a maior e a mais importante, sendo
utilizada para obtenção de liquor através
de punções suboccipitais (agulha é
introduzida entre CI e o occipital);
2. Cisterna pontina: situada ventralmente à
ponte;
3. Cisterna interpeduncular: localizada na
fossa interpenduncular;
4. Cisterna quiasmática: situada adiante do
quiasma óptico;
5. Cisterna superior: situada dorsalmente
ao teto do mesencéfalo (entre o cerebelo
e o esplênio do corpo caloso),
corresponde, em parte, à cisterna
ambiens;
6. Cisterna da fossa lateral do cérebro:
corresponde à depressão formada pelo
sulco lateral de cada hemisfério.
ARACNOIDE
GRANULAÇÕES ARACNOIDEAS
• É uma membrana delicada e está
• São digitações da aracnoide para o
justaposta à dura-máter, da qual se
interior dos seios durais, levando o
separa por um espaço virtual, o espaço
prolongamento do espaço
subdural;
subaracnóideo;
• Separa-se da pia-máter pelo espaço
• Realiza a absorção do líquor para o
subaracnóideo, que contém líquido
sangue.
cerebroespinhal, ou líquor;
• Contém as trabéculas aracnoideas, as PIA-MÁTER
quais atravessam o espaço
• É a meninge mais interna e está aderida à
subaracnóideo para se ligar à pia-máter.
superfície do encéfalo e da medula;
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Bases Morfofucionais I – Farley Reis Rodrigues
• Sua porção mais profunda recebe
numerosos prolongamentos dos
astrócitos, constituindo a membrana pio-
glial;
• Fornece resistência aos órgãos nervosos;
• Forma a parede externa dos espaços
perivasculares, os quais fornecem
proteção em torno dos vasos,
amortecendo o efeito da pulsação das Aa.
ou picos de pressão sobre o tecido
circunvizinho.
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Bases Morfofucionais I – Farley Reis Rodrigues
LÍQUIDO CEREBROESPINHAL Ventrículos laterais (I e II)
ventriculares;
III ventrículo
• Oferta proteção mecânica ao SNC (forma
coxim entre este e o estojo ósseo);
Aqueduto cerebral (Sylvius)
• Princípio de Pascal -> qualquer pressão
ou choque que se aplica em um ponto
IV ventrículo
desse coxim, irá se distribuir igualmente a
todos os pontos; Abertura Aberturas
• Além disso, como o liquor está presente mediana laterais
FORMAÇÃO,CIRCULAÇÃO E ABSORÇÃO DO
LIQUOR
• Formado pelo epitélio ependimário das
paredes ventriculares, cerca de 40% de
contribuição;
• Os plexos corioides (estrutura enovelada
formada por dobras da pia-máter, vasos
sanguíneos e células ependimárias
modificadas);
• Esquema de circulação do líquor:
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Bases Morfofucionais I – Farley Reis Rodrigues
CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS § Incisura da tenda (não há
passagem do
compartimento
HIDROCEFALIA
infratentorial para o
• Processo patológico que se desenvolve supratentorial).
quando há alguma interferência na • Pode ser realizado procedimentos
produção, circulação e absorção do cirúrgicos como a derivação ventrículo-
líquor; peritoneais (drenagem do liquor,
• Ocorre o aumento da quantidade e da mediante um cateter, ligando um dos
pressão do liquor, levando à dilatação dos ventrículos à cavidade peritoneal).
ventrículos e compressão do tecido
nervoso contra o estojo ósseo; HIPERTENSÃO INTRACRANIANA
• Por vezes, ocorre durante a vida fetal
• Pode decorrer de tumores, hematomas e
(anomalias congênitas do sistema
outros processos expansivos
ventricular);
intracranianos que comprimem todas as
• Nesses casos, como a caixa craniana de
estruturas da cavidade craniana;
crianças não sofreu o processo de
• Dentre os sintomas característicos,
ossficação, ocorre a dilatação desta;
sobressai-se a cefaleia, pode ocorrer
• Já no adulto, como o crânio não se
vômitos;
expande, a PIC se eleva rapidamente,
• Havendo suspeita de HIC, deve-se fazer
com compressões das estruturas e
um exame de fundo de olho;
sintomas típicos de cefaleia, vômitos,
o O n. óptico é envolvido por um
evoluindo para herniação, coma e óbito
prolongamento do espaço
(caso não ocorra tratamento de
subaracnóideo, levando à sua
urgência);
compressão;
• Podem ser classificadas em:
o Isso ocasiona a obliteração da v.
o Comunicantes: resultam do
central da retina, o que resulta em
aumento na produção ou
ingurgitamento das vv. da retina,
deficiência na absorção do liquor,
com papila óptica (papiledema);
em razão de processos
o Essas alterações são detectáveis
patológicos dos plexos corioides
no exame citado acima,
ou dos seios da dura-máter e
permitindo diagnosticar a HIC e
granulações aracnoideas;
acompanhar sua evolução.
o Não comunicantes: são
resultantes de obstruções no
trajeto do líquor, podendo
ocorrer:
§ Forame interventricular;
§ Aqueduto cerebral (ocorre
a dilatação do III ventrículo
e dos ventrículos laterais);
§ Aberturas medianas e
laterais do IV ventrículo;
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Bases Morfofucionais I – Farley Reis Rodrigues
HÉRNIAS CRANIANAS
• Processos expansivos, como tumores ou
hematomas que se desenvolvem em um
dos septos (formados pelas pregas da
dura-máter), causam aumento da
pressão compartimental, podendo
ocorrer a protrusão do tecido nervoso
para o compartimento vizinho.
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Bases Morfofucionais I – Farley Reis Rodrigues
HÉRNIA DO ÚNCUS HEMATOMAS
Compressão do bulbo
Morte
• Tal quadro também pode ocorrer quando
se faz uma punção lombar em pacientes
com HIC;
• Assim, ocorre diminuição súbita da SUBDURAL
pressão liquórica no espaço • O sangramento se dá no espaço subdural;
subaracnóideo -> penetração das tonsilas
através do forame magno.
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Bases Morfofucionais I – Farley Reis Rodrigues
• Geralmente é decorrente da ruptura de
uma veia cerebral no ponto em que ela
entra no seio sagital superior;
• Há acúmulo de sangue entre a dura-
máter e a aracnoide;
• O crescimento do hematoma é lento, e a
sintomatologia aparece tardiamente.
HEMORRAGIAS SUBARACNÓIDEAS
• Não há formação de hematoma, já que o
sangue se espalha no liquor, podendo ser
visualizado numa punção lombar;
• Ocorre quando há ruptura de vasos com
malformações arteriovenosas ou quando
há rompimento de aneurismas cerebrais;
• O quadro clinico é agudo, com cefaleia
muito intensa, podendo ocasionar
alteração de consciência.
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Bases Morfofuncionais I – Farley Reis Rodrigues
continua em um septo intermédio
ANATOMIA MACROSCÓPICA DA MEDULA
posterior.
ESPINHAL E SEUS ENVOLTÓRIOS
• A substância cinzenta localiza-se por
GENERALIDADES dentro da branca, apresentando forma de
H ou de borboleta;
• A medula espinhal é uma massa
• Nela distingue-se, de cada lado, três
cilindroide, de tecido nervoso, situada no
coluans:
interior do canal vertebral, sem ocupa-lo
o Anterior;
completamente;
o Posterior;
• No homem adulto, mede
o Lateral (aparece na medula
aproximadamente 45 centímetros (um torácica e parte da lombar).
pouco menor na mulher);
• No centro da substância cinzenta,
• Limites:
localiza-se o canal central da medula
o Superior: bulbo, ao nível do (canal do epêndima), que é um resquício
forame magno do osso occipital; da luz do tubo neural do embrião;
o Inferior: 2ª vértebra lombar (L2).
• A substância branca é formada por fibras
• A medula termina afilando-se para um
(maioria mielínicas) que sobem e descem
formar um cone, o cone medular, que na medula e podem ser agrupadas em
continua com um delgado filamento três funículos:
meníngeo, o filamento terminal.
o Funículo anterior: entre a fissura
mediana anterior e o sulco lateral
ESTRUTURA GERAL DA MEDULA
anterior;
• Possui duas dilatações, as chamadas o Funículo lateral: entre os sulcos
intumescências (as quais são áreas que lateral anterior e posterior;
fazem conexão com a medula): o Funículo posterior: entre o sulco
o Intumescência Cervical: raízes lateral posterior e o sulco
nervosas que forma o plexo mediano posterior.
braquial; § Na parte cervical, é divido
o Intumescência Lombar: raízes pelo sulco intermédio
nervosas grossas que formam o posterior em fascículo
plexo lombossacral. grácil e fascículo
• A superfície da medula apresenta os cuneiforme.
seguintes sulcos longitudinais (percorrem
toda sua extensão):
o Sulco mediano posterior (ligado à
substância cinzenta pelo septo
mediano posterior);
o Fissura mediana anterior;
o Sulco lateral anterior (faz
conexão com as raízes ventrais);
o Sulco lateral posterior (faz
conexão com as raízes dorsais);
o Sulco intermédio posterior
(existe na medula cervical) se
1
Bases Morfofuncionais I – Farley Reis Rodrigues
2
Bases Morfofuncionais I – Farley Reis Rodrigues
da vértebra e tem-se o número do • Compreende um folheto justaposto à
segmento medular subjacente; dura-máter e um emaranhado de
o T11 e T12 -> abrange os 5 trabéculas aracnoideas, que unem esse
segmentos lombares; folheto à pia-máter.
o L1 -> abrange os 5 segmentos
sacrais. PIA-MÁTER
• É a mais delicada e mais interna;
• Adere intimamente ao tecido nervoso da
superfície da medula e penetra na fissura
mediana anterior;
• Quando a medula termina no cone
medular, a pia-máter continua
caudalmente, formando o filamento
terminal;
o Este filamento perfura o fundo-
do-saco dural e continua até o
hiato sacral;
o Quando perfura o saco dural,
ENVOLTÓRIOS DA MEDULA recebe prolongamentos da dura-
máter e é denominado de
DURA-MÁTER filamento da dura-máter
espinhal;
• É a meninge mais externa, formada por
o Este filamento se insere no
abundantes fibras colágenas que a
periósteo da superfície dorsal do
tornam espessa e resistente;
cóccix, e forma o ligamento
• Envolve toda a medula como se fosse um coccígeo.
• Forma, de cada lado da medula, o
dedo de luva (saco dural);
ligamento denticulado, que se dispões
• Cranialmente -> se continua com a dura-
em um plano frontal ao longo de toda a
máter craniana;
extensão da medula (auxilia na fixação da
• Caudalmente -> termina em um fundo de
medula).
saco no nível de S2;
• Prolongamentos laterais desse envoltório
ESPAÇOS ENTRE AS MENINGES
embainham as raízes dos Nn.espinhais,
ESPAÇO LOCALIZAÇÃO CONTEÚDO
continuando com o epineuro;
EPIDURAL Entre a dura-máter Tecido
• Os orifícios necessários à passagem, de (EXTRADURAL) e o periósteo do adiposo e
raízes ficam obliterados e não permitem canal vertebral. plexo
a saída de líquor. venoso
vertebral
interno.
ARACNOIDE SUBDURAL Espaço virtual entre Pequena
a dura-máter e a quantidad
• Dispõe-se entre a dura-máter e a pia- aracnoide. e de
máter; líquido.
SUBARACNOIDEO Entre a aracnoide e Líquor
a pia-máter. (LCR).
3
Bases Morfofuncionais I – Farley Reis Rodrigues
o Introdução de substâncias que
aumentam o contraste em
exames de imagem;
o Introdução de anestésicos;
o Administração de medicamentos.
ANESTESIAS RAQUIDIANAS
• O anestésico é introduzido no espaço
subaracnóideo por meio de uma agulha
que penetra no espaço entre as vértebras
L2-L3, L3-L4 ou L4-L5;
• A agulha perfura, sucessivamente:
o Pele -> tela subcutânea ->
ligamento interespinhoso ->
ligamento amarelo -> dura-máter
-> aracnoide.
• Certifica-se que a agulha atingiu o espaço
subaracnóideo pela presença de líquor
que goteja de sua extremidade.
4
Bases Morfofuncionais I – Farley Reis Rodrigues
GLOSSÁRIO DE TERMOS
Radiculares α
Somáticos
De axônio longo
γ
(tipo I de Golgi)
Neurônios de projeção
De axônio curto
Cordonais
(tipo II de Golgi)
de associação
1
Bases Morfofuncionais I – Farley Reis Rodrigues
o Permitem a realização dos
NEURÔNIOS RADICULARES reflexos intersegmentares na
• Possuem axônios longos e saem da medula;
medula para constituir a raiz ventral; o As fibras desses neurônios
• Neurônios radiculares viscerais: formam os fascículos próprios.
o Pré-ganglionares do SNA;
NEURÔNIOS INTERNUNCIAIS (DE AXÔNIO
o Corpos se localizam na subst.
CURTO)
cinzenta intermédia lateral;
o Inervam mm. lisos, cardíacos ou • Os axônios destes neurônios sempre
glândulas. permanecem na subst. cinzenta;
• Neurônios radiculares somáticos: • Seus prolongamentos ramificam-se
o Inervam mm. estriados próximo ao corpo celular e estabelecem
esqueléticos; conexão entre fibras AFERENTES;
o Seus corpos estão localizados na • Eles se interpõem em vários arcos
coluna anterior; reflexos medulares;
§ Alfa -> inervação de fibras • Ex.: célula de Renshaw (os impulsos
musculares que provenientes dele inibem os neurônios
contribuem efetivamente motores).
para contração dos
músculos; NÚCLEOS E LÂMINAS DA SUBSTÂNCIA
§ Gama -> inervação CINZENTA DA MEDULA
motora das fibras 1. COLUNA ANTERIOR
intrafusais (regulação da • GRUPO MEDIAL:
sensibilidade dos fusos o Existem em toda a extensão da
neuromusculares). medula;
o Os neurônios motores inervam:
NEURÔNIOS CORDONAIS
musculatura relacionada com o
• Axônios ganham a subst. branca da esqueleto axial.
medula, tomam direção ascendente ou
descendente, constituindo as fibras que • GRUPO LATERAL:
formam os funículos da medula; o Origina fibras que inervam a
• Neurônios cordonais de projeção: musculatura apendicular (MMSS
o Possuem axônio ascendente
e MMII);
longo, termina fora da medula o Neurônios situados:
(termina no tálamo, cerebelo, § Medialmente ->
etc.); musculatura proximal dos
o Integra as vias ASCENDENTES. MM;
• Neurônios cordonais de associação: § Lateralmente ->
o Axônio se bifurca (quando passa
musculatura distal dos
na subst. branca) em ramos MM.
ascendente e descendente; o Aparecem somente nas regiões
o Ambos os ramos terminam na
das intumescências.
subst. cinzenta própria da
medula;
2
Bases Morfofuncionais I – Farley Reis Rodrigues
2. COLUNA POSTERIOR SISTEMA LATERAL
• NÚCLEO TORÁCICO:
• TRATO CORTICOESPINHAL
o Evidente na coluna torácica e
o Conduz impulsos nervosos aos
lombar alta (L1-L2);
neurônios da coluna anterior da
o Propriocepção INCONSCIENTE;
medula;
o Contém neurônios cordonais de
o Origem no córtex cerebral;
projeção, cujos axônios vão ao
o Se cruzam no nível da decussação
cerebelo.
das pirâmides no bulbo;
o Assim a motricidade voluntária é
• SUBSTÂNCIA GELATINOSA:
CRUZADA;
o Recebe fibras sensitivas (entram
o TRATO CORTICOESPINHAL
pela raiz dorsal);
ANTERIOR
o Funciona o portão da dor.
§ Localizado no funículo
anterior da medula;
• Lâminas de Rexed
§ Constituído por algumas
o Arranjo de distribuição dos
fibras que não se
neurônios medulares;
cruzaram;
o Numeradas de I a X (sentido § Musculatura axial e
dorsoventral); proximal dos MMSS.
o I a IV: área receptora (terminação
dos neurônios das fibras
• TRATO RUBROESPINHAL
exteroceptivas);
o Origina-se do núcleo rubro do
o V e VI: recebem informações
mesencéfalo;
proprioceptivas;
o Liga-se aos neurônios motores
o IX: contém neurônios motores
situados lateralmente na coluna
(correspondem aos núcleos da
anterior;
coluna anterior).
o Controla os mm. responsáveis
pela motricidade distal dos MM;
SUBSTÂNCIA BRANCA DA MEDULA
o Durante a evolução, houve
diminuição desse trato e aumento
VIAS DESCENDENTES
do corticoespinhal.
• Formadas por fibras que se originam no
córtex cerebral (ou em várias áreas do SISTEMA MEDIAL
tronco) e terminam fazendo sinapse com • Composto pelos tratos: corticoespinhal
os neurônios medulares; anterior, tetoespinhal, vestibuloespinhal,
• VIAS MOTORAS DESCENDENTES reticuloespinhais bulbar e pontinho
SOMÁTICAS: terminam nos neurônios • Todos terminam NA MEDULA, EM
pré-ganglionares; NEURÔNIOS INTERNUNCIAIS.
• VIAS MOTORAS DESCENDENTES
VISCERAIS: fazem sinapse com neurônios • TRATO CORTICOESPINAHAL LATERAL
da coluna posterior (participam nos o Origem do córtex cerebral;
mecanismos que regulam a penetração o Localizado no funículo lateral da
dos impulsos sensoriais no SNC). medula;
3
Bases Morfofuncionais I – Farley Reis Rodrigues
o Inervação da musculatura distal. • Possibilidades de sinapses que as fibras e
os ramos colaterais da raiz dorsal ao
• TRATO TETOESPINHAL penetrar na substância cinzenta da
o Funções relacionadas a reflexos medula:
em que a movimentação decorre o Sinapse com neurônios motores
de estímulos visuais. (coluna anterior) -> arcos reflexos
monossinápticos, p. ex., o reflexo
• TRATOS VESTIBULOESPINHAL e patelar (estiramento miotático);
RETICULOESPINHAIS o Sinapse com neurônios
o Manutenção do equilíbrio e internunciais -> arcos reflexos
postura básica. polissinápticos, p. ex., reflexo de
flexão ou de retirada (o estímulo
• TRATO RETICULOESPINHAL PONTINO doloroso causa a retirada reflexa
o Promove contração da da parte afetada);
musculatura extensora do MI. o Sinapse com neurônios cordonais
de associação -> arcos reflexos
• TRATO RETICULOESPINHAL BULBAR intersegmentares, p. ex., reflexo
o Promove relaxamento da de coçar;
musculatura extensora do MI. o Sinapse com neurônios pré-
ganglionares -> arcos reflexos
VIAS ASCENDENTES viscerais;
o Sinapse com neurônios cordonais
• Essas vias relacionam-se direta ou
de projeção -> os impulsos que
indiretamente com as fibras que
entram pela raiz dorsal são
penetram pela raiz dorsal do nervo
levados ao tálamo e ao cerebelo.
espinhal;
• Trazem impulsos aferentes de várias VIAS ASCENDENTES DO FUNÍCULO
partes do corpo. POSTERIOR
4
Bases Morfofuncionais I – Farley Reis Rodrigues
o Conduz impulsos originados nos • TRATO ESPINOCEREBELAR POSTERIOR
MMSS e metade superior do o Neurônios cordonais e projeção
tronco. emitem axônios que ganham o
• O funículo posterior conduz impulsos funículo lateral do MESMO LADO;
nervosos relacionados com: o As fibras penetram no cerebelo
o Propriocepção CONSCIENTE; pelo pedúnculo cerebelar inferior;
o Tato epicrítico (discriminativo); o Levam impulsos de
o Sensibilidade vibratória; propriocepção inconsciente
o Estereognosia: capacidade de (originados em fusos
perceber, com as mãos, a forma e neuromusculares e órgãos
o tamanho de um objeto. neurotendinosos).
VIAS ASCENDENTES DO FUNÍCULO ANTERIOR • TRATO ESPINOCEREBELAR ANTERIOR
• TRATO ESPINOTALÂMICO ANTERIOR o Neurônios cordonais de projeção
o Formado por axônios de emitem axônios que ganham o
neurônios cordonais de projeção, funículo lateral do MESMO LADO
os quais CRUZAM o plano ou DO LADO OPOSTO;
mediano e fletem-se o Essas fibras penetram no cerebelo
cranialmente para formar esse pelo pedúnculo cerebelar
trato; superior;
o As fibras nervosas terminam no o As fibras cruzadas na medula
tálamo; tornam-se cruzar ao entrar no
o Levam impulsos de pressão e cerebelo, assim, o impulso
trato protopático (pouco nervoso termina no hemisfério
discriminativo). cerebelar situado do mesmo lado
em que se originou;
VIAS ASCENDENTES DO FUNÍCULO LATERAL o Informa sobre eventos que
• TRATO ESPINOTALÂMICO LATERAL ocorrem dentro da própria
o Neurônios cordonais de projeção medula (o cerebelo é informado
emitem axônios que CRUZAM o quando os impulsos motores
chegam à medula e qual sua
plano mediano na COMISSURA
intensidade -> controle da
BRANCA;
o Conduz impulsos de dor e motricidade somática).
temperatura.
o OBS.: TRATAMENTO CIRÚRGICO
POR SECÇÃO DO TRATO
ESPINOTALÂMICO LATERAL ->
CORDOTOMIA -> tratamento de
dor decorrente de alguns tipos de
câncer.
5
Bases Morfofuncionais I – Farley Reis Rodrigues
TRATOS E FASCÍCULOS ASCENDENTES DA MEDULA
NOME ORIGEM TRAJETO MEDULAR LOCALIZAÇÃO TERMINAÇÃO FUNÇÃO
F. GRÁCIL e Gânglio DIRETO Funículo N. grácil e Tato EPICRÍTICO
CUNEIFORME espinhal POSTERIOR cuneiforme
(bulbo)
T. ESPINOTALÂMICO Coluna CRUZADA Funículo Tálamo Tato
ANTERIOR posterior ANTERIOR PROTOPÁTICO e
pressão
T. ESPINOTALÂMICO Coluna CRUZADA Funículo Tálamo Temperatura e
LATERAL posterior. LATERAL dor
T. ESPINOCEREBELAR Coluna Propriocepção
ANTERIOR posterior e CRUZADA Funículo INCOSCIENTE
subst. LATERAL Cerebelo (detecta
Cinzenta atividade do t.
intermédia corticoespinhal)
T. ESPINOCEREBELAR Coluna Propriocepção
POSTERIOR posterior DIRETO Funículo Cerebelo INCOSCIENTE
(núcleo LATERAL
torácico)
SISTEMA MEDIAL
CORTICOESPINHAL ANTERIOR Córtex-motor Motricidade voluntária axial e proximal dos
MMSS
TETO ESPINHAL Colículo superior Orientação sensorial motora da cabeça
RETICULOESPINHAL PONTINO Formação reticular pontina Ajustes posturais (ativa musculatura extensora
do MI)
Motricidade voluntaria da musculatura axial e
proximal
RETICULOESPINHAL BULBAR Formação reticular bulbar Ajustes posturais (relaxa musculatura extensora
do MI)
Motricidade voluntaria da musculatura axial e
proximal
VESTIBULOESPINHAL LATERAL Núcleo vestibular lateral Ajustes posturais para manutenção do equilíbrio
6
Bases Morfofuncionais I – Farley Reis Rodrigues
7
Bases Morfofuncionais I – Farley Reis Rodrigues
sinapse com neurônios motores
ESTRUTURA DO MESENCÉFALO
da medula cervical.
INTRODUÇÃO • Esse colículo é importante para
certos reflexos que regulam os
• É constituído por:
movimentos dos olhos;
o Porção dorsal: teto do • Existem fibras que o ligam ao núcleo
mesencéfalo;
do nervo oculomotor;
o Porção ventral: pedúnculos
• Lesões dos colículos superiores
cerebrais (separados pelo
podem causar:
aqueduto cerebral).
o Perda da capacidade de mover os
o Em cada pedúnculo:
olhos no sentido vertical
§ Parte ventral: base do
(voluntária ou reflexamente).
pedúnculo (formada por
fibras longitudinais);
COLÍCULO INFERIOR
§ Parte dorsal: tegmento do
mesencéfalo. • É constituído por uma massa bem
§ A substância negra separa delimitada de substância cinzenta
o tegmento da base. (núcleo do colículo inferior);
• Esse núcleo recebe as fibras
TETO DO MESENCÉFALO auditivas que sobem pelo lemnisco
lateral e manda fibras ao corpo
• É constituído de quatro eminências:
geniculado medial através do braço
o Colículos superiores: relação
do colículo inferior;
com a via visual
• Esse núcleo também é uma
o Colículos inferiores: relação
importante estrutura das vias
com a via auditiva;
o Além da área pré-tetal. auditivas.
ÁREA PRÉ-TETAL
COLÍCULO SUPERIOR
• Está situada na extremidade rostral
• É formado por uma série de
dos colículos superiores;
camadas superpostas alternadas de
• Relaciona-se com o controle reflexo
substância branca e cinzenta;
• Destacam-se as seguintes conexões: das pupilas.
1. Fibras oriundas da retina: atinge
BASE DO PEDÚNCULO CEREBRAL
o colículo superior pelo trato
óptico e braço do colículo • É formada por fibras DESCENDENTES
superior; dos tratos corticoespinhal,
2. Fibras oriundas do córtex corticonuclear e corticopontino;
occipital: chegam ao colículo • Estas fibras possuem localizações
pela radiação óptica e braço do precisas na base do pedúnculo
colículo superior; cerebral, sabendo-se, inclusive, a
3. Fibras que formam o teto- localização das fibras
espinhal: terminam fazendo corticoespinhais, responsáveis pela
1
Bases Morfofuncionais I – Farley Reis Rodrigues
motricidade dos hemisférios neurônios pré-ganglionares
corporais. que fazem sinapse do gânglio
• Lesões nessa área podem causar ciliar. Estão relacionados com
paralisias que se manifestam a motricidade dos mm. ciliar
CONTRALATERALMENTE à lesão. e esfíncter da pupila.
SUBSTÂNCIA BRANCA
• Vias ascendentes:
o Lemniscos: medial, lateral,
trigeminal e espinhal;
o Pedúnculo cerebelar
superior;
o Braço dos colículos superior e
inferior.
• Vias descendentes:
o Tratos: corticoespinhal,
corticonuclear,
corticopontino, tetoespinhal,
rubroespinhal.
• Fibras de associação:
o Fascículo longitudinal medial.
FORMAÇÃO RETICULAR
• Área tegmentar ventral: neurônios
ricos em DOPAMINA;
• Núcleos da rafe: neurônios ricos em
SEROTONINA.
CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS
3
Bases Morfofuncionais I – Farley Reis Rodrigues
• Formado por fibras que se originam das
PONTE
várias áreas do córtex cerebral;
• Formada por • Termina fazendo sinapse com os
o Uma parte ventral -> base da neurônios dos núcleos pontinos.
ponte;
o Uma parte dorsal -> tegmento da FIBRAS TRANSVERSAIS E NÚCLEOS PONTINOS
ponte.
• Os núcleos são pequenos aglomerados de
PARTE VENTRAL OU BASE DA PONTE neurônios dispersos em toda a base da
ponte;
• Área própria da ponte sem • As fibras corticopontinas fazem sinapse;
correspondente em outros níveis do • Os axônios dos neurônios dos núcleos
tronco encefálico; pontinos constituem as fibras
• Apareceu durante a filogênese (junto transversais da ponte ou fibras pontinas
com o neocerebelo e o neocórtex); ou pontocerebelares;
• Atinge seu máximo desenvolvimento no • Essas fitas cruzam o plano mediano e
homem, onde é maior que o tegemento; penetram pelo pedúnculo cerebelar
• Formações observadas na base da ponte: médio.
Trato corticoespinhal PARTE DORSAL OU TEGMENTO DA PONTE
a) Fibras longitudinais Trato corticonuclear • Assemelha-se ao tegmento do
Trato corticopontino
Base da ponte b) Fibras transversais mesencéfalo;
c) Núcleos pontinos • Apresenta:
o Fibras ascendentes, descendentes
e transversais;
o Substância cinzenta homóloga à
FIBRAS LONGITUDINAIS da medula, que são:
§ Núcleos dos pares
TRATO CORTICOESPINHAL cranianos III, V, VI, VII e
• Constituído por fibras que se dirigem aos VIII.
neurônios motores da medula; o Substancia cinzenta própria;
• Na base da ponte, forma vários feixes o Formação reticular.
dissociados;
• Não tem estrutura compacta que NÚCLEOS DO N. VESTIBULOCOCLEAR
apresenta nas pirâmides do bulbo.
NÚCLEOS COCLEARES, CORPO TRAPEZOIDE,
TRATO CORTICONUCLEAR LEMNISCO LATERAL
• Constituído por fibras que se dirigem aos • Os núcleos cocleares são dois, o dorsal e
neurônios mototres situados em núcleos o ventral;
motores de Nn. cranianos; • Nesses núcleos terminam as fibras que
• Núcleos do facial, trigêmeo e abducente. constituem porção coclear do n.
vestibulococlear;
TRATO CORTICOPONTINO • A maioria das fibras originadas nos
núcleos cocleares dorsal e ventral cruza
1
Bases Morfofuncionais I – Farley Reis Rodrigues
para o lado oposto, formando o corpo • As fibras EFERENTES formam/compõem
trapezoide; os seguintes tratos e fascículos:
• Depois as fibras contornam o núcleo • Fascículo vestibulococlear
olivar superior infletem-se cranialmente e o Formado por fibras que terminam
constitui o lemnisco lateral, terminando no córtex do espinocerebelo.
no colículo inferior (os impulsos seguem • Fascículo longitudinal medial
para o corpo geniculado medial); o Envolvidos com reflexos que
• Muitas fibras dos núcleos cocleares permitem ao olho ajustar-se os
terminam no núcleo olivar superior, do movimentos da cabeça.
mesmo lado ou do lado oposto, de onde • Trato vestibuloespinhal
os impulsos seguem pelo lemnisco o Suas fibras levam impulsos aos
lateral; neurônios motores da medula;
• Muitas fibras (originadas dos núcleos o Importantes para a manutenção
coclares) sobem no lemnisco lateral do equilíbrio.
ipsilateral ou terminam nos núcleos • Fibras vestibulotalâmicas
olivares desse mesmo lado; o Levam impulsos ao tálamo, de
• Assim, a via auditiva possui componentes onde vão ao córtex.
cruzados e não cruzados;
• O hemisfério cerebral de um lado recebe NÚCLEOS DOS NERVOS FACIAL E
informações auditivas provenientes dos ABDUCENTE
dois ouvidos. • As fibras que emergem do núcleo do n.
facial têm, incialmente, direção
NÚCLEOS VESTIBULARES E SUAS CONEXÕES dorsomedial -> forma um feixe compacto,
• São localizados no assoalho do IV que abaixo do assoalho do IV ventrículo
ventrículo, onde ocupam a área se encurva em direção cranial;
vestibular; • Essas fibras, após percorrerem distância
• São em número de quatro, núcleos ao lado medial do núcleo do n. abducente
vestibulares -> encurvam-se lateralmente sobre a
o Lateral; superfície dorsal deste núcleo -> contribui
o Medial; para formar a elevação do assoalho do IV
o Superior; ventrículo (colículo facial);
o Inferior. • Essa curvatura constitui o joelho interno
• São estudados como um só núcleo; do nevo facial.
• Recebem impulsos nervosos originados
na parte vestibular do ouvido interno -> NÚCLEOS SALIVATÓRIO SUPERIOR E NÚCLEO
informam sobre a posição e os LACRIMAL
movimentos da cabeça; • Pertencentes à parte craniana do SN
• Esses impulsos passam pelos neurônios parassimpático;
sensitivos do gânglio vestibular e chegam • Originam fibras pré-ganglionares que
aos núcleos vestibulares pelos emergem pelo nervo intermédio;
prolongamentos centrais desses • Conduz impulsos para a inervação das gll.
neurônios (formam a parte vestibular do Submandibular, sublingual e lacrimal.
n. vestibulococlear);
NÚCLEOS DO NERVO TRIGÊMEO
2
Bases Morfofuncionais I – Farley Reis Rodrigues
• Possui, além do trato espinhal, o núcleo importante sistema de FIBRAS
sensitivo principal, o núcleo do trato EFERENTES DO CEREBELO.
mesencefálico e o núcleo motor;
• A partir do núcleo principal, estende-se FORMAÇÃO RETICULAR DA PONTE
cranialmente, em direção ao • Localiza-se o locus ceruleus, que contém
mesencéfalo, o núcleo do trato neurônios ricos em noradrenalina;
mesencefálico do trigêmeo; • Os núcleos da rafe, situados
• O núcleo motor origina fibras para os ventralmente na linha média, contém
mm. mastigadores (pode ser denominado neurônios ricos em serotonina.
núcleo mastigador);
• Os demais estão relacionados à CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS
sensibilidade somática geral de grande • Os sinais e sintomas de lesões da ponte
parte da cabeça. decorrem do comprometimento dos
núcleos dos Nn. cranianos aí localizados;
FIBRAS LONGITUDINAIS DO TEGMENTO DA
• NC V -> perda da sensibilidade da face, da
PONTE
motricidade da musculatura
• São os lemniscos lateral e trigeminal; mastigadora;
• Percorrem também o tegmento da ponte, • NC VI -> perda da motricidade do m. reto
feixes de fibras ASCENDENTES originadas lateral do olho;
no bulbo, medula e cerebelo, que são os • NC VII -> perda da motricidade da
seguintes: musculatura da mímica facial;
• Lemnisco medial • NC VIII -> tontura e alterações de
o Ocupa na ponte, uma posição equilíbrio.
TRANSVERSAL, cujas fibras
CRUZAM PERPENDICULARMENTE
as fibras do corpo trapezoide,
sobem e terminam no TÁLAMO.
• Lemnisco espinhal
o Formado pela união dos tratos
ESPINOTALÂMICO LATERAL E
ANTERIOR.
• Pedúnculo cerebelar superior
o Emerge do cerebelo, constituindo
a parede dorsolateral da metade
cranial do IV ventrículo;
o Aprofunda-se no tegmento e suas
fibras começam a CRUZAR COM
AS DO LADO OPOSTO,
constituindo o início da
decussação dos pedúnculos
cerebelares superiores;
o Pedúnculos cerebelares
superiores -> constituem o mais
3
Bases Morfofuncionais I – Farley Reis Rodrigues
4
Bases Morfofuncionais I – Farley Reis Rodrigues
5
Bases Morfofuncionais I – Farley Reis Rodrigues
5. Núcleo do trato solitário
ESTRUTURA DO BULBO
o Núcleo sensitivo (recebe fibras
• A organização interna das porções aferentes viscerais do VII, IX e X);
caudais do bulbo é bastante semelhante o Relacionado com a gustação.
à da medula; 6. Núcleo do trato espinhal do trigêmeo
• Entretanto, há algumas modificações da o Chegam fibras aferentes
estrutura do bulbo que o diferencia da somáticas gerais;
medula, destacam-se: o Tais fibras trazem sensibilidade
1. Aparecimento de novos núcleos de quase toda a cabeça pelos Nn.
próprios do bulbo; V, VII, IX e X;
2. Decussação das pirâmides o VII, IX e X trazem apenas
(decussação motora); sensibilidade geral do pavilhão e
3. Decussação dos lemniscos conduto auditivo externo.
(decussação sensitiva); 7. Núcleo salivatório inferior
4. Abertura do IV ventrículo. o Origina fibras pré-ganglionares
que emergem pelo nervo IX para
SUBSTÂNCIA CINZENTA DO BULBO inervação da parótida.
• MNEMÔNICO:
SUBSTÂNCIA CINZENTA HOMOLOGA À DA o Ato de tomar sorvete;
MEDULA 1. Protrusão da língua para lamber o
• Também denominada de núcleo dos sorvete -> núcleo do hipoglosso.
pares de nervos cranianos; 2. Verificar se o sorvete está frio ->
• No bulbo, encontram-se os seguintes núcleo do trato espinhal do
trigêmeo.
núcleos:
3. Verificar o gosto do sorvete -> núcleo
1. Núcleo ambíguo
do trato solitário.
o Núcleo motor para a musculatura
4. O indivíduo fica com a “boca cheia
estriada, de origem
d’água” -> núcleos salivatórios.
braquiomérica;
5. Engolir o sorvete -> núcleo ambíguo.
o Saem as fibras eferentes viscerais
6. Sorvete chega ao estômago -> núcleo
especiais do IX, X e XI, os quais
dorsal do vago.
são destinados à musculatura da
laringe e faringe.
2. Núcleo do hipoglosso SUBSTÂNCIA CINZENTA PRÓRPIA
o Núcleo motor onde se originam 1. Núcleos grácil e cuneiforme
as fibras eferentes somáticas o Originam fibras arqueadas internas
para a musculatura da língua. que cruzam o plano mediano para
3. Núcleo dorsal do vago formar o lemnisco medial.
o Núcleo motor pertencente ao 2. Núcleo olivar inferior
parassimpático. o Recebe fibras do córtex cerebral, da
4. Núcleos vestibulares medula e do núcleo rubro;
o Núcleos sensitivos que recebem o Liga-se ao cerebelo através das fibras
as fibras que penetram pela olivocerebelares;
porção vestibular do VIII par.
1
Bases Morfofuncionais I – Farley Reis Rodrigues
o Tais conexões estão envolvidas na 5. Trato espinocerebelar anterior;
aprendizagem motora (a repetição de 6. Trato espinocerebelar posterior;
ações motoras propicia o 7. Pedúnculo cerebelar inferior.
aperfeiçoamento do movimento).
3. Núcleos olivares acessórios medial e VIAS DESCENDENTES
dorsal TRATOS DO SISTEMA LATERAL DA MEDULA
o Basicamente mesma estrutura,
conexão e função do núcleo olivar 1. Trato corticoespinhal
inferior. o Ocupa as pirâmides bulbares;
o Denominado, anteriormente, de trato
SUBSTÂNCIA BRANCA DO BULBO piramidal, é motor voluntário.
2. Trato rubroespinhal
o Originado do núcleo rubro do
FIBRAS TRANSVERSAIS
mesencéfalo, chega à medula sem
1. Fibras arqueadas internas passar pelas pirâmides;
o Algumas são constituídas pelos
o É motor voluntário.
axônios dos neurônios dos núcleos
grácil e cuneiforme no trajeto entre TRATOS DO SISTEMA MEDIAL DA MEDULA
eles e o lemnisco medial; 1. Trato corticonuclear
o Outras são constituídas pelas fibras o Motricidade voluntária dos mm. da
olivocerebelares que cruzam o plano laringe, faringe e da língua.
mediano, penetram no cerebelo no 2. Trato espinhal do N. trigêmeo
lado oposto pelo pedúnculo cerebelar o Fibras sensitivas que penetram na
inferior. ponte pelo trigêmeo e tomam trajeto
2. Fibras arqueadas externas descendente ao longo do núcleo do
o Originam-se do núcleo cuneiforme trato espinhal do n. trigêmeo, onde
acessório, têm trajeto próximo à terminam.
superfície do bulbo e penetram no 3. Trato solitário
cerebelo pelo pedúnculo cerebelar o Formado por fibras aferentes
inferior. viscerais, penetram no tronco
encefálico pelos Nn. VII, IX e X.
FIBRAS LONGITUDINAIS
• Formam as vias ascendentes, VIAS DE ASSOCIAÇÃO
descendentes e de associação do bulbo. • Formadas por fibras que constituem o
fascículo longitudinal medial;
VIAS ASCENDENTES • Este fascículo liga todos os núcleos
• Constituídas de tratos e fascículos motores dos nervos cranianos;
oriundos da medula, que terminam no • Apresenta importantes conexões com os
bulbo ou passam por ele em direção ao núcleos dos nn. relacionados com o
tálamo, são as seguintes: movimento do bulbo ocular (III, IV, VI) e
1. Fascículos grácil e cuneiforme; da cabeça;
2. Lemnisco medial; • É importante para a realização de reflexos
3. Trato espinotalâmico lateral; que coordenam os movimentos da
4. Trato espinotalâmico anterior; cabeça com o olho.
2
Bases Morfofuncionais I – Farley Reis Rodrigues
FORMAÇÃO RETICULAR
CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS
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CAPÍTULO 18 - NÚCLEOS DOS NERVOS CRANIANOS: ALGUNS REFLEXOS
INTEGRADOS NO TRONCO ENCEFÁLICO
1. Conexões Reflexas
• São conexões entre os neurônios dos núcleos aferentes e os neurônios dos
núcleos eferentes dos nervos cranianos;
• Estas conexões são importantes para grande número de arcos reflexos que se
fazem no nível do tronco encefálico;
• As fibras para as conexões entre esses núcleos podem passar através da
formação reticular ou do fascículo longitudinal medial (fascículo de associação do
tronco encefálico), que, nesse caso, atuam como interneurônios.
5. Reflexo do vômito
Ø Eferências para
• Núcleo posterior do nervo vago (pré-ganglionar) ® neurônios pós-ganglionares no
estomago ® contração da parede e abertura da cárdia do estômago;
o Deste núcleo saem os impulsos, pelas fibras pré-ganglionares do nervo vago,
fazem sinapse com neurônios pós-ganglionares situados na parede do
estômago. Os impulsos chegam a este órgão, aumentando sua contração e
determinando a abertura da cárdia;
o Eferência visceral geral;
• Trato reticulospinal ® coluna lateral da medula (pré-ganglionar) ® nervos
esplâncnicos ® gânglios celíacos (pós-ganglionares) ® estômago para
fechamento do piloro;
o Deste trato saem fibras que chegam à coluna lateral da medula, de onde saem
fibras simpáticas pré-ganglionares que, pelos nervos esplâncnicos, chegam
aos gânglios celíacos. Fibras pós-ganglionares originadas nestes gânglios
levam os impulsos ao estômago, determinando o fechamento do piloro.
o Eferência visceral (medula não tem divisão geral e especial).
• Trato reticulospinal ® coluna anterior da medula ® nervo frênico ® contração do
diafragma;
o Deste trato saem fibras que chegam aos neurônios motores da medula (coluna
anterior), levam o impulso ao nervo frênico que irá contrair ao diafragma;
o Eferência somática.
• Trato reticulospinal ® coluna anterior da medula ® nervos tóraco-abdominais ®
contração dos músculos da parede abdominal;
o Deste trato saem, também, fibras que chegam aos neurônios motores da
medula (coluna anterior), onde se originam os nervos tóraco-abdominais. Estes
inervam os músculos da parede abdominal, cuja contração aumenta a pressão
intra-abdominal.
• Núcleo do nervo hipoglosso para protrusão da língua
o Eferência somática.
Ø Alterações da motricidade
• Podem ser da motricidade voluntária, do tônus ou dos reflexos;
• Força muscular ® redução (paresia), ausência total (paralisia ou plegia);
o Sintomas em apenas um lado do corpo = hemiparesia e hemiplegia.
• Tônus muscular ® estado de relativa contração permanente normal do músculo
em repouso;
o Aumento do tônus, rigidez, espasticidade (hipertonia);
o Redução, flacidez (hipotonia);
o Ausência completa (atonia).
• Reflexos ® ausência (arreflexia), diminuição (hiporreflexia) ou aumento
(hiperreflexia). Além dos reflexos patológicos.
o Em casos de lesão dos tratos corticospinal, ocorre extensão do hálux (sinal de
Babinski).
Ø Alterações da sensibilidade
• Anestesia ® ausência total de sensibilidade tátil;
• Hipoestesia ® diminuição da sensibilidade;
• Hiperestesia ® aumento da sensibilidade;
• Parestesia ® aparecimento, sem estímulo, de sensações espontâneas e mal
definidas, como o formigamento;
• Algia ® dores, em geral;
• Analgesia ® ausência da dor.
2. Lesões da medula
Ø Tabes Dorsalis
• Consequência da neurossífilis (sífilis terciária). Ocorre lesão das raízes posteriores,
especialmente da divisão medial destas raízes;
• Com o progredir das lesões, pode haver destruições maiores das raízes
posteriores, com comprometimento de outras formas de sensibilidade e perda de
alguns reflexos cujas fibras aferentes foram destruídas.
• Secção completa;
• Perda sensorial e motora total abaixo do nível da lesão;
• Comum acontecer em quedas;
3. Lesões do bulbo
Núcleo do nervo facial ® onde faz sinapse o neurônio motor superior (cortical) com o
neurônio motor inferior ® lesão do neurônio motor inferior ® paralisia ipsilateral da
hemiface (superior e inferior)
Lesão do neurônio motor superior no lado direito, por exemplo ® perda motora no
quadrante inferior contralateral (esquerdo) da face.
Ø Lesão do tegmento
• Compromete os lemniscos medial, espinal e trigeminal, o núcleo rúbro e o nervo
oculomotor;
Ø Núcleos
• Núcleos da rafe ® conjunto de nove núcleos que se dispõe ao longo da linha
mediana em toda a extensão do tronco encefálico. Contém neurônios ricos em
serotonina;
• Locus ceruleus ® localizado na área de mesmo nome, no assoalho do IV
ventrículo. Apresenta neurônios ricos em noradrenalina;
• Área tegmentar ventral ® situada na parte ventral do tegmento do mesencéfalo,
medialmente à substância negra. Contém neurônios ricos em dopamina.
Ø O ciclo vigília-sono
• Este ciclo é regulado por neurônios hipotalâmicos pelo sistema ativador
ascendente;
• Durante o dia (vigília), a taxa de disparos dos potenciais de ação dos neurônios é
muito alta, indicando ativação do córtex. O córtex recebe também aferências dos
núcleos talâmicos sensitivos;
• No final da vigília, anterior ao momento de dormir, um grupo de neurônios do
hipotálamo anterior inibe a atividade dos neurônios do sistema ativador
ascendente, desativando o córtex;
• Simultaneamente, o núcleo reticular do tálamo inibe a atividade dos núcleos
talâmicos sensitivos, barrando a passagem para o córtex dos impulsos originados
nas vias sensoriais, iniciando, assim, o estado de sono;
• Pouco antes do despertar, os neurônios do sistema ativador ascendente voltam a
disparar, cessa a inibição dos núcleos talâmicos sensitivos pelo núcleo reticular e
inicia-se o novo período de vigília;
• Portanto, o sono não é um fenômeno passivo, já que existem neurônios ativos
inibindo a ação do SARA para gerar o sono.
Ø Integração de reflexos
• Na formação reticular existem diversos centros que, ao serem estimulados,
desencadeiam respostas motoras estereotipadas, características de fenômenos
como vômito, deglutição, locomoção, mastigação, movimentos oculares, além de
alterações respiratórias e vasomotoras;
• Centro do vômito, na formação reticular do bulbo;
• Centro da deglutição, na ponte;
• Núcleo parabducente, na ponte, para controle dos movimentos conjugados dos
olhos no sentido horizontal;
• Centro locomotor, no mesencéfalo;
• Centro respiratório e centro vasomotor, que controlam o ritmo respiratório, o ritmo
cardíaco e a pressão arterial;
• Pode-se perceber, portanto, que um comprometimento do tronco encefálico pode
ter consequências seríssimas, devido a diversidade de funções da formação
reticular;
1. Generalidades
Ø Fibras musgosas
• Fazem sinapses excitatórias (ativam) com os neurônios dos núcleos, as células
granulares e, indiretamente, com as células de Purkinje;
• A conexão indireta das fibras musgosas com as células de Purkinje ocorre porque
as células granulares, com quem essas fibras fazem sinapse diretamente, se
bifurcam formando as fibras paralelas e estas fazem sinapse com as células de
Purkinje, ativando-as.
• Ou seja, por meio das fibras paralelas, que são derivadas das células granulares,
as fibras musgosas conseguem se conectar indiretamente com as células de
Purkinje.
Ø Fibras trepadeiras
• Fazem múltiplas sinapses excitatórias diretamente com as células de Purkinje e
com os neurônios dos núcleos;
• Portanto, as células de Purkinje recebem sinapses diretamente das fibras
trepadeiras e indiretamente das fibras musgosas.
Ø Células de Purkinje
• Sinapses inibitórias com os neurônios dos núcleos;
• Quando esta célula fica excitada, ela está apta a exercer sua ação inibitória.
Ø Núcleos
• São os seguintes ® núcleo denteado, núcleo emboliforme, núcleo globoso e
núcleo do fastígio (fastigial);
• O núcleo do fastígio localiza-se próximo ao plano mediano, em relação com o
ponto mais alto do teto do IV ventrículo;
• O núcleo denteado é o maior dos núcleos centrais do cerebelo e localiza-se mais
lateralmente;
• Entre os núcleos do fastígio e denteado, localizam-se os núcleos globosos e
emboliforme, que são muito semelhantes estrutural e funcionalmente. Por isso,
eles geralmente são agrupados sob o nome de núcleo interpósito;
• Destes núcleos supracitados saem as fibras EFERENTES do cerebelo que enviam
informações para outras regiões e neles chegam axônios das células de Purkinje;
6. Conexões extrínsecas
6.1. Vestibulocerebelo
Ø Conexões aferentes
• As fibras aferentes que se destinam ao vestibulocerebelo tem origem nos núcleos
vestibulares e se distribuem ao lobo floculonodular;
Ø Conexões eferentes
Ø Conexões Aferentes
• As fibras que se originam na medula se destinam ao espinocerebelo;
• Recebe sinais sensoriais originados em receptores proprioceptivos e, em menor
grau, de outros receptores somáticos;
• Isso lhe permite o grau de contração dos músculos, a tensão nas capsulas
articulares e nos tendões, assim como as posições e velocidades do movimentos
das partes do corpo.
Ø Conexões eferentes
6.3. Cerebrocerebelo
Ø Conexões aferentes
• No cérebrocerebelo chegam informações oriundas de áreas motoras e não
motoras do córtex cerebral;
Ø Conexões eferentes
7. Funções do cerebelo
Ø Síndromes
• Do vestibulocerebelo ® perda do controle dos movimentos dos olhos, perda da
postura e do equilíbrio e ataxia;
• Do Espinocerebelo ® erros na execução motora devido ao não processamento de
informações proprioceptivas, redução do tônus muscular (hipotonia), redução da
precisão, direção e extensão do movimento, ataxia, fala arrastada, oscilações;
• Do cerebrocerebelo ® decomposição do movimento multiarticular,
disdiadococinesia (dificuldade para fazer movimentos rápidos e alternados),
rechaço (retardo na ação dos músculos extensores para resistir a um movimento),
tremor, dismetria (execução defeituosa de movimentos);
2. Divisões do hipotálamo
4. Funções do hipotálamo
Ø Controle do SNA
• O hipotálamo é o centro suprassegmentar mais importante do sistema nervoso
autônomo, exercendo essa função em conjunto com outras áreas do cérebro, em
especial com as do sistema límbico;
• O hipotálamo anterior tem relação com funções como aumento do peristaltismo
gastrintestinal, contração da bexiga, diminuição do ritmo cardíaco e da pressão
sanguínea e constrição da pupila. Ou seja, o hipotálamo anterior controla
principalmente o sistema parassimpático;
• Enquanto o hipotálamo posterior tem relações opostas ao anterior, porque controla
principalmente o sistema simpático;
• As relações emocionais controladas pelo sistema límbico interferem no SNA.
1. Visão geral
Ø Constituição
• Substância cinzenta ® presença de diversos núcleos divididos em grupos;
• Substância branca ® lâmina medular externa e lâmina medular interna (em forma
de Y);
2. Núcleos do tálamo
• Divisão dos principais núcleos do tálamo ® Grupos anterior, posterior, mediano,
medial e lateral;
Ø Grupo anterior
• Compreende os núcleos localizados no tubérculo anterior do tálamo, situado no
local da bifurcação em forma de Y da lâmina medular interna;
• Recebem AFERÊNCIAS dos corpos mamilares;
o Estes núcleos recebem fibras dos núcleos mamilares.
• Mandam EFERÊNCIAS para o giro do cíngulo e o córtex frontal;
o Estes núcleos projetam fibras para estas estruturas.
• Função ® relação com a memória;
Ø Grupo posterior
• Situado na parte posterior do tálamo, compreende o pulvinar e os corpos
geniculados lateral e medial;
• No pulvinar ® relação com a linguagem e a atenção;
• No metatálamo (corpos geniculados lateral e medial):
o C. Geniculado medial (recebe FF do colículo inferior) = via auditiva.
o C. Geniculado lateral (recebe FF do colículo superior) = via óptica.
Ø Grupo mediano
• São núcleos localizados próximo ao plano sagital mediano, na aderência
intertalâmica ou na substância cinzenta periventricular (nas paredes do III
ventrículo);
• Têm conexões principalmente com o hipotálamo e, possível relação com funções
viscerais.
Ø Grupo medial
• Compreende os núcleos situados dentro da lamina medular interna (núcleos
intralaminares) e o núcleo dorsomedial, situado entre a lâmina medular interna e
os núcleos do grupo mediano;
• Núcleos intralaminares ® Participam do SARA (sistema Ativador reticular
ascendente);
o AFERÊNCIAS = recebem fibras da formação reticular
o EFERÊNCIAS = projetam fibras para o córtex cerebral, ativando-o e integrando
o SARA;
• Núcleo dorsomedial ® relação com funções comportamentais e psíquicas
(cognitivas).
o Possui conexões recíprocas com a área pré-frontal do córtex (parte anterior do
lobo frontal).
Ø Vias motoras
• Núcleo ventral anterior ® recebe a maioria das fibras do globo pálido e a partir
dele elas se dirigem para o tálamo. Manda eferências para áreas motoras do
córtex cerebral;
• Núcleo ventral lateral ® recebe fibras do cerebelo e parte das fibras do globo
pálido, e envia eferências para o córtex motor;
Ø Vias sensitivas
• Núcleo ventral pósterolateral ® recebe fibras dos lemniscos medial e espinal.
Manda eferências para o giro pós-central (localizado no lobo parietal);
o Fascículo grácil, fascículo cuneiforme, trato espinotalâmico anterior e trato
espinotalâmico lateral.
• Núcleo ventral posteromedial ® recebe fibras do lemnisco trigeminal, trazendo
sensibilidade somática geral de parte da cabeça e envia eferências para o giro
pós-central;
Ø Núcleo reticular
• Conexões diretas com os outros núcleos talâmicos e com a formação reticular;
• Não se relaciona diretamente com o córtex;
3. Considerações funcionais
SUBTÁLAMO
1. Generalidades
Ø Núcleo subtalâmico
• Núcleo próprio do subtálamo;
• Possui conexões recíprocas com o globo pálido;
• Função ® regulação da motricidade somática;
• Lesões do núcleo subtalâmico provocam a síndrome do hemibalismo,
caracterizado por movimentos anormais das extremidades;
EPITÁLAMO
1. Generalidades
Ø Secreção
• A melatonina é sintetizada pelos pinealócitos a partir da serotonina;
• O processo de síntese é ativado pela noradrenalina liberada pelas fibras
simpáticas;
• Durante o dia, as fibras simpáticas têm pouca atividade e os níveis de melatonina
na pineal e na circulação são muito baixos;
• Durante a noite, ou em baixa luminosidade, a inervação simpática da pineal é
ativada, liberando noradrenalina, e os níveis de melatonina circulante aumenta
cerca de dez vezes;
• Deste modo, a concentração de melatonina no sangue obedece a um timo
circadiano, com pico durante a noite;
• Entretanto, esse ritmo decorre da atividade rítmica do núcleo supraquiasmático do
hipotálamo, transmitida à pineal através da inervação simpática;
• O núcleo supraquiasmático recebe aferências da retina que informam sobre o nível
de luminosidade através do trato retinohipotalâmico;
• Portanto, em baixa luminosidade aumenta-se os níveis de melatonina e em alta
luminosidade esse nível se reduz;
Ø Funções da pineal
• Sincronização dos ritmos circadianos;
• Regulação do sistema imunitário;
• Ação antigonadotrópica;
o Mais relevante para animais;
o Gônadas = ovários e testículos;
o A pineal dificulta o desenvolvimento das gônadas, ou seja, da maturação
sexual.
• Regulação da glicemia