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Eletroterapia

Bases da fisioterapia:
1) Física
2) Química
3) Fisiologia
4) Terapêutica
Rexed – é a divisão da medula em fatias, 10 lâminas diferentes.
Concêntrico → interpotente → fase positiva (explosão de movimento)
Excêntrico → inter-resistente → fase negativa (sustentação do movimento)

Prostaglandina: substância que regula a dor


GABA: interneurônio inibidor químico de contração muscular
Limiar de excitabilidade: quantidade de estímulo perceptível (músculo, pele...)

Vias:

• Aferente: percepção → vai para o sistema nervoso central


• Eferente: recepção → sai do sistema nervoso central
SISTEMA NERVOSO

• Autônomo:
• Central: medula óssea e encéfalo (cérebro, diencéfalo, telencéfalo,
cerebelo e tronco encefálico)
• Periférico: ramificações do SNC, 33 nervos raquidianos e cauda equina;
Sistema Nervoso Central
Centros Motores: 2

• Medular
• Encefálico
Níveis de Integração Motora: 3

• Reflexo/ Medular → primitivo


• Subcortical/ Encefálico Inferior → memória e automatização
• Cortical Superior/ Encefálico Superior → inteligência e aprendizagem
Repostas Motoras: 4

• Respostas autonômicas ligadas ao sistema nervoso autônomo como


proteção, dependem do nível de integração motora. São elas: Reflexas,
rítmicas, voluntárias e posturais.

Engrama Neuromotor: usa informações conhecidas/elaboradas ao longo da vida


Medula → RAFI
Plexo → conjunto de nervos

• Plexo braquial: C5 a T1
• Plexo lombossacral: T12 a S1
• Nervo ciático: L4 a S3

As fibras musculares podem ser:

• Tônicas: lenta, curta, transversa, horizontal ou oblíqua. Postural (± 8 seg)


• Fásicas: longa, comprida, rápida, grandes tensões, explosiva (± 5 a 8 seg)
• Intermediárias

Propriedades do músculo estriado esquelético:

• Elásticas: capacidade de deformar e voltar → carga/tensão


• Viscosas: deslizamento entre miofibrilas → tempo

Neurônios:

• Motores → enviam a informação da medula e mandam para a periferia


• Sensoriais → recebem a informação da periferia e mandam para a medula
• Associação → medula
• Medula (1), subcortical (2), córtex (3)
A bainha de mielina dos neurônios contém os nós de Ranvier → substância que
protege o nervo. Além disso, a condução do estímulo pode ser saltatória (rápida)
ou ponto a ponto (lenta).
O gânglio sensitivo é responsável pela percepção da quantidade de estímulo, já o
neurônio sensorial percebe o tipo de estímulo.

H medular → 90% a 95% das informações sensoriais chegam pelo corno


posterior da medula, fazem associação e saem do corno anterior para a periferia

Estesia → percepção
Principais mediadores químicos glicina
Acetilcolina (ACTH)
Mielina → substância rica em cristais de cálcio...
Princípio de recrutamento → os neurônios pequenos são os primeiros ativados
para realizar o movimento. Assim, quando o movimento é feito de forma rápida,
não há estímulo em cada unidade neuronal, e sim de todas de uma vez.
Abalo do músculo através do nervo:

• Abalo em série → alta potência explosão, recruta todos os neurônios


motores de uma vez, promovendo capacidade de sustentação.
• Abalo em paralelo → o estímulo passa de neurônio em neurônio, com
menos mielina e de maneira mais lenta, sendo os que iniciam o movimento.
Unidade motora → é o número de miofibrilas comandada por um nervo. Pode ser
grande (centenas/milhares de miofibrilas) ou pequena (dezenas de miofibrilas),
dependendo da região e do estímulo.
Espasmo → é uma contração muscular involuntária que ocorre por agressão as
terminações nervosas.

Nas pirâmides bulbares, 5% a 25% das informações não cruzam para o lado
contralateral e 75% a 95% cruzam. Por isso quando ocorre um AVE ainda há
resquício de movimento. (Decussação das pirâmides)

Hígida → pessoa sem patologia, saudável.


Arco reflexo simples → proteção, reflexo, integrado na medula.
Região subcortical → núcleos e gânglios basais que são estruturas anátomo
funcionais responsáveis pela elaboração das respostas motoras.

Hipotálamo → controla o tálamo e a hipófise, além de ser responsável pelo


controle da temperatura corporal (estímulos ambientais a parte anterior regula o
calor e a parte posterior regula o frio.
Tálamo → decodificador do corpo humano. Interpreta e direciona as informações.
Hipófise → responsável pela química corporal
Bulbo → controla as respostas automáticas e coordenadas do corpo humano.
Formação bulbo reticular → controla a quantidade de tônus para o corpo
humano.
Tônus → estado de semicontração muscular de origem reflexo-automática para
manutenção de postura e/ou movimento.
Trofismo → quantidade de volume de um músculo.

O feedback associativo é responsável pela memória/lembrança.


Osteopenia → início da perda de cálcio nos ossos.
Lei de Wolff → o crescimento e o desenvolvimento ósseo estão diretamente
proporcionais as tensões aplicadas sobre ele. Porém, se tiver excesso ou
ausência de tensões, pode-se fechar precocemente as cartilagens de
congregação (transitórias, presentes durante a fase de crescimento).

Epífise → células tronco

Metáfise → parte mais alongada


(infância → cartilagens de
congregação)

Diáfise: parte central/média

Placa epifisária: desenvolvimento, rica


em medula óssea. Osso trabecular.

Sistemas de Havers → responsáveis pela nutrição óssea. Na horizontal são os


canais de Volkmann e na vertical são os canais de Havers.
Células-tronco → epífises dos ossos longos (medula óssea), lamelares, chatos ou
planos.
Trabéculas → linhas de força dos ossos. Tentam impedir a instalação de
deformidades.

→ Verticais: tentam impedir a instalação de deformidades compressivas.


→ Horizontais: tentam impedir a instalação de deformidades de forças de
tração.
→ Obliquas: tentam impedir a instalação de deformidades tensionais.
Hidroxiapatita de cálcio → substância de confere rigidez ao osso (fosfato de
cálcio + carbonato de cálcio).
Vitamina D → fixa o cálcio no organismo (intestino e fígado), distribuição por
canais de Havers e corrente sanguínea.
Metabolismo → reações bioquímicas que ocorrem no organismo. O anabolismo é
responsável pela absorção e nutrição, já o catabolismo é responsável pela
excreção.
Células Satélites → células jovens que migram das células tronco pelo sistema
circulatório, orbitam ao redor do trauma e se depositam, formando um neotecido
mais forte e resistente que o original.
Fenômeno piezomecânico → alterações mecânicas ocorridas nos tecidos
biológicos.
Fenômeno piezoelétrico → alterações no campo eletromagnético do corpo
humano.
Coordenação intramuscular → ligada ao fuso neuromuscular, controla o número
de miofibrilas recrutadas.
Coordenação intermuscular → controle de quem é agonista e antagonista,
funcionando de maneira interligada na articulação.

Agonista: principal

Antagonista: secundário, contrário ao agonista.

Sinergista: auxilia o movimento do agonista.


Funções musculares
Neutralizador: anula e neutraliza a função primária,
muda a função para ajudar o outro músculo.

Estabilizador: fixa/sustenta a articulação da região.

Grupos musculares → protetores, propulsores, posicionador e estabilizadores.


Formação reticular → órgão que participa do feedback associativo. É coordenada
e recebe informações do sistema límbico e hipotálamo. Vigília.
Lassidão ligamentar → ligamento mais frouxo, com menos elastina.

Núcleo/gânglio amigdaloide

• Se ligado ao sistema límbico, controla a personalidade do indivíduo;


• Moral, amorala e imoral;
• Fornece tônus de fundo para gestos especiais e especializados.
Aparelho vestibular → responsável pelo equilíbrio estático e dinâmico. Os
movimentos lineares são controlados pelo utrículo e sáculo. Já os movimentos
angulares são controlados pelos canais semicirculares – são canais que possuem
cílios (receptores). O cílio maior é sensorial e condutivo eletricamente, esterocílio.
Os cílios menores dependem da passagem da endolinfa, sendo responsáveis pela
percepção de movimento, cinocílios.

Reações de retificação → labiríntica (ouvido), cervical (pescoço), óptica (olhos) e


corporal.
Cerebelo → arquicerebelo, paracerebelo e neocerebelo. Qualidade, equilíbrio e
coordenação de tônus.
Corpo/ gânglio/ núcleo → iniciam movimentos voluntários e fornecem tônus
adequado.
estriado → núcleo caudado
estrelado → putâmen
A substância negra produz dopamina, que evita movimentos estereotipados,
controlando as funções motoras.

Receptores externos:

• TNL: terminações nervosas livres que estão em todo o corpo. Percebem


principalmente a dor, nociceptivo. Sente e já responde.
• Epicrítica: fina, específica, rápida, aguda e amielínica. 6 a 36m/s. AΔ
• Protopática: grosseira, generalizada, lenta e crônica. 0,5 a 2 m/s. C
• Krause: perceptor do frio. Dependendo do limiar (se for muito baixo) vai
direto para a percepção de dor (TNL). 1,86 m/s a 0º.
• Ruffini: perceptor do calor e movimentos articulares (cinestésico). Se o
limiar para calor estiver baixo, sente-se direto a dor (TNL).
• Paccini: interpreta deformação mecânica de pressão (articular e
movimento).
• Meisner: perceptor de tato mecânico. 70 a 120 m/s, fibras Aβ.
Proprioceptores: são receptores sensoriais próprios, normalmente encapsulados,
localizados dentro das peças anatômicas (normalmente nas articulações ou
próximos a elas). Ex.: ligamentos, cápsulas, cartilagens, tendões e músculos.
Receptores cinestésicos: percebem sentido de movimento e posicionamento no
espaço – Ruffini e Meisner.
Fuso Neuromuscular (FNM) → inicia e controla a frequência e velocidade de uma
contração, 12 a 13. O fuso é provocado por estímulos de estiramento (reflexo – a
deformação do fuso que provoca o SNC para obter uma resposta).

O reflexo de estiramento é provocado quando o fuso sozinho é estirado (e a FEF


encurta) ou quando o fuso e as fibras extrafusais são estirados juntas.

Órgão Tendinoso de Golgi (OTG): proteção as tensões exageradas do músculo.


Inibição autogênica.

Co contração → contração simultânea de grupos antagônicos de uma mesma


articulação ou região corporal. Ligada a atividade estática, isometria.
Inervação recíproca → ligada ao movimento. O mesmo grupo de nervos comanda
músculos antagônicos em uma mesma articulação;
Inibição recíproca → o agonista do gesto desejado é inibido reciprocamente para
qualificar o gesto funcional.
Irradiação → quando o comando neural irradia para músculos com a mesma
função, inibindo os antagônicos.
Alavanca de interfixa (1ª ordem): busca o equilíbrio
Alavancas interpotente e inter-resistente: ligadas ao movimento.

Vias de controle:
Sistema piramidal → voluntário. Todo primeiro ato será voluntário
Sistema extrapiramidal → involuntário automático. Integração antes da execução.
TENS

O TENS é um pulso elétrico despolarizado, de baixa frequência que provoca


descarga elétrica para as fibras nervosas, inibindo a passagem do estímulo
doloroso à medula espinhal (bloqueio da percepção dolorosa por competição de
estímulo).

Substâncias que estimulam a percepção de dor → serotonina, prostaglandina,


potássio e bradicinina.
A modulação supra-segmentar provoca diretamente o tálamo, ocorre quando os
estímulos vêm da medula. Já a modulação periférica do segmento ocorre quando
a ação é diretamente medular.

Β-endorfina: maior substância analgésica

Analgésicos → opioides endógenos → encefalinas


Endorfinas
Serotoninas
Tinorfinas
ACTH
Beta-lipotropina
Glutamato

Parâmetros/Mecanismo
TENS elevada TENS reduzida
de Ação
Intensidade Sensorial Motor

Frequência 60 a 100 Hz 2 a 4 Hz

Duração de pulso 60 a 100µs 150 a 100µs


Conforme necessário
Duração tratamento 30 minutos
15 – 20 minutos
Início do alívio <10 minutos 20 a 40 minutos

Duração do alívio Minutos a horas horas


Tens elevada → pré-sináptica, medula, formigamento. Quadros agudos e
convencional (estímulo tátil-mecânico), age direto na medula.
Tens reduzida → cérebro/córtex, burst. Liberação de opiáceos endógenos, atua
na hipófise (encefalina → acetilcolina → β-lipotropina → β-endorfina)

Propriedades físico-fisiológicas do músculo estriado esquelético


1. Excitabilidade: capacidade do músculo de excitar-se ou irritar-se após um
estímulo elétrico;
2. Condutibilidade: capacidade do músculo de conduzir a informação para
outra parte ou toda a unidade motora;
3. Contratilidade: capacidade do músculo de contrair parte ou toda a unidade
motora;
4. Tonicidade: capacidade de permanecer em um estado de semicontração;
5. Elasticidade: capacidade do músculo de retornar ao comprimento natural
de repouso;

Contribuição

• Alívio da dor;
• Erradicação ou diminuição da ingestão medicamentosa;
• Retorno as atividades produtivas;
• Modificação do comportamento do paciente.
Aspectos fisiológicos

• Controle da teoria das comportas da dor;


• Velocidade do estímulo → o estímulo tátil-mecânico vai pelas fibras A beta,
superando o estímulo doloroso que vai pelas fibras C e A delta;
• Inibição pré-sináptica → entre os mecanoceptores e os nociceptores, os
estímulos táteis, que são conduzidos pelas fibras grossas, “fecham” as
comportas da dor ao estímulos nociceptivos, conduzidos pelas fibras finas.
• Liberação de substâncias químicas opioides;
Velocidade de estímulo
As fibras nervosas grossas mielinizadas (A beta) conduzem mais
rapidamente que as fibras nervosas finas amielinizadas (C e A delta);

Frequência, largura e intensidade

• Baixa → 1 a 50 Hz, 50 a 400 µs, dor aguda


• Alta → 50 a 200 Hz, 50 a 200 µs (rápido), dor crônica
Protocolo

• Dor aguda → alta frequência, baixa intensidade e pulso estreito


• Dor crônica → baixa frequência, alta intensidade e pulso largo
Tempo de estimulação

• Estimulação limiar por longo tempo;


• Estimulação supra-limiar, 20 a 30 minutos pré-fixado;
• Estimulação por 30 a 60 segundos;
TENS Convencional

• Mais utilizado
• Baixa intensidade – sem contração muscular
VIF
Convencional, em casos agudos > 20 min. Serve para não acomodar o estímulo.
CORRENTE INTERFERENCIAL

• São 2 Correntes sinusoidais de média frequência (2.000- 4000Hz),


moduladas em baixa frequência (1-250Hz) que se alternam e atingem
tecidos mais profundos de forma agradável
• Ocorre quando há a aplicação de duas correntes levemente modificadas,
gerando interferências entre elas;
• Frequência portadora → 4.000 Hz
• AMF – Amplitude de modulação da frequência → ajustada com a
frequência portadora e modulada de 0 a 250Hz. É uma corrente média,
somada a uma baixa, gerando uma 3ª corrente que abrange uma área
maior, promovendo um micromassageamento e levando o estímulo a
hipófise
• Possui efeito circulatório e motor, sendo que a varredura “procura” o ponto
mais efetivo de dor
• ΔF (sweep frequency)→ superposição das correntes alternadas,
variação da frequência. É escolhida de acordo com a fase da patologia e
evita a acomodação. Busca ficar mais confortável para o paciente e atingir
tecidos mais profundos.

Efeitos

• Analgesia;
• Auxilia a liberação de substâncias como endorfinas e encefalinas;
• Vasodilatação;
• Estímulo tátil-mecânico e circulatório, devido a liberação de opioides
endógenos;
• Efeito vascular - transmissão convencional com variação de intensidade e
frequência.
• Ação medular e cortical simultâneas

Slope/ Sweep mode

• Tempo que ocorrerá a variação da frequência;


• 1:1 → crônica
• 1:5:1 → subaguda
• 6:6 → aguda
Obs.: a maioria dos estudos envolvendo AMF sugerem frequência de 100Hz para
analgesia. Além disso, a tetrapolar é mais utilizada que a bipolar, pois faz uma
varredura nos locais afetados – com uma área maior, não acomoda a dor.
Frequência

• 2 → hiposensibilidade;
• 4 → sensibilidade normal;
• 8 → hipersensibilidade;
• Quanto mais alta a dosagem, menos agressiva ela é. Quanto mais próxima
de 1000, mais agressiva ela vai ser.
Indicações

• Doenças reumatológicas;
• Doenças ortopédicas;
• Doenças circulatórias;
• Doenças autoimunes;
• Constipação intestinal.
Contraindicações

• Estado febril;
• Portador de marca passo;
• Epiléticos;
• Gestantes;
• Cardíacos descompensados.
Obs.: para analgesia, o glutamato, a acetilcolina e a lipotrofina vão combinadas
pela corrente sanguínea para a hipófise, liberando a síntese da beta endorfina e
chegando nas fibras do tipo C e A delta.
CORRENTE AUSSIE - excito motriz, usada em pessoas hígidas, para estimular os
músculos
Fisiologia

• A duração do processo de inflamação determina a cicatrização → fase


inflamatória (1 a 2 dias - orgânica), proliferativa (média de 3 a 7 dias),
remodelação (14 a 21 dias)
• Em traumato-ortopedia há fases → aguda (até 2 semanas), subaguda (2 a
6 semanas), crônica (acima de 6 semanas). Lembrando que casos
crônicos podem ter crises agudas.
Vantagens da Interferencial sobre a TENS: resultado mais a curto prazo, ou seja, a
resposta é mais rápida.
CORRENTE RUSSA

Usada em pessoas hígidas, pois precisa de um axônio íntegro para carrear a


informação e deve ser associada a atividade física. Acelera o processo de
recuperação e melhora o limiar de excitabilidade, ativando o engrama neuromotor.

Neuropraxia → perda parcial do estímulo sensório-motor, é parcial e transitória.


Neurotmese → ruptura do nervo que comanda os músculos, perda total da
informação.

• No início, a corrente russa aumentava a força muscular de 30% a 40%.


Deve ser aplicado somente sob o ponto motor, que é o ponto mais
excitável de um músculo (ventre muscular) e é importante para que
atendamos as propriedades físico-fisiológicas do M.E.E. O outro ponto é
aplicado próximo (com a distância mínima de 1 eletrodo) para incentivar a
corrente;
• Transforma a função das fibras musculares ainda que o músculo seja
misto;
• O que nomina o tipo de fibra do músculo são as fibras em maior
quantidade;
• Efeito Excitomotor

Variáveis

• Russa verdadeira → frequência de 2.500 Hz (KLD)


• Russa adaptada → frequência de 2.000 Hz (neurovetor)
• Corrente Aussie → australiana. Variação suave da corrente russa, onda
mais branda indicada para fortalecimento, 4.000 Hz
Trens de pulso → retangular, bipolar, simétrica e com a frequência desejada.

Utilização

• Eletrocinesia – quando há o estímulo elétrico somado ao movimento


voluntário, oferecendo 50% do aparelho e 50% do indivíduo;
• Fortalecimento muscular com e sem modificação das fibras;
• Excitação subliminar prolongada para provocar a modificação da fibra sem
fortalecê-la;
Tipo de corrente

• Alternada, de frequência média entre 2.500 Hz e 4.000 Hz (KLD), permitido


aplicação de alta amperagem, aprox. 100mA.
Benefícios suplementares

• Ativa 30 a 40% de unidades motoras a mais, pois o axônio aumenta a


velocidade da passagem do estímulo;
• Troca específica da frequência de modulação para modificar
potencialmente a composição das fibras musculares;
• A curto prazo, pode desenvolver uma força ótima;
• Pode melhorar a estabilidade de uma articulação durante a fase de
imobilização;
• Aumento do tônus muscular e diminuição da flacidez.
Aspectos cinesiológicos

• Classificação das unidades motoras (Janda) por prevalência;


• A composição varia entre indivíduos, assim como o comportamento;
• Alfa 2 → tônicos (sustentação) Alfa 1 → fásicos (potência)
• Alfa 2 < alfa 1, sendo que o alfa 2 é ativado antes (princípio de
recrutamento), ou seja, a ativação tônica precede a fásica;
• Potencial trans membranáceo, Δ alfa 2 → -70mV e o Δ alfa 1 → -90mV;
• As fibras fásicas são ativadas quando o movimento exige um esforço
suplementar. O moto neurônio Δ alfa 1 ativa a fibra muscular fásica para
adicionar força ao movimento vigoroso;
• Em um movimento rápido, as fibras fásicas podem entrar em atividade
antes que as crônicas. O Δ alfa 1 ativa a fibra fásica para reação
inesperada e rápida em todo o músculo.
• Δ alfa 1 → axônio mais grosso, ou seja, velocidade maior.
Unidade motora tônica

• Fibras musculares vermelhas;


• Filogeneticamente velhas;
• Ricas em capilares;
• Inervação → moto neurônio Δ alfa 2;
• Fadiga lenta;
• Frequência tetânica 20Hz - 30Hz (até 40 Hz em alguns);
• Ativada em movimentos normais, como postura.
Unidade motora fásica

• Fibras musculares brancas;


• Filogeneticamente jovens;
• Pobres em capilares;
• Inervação → moto neurônio Δ alfa 1;
• Fadiga rápida;
• Frequência tetânica 50Hz – 100Hz;
• Ativada em movimentos rápidos e esforços suplementares.
Aspectos fisiológicos

• Experimento reinervação cruzada (Eccles, 1958) - Ao modificar, em


condições experimentais, a inervação de uma célula muscular de um moto-
neurônio ∆ alfa 1, para um moto-neurônio ∆ alfa 2 e vice-versa, se
constatou que a propriedade da célula sofre uma alteração fundamental,
adaptando-se ao novo moto neurônio. Burke 1973, a unidade motora é
fisiológica e histologicamente homogênea
• Plasticidade do tecido conjuntivo - O tecido muscular é capaz de adaptar-
se a condições alternantes. Em geral, a transformação de fibras
musculares fásicas em tônicas transcorre com maior facilidade do que o
caminho inverso.
Aspectos eletrofisiológicos

• A força muscular pode aumentar sob os efeitos da excitação elétrica. Em


pessoas saudáveis o aumento não é superior àquele conseguido através
de exercícios físicos, pois todas as unidades motoras podem ser ativadas
em princípio pela excitação elétrica, provocando maior tensão
intramuscular, ativando o músculo em sua atividade máxima.
• Manter a qualidade e quantidade de tecido muscular;
• Recuperar a sensação da contração muscular;
• Aumentar ou manter força muscular;
• Estimular a circulação sanguínea no músculo
• Modificações na composição da fibra → a composição das fibras
musculares se modifica ao ser exposta a um período prolongado de
excitação provocado por correntes elétricas. Depende da frequência com
que se despolariza o nervo motor por meio da corrente elétrica, sendo
reversível com tempo e treino.
Distúrbios funcionais
Na presença de distúrbios funcionais os músculos tônicos tendem ao
encurtamento, enquanto os fásicos, ao enfraquecimento. Isso ocorre pois rompe-
se a interação equilibrada entre os músculos, causando desequilíbrio na ação
muscular e alterando movimentos normais.
Parâmetros

• AMF e delta F - estimulam os trens de pulso adequados para determinar


que o aparelho está atingindo os objetivos necessários. Evita acomodação
do estímulo
• Tônica: 20 a 40 Hz, acima de 8 segundos, ideal 10s
• Fásica: 50 a 150 H, 5 a 8 segundos, ideal 6s
• Mínimo 100, máximo 300 contrações por minuto. Sempre começar o
tratamento com a quantidade mínima.
Ciclos On/Off

• Determinam a VIF e a passagem dos trens de pulso;


• On → tempo da passagem da corrente para o eletrodo, leva de 2 a 3
segundos
• Off → tempo de repouso
Obs.: ao fazer a conta do tempo (quantas vezes quer que a corrente passe), se
considera o tempo do on/off e o tempo de duração do estímulo e divide por 2.

FES (Funcional Eletrical Stimulation)

Aparelho que utiliza baixas frequências para promover movimentos funcionais em


músculos com contraturas. Assim, é usada no tratamento de pacientes
hemiparéticos e em pessoas com distúrbios neurológicos.

Fisiologia

• Promove a contração funcional em músculos paralisados ou enfraquecidos


devido a lesões do primeiro neurônio motor superior → traumas
raquimedulares ou cranioencefálicos, derrames, paralisia cerebral...
• Ocorre uma contração através da estimulação elétrica, que despolariza o
nervo motor, produzindo uma resposta sincrônica em todas as unidades
motoras do músculo. Este sincronismo promove uma contração eficiente,
mas é necessário treinamento específico, a fim de evitar a fadiga precoce
que impedirá a utilização funcional do método com o objetivo
reabilitacional.
• É necessário uma série de estímulos com uma certa duração, seguidos por
outros com uma apropriada frequência e repetição. Esta sequência de
estímulo recebe o nome de trens de pulso. Um período entre dois trens de
pulso chamado de repouso deve ser observado, a fim de evitar a fadiga na
fase de recondicionamento muscular ou para permitir o controle de
contrações musculares e se obterem movimentos úteis a locomoção.
• A forma do trem de pulso pode ser retangular, porém as fases de ascensão
e descida mais inclinadas possibilitam uma contração muscular com
características mais biológicas → um tempo de subida muito lento gera
acomodação, impedindo a resposta ainda que os parâmetros sejam
satisfatórios.
• A estimulação deve ser feita conforme as repostas ocorrem (qualidade e
quantidade), e não visando cada tipo de fibra;
• Conforme ocorre a fadiga, a tensão muscular diminui, sendo necessário
intensificar o estímulo a fim de recrutar novas unidades motoras;
• Evitar a fadiga excessiva por meio dos parâmetros
• Aumento da permeabilidade capilar e na atividade enzimática do
metabolismo aeróbio, decréscimo no metabolismo anaeróbio, entre outras;
• alterações na proporção entre fibras de tipo I e II assim como aumentos de
seus tamanhos;
• Maior aumento da desidrogenase succínica, uma flavoproteína contendo
ferro hemínico, que toma como indicativo da capacidade oxidativa
mitocondrial, o que pode aumentar a capacidade aeróbica do músculo;
• Os níveis de adenosina-trifosfatase (ATPase) são maiores quando se trata
eletricamente a musculatura junto com a cinesioterapia, sugerindo níveis
maiores de atividade muscular e menor grau de atrofia por desuso;
Indicações

• Facilitação neuromuscular;
• Substituição órtica;
• Controle da espasticidade;
• Paraplegias e paraparesias;
• Esclerose múltipla;
• Hipotrofia por desuso;
• Paralisia cerebral;
Contraindicações

• Eixo de marca-passo;
• Sobre o seio carotídeo e área cardíaca;
• Espasticidade grave → já há um padrão instaurado;
• Implante eletrônico;
• Paciente refratário a estimulação eletrônica;
• Sensibilidade alterada.
Características

• Baixa frequência;
• Alternada ou bifásica;
• Pulsada;
• Simétrica com pulsos retangulares (1s de “on”);
• Despolarizada
Parâmetros

• 30 a 50 Hz → fibras tônicas ou vermelhas do tipo I;


• 50 a 80 Hz → fibras fásicas ou brancas do tipo II;
• O tempo pode variar entre 200 e 400µs quando o objetivo é contração;
Fibras brancas apresentam menor limiar de excitação, ativadas com duração de
pulso próxima de 200 µs. Já as fibras vermelhas respondem melhor com a
duração de pulso próxima a 400 µs

Neurologia

• A FES promove estímulo a reorganização do ato motor a nível de SNC e


progressivo retorno a atividade motora voluntária seletiva;
• Promove a contração de músculos paréticos por meio de vias sensitivas,
que contribuem para a normalização das atividades motoras reflexas
básicas;
• Propicia a produção de uma contração funcional útil em músculos privados
de controle normal;
Identificar os pontos motores é importante pois é o local mais excitável que há no
musculo, ou seja, é o mais condutível e com maior capacidade contrátil,
aumentando a tonicidade.
Vídeo 1:
Mecanismos de controle da dor:
Melzeck e Wall – “a dor é uma descarga de estímulos que surgem no indivíduo
através de receptores sensórias expandidos. O cérebro consegue participar da
modulação da dor humana por meio de diversas atividades.”
Modulação Supra Segmentar da dor:

• O segmento é a medula espinal, ou seja, as informações vão do cérebro


para a medula. O cérebro consegue participar da modulação da dor uma
vez que ele tenha as condições ideais para que isso aconteça. A dor deve
ser intensa o suficiente para que o cérebro entenda que há a necessidade
de mediá-la.
• Cérebro → estímulo para o mesencéfalo (substância cinzenta
periaquedutal) → libera encefalinas (parece com endorfina, analgésica) →
então o tronco encefálico libera nos núcleos da RAFI (núcleo magno)
encefalina. Juntos eles alcançam as fibras aferentes que estão com a
informação de dor, inibindo esse estímulo. Isso só acontece se o indivíduo
estiver calmo.
Modulação Periférica do segmento:

• O segmento é a medula espinal, ou seja, as informações vem da periferia


para o segmento (medula).
Teorias:

• Teoria do fechamento de comportas → fibras ascendentes →


• Sistema extra-leminiscal: fibras tipo C e A delta (estímulo de pressão e tato)
– transmitem estímulos de dor. Fibras finas, amielínicas
• Sistema leminiscal: fibras A beta (e A alfa) – transmitem estímulos de
pressão, mecânicos e táteis. Fibras grossas, mielínicas, impulsos fortes e
rápidos
• TENS – mecanoceptores que passam o estímulo tátil pela fibra A beta, ,
que é rápida, então o estpimulo de dor para de passar e o que passa é a
vibração do aparelho.
Corno posterior (substância gelatinosa) → célula T, é a célula de transmissão da
informação

• Teoria dos opioides endógenos: a serotonina permite que o glutamato


(neurotransmissor excitatório) seja levado a medula espinhal pela via
rafiespinal - eferência. Assim, quando o glutamato chega na medula e
excita o interneurônio, ele começa a secretar os opioides endógenos
(endorfinas) na mesma fenda sináptica que está sendo secretada a
substância P (prostaglandina), que é a responsável por gerar a dor.
VIDEO 2:
Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea
Estimuladores elétricos por corrente pulsada – estimular as fibras nervosas a partir
de eletrodos superficiais, fazendo uma despolarização fibrilar e criando uma
estimulação analgésica.
O TENS é uma aplicação de corrente elétrica pulsada na superfície da pele com a
finalidade de modular a dor ou aliviá-la através da estimulação de fibras nervosas.

Normalmente os eletrodos são compostos de uma placa metálica coberta com


uma lâmina de silicone, que antes da aplicação deve ser embebida em gel para
melhorar o acoplamento na pele. Existe também o eletrodo autoadesivo.
Efeitos fisiológicos
A partir de potenciais de ação, a TENS carreia/desencadeia o processo
analgésico. Ocorre uma reversão da polaridade (estimulação, despolarização ou
excitação) da fibra nervosa, ou seja, deixando a carga do interior da fibra positivo,
modulando uma informação. Assim, atinge as fibras responsáveis por sentir e
modular a dor.
Parâmetros:

• Frequência – é definida como o número de pulsos emitidos por segundo


(pps). 1 a 200 Hz. Podem ser simples ou burst.
• Duração – tempo decorrido entre o início e o final de todas as fases dentro
de um único pulso. 50 a 400 µ

DP – duração de pulso; DIP – duração entre pulsos;


• Amplitude da corrente – refere-se a magnitude da corrente emitida pelo
aparelho de TENS e é medida em mA
• Formato da onda – a fase é responsável por uma onda (positiva ou
negativa). Já o pulso é a soma de duas ondas (uma fase positiva e outra
negativa. Os aparelhos de TENS costumam ser bifásicos, balanceados –
existem a forma pulsada e a forma contínua.

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