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NEUROFISIOLOGIA

P ro f ª Dr a P au l a G ab rie le F. Q. B e r go n si
FAM – 2 0 2 3
SISTEMA NERVOSO

O sistema nervoso é o que nos permite


perceber e interagir com o nosso ambiente. O
encéfalo regula a função voluntária e
involuntária, permite-nos estar atentos e
receptivos e possibilita que respondamos física
e emocionalmente ao mundo. A função cerebral
é o que nos torna a pessoa que somos.
DIVISÃO ANATÔMICA DO SISTEMA NERVOSO

• SN CENTRAL responsável pela recepção e integração de


informações, tomada de decisões e envio de “ordens” aos órgãos
efetores.
• SN PERIFÉRICO transmite informações provenientes dos órgãos
sensoriais para o SNC, e deste para os órgãos efetores
(músculos/Gll.). Dividido em simpático e parassimpático, controlando
funções autonômicas.
DIVISÃO FUNCIONAL
SISTEMA NERVOSO
DIVISÃO FUNCIONAL DO SN

SENTIDOS
ESPECIAIS
(visão, audição,
gustação e olfato)
AFERENTE SENSORIAL

SOMESTÉSICO
SISTEMA (tato, dor, movimento)
NERVOSO SOMÁTICO
(voluntário)

EFERENTE SIMPÁTICO

AUTÔNOMO
PARASSIMPÁTI
CO
SISTEMA SENSORIAL AFERENTE

• Monitora os meios interno e externo e envia


informações para os centros de integração
neural →iniciam respostas apropriadas.
• Os sentidos especiais da visão, da audição, da
gustação e da olfação possuem diferentes
regiões do encéfalo dedicadas a processar os
seus estímulos sensoriais;
• Córtex somestésico primário no lobo parietal
é o ponto de chegada de vias oriundas da pele,
do sistema musculosquelético e das vísceras.
As vias somatossensoriais conduzem
informações sobre tato, temperatura, dor,
coceira e posição do corpo
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO EFERENTE

• SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO: interação do organismo com o meio externo, responsável por processos
voluntários e reflexos – músculos esqueléticos.

• SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO: Controle visceral e regulação do meio interno para manutenção da
homeostase – músculos lisos e glândulas.
SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO EFERENTE

• As vias motoras somáticas são constituídas por um neurônio único que se origina no SNC e projeta seu axônio até o
tecido-alvo, que é sempre um músculo esquelético – junção neuromuscular. As vias motoras somáticas são sempre
excitatórias.
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO EFERENTE

• A regulação autonômica ocorre de forma involuntária;


• A informação sensorial segue para os centros de controle homeostático, localizados no hipotálamo, na ponte e no
bulbo (pressão arterial, temperatura corporal, equilíbrio hídrico);
• Pode acarretar em emoções que influenciam respostas autonômicas (rosto vermelho de vergonha, desmaiar ao ver
uma agulha de injeção, sensação de “frio na barriga”)
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO EFERENTE

• SIMPÁTICO: Funções fisiológicas de ação generalizada e em momentos de mobilização de


reservas e gasto de energia são importantes.
• PARASSIMPÁTICO: Funções fisiológicas de ação mais localizada e em situações de
repouso, assimilação e restituição de reservas de energia

HOMEOSTASE
COMPORTAMENTO

• Os estímulos sensoriais que chegam ao córtex


cerebral são elaborados no encéfalo para criar uma
representação (percepção) do mundo. Após, a
informação é integrada por áreas de associação e
passada para o sistema límbico. Uma
retroalimentação do sistema límbico para o córtex
cerebral gera a consciência da emoção, ao passo que
as vias descendentes para o hipotálamo e para o
tronco encefálico iniciam os comportamentos
voluntários e as respostas inconscientes mediadas
pelos sistemas autônomo, endócrino, imune e motor
somático.
COMPONENTES CELULARES
DO SISTEMA NERVOSO
COMPONENTES CELULARES DO SISTEMA NERVOSO

• As células do sistema nervoso são a base


construtora para as complexas funções que ele
desempenha.
• Neurônios
• Mais de 100 milhões de neurônios preenchem o
sistema nervoso humano. Cada neurônio tem contato
com mais de mil outros neurônios.
• Os contatos neuronais são organizados em circuitos
ou redes que se comunicam para o processamento de
todas as informações conscientes e inconscientes do
encéfalo e da medula espinal.
NEURÔNIOS

• No geral, possuem 3 componentes principais:


• Corpo celular: pericário, que é o centro trófico
da célula e também capaz de receber estímulos.
• Dendritos: prolongamentos numerosos,
especializados na função de receber os
estímulos do meio ambiente, de células
epiteliais sensoriais ou de outros neurônios.
• Axônio: prolongamento único, especializado na
condução de impulsos que transmitem
informações do neurônio para outras células
(nervosas, musculares, glandulares)
Corpo celular Axônio

Dendritos
COMPONENTES CELULARES DO SISTEMA NERVOSO

• Células da glia
• Apoiar e proteger os neurônios
• Apresentam processos mais curtos e são
mais numerosas que os neurônios, em uma
proporção de 10:1
• Participam da atividade neuronal, formam
um reservatório de células-tronco no
interior do sistema nervoso e propiciam a
resposta imunológica a inflamações e
lesões.
CÉLULAS DA GLIA

• Existem em média 10 céls da glia para cada neurônio no SNC. Porém as céls são menores e o volume
reduzido. Células da glia fornecem um microambiente adequado para os neurônios.
• Oligodendrócitos: produzem as bainhas de mielina que servem de isolantes elétricos para os neurônios do
sistema nervoso central -se enrolam em volta dos axônios.
• Células de Schwann: produzem as bainhas de mielina nos axônios no sistema nervoso periférico.
CÉLULAS DA GLIA

• Astrócitos: células em forma de estrela com múltiplos


processos irradiando do corpo celular, ligam os
neurônios aos capilares sanguíneos – sustentação e
metabolismo dos neurônios.
• Micróglia: sistema mononuclear fagocitário no sistema
nervoso central, inflamação e reparação.
NEURÔNIOS

• Reagem prontamente aos estímulos que podem se propagar pela célula, gerando um
IMPULSO NERVOSO – transmitindo informações a outros neurônios ou músculos/gll
(órgãos efetores).
POTENCIAL DE AÇÃO –
IMPULSO NERVOSO
POTENCIAL DE AÇÃO – IMPULSO NERVOSO

• POTENCIAIS EM BIOELETROGÊNESE
• POTENCIAL DE REPOUSO (MEMBRANA): diferenças de concentração de íons na célula
em repouso;
• POTENCIAL DE AÇÃO: variações rápidas do potencial de repouso de células excitáveis.
POTENCIAL DE REPOUSO POTENCIAL DE AÇÃO

TRANSMISSÃO DE SINAIS E FUNÇÕES CELULARES


POTENCIAL DE AÇÃO – IMPULSO NERVOSO

B C
B

A
C
BAINHA DE MIELINA E IMPULSO
NERVOSO
• Bainha de mielina: fornece suporte e atua como isolante em torno dos
axônios - acelera a transmissão de sinais.
• Cria uma barreira de alta resistência que impede o fluxo de íons para fora
do citoplasma – aumenta a espessura efetiva da membrana do axônio em até
100 vezes.
• O salto visível do potencial de ação que ocorre quando ele passa de um
nódulo para o outro é chamado de condução saltatória
BAINHA DE MIELINA E IMPULSO NERVOSO
SINAPSE
SINAPSE
SINAPSE

• Comunicação através da transmissão de impulsos nervosos (potencial de ação)


entre neurônios ou entre neurônios e órgãos efetores (músculos ou glândulas);
SINAPSE ELÉTRICA

• Dois neurônios podem ser acoplados


eletricamente um ao outro por meio de
junções comunicantes. Uma junção
comunicante é um complexo de poro e
proteína (conexina) que permite que os íons
e outras moléculas pequenas se movam
entre as células. Neurônios acoplados à
junção comunicante são encontrados em
áreas nas quais as populações neuronais
precisam estar sincronizadas, como, por
exemplo, no centro respiratório ou nas
regiões secretoras de hormônio do
hipotálamo.
SINAPSE QUÍMICA

• Uma sinapse química é composta de um


terminal pré-sináptico, uma fenda sináptica e
um terminal pós-sináptico. As cargas e os íons
não se movem diretamente entre as células.
A comunicação se dá por
neurotransmissores.
• Após liberação de neurotransmissores pode ocorrer difusão, recaptação ou degradação dos mesmos.
NEUROTRANSMISSORES

• Moléculas liberadas pelos neurônios pré-sinápticos e são o meio de comunicação em uma sinapse química
• Se ligam a receptores de neurotransmissores, podendo se acoplar a um canal iônico (receptores
ionotrópicos) ou a um processo de sinalização intracelular (receptores metabotrópicos)
• Específicos para o receptor em que se ligam e provocam uma resposta específica nos neurônios pós-
sinápticos, resultando em um sinal excitatório ou inibitório
• SINAL EXCITATÓRIO:
↑excitabilidade neuronal –
reduz limiar de ação.

• SINAL INIBITÓRIO:
↓excitabilidade neuronal –
aumenta limiar de ação.
EMOÇÕES E NEUROTRANSMISSORES
MODULAÇÃO DE SINAPSES
NICOTINA, COCAÍNA E OPIÁCEOS
ANTIDEPRESSIVOS
ANSIOLÍTICOS
RITALINA E COCAÍNA

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