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Exercício Físico e População

Especial
Esp. Milena Varella
Esp. Milena Varella
Reflexão

Você se sente apto a trabalhar


com essa população?
Dinâmica
Estudo de caso 01
Mulher 54anos, negra, trabalha como telemarketing e faz jejum prolongado, 90kg e
1,60cm

Faz uso de:

• Losartana

• Glifage XR 500mg 1xdia

• Simvastatina

Hemoglobina Glicada: 4.0% e Glicemia de 125mg/dl

Circ. Abdominal: 101cm

Relata dor muscular em MMII

Apresenta claudicação ao caminhar


Estudo de caso 02
Homem 49anos, branco, trabalha na bolsa de valores, DM2, 1,80cm e 88kg

Faz uso de:

• Victoza injetável

• Anlodipino

P.A 148x94

Hemoglobina Glicada 7% e Glicemia 255mg/dl

Relata dor em Ombro com amplitude articular comprometida


Diabetes Mellitus
Diabetes Mellitus
Doença do metabolismo caracterizada
pelo excesso de glicose no sangue e
na urina, que surge quando o pâncreas deixa de
produzir ou reduz a produção de insulina, ou
ainda quando a insulina não é capaz de agir de
maneira adequada.
Morbidade
Aumento no número de diabéticos
C
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1980 2010 Prevalência raças


o m r
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M
o

7,6% 15% 6,5% maior entre índios Xavante e asiáticos


60 e 69anos Maior incidência em
mulheres

Franco LJ. Um problema de saúde pública. Epidemiologia,


Mortalidade

Principa
Respons
Diab l causa
de
ável por
50% dos
etes óbito: óbitos
DCV
Gastos Públicos

Principal causa de morte

Gastos diretos

0,8 bil
hão
Argent para a
in
bilhões a e 2
para o
M éxicpor
Custos perda de
2,5 e 15% do orçamento Brasil +ou- o
produção
anual da saúde de um país 3,9 bilhões de dólares 5x maior

Barceló A, et al. The cost of diabetes in Latin America and the Caribean.2003.
Complicações e doenças associadas ao diabetes

• Retinopatia;
• Nefropatia;
• Neuropatia;
• doença coronariana;
• doença cerebrovascular;
• doença arterial periférica.

Contribui para agravos, direta ou


indiretamente:

• no sistema musculoesquelético;
• no sistema digestório;
• na função cognitiva;
• na saúde mental.

Além de ser associado a diversos tipos de


câncer.
Complicações da DM

Retinopatia Neuropatia Nefropatia

Estreitamento e/ou Problemas no Alteração nos vasos


bloqueio dos vasos funcionamento dos dos rins, com perda
sanguíneos nervos. de proteína pela
urina.
Micro aneurismas Pé diabetico
Insuficiência Renal
Nefropatia - Origem hemodinâmica e metabólica

Curso lento e silencioso, os sinais aparecem entre


10 e 15 anos após o início do estado hiperglicêmico

Hipertensão, piora progressiva.


Principal causa de diálise no mundo

Resposta inflamatória no rim, responsável pela


agressão ao glomérulo e ao túbulo renal.

(Uma das complicações mais graves do diabetes)

Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia 2017/2018


Nefropatia
Possíveis vias metabólicas e inflamatórias já foram demonstradas como possivelmente envolvidas.

Outro regulador
Outras moléculas
Principais vias de hemodinâmico
possivelmente envolvidas
sinalização: glomerular na nefropatia
na fase de hiperfiltração
diabética:

Sistema renina- Óxido nítrico, Prostraglandinas, o


produção aumentada
angiotensina- na hiperglicemia =
tromboxano e as
aldosterona. aumento da filtração
espécies reativas de
glomerular oxigênio (ROS).

Vasoconstrição e Ação Realizando


vasodilatação vasodilatadora vasoconstricção
Eixo endócrino - manutenção da estabilidade hemodinâmica.

PA

Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia 2017/2018


Ânion Superóxido mitocondrial
Cascata de eventos
Neutralizadas por antioxidantes
Produção de EROs

(albumina e ác.úrico)

Produção de ERNs
Citocinas Inflamatórias

Espécies reativas de Espécies reativas


Nitrogênio de O2

Ativação Ativação
síntese de ácidos Inativação
PKC
graxos e glicerol
NADPH
Disfu
Ox. Nítrico

nç ão en
Vasoconstrição e doteli
al
agregação
plaquetária

Proteinoquinase C
Fosfato de dinucleotídeo de
Contribui p/patogênese da adenina e nicotinamida
diabetes SCHALKWIJK, 2005.
Curiosidades

Dieta hiperproteica eleva o fluxo plasmático


renal e a filtração glomerular, gerando
hipertensão e hiperfiltração glomerulares.

Por outro lado, a restrição proteica


mostrou-se benéfica na redução da
progressão da nefropatia crônica
Doença Coronariana
(comprometimento macrovascular)
Acontece em razão do processo precoce e acelerado de aterosclerose

Diabetes

Altera função de
vários tipos de
células

endoteliais musculares lisas plaquetas

Creager MA, 2003;


Doença Coronariana
(comprometimento macrovascular)

Endotélio

Compõe uma interface ativa


entre o sangue e os tecidos
Sintetiza óxido
nítrico

Realiza a modulação Transporte de Coagulação e a


do fluxo sanguíneo nutrientes migração de leucócitos

Johnstone MT,1993.
Doença Coronariana

Diabetico

a vasodilatação Hiperglicemia
do endotélio antes O óxido nítrico inibe, bloqueia a
mesmo da de forma geral, o
formação da placa
enzima oxido
de ateroma. processo nítrico sintetase
aterosclerótico e exerce
função protetora sobre
o aparelho
e nte o cardiovascular.
c i palm óxido
Prin super
n
ânio Aumentando a Diminuindo a
produção de
espécies reativas de
produção de
oxigênio Óxido Nítrico
Agravos no sistema musculoesquelético

Arkkila et al,2003.
Ciclo de regulação da glicose
Nefropatia
DM1 DM2 DM gestacional

Destruição de células Defeitos na ação e


betapancreáticas; secreção da insulina; Resistência insulínica
Deficiência de Defeito na regulação e por alterações
insulina; produção hepática de hormonais;
Cetose; glicose;
Causa autoimune ou Fatores genéticos, Alterações reversíveis
idiopática. estilo de vida e no pós parto.
envelhecimento.

American Diabetes Association. 2015.


NÃO HÁ CURA
Prevenção Primária

DM1
Estímulo ao
aleitamento materno

Evitar administração de leite de


vaca nos primeiros 3 meses de
vida
Ekoé JM,et al. The epidemiology of diabetes mellitus, 2008.
Prevenção Primária
níveis de açúcar no sangue muito alto

Complicações agudas – Cetoacidose


O fígado quebra a gordura pela dificuldade da quebra de glicose, Coma ou morte

Complicações a longo prazo

DCVs, AVC, Doença renal crônica, Úlceras nos pés e retinopatia

v Valores referênciais

*Hemoglobina Glicada – 4.1 a 6.5%

About diabetes. World Health Organization.


2014.
Hemoglobina Glicada e suas complicações
Controle

Bomba infusora

CGMS
Recursos não Farmacológico
Exercícios Físicos
Benefícios do exercício físico no diabetes mellitus

Níveis baixos de
insulina circulante
Maio
r
insul sensibili
in d
Melhor ação em h apó a nas 24 ade à
s ex e a
rcíci 72
receptores de o
membrana

Maior Melhor resposta de


Melhor função
capilarização das transportadores de
mitocondrial
fibras musculares glicose

Melhorando a sensibilidade
dos tecidos à insulina
Mecanismos não dependentes de insulina
Intensidade

Maior intensidade = Maior impacto na redução da Hemoglobina Glicada do que o


aumento do volume semanal de exercício em diabéticos.

OBS: Exercícios mais intensos são de difícil realização e, muitas vezes, pouco seguros
de serem executados por diabéticos.

Assim, recomenda-se atividade moderada com progressivo aumento da intensidade


para benefício adicional no controle glicêmico.

Diretrizes SBD,
2016
Recomendações
Horário: Manhã (evita hipoglicemia noturna);
Ter CHO de rápida absorção disponível;
Controle da glicemia capilar pré e pós-exercícios;
Glicemia capilar < 100 mg/dl, ingerir 15 a 30 g de CHO antes do exercício;
Glicemia capilar > 250 mg/dl NÃO REALIZAR TREINAMENTO;
Não injetar insulina nos grupamentos a serem treinados no dia;
Atenção com vestimenta, calçados e meias desportivas;
Evite mudanças bruscas de posição corporal (disautonomia diabética);
Valorize a ocorrência de sinais e sintomas anormais durante o exercício físico;
Evitar situações com manobra de Valsalva (retinopatia diabética);
Controle da Intensidade (Frequencímetro);
Quadro Infeccioso NÃO REALIZAR TREINAMENTO;
Evite atividades de impacto (neuropatia periférica).
Diretrizes SBD,
2016.
Hipertensão Arterial
HAS

Uma das funções fisiológicas mais


complexas do organismo, dependendo
das ações integradas dos sistemas
cardiovasculares, renal, neural e
endócrino.
Estatística

Houve crescimento de 14,2% no número de


pessoas diagnosticadas com hipertensão
arterial entre 2006 e 2016, passando de
22,5% para 25,7%.

Dados do Vigitel (BRASIL, 2017)


Impacto médico e social da hipertensão arterial

Responsável por 45%


das mortes cardíacas e
51% das mortes
decorrentes de AVE
Hipertensão Arterial
68% dos idosos tem HA
IDADE

Maior prevalência em
OBESIDA SEXO
DE Mulheres e Negros
RAÇA
Defeito na captação
celular de sódio e
cálcio
46,0% dos INGESTÃ 2X o consumo
SEDENTARISM
Adultos O O DE
Max. recomendado
62,7% dos SAL
Idosos

Efeito
protetor com dose FATORES
inferior a 10g de ALCOOL
SOCIO Menor nível de
ECONÔMIC
álcool/dia O
escolaridade
e
GENÉTIC
Risco a partir de 31g A
de álcool/dia
7ª Diretriz Brasileira de HA. 2016
Controle da pressão arterial

P.A Sistólica - Saída de sangue (P.A sobe) – Volume de Ejeção

P.A Diastólica – Entrada de sangue (P.A diminui) - RVPeriférica

Dependente do volume de sangue ejetado pelo ventrículo esquerdo e da resistência


vascular periférica.

As maiores variações na pressão arterial são decorrentes da flutuação do débito


cardíaco
Lembrando..
Lembrando..
Modulação da pressão arterial
Humorais: Sistema renina angiotensina aldosterona (SRAA).

P.
A
ADH - Hormônio antidiurético
Outro hormônio que pode auxiliar no controle da pressão arterial (liberado pela neuro-hipófise)
Hipertensão Arterial

P.A

• Aumento do perfil lipídico (triglicerídeos e colesterol total);

• Alterações metabólicas (desenvolvimento de resistência à insulina)

• Maior ganho ponderal

• Alterações no funcionamento hemodinâmico (aumento da FC, implicando


modificações no débito cardíaco)

(MALACHIAS et al., 2016; MANCIA et al.,


2013).
Consenso inatividade física

Há uma relação significativa de maiores


valores de pressão arterial em pessoas que
ficam mais tempo sentadas.

Além disso, indivíduos sedentários


possuem cerca de 30% de risco adicional
do desenvolvimento de hipertensão arterial
sistêmica.
(MALACHIAS et al., 2016).
Vo2máx e mortalidade

> 28ml.kg¹. min¹

17,5 à 28ml.kg¹ .min¹

< 17,5ml.kg¹ .min¹

Anos de acompanhamento

Myers J, et al. N Engl J Med


2002
Diretrizes Sociedade Brasileira de
Cardiologia
Incluiu alguns importantes indicadores antropométricos como ferramenta de
manejo de risco cardiovascular.

• Manutenção do IMC abaixo de 25 kg/m² até os 65 anos;

• Manutenção do IMC abaixo de 27 kg/m² acima dos 65 anos;

• Circunferência abdominal (CA) abaixo de 80 cm nas mulheres, e abaixo de 94 cm


para os homens.

(MALACHIAS et al., 2016)


Alterações Hemodinâmicas
(Débito cardíaco e Resistência vascular periférica)

DC Contratilidade Volume
Retorno Freqüência
Influenciado e relaxamento sanguíneo
venoso Cardíaca
do miocárdio circulante

RVP
determinada por sistema Espessura da
mecanismos SN modulação
renina parede das
vasoconstrictore simpático endotelial
angiotensina artérias
vasodilatador
como..

HA - decorrente do aumento da RVP OU do DC


Valores Referenciais

Não deixe novas orientações de pressão


arterial aumentar a sua.
Tratamento não medicamentoso

Controle do Peso;

Medidas nutricionais;

Prática de atividades físicas;

Cessação do tabagismo;

Controle de estresse.

Diretrizes Brasileira de HA, 2016


Medição de PA

Anamnese / Equipe Multidisciplinar

Posição (4min de repouso e pernas descruzadas)

Síndrome do Jaleco Branco

Manguito adequado a cada tipo de braço

Valores anormais de PA ≥ 135/85 mmHg

Redução de PA pós treino


Exercício Físico

A redução na pressão independe da redução no


peso corporal, sendo que pessoas com sobrepeso
podem apresentar reduções na pressão arterial
com a aderência ao exercício físico, mesmo que
não haja diminuição expressiva no peso corporal
(WHELTON et al., 2002).

Causa – Barorreceptores, ativados pela deformação mecânica decorrente da distensão da


parede vascular
Barorreceptores

Função - manter a pressão arterial estável, em


repouso ou em atividades.

Exerce importante regulação reflexa da FC,


do débito cardíaco, da contratilidade
miocárdia, da resistência vascular periférica e,
consequentemente, da distribuição regional do
fluxo sanguíneo.
Envelhecimento
Envelhecimento

Processo dinâmico e progressivo, caracterizado por


alterações morfológicas, funcionais e bioquímicas, que
determinam a progressiva perda da capacidade de
adaptação ao meio ambiente.

Carvalho Filho ET; 2006.


Aspectos demográficos (crescimento populacional)

Redução da
Natalidade

Aumento da
expectativa de
vida
Fatores determinantes
Pode variar de indivíduo para indivíduo

Essas variações são dependentes de fatores como:

Estilo de vida

Condições
Doenças crônicas
socioeconômicas
Dinâmica
Estudo de caso 03
Homem 70anos / DPOC
Faz uso de Atenolol e AAS pela manhã
Cisto de Baker
Treino: Tarde
Pré treino 160x90 58bpm 99gl/dc

Treinamento de força e aeróbico?


PA elevada? O que fazer?
O que controlar durante o treino?
Estudo de caso 04
Mulher 78anos / CMHipertrófica
Relata dor em ombros e Lesão em Manguito (SIC) e dores em MMII
Faz uso de Metformina, Furosemida e Rosuvastatina pela manhã
Treino: Manhã
Pré treino: 134x80 74bpm 248gl/dc durante o treino

Treinamento de força e aeróbico?


PA elevada? O que fazer?
O que controlar durante o treino?
Envelhecimento + sedentarismo = incapacidade funcional e/ou desenvolvimento de
doenças crônico degenerativas.
Envelhecimento Biológico

Sistema Cardiovascular

Sistema Respiratório

Músculo-esquelético

Sistema Nervoso
Envelhecimento Biológico

Sistema Cardiovascular

Diminuição no débito cardíaco;


Redução da frequência cardíaca em repouso;
Aumento do colesterol;
Aumento da resistência vascular ( da tensão arterial)

(DE VITTA, 2000; HAYFLICK 1997)


Envelhecimento Biológico
Envelhecimento Biológico

Sistema Cardiovascular

Diminuição no débito cardíaco;


Redução da frequência cardíaca em repouso;
Aumento do colesterol;
Aumento da resistência vascular ( da tensão arterial)

DE VITTA, 2000.
Bradicardia
(Diminuição na frequência Cardíaca)

Taquicardia – Acima de 100bpm/min


FC Normal – Entre 60 e 100bpm/min
Bradicardia – Abaixo de 60bpm/min
Normal a atletas e praticantes regular de exercício físico
Problemas na condução do estímulo elétrico
Cardíaco (doença cardíaca vascular e isquêmica crônica)
Não Cardíaco (Medicamentos, tireoide, desequilíbrio
eletrolítico..)

Bradicardia Sinusal: ESFORÇO CARDÍACO FC PA


O2
Condução elétrica
(SN Autônomo)
Envelhecimento Biológico

Sistema Cardiovascular

Diminuição no débito cardíaco;


Redução da frequência cardíaca em repouso;
Aumento do colesterol;
Aumento da resistência vascular ( da tensão arterial)

(DE VITTA, 2000; HAYFLICK 1997)


Dislipidemia

Lipídios

Hipercolesterolemia

Colesterol
Dislipidemia

Hiperlipoproteinemia lipoproteína
Dislipidemia

COLESTROL

Insolúvel em água

LIPOPROTEÍNAS

Transporte sanguíneo

Risco aterosclerose
Efeito
e doença
Cardioprotetor
coronariana
LDL HDL
Envelhecimento Biológico

Sistema Cardiovascular

Diminuição no débito cardíaco;


Redução da frequência cardíaca em repouso;
Aumento do colesterol;
Aumento
Aumento da
da resistência
resistência vascular
vascular (( da
da tensão
tensão arterial)
arterial)

(DE VITTA, 2000; HAYFLICK 1997)


Aumento da resistência vascular

P. Diastólica
Degeneração Diminuição da
das fibras do complacência Retardo no
miocárdio do V.E relaxamento do
ventrículo

Se tornando dependente da contração arterial para a manutenção


do enchimento.
Affiune, 2002.
Aumento da resistência vascular

Artérias

Perda do
Aumento do
componente
colágeno
elástico

Maior rigidez Progressivo


Arteriosclerose da PA
da parede

(GALLAHUE E OZMUN,
2005)
Arteriosclerose x Aterosclerose

Arteriosclerose Aterosclerose CONSEQUÊNCIAS


Espessamento e Acúmulo de lipídios,
endurecimento da cálcio, componentes IAM Agudo
“parede” arterial por sanguíneos e tecido
calcificação fibroso. AVC
“Placas de ateroma”. HAS
Assintomática Sintomática
Envelhecimento Patológico

Estenose Valvar Aórtica ou Mitral Prolapso


Prolapsoda
daValva
ValvaMitral
Mitral

Origem reumática ou consequência de Abaulamento p/ dentro do átrio esquerdo


calcificação senil. Acarreta em durante a sístole. (Assintomático)
hipertrofia do VE.
Envelhecimento Patológico / Cardiomiopatia dilatada

Dilatação das cavidades (incapacidade de bombear determinado


volume de sangue)

Causas:

Aterosclerose (depósitos de gordura)


Doença de Chagas
Diabetes
Obesidade mórbida
Álcool, cocaína e alguns quimioterápicos.

Sintomas: Dispnéia, Fadiga, FC, Retenção hídrica.

Mayo Clinic. Dilated cardiomyopathy


Envelhecimento Patológico / Cardiomiopatia Hipertrófica

Excesso de
Diástole
carga de Hipertensão
comprometida
trabalho

Sintomas:
Ana
bol
iz a
nte
Dispnéia
Precordialgia
Palpitações
sensação de desmaio (lipotímia)
desmaio (síncope).
Envelhecimento Biológico

Sistema Cardiovascular
Sistema Respiratório
Músculo-esquelético
Sistema Nervoso
Envelhecimento Biológico

FUNÇÃO
PULMONAR

ALTERAÇÕES
ESTRUTURAI
S

CAIXA
TORÁCICA ELASTICIDADE
ENRIJECIDA PULMONAR
CAPACIDADE VOLUME
VITAL RESIDUAL

Shephard (2003)
Diminuição de VO2

Sarcopenia

Mecanismos Mecanismos
Centrais Periféricos

Redução da
Redução do Redução da Fração extração de O2 Diferença
volume sanguíneo de Ejeção pelos músculos arteriovenosa
ativos

McGUIRE et al, 2000.


Idoso Inativo

Pouca
re
gasto serva,
rápid
o

Esforço Hipóxia Queixa de


latente latente dispneia

O declínio da capacidade aeróbia é de aproximadamente 14% por


década, a partir dos 40anos.

Motta (2004)
Modificação de processos fisiológicos

Idosos fisicamente ativos podem ter a capacidade aeróbica


semelhante a jovens ativos.

ã o de
is s o s,
s m v o
Tran os ner cular.
s Exercício físico
uls us
imp ação m
tr
con

Melhora
Melhora os níveis
eficiência
de cálcio
cardíaca

Melhora função
pulmonar

(HAYFLICK, 1997).
Envelhecimento Biológico

Sistema Cardiovascular
Sistema Respiratório
Músculo-esquelético
Sistema Nervoso
Sistema músculo-esquelético

Diminuição

Massa
Comprimento, muscular, Viscosidade dos
Elasticidade e elasticidade de fluidos
Nº de fibras tendões e sinoviais
ligamentos
Perda de massa e força na musculatura-esquelética

Fibr
as b
do t rancas
“glic ipo 2
(ana olítica
cont eróbicas ”
raçã
o r á de
pida

Declínio por década de 1,9kg para homens e 1,1kg para mulheres

Maiores decréscimos em MMII.


Janssen et al. (2000)
Composição Corporal

60% Água 52% Água


21% Gordura 36% Gordura
19% Massa 12% Massa
Magra Magra
Alterações decorrentes do envelhecimento

40% DE PERDA
INATIVIDADE
MUSCULAR

HORMÔNIO DO
CRESCIMENTO
Sarcopenia
Aparecim
ento de
certas do
enças e
incapacid
ades

25 anos 63anos
A diminuição de força e potência muscular com o
envelhecimento está relacionada com a perda tanto da
quantidade quanto da qualidade das proteínas nas unidades
contrácteis do músculo.

Fleck e Kraemer, 1999.


Osteoporose “Osso poroso”
Perda de Sais
Minerais

Fatores de risco:

 Idade avançada;

 Sexo feminino;

 Raça caucasoide;

 Histórico familiar de osteoporose;

 Desordens osteometabólicas;

 Ingestão baixa de cálcio e vitamina D;

 Sedentarismo.
Baixas manifestações clínicas
Difícil de ser diagnosticada
Yazbek MA, Marques JF. 2008;
Coluna Vertebral

Perda de Água
Menor absorção de choques

Tornam-se + fibrosas
+ alterações na densidade óssea

Redução da Coluna Vertebral

Perda de Altura
Envelhecimento Biológico

Sistema Cardiovascular
Sistema Respiratório
Músculo-Esquelético
Sistema Nervoso
SNC
Encéfalo e Medula
Não possui capacidade
reparadora

Redução

Nº de Velocidade Intensidade Respostas


Coordenação
neurônios de condução dos reflexos motoras

(DE VITTA, 2000)


Córtex Cerebral

Processamento e cognição

Rico
Rico em neurônios
em Neurônios

Local do processamento
Local do processamento
neuronal
neuronal

Função:
Função:
Memória, Atenção,
Memória, Atenção,
Consciência,
Consciência,
Linguagem e
Linguagem
Percepção.
e
Percepção.
Comunicação entre
regiões do cérebro
Exercício Físico
Alto ou Baixo Volume para idosos?

376 mulheres / 12 semanas de RT com volume baixo ou alto / 02


grupos realizaram os mesmos exercícios / número de repetições por
semana diferente. O LV realizou 8-12 para a parte superior e 4-6
para a parte inferior / HVrealizou 16-20 e 8-10, respectivamente.
Alto ou Baixo Volume para idosos?

Resultados: HV resultados mais expressivos, porém mesmo com baixo


volume, houve melhora na circunferência da cintura, força muscular e função
física na população mais velha, sem evidência de não capacidade de resposta.
T. Força até a Falha concêntrica?

Treinos realizados 2X por semana, (01 série de leg press, supino,


remada, flexora, extensora, extensão e flexão de tronco). Ordem livre e
intervalo de 2-4 minutos.
Primeiras duas semanas 15-18 repetições submáximas.
Duas semanas seguintes treino interrompido apenas com falha
concêntrica.
Últimas 6 semanas realizaram drop-set.
Término do estudo: 02 grupos ( 1º continuaram os treinos, mas sem
supervisão e com 3 séries, pegando mesmo peso que antes, mas não
chegavam à falha, 2º não treinaram).
T. Força até a Falha concêntrica?

Resultados:
A força aumentou mais que 100% e houve perdera de gordura.
Ambos os grupos PERDERAM FORÇA E GANHARAM GORDURA. Resultados
iguais.

Fazer nada e fazer de qualquer jeito deu no mesmo.

Treino supervisionado em alta intensidade de poucos minutos trouxe resultados


expressáveis.
Mas treinar sozinho com alto volume e de qualquer maneira foi a mesma coisa que
não fazer nada.
Exercício Físico
(Efeitos positivos à saude)

Miocinas
(substâncias anti inflamatórias naturais) produzidas durante
as contrações musculares.

Contribuem na prevenção e controle das doenças crônico


degenerativas.

Treinamento resistido
Melhor produz essas substâncias
Cisto de Baker
(Poplíteo)

Resultante de artrite ou ruptura do menisco


(produção em excesso de líquido sinovial)

Tratamento não medicamentoso: Drenagem (aspiração), Exercício de


fortalecimento do quadríceps, panturrilha, glúteos e tendão do jarrete e
alongamento de Posterior de Coxa.
Recursos
Farmacológicos
Tratamento medicamentoso para Hipertensos

Inibidores adrenérgicos
Alfabloqueadores
Agentes de ação central
Vasodilatadores direto
Bloqueadores do canal de cálcio
Inibidor direto da Renina
Diuréticos
Betabloqueadores
IECA (Enzima conversora de angiotensina)
BRA (Bloqueadores do Receptor da angiotensina 2)
Bloqueadores do canal de cálcio

(Redução da RVP pela bloqueio dos canais de cálcio na membrana das células musculares
lisa das arteríolas)

Di-idropiridínicos
Anlodipino, nifedipino, felodipino, nitrendipino, manidipino, lercanidipino,
levanlodipino, lacidipino, isradipino, nisoldipino, nimodipino)

Efeito vasodilatador, com mínima interferência na FC e função sistólica

Não di-idropiridínicos
fenilalquilaminas (verapamil) e as benzotiazepinas (diltiazem)

Menor efeito vasodilatador, bradicardizantes e antiarrítmicos

Elliott WJ. Calcium channel blockers. J Clin Hypertens.


2011.
Diuréticos
(Eliminação de excesso de líquidos)

Alívio na
Menos congestão Diminuição de
Menos Líquido
Bombeamento pulmonar edema

Utilização:

Tratamento da Hipertensão Arterial

Tratamento de Insuficiência renal

Tratamento de Insuficiência cardíaca

Tratamento Cirrose hepática

GUYTON E HALL. Fisiologia Médica.11. ed. Madrid: Elsevier.


Diuréticos
(Eliminação de excesso de líquidos

Macete: Terminações em “ona” e “ida”

Furosemida/frusemida
Bumetanida Diuréticos de Alça
Torsemida/torasemida

Indapamida
Metolazona
Clortalidona Diuréticos Tiazídicos
Hidroclorotiazida
Xipamida

Espironolactona Poupadores de Potássio

Goodman & Gilman. As bases farmacológicas da terapêutica.


Inibidores da ECA
(Enzima conversora de angiotensina)

Diminuição
Inibição da Inibição da da produção Vasodilatação
ECA Angio. II de periférica
Aldosterona

Estimulada pela Retenção de


renina VASOCONSTRITOR Na+ e H2O nos Diminuição de P.A
(secretada nos rins) túbulos renais,
volemia

Klabunde RE. Cardiovascular Pharmacology Concepts. 2009.


Inibidores da ECA
(Enzima conversora de angiotensina)

Macete: Terminações em “il”

Captopril Perindopril

Cilazapril Ramipril

Enalapril Lisinopril

Fosinopril

Efeitos: Hipotensão postural, tosse seca, Fadiga e dor de cabeça.

V Diretriz da Soc. Brasileira de Cardiologia 2013-2015.


BRA
Bloqueadores do Receptor da angiotensina 2

Impedem a vasoconstricção ocasionada pela ação da angiotensina 2

Utilização:

Tratamento de H. Arterial
Tratamento de Insuficiência Cardíaca
Diminuição na progressão da Nefropatia Diabética

Efeitos:

Hipotensão postural
Tonturas

Vargas H. Revista da Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul, 2007 .


BRA
Bloqueadores do Receptor da angiotensina 2

Macete: Terminações em “an“ “ana”

Candesartan Telmisartan

Eprosartan Valsartan

Irbesartan Olmesartan

Losartan Tasosartan

OBS: Ações idênticas aos inibidores da ECA. Por serem, ficam muitas vezes reservados aos
doentes que não toleram os inibidores da ECA.

Burnier M, Angiotensin II receptor antagonists. 2000.


Beta Bloqueadores

Bloqueiam os receptores β (beta) da noradrenalina (adrenérgicos, SNSimpático).

Contractilidade velocidade do
e velocidade das F.C no esforço de O2 pelo estímulo
contração ou ansiedade miocárdio eléctrico
cardíacas cardíaco

O paradoxo do tratamento da insuficiência cardíaca congestiva com bloqueadores beta, 2012.


Beta Bloqueadores

Bloqueiam os receptores β (beta) da noradrenalina (adrenérgicos, SNSimpático).

Macete: Terminações em “lol”

Esmolol/ Sotalol – Arritmias

Bisoprolol / metoprolol / Carvedilol - Insuficiência cardíaca

Atenolol / Metoprolol / Nebivolol – Hipotensores e após infarto

Propanolol - Usados após infarto do miocárdio

Efeitos: Tontura por Hipotensão e Bradicardia Sinusal

M.I.Gabriel Khan. Cardiac Drug Therapy, 2007.


Prevenção, Inibição e tratamento de trombos

Anticoagulante Antiplaquetário A.
s s Fibrinolíticos

Inibe a síntese dos


Previne ou diminui
fatores de
a agregação Dissolvem trombos
coagulação
plaquetária
(fibrinogênio)

Estreptoquinase,
Heparina, Varfarina,
Reteplase,
Enoxaparina,
AAS Alteplase,
Dalteparina e
Dulteplase,
Nadroparina
Tenecteplase
Estatinas
Tratamento da hipercolesterolemia na prevenção da aterosclerose

Inibe a enzima responsável pela formação de colesterol no fígado

Macete: Terminações em “statina”

Atorvastatina Rosuvastatina

Fluvastatina Simvastatina

Pravastatina

Obs: Pode ocorrer Mialgia (dor sem elevação de enzimas musculares)

Goodman & Gilman. As bases farmacológicas da terapêutica


Antidiabéticos

1. Incrementam a secreção pancreática de insulina (sulfonilureias e glinidas);


2. Reduzem a velocidade de absorção de glicose (inibidores das
alfaglicosidases);
3. Diminuem a produção hepática de glicose (biguanidas);
4. Aumentam a utilização periférica de glicose (glitazonas);

5. Aumentam a secreção de insulina apenas quando a glicemia se eleva,


controlam o glucagon (Miméticos e análogos)
6. Controla glicemia independente da secreção e ação da insulina (Inibidores
do contratransporte sódio/glicose nos rins – SGLT2)
Macete

Terminações em “ida” “ina”

Glimepirida (Diamicron)
Metformina (Glifage XR)
Liraglutida Injetável (Victoza)
Você se sente apto a trabalhar
com essa população?
Estudo de caso 01
Mulher 54anos, negra, trabalha como telemarketing e faz jejum prolongado, 90kg e
1,60cm

Faz uso de:

• Losartana

• Glifage XR 500mg 1xdia

• Simvastatina

Hemoglobina Glicada: 4.0% e Glicemia de 125mg/dl

Circ. Abdominal: 101cm

Relata dor muscular em MMII

Apresenta claudicação ao caminhar


Estudo de caso 01
Mulher 54anos, negra, trabalha como telemarketing e faz jejum prolongado, 90kg e
1,60cm

S.I.C SÍNDROME METABÓLICA

• Losartana (Bloq. Angio 2) - tratamento de HAS

• Glifage XR 500mg 1xdia (Metfomina - hipoglicemiante) PREVENÇÃO (Diminui a


produção hepática de glicose, devido ao jejum prolongado)

• Simvastatina (tratamento de dislipidemia)

Hemoglobina Glicada: 4.0% e Glicemia de 125mg/dl (Não é diabética)

Circ. Abdominal: 101cm (Acima dos valores Referências)

Relata dor muscular em MMII (devido ao uso de estatina)

Apresentação claudicação ao caminhar (provavelmente devido a dor em MMII)

HIIT na bike + alongamento de MMII (melhorar mobilidade articular) + T. Força até a falha +
Estudo de caso 02
Homem 49anos, branco, trabalha na bolsa de valores, DM2, 1,80cm e 88kg

Faz uso de:

• Victoza injetável

• Anlodipino

P.A 148x94

Hemoglobina Glicada 7% e Glicemia 255mg/dl

Relata dor em Ombro com amplitude articular comprometida


Estudo de caso 02
Homem 49anos, branco, trabalha na bolsa de valores, DM2, 1,80cm e 88kg

Faz uso de:

• Victoza injetável
N Ã O
O D E
• Anlodipino P A R
E IN
P.A 148x94 TR
Hemoglobina Glicada 7% e Glicemia 255mg/dl

Relata dor em Ombro com amplitude articular comprometida


Estudo de caso 02
Homem 49anos, branco, trabalha na bolsa de valores, DM2, 1,80cm e 88kg

Hipertenso e diabético, não tem a síndrome

• Victoza injetável (Análogo hipoglicemiante) onde foi injetado?

• Anlodipino (Bloq. Canal de cálcio) – vasodilatação e redução da RVP. HAS

P.A 148x94 (alta, vasodilatação na esteira antes do treino)

Hemoglobina glicada 7% e Glicemia 255mg/dl (Diabético)

Relata dor em Ombro com amplitude articular comprometida (trabalho de mobilidade,


protocolo de manguito e circundação de ombro)
Estudo de caso 03
Homem 70anos / DPOC
Faz uso de Atenolol e AAS pela manhã
Cisto de Baker
Treino: Tarde
Pré treino 160x90 58bpm 99gl/dc

Treinamento de força e aeróbico?


PA elevada? O que fazer?
O que controlar durante o treino?
Estudo de caso 03
Homem 70anos / DPOC (Exercícios respiratórios)
Faz uso de Atenolol (anti hipertensivo betabloqueador) e AAS
(antiplaquetário) pela manhã.
Cisto de Baker (Fortalecimento de quadríceps, Gluteo, panturrilha e
alongamento de ísquios tibiais)
Treino: Noite (menor ação do medicamento)
Pré treino 160x90 58bpm 99gl/dc (Vasodilatação na esteira)

O que controlar durante o treino? (Saturação de O2, PA no Ciclo de


MMSS, dores na região poplítea)
Estudo de caso 04
Mulher 78anos / CMHipertrófica
Relata dor em ombros e Lesão em Manguito (SIC) e dores em MMII
Faz uso de Metformina, Furosemida e Rosuvastatina pela manhã
Treino: Manhã
Pré treino: 134x80 74bpm 248gl/dc durante o treino

Treinamento de força e aeróbico?


PA elevada? O que fazer?
O que controlar durante o treino?
Estudo de caso 04
Mulher 78anos / CMHipertrófica (esforço subjetivo)
Relata dor em ombros e Lesão em Manguito (SIC) e dores em MMII
(Protocolo de Manguito e circundação, dores devido a estatina,
reforço de assoalho pélvico)
Faz uso de Metformina, Furosemida e Rosuvastatina pela manhã
(diabética e dislipdêmica e em uso de diurético)
Treino: Manhã
Pré treino: 134x80 74bpm 248gl/dc durante o treino 64gl/dl
(controle glicêmico durante e pós treino, ingerir CHO)

O que controlar durante o treino? Glicemia


“O exercício é a fronteira entre a
saúde e a doença..”

Milena Varella

milenavarella@hotmail.com OBRIGAD
A!!

@milenavarella

(21)98884-2259

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