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1.

Definir o que é doença ocupacional causada ou agravada pelo trabalho e identificar as DORT mais
prevalentes.
2. Descrever a fisiopatologia das DORT, as condições anti-ergonômicas e os fatores predisponentes
individuais e ambientais.
3. Descrever os sinais, os sintomas e a evolução clínica das DORT.
4. Identificar os achados de exames complementares que auxiliam no diagnóstico das DORT.
Reconhecer essas estruturas nos exames de imagem diferenciando as características de normalidade e da
inflamação.
5. Descrever os biomarcadores laboratoriais do processo inflamatório comum na DORT.

CONCEITO
O distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (DORT) é o termo utilizado para caracterizar o conjunto
de distúrbios relacionados ao sistema musculoesquelético com possível relação com atividades trabalhistas.
Substitui a anterior denominação LER (lesão por esforços repetitivos) por incluir sintomas relacionados a
outros tipos de sobrecarga que não a repetição, e por não necessariamente estar relacionada a uma lesão. Não
é uma doença, mas sim um conjunto de diagnósticos que devem ser individualizados e tratados
especificamente. Os distúrbios mais comuns são as tendinites, mialgias, lombalgia e síndrome do túnel do
carpo.
Os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) foram inicialmente denominados lesões por
esforços repetitivos (LER) por apresentarem um fator casual relacionado à maior velocidade e repetiçãodos
movimentos executados durante a jornada de trabalho
Entretanto, a sigla LER foi substituída pela DORT já que pode-se entender a DORT como uma síndrome
relacionada ao trabalho, caracterizada pela ocorrência de vários sintomas concomitantes ou não, tais como:dor,
parestesia, sensação de peso, fadiga, de aparecimento insidioso, geralmente nos membros superiores, mas
podendo acometer membros inferiores. Além dos sintomas de ordem física, ocorre o surgimento dos
comprometimentos psicológicos, refletidos no estresse e no surgimento de problemas psicossomáticos.
Ou seja, os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (Dort) dizem respeito a uma gama de
condições decorrentes da inflamação ou degeneração de tendões, nervos, ligamentos, músculos e estruturas
periarticulares em diferentes sítios (dedos, punhos, antebraços e braços, ombros e região cervical) dos
membros superiores e pescoço. Os termos utilizados na literatura diferem de acordo com a legislação
previdenciária vigente em cada país: lesões por esforços repetitivos (LER), lesões por traumas cumulativos,
distúrbios inespecíficos dos membros superiores relacionados ao trabalho, problemas musculoesqueléticos
relacionados ao trabalho, síndrome cervicobraquial de origem ocupacional, entre outros. Em comum, esses
termos designam inflamações localizadas, síndromes nervosas compressivas ousíndromes dolorosas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde os distúrbios de saúde relacionados ao trabalho se dividem em duas
categorias: doença profissional e doença relacionada ao trabalho. As doenças profissionais correspondem a
doenças “inerentes” às atividades laborais, pois necessariamente haveria exposição a esses agentes. Já a
categoria das doenças relacionadas ao trabalho é enquadrada as afecções nas quais não se identifica apenas
um agente causal, mas vários, entre os quais os laborais.
As LER/DORT correspondem a doenças do sistema músculo esquelético que acometem principalmente
pescoço e membro superior e apresentam as seguintes características:
 Distúrbio por fadiga neuromuscular causada por: trabalho realizado em posição fixa ou com movimentos
repetitivos com falta de tempo de recuperação pós contração/fadiga;
 Quadro clínico variado incluindo queixas de dor, formigamento, dormência, choque peso e fadiga;
 Presença de tendinite, tenossinovite, sinovite, peritendinite em particular de ombros, cotovelos, punhos e
mãos; epicondilite, tenossinovite estenosante (de Queivain), dedo me gatilho, cisto, síndrome do túnel do
carpo, síndrome do túnel ulnar, síndrome do pronador redondo, díndrome do desfiladeiro torácico,
síndroem cervical, neurite digital;
 Presença de quadro em que as repercussões são mais extensas ou generalizadas: síndrome miofascial,
mialgia, síndrome da tensão do pescoço, distrofia simático-reflexa/síndrome complexa de dor regional.
Ramos mais frequentes: bancário, metalúrgico, comércio, processamento de dados, têstil, confecção, químico,
plástico, serviços, telecomunicações, alimentação, vidreiro.
Funções/Atividades mais frequentes: digitador, montador de componente eletrônico, bancário, caixa de
supermercado, costureira de mangas, golas e punhos, riscadeira, passadeira, arrematadeira, programador de
TV, cozinheira, escriturário, bilheteiro de metrô, distribuidor de cartas/documentos, telefonista, embalador,
operador de telemarketing.
EPIDEMIOLOGIA
Estudos mostraram a alta prevalência das doenças osteomusculares na população em geral, particularmente
as localizadas na região cervical, ombros, cotovelos, mãos/punhos e região lombar, justamente os locais mais
diagnosticados no cenário LER/DORT, o que torna imperativa uma avaliação criteriosa do nexo causal.
Tais estudos encontraram prevalência de dor em ombros de 18 a 26%, dor em cotovelos de 8 a 12%, dor em
punhos/mãos de 9 a 17%, cervicalgia de 10 e 19%, lombalgia durante a vida de 65 a 80%, mais
especificamente lombalgia aguda em 50% e de lombalgia crônica em 4,2 a 14,7% da população em geral.
FATORES AMBIENTAIS, ANTI ERGONOMICOS E INDIVIDUAIS
Para identificar e abordar as causas de LER/DORT é necessário considerar vários aspectos do ambiente de
trabalho. Os fatores psicossociais, incluindo o estresse na situação de trabalho e o clima organizacional da
empresa podem influenciar a eficácia das medidas preventivas.
Os principais fatores de risco são: organização do trabalho, riscos
psicossociais, riscos ambientais, fatores biomecânicos e fatores extra-
trabalho. Para que os fatores acima citados possam ser considerados de
riscopara a ocorrência de LER/DORT é importante que se observe a sua
intensidade, duração e frequência
Os grupos de fatores de risco das LER/Dort podem ser relacionados com:
O posto de trabalho, exposição avibrações, exposição ao frio, exposição a
ruído elevado, a pressão mecânica localizada, posturas e a cargamecânica
musculoesquelética. Os sintomas e os padrões clínicos que expressam a
LER/DORT são variados, frequentemente vagos e muitas vezes
inespecíficos, pois várias estruturas musculoesqueléticas e nervosas podem estar comprometidas isolada ou
associadamente.
Também há a repetitividade dos movimentos de ante-flexão e torção da coluna e o trabalho dinâmico
prolongado em ortostatismo dos membros inferiores. Esses fatores puderam ser relacionados a respectivos
sintomas de dor e desconforto. O levantamento de peso também pode ser citado, ferramentas e equipamentos
que também eram inadequados para as tarefas implicam em posturas e sobrecargas mioartrotendíneas
suprafisiológicas, ausência de planejamento das atividades e desorganização do ambiente agregando risco de
acidentes, não uso de equipamentos de proteção ou vestimentas adequadas.
A relação dos transtornos do humor e as DORTs, também podem ocorrer, manifestados por ansiedade, tristeza,
frustração, bem como por dores cotidianas, lesões, disfunções e incapacidades mioarticulares derivados
da alienação mental, da falta de informação quanto a aplicação de movimentos, de posturas corporais
adequadas e do uso correto de ferramentas e outros equipamentos.
Fase de coleta de informações do paciente: História das queixas atuais, indagação sobre os diversos aparelhos,
comportamento e hábitos relevantes, antecedentes pessoais e. antecedentes familiares, Anamnese ocupacional,
exame físico do sistema musculoesquelético e exames complementares e/ou avaliação especializada, se
necessário. O insucesso dos programas de terapêutica da LER/DORT deve-sea falha no diagnóstico das reais
etiologias da dor, da incapacidade e dos fatores que contribuem ou agravamo quadro doloroso, sendo assim, a
identificação das estruturas lesadas é importante para o melhor resultado no tratamento.
FISIOPATOLOGIA
Doença osteomuscular relacionada ao trabalho (DORT) diz respeito a um grupo de afecções
neuromiotendíneas decorrentes de lesões ou de disfunções induzidas por atividades laborais. Segundo o
Ministério da Saúde, as DORTs se manifestam por uma dor crônica acompanhada ou não por alterações
objetivas que podem afetar músculos, tendões e nervos periféricos, principalmente em regiões como pescoço,
cintura escapular, membros inferiores e coluna.1 Além de dor, podem produzir parestesias ou sensação de
peso ou fadiga.

Os músculos dos pacientes com DORT são geralmente tensos, hipertônicos, encurtados (o que diminui a sua
força contrátil) e cronicamente fadigados. O aumento da tensão muscular gera com pressão dinâmica sobre os
pequenos vasos e capilares que trafegam no seu interior e gera isquemia local, comprometendo o fluxo
sanguíneo arterial e a remoção das substâncias resultantes do metabolismo celular, tais como os íons potássio
e os radicais ácidos, que, entre outras, são algogênicas e agravam a tensão dos músculos, criando um ciclo
vicioso que resulta em aumento da tensão muscular, agravamento da dor e da hipertonia inicial. Os músculos
dos indivíduos portadores de DORT estão geralmente fadigados cronicamente. Estímulos aplicados sobre
fibras musculares fadigadas demonstram que elas se contraem mais lentam ente e que a força contrátil se reduz
a ponto de não mais contrair-se diante de mesma intensidade do estímulo elétrico. Esse é, provavelmente, um
dos mecanismos pelos quais as pessoas com DORT referem perda da força e, muitas vezes, deixam cair objetos
da mão, mesmo na ausência de sinais de acometimento do SNP
Tendinopatia
A tendinopatia pode estar associada a uma variedade de fatores intrínsecos (idade, perfusão vascular, nutrição,
variantes anatômicas, hipermobilidade, peso, doença sistêmica) e extrínsecos (atividades esportivas e
ocupacionais com sobrecarga física, uso de técnicas, equipamentos e calçados inadequados). Hoje é
reconhecido que a maioria das tendinopatias está raramente relacionada a um único fator. As osteocondrites
de tração (Osgood-Schlatter, Sinding-Larson-Johansson, Sever e síndrome do navicular) podem se
desenvolver por tensão excessiva e repetida do tendão sobre o osso. São mais comuns nos atletas jovens, em
particular nos adolescentes, porque nessa faixa etária os ligamentos e tendões são comparativamente mais
fortes em relação ao osso que os dos adultos. As entesopatias ou tendinopatias deinserção são comuns.
Epicondilite
As epicondilites estão, em geral, associadas à falta de técnica ou a má qualidade do equipamento utilizado,
particularmente em tenistas, golfistas e arremessadores. As lesões de inserção isquial, sobretudo do bíceps
femoral, do semimembranoso e do semitendinoso, são encontradas especialmente em corredores de curta
distância e em saltadores de distância.
Síndrome da fáscia iliotibial
A síndrome da fáscia iliotibial pode ocorrer quando há flexoextensão repetitiva dos membros inferiores
somada a excesso de pronação dos pés, como ocorre, em especial, nas corridas de longa distância em
superfícies acidentadas. Os ossos podem sofrer fraturas de estresse ou alterações metabólicas por excessode
atividade, particularmente em atletas de alta performance. Os ligamentos são frequentemente sobrecarregados,
e distensões são comuns. Os músculos podem sofrer consequências pelo excesso de uso e a sintomatologia pode
começar pela sensação de rigidez após exercícios que o atleta não está acostumadoa desempenhar.
Síndrome do túnel do carpo
A maioria dos casos de síndrome do túnel do carpo e de síndrome do túnel cubital, que representam as
neuropatias periféricas mais frequentes, é idiopática. As causas mais frequentemente identificadas envolvem
compressão direta do nervo; estiramento do nervo; aumento da pressão no interior do espaço ocupado pelo
nervo; subluxação do nervo; sequelas de trauma; artrites que causam alteração da morfologia articular.

Canelite
A dor canela pode ser causada por fraturas de estresse na tíbia (tíbia) ou irritação nos músculos e tecidos da
parte anterior da perna. A canelite, como é popularmente conhecida, é uma das lesões mais comuns em pessoas
que praticam atividades físicas com foco nas pernas. A canelite é uma inflamação no osso da canela, tíbia ou
nos músculos e tendões colocados neste osso.

Corredores, jogadores de futebol ou futsal, jogadores de vôlei, basquete entre outros atletas, temem muito
contrair a canelite, pois além das fortes dores, esse tipo de lesão também pode afastá-lo de suas práticas
esportivas.

Os exercícios físicos que geram impacto repetitivo na região na canela, como o futebol, corrida, ciclismo,
ginástica olímpica e até mesmo a caminhada em esteira podem fazer com que a canelite se desenvolva.
DORT MAIS COMUNS
Doenças tendíneas inflamatórias:
 Tendinite biciptal
 Tendinite do supraespinal
 Epicondilite lateral
 Epitrocleíte (epicondilite medial)
 Tenossinovite De Quervain
 Tenossinovite digital estenosante (dedo em gatilho)
 Tenossinovite de punho (extensor comum dos dígitos, extensor próprio do indicador, extensor radial curtoe
longo, flexor comum dos dígitos)
Neuropatias periféricas (nervo mediano, ulnar e radial):
 Síndrome do túnel do carpo
Cistos sinoviais:

 Face volar e dorsal do punho

 Lesões ligamentares(punho)

Bursites:
 Subacromial/subdeltóidea
 Olecraneana
 Patelares (supra, infra e pré-patelar)
 Isquiática
Lombalgias, principalmente as multicausais envolvendo etiologia:
 Muscular (estiramento, contratura)
 Ligamentar
 Discal (degeneração, protusão e hérnia)
 Articular (degeneração, instabilidade)
Mialgias (trapézios, região dorsal e antebraço).
QUADRO CLÍNICO
As manifestações clínicas dependem do tecido afetado, do segmento corporal envolvido e da intensidade da
agressão. Portanto, a sintomatologia é muito variada. De maneira geral, podemos elucidar que os sintomas
mais frequentes são: dor, dormência, formigamento, sensação de pontadas ou agulhadas,diminuição da força,
sensação de peso ou cansaço nos membros, inchaço, dificuldade de movimentação e desconforto.
Os pacientes com DORT apresentam queixa de dor, parestesias, sensação de peso e fadiga nos MMSS e região
cervical, geralmente com instalação insidiosa. Não raramente apresentam também dor na região dorso lombar
e nos membros inferiores. Outros sintomas incluem adormecimento, alterações neurovegetativas, tróficas e
outras anormalidades sensitivas e motoras regionais. O receio de que o trabalho possa agravar o quadro clínico,
as preocupações com perdas materiais e sociais, as limitações para a execução das atividades da vida diária
(AVDs), profissionais, sociais e familiares, o comprometimento do ritmo do sono, do apetite e do lazer são
ocorrências comuns.
Há pacientes que apresentam generalização da dor e evoluem de uma condição de dor localizada para um
quadro de dor difusa inespecífica de membros superiores (DDIMS), e outros para o corpo todo, como a
síndrome fibromialgica, caracterizado por dores difusas e, muitas vezes, migratórias, fadiga, sono não-
reparador, sensações parestésicas nos membros, cefaleia tensional, síndrome do cólon irritável e cistite
inespecífica.
Os sinais e sintomas observados nos pacientes com DORT podem ser decorrentes de microtraumatismos, dos
processos de reparação tecidual ou de comportamentos adaptativos. Essas modificações adaptativas,
frequentemente subclínicas, podem, diante de eventos traumáticos físicos e/ou emocionais, agravar a dor, a
incapacidade funcional e o sofrimento físico e psicoafetivo dos pacientes.
O estabelecimento de nexo causal é fundamental para se caracterizar DORT. O médico do trabalho,
conhecendo as condições ergonômicas do trabalho, é o profissional capacitado para tal função. Porém, em
termos legais, para efeitos de afastamento e recebimento de benefícios, há necessidade do médico perito do
INSS reconhecer o nexo causasi e caracterizar as afecções como sendo dos DORT.
A dor pode ser localizada, referida ou generalizada, superficial ou profunda, de origem somática, neuropática
e/ou psicogênica.
 Quando resultante do acometimento de estruturas musculoesqueléticas profundas, é vaga e descrita como
peso, pressão, queimor, latejamento ou tensão exagerada é frequentemente referida em estruturas distantes
daquelas comprometidas.
 A dor neuropática é descrita como queimor, formigamento ou choques e pontadas em áreas em que a
sensibilidade, a motricidade e/ou as funções neurovegetativas estãoalteradas.
 A dor psicogênica, que se manifesta em pacientes com queixas álgicas, diante da escassez de achados
clínicos, é rara nos pacientes com DORT; entretanto anormalidades psicoafetivas contribuem
significativamente para o agravamento e a manutenção da dor
Quanto à duração, os episódios de dor podem ser agudos ou crônicos.
 A dor aguda geralmente ocorre na fase inicial da doença, é melhor localizada, tem causa geralmente
definida e atua como alerta biológico frente aos fatores irritativos potencialmente lesivos ou frente a
lesões teciduais instaladas. E decorrente de tendinopatias, sinovites e SDMs. Associa-se a quadro
inflamatório agudo, representado pela instalação de sinais flogísticos, rubor e tumor.
 A dor crônica é definida como aquela que persiste além do tempo esperadopara resolução da condição
clinica que provocou a sua ocorrência. Tem função biológica diferente da dor aguda e gera incapacidade
para as atividades profissionais, sociais e familiares. A etiologia pode ser imprecisa. Geralmente é vaga
e, muitas vezes, decorrente ou agravada por estressores físicos ambientais ou psicogênicos. Caracteriza-
se pela pequena expressão de sinais físicos e pela ocorrência de depressão,ansiedade, hostilidade, adoção
de posturas antálgicas especificas, aumento das preocupações somáticas edo período de inatividade com
as obvias consequências financeiras e sociais. As AVDs, o lazer, o sono e o apetite são significativamente
comprometidos em decorrência da dor, das alterações psicoativas e das iatrogênias induzidas pelos
procedimentos terapêuticos clínicos e/ou cirúrgicos
Havendo comprometimento das unidadesnervosas motoras, podem ocorrer déficits motores e amiotrofias. A
lesão das estruturas nervosas sensitivascausa dor e alterações sensitivas proprioceptivas, e o acometimento
das unidades do sistema nervoso neurovegetativo evoca alterações neurovegetativas e alterações tróficas.
Em relação aos sintomas e evolução das principais DORT, segue abaixo alguns sintomas específicos:
 Tendinite bicipital: Os pacientes poderão sentir dor na parte anterior do ombro que, com frequência,
agrava-se com a execução de atividades acima da cabeça. O exame físico revela que o paciente apresenta
sensibilidade pontual na área do sulco intertubercular, em uma posição anterior em relação ao úmero. Na
maior parte dos casos, os pacientes melhoram sem a necessidade de cirurgia com um programa de
Fisioterapia (reabilitação personalizado e adaptado). Numa primeira fase consistirá em repouso,
analgésicos e anti-inflamatórios, aplicação de TENS (eletroterapia), ultra-som e gelo.
A tendinite do bicípete, também denominada tendinite bicipital, é uma inflamação na longa porção do bicípete
braquial (tendão principal) que une a parte superior do músculo bicípete. Este tendão localiza-se na região
anterior do ombro.
Causas
A causa mais comum desta patologia é o movimento repetitivo e contínuo em actividades que promovem
o uso excessivo do tendão do bicípete. É muito comum em determinados tipos de trabalho ou desportos
que exigem o uso repetitivo e frequente do braço, especialmente acima do nível do ombro. Desportos como
o voleibol, natação e ténis são exemplos com maior risco de inflamação do tendão da longa porção do
bicípete.
Para além disso a tendinite do bicípede pode desenvolver-se gradualmente a partir dos efeitos do desgaste e
degeneração das fibras com o avanço da idade ou pode acontecer de forma repentina como consequência
de uma lesão directa (por exemplo, queda). O tendão também pode ficar inflamado, em resposta a outros
problemas, como lesões da coifa de rotadores, conflito subacromial ou instabilidade.
Sintomas
O principal sintoma consiste na sensação de dor profunda na região anterior e superior do ombro que pode
progredir para o músculo bicípete. A dor agrava com as actividades nesta zona e alivia com o repouso.
Poderá sentir fraqueza muscular ao flectir o cotovelo ou no movimento do antebraço em supinação (palma
da mão para cima).
 Epicondilite lateral: Os pacientes apresentam sintomas mal definidos no cotovelo ou dor que se irradia
para o aspecto dorsal do antebraço. Em geral, os sintomas ocorrem à noite e em repouso, porém, são
mecânicos e se relacionam a movimentos, principalmente em atividades que envolvam preensão (p. ex.,
segurar o volante de um veículo), dorsiflexão ou supinação do punho (p. ex., girar a maçaneta de uma
porta). O exame físico revela a presença de sensibilidade local sobre o epicôndilo lateral ou distal ao longo
da origem do extensor comum. Às vezes, a dor ocorre no terço distal do úmero, que se localiza naorigem
do extensor radial curto do carpo. Os pacientes poderão se queixar de fraqueza, considerando que a dor é
causada pelo movimento de preensão. Para reproduzir os sintomas, o médico deve pedir aopaciente para
endireitar o cotovelo e, a seguir, estender o punho contra resistência (teste de Cozen); ou estender o dedo
médio contra resistência, mantendo o punho reto; ou segurar o encosto de uma cadeiracom os cotovelos
estirados e tentar erguê-la (teste da cadeira).
 Epicondilite medial: Os achados dos exames físicos incluem sensibilidade local no epicôndilo medial ou
na origem do flexor proximal comum. Os sintomas podem ser reproduzidos por flexão resistida do punho.
 Bursite olocraniana: É comum que os pacientes se apresentem com história de dor e inchaço gradual,
embora esses sintomas possam ocorrer de forma aguda depois de traumas diretos no processo olecraniano.
Sinais de calor no cotovelo sugerem a presença de um processo séptico ou de outra causade inflamação.
 Tenossinovite de De Quervain: A tenossinovite de De Quervain envolve o primeiro compartimento
dorsal do punho. Os tendões envolvidos incluem o abdutor longo e o extensor curto do polegar. Em geral,o
início está associado ao uso excessivo do polegar e do punho, principalmente com desvio radial, comoem
martelagens repetitivas, elevação ou pipetagem. Os pacientes que iniciam novas atividades com uso
intensivo das mãos ou aqueles que executam movimentos repetitivos de elevação geralmente se queixam
de dor em áreas mal definidas ao longo do lado radial da base do polegar, que ocasionalmentese estende
até uma posição distal, como a articulação interfalângica da mão. Essa condição pode também ser
observada em mães recentes ou em fase de amamentação. Há uma sensibilidade bem localizada sobre o
lado radial do rádio distal com a possível presença de edema. Quando o paciente segura com firmeza o
polegar flexionado na palma da mão, o ulnar desvia a mão no punho, produzindo dor e reproduzindo a
queixa do paciente (teste de Finkelstein).
 Dedo em gatilho (tenossinovite estenosante): A tenossinovite estenosante dos tendões dos músculos
flexores dos dedos ou do flexor longo do polegar pode produzir dor nas situações em que ocorrer flexão ou
extensão forçada de um dedo ou do polegar. Os movimentos da articulação interfalângica proximal (IFP)
dos dedos ou da articulação interfalângica (IF) do polegar produzem os sintomas, que se caracterizam por
um estalido doloroso. O repentino fechamento da articulação se assemelha a um gatilho. A causa principal
de tenossinovite possivelmente seja a flexão repetitiva dos dedos. Nos estágios finais, o dedo poderá
“travar” em extensão (ou, mais raramente, em flexão), sendo que o movimento fica tão limitado que
impossibilita a reprodução do gatilho.
 Síndrome do túnel do carpo: A síndrome do túnel do carpo é um tipo de neuropatia por compressão ou
pressão no nervo mediano à medida que atravessa o túnel do carpo em uma posição volar em relaçãoaos nove
tendões flexores. Os limites do canal são formados por ligamentos carpais transversos rígidos que se
localizam no lado volar e nos ossos carpais no lado dorsal. A síndrome do túnel do carpo afeta
trabalhadores de qualquer idade, sendo mais comum em mulheres. Gravidez, idade avançada e obesidade
aumentam o risco. Embora a causa dessa síndrome seja desconhecida em muitos casos, a preensão forçada
repetida ou sustentada ou os movimentos repetitivos dos punhos e dedos no trabalho foram associados à
síndrome do túnel do carpo.Ainda há muita controvérsia em torno da associação entre o túnel do carpo e o
uso de teclado ou mousede computadores. Na ausência de lesão aguda, os pacientes podem desenvolver
parestesias graduais e espontâneas na distribuição do nervo mediano (superfície volar do polegar, dedo
indicador, dedo médio e a metade radial do dedo anular). Com a progressão da síndrome, os pacientes
podem acordar, durante a noite, com dor, formigamento, ardência ou dormência nessa área da mão.
Comumente, os pacientes tendem a levantar e massagear a área ou agitar o punho e os dedos. Os sintomas
também podem ocorrer ao dirigir um veículo ou com preensão sustentada. Qualquer progressão adicional
poderá provocar o enfraquecimento da mão. Os pacientes que são atendidos logo no início da condição
não apresentam evidências de atrofia tenar. Os pacientes que conseguirem manter o punho em flexão
máxima durante 60 s (sinal de Phalen) geralmente desenvolvem sintomas, ou a pressão direta com o
polegar sobre a área do túnel do carpo também poderá reproduzir os sintomas (teste de compressão carpal).
Asbatidas com um martelo de reflexo na parte volar do punho reproduzem dores agudas nas pontas dos
dedos (sinal de Tinel).
EXAMES COMPLEMENTARES
Exames de imagem
 Radiografia: Adequada para análise de estruturas osteoarticulares. Pode ser eventualmente utilizada para
excluir artropatia (degenerativa ou inflamatória) e outras lesões osteoarticulares. Deve-se observarque às
vezes há necessidade de se solicitar incidências especiais
 Ultrassonografia: Esta técnica extremamente útil para tornar visíveis estruturas tendíneas e musculares,
quando mal indicada e interpretada erroneamente, pode trazer males tanto do ponto de vista clínico
(condutas terapêuticas inadequadas), como do ponto de vista previdenciário e trabalhista. É adequado para
tornar visíveis estruturas livres da superposição de partes ósseas ou gasosas. No entanto, para que seus
resultados possam ser valorizados, é necessário que o operador do equipamentoseja treinado no exame de
estruturas do sistema músculo esquelético. Tem-se mostrado útil na visibilização de tendinopatias,
epicondilites, cistos. Deve ser utilizado com cautela no controle evolutivo,pois alterações morfológicas
ecograficamente detectáveis podem persistir em lesões inativas. Assim, a descrição de alterações
estruturais inativas, se não analisada sob a égide das evidências clínicas, podeser interpretada erroneamente
como processo ativo.
 Ressonância magnética: É útil na avaliação de partes moles e estruturas osteoarticulares, sendo, no
entanto, mais cara do que a ultrassonografia (3 a 4 vezes). Raramente apresenta vantagens em relaçãoa ela
no rastreamento de lesões miotendíneas dos membros superiores.
 Cintilografia óssea: É um exame muito sensível na detecção de distúrbios do metabolismo ósseo
(traumáticos, inflamatórios, vasculares e neoplásicos), porém, pouco específico em sua caracterização.
Indicações principais: pesquisa de fraturas de stress e de necrose asséptica do quadril. Não é eficaz na
avaliação de lesões miotendíneas.
 Tomografia computadorizada: Tem excelente resolução óptica para estruturas osteoarticulares.
Apresenta baixa resolução de contraste em tecidos moles, portanto, tem eficácia reduzida na pesquisa de
lesões miotendíneas.
 Eletroneuromiografia: Deve ser solicitada nos casos em que há queixas e exame físico compatíveis com
compressões de nervos periféricos, encontrados em alguns quadros associados às LER/DORT, como por
exemplo, síndrome do túnel do carpo, síndrome do canal ulnar. É dependente do operador, requerendo
muita prática do profissional. Resultados normais não devem ser interpretados como ausência de
patologia específica neuromuscular, deve-se confiar na clínica.
Exames laboratoriais
 Provas de atividade inflamatória: Correspondem à velocidade de hemossedimentação, à proteína C
reativa, ao alfa 2 e às gamaglobulinas, entre outros indicadores. Quando os resultados são elevados, são
indicadores de processo inflamatório, e não reumático, como são frequente e incorretamente interpretados.
Dificilmente se elevam nos reumatismos extra articulares ou de partes moles. Estão elevados em
artropatias inflamatórias crônicas (artrite reumatoide, por exemplo) e agudas (artropatias microcristalinas
e infecciosas, por exemplo). A velocidade de hemossedimentação eleva-se também emalgumas situações
não inflamatórias, tais como nas ocasiões em que houver gestação, anemias, obesidade,
hipercolesterolemia e insuficiência renal. Pode estar elevada em mulheres.
 Fator reumatoide (FR): É um anticorpo geralmente da classe IgM dirigido contra uma imunoglobulina
do próprio organismo. O teste utilizado para sua detecção é o látex. Está presente em 75% dos casos de
artrite reumatoide, porém também ocorre com menor frequência e em títulos mais baixos em outras
doenças crônicas, como tuberculose, mal de Hansen, doenças pulmonares e hepáticas. Também pode estar
presente em 2 a 5% dos indivíduos saudáveis. Atualmente está disponível também o teste para detecção
de anticorpo antipeptídeo citrulinado, mais sensível e específico que o fator reumatoide
 Fator antinuclear (FAN): Trata-se, na verdade, de uma família de auto anticorpos, contra vários
antígenos celulares, detectados por diversos métodos. Cada elemento dessa família tem sua própria
sensibilidade e especificidade para algumas doenças difusas do tecido conjuntivo. Alguns anticorpos tipo
FAN podem ser detectados em baixos títulos em até 22,6% dos indivíduos saudáveis.
 Antiestreptolisina O (ASLO): Este anticorpo é um indicativo de infecção estreptocócica recente, e não
um marcador de febre reumática. Apenas 2% dos indivíduos infectados pelos estreptococos A (portanto,
com ASLO elevado) desenvolverão febre reumática.
 Ácido úrico: É um catabólico final das vias das purinas e, quando elevado no sangue, pode se depositar
como cristais nos tecidos, originando a artrite da gota. Deve ser interpretado criticamente, de forma
integrada com a avaliação clínica, pois para cada caso de gota existem nove de hiperuricemia
assintomática.
BIOMARCADORES LABORATORIAIS
Recentemente, nas abordagens das LER/DORT inclui-se avaliação de biomarcadores inflamatórios, visando
compreender as vias fisiopatológicas associadas a esses distúrbios.. O processo inflamatório presentes nas
LER/DORT é uma resposta do sistema imunológico que se inicia com a lesão tecidual causada pela exposição
aos fatores de risco ocupacionais. A lesão provoca a liberação de marcadores inflamatórios.
Os biomarcadores inflamatórios são glicoproteínas extracelulares mediadoras da resposta inflamatória no
organismo. Estas glicoproteínas são produzidas por diferentes tipos de células presentes no local da lesão e
por células do sistema imunológico, sendo compreendidas por famílias de citocinas, tais como, interleucinas,
interferons, fatores de necrose tumoral (TNF) e fator de transformação do crescimento (TGF). A resposta
inflamatória pode ser modulada por duas grandes famílias de proteínas, as pró-inflamatórias, queaumentam a
resposta inflamatória e as anti-inflamatórias, que atenuam esta resposta. Estes biomarcadoressão muitas vezes
produzidos em cascatas, ou seja, um biomarcador estimula uma célula alvo a qual produz biomarcadores
adicionais em sequência.
Concomitantemente a um estímulo lesivo uma aferência é transmitida à medula, onde ocorre a liberação de
substância P, que por sua vez liberará uma série de biomarcadores inflamatórios. Uma cascata de eventos será
induzida a partir da lesão inicial causando um exsudato inflamatório no local da lesão, onde inicialmenteestão
envolvidas células do sangue, sobretudo os neutrófilos na fase aguda da lesão e macrófagos na fasecrônica.
Como forma de reparação do tecido lesado, muitas outras proteínas serão liberadas, como exemplo, a
prostaglandina E2 que se acredita melhorar a circulação através da vasodilatação e consequentemente dar
início a liberação e circulação das citocinas e a bradicinina que possui propriedades analgésicas.
Todo processo inflamatório é altamente controlado no organismo evitando respostas exacerbadas que
poderiam ser ainda mais lesivas. Estudos mostram uma série de citocinas encontradas no local da lesão, tais
como, a IL-6, IL-10, IL-1 e TNF-α. A IL- 6 possui propriedades pró-inflamatórias, induzindo o crescimento e
proliferação celular e aumentando os receptores solúveis de TNF-α. Esta interleucina possui também
propriedade anti□inflamatória, estimulando a síntese de IL-10 e receptores antagonistas de IL-1. Deste modo,
a IL-6 possui papel chave na remodelação da lesão. A IL-10 é uma citocina anti-inflamatória, pois elainibe a
síntese de citocinas através de células T e macrófagos.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico das LER/Dort é basicamente clínico e é feito através de estudo da vida profissional pregressa,da
história da doença e de exame físico minucioso. São analisados o tipo de função realizada no trabalho, a
frequência dos movimentos, os equipamentos empregados, a postura durante a jornada, as condições
ambientais, o tempo na função, a existência de pausas durante o trabalho e as relações interpessoais com
colegas e superiores.
Inicialmente, quando surgem os sintomas, a primeira providência a ser tomada é o afastamento imediato dos
fatores de risco, cessando com atividades que demandam esforço repetitivo e imobilizando a região afetada.
Recomenda-se ainda fazer repouso e procurar um médico imediatamente. Na realidade, como os sintomas
aparecem lentamente, o profissional muitas vezes se acostuma com eles, postergando a consultaao médico, o
que acaba comprometendo o sucesso do tratamento, já que a doença vai evoluindo, e quantomais tardio o
tratamento, pior será o prognóstico.
Neste sentido, torna-se importante seguir os seguintes passos:
 Investigação da história clínica: As queixas mais comuns são: dor localizada, irradiada ou
generalizada, desconforto, fadiga e sensação de peso. Podendo ocorrer ainda: parestesia, dormência,
diminuição de força, edema, choque. Torna-se importante considerar o tempo de duração, localização,
intensidade, tipo ou padrão, momentos e formas de instalação, fatores que acentuam ou atenuam,
variações no tempo.
 Considerar comportamentos e hábitos relevantes: Verificar os hábitos que possam agravar o quadro
clínico, tais como: uso excessivo de computador, postura inadequada nas atividades realizadas no
cotidianoe no ambiente de trabalho, sobrecarga de peso, exercícios que sobrecarreguem as articulações.
 Verificar antecedentes pessoais e familiares: Histórico de traumas, fraturas e outros quadros que
possam ter desencadeado ou agravado os processos de dor crônica; além da existência de outros
membros da família apresentar diabetes, doenças reumatológicas, distúrbios hormonais, dentre outros
quemereçam atenção.
 Realizar anamnese ocupacional: Torna-se de extrema importância avaliar o ambiente de trabalho, a
disposição dos mobiliários, os equipamentos, duração da jornada de trabalho, se há existência do tempo
de pausas, execução e frequência de movimentos repetitivos, existência de sobrecarga estática,
identificação de músculos e articulações mais utilizados.
 Realizar exame físico detalhado: Avaliar força, amplitude de movimento articular, se há presença de
edema, contraturas, deformidades.
 Realização de exames complementares: Avaliar a necessidade de solicitar radiografia,
ultrassonografia,eletroneuromiografia, cintilografia óssea, tomografia computadorizada, mediante a
necessidade e particularidade de cada caso em questão.
6. Descrever as possibilidades e limitações do tratamento das DORT:
a) medicamentoso: tipo de medicamentos, contraindicações e efeitos colaterais mais comuns;
b) fisioterápico: eficiência, custos, disponibilidade aos pacientes;
c) complementar: acupuntura, técnicas de relaxamento
d) ergonômico: modificação do ambiente de trabalho.
MEDICAMENTOSO
Os medicamentos são importantes na reabilitação, pois além de possibilitarem o controle da dor e de suas
repercussões, facilitam a participação ativa dos pacientes nos programas de reabilitação. Os anti- inflamatórios
não-hormonais (AINHs) controlam a dor e a inflamação. Devem ser utilizados em todos os indivíduos na fase
aguda de dor e quadro inflamatório, e em alguns na fase crônica, principalmente quandoapresentam crises de
agudização da dor, como, por exemplo, após a realização de alguns procedimentos de reabilitação. Não há
indicação de uso crônico e contínuo de AINH, porque, na maioria das vezes, não há presença de quadro
inflamatório que necessite do uso desse medicamento.
Os medicamentos inibidores específicos da ciclooxigenase 2 (COX-2) podem ser mais adequados em
indivíduos com afecções gastrintestinais. Os corticoides não são utilizados via de regra, exceto em alguns
casos de neuropatias compressivas com padrão inflamatório, como STC associada à tenossinovite dos
músculos flexores dos dedos, ou em fases agudas da SCDR, m as por curto período de tempo.
Os miorrelaxantes mais utilizados são os de ação central, como a ciclobenzaprina, a tizanidina e o baclofeno. Os
de ação periférica, como o carisoprodol, em geral estão associados aos AINHs. Nos casos crônicos, devem-se
associar os psicotrópicos aos antidepressivos e aos neurolépticos, que contribuem para melhorara analgesia e o
relaxamento muscular e resgatam o sono, o apetite e o hum or. Esses fármacos reduzem aatividade neural no
cérebro (núcleos da base), tronco encefálico e tálamo, provocando relaxamento dos músculos esqueléticos.
Normalmente são contraindicados ou pede-se mais cuidados em pacientes com problemas cardíacos, com
hipertireoidismo, com histórico de abuso de drogas e em mulheres grávidas e lactantes. Os principais efeitos
adversos são sonolência, tontura, cefaleia e distúrbios no trato gastrointestinal, como vômitos, pirose, náuseas,
boca seca (xerostomia) e desconforto abdominal.
Os antidepressivos tricíclicos mais utilizados são a amitriptilina, a nortriptilina, a imipramina, a
clorimipramina, a maprotilina; os duais, como a venlafaxina e a duloxetina, são utilizados em doses para
estimular o melhor funcionamento do sistema supressor de dor, geralmente menores do que a utilizada paraas
síndromes depressivas. A fluoxetina não apresenta ação analgésica e pode com prometer a qualidade do sono.
Os inibidores específicos de serotonina não são eficazes como relaxante muscular. Os anticonvulsivantes
também podem ser utilizados quando há neuropatias associadas, e os principais são a carbamazepina, a
fenitoína, a gabapentina, o topiramato e a lamotrigina.
Em alguns pacientes, a dor crônica pode ser tão intensa e incapacitante, que com promete seriam ente a
qualidade de vida e torna necessário o uso de analgésicos mais potentes, como os opióides. Eles podem ser
fracos, como a codeína, o propoxifeno e o tramadol, ou potentes, como o cloridrato de morfina, a metadona,
o sulfentanil, a oxicodona, entre outros. A prescrição desses medicamentos deve respeitar a escada
ascendente de analgesia, a partir do modelo modificado da Organização Mundial de Saúde para a dor
oncológica. Deve-se optar, quando possível, pelo uso oral dos medicamentos; alguns pacientes, porém, ao
apresentarem efeitos colaterais indesejáveis, como náuseas, cefaleia, obstipação, prurido e tontura, não
passíveis de controle com medidas habituais, podem ser candidatos ao implante de bombas para infusão de
analgésicos no compartimento liquórico. Não se justifica o uso isolado desses medicamentos sem estarem
associados às medidas de reabilitação.
FISIOTERÁPICOS
Os músculos são os “motores” responsáveis pela movimentação dos membros e devem funcionar com
potência máxima e com o menor gasto energético possível. Os músculos dos pacientes com DORT são
geralmente tensos, hipertônicos, encurtados (o que diminui a sua força contrátil) e cronicamente fadigados. O
aumento da tensão muscular gera com pressão dinâmica sobre os pequenos vasos e capilares que trafegam no
seu interior e gera isquem ia local, com prometendo o fluxo sanguíneo arterial e a remoção dassubstâncias
resultantes do metabolismo celular, tais como os íons potássio e os radicais ácidos, que, entre outras, são
algogênicas e agravam a tensão dos músculos, criando um ciclo vicioso que resulta em aumento da tensão
muscular, agravamento da dor e da hipertonia inicial. Os músculos dos indivíduos portadores deDORT estão
geralmente fadigados cronicamente. Estímulos aplicados sobre fibras musculares fadigadas demonstram que
elas se contraem mais lentam ente e que a força contrátil se reduz a ponto de não mais contrair-se diante de
mesma intensidade do estímulo elétrico. Esse é, provavelmente, um dos mecanismospelos quais as pessoas
com DORT referem perda da força e, muitas vezes, deixam cair objetos da mão, mesmo na ausência de sinais
de acometimento do SNP.
O exercício de relaxamento ou alongamento muscular procura devolver ao músculo fadigado e encurtado oseu
comprimento de repouso, condição fundamental para que adquira sua potência máxima; por isso é importante
examinar inteiram ente o paciente, e não apenas um a mão, um braço ou um dedo.
COMPLEMENTARES (ACUPUNTURA)
A acupuntura é muito útil para o tratamento dos DORT. Pode ser mais eficaz mesmo em pacientes com pouca
melhora com os procedimentos de reabilitação. As agulhas, quando aplicadas em pontos previam ente
selecionados, promovem relaxamento muscular e estimulam o sistema supressor de dor. A acupunturaé um
método analgésico e anti-inflamatório potente e deve ser em pregada com o complemento às medidas de
reabilitação, previam ente à cinesioterapia, quando esta é prejudicada pela presença de quadro dolorosoe/ou
inflamatório. Há maior eficácia quando a inserção das agulhas é feita nos pontos específicos de acupuntura do
que quando em pontos aleatórios. Cerca de 71% dos pontos de acupuntura coincidem com os pontos gatilho
presentes nas síndromes dolorosas miofasciais, uma das síndromes dolorosas m ais comuns em indivíduos com
DORT.
ERGONÔMICO
A adaptação de alguns instrumentos de trabalho, evitando a manutenção do pulso em angulação antifisiológica
quando da preensão de algum instrumento, o uso de apoio dos braços e dos pés diante da mesa de computação,
o modo de executar determinadas atividades, a redução dos estresses mecânicos exercidos por esses
instrumentos (p. ex., adoção de cabo de tesoura com formato que não comprima a região do canal carpal) e a
correção de posturas, são medidas simples, mas importantes na prevenção daslesões. Movimentos do punho,
como a flexo extensão e a prono-supinação, quando muito frequentes, causam lesões que se traduzem por
tenossinovites dos flexores e/ou extensores do punho e dos dedos e síndromes de com pressões nervosas, com
o a síndrome do túnel do carpo. Devem ser, portanto, evitados ou realizados com maior delicadeza e
respeitando as pausas e períodos de repouso.

7. Relacionar as profissões com DORTs específicas.

Listar as políticas públicas de prevenção e amparo às DORT, e o impacto da legislação sobre


trabalhadores informais
A Norma Regulamentadora nº 17 da Secretaria do Trabalho define os principais aspectos a serem considerados
na elaboração de uma Análise Ergonômica do Trabalho, ressaltando que a realização desta análise tem como
objetivo principal a modificação das situações de trabalho. É necessária a participação dos trabalhadores no
processo de elaboração da Análise Ergonômica do Trabalho e na definição e implantação da efetiva adaptação
das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores. Este documento não se propõe
a fornecer soluções para todas as diferentes condições de trabalho existentes, mas caracteriza a legislação em
vigor e a Ergonomia como um importante instrumento para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores,
bem como a produtividade das empresas.
De acordo com a Constituição Federal de 1988, no caso das relações trabalhistas patrão/empregado, paraque
os empregados estejam regularizados no setor formal da economia é necessário que o patrão cumpra todos os
direitos previstos na legislação trabalhista da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que são: registro do
trabalhador na carteira (carteira de trabalho assinada), cumprimento da jornada de trabalho e do período de
descanso, pagamento de férias remuneradas e de 13° salário, entre outros direitos citados acima
Dentro do Ministério do Trabalho, a Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) é o órgão responsável por
fazer cumprir a regulamentação do trabalho no Brasil. Regulamentada pela Lei 10.593 de 2002, a SIT vem
realizando diversos Planos Plurianuais para combater o emprego informal no país.
Os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) promovem ações para melhorar as condições
de trabalho e a qualidade de vida do trabalhador por meio da prevenção e vigilância. Existem doistipos de
Cerest: os estaduais e os regionais. Cabe aos Cerest promover a integração da rede de serviços de saúde do
SUS, assim como suas vigilâncias e gestão, na incorporação da Saúde do Trabalhador em suaatuação rotineira.
Suas atribuições incluem apoiar investigações de maior complexidade, assessorar a realização de convênios
de cooperação técnica, subsidiar a formulação de políticas públicas, fortalecer a articulação entre a atenção
básica, de média e alta complexidade para identificar e atender acidentes e agravos relacionados ao trabalho,
em especial, mas não exclusivamente, aqueles contidos na Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho ou de
notificação compulsória.
A Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador, Renast, foi criada em 2002, por meio da
Portaria no 1.679/GM, com objetivo de disseminar ações de saúde do trabalhador, articuladas às demais redes
do Sistema Único de Saúde, SUS. Com a definição da Política Nacional de Saúde do Trabalhador em2005
(Brasil, 2005), a Renast passou a ser a principal estratégia da organização da ST no SUS, sob a
responsabilidade da então Área Técnica de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, hoje
Coordenação Geral da Saúde do Trabalhador, CGSAT.
O Ministério da Previdência Social, por meio do Departamento de Políticas de Saúde e Segurança
Ocupacional, desenvolve políticas públicas para a promoção de um ambiente de trabalho mais seguro paraos
brasileiros. Essas políticas têm como objetivo incentivar o investimento em saúde e segurança no trabalho,
prevenção de acidentes e doenças ocupacionais.
As políticas públicas no campo da saúde e segurança no trabalho constituem ações implementadas pelo Estado
que visam garantir que o trabalho seja realizado em condições que conduzam para a melhoria da qualidade de
vida, realização pessoal e social dos trabalhadores, sem prejuízos a saúde, integridade físicae mental. Desta
forma, aspectos como a distribuição de renda, questões diretamente relacionadas às condições e ambientes de
trabalho, com o objetivo da promoção, proteção e recuperação da saúde e a reabilitação profissional são
importantes.

Identificar as implicações psicossociais do afastamento do trabalho.


A Organização Internacional do Trabalho – OIT (1989) denomina o afastamento do trabalho como um quadro
incapacitante que leva a uma licença compulsória por doença, impossibilitando, total ou parcialmente, o
trabalhador de permanecer com suas atividades profissionais. Por vezes, o quadro incapacitante pode não levar
ao afastamento em si, mas gerar situações de absenteísmo marcadas por faltas e atrasos ao trabalho.
Ao se considerar o compulsório afastamento do trabalho por períodos superiores a 30 dias consecutivos, em
função de uma lesão incapacitante do corpo, pode-se notar a geração de inúmeros problemas ao indivíduo,
uma vez que essa condição de afastamento o retira da posição que ocupa na teia social e pode desencadear
problemas de ordem psicossocial.
Dentre os fatores psicológicos, pode-se destacar o papel do estresse pontuam que altos níveis de conflito de
papéis e baixa autonomia no trabalho, fatores esses geradores de tensão e estresse, se relacionam diretamente
com altos índices de sintomas osteomusculares.
Os dados apontaram uma forte influência negativa do estresse na percepção da condição de afastamento do
trabalho, contaminando a percepção de suporte social e da família, percepção do ambiente de trabalho e da
própria capacidade para o trabalho. Essa influência pode prejudicar de forma bastante contundente a melhora
no quadro de saúde do trabalhador afastado e dificultar sobremaneira a sua reinserção no mercadode trabalho,
gerando problemas psicológicos, sociais e econômicos.
Reconhecer as DORTs como importante causa de disfunção motora limitante.
As Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho têm sido discutidas há anos no Brasil, mas, aindasão
causas de problemas de saúde ao longo da vida e do cotidiano de muitos trabalhadores. De acordo com a
literatura, os profissionais do lar não têm acesso a medidas de segurança adequadas dentro do seu ambiente
de trabalho e faltam fiscalização e controle oficial sobre essa condição. Além disso, as doenças ocupacionais
relacionadas ao trabalho doméstico continuam negligenciadas. Com o objetivo de identificar fatores de risco
para o desenvolvimento dessas doenças, observaram-se atividades cotidianas de uma trabalhadora doméstica
durante um dia completo de sua jornada de trabalho. Os riscos mais comuns constituíram-se por posturas
inadequadas, repetitividade de movimentos com flexão da coluna, tempo prolongado em posição ortostática,
má organização das atividades e do ambiente de trabalho e falta de orientação adequada à trabalhadora sobre
tais problemas.
A movimentação muscular dinâmica faz com que os músculos se contraiam e se relaxem diversas vezes,
agindo como uma bomba sanguínea, onde a contração expulsa o sangue com resíduos metabólicos e o
relaxamento permite a reposição de sangue renovado com nutrientese oxigênio. Entretanto, à medida que a
musculatura se contrai repetidas vezes subsequentes por muito tempo, seu consumo metabólico acumulado
ultrapassa a reposição de modo que a capacidade funcional do músculo diminui por exaustão metabólica, a
qual pode se manifestar por meio de sintomas de fraqueza, fadiga, dor ou desconforto muscular subjetivo.
Tais sobrecargas costumam desencadear dores crônicas em região cervical, dorsal ou lombar de origem
mecânica devido ao uso excessivo ou em sobrecarga de suas estruturas. Esse agravo é conhecido como
Distúrbio Relacionado a Traumas Cumulativos ou Síndrome do Estresse Repetitivo
A constante flexão ou torção da coluna sob sobrecarga, exigida pelo trabalho doméstico, tem o efeito de mudar
o centro de gravidade corporal durante a atividade laboral que, sustentado por tempo prolongado, leva a um
desgaste suprafisiológico dos discos intervertebrais. Ao mesmo tempo, esse vício postural-cinéticosobrecarrega
funcionalmente estruturas miotendíneas paravertebrais de modo que a musculatura eretora da coluna passa a
sustentar o peso do tronco e os ligamentos posteriores ficam distendidos, acarretando quadros álgicos na região
dorso-lombar.
Nesse ambiente, é preciso o estabelecimento de medidas político-sociais e ações técnicas que oportunizem
cuidar adequadamente do trabalho e do trabalhador doméstico, entre as quais é possível propor programasde
fiscalização e de educação permanente de donas de casa (patroas) e suas empregadas do lar a respeito da
ocorrência de DORT e outros agravos ocupacionais e a criação e padronização de protocolos e diretrizespara a
gestão e a execução de atividades laborais domésticas com foco na saúde do trabalhador.
Em termos de cuidado individual é importante que trabalhadores domésticos desempenhem suas atividadessob
orientação adequada quanto aos movimentos, à postura, ao uso de ferramentas, vestimentas e equipamentos,
bem como quanto à segurança no ambiente de trabalho. É necessário que alternem entre asdiversas atividades
de modo a evitar o uso contínuo e vicioso de um único grupo muscular específico e quetenham intervalos
regulares para descanso periódico ao longo da jornada de trabalho. Essas medidas devem objetivar todo o
conjunto corporal e mental do trabalhador. Contudo, em se tratando de DORT, é importante enfatizar a
necessidade e a importância de se preservar a coluna e os membros inferiores por serem estesos setores mais
intensamente sobrecarregados pela atividade laboral doméstica.
Quanto aos profissionais de saúde, é importante que se mantenham atentos aos problemas ocupacionais tão
frequentes em trabalhadores domésticos por meio de um cuidado ampliado e integral centrado na pessoaprovido
por equipe multidisciplinar, da qual devem participar, também, a dona de casa e sua empregada dolar.

Conceituar laceração, neuropatia por compressão e avulsão, dando exemplos clínicos.


LACERAÇÃO
É uma ruptura na integridade dos tecidos do corpo, podendo ocorrer em vários níveis, como por exemplo na
pele pode estar acometendo tanto camadas profundas como superficiais inclusive com comprometimento
vascular (artérias e veias). assim como pode ocorrer em órgãos por situações traumáticas ou até mesmo
patológicas. A ferida é avaliada pelas lesões às estruturas subjacentes, como nervos, tendões, vasos e ossos,
bem como pela presença de corpos estranhos ou penetração em cavidades do corpo (p. ex., peritônio, tórax).
A lesão nervosa é evidenciada por anormalidade sensorial ou motora distal ao ferimento; a suspeita é
aumentada quando as lacerações são próximas ao percurso de nervos importantes.
A lesão de tendão é suspeita em qualquer laceração ao longo de seu percurso. Em geral, a laceração totalde
um tendão produz uma deformidade definitiva (p. ex., pé caído decorrente de laceração no tendão do calcâneo,
perda da flexão normal do dedo decorrente de laceração digital flexural) pelo fato de as forças dosmúsculos
antagonistas estarem inoperantes.
O dano às estruturas vasculares é sugerido por sinais de isquemia, como palidez, diminuição dos pulsos ou,
talvez, preenchimento demorado dos capilares distais à laceração (todos comparados com o lado não
lesionado).
A lesão óssea é possível, particularmente após traumas fechados ou quando ocorre dano sobre uma
proeminência óssea. Se o mecanismo ou localização do dano for preocupante, uma radiografia deve ser
realizada para descartar a possibilidade de fratura.
A penetração articular deve ser suspeitada quando ferimentos próximos de uma articulação são profundosou
envolvem trauma por penetração.
Exemplos de lacerações: cortes, lesões por cisalhamento, traumas.
NEUROPATIA POR COMPREENSÃO
As compressões de nervos são comuns e geralmente causam um grande impacto físico, psicológico e
econômico sobre os pacientes. Causam dor, perda progressiva da sensibilidade e de força.
Exemplos de neuropatias compressivas: A síndrome do túnel do carpo é a neuropatia compressiva mais
frequente. A compressão do nervo mediano ocorre no canal do carpo no punho. Os sintomas mais comuns são
formigamento e perda da sensibilidade do polegar, dedo indicador e anular.
A segunda neuropatia compressiva em frequência é a do nervo ulnar no cotovelo (síndrome do túnel cubital).Os
sintomas são formigamento e perda da sensibilidade no dedo anular e mínimo.
AVULSÃO
Arrancamento, também chamado de avulsão, é quando o nervo é arrancado pela sua raiz na medula espinhal.
Acontece principalmente por lesões traumáticas do plexo braquial, nos traumatismos em que o ombro é
forçado abruptamente para baixo (adução) e, principalmente, quando, concomitantemente, a cabeça é forçada
em sentido oposto, a porção alta do plexo braquial é mais comprometida. Já quando o membro superior é
forçado em abdução exagerada, as raízes inferiores são mais vulneráveis.
Se traumatismos de baixa energia podem causar lesões graves às estruturas neurais, entende-se que os
acidentes de maior energia cinética, como os de motocicleta, atropelamentos e colisões de veículos, podem
causar estiramentos graves, roturas ou avulsões, associados ou não a lesões vasculares ou osteoarticulares.

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