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Dadlla Pereira

Caderno de Disfunções

Ortopédicas
@Fatosdafisioterapiaoficial
Sumário
Apresentação.................................................…..…...........3
Disfunções ortopédicas......................................………......4
Sumário
Oi, Meus Amores!!

Para quem não me conhece, meu nome é Dadlla, tenho


23 anos, moro aqui no interior de São Paulo, na cidade de
Ribeirão Preto, sou Fisioterapeuta e criadora de conteúdo
no instagram @Fatosdafisioterapiaa

Fiz esse E-book, com o intuito de ajudar você a entender


de maneira mais efetiva e prática as disfunções
ortopédicas. Espero muito que goste, pois fiz com muito
carinho e dedicação.

Gostaria de agradece-lo (a) por confiar em mim e no meu


trabalho, espero não decepciona-lo (a). Junto a esse
agradecimento, gostaria de pedir a você que não
compartilhe esse material, para que não haja uma
desvalorização do meu trabalho e do seu dinheiro.

Espero muito que goste!!

Bons estudos!!

Proibido a venda ou repasse desse material sem


autorização. Conteúdo produzido por Dadlla Pereira
@Fatosdafisioterapiaoficial

@FATOSDAFISIOTERAA
Disfunções Ortopédicas
CONDROMALÁCIA PATELAR
Condromalácia ou condropatia são termos utilizados para
definir a doença da cartilagem articular. A condropatia
patelar é também conhecida como síndrome da dor
femoropatelar ou mais popularmente como “dor anterior no
joelho”.

Ela é basicamente caracterizada pela lesão da cartilagem


que recobre a região articular da patela e sua classificação
vai desde um grau mais simples como o amolecimento, até
um grau mais avançado, como fissuras (rachaduras),
degeneração e exposição do osso subcondral (osso
recoberto pela cartilagem). É uma condição bastante
comum em indivíduos jovens, podendo acometer até 40%
dessa população, sobretudo o sexo feminino.
Disfunções Ortopédicas
A causa exata da condromalácia patelar ainda permanece
desconhecida. Os fatores mais comumente relacionados são
fatores histológicos, que podem predispor ao amolecimento,
fatores anatômicos ou estruturais, que comprometem o
encaixe da patela com o fêmur, alterando as áreas de
contato entre os dois ossos e aumentando a pressão na
articulação femoropatelar e também fatores biomecânicos,
como desequilíbrio ou fraqueza muscular.

SINAIS E SINTOMAS
Essa afecção nem sempre vem acompanhada de dores, mas
quando o paciente apresenta sintomas, normalmente é a dor
na região anterior do joelho, mais especificamente em volta
ou mesmo (atrás da patela), sendo que ela tende a surgir ou
aumentar durante atividades do dia a dia que envolvem
maiores exigências articulares como subir e descer escadas
ou rampas, permanecer muito tempo de pé, uso prolongado
de salto alto, agachar, saltar e correr ou pode surgir também
quando o indivíduo passa longos períodos sentado com o
joelho dobrado (o que é conhecido como sinal do
cinema).Também é frequente a presença de ‘’barulhos’’
(estalidos). Outro sintoma que pode estar associado é o
inchaço.
Disfunções Ortopédicas
SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO
A STC é a mais frequente das síndromes compressivas e é
definida pela compressão e/ou tração do nervo mediano ao
nível do punho. A prevalência é estimada entre 4% e 5% da
população, sobretudo entre 40 e 60 anos.
ó túnel do carpo é inextensível definido como o espaço
situado entre o tendão dos flexores, que constitui o teto, e a
caneleta carpiana, o fundo, sendo que o nervo mediano é
acompanhado pelos quatro tendões dos flexores superficiais
dos dedos, quatro tendões dos flexores profundos dos dedos
e o tendão Flexor longo do polegar (FLP).

Do ponto de vista
fisiopatológico, uma
síndrome compressiva
combina fenômenos de
compressão e tensão. Se
a pressão ultrapassar 30
mmHg, irá interferir no
retorno venoso da
microcirculação e causar
outras alterações, levando
a essa síndrome.
Disfunções Ortopédicas
Dentre as causas da STC, estão: Causas (multifatoriais):
Compressão anatômica (fratura, tumores, cistos,
espessamento da sinóvia); Condições neuropáticas ou
inflamatórias (diabetes, alcoolismo, gravidez, menopausa);
Forças mecânicas (posição articular, vibração, sobrecarga
tendinosa); Obesidade

Sinais e sintomas: Sensação formigamento, queimação;


Disestesias (alteração sensação); Alteração limiar sensitivo
cutâneo; Tinel presente; Fasciculações musculares; Atrofia
muscular (m. oponente em fases mais crônicas)

Fatores de predisposição: Sexo, idade, fatores genéticos


e antropométricos (tamanho do túnel do carpo), atividades
manuais repetitivas, exposição a vibrações e ao frio,
obesidade e o tabagismo.

TESTES QUE AUXILIAM O DIAGNÓSTICO:


-Sinal de Tinel
-Sinal de Phalen
-Teste de Paley e McMurphy
-Teste de compressão em flexão do punho
Disfunções Ortopédicas
HÁLUX VALGO
Em 1871, essa disfunção foi definida como o desvio lateral
(em valgo) do hálux, acompanhado de um desvio medial da
cabeça do primeiro osso metatarsiano.

Participam na causa das deformidades fatores extrínsecos e


intrínsecos.

Fatores extrínsecos: O fator etiológico extrínseco mais


importante na gênese do hálux valgo é o uso de calçados
inadequados. A acomodação do antepé, de forma
trapezoidal, em calçados cuja câmara anterior
frequentemente é triangular, produz a aproximação das
cabeças dos metatarsianos (compressão médio-lateral) e
desvios lateral do hálux e medial do quinto artelho.
Disfunções Ortopédicas
Fatores intrínsecos: Varismo do I metatarsiano; hálux maior
do que os demais artelhos; primeiro metatarsiano menor do
que o II e, frequentemente, em situação de varismo mais
acentuado, especialmente associado a um háluz maior que
os demais dedos; Superfície articular distal do I metatarsiano
arredondada; Inclinação lateral da superfície articular distal
do I metatarsiano; Inclinação das superfícies articulares da
falange proximal do hálux; Obliquidade acentuada da I
articulação tarsometatarsiana; Primeira articulação
tarsometatarsiana arredondada; Faceta articular lateral na
base do I metatarsiano (região de contato entre as bases do
I e II metatarsianos); Pés planos valgos; Frouxidão ligamentar
exagerada; Doenças sistêmicas (neuromusculares e
reumáticas).

O indivíduo pode apresentar sinais inflamatórios locais,


espessamento da camada queratinizada da pele ou mesmo
ulcerações. A pessoa queixa-se, principalmente, de dores
sobre a região da eminência medial quando do usa
calçados e a palpação. A mobilidade da articulação MTF-I
pode estar diminuída devido a deformidade ou de
alterações degenerativas.
Disfunções Ortopédicas
SÍNDROME DO TÚNEL CUBITAL
A neuropatia de compressão do nervo ulnar no cotovelo,
conhecida como síndrome do túnel cubital (STCU), é uma
condição comum causada em parte pela anatomia do
cotovelo. Essa condição é superada em frequência apenas
pela síndrome do túnel do carpo. O nervo ulnar apresenta
anatomia complexa podendo sofrer compressão em distintos
pontos ao longo de seu trajeto, sendo mais comum no
cotovelo.

Pacientes que necessitam fazer flexão do antebraço


frequentemente são mais susceptíveis à compressão do
nervo ulnar no cotovelo (telefonistas e trabalhadores com
máquinas vibratórias). Outro fator predisponente é a prática
de esportes que demandam arremeço com flexão forçada
acima da cabeça e rápida aceleração (beisebol, golfe).
Disfunções Ortopédicas
Doenças sistêmicas devem ser lembradas diante da suspeita
de neuropatia do nervo ulnar, entre as principais estão
diabetes melito, hipotireoidismo e hanseníase.

Sinais e Sintomas: O examinador deve questionar o


paciente quanto ao inicío de parestesia e hipoestesia no
território do nervo ulnar (quarto e quinto dedos), geralmente
com piora noturna. Em casos mais avançados, fraqueza e
atrofia da musculatura intrínseca da mão é evidente. A garra
ulnar (sinal de Duchenne) por fraqueza do terceiro e quarto
lumbricais e fraqueza do terceiro interósseo palmar
responsável pela adução do quinto dedo leva ao sinal de
Wartenburg (paciente com quinto dedo ligeiramente
abduzido quando em repouso por déficit na adução). Outro
sinal importante é o sinal positivo do teste de Froment.

CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA DE MCGOWAN

Grau I: neuropatia sensitiva isolada


Grau II: neuropatia sensitiva e motora sem atrofia muscular
Grau III: neuropatia sensitiva e motora com atrofia muscular
Disfunções Ortopédicas
LESÃO POR ESFORÇO REPETITIVO - LER

A LER e DORT costumam ser usadas em conjunto para


representar a união de afecções causadas em consequência
a esforços, repetitividade, má postura e vibrações causadas
por equipamentos e outros.
O principal sintoma dessas lesões é a dor, que pode se
associar a formigamento, sensação de peso e desconforto, o
que dificulta a realização do trabalho. No princípio, a dor se
apresenta leve e instável, surgindo principalmente ao
realizar movimentos específicos, o que ocasiona pequenas
lesões aos tecidos envolvidos, podendo a situação se tornar
crônica em razão de várias lesões leves que se repetem,
levando a dores contínuas e frequentes, podendo se tornar
um fator de incapacidade e afastar o indivíduo de suas
atividades.
Disfunções Ortopédicas
Afecções como, tendinites, tenossinovites, epicondilites,
sinovites, compressões de nervos periféricos, síndromes
miofasciais, Bursites, podem ser, exemplos de LER/DORT
quando seu desencadeamento for decorrente da atividade
laboral.

Essas afecções poder ser causadas por diversos fatores,


podendo ser por fatores intrínsecos (postura pessoal
inadequada, labilidade emocional, sobrecarga psicossocial,
constituição antropométrica, dentre outros) e fatores
extrínsecos, como os aspectos que dizem respeito às
empresas, tendo o funcionário pouca ou nenhuma influência,
como por exemplo, ritmo da atividade, organização do
trabalho, condições do trabalho, condições ambientais
desfavoráveis e outros.

Outra forma de esquematizar esses fatores etiológicos é


dividi-los por categorias: 1. Fatores biomecânicos; 2. Fatores
organizacionais; 3. Fatores ambientais; 4. Fatores
Psicoemocionais.
Disfunções Ortopédicas
LUXAÇÕES
Tratam-se de um deslocamento repentino, parcial ou
completo, de um ou mais ossos que compõem uma
articulação do corpo.

Articulações mais acometidas: Ombro, Quadril, Joelho,


Cotovelo, punho e dedos (mãos)

Tipos de luxações: As luxações podem ser traumáticas,


atraumáticas, congênitas, adquiridas, primária e recorrente.

Apresentação clínica: Pode-se apresentar dor aguda e


intensa, alteração do posicionamento da articulação,
encurtamento do membro, deformidade, limitação nos
movimentos, parestesias, inchaço e hematomas,
proeminência óssea e pode haver fratura exposta.
Disfunções Ortopédicas
Causas: Na maioria das vezes, a luxação é provocada por
um traumatismo violento incidindo sobre a articulação. O
traumatismo pode também incidir indiretamente como
acontece, por exemplo, em casos de luxações da
articulação do ombro provocadas por uma queda em que o
indivíduo se apoia sobre o cotovelo ou a mão.
As luxações podem ser separadas de algumas formas, sendo
as principais:
Luxações traumáticas ou atraumáticas: associadas a um
evento traumático com causador da luxação.
Luxações congênitas ou adquiridas: as luxações congênitas
aparecem em recém-nascidos ou bebês em decorrência de
malformações anatômicas. Podem estar associadas também
a algumas síndromes genéticas.
Luxação primária ou recorrente: pode-se definir a luxação
primária como a primeira que ocorre e a recorrente, ou
recidivante, quando a luxação acontece repetidas vezes na
mesma articulação, independente da causa. Normalmente,
há algum fator anatômico predisponente associado.
Disfunções Ortopédicas
TENOSSINOVITE DE QUERVAIN
A Tenossinovite de Quervain caracteriza-se por ser a
inflamação da bainha do abdutor longo e extensor curto do
polegar, no primeiro compartimento dorsal do punho. Mais
especificamente, a TEQ “caracteriza-se pela irritação ou
tumefação dos tendões no lado do punho referente ao
polegar’’. A inflamação espessa a bainha tendinosa e
promove a constrição do tendão em seu deslizamento na
bainha, podendo causar um fenômeno de “disparo”, em que
o tendão parece travar ou “grudar”, quando o paciente
movimenta o polegar.
Disfunções Ortopédicas
No que se refere à epidemiologia, a doença manifesta-se
mais frequentemente entre as mulheres na faixa etária entre
30 e 50 anos, na qual são acometidas numa razão de 8/1 em
relação aos homens, porém, as pessoas de qualquer idade e
sexo também podem vir a apresentar tal patologia.

Frequentemente, essa patologia está associada a trauma


crônico secundário e sobrecarga das atividades diárias das
mãos e punho, mas também pode ser causada pela artrite
reumatóide, artrite psoriatica, trauma agudo, gravidez e
durante o período pós-parto. Além da TEQ ser causada por
movimentos intenso e/ou repetitivo, pode também ser
causada por posturas viciosas do membro superior, que
levam ao desvio ulnar do carpo.

Sinais e sintomas: Caracterizada pela inflamação e a dor


em projeção do processo estilóide do rádio com ou sem
irradiação, na qual pode chegar até o ombro. A dor evolui
com movimentos como os de pinça envolvendo o polegar,
abdução do mesmo dedo e com desvio ulnar do punho.
Dentre os sinais mais evidentes, destaca-se uma pequena
tumoração (revestimento da articulação inchado e maior),
que é visível no lado radial (precisamente 2 cm acima do
punho).
Disfunções Ortopédicas
DERRAME ARTICULAR
Conhecido popularmente como “água no joelho”, o derrame
no joelho nada mais é do que o acúmulo ou aumento do
volume de líquido dentro dessa articulação. Grande parte
das articulações do corpo são envolvidas por uma cápsula
(cápsula sinovial) que, por sua vez, é revestida internamente
por uma membrana chamada membrana sinovial que dentre
suas funções, está a de produzir o líquido sinovial que
lubrifica as articulações.

Diante de uma disfunção no joelho, a quantidade desse


líquido pode chegar a valores grandes, o que causa dor e
desconforto nessa articulação. Além disso, diante de um
trauma, que pode resultar em sangramento ou em uma
infecção, que está associada a presença de pus, a
articulação também fica inchada e a isso se dá o nome de
derrame articular. Essa disfunção é mais frequente no joelho,
porém, ela pode surgir em qualquer articulação do corpo
como tornozelo, ombro, quadril e outras.
Disfunções Ortopédicas
De forma geral, os principais sinais e sintomas do derrame
no joelho são: Inchaço e dor na articulação afetada; Muitas
vezes calor e vermelhidão na articulação; Dificuldade para
movimentar a articulação acometida (principalmente para
dobrar); Perda de volume muscular (sobretudo do
quadríceps) e sensação de fraqueza da musculatura e
instabilidade em volta do joelho.

O derrame articular nada mais é


que a consequência de algum
distúrbio e o que provocou o
derrame no joelho deve ser
imediatamente identificado, pois
isso é fator fundamental para se
determinar o melhor tratamento
para essa condição. Existem
inúmeros fatores relacionados à
origem do derrame, mas
normalmente este está ligado a
pelo menos uma de quatro
grandes causas: Trauma agudo
sobre o joelho, infecção, doença
crônica e inflamação dos tecidos
do joelho por sobrecarga.
Disfunções Ortopédicas
CISTO SINOVIAL
O cisto sinovial é um tipo de nódulo, semelhante a um
caroço, que surge próximo a uma articulação, sendo mais
comum em locais como o pé, o pulso ou joelho. Este tipo de
cisto é preenchido por líquido sinovial e geralmente é
causado por pancadas, lesões por esforço repetido ou
defeito na articulação.

O sinal mais frequente do cisto sinovial é o surgimento de um


caroço arredondado e mole que aparece perto da
articulação. As pessoas portadoras do cisto podem sentir
formigamento, perda de força ou sensibilidade,
especialmente quando o cisto tem um tamanho muito
grande.
Disfunções Ortopédicas
É comum os cistos mudarem de tamanho, podendo
desaparecer naturalmente ou reaparecerem após o
tratamento.

O principal sinal de um cisto sinovial é o surgimento de um


caroço mole de até 3 cm junto de uma articulação, no
entanto, também podem surgir outros sintomas como: Dor
junto da articulação, Formigamento constante no membro
afetado, Falta de força na articulação afetada e Diminuição
da sensibilidade no local afetado. Normalmente, o cisto vai
crescendo lentamente ao longo do tempo, devido ao
acúmulo do líquido sinovial da articulação, mas também
podem surgir de um momento para o outro, especialmente
depois de pancadas.

Podem ainda existir cistos sinoviais muito pequenos que não


são vistos através da pele, mas que ficam muito próximos a
nervos ou tendões. Nesse caso, a dor pode ser o único
sintoma, sendo que o cisto acaba sendo descoberto através
de um ultrassom, por exemplo.
Disfunções Ortopédicas
RUPTURA DO TENDÃO DE AQUILES
O Tendão Calcâneo, conhecido como Tendão de Aquiles, é
o tendão mais resistente e espesso do corpo humano. É
através dele que os músculos puxam o pé para baixo,
permitindo a impulsão quando caminhamos, corremos e
saltamos.

A ruptura do tendão de Aquiles é uma lesão comum


especialmente entre praticantes de esportes de impacto
como futebol, atletismo e tênis.
Disfunções Ortopédicas
A maior parte das pessoas que sofrem com a lesão são do
sexo masculino, na faixa etária dos 30 aos 50 anos. Alguns
fatores podem levar o indivíduo a possuir predisposição para
o problema como doenças reumáticas, infecções locais,
doenças renais crônicas, hipertireoidismo e o uso de
corticoides local ou oral por tempo prolongado (o corticoide
“envelhece” os tecidos mais rapidamente).

Um dos motivos mais frequentes está no aumento repentino


do estresse sob o Tendão. Isso pode acontecer quando há
um aumento de intensidade e frequência na hora de praticar
um esporte.

Segundo relatos, quando acontece o incidente, a pessoa


tem uma sensação de pancada na região do calcanhar. Em
muitos casos, é possível escutar um estalo bem alto no
momento do rompimento, seguido de uma forte dor na
região e incapacidade de equilibrar na ponta dos pés.
Disfunções Ortopédicas
Para a redução das chances de lesões/rupturas no tendão
de Aquiles, é possível seguir algumas dicas: Alongamento e
fortalecimento dos músculos da panturrilha; Variar as
atividades físicas; Alternar entre esportes de alto impacto,
como a corrida con esportes de baixo impacto, como
caminhadas, andar de bicicleta ou nadar; Escolha as
superfícies com cuidado. Evite ou limite a correr em
superfícies duras, irregulares ou escorregadias; Aumente a
intensidade do treino lentamente. Lesões do tendão de
Aquiles comumente ocorrem depois que uma pessoa
aumenta abruptamente os treinos.

CIATALGIA

Os nervos periféricos são alvos constantes de lesões como


esmagamento, compressão e transecção. Tais lesões
resultam em dor e redução, ou perda da sensibilidade e
motricidade (funções nervosas e musculares que permite os
movimentos voluntários ou automáticos do corpo) no
território inervado.
Disfunções Ortopédicas
Entre as afecções mais comuns estão as relacionadas com o
nervo isquiático, chamada ciatalgia. Os sinais e sintomas da
ciatalgia incluem dor ao longo do trajeto do nervo (podendo
ocorrer também na região lombar- lombociatalgia),
distúrbios sensoriais, paresia, marcha alterada (claudicação
intermitente) e rigidez.
As principais causas da ciatalgia são: hérnias de disco,
infecções, compressão vascular, anomalias congênitas,
doenças neurológicas degenerativas, luxações traumáticas
do quadril e estenose do canal lombar.

A síndrome dolorosa afeta


principalmente indivíduos
entre 30 e 50 anos de idade.
Estima-se que, no mundo,
sejam diagnosticados
500.000 novos casos todos os
anos, dos quais 2,8% desses
indivíduos adquirem
incapacidades vitalícias em
virtude do elevado tempo de
regeneração nervosa.
Disfunções Ortopédicas
TIPOS DE HÉRNIA DE DISCO
Hérnia discal é a herniação do núcleo pulposo através do
anel fibroso, constituindo-se como uma das principais
causas de dor lombar.

Essa afecção, surge como resultado de diversos pequenos


traumas na coluna que vão, com o passar do tempo, lesando
as estruturas do disco intervertebral, ou pode acontecer
como consequência de um trauma severo sobre a coluna. A
hérnia de disco surge quando o núcleo do disco
intervertebral migra de seu local, no centro do disco para a
periferia, em direção ao canal medular ou nos espaços por
onde saem as raízes nervosas, levando à compreensão das
raízes nervosas.

Um disco, é uma estrutura colocada entre duas vértebras. O


disco possui uma área central gelatinosa (núcleo pulposo)
circundada por um anel, que mantém esse núcleo no seu
interior. O núcleo gelatinoso funciona como um
amortecedor, devido a fatores como seu envelhecimento
(degeneração), o anel as vezes se rompe e permite a saída
de parte do núcleo. Esse material gelatinoso comprime a
raiz nervosa e provoca os sintomas de uma hérnia (de disco).
Disfunções Ortopédicas
Existem alguns tipos de hérnia de disco, dentre eles:

Prolapso - Protrusão do núcleo que ainda está contido


dentro das camadas do anel e estruturas ligamentares de
suporte
Extrusão - Protrusão na qual o material nuclear rompe-se
através do anel externo
Sequestro Livre - O núcleo fica solto, move-se e pode
ocupar o espaço epidural

A hérnia de disco também pode ser classificada de acordo

com a região da coluna que ela afeta e, por isso, ela pode

ser:

Hérnia de disco cervical: afeta a região do pescoço;

Hérnia de disco torácica: afeta a região do meio das costas;

Hérnia de disco lombar: afeta a região mais baixa das


costas.
Disfunções Ortopédicas

Protusa Extrusa Sequestrada


Disfunções Ortopédicas
SÍNDROME DO PIRIFORMA
A síndrome do piriforme está associada a uma compressão
do nervo isquiático (ciático) pelo músculo Piriforme e
costuma ser uma alteração bastante dolorosa e incômoda.
Mas o grande problema está na ausência de um diagnóstico
preciso, pois a síndrome é, muitas vezes, confundida com a
Dor Ciática, o que dificulta o tratamento correto.

O nervo isquiático (ciático) é próximo ao músculo piriforme


e, em virtude da proximidade destas duas estruturas, este
músculo pode comprimir o nervo isquiático gerando uma dor
glútea que irradia até a coxa.
Disfunções Ortopédicas
Causas: O indivíduo pode apresentar uma alteração
anatômica responsável pelo aparecimento dos sintomas, na
qual faz com que o nervo ciático passe por dentro do
piriforme, sendo comprimido por este músculo e levando a
um quadro doloroso, com irradiação para região lateral da
coxa. Entretanto, esta variação anatômica não é muito
comum, e geralmente, estes sintomas também são
desencadeados por uma contratura do piriforme. Dentre os
hábitos que aumentam o risco de incidência da síndrome do
piriforme, ficar sentado por tempo prolongado e praticar
exercícios para os glúteos de forma exagerada são os mais
comuns.

A presença da síndrome do piriforme pode ser


caracterizada, especialmente, por alguns sinais: Dor intensa
(em forma de “pontada” ou “facada”) na região lateral e
posterior da coxa, além da região glútea; Dor que piora ao
permanecer sentado ou ao cruzar as pernas; Aumento do
quadro álgico quando o indivíduo realiza exercícios que
geram sobrecarga a este músculo; Durante o período de dor
mais aguda, o paciente pode mancar durante a marcha;
Sensação de dormência na nádega ou na perna; Fraqueza
da perna e sensação de formigamento.
Disfunções Ortopédicas
NEUROMA DE MORTON
O neuroma (nódulo) de Morton foi descrito por Thomas
Morton em 1876, como uma lesão não neoplásica
representada por fibrose perineural do nervo digital plantar.
O nervo é afetado, com maior frequência entre as cabeças
do terceiro e quarto ossos metatarsais do pé, e, está
frequentemente associado à uma resposta inflamatória
adjacente.
Disfunções Ortopédicas
A incidência é maior nas mulheres acima de 40 anos pela
preferência do uso de sapato de salto alto ou com bico fino,
onde ocorre um aumento da pressão na cabeça dos
metatarsos e consequentemente, compressão do nervo.

Clinicamente, o neuroma de Morton produz dor


característica no antepé (próximo aos dedos), levando o
paciente, em algumas ocasiões, a retirar o sapato e
massagear os dedos. Essa dor se irradia para os dedos,
podendo ocorrer fenômenos parestésicos (parestesia) nas
áreas inervadas pelos ramos nervosos envolvidos e sensação
de queimação, que podem ser agravados pelo uso de
sapatos antifisiológicos.

O tratamento inicial do NM é direcionado para a mudança


de hábito, quanto ao uso de calçados, dando preferência ao
uso de salto menor e bico mais largo, sendo também
instituído acompanhamento médico para o uso de anti-
inflamatórios não hormonais e fisioterapia, cuja é
fundamental. Quando o tratamento conservador falha,
outros métodos podem ser utilizados, incluindo neurólise e
liberação cirúrgica do ligamento metatarsal transverso para
descompressão.
Disfunções Ortopédicas
SÍNDROME MIOFASCIAL
A dor musculoesquelética é um evento comum na
população, representando um dos principais motivos da
procura por atendimento médico pela população mundial.
Pode ser aguda ou crônica (definida como aquela de
duração maior do que 3 a 6 meses), regional (localizada) ou
disseminada (caracterizada pela presença de dor difusa
pelo corpo).

O termo dor miofascial é utilizado para descrever uma


condição clínica específica de dor muscular regional, muito
frequentemente associada à presença de um ou mais pontos
dolorosos, que nessas circunstâncias são denominados
pontos-gatilho.
Disfunções Ortopédicas
A dor é profunda e mal localizada, e não está aparente o
diagnóstico, como uma tendinite, ou qualquer outra causa
identificável de dor. Podem vir associados fenômenos
motores, sensoriais ou autonômicos, justificando-se, desta
maneira, a designação de síndrome miofascial.

Essa é uma das causas mais frequente de dor


musculoesquelética, devendo sempre ser pesquisada a sua
presença na avaliação das dores regionais orofaciais
(cefaléias tensionais, dor temporo-mandibular), cervicais,
dorsais e lombares. É mais comum em indivíduos do sexo
feminino (meia-idade) com hábitos sedentários. Pode, no
entanto, ocorrer em qualquer idade, apresentando uma
maior prevalência do sexo masculino (idade mais avançada).

Os pontos-gatilho são definidos pela presença de um ponto


doloroso à palpação manual sobre uma área de músculo
tenso, que também provoca uma dor percebida à distância
(dor referida). Além da dor muscular e dos pontos, podem
estar presentes diminuição da mobilidade local e fraqueza
muscular, dormências e formigamento, vertigens, urgência
urinária e/ou desconforto ao urinar. São frequentes as
queixas de alterações do sono e do humor.
Disfunções Ortopédicas
CAPSULITE ADESIVA
Capsulite adesiva, também conhecida como “ombro
congelado”, é uma síndrome dolorosa do ombro,
caracterizada por uma redução progressiva e importante da
amplitude de movimento do ombro, geralmente
apresentando recuperação espontânea completa ou quase
completa após um período variado de tempo.

Embora a etiologia permaneça incerta, a capsulite adesiva


pode ser classificada como primária ou secundária. O ombro
congelado é considerado primário se o início for idiopático,
e secundário se surgir por uma causa conhecida ou após
evento cirúrgico. Subcategorias de ombro congelado
secundário incluem fatores sistêmicos (diabetes mellitus e
outras condições metabólicas), extrínsecos (quando há
associação com alterações de estruturas distantes do
ombro) e fatores intrínsecos (quando é desencadeada por
lesão no próprio ombro).
Disfunções Ortopédicas
Quadro clínico: Clinicamente, os pacientes geralmente
apresentam primeiro dor no ombro, seguida por perda
gradual da amplitude de movimento ativa e passiva devido à
fibrose da cápsula da articulação glenoumeral. Geralmente,
cerca de três a nove meses após o desenvolvimento do
ombro congelado, aumenta-se acentuadamente a dor
durante atividade, ocorre perda progressiva de movimento,
rigidez e dores significativas que ocorrem dia e noite (com
acometimento e superficialização do sono)

Os fatores de risco para capsulite adesiva incluem sexo


feminino, idade acima de 40 anos, trauma anterior,
positividade para HLA-B27 e imobilização prolongada da
articulação glenoumeral (do ombro). Estima-se que 70% dos
pacientes com capsulite adesiva do ombro sejam mulheres.
Estudos demográficos demonstraram que a maioria dos
pacientes com capsulite adesiva (84,4%) se enquadra na
faixa etária de 40 a 59 anos.
Disfunções Ortopédicas
EPICONDILITE MEDIAL
A epicondilite medial “cotovelo de Golfista”, é causado pela
inflamação nos tendões dos cotovelos.
De acordo com Orline (2003) a epicondilite medial é
popularmente conhecida como “Cotovelo de Golfista”,
porém não significa que só golfistas têm essa condição
apesar dele ser uma causa comum de epicondilite medial.
Muitas outras atividades repetitivas podem acarretar essa
condição, como praticando esportes, cortando lenha com
um machado e usando muitos tipos de ferramentas manuais.
Neste sentido, todas as atividades que enfatizam o uso do
antebraço podem causar sintomas da epicondilite medial.
Disfunções Ortopédicas
O uso excessivo dos músculos e tendões do antebraço e do
cotovelo é a mais comum razão para que as pessoas
desenvolvam epicondilite medial. “Normalmente quando os
tendões são muito solicitados ocorre uma inflamação. As
pessoas que trabalham digitando, manipulando máquinas
pesadas, parafusando, escrevendo ou mesmo treinando
musculação, além do seu limite, podem desenvolver a
doença”.

De acordo com Movite (2013) “o paciente com epicondilite


lateral ou medial apresenta dor para levantar e abaixar o
punho, para digitar, perda de força, dor que piora com o
decorrer das atividades durante o dia e dor noturna. A dor
pode se iniciar no cotovelo, mas normalmente estende-se
por todo antebraço”.

A inflamação que ocorre nos tendões é chamada de


tendinite, quando essa tendinite se manifesta nos
epicôndilos do cotovelo, ela recebe o nome de epicondilite.
Quando os tendões ficam inflamados por muito tempo,
acabam sofrendo alterações estruturais, tendo por
consequência, a degradação. Essa fase mais avançada da
tendinite recebe o nome de tendinose.
Disfunções Ortopédicas
DEDO EM GATILHO
A tenossinovite estenosante dos flexores, conhecida como
dedo em gatilho, é uma condição caracterizada por dor no
trajeto dos tendões flexores associada ao travamento do
movimento dos dedos, que podem permanecer em posição
de flexão, sendo essa disfunção, mais comum nas mulheres
do que nos homens e, ocorre, com maior frequência nos
pacientes diabéticos, portadores de nefropatias e outras
endocrinopatias. Esse fenômeno ocorre quando o tendão, ao
deslizar no interior do túnel denominado polia A1, tem seu
deslizamento bloqueado, limitando sua movimentação.
Disfunções Ortopédicas
O dedo em gatilho é classificado em quatro graus:

Grau I: pré-gatilho – dor e edema sobre a polia A1, porém


sem bloqueio.
Grau II (ativo) – bloqueio presente, e paciente consegue
estender o dedo ativamente.
Grau III (passivo) – bloqueio presente, e paciente não
consegue estender o dedo ativamente, necessitando auxílio
da outra mão (grau III A) ou incapacidade de flexionar
ativamente (grau III B).
Grau IV (contratura) – contratura fixa do dedo, com
IFP(articulação do dedo proximal) em flexão.

Sintomas: Os sintomas iniciais são de desconforto na base


dos dedos, na palma da mão e/ou no polegar, sendo essa
área dolorosa a palpação e pode ser sentido um nódulo. O
dedo acometido pode apresentar aumento de volume
(edema), com limitação da movimentação e dor no trajeto
dos tendões flexores. O surgimento de um nódulo no sistema
de polias e a progressão da doença, causam o travamento
dos dedos e o ressalto no movimento.
Disfunções Ortopédicas
Os dedos mais frequentemente acometidos são os
polegares, dedos médios e anular. Pode haver o
comprometimento de mais de um dedo e ambas as mãos
podem estar envolvidas. A estenose e os sintomas são mais
pronunciados pela manhã, devido à piora do edema e
inatividade manual durante a noite.

TENDINITE PATELAR
A tendinite no joelho, também conhecida como tendinite
patelar ou joelho de saltador, é uma inflamação no tendão
da patela do joelho que provoca intensa dor na região do
joelho, especialmente ao caminhar ou fazer exercício físico,
sendo ela frequente em atletas de esportes de saltos como
jogadores de basquete e voleibol de elite e não elite.

As dores em geral, são provocadas pelo estresse acumulado


no tendão patelar ou quadríceps, tendo como
predominância o sexo masculino.

Jogadores de basquete, vôlei e demais esportes que


possuem suas modalidades quanto ao salto, são
constantemente afetados por afecções no joelho, inclusive
a tendinite patelar.
Disfunções Ortopédicas
Essas lesões estão associadas aos fatores intrínsecos, isto é,
são fatores de risco interno ao atleta, bem como: idade,
peso, altura, sexo e predisposição genética. Porém, o maior
dos fatores de risco são os fatores extrínsecos, ou seja,
condições externas ao atleta, como: ambiente, veracidade
de treinos, superfícies de treinamento em que o atleta é
submetido, técnica de saltos inadequada, falta de preparo
físico relacionado ao esporte e alimentação.

Assim como todo procedimento inflamatório, na inflamação


do tendão, há dor, edema, aumento de temperatura e
sensibilidade do local, sendo capaz de avançar para lesões
de pequeno e grande porte, causando até rupturas parciais
ou completas.
Disfunções Ortopédicas
IMPACTO FEMOROACETABULAR
O quadril é uma articulação onde o osso da coxa (fêmur) se
encontra com a pelve (acetábulo), como se fosse uma bola
em um soquete. O movimento do quadril se faz com a
cabeça do fêmur que deve ser totalmente esférica, e se
articula com o acetábulo que também deve ser esférico e
congruente (encaixado) na cabeça.

Durante o movimento de flexão do quadril, o colo do fémur


pode entrar em contato de forma anormal, devido a uma
deformidade da cabeça do fêmur ou do acetábulo.
Disfunções Ortopédicas
Essas alterações no formato e no funcionamento
biomecânico do quadril é conhecido como Impacto
Femoroacetabular (IFA). Podemos dizer que existe três tipos
de impacto, CAM ou CAME, PINCER e Misto.

CAM: Ocorre devido as alterações no formato entre o colo


e cabeça do fêmur. Nesta alteração, ocorre a perda da
esferecidade da cabeça do fêmur em relação ao acetábulo.

PINCER: A cabeça do fêmur normal em contato com um


acetábulo anormal, profundo ou retrovertido (virado mais
para trás), com uma cobertura maior que a normal sobre a
cabeça do fêmur

MISTO: É a combinação do impacto tipo CAM e PINCER.


Disfunções Ortopédicas
LOMBALGIA
A lombalgia é a dor que ocorre na região lombar inferior,
podendo ela ser aguda (duração menor que 3 semanas),
subaguda ou crônica (duração maior que 3 meses). A
lombalgia é um problema extremamente comum, que afeta
mais pessoas do que qualquer outra afecção, sendo a
segunda causa mais comum de consultas gerais, só
perdendo para o resfriado comum. Entre 65% e 80% da
população mundial desenvolve dor na coluna em alguma
etapa de suas vidas. Mais de 50% dos pacientes melhora
após 1 semana; 90% após 8 semanas; e apenas 5%
continuam apresentando os sintomas por mais de 6 meses ou
apresentam alguma incapacidade.
Disfunções Ortopédicas
Como existe um grande número de estruturas na coluna
(ligamentos, tendões, músculos, ossos, articulações, disco
intervertebral) há inúmeras causas diferentes para a dor.
Somando-se a isso há inúmeras doenças sistêmicas não
reumatológicas que podem manifestar-se com dor lombar. A
maioria das dores lombares é causada pelo “mau uso” ou
“uso excessivo” das estruturas da coluna (resultando em
entorses e distensões), esforços repetitivos, excesso de peso,
pequenos traumas, condicionamento físico inadequado, erro
postural, posição não ergonômica no trabalho e osteoartrose
da coluna (com o passar do tempo, as estruturas da coluna
vão se desgastando, podendo levar à degeneração dos
discos intervertebrais e articulações). Outras causas incluem
doenças inflamatórias como a espondilite anquilosante,
infecções, tumores, etc.

A reabilitação em pacientes com lombalgia tem por objetivo


promover não apenas melhora dos parâmetros físicos, como
força muscular, flexibilidade e mobilidade, mas também a
evolução do estado funcional desses pacientes, permitindo o
retorno ao trabalho e às atividades do dia-a-dia, sendo a
fisioterapia essencial.
Disfunções Ortopédicas
SÍNDROME DA CAUDA EQUINA
A síndrome da cauda equina (SCE), classicamente se
caracteriza pela compressão das raízes nervosas lombares,
sacrais e coccígeas distais ao término do cone medular na
altura das vértebras L1 e L2.
Apesar de se tratar de uma doença de baixa incidência na
população, suas sequelas ainda geram altos custos para a
saúde pública.

Os sinais clínicos característicos da patologia são: dor


lombar intensa frequentemente acompanhada de dor
ciática, anestesia em sela (refere-se à dormência ao redor
da virilha, nas nádegas e no períneo), disfunção
esfincteriana e sexual e fraqueza de membros inferiores.
Disfunções Ortopédicas
Para o diagnóstico, não é obrigatória a presença de todos
esses sinais simultaneamente. A história clínica e exame
neurológico levam à necessidade de confirmação
diagnóstica através de exames complementares, como
tomografia computadorizada (TC), e o padrão-ouro,a
ressonância magnética (RM).

Dentre as causas de compressão, destacam-se: hérnia discal


extrusa, lesões tumorais, fraturas vertebrais, estenoses do
canal, infecções, pós-manipulação cirúrgica, pós-anestesia
espinhal, espondilite anquilosante e ferimentos por arma de
fogo.

Essa afecção trata-se de uma urgência ortopédica e seu


tratamento de eleição continua é a descompressão
cirúrgica, que, se realizada antes de 48 horas do início dos
sintomas, reduz os danos neurológicos e melhora o
prognóstico do paciente.
Disfunções Ortopédicas
COXOARTROSE
A artrose de quadril, ou também conhecida como
coxartrose, osteoartrose de quadril ou artrose coxofemoral,
nada mais é do que uma patologia articular crônica,
inflamatória e degenerativa, caracterizada pelo desgaste
progressivo da cartilagem articular, seguindo de exposição e
lesão do osso subcondral (porção do osso protegida pela
cartilagem articular) da articulação do quadril.

A artrose clássica acomete, normalmente, indivíduos mais


velhos, chegando a estar presente em cerca de 10 a 20% da
população acima de 60 anos. É mais comum em mulheres
após os 45 anos devido a alterações hormonais, mas
também está presente em homens até os 50 anos.
Disfunções Ortopédicas
Existem duas formas básicas de alterações relacionadas a
artrose: a artrose primária (ou idiopática) e a artrose
secundária. Esses dois tipos são determinados de acordo
com os fatores responsáveis pela causa da doença.

A artrose primária é aquela em que, geralmente, não se é


possível definir uma causa para o aparecimento da
patologia, pois a artrose idiopática é caracterizada pela
multifatoriedade, ou seja, diversas variáveis conjuntas
facilitam o desenvolvimento da doença. Dentre essas
variáveis temos a predisposição genética, estilo de vida com
intensa sobrecarga, desequilíbrios musculares e o
sedentarismo.

Já na artrose secundária, o desenvolvimento da doença é


definido por questões que influenciam diretamente na saúde
da articulação, como por exemplo as má formações
genéticas.

De forma geral, os sinais da artrose de quadril são: rigidez


articular, sobretudo pela manhã; dor em locais próximos da
articulação; limitação de movimentos do quadril; crepitação
durante o movimento (estalidos) e deformidade articular.
Disfunções Ortopédicas
MIELOPATIA CERVICAL
A mielopatia cervical é uma disfunção da medula espinhal
relacionada a degeneração típica do envelhecimento, cuja
patologia se relaciona com a isquemia e compressão da
medula. Muitos são os problemas clínicos apresentados por
portadores de mielopatia, nos casos mais graves, este
acometimento pode levar à para ou tetraplegia quando não
tratado.

Está afecção afeta pacientes acima dos 50 anos e constitui


a doença degenerativa medular mais comum do idoso.

À medida que envelhecemos, a coluna


sofre alterações degenerativas com
protrusão e hérnias dos discos
intervertebrais, aparecimento de
espículas ósseas (bicos de papagaio),
hipertrofia das articulações
intervertebrais e espessamento dos
ligamentos. No seu conjunto, condicionam
uma diminuição progressiva do diâmetro
do canal vertebral (estenose cervical),
com compressão e deterioração da
medula (mielopatia).
Disfunções Ortopédicas
A mielopatia, pode surgir por outras causas como artrite
reumatoide, traumatismos ou doenças infeciosas e
neurológicas.

Essa afecção origina os seguintes sintomas:

-Diminuição da força dos membros. Os pacientes podem


notar dificuldade em pegar em objetos que por vezes caem
das mãos;
-Perda da agilidade e destreza manual, com dificuldade de
apertar botões, escrever ou pegar em moedas;
-Perda do equilíbrio e da coordenação;
-Dor e rigidez no pescoço;
-FormIgamento e adormecimento nos braços e mãos;
-Distúrbios de incontinência esfincteriana.

Em casos ligeiros e pouco sintomáticos, o tratamento pode


ser conservador ou não cirúrgico. Pode ser utilizado um colar
cervical, prescrita fisioterapia e exercícios, medicamentos e,
em casos selecionados, infiltrações epidurais que podem dar
alívio sintomático duradouro. As manipulações devem ser
evitadas pelo risco de agravamento neurológico.
Disfunções Ortopédicas
GOTA
A gota é uma doença inflamatória que acomete sobretudo
as articulações e ocorre quando a taxa de ácido úrico no
sangue está em níveis acima do normal (hiperuricemia).

O aumento nas taxas de ácido úrico no sangue pode ocorrer


tanto pela produção excessiva quando pela eliminação
deficiente da substância. É importante saber que nem todas
as pessoas que estiverem com a taxa de ácido úrico elevada
desenvolverão a gota.

A maioria dos portadores de gota são homens adultos com


maior incidência entre 40 e 50 anos e, principalmente em
indivíduos com sobrepeso ou obesos, com vida sedentária e
usuários de bebidas alcoólicas com frequência. As mulheres
raramente desenvolvem gota antes da menopausa e
geralmente tem mais de 60 anos de idade quando a
desenvolvem.
Disfunções Ortopédicas
Síntomas: inflamação e consequentemente dor e inchaço
acometendo principalmente as articulações do hálux
(dedão), tornozelos e joelhos. Além da dor, geralmente há
presença de calor, rubor (vermelhidão) e inchaço. Também
pode haver depósitos de cristais de ácido úrico debaixo da
pele, formando protuberâncias localizadas nos dedos,
cotovelos, joelhos, pés e orelhas (tofos).

Alguns fatores podem desencadear uma crise de gota em


pessoas hiperuricêmicas como ingestão de álcool, dieta rica
em determinados tipos de alimentos (ricos em purina),
trauma físico, cirurgias, quimioterapia e uso de diurético.

O diagnóstico da gota é feito sobretudo após um história


clínica bem feita asssociada aos exames mostrando níveis
elevados de ácido úrico no sangue.
Disfunções Ortopédicas
ESPORÃO DO CALCÂNEO
O esporão do calcâneo (osso do calcanhar) é um tipo de
crescimento anormal do osso do calcanhar, formando uma
saliência óssea. Ou seja, no osso é formado uma
protuberância óssea, o que leva a uma forte dor no
calcanhar (como se fosse uma agulha que se sente quando
a pessoa levanta da cama e coloca o pé no chão), e
também ao caminhar e permanecer muito tempo de pé.
Na maioria das vezes, o esporão localiza-se na parte inferior
do calcâneo (“por baixo” do “osso do calcanhar” ou na “sola
do pé”), no entanto, também poderá surgir na zona
envolvente do tendão de aquiles.
Na maioria dos casos, o esporão do calcâneo é
assintomático (sem sintomas), já nos outros, pode provocar
dor no calcanhar que pode ser em alguns casos bastante
intensa e gerar até problemas de mobilidade.
Habitualmente, a dor surge devido a associação do esporão
a outras disfunções ortopédicas, como por exemplo a
Fascite plantar.
Disfunções Ortopédicas
Embora as causas para o desenvolvimento de esporão do
calcâneo não sejam completamente conhecidas, sabemos
que existem diversos fatores de risco que facilitam o
desenvolvimento desta patologia, como:

-Praticar esportes que exijam um elevado impacto (do pé no


chão). Exemplo: correr, saltar
-Usar calçado inadequado. Exemplo: usar salto alto, no caso
das mulheres, calçado apertado ou deformado
-A “pisada” ser desajustada
-Permanecer muitas horas de pé
-Estar na faixa etária acima dos 40 anos
-Ter excesso de peso (obesidade)
-Ter o pé chato ou o pé cavo;

A formação de um esporão do calcâneo ocorre quando a


fáscia plantar, tecido que reveste a face plantar do pé
(sola), faz excessiva tração sobre o calcanhar, movimento
comum em corridas, jogos de futebol e outras atividades que
demandam bastante dos pés.
Disfunções Ortopédicas
OSTEONECROSE
A necrose avascular da cabeça femoral (NACF) foi
identificada e descrita pela primeira vez por Alexander
Munro em 1738 e desde então vem sendo estudada por
diversos autores. Atualmente, tem-se o conceito de que a
NACF é o resultado final de uma combinação de fatores
mecânicos e biológicos que levariam a circulação intra-
óssea da cabeça femoral a um quadro isquêmico, seja
decorrente de fenômenos trombembólicos ou pela estase
venosa por diminuição do fluxo sanguíneo.

Doenças sistêmicas como as hemoglobinopatias e


colagenoses, doenças do metabolismo lipídico, o uso de
drogas como corticóides e imunossupressores, alcoolismo e
traumatismos são as principais causas para essa patologia.
Disfunções Ortopédicas
O diagnóstico da NACF na fase precoce é de suma
importância, visto que as técnicas de tratamento biológico
têm melhor resultado nessa fase.

O principal sintoma que pode surgir já no princípio da


necrose da cabeça do fêmur é uma dor de início súbito ou
gradual, nas regiões da virilha e/ou glúteos e que ocorre, em
geral, durante a realização de certos movimentos. Além da
dor local, é comum que ocorra uma irradiação do
desconforto para as regiões da coxa e do joelho. À medida
que o quadro progride, mesmo em repouso o paciente é
acometido pela sensação dolorosa que é intensa e
debilitante, sendo que nos estágios avançados, a mobilidade
do quadril torna-se reduzida, assim como os movimentos dos
membros inferiores.

Essa condição, pode ser tratada por tratamento conservador


ou cirúrgico. A escolha depende de fatores como estágio da
osteonecrose, extensão do dano articular, idade do paciente
e como os sintomas afetam sua rotina diária, por exemplo.
Disfunções Ortopédicas
ESPONDILITE ANQUILOSANTE
A Espondilite Anquilosante, é uma doença sistêmica
inflamatória crônica, que afeta primariamente o esqueleto
axial e possivelmente articulações periféricas como quadril e
ombros.
A “EA” manifesta-se mais frequentemente no sexo
masculino, sendo 4 a 5 vezes mais frequentes nos homens
que nas mulheres.
Normalmente, os pacientes desenvolvem os primeiros
sintomas no final da adolescência ou no início da idade
adulta (17 aos 35 anos de idade).

As manifestações da
doença podem variar de
somente um quadro de
dores nas costas contínua e
significativa (principalmente
na região das nádegas, ou
mais acima na região
lombar), até uma doença
mais grave e sistêmica,
acometendo várias outras
juntas e orgãos.
Disfunções Ortopédicas
O surgimento das dores na coluna, ocorre de modo lento e
insidioso durante algumas semanas. No início, a “EA”
costuma causar dor nas nádegas, possivelmente se
espalhando pela parte de trás das coxas e pela parte
inferior da coluna.

Frequentemente, observa-se que a dor melhora com


exercícios e piora com repouso, sendo pior principalmente
pela manhã. Alguns pacientes se sentem globalmente
doentes, cansados, perdem o apetite e peso. Geralmente
essa dor está associada a uma sensação de enrijecimento
na coluna, com consequente dificuldade na mobilização.

Frequentemente, observa-se que a dor melhora com


exercícios e piora com repouso, sendo pior principalmente
pela manhã. Alguns pacientes se sentem globalmente
doentes, cansados, perdem o apetite e peso. Geralmente
essa dor está associada a uma sensação de enrijecimento
na coluna, com consequente dificuldade na mobilização.

Alterações estruturais da postura na doença avançada:


Coluna cervical assume deslocamento para a frente (flexão);
Perda gradual da lordose lombar e aumento da cifose
torácica; Abdome protruso; Flexão do quadril; Postura do
esquiador (combinação de todas as alterações acima).
Disfunções Ortopédicas
CISTO DE BAKER
O cisto de Baker, também chamado de cisto poplíteo, é uma
lesão benigna, caracterizada pelo acúmulo de líquido em
uma pequena bolsa que surge atrás do joelho (região
poplítea), formando um cisto, que se apresenta como um
nódulo abaixo da pele. Em muitos casos, ele chega a ser
palpável e até visível, podendo provocar dor e dificuldade
de movimentação do joelho.
Quando ocorre uma produção
excessiva do líquido sinovial,
normalmente por condições
inflamatórias na articulação do
joelho, esse líquido tende a ser
comprimido e empurrado para
se acomodar na região posterior
do joelho, formando uma
herniação na região poplítea,
que constitui o cisto de Baker. O
excesso de líquido não
absorvido pela articulação,
pode também ser acumulado na
bursa poplítea, que se expande,
dando origem ao cisto.
Disfunções Ortopédicas
Outros exemplos de doenças que estão associadas a
formação do cisto de Baker são a osteoartrose do joelho,
artrite reumatoide, artrite infecciosa e traumas no joelho, de
forma geral.

Pessoas de qualquer idade estão suscetíveis a desenvolver


essa condição, mas os indivíduos acima de 60 anos são os
mais propensos.

Dentre os sintomas que essa condição pode apresentar,


estão: Inchaço na região posterior do joelho (às vezes, na
perna também); Dor ou sensação de incômodo na mesma
região do inchaço ou em áreas próximas; Sensação de
pressão atrás do joelho; Percepção de saliência incomum na
região posterior do joelho durante palpação; Dor mais
intensa ao esticar o joelho ou subir escadas; Rigidez na
musculatura próxima ao joelho.

A fisioterapia visa uma abordagem global do paciente com


cisto poplíteo, direcionando o tratamento para a doença ou
lesão primária responsável pelo aumento do líquido intra-
articular.
Disfunções Ortopédicas
BICO DE PAPAGAIO
A condição conhecida popularmente como “bico de
papagaio” diz respeito ao surgimento de osteófitos na
coluna vertebral, algo relativamente comum a partir dos 40
anos de idade. Esses osteófitos aparecem na parte externa
dos discos intervertebrais e são resultado da degeneração
do anel fibroso do disco intervertebral e do platô
vertebral.Além disso, eles também podem surgir devido a
processos inflamatórios no local e pela degradação de íons
de cálcio nas regiões inflamadas.
Disfunções Ortopédicas
Como essa alteração possui o formato de um gancho
parecido com um bico, ela acabou ganhando o apelido de
“bico de papagaio”.

O processo de envelhecimento é a principal causa para o


aparecimento dos osteófitos na coluna vertebral, mas
existem alguns outros hábitos que podem acelerar essa
condição, como estresse, tabagismo, sedentarismo quando
acompanhado de diabetes, e uma alimentação concentrada
em gorduras saturadas, carboidrato e açúcar. Apesar de ser
menos comum, alguns fatores genéticos também podem
contribuir para os bicos de papagaio, como é o caso de
doenças autoimunes e da espondilite anquilosante.

O bico de papagaio pode causar sintomas bastante


desagradáveis, como:

🔅 Dor forte localizada nas costas ou que irradia até à coxa,


principalmente quando se movimenta;
🔅 Sensação de formigamento nas pernas quando se
desenvolve na região lombar ou nos braços caso se localize
na cervical;
🔅Diminuição da força muscular e rigidez;
🔅Limitação dos movimentos com a coluna.
Disfunções Ortopédicas
RIZARTROSE
A rizartrose é um tipo específico de artrose que afeta,
propriamente, a articulação do dedo polegar, a
trapeziometacarpiana, na qual é formada por um pequeno
osso localizado no punho, chamado de trapézio, e a base do
primeiro metacarpo, ou seja, um dos ossos que ficam entre
os dedos e o pulso.

A doença, que antes pensávamos surgir de acordo com a


idade, hoje possui entre suas causas mais comuns as
condições do paciente e as atividades repetitivas do
cotidiano. A rizartrose afeta de 6% a 12% dos brasileiros, em
sua maioria, mulheres na pós-menopausa.
Disfunções Ortopédicas
A causa exata da rizartrose ainda é desconhecida, porém,
existem alguns fatores que geralmente estão ligados ao
surgimento da doença.

As possíveis causas de rizartrose podem ser divididas e


classificadas como inflamatórias, traumáticas ou idiopáticas,
sendo que a última é geralmente encontrada em mulheres
na pós-menopausa.

Observa-se que o surgimento precoce da rizartrose pode ser


causado por:

-Predisposição genética: histórico familiar;


-Traumas, fraturas e outras lesões nas mãos;
-Uso excessivo e movimentação intensa do polegar;
-Idade, a pessoa pode desenvolver um desgaste natural das
articulações.

O principal sintoma é a dor na base do polegar, que se


intensifica com a realização de atividades repetitivas, como
torcer, agarrar, pinçar, entre outras. Muitos pacientes
possuem dificuldade em escrever ou realizar algumas
atividades como digitar, usar o telefone, usar o mouse do
computador, tocar instrumentos, abrir uma garrafa, usar
tesouras,etc.
Disfunções Ortopédicas
OSTEOPOROSE
A osteoporose é uma Doença Osteometabólica,
caracterizada por diminuição progressiva da massa óssea,
com modificações na arquitetura trabecular, levando à
diminuição da resistência óssea e a um maior risco de
fraturas, em presença de traumas de baixa energia ou menor
impacto.

FISIOPATOLOGIA DA OP (Remodelamento): Os Osteoclastos


reabsorvem quantidade excessiva de minerais (aumentando
as trabéculas). Já os Osteoblastos não conseguem
preencher as grandes lacunas de Howship suficientemente.
Disfunções Ortopédicas
🔅ETIOLOGIA DA OP

Primária (idiopática)

Tipo I: Ocorre uma acelerada atividade Osteoclástica (Alta


reabsorção óssea). Conhecida como Osteoporose pós-
menopausa, por geralmente ocorrer nessa fase.

Tipo II: Ocorre uma Atividade Osteoclástica acelerada ou


normal e atividade Osteoblástica diminuída. Conhecida
como Osteoporose Senil ou Involuntária.

Secundária

Ocorre devido a Condições mórbidas primárias: Diminuição


da absorção intestinal de cálcio, hipoestrogenismo precoce,
baixa absorção de vitamina D, distúrbios do sistema
endócrino (causa mais comum).
Disfunções Ortopédicas
🔅FATORES DE RISCO DA OP

Fatores Não Modificáveis: •Idade (após 50 anos)• Gênero


(mulheres) • Hereditariedade (histórico familiar) • Tamanho
dos ossos (brevilíneos) • Caucasianos.


Fatores Modificáveis: ( Hormonal) • Ingestão de Ca e
Síntese de Vitamina D • Sedentarismo e Acamados •
Tabagismo e Etilismo • Anticonvulsivantes e corticóides.
Disfunções Ortopédicas
ARTRITE REUMATÓIDE
A AR é uma doença inflamatória crônica que pode afetar
várias articulações. A causa é desconhecida e acomete as
mulheres duas vezes mais do que os homens. Inicia-se
geralmente entre 30 e 40 anos e sua incidência aumenta
com a idade. Sua prevalência é estimada em 1% da
população mundial.

Essa afecção envolve principalmente as articulações de mão


e punho de forma simétrica e persistente, no entanto,
também pode haver comprometimento de joelhos, ombros,
cotovelos, quadris, articulações como a temporomandibular,
articulações sinoviais da coluna e a laringe.
Disfunções Ortopédicas
Manifestações clínicas: Os sintomas mais comuns são os da
artrite (dor, edema, calor e vermelhidão) em qualquer
articulação do corpo, sobretudo mãos e punhos. A coluna
cervical é frequentemente envolvida. As articulações
inflamadas provocam rigidez matinal, fadiga e com a
progressão da doença, pode ocorrer deformidades e
incapacidade para realização de atividades. As
deformidades + comuns são: dedos em pescoço de cisne,
dedos em botoeira, desvio ulnar e hálux valgo. Outros órgãos
ou tecidos também podem apresentar alterações como a
Síndrome de Felty.

Segundo o Colégio Americano de Reumatologia, o


diagnóstico de AR é feito quando pelo menos 4 dos
seguintes critérios estão presentes por pelo menos 6
semanas: Rigidez articular matinal durando pelo menos 1
hora; Artrite em pelo menos três áreas articulares; Artrite de
articulações das mãos; Artrite simétrica (por exemplo no
punho esquerdo e no direito); Presença de nódulos
reumatóides; Presença de Fator Reumatóide no sangue;
Alterações radiográficas: erosões articulares ou
descalcificações localizadas em radiografias de mãos e
punhos; Alterações radiográficas: erosões articulares ou
descalcificações localizadas em radiografias de mãos e
punhos.
Disfunções Ortopédicas
DISPLASIA DO QUADRIL
Displasia do quadril é um termo que denota uma
anormalidade no tamanho, na morfologia, na orientação
anatômica ou na organização da cabeça femoral, na
cavidade acetabular ou em ambos. A displasia acetabular é
caracterizada pelo acetábulo imaturo, com a cavidade rasa
que pode acarretar a subluxação ou a luxação da cabeça
femoral.

A incidência da DDQ é variável, dependendo de vários


fatores, inclusive da localização geográfica.
Disfunções Ortopédicas
Os fatores de risco para a DDQ incluem: sexo feminino, raça
branca, primiparidade, mãe jovem, apresentação pélvica ao
nascimento, história familiar, oligohidrâmnio, recém-nascido
com maiores peso e altura e com deformidades nos pés ou
na coluna vertebral.
Nos recém nascidos, é muito importante a avaliação precoce
para a detecção da DDQ. Através do exame físico, o
profissional pode detectar sinais clínicos suspeitos e
prosseguir com uma investigação por imagem se for
necessário. O diagnóstico é auxiliado com as manobras de
Ortolani e de Barlow.
Na idade adulta, a DDQ pode tornar-se dolorosa.
Geralmente a dor é crural (na virilha), podendo ser também
dor do lado de fora do quadril. Podem haver sintomas
mecânicos tais como: bloqueios da articulação, falseios ou
estalidos.
As causas da DDQ ainda não são totalmente conhecidas,
mas sabemos hoje que existe relação genética, sendo que a
história familiar é um fator de risco importante. É mais
comum nas meninas e também tem relação com a posição
intra-uterina de apresentação pélvica, ou seja, quando o
feto encontra-se “sentado” dentro do útero.

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