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Síndrome do Túnel do Tarso

Karlla Carvalho
Maria Goreti Marques
Mary Márcia
Natália S. C. da Cruz
Definição
A Síndrome do Túnel do Tarso é uma neuropatia
do nervo do túnel do tarso, cujo sintoma
fundamental é a dor na planta do pé.
 Ela é uma condição resultante da compressão do
nervo tibial posterior pelo ligamento do
tornozelo.
• Considera-se túnel do tarso, um canal osteofibroso, constituído
pelo teto do retináculo dos músculos flexores, (também
chamado de lig. lacinado) que vai do maléolo tibial até o
calcâneo. Neste túnel passam as seguintes estruturas: nervo
tibial posterior, artéria e veia tibial posterior, tendões dos
músculos tibial posterior, do flexor longo dos dedos, flexor
longo do hálux.

• Quando o nervo tibial posterior,


passa através do túnel do tarso,
este divide-se em: nervo plantar
medial e nervo plantar lateral
Sinais e Sintomas
 Síndrome do túnel do Tarso que caracteriza-se
por dor em queimação, formigamento e
fraqueza dos dedos dos pés e na região plantar.
Sensação de peso nos pés, às vezes perda de
sensibilidade. Os sintomas pioram a noite e pela
manhã. Rigidez matinal no pé.
 Dificuldade em andar.
Causas
• Tenossinovite da bainha do músculo tibial posterior.
• Linfomas, gânglios, neoplasias dentro do túnel do tarso;
• Exocitose dentro do túnel;
• Deformidade em valgo do retropé. Se há histórico de
tensão do nervo tibial aumentada com a inversão e a
dorsoflexão do pé;
• Sobrecargas e Overuse;
• Gravidez;
• Trauma direto e até mesmo calçados apertados.

Esta síndrome é pouco freqüente dentre os problemas


do pé, entretanto quando se apresenta, nota-se
prevalência para o sexo feminino (entre 45 e 50 anos).
Avaliação
• O exame físico revela, hipersensibilidade sobre o túnel do
tarso na região descrita anteriormente. A pressão na área
reproduz os sintomas, e presença de tínel positivo (teste
de percussão) repercutirá na referida região. No pé,
podemos encontrar distúrbios sensoriais na distribuição
do nervo, bem como, evidências de tenossinovite do
tendão do tibial posterior e, deformidades como o pé
plano.
• Será necessário exame confirmatório complementar que
inclui: ressonância nuclear magnética e teste de condução
nervosa (eletroneuromiografia).
Tratamento
• 1. Clínico: antiinflamatórios, corticóides na crise
e infiltrações.

2. Ortopédico: suporte de tornozelo externo para


manter o pé em uma posição correta. Usa-se para
evitar que as forças continuem comprimindo o
nervo.

3. Cirúrgico: a descompressão está indicada para


aqueles casos confirmados com lesões que
ocupam espaço. 
Lesões Ligamentares do Tornozelo
Definição
• A entorse é um movimento violento, com estiramento ou ruptura
de ligamentos de uma articulação. A entorse de tornozelo é uma
das lesões musculoesqueléticas mais freqüentemente
encontradas na população ativa, que geralmente envolve lesão
dos ligamentos laterais.
• O complexo ligamentar lateral é formado pelo ligamento
talofibular anterior (LTFA), pelo ligamento talofibular posterior
(LTFP) e pelo ligamento fibulocalcâneo (LFC).
Biomecânica da lesão

O mecanismo da lesão ligamentar é,


geralmente, o momento do impacto do
pé, quando o pé está em flexão plantar e
supinado (pé para fora), provocando
maior instabilidade óssea do tornozelo.
Os ligamentos absorvem grande parte do
impacto, porque os músculos fibulares
(laterais da perna) não conseguem se
contrair com rapidez suficiente para
amortecer o impacto.
• ENTORSES POR INVERSÃO
(quando o pé vai de encontro com o
outro pé) - lesão dos ligamentos laterais
do tornozelo (mais comum). Acometem
os três principais ligamentos laterais:
Talofibular anterior, calcaneofibular e
talofibular posterior.
• ENTORSES POR EVERSÃO (quando
o pé vai para dentro) - Lesiona o
ligamento deltóide, é menos comum
porém a gravidade destas entorses pode
fazer com que demorem mais para
recuperar do que as entorses por
inversão.
Sinais e Sintomas
• A gravidade da entorse depende do grau de
estiramento ou de rotura dos ligamentos.
• Grau 1 :Numa entorse ligeira , os ligamentos
podem estirar-se, mas de fato não se dilaceram
(não costuma doer ou inchar em demasia; porém,
uma torção ligeira aumenta o risco de uma lesão
recorrente).
• Grau 2: Numa entorse moderada, os ligamentos
rompem-se parcialmente. A inflamação e os
hematomas são freqüentes (há presença de dor e
torna-se difícil andar).
• Grau 3: Na entorse grave, os ligamentos
dilaceram-se completamente, causando inchaço e
por vezes hemorragia sob a pele. O tornozelo
torna-se instável e incapaz de suportar o peso.
Diagnóstico e tratamento
Tratamento conservador
 Graus 1 e 2: repouso, gelo, elevação da
extremidade, medicações anti-
inflamatórias, por 24 a 72 horas. Indicação
para uso de imobilização removível, com
descarga de peso conforme tolerado, e
dependendo da dor.
 Grau 3: imobilização mais efetiva
(período de 4 a 6 semanas), uso de gelo,
elevação das extremidades e repouso se
persistir o edema e a dor.
Tratamento Cirúrgico
 Nas lesões graves, pode ser necessária uma intervenção
cirúrgica, mas existe controvérsia sobre este tipo de cirurgia.
Segundo alguns cirurgiões, a reconstrução cirúrgica dos
ligamentos rasgados e gravemente lesados não é mais eficaz
que o tratamento sem cirurgia.
 Principal fator: perda das propriedades dos ligamentos no
processo de cicatrização.
 Mesmo assim, esse tratamento é indicado especialmente para
os esportistas.
Ruptura parcial
do lig. Calcâneofibular
Teste de Gaveta Anterior
Teste de Inclinação do Talo
Referência Bibliográfica
 SIZÍNIO, Hebert; XAVIER, Renato; PARDINI JR., Arlindo G.; FILHO, Tarcísio E. P. de Barros...[et al].
Ortopedia e Traumatologia: Princípios e Prática. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2003. Págs 1398 – 1403.

 Artigo eletrônico extraído do Hospital Israelita Albert Einstein sobre Lesão Ligamentar Aguda do Tornozelo
(Entorse do Tornozelo), versão atualizada em Março – 2009.

 SALOMÃO, Osny (Prof. Assoc. do DOT-IOT-FMUSP); NETO, João de Carvalho (médico ortopedista);
TRALDI, Irineu H.(médico ortopedista); FERNANDES, Túlio D (assistente do Grupo do Pé – DOT-IOT-
FMUSP).; CARVALHO, A. Egydio de (Chefe do Grupo do Pé – DOT-IOT-FMUSP). Tratamento da Lesão
Ligamentar Aguda do Tornozelo em Atletas. Rev. Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Vol. 31, nº 3 –
Março/1996.

 http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/reumato/tarso1.htm. Acessado no dia 22/04, às


17h40min.

 http://www.cartaovermelho.esp.br/modules.php?
op=modload&name=Sections&file=index&req=viewarticle&artid=446&page=1.
Acessado no dia 22/04, às 17:48.
Obrigada!!

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