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Ortopedia e Traumatologia – 2013
Anotações de aula - Ortopedia e traumatologia
Dx: um dos mais fáceis da medicina. Tem que saber escutar o paciente. Quando tem cara de zebra
é zebra. A clínica foi, é e será sempre soberana, pelo menos na nossa existência. A clínica é arte.
Métodos: imagem (raio X principalmente), laboratório, eletrodiagnóstico, ...
Ortopedia: malformações congênitas, malformações adquiridas (ex: geno valgo, varo) afecções
inflamatórias, infecções, tumores, afecções degenerativas (ex: artrose).
É preciso ser muito mais prudente pra amputar uma mão do que um pé.
Fratura de terço médio de fêmur (imagem): dor, deformidade (musculatura perde equilíbrio)
movimento anormal, crepitação, impotência funcional, equimose. Se houver 3 ou mais desses
sinais, trata como fratura.
Fratura: pode ser completa, incompleta, em galho verde, sub-perióstea, fratura epifisioide.
Luxação: perda de contato de uma superfície articular. É uma emergência. Reduzir imediatamente.
Pode ocorrer condrólise (morte da célula cartilaginosa). Se demora começa a fibrosar. Pode ser
direta ou indireta.
Anamnese: qp, hda (traumático ou atraumático, agudo ou insidioso; saber como foi no dia, saber
se inchou na hora, o que indica gravidade; se foi sozinho pro hospital ou foi transportado; saber os
procedimentos realizados; bom estabelecer linearidade da história do paciente, evitando induzir;
perguntar de maneira que o paciente tenha que pensar pra responder), hmp (local, resto do
esqueleto, resto da economia, medicamentos, hábitos), hf (na ortopedia geralmente não revela
muita coisa), hipóteses diagnósticas (é um bom exercício fazer isso nessa parte, antes do exame
físico).
Exame físico:
Fazer hipóteses diagnósticas de novo. Talvez pedir exames subsidiários. Desconfiar dos laudos.
Aula - Semiologia do cotovelo, punho e mão
História: essencial, gera dx em 80-90% dos casos. Início, curso temporal, local, natureza da dor,
agravantes e atenuantes.
Movimento ativo: mobilidade articular, comparação entre lados, dor ao movimento, presença de
crepitações, observar mobilidade anormal.
Movimento passivo: comparação entre lados, comparação com movimento ativo, crepitações ou
clunks.
Palpação: é preciso conhecer a anatomia local. Buscar edema, calor, dor, comparar lados.
Cervical: queixo no peito (flexão), olhar o teto (extensão), queixo nos ombros (rotação lateral),
orelha nos ombros (flexão lateral).
Plexo braquial: passa por sítios de compressão (ex: saída do tórax, que dá a rara síndrome do
desfiladeiro torácico: parestesias, formigamento na mão. Um teste que se faz é o de Adson que é
palpar o pulso radial e fazer manobras de hiperextensão, obliterando a subclávia e observando
diminuição ou cessação do pulso radial).
Lesão do interósseo posterior: não extende os dedos mas extende o punho, lesão do radial (mão
em gota).
Cotovelo: palpação: epicôndilos, olécrano, cabeça do rádio. Angulação do cotovelo. Testes: valgus
(teste ligamento colateral medial), varo (teste ligamento colateral lateral), cozen (epicondilite
lateral, ou cotovelo do tenista) ((T): epicondilite medial (teste do golfista), tinel do cotovelo
(percussão no nervo ulnar na goteira; positivo se choque irradiado distal-medial antebraço e mão).
Nervo ulnar no cotovelo (síndrome do túnel cubital, segunda mais frequente): dor na mão,
dor e parestesias no dedo mínimo, parestesias no dorso da mão (que diferencia das
compressões do punho). Pode estar comprimido na arcada de Struthers, pode ter alteração
no septo intermuscular medial, no túnel cubital: ligamento de Osborne, fáscia do FUC.
Saber os músculos inervados pelo flexor ulnar do carpo. Para prova : cite três sinais de
compressão do nervo ulnar: tinel positivo, flexão do cotovelo, perda do músculo
interósseo, atrofia intrínsecos. Tto: tala no cotovelo. Se sinomas persistirem faz-se cx.
Punho e mão: procurar por edema e deformidades: ver mobilidade articular.
Cisto sinovial do punho, artrose (degeneracão da cavidade articular; local comum é a base do
polegar, na trapézio-metacarpiana; imobilização, medicações condroprotetoras, proteção da
articulação, cx).
Aula – Semiologia do quadril e joelho
Scwartzmann (antes de ganhar seu ipad): “desliga essa coisa, nós médicos somos artistas e
desprezamos a tecnologia”.
Rotação externa é fácil, mas a rotação interna é impedida pelo corpo. Então se o
paciente consegue colocar a mão no trocanter são 90°, se consegue por na região lombar
são 100º, se consegue na região escapular são 110º.
Duas razões básicas fazem com que o sujeito não consiga levantar o braço: lesão grave
de manguito e sequelas de fratura com consolidação viciosa (quando o osso consolida
torto).
• Neer
• Yocum
• Hawkins
*Só definem se há dor, não definem em qual músculo do manguito!
Testes:
• Supraespinhal: Jobe.
• Supraespinhal e redondo menor: testes de rotação externa.
o Sinal de Patte.
o Sinal do Clarin (não é muito usado)
o Sinal da cancela ou do retorno automático (só para rupturas e paralisias - lesões
o graves)
• Subescapular - rotação interna
o Teste de Gerber
o Teste da pressão do cinto (belly press)
o Abraço do urso (não deixa tirar a mão do ombro)
• Bíceps
o Flexão contra resistência: sinal do Popeye (ruptura do cabo longo do bíceps).
• Testes de instabilidade anterior (90% das luxações)
o Sinal da apreensão (tem no joelho e no ombro): em abdução e rotação externa
máxima, empurra o ombro para frente e o paciente fica apreensivo.
o Teste da recolocação
• Testes de instabilidade posterior (10%)
o Telescopagem: em flexão e rotação interna máxima, imprime uma força posterior,
com a mão apoiada na escápula.
Há deformidades? Pé equino, calcâneo, valgo, varo, cavo, plano, aduto, abduto. Hálux valgo,
dedos em garra.
Há alterações de pele? cor, brilho, rede venosa, cicatrizes, ferimento, calosidades, hiperceratose.
Palpação: calor local, alterações da estesia, edema, palpação dos tendões e músculos, aumento de
volume localizado.
Mobilidade: flexão plantar (+-50 graus), flexão dorsal (+-30 graus), inversão (supinação + adução),
eversão (pronação + adução), mobilidade dos dedos.
Estabilidade: garfo tíbio-peroneiro, tornozelo (lig. deltoide e lateral), ligamento interósseo (muitas
terminações proprioceptivas que ajudam no controle neural do equilíbrio), fáscia plantar,
ligamento calcâneo-navicular, ligamentos curtos.
Exame muscular: tibial posterior, tibial anterior, peroneiros longo e curto, tríceps sural, flexor
longo do hálux, flexor comum dos dedos, extensor longo do hálux, extensor comum dos dedos.
Exame vascular: pulso tibial posterior e pedioso, polpas digitais, edema, rede venosa.
Exame neurológico: sensibilidade (L4: borda medial do pé, L5 - dorso do hálux, S1 - Borda lateral
do pé, plantar interno - planta medial do pé, plantar externo - planta lateral do pé) motricidade (L5
- tibial anterior (extensor longo do hálux), S1 - flexor longo do hálux (tríceps sural)).
Dor na coluna vertebral: nociceptiva (localizada; trauma: cápsula, periósteo, músculo tendões,
ligamentos) ou neurogênica (metamérica/segmentar; lesão da medula e das raízes nervosas).
Ligamento longitudinal anterior é forte impede que ferimentos cheguem ao esôfago. Ligamento
longitudinal posterior (mais fraco; ger. é por onde escapam as hérnias).
Área sensitiva autônoma na mão: tabaqueira (n. radial), hipotenar (n.ulnar), polpa digital do 2º
dedo (n. mediano).
Área motora autônoma: oponência (n. mediano), interósseos (n.ulnar), OK (n. radial).
As fraturas são muito características desse tipo de articulação do ombro, que contém uma esfera
se articulando com uma cova bem rasa.
Clínica: dor, hematoma e impotência funcional. Avaliação radiográfica com pelo menos 3
incidências.
Fratura do colo cirúrgico: correção é mais feita por placas. Estabilização, menos dor, movimento
precoce (evitando rigidez).
Riscos: infecção, complicações anestésicas.
Split-head: fratura rachadura da cabeça umeral, ger. associado com tubérculos, péssimo
prognóstico. Fratura diafisária é diferente de fratura epifisíaria, articular.
Artroplastia em fraturas:
Luxação de ombro: sinal do cabide ou dragona. Tem que reduzir por causa da dor, da
vascularização, evitar condrólise (morte da cartilagem articular).
Manobras: a com o pé no ombro pode machucar o plexo braquial, a de rotação interna extrema
pode torcer. A melhor é a de tração e contratração com toalha na axila.
Fratura do rádio distal (Colles): uma das fraturas mais comuns do corpo humano. . Fratura extra-
articular da extremidade distal do rádio com deslocamento dorsal. Deformidade em dorso de
garfo.
Fratura de barton: articular parcial. Fratura de Smith (seria como um colles reverso): fratura com
deslocamento palmar.
Primeiros socorros:
Cortes: aplique pressão direta em sangramentos e eleve a mão acima do ombro. Limpe a lesão
com água corrente e cubra com gaze estéril.
QUeimaduras: imergir e deixar correr em água fria sobre a área queimada.
Fraturas: manter a mão imóvel e procurar ajuda profissional.
amputações: aplicar pressão imediata na lesão. Preservar a parte amputada em um saco plástico e
colocar em um recipiente com gelo, mas não deixar o gelo entrar em contato direto com a parte
amputada (evitar queimadura ou congelar a parte amputada).
Aula – Lesões traumáticas do quadril
Fraturas da pelve:
O problema é a hemorragia causada pelo rompimento dos vasos ilíacos, que pode levar o paciente
ao choque hipovolêmico e a morte. É importante sondar, pra ver envolvimento da bexiga e toque
retal, para avaliar o envolvimento de alças intestinais. Tratamento é estabilizar a pelve
imediatamente, impedindo mais sangramento. Fixadores externos primeiro, mas quase sempre
em algum momento se tira o externo e faz interno.
Luxações do quadril: não é muito frequente, trauma forte, 95% das vezes é posterior. Paciente
chega em flexo-adução e rotação interna. Tem que ver se tem lesão do ciático.
A contração isométrica faz com que não haja fluxo e daí cansa mais.
Síndrome do impacto: deslizamento, atrito, daí inflama a bursa e o tendão. Pode fazer esporão,
ou escápula caída. Atrito do acrômio no supraespinhal.
Quadro clínico: dor e dificuldade de elevação do braço. A dor piora quando deita. Alívio
com gelo e aines. Dor na face lateral do braço.
Tto: medicação (analgésicos e aines), gelo, mudança de atividade, infiltração, fisioterapia (a
mais importante).
Cx: quando indicado, faz-se a ressecção do acrômio por via artroscópica (acrômioplastia).
Faz-se muita cirurgia artroscópica.
Tendões:
Dedo em gatinho (:3, rs..): o dedo em gatilho tem história típica de estralo na extensão,
engrossamento da polia travando o tendão, que incha. Têm vários graus. Primeiro incomoda,
depois dói, depois tranca, e no ultimo grau precisa de ajuda externa pra soltar. Tto: anti-
inflamatório, repouso, gelo, infiltração, cirurgia de liberação da polia.
Tendinite de De Quervain: Inflamação da bainha dos tendões dos músculos extensor curto e
abdutor longo do polegar, que passam por um compartimento estreito. Comum em mulheres no
período de amamentação. Teste de Finkenstein: tratamento similar ao dedo em gatilho.
Epicondilites:
Ossos:
Tumores benignos:
Articulações
Artroses:
Artrites:
Cistos sinoviais: A capsula distende, muito comum no punho, ha uma produção aumentada de
líquido sinovial por uma metaplasia da célula. Geralmente idiopáticos. Tratamento se for grande
ou ter sintomas. Alta chance de recidiva.
Nervos:
Síndrome do pronador redondo: Paciente jovem do sexo masculino, com sintomas do túnel do
carpo, em compressão do mediano entre as cabeças do pronador por hipertrofia do musculo. A
diferença é q ele vai ter sintomas de compressão do nervo interósseo anterior (não consegue fazer
a flexão da FD do indicador nem o flexor do polegar). Diagnóstico diferencial lipoma, hemangioma:
procurar massas. Teste de Phalen.
Síndrome do túnel cubital: dormência, dor. Bota uma tala, melhora. Se não faz um cirurgia e bota
o nervo ulnar pra anterior.
Vasos:
Trombose arterial: um ponto comum é artéria ulnar no canal de Lion. Muitas vezes n tem sintomas
pq a artéria radial supre, mas pode comprimir o nervo ulnar e dar sintomas de compressão. Teste
de Allen: testa a perfusão das artérias.
Pele e subcutâneo:
Doença de Dupuytren: mais comum em homens brancos descendentes de europeus do norte, a
partir da 5ª década, quanto mais cedo aparecer pior, genética. Espessamento da fáscia palmar,
onde os fibroblastos se transformam em miofibroblastos, levando a uma retração. No inicio
parecem calos, depois faz uma "corda" na face palmar. O nervo fica todo em zigue-zague, cuidar
na hora da cirurgia. Ressecao de toda a fáscia. 4º dedo é o mais acometido. Enquanto paciente
colocar a mao espalmada em uma superfície plana não se mexe, quando passar uma caneta tá na
hora da cirurgia.
Dermatites
Aula - Lesões traumáticas do joelho, tornozelo e pé.
Fraturas: distribuição bimodal, com idosos tendo trauma de baixa energia e jovens tendo de alta.
Fêmur distal: valgo de 9 graus. Explicação: ao traçar uma linha paralela à diáfise do fêmur (eixo
anatômico do osso) e uma linha transversal à articulação, temos 81º. Ou seja, há um desvio de 9ª
de valgo, que deve ser respeitado quando se for corrigir uma fratura, mantendo o eixo do corpo
neutro. Se não, isso pode causar artrose em longo prazo.
Tíbia:
Platô medial: maior e côncavo, platô lateral: menor e convexo.
3° de varo (+ a curvatura do fêmur = 9 + (-3) = 6° de valgo anatômico do ser humano
normal (mantendo o eixo neutro).
"Slope" posterior de 10°.
Patela
Maior osso sesamoide do corpo.
Face lateral > medial.
Principal função é aumentar o torque extensor do quadríceps. Ela funciona como uma
roldana, facilitando a extensão desse músculo. Ela joga o quadríceps pra longe do centro
de rotação do joelho, aumentando a alavanca. Tanto, que, quando se resseca a patela, o
paciente depois se queixa que diminuiu a força da coxa.
Fraturas da patela:
Dx de fratura:
Clínica clássica.
Rx: na maioria dos casos é suficiente.
TC: pode ser necessário em casos complexos.
Quando se tem uma fratura instável de fêmur, é difícil conseguir engessar a fratura e as duas
articulações vizinhas a ela. Então, opta-se por cirurgia para reduzir e garantir a manutenção da
redução.
Tratamento cirúrgico:
Redução anatômica: reposicionar os ossos exatamente nas suas origens anatômicas
(articulações e diáfise de ossos do antebraço porque funcionam como uma articulação por
causa dos movimentos de supinação e pronação).
Redução funcional: manter alinhamento nos planos coronal, sagital, rotacional e ainda com
relação ao comprimento do membro (metáfises e diáfises).
5-8% da população tem patela bipartida (aspecto súpero-lateral típico por falha de ossificação).
Não confundir patela bipartida com fratura (a patela bipartida tem aspecto típico, na metade dos
casos é bilateral, pode pedir RX contralateral, e o aspecto radiológico é diferente tem bordas
arredondadas e escleróticas, já as fraturas têm bordas agudas).
Há lesão do mecanismo extensor (aquele que aumenta o torque extensor do quadríceps)? Se não,
pode tratar de maneira conservadora.
Se a fratura está deslocada, está comprometido do mecanismo extensor, tem que operar. Se a
fratura não está deslocada e o mecanismo extensor está íntegro, não precisa operar.
Fratura medial geralmente denota alta energia, porque a carga passa mais medialmente, o que
acaba por fortalecer a parte medial óssea. (Lei de Wolff).
Fratura dos ossos do pé: geralmente são causados por trauma de alta energia.
Fratura de calcâneo: trauma de alta energia, geralmente queda de altura. É comum associação de
fraturas do calcâneo, do planalto tibial e a coluna lombar em paciente que caiu de pé de uma certa
altura. Via de regra, as fraturas são cominutas. A anatomia do calcâneo é muito complexa, tendo
uma face articular com o tálus. É difícil reduzir e manter essa articulação, muitas vezes com o
quadro podendo evoluir para artrose. Nesses casos é preciso fazer artrodese dessa articulação.
Fratura do tálus: astrágalo do aviador (tipo de fratura do tálus): pode evoluir para osteonecrose.
Geralmente a fratura é no colo, onde passa uma das artérias que nutre o osso (nutrícias).
Fratura dos metatarsos: comum, tratamento geralmente conservador porque há vários ligamentos
que mantêm a estabilidade. Pode-se ter várias fraturas dos metatarsos que os ligamentos seguram
bem. Porém, é importante ver se tem desvio plantar (diferença de alinhamento entre os
metatarsos), porque se tiver e não corrigir, o paciente pode ter metatarsalgia ao caminhar.
Quando um paciente tem algumas fraturas de metatarsos, o que se faz é engessá-lo e pedir pra
ele caminhar, porque o próprio ato de caminhar vai alinhar os ossos no lugar.
LCM (ligamento colateral medial): é o ligamento mais lesado, para lesar tem que sofrer um
trauma em valgo. Em geral tem boa cicatrização, de forma espontânea, sem precisar de
cirurgia (tto conservador).
LCL (colateral lateral): acontece associada a lesões de outros ligamentos. Associação com o
nervo fibular, porque o nervo tem relação muito íntima com o colo da fíbula, que é um dos
locais de inserção desse ligamento. Pode ocorrer o estiramento e/ou uma apraxia desse
nervo.
LCA (ligamento cruzado anterior): tipo de lesão que mais acomete jogadores de futebol.
Por entorse ou hiperextensão. Parece que rompeu uma corda no joelho. Logo vai inchar e
o jogador não vai conseguir continuar na partida. Sempre que aparecer um adulto na
emergência com derrame articular agudo no joelho, há 80% de chances de ser lesão do
LCA. Geralmente o jogador causa um valgo exacerbado do fêmur com rotação interna, e
pimba! Tto: em jovens, via de regra, é cirúrgico. Porque tendem a ser mais ativos. Faz
artroscopia: se faz túneis ósseos, passa um enxerto tendinoso e fixa.
LCP (ligamento cruzado posterior): acidente de trânsito, lesão do painel.
A artéria femoral vem pelo compartimento anterior, medial e passa para posterior no meato
adutor. Dai ela passa na região posterior do joelho a dois, três milímetros da cápsula. Ela está
muito presa, então se há um deslocamento dessa articulação, a femoral pode ser acometida.
Luxação anterior causa lesão da artéria femoral por estiramento da camada íntima. Luxação
posterior causa geralmente uma transecção da artéria.
Importante sempre palpar a base do 5º MTT e a cabeça da fíbula pra ver se não ha fratura, porque
pode ter havido um trauma rotacional que sobe toda a membrana interóssea, atingindo a parte
proximal da fíbula. Ou pela inversão da fáscia plantar, que avulsiona a base do 5º MTT.
Lesões tendinosas:
Ruptura de Quadríceps:
Geralmente acima dos 40 anos e/ou com comorbidades como AR, IRC, LES (uso de CE), uso
de anabolizantes.
Clinica: não vai conseguir esticar o joelho. Lesão do quadríceps: vai ter patela baixa.
Tto: se rompeu pouco (consegue esticar a perna), trata conservadoramente. Lesão
completa ou lesões expostas, faz cirurgia.
Triangulo de Worl(?)
Drehman -> flete o quadril em direção ao queixo (ativa). Na epifisiolise tem rotação externa
Trendelemburg – caminha, quando levanta a perna o lado contralateral cai (pelve) – problema no
glúteo médio
Thomas – dissocia movimento da lombossacra e do quadril. Flete um lado dai o outro flete de 25 a
30º
Bicicleta – faz bicicleta em decúbito dorsal (ativo) e avalia a força dos abdutores.
Gaenslew – cisalhamento, hiperextende e flete o outro membro quando positivo sente dor
Joelho
Cruzado anterior vai de medial pra lateral. Estabilidade é dada pela cápsula e ligamentos. Em
torno do joelho o osso é mais esponjoso pra absorção de impacto.
Infecções:
• Líquido na articulação: só pode ter líquido sinovial, sangue ou pus. Se puncionar e vier pus, tem
que abrir, drenar e lavar, lavar, lavar...
Lesoes do aparelho extensor: geralmente pacientes mais jovens q usam muito o joelho, existem 2
sindromes distais do aparelho extensor:
• Síndrome de Sinding-Larsen-Johanssen: Osteocondrite do polo distal da patela, joelho do
saltador. tratamento conservador a princípio, imobilização.
Síndrome de Osgood-Schlatter: Osteocondrite da tuberosidade anterior da tíbia,
fragmentação. Tratamento a princípio conservador.
Instabilidade fêmoro-patelar: patela luxada traumática (tem os contornos ósseos normais), patela
luxada congênita, recidivante, habitual, inveterada.
Menisco discóide: menisco anômalo geralmente bilateral, historia clássica de paciente mulher
jovem que sente um roçar ao se agachar ou subis escada, no principio sem dor, mas uma hora
bloqueia o joelho e incapacita a extensão, significando um rompimento do menisco discóide.
Tratamento cirúrgico.
Bursite pré-patelar: da em freira e faxineira. O joelho não é pra ter apoio. Punciona, tira o líquido,
da corticoide. Se recidivante tira fora.
Cisto de Baker: cisto de líquido sinovial posterior do joelho que se comunica com a articulação.
Osteoartrite do joelho: tem uma aula pra isso (é tem! Uma aula no dia da prova FDP!). *radiografia
do joelho tem que ser feita de pé*
Pe torto congênito: o mais comum é o equinovaro aduto. Pe talo vertical é o mais grave, o pé
plano o mais comum (?), o pe cavo é o com o cavo excessivo.
Atras do maleolo medial: tibial posterior, flexor dos dedos flexor longo do hallux. Devem ser
alongados.
O mais grave é o talo vertical ou pé calcâneo: costuma ser um pé muito rígido, o de mais
difícil tratamento.
Osteocondrites de pé: existem várias, muito comuns, são autolimitadas, ocorrem com
mais frequencia em crianças. Tratamento mais sintomático
• Síndrome de Koeler: navicular (mediope)
• Síndrome de Sever: calcaneo (retrope): crianca vem caminhando na ponta do pe.
• Síndrome de Freider: metatarsos (antepe)
Coalisao tarsal: ossos do tarso que nascem fusionados, na naioria das vezes no retropé. A mais
comum é a talocalcaniana, calcanionavicular e a talonavicular. Diagnóstico clínico: fica na ponta do
pe e o calcaneo não varisa.
Ele ganhou um iPad de presente (quem quer ser ortopedista põe o dedo aqui!)
Hallux valgus: série de alterações no pé. metatarsus primus varus. Exostose, bursite. Da mais nas
mulheres. Tem que ver se não é só uma bursite. Critério radiológico: luxacao do sesamóide. A
cirurgia tem que corrigir o metatarso, se não vai recidivar! Existem mais de 200 tecnicas, mas o
fundamental é corrigir o primeiro metetarsiano (geralmente com osteotomia) e não só corrigir a
exostose.
Síndrome do tibial posterior: ocorre principalmente em mulheres que engordam (o tibial posterior
é o guardiao do arco do pé) com muita sobrecarga ele rompe e o arco cai. Tratamento: reforço do
tibial posterior.
Fratura de fadiga: gente que caminha muito sem estar acostumado. No Rx pode não aparecer
nada. Tratamento: Às vezes ate resolve espontaneamente.
Teste de Adams (teste do minuto): giba (associada a deformidade rotacional) e flexão do paciente
ao solo.
Criança com escoliose e dor devemos procurar por alguma patologia dolorosa: Scheuermann,
tumor ósseo ou do SNC, espondilolistese e espondilólise.
Em 1 minuto um embolo séptico pode chegar no osso. E pode levar 24 horas para instalar uma
osteomielite.
Clínica: dor ("one finger pain", dor à palpação de um ponto: o paciente coloca o dedo exatamente
onde dói, dor localizada na região metafisária), mal-estado geral, hipertermia, impotência
funcional. Vai se transformando em abcesso e pressionando o periósteo.
Imagem:
Rx: verificar se há fratura, ou alguma outra lesão. Sarcoma de Ewing (“casca de cebola”). Só
se altera de 7 a 14 dias depois.
RM: o melhor exame de imagem pra fazer na hora. Melhor para comprovação.
Cintilo: com gálio, ou índio.
*Tudo isso tem q fazer em menos de 24 horas, se não ele pode morrer. Leva pro bloco e faz
punção, drena o abcesso se for de partes moles ai ele tá curado. Inicia antibióticos imediatamente:
se usa penicilina + gentamicina ou oxacilina + gentamicina, pelo tempo necessário para tratar a
infecção, mas a gentamicina por mais de 7 dias é ototóxica, cuidado! Usa o tempo que for
necessário para melhora clínica e laboratorial (normalização do hemograma, PCR igual ou menor
que 5, e hemossedimentação igual ou menor que 20).
O paciente chega à consulta com fístula: osteomielite passa de aguda para crônica depois de 3
semanas de instalado o processo. A crônica apresenta sequestro ósseo, dai o organismo faz uma
fístula pra tentar expulsar o sequestro. É sinônimo de cirurgia para remoção dos sequestros
ósseos.
Sempre tem que fazer punção, é a primeira conduta... Sempre com toda a clínica, labs e imagem
associada!
Red flag: termo criado para nos chamar atenção que tá acontecendo alguma coisa com o nosso
corpo. Infecção é bandeira vermelha pois dói continuamente, não melhora com analgésicos. É
DOR contínua, incapacitante, mas principalmente noturna. É a dor da infecção, do tumor maligno
e da fratura.
Osteomielite na coluna do velho. Muito relacionadas com o TGU, que emite êmbolos sépticos
disseminados pelo plexo de barton, contaminando a coluna lombar. Mesma coisa com o ca de
prostata!
Se não fizer uma cirurgia para limpar a articulação rapidamente a secreção purulenta pode fazer
uma lise da cabeça do fêmur, e pode acontecer uma luxação coxofemoral importante.