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Turma D apresenta:

Anotaçõ es

Elegantes
Ortopedia e Traumatologia – 2013
Anotações de aula - Ortopedia e traumatologia

Aula - Introdução ao estudo da ortopedia e traumatologia

Orthos = reto e paidos = criança.

Relação estreita com neurologia, cirurgia plástica e vascular.

Dx: um dos mais fáceis da medicina. Tem que saber escutar o paciente. Quando tem cara de zebra
é zebra. A clínica foi, é e será sempre soberana, pelo menos na nossa existência. A clínica é arte.
Métodos: imagem (raio X principalmente), laboratório, eletrodiagnóstico, ...

A presença de gordura no sangue de fraturas é um sinal importante.

Ortopedia: malformações congênitas, malformações adquiridas (ex: geno valgo, varo) afecções
inflamatórias, infecções, tumores, afecções degenerativas (ex: artrose).
É preciso ser muito mais prudente pra amputar uma mão do que um pé.

Traumatologia: Fraturas (solução de continuidade do tecido ósseo), luxações (perda de contato


entre superfícies articulares), lesões musculares, lesões tendinosas, lesões nervosas.
Dx clínico: dor, impotência funcional, deformidade, mobilidade anormal, crepitação.
Sinais patognomônicos de fratura: visualização e limitação funcional (?).

Complicações das fraturas: morte, infecção, retardo de consolidação, pseudoartrose, lesões


nervosas e articulares, ...
O placebo pode ser considerado o mais eficiente "medicamento" ao alcance dos médicos, pois em
20% de todas as patologias eles obtêm resposta terapêutica.
Aula - Classificação das lesões traumáticas.

Dores: nociceptiva (traumatismo; receptores estão no periósteo, na cápsula articular; analgésicos:


paracetamol, AINEs, opioides; pode-se usar imobilização), neuropática (nervo), viscerogênica.

Dor é uma experiência pessoal, é uma informação sensorial e discriminativa.

Fratura de terço médio de fêmur (imagem): dor, deformidade (musculatura perde equilíbrio)
movimento anormal, crepitação, impotência funcional, equimose. Se houver 3 ou mais desses
sinais, trata como fratura.

Fratura supracondiliana de úmero (imagem): fratura frequente nas crianças.

Fratura: pode ser completa, incompleta, em galho verde, sub-perióstea, fratura epifisioide.

 Desvio: é descrito em relação ao segmento distal, que se move.


 Traços: transversos, espiral ou helicoidal, oblíquo, cominutivo (muitos fragmentos),
impactado (osso quebra e ficam os pedaços no lugar)
 Expostas: comunica o exterior com o interior. Grande preocupação com infecção. Precisa
imobilizar pra evitar mais lesão de partes moles, tamponar para não expor mais sangue
(estudar choque).
 Reparação: fatores favoráveis: osso esponjoso (tem muita circulação), boa circulação,
impactada, espiroidea. Desfavoráveis: diastase (pode ter interposição de partes moles,),
perda de tecido ósseo, má circulação (ex: escafoide), tto incorreto, infecção.
 Consolidação: Hematoma vira coágulo, o ph ácido provoca descalcificação das margens,
acontece a revascularização do local e a consolidação do osso. A consolidação já começa
logo após a fratura. No retardo de consolidação tem a permanência da dor, na pseudo-
artrose não vai ter mais dor.

Luxação: perda de contato de uma superfície articular. É uma emergência. Reduzir imediatamente.
Pode ocorrer condrólise (morte da célula cartilaginosa). Se demora começa a fibrosar. Pode ser
direta ou indireta.

Olhar os entorses: de primeiro, segundo e terceiro graus.


Aula - Semiologia ortopédica geral

Id: sexo, cor, idade, profissão.

Anamnese: qp, hda (traumático ou atraumático, agudo ou insidioso; saber como foi no dia, saber
se inchou na hora, o que indica gravidade; se foi sozinho pro hospital ou foi transportado; saber os
procedimentos realizados; bom estabelecer linearidade da história do paciente, evitando induzir;
perguntar de maneira que o paciente tenha que pensar pra responder), hmp (local, resto do
esqueleto, resto da economia, medicamentos, hábitos), hf (na ortopedia geralmente não revela
muita coisa), hipóteses diagnósticas (é um bom exercício fazer isso nessa parte, antes do exame
físico).

Exame físico:

1. Inspeção: exposição correta da anatomia dos locais relevantes do paciente; ver


deformidades (coronais: pra fora é valgo, pra dentro é varo; sagital: antecurvato pra frente
e recurvato pra trás); assimetria, pele (cor, cicatrizes, rede venosa, ferimentos); aumentos
de volume.
2. Palpação: superficial (temperatura e sensibilidade) e profunda (pontos ósseos e partes
moles, consistência, mobilidade, bordos, tamanho (mais precisamente às vezes do que na
inspeção)). Dor, crepitação, mobilidade anormal.
3. Mobilidade: descrever os ângulos das limitações, medir atrofias e comprimentos.
4. Estabilidade: os ligamentos, músculos, extremos ósseos e a cápsula articular dão
estabilidade às articulações. Músculo e tendão dão estabilidade dinâmica (contração de
antagonistas por exemplo).
5. Exame manual muscular: força (0 - paralizado, 1 - vestígios, 2 - sem gravidade, 3 - vence
gravidade, 4 - vence alguma resistência, 5 - normal). Obs: nas mãos é normal ou
insuficiente só.
6. Testes especiais: por exemplo o fabere, o sinal de tredelemburg, etc.

Exame vasculo-nervoso: vascular (pulsos, temperatura), neurológico (reflexos, motricidade e


sensibilidade).

Fazer hipóteses diagnósticas de novo. Talvez pedir exames subsidiários. Desconfiar dos laudos.
Aula - Semiologia do cotovelo, punho e mão

História, inspeção, amplitude de movimento, palpação, exames musculares e neurológicos, testes


especiais.

História: essencial, gera dx em 80-90% dos casos. Início, curso temporal, local, natureza da dor,
agravantes e atenuantes.

Inspeção geral: observação como o paciente retira a roupa, movimenta os braços,


proporcionalidade corporal, simetrias, edema, aumento de volume, deformidades, atrofias,
eritema.

Movimento ativo: mobilidade articular, comparação entre lados, dor ao movimento, presença de
crepitações, observar mobilidade anormal.
Movimento passivo: comparação entre lados, comparação com movimento ativo, crepitações ou
clunks.

Palpação: é preciso conhecer a anatomia local. Buscar edema, calor, dor, comparar lados.

Exame neurológico: força, reflexos, sensibilidade.

Cervical: queixo no peito (flexão), olhar o teto (extensão), queixo nos ombros (rotação lateral),
orelha nos ombros (flexão lateral).

Plexo braquial: passa por sítios de compressão (ex: saída do tórax, que dá a rara síndrome do
desfiladeiro torácico: parestesias, formigamento na mão. Um teste que se faz é o de Adson que é
palpar o pulso radial e fazer manobras de hiperextensão, obliterando a subclávia e observando
diminuição ou cessação do pulso radial).

Lesão do interósseo posterior: não extende os dedos mas extende o punho, lesão do radial (mão
em gota).

(T): v. l. Blumenfeld, p.65.

Cotovelo: palpação: epicôndilos, olécrano, cabeça do rádio. Angulação do cotovelo. Testes: valgus
(teste ligamento colateral medial), varo (teste ligamento colateral lateral), cozen (epicondilite
lateral, ou cotovelo do tenista) ((T): epicondilite medial (teste do golfista), tinel do cotovelo
(percussão no nervo ulnar na goteira; positivo se choque irradiado distal-medial antebraço e mão).

Compressões mais frequentes:

 Nervo ulnar no cotovelo (síndrome do túnel cubital, segunda mais frequente): dor na mão,
dor e parestesias no dedo mínimo, parestesias no dorso da mão (que diferencia das
compressões do punho). Pode estar comprimido na arcada de Struthers, pode ter alteração
no septo intermuscular medial, no túnel cubital: ligamento de Osborne, fáscia do FUC.
Saber os músculos inervados pelo flexor ulnar do carpo. Para prova : cite três sinais de
compressão do nervo ulnar: tinel positivo, flexão do cotovelo, perda do músculo
interósseo, atrofia intrínsecos. Tto: tala no cotovelo. Se sinomas persistirem faz-se cx.
 Punho e mão: procurar por edema e deformidades: ver mobilidade articular.

 Compressão do nervo mediano no punho (síndrome do túnel do carpo): saber inervação do


mediano (e de seus ramos, como os interósseos). Saber estruturas que passam no túnel do
carpo.
 Clínica: sexo feminino tem mais. por valta dos 50 anos. parestesia noturna, melhora
sacudindo a mão, dor e desconforto. Teste de Phallen e teste de Tinel do mediano. Tto:
tratar etiologia (inflamações, artrite reumatoide, tireoide), imobilização, infiltração, cx.

A eletroneuromiografia e a velocidade de condução nervosa são testes mandatórios em suspeitas


de compressão nervosa do membro superior.

Dedo em gatilho: dor na metacarpo-falângica.


((T): http://www.youtube.com/watch?v=85n5Bv0n77Y)

Tenossinovite de De Quervain : processo inflamátório do tendão extensor. Constrição dos tendões


ECP e ALP no primeiro túnel osteofibroso. Teste de Finkelstein Tto: infiltração ou cx.

Cisto sinovial do punho, artrose (degeneracão da cavidade articular; local comum é a base do
polegar, na trapézio-metacarpiana; imobilização, medicações condroprotetoras, proteção da
articulação, cx).
Aula – Semiologia do quadril e joelho

Scwartzmann (antes de ganhar seu ipad): “desliga essa coisa, nós médicos somos artistas e
desprezamos a tecnologia”.

As gravações ficaram ruins.


Aula – Semiologia da cintura escapular e ombro

Movimentos da cintura escapular: antepulsão, elevação e depressão escapular.

Ombro: patologias são ger. dor e instabilidade.

É relativamente comum a luxação do ombro. Muitas vezes a luxação traumática leva à


luxação recidivante. Luxação habitual x luxação recidivante:
 Na habitual um determinado movimento provoca a luxação (problemas locais?)
 Na recidivante, de vez em quando luxa.

Artigo francês: Examen clinique lépaule doloureuse chronique.

Ombro geralmente é avaliado com o paciente de pé, se palpa a musculatura, se faz


movimentos buscando crepitações, ruídos, ressaltos, dores...estudo da mobilidade
passiva e ativa da articulação.

Rotação externa é fácil, mas a rotação interna é impedida pelo corpo. Então se o
paciente consegue colocar a mão no trocanter são 90°, se consegue por na região lombar
são 100º, se consegue na região escapular são 110º.

Duas razões básicas fazem com que o sujeito não consiga levantar o braço: lesão grave
de manguito e sequelas de fratura com consolidação viciosa (quando o osso consolida
torto).

Conflito subacromial: problemas que geram dor na abdução do braço, leva à


síndrome do impacto. Dor no manguito rotador. 3 testes básicos*:

• Neer
• Yocum
• Hawkins
*Só definem se há dor, não definem em qual músculo do manguito!

Testes:

• Supraespinhal: Jobe.
• Supraespinhal e redondo menor: testes de rotação externa.
o Sinal de Patte.
o Sinal do Clarin (não é muito usado)
o Sinal da cancela ou do retorno automático (só para rupturas e paralisias - lesões
o graves)
• Subescapular - rotação interna
o Teste de Gerber
o Teste da pressão do cinto (belly press)
o Abraço do urso (não deixa tirar a mão do ombro)
• Bíceps
o Flexão contra resistência: sinal do Popeye (ruptura do cabo longo do bíceps).
• Testes de instabilidade anterior (90% das luxações)
o Sinal da apreensão (tem no joelho e no ombro): em abdução e rotação externa
máxima, empurra o ombro para frente e o paciente fica apreensivo.
o Teste da recolocação
• Testes de instabilidade posterior (10%)
o Telescopagem: em flexão e rotação interna máxima, imprime uma força posterior,
com a mão apoiada na escápula.

Frouxidão ligamentar generalizada familiar (instabilidade multidirecional)


• Sinal do sulco (bochecha chupada kkk) - se for instabilidade isso vai dar dor.
• Sinal do qqQ?? Tihuana perrier? Lol
• Pacientes com essa frouxidão tem 17% a mais de chance de sofrer traumas, é
recomendado melhorar a força muscular.
Aula – Semiologia de pé e tornozelo

Há deformidades? Pé equino, calcâneo, valgo, varo, cavo, plano, aduto, abduto. Hálux valgo,
dedos em garra.

Há alterações de pele? cor, brilho, rede venosa, cicatrizes, ferimento, calosidades, hiperceratose.

Há aumentos de volume? Localizado, difuso, impressão tendínea.

Palpação: calor local, alterações da estesia, edema, palpação dos tendões e músculos, aumento de
volume localizado.

Mensuração: perímetro da panturrilha (buscas de atrofias ou aumentos de volume), distância


interlinha interna joelho-maléolo medial.

Mobilidade: flexão plantar (+-50 graus), flexão dorsal (+-30 graus), inversão (supinação + adução),
eversão (pronação + adução), mobilidade dos dedos.

Estabilidade: garfo tíbio-peroneiro, tornozelo (lig. deltoide e lateral), ligamento interósseo (muitas
terminações proprioceptivas que ajudam no controle neural do equilíbrio), fáscia plantar,
ligamento calcâneo-navicular, ligamentos curtos.

Exame muscular: tibial posterior, tibial anterior, peroneiros longo e curto, tríceps sural, flexor
longo do hálux, flexor comum dos dedos, extensor longo do hálux, extensor comum dos dedos.

Exame vascular: pulso tibial posterior e pedioso, polpas digitais, edema, rede venosa.

Exame neurológico: sensibilidade (L4: borda medial do pé, L5 - dorso do hálux, S1 - Borda lateral
do pé, plantar interno - planta medial do pé, plantar externo - planta lateral do pé) motricidade (L5
- tibial anterior (extensor longo do hálux), S1 - flexor longo do hálux (tríceps sural)).

Patologias: pé torto congênito (clubfoot), clinodactilia, sindactilia, pé em lagosta.


Aula – Semiologia da coluna vertebral

Musculatura que auxilia a coluna funcionalmente: abdominais e glúteos (mais importantes).


Outros: grande dorsal, paravertebrais, trapézio.

Unidade motora da coluna: duas vértebras, disco IV e articulações.

A articulação facetária é uma articulação verdadeira (diartrose).

Dor na coluna vertebral: nociceptiva (localizada; trauma: cápsula, periósteo, músculo tendões,
ligamentos) ou neurogênica (metamérica/segmentar; lesão da medula e das raízes nervosas).

Ligamento longitudinal anterior é forte impede que ferimentos cheguem ao esôfago. Ligamento
longitudinal posterior (mais fraco; ger. é por onde escapam as hérnias).

Área sensitiva autônoma na mão: tabaqueira (n. radial), hipotenar (n.ulnar), polpa digital do 2º
dedo (n. mediano).
Área motora autônoma: oponência (n. mediano), interósseos (n.ulnar), OK (n. radial).

Espondilite anquilosante: coluna em bambu.

Estudar nervo ciático: sensitivo, motor e reflexos.


Aula - Fraturas do úmero proximal

EpiL: mais comum em idosos e mulheres. 5% das fraturas do corpo humano.

As fraturas são muito características desse tipo de articulação do ombro, que contém uma esfera
se articulando com uma cova bem rasa.

Clínica: dor, hematoma e impotência funcional. Avaliação radiográfica com pelo menos 3
incidências.

Fratura do colo cirúrgico: correção é mais feita por placas. Estabilização, menos dor, movimento
precoce (evitando rigidez).
Riscos: infecção, complicações anestésicas.

Fratura-luxação (cai na prova):

Split-head: fratura rachadura da cabeça umeral, ger. associado com tubérculos, péssimo
prognóstico. Fratura diafisária é diferente de fratura epifisíaria, articular.

Artroplastia em fraturas:

Chance de necrosar maior: escafoide, tálus, cabeça do úmero.

Fratura exposta é urgência, tem que ir pra cx.

Luxação de ombro: sinal do cabide ou dragona. Tem que reduzir por causa da dor, da
vascularização, evitar condrólise (morte da cartilagem articular).
Manobras: a com o pé no ombro pode machucar o plexo braquial, a de rotação interna extrema
pode torcer. A melhor é a de tração e contratração com toalha na axila.

Instabilidade articular: existem mecanismos que centralizam a articulação. A instabilidade é


quando perde essa capacidade de estabilizar e centralizar os eixos.
Tratamento pode ser conservador ou cirúrgico.
Aula – Lesões traumáticas de cotovelo, antebraço, punho e mão

Cotovelo: supracondiliana, transcondiliana, intercondiliana, cabeça do rádio, colo do rádio,


olécrano, processo coronoide. Ger. as fraturas do úmero distal são cirúrgicas.

Abordagem cirúrgica geralmente posterior.

Fratura de montegia: fratura da ulma associada a luxação da cabeça do rádio.


Fratura de Galease: fratura do rádio e luxação da radio-ulnar distal.

Cabeça do rádio: 33% as fratuas do cotovelo.


Fratura de olécrano

Fratura do rádio distal (Colles): uma das fraturas mais comuns do corpo humano. . Fratura extra-
articular da extremidade distal do rádio com deslocamento dorsal. Deformidade em dorso de
garfo.
Fratura de barton: articular parcial. Fratura de Smith (seria como um colles reverso): fratura com
deslocamento palmar.

Lesão de tendões. As mais comuns são as dos tendõs flexores.


É importante, quando vermos um corte na mão, testar as funções da mão, pois há muitas
estruturas superficiais importantes. Teste para isolar a mobilidade do tendão profundo dos dedos
e do superficial.

Fraturas das falanges: a maioria te tratamento conservador com imobilização.


Dedo em martelo: trauma direto, ruptura do tendão, arrancamento do tendão. . Ger. o tto é
imobilização por 8 semanas.
Dedo em botoeira: lesão ou insuficiência do tendão extensor central:. Flexão da IFP e extensão da
IFD. Esse tendão se insere na base da falange média. Tto ger. é imobilização.

Primeiros socorros:
Cortes: aplique pressão direta em sangramentos e eleve a mão acima do ombro. Limpe a lesão
com água corrente e cubra com gaze estéril.
QUeimaduras: imergir e deixar correr em água fria sobre a área queimada.
Fraturas: manter a mão imóvel e procurar ajuda profissional.
amputações: aplicar pressão imediata na lesão. Preservar a parte amputada em um saco plástico e
colocar em um recipiente com gelo, mas não deixar o gelo entrar em contato direto com a parte
amputada (evitar queimadura ou congelar a parte amputada).
Aula – Lesões traumáticas do quadril

Fraturas da pelve:

 Cisalhamento vertical: produz elevação e posteriorização da pelve acometida – fratura de


Malgaigne.
 Compressão anteroposterior: fratura em livro aberto, produz abertura da sínfise púbica e
diástase da sacro ilíaca.
 Compressão lateral: fratura em alça de balde, em geral ocorre fratura vertical dos ramos
púbicos e impactação da ala sacral.

O problema é a hemorragia causada pelo rompimento dos vasos ilíacos, que pode levar o paciente
ao choque hipovolêmico e a morte. É importante sondar, pra ver envolvimento da bexiga e toque
retal, para avaliar o envolvimento de alças intestinais. Tratamento é estabilizar a pelve
imediatamente, impedindo mais sangramento. Fixadores externos primeiro, mas quase sempre
em algum momento se tira o externo e faz interno.

Luxações do quadril: não é muito frequente, trauma forte, 95% das vezes é posterior. Paciente
chega em flexo-adução e rotação interna. Tem que ver se tem lesão do ciático.

 Luxação anterior: o paciente chega em flexo-abdução e rotação externa. Existem muitas


manobras de redução, mas precisa de anestesia pra reduzir. Se a redução é boa o resultado
é bom.
 Luxação central: a cabeça do fêmur rompe o fundo do acetábulo e se projeta pra dentro da
pelve.

Fratura do colo do fêmur: fratura de difícil solução.

 Nutrição da cabeça do fêmur: artéria do ligamento redondo, artérias pela cápsula


(retinaculares) e artérias metafisárias. Em uma fratura do colo do fêmur se fica dependente
da arteria do ligamento redondo e o grande problema então é a necrose da cabeça. Por
isso que a fratura era insolúvel.
 Posição típica: pouca rotação externa e encurtamento. É uma fratura intracapsular, então
contem o sangramento na capsula, diferente da trocanteriana. Na trocanteriana tem
bastante rotação externa!
 Mecanismo da fratura: tropeça cai e fratura, pacientes velhos, mulheres, osteoporose.
 Mortalidade de 13-30% em um ano. A fratura trocantérica tem pouco risco de necrose.
Paciente jovem tenta deixar a anatomia normal, osteossíntese, placa e parafuso. Se o
paciente é mais idoso, pode fazer prótese de quadril. Ou seja, faz prótese quando não tem
uma sobrevida muito grande, não vai dar tempo de dar problema na prótese.

Aula – Patologia ortopédica da cintura escapular e ombro


A cinesiologia do ombro é muito ampla. É a articulação do corpo com maior mobilidade.

Ela é importante nos esportes e em vários movimentos do cotidiano também.

A contração isométrica faz com que não haja fluxo e daí cansa mais.

Síndrome do impacto: deslizamento, atrito, daí inflama a bursa e o tendão. Pode fazer esporão,
ou escápula caída. Atrito do acrômio no supraespinhal.
 Quadro clínico: dor e dificuldade de elevação do braço. A dor piora quando deita. Alívio
com gelo e aines. Dor na face lateral do braço.
 Tto: medicação (analgésicos e aines), gelo, mudança de atividade, infiltração, fisioterapia (a
mais importante).
 Cx: quando indicado, faz-se a ressecção do acrômio por via artroscópica (acrômioplastia).
 Faz-se muita cirurgia artroscópica.

Ruptura do manguito rotador: teste da cancela.

Artrose de ombro: acrômioclavicular é a mais comum: tira um pedacinho da clavícula e resolve.

Tendinite calcária: depósito de cálcio no tendão do supra-espinhal. Infiltra com anestésico e


cortioide. Pode ter abscesso cálcico, tipo "pasta de dente".

Prova: músculos do manguito rotador; sintomas da síndrome do impacto.


Aula – Lesões não traumáticas da mão

Tendões:

Dedo em gatinho (:3, rs..): o dedo em gatilho tem história típica de estralo na extensão,
engrossamento da polia travando o tendão, que incha. Têm vários graus. Primeiro incomoda,
depois dói, depois tranca, e no ultimo grau precisa de ajuda externa pra soltar. Tto: anti-
inflamatório, repouso, gelo, infiltração, cirurgia de liberação da polia.

Tendinite de De Quervain: Inflamação da bainha dos tendões dos músculos extensor curto e
abdutor longo do polegar, que passam por um compartimento estreito. Comum em mulheres no
período de amamentação. Teste de Finkenstein: tratamento similar ao dedo em gatilho.

Epicondilites:

• Epicondilite lateral: cotovelo do tenista. No epicôndilo lateral se insere a musculatura


extensora do punho. Sofre microrrupturas, inflama. Tto: aines, gelo, infiltração... Em ultimo
caso desbridamento da região.

Ossos:

Necroses avasculares não traumáticas:

• Doença de Kienboch: Necrose avascular do semilunar, com achatamento e fragmentação


desse osso numa fase tardia. Comum em pacientes com ulna minus (ulna menor q o radio).
Tto na fase inicial (sem deformidade) é o encurtamento do rádio por osteotomia.
• Doença de Priser: Necrose do escafoide, mais rara q a do semilunar. Diferente da
traumática. No trauma ele necrosa porque tem irrigação mínima. Tratamento na fase
precoce: enxerto vascularizado.

Tumores benignos:

• Endocondromas: Tumores ósseos benignos, localizado dentro do osso, o tumor mais


comum da mão, se caracteriza por uma proliferação cartilaginosa, de crescimento lento,
levando a pressão sobre o osso, geralmente é assintomático, o diagnóstico geralmente é
ocasional ou quando fratura (porque fratura mais fácil). Tratamento: espera a fratura
consolidar e faz uma curetagem ampla do material e alcooliza e enxerta osso.
• Osteocondromas: é do lado de fora do osso, também de cartilagem, também perto da fise.
Queixa por volume e compressão. No caso do antebraço, a ulna é mais predisposta, o
tumor atrasa o crescimento e gera deformidade. Tratamento é a ressecção e a correção
das deformidades por osteotomia e alongamento com fixador externo.

Articulações

Artroses:

• Interfalangeanas distais: Artrose da interfalangeana distal, a epífise e a base se alargam


para diminuir a pressão. Há aumento da producao de líquido sinovial, podendo formar ate
cistos. Pode dar deformidade ungueal. Forte componente familiar.
• Rizartrose (articulação trapézio-metacarpiana): artrose da base do primeiro metacarpo
com o trapezio. Bastante comum em mulheres depois da menopausa. Articulação selar que
permite muitos movimentos, inclusive a oponência do polegar. Ela começa a ceder e a
gastar, instabilidade e gasto da cartilagem, leva a dor. Com o tempo a MF começa a aduzir
e ocorre uma hiperextensão compensatória da IF. Tto: Ressecção de todo o trapézio,
reconstrução ligamentar. Precoce: órtese.

Artrites:

• Reumatoide: Componente autoimune, agride articulação, forma um pannus (aumento da


sinovial), distende os ligamentos colaterais e perde o equilíbrio, além de destruir a
superfície articular, tirar os tendões do alinhamento. Desvio ulnar, perde o equilíbrio da
extensão dos dedos, levando a deformidades tipo swan neck e botoeira.

Cistos sinoviais: A capsula distende, muito comum no punho, ha uma produção aumentada de
líquido sinovial por uma metaplasia da célula. Geralmente idiopáticos. Tratamento se for grande
ou ter sintomas. Alta chance de recidiva.

Nervos:

Síndrome do túnel do carpo: Espessamento do ligamento carpal transverso, geralmente em


mulheres depois da menopausa ou atividade repetitiva. Diagnóstico diferencial com sinovite dos
tendões flexores, cisto sinovial no túnel. Quadro clínico é dor noturna. Dor é a isquemia do nervo,
melhora chacoalhando a mão porque ativa a circulação do nervo. Tratamento com talinha de
noite, cirurgia com liberação do nervo.

Síndrome do pronador redondo: Paciente jovem do sexo masculino, com sintomas do túnel do
carpo, em compressão do mediano entre as cabeças do pronador por hipertrofia do musculo. A
diferença é q ele vai ter sintomas de compressão do nervo interósseo anterior (não consegue fazer
a flexão da FD do indicador nem o flexor do polegar). Diagnóstico diferencial lipoma, hemangioma:
procurar massas. Teste de Phalen.

Síndrome do túnel cubital: dormência, dor. Bota uma tala, melhora. Se não faz um cirurgia e bota
o nervo ulnar pra anterior.

Vasos:

Trombose arterial: um ponto comum é artéria ulnar no canal de Lion. Muitas vezes n tem sintomas
pq a artéria radial supre, mas pode comprimir o nervo ulnar e dar sintomas de compressão. Teste
de Allen: testa a perfusão das artérias.

Flebite: vaso com as paredes engrossadas.

Doença de Raynaud: Comum em mulheres adolescentes, no frio. Vasoconstrição periférica, pode


ter edema reacional a isquemia.

Hemangiomas: pode ser externo ou interno. Manda pro vascular.

Pele e subcutâneo:
Doença de Dupuytren: mais comum em homens brancos descendentes de europeus do norte, a
partir da 5ª década, quanto mais cedo aparecer pior, genética. Espessamento da fáscia palmar,
onde os fibroblastos se transformam em miofibroblastos, levando a uma retração. No inicio
parecem calos, depois faz uma "corda" na face palmar. O nervo fica todo em zigue-zague, cuidar
na hora da cirurgia. Ressecao de toda a fáscia. 4º dedo é o mais acometido. Enquanto paciente
colocar a mao espalmada em uma superfície plana não se mexe, quando passar uma caneta tá na
hora da cirurgia.

Dermatites
Aula - Lesões traumáticas do joelho, tornozelo e pé.

Fraturas: distribuição bimodal, com idosos tendo trauma de baixa energia e jovens tendo de alta.

Fêmur distal: valgo de 9 graus. Explicação: ao traçar uma linha paralela à diáfise do fêmur (eixo
anatômico do osso) e uma linha transversal à articulação, temos 81º. Ou seja, há um desvio de 9ª
de valgo, que deve ser respeitado quando se for corrigir uma fratura, mantendo o eixo do corpo
neutro. Se não, isso pode causar artrose em longo prazo.

CFM>CFL (côndilos femorais medial e lateral). Quando caminhamos, a distribuição do peso do


nosso corpo passa mais (60%) no compartimento medial do que no lateral. Vai desde o quadril até
a porção medial do tornozelo.

Tíbia:
 Platô medial: maior e côncavo, platô lateral: menor e convexo.
 3° de varo (+ a curvatura do fêmur = 9 + (-3) = 6° de valgo anatômico do ser humano
normal (mantendo o eixo neutro).
 "Slope" posterior de 10°.

Patela
 Maior osso sesamoide do corpo.
 Face lateral > medial.
 Principal função é aumentar o torque extensor do quadríceps. Ela funciona como uma
roldana, facilitando a extensão desse músculo. Ela joga o quadríceps pra longe do centro
de rotação do joelho, aumentando a alavanca. Tanto, que, quando se resseca a patela, o
paciente depois se queixa que diminuiu a força da coxa.

Fraturas da patela:

Clínica: dor, impotência funcional, hematoma, deformidade, status neurovascular, síndrome


compartimental (não necessariamente tem isquemia do membro; pode-se sentir o pulso do
paciente mesmo com a síndrome), exposição.

Dx de fratura:
 Clínica clássica.
 Rx: na maioria dos casos é suficiente.
 TC: pode ser necessário em casos complexos.

Tto: conservador ou cirúrgico.


 Analisar condição clínica do paciente.
 Exposição óssea: emergência médica. Sempre tem que imobilizar uma parte proximal e
uma distal da fratura.
 Compressão vascular? Tem que reduzir, se não voltar o pulso, tem que operar.
 Envolvimento articular? Nunca vai ficar perfeitamente corrigido, sempre vai ter algum grau
de incongruência e uma evolução para artrose, mais cedo ou mais tarde.
 Instabilidade? Mais difícil manter a redução sem a cirurgia.
 Na imobilização, sempre se deve incluir as articulações proximal e distal em relação à
fratura.
 Energia do trauma: quanto mais simples o traço da fratura, denota menor energia.

Tendência ao Tratamento Conservador: extra-articular, estável, baixa energia, passível de


imobilização, fechada, contra-indicação clínica para operar.

Tendência ao Tratamento cirúrgico: instável, deslocada, não passível de imobilização articular


deslocada (sempre exige redução anatômica pra tentar manter a congruência articular; quando a
fratura é diafisária ou metafisária tem que manter o alinhamento, quando é articular tem que
manter a perfeição da redução, para evitar a redução para artrose), fratura exposta, associada à
luxação, lesão vascular com isquemia do membro.

Quando se tem uma fratura instável de fêmur, é difícil conseguir engessar a fratura e as duas
articulações vizinhas a ela. Então, opta-se por cirurgia para reduzir e garantir a manutenção da
redução.

Tratamento cirúrgico:
 Redução anatômica: reposicionar os ossos exatamente nas suas origens anatômicas
(articulações e diáfise de ossos do antebraço porque funcionam como uma articulação por
causa dos movimentos de supinação e pronação).
 Redução funcional: manter alinhamento nos planos coronal, sagital, rotacional e ainda com
relação ao comprimento do membro (metáfises e diáfises).

Estabilidade absoluta: quando no foco de fratura, não se tem movimentação. Há uma


consolidação primária sem formação de calo ósseo. Para se ter estabilidade absoluta, tem que
haver compressão intrafragmentar (pode usar parafusos ou placas de compressão).

Estabilidade relativa: Consegue-se fixar a fratura, mas existem “micromovimentações” no foco da


fratura, havendo formação de calo ósseo.

5-8% da população tem patela bipartida (aspecto súpero-lateral típico por falha de ossificação).
Não confundir patela bipartida com fratura (a patela bipartida tem aspecto típico, na metade dos
casos é bilateral, pode pedir RX contralateral, e o aspecto radiológico é diferente tem bordas
arredondadas e escleróticas, já as fraturas têm bordas agudas).

Há lesão do mecanismo extensor (aquele que aumenta o torque extensor do quadríceps)? Se não,
pode tratar de maneira conservadora.

Se a fratura está deslocada, está comprometido do mecanismo extensor, tem que operar. Se a
fratura não está deslocada e o mecanismo extensor está íntegro, não precisa operar.

Fratura medial geralmente denota alta energia, porque a carga passa mais medialmente, o que
acaba por fortalecer a parte medial óssea. (Lei de Wolff).

Fratura dos ossos do pé: geralmente são causados por trauma de alta energia.

Fratura de calcâneo: trauma de alta energia, geralmente queda de altura. É comum associação de
fraturas do calcâneo, do planalto tibial e a coluna lombar em paciente que caiu de pé de uma certa
altura. Via de regra, as fraturas são cominutas. A anatomia do calcâneo é muito complexa, tendo
uma face articular com o tálus. É difícil reduzir e manter essa articulação, muitas vezes com o
quadro podendo evoluir para artrose. Nesses casos é preciso fazer artrodese dessa articulação.

Fratura do tálus: astrágalo do aviador (tipo de fratura do tálus): pode evoluir para osteonecrose.
Geralmente a fratura é no colo, onde passa uma das artérias que nutre o osso (nutrícias).

Fratura dos metatarsos: comum, tratamento geralmente conservador porque há vários ligamentos
que mantêm a estabilidade. Pode-se ter várias fraturas dos metatarsos que os ligamentos seguram
bem. Porém, é importante ver se tem desvio plantar (diferença de alinhamento entre os
metatarsos), porque se tiver e não corrigir, o paciente pode ter metatarsalgia ao caminhar.

Quando um paciente tem algumas fraturas de metatarsos, o que se faz é engessá-lo e pedir pra
ele caminhar, porque o próprio ato de caminhar vai alinhar os ossos no lugar.

Lesões ligamentares de joelho:

 LCM (ligamento colateral medial): é o ligamento mais lesado, para lesar tem que sofrer um
trauma em valgo. Em geral tem boa cicatrização, de forma espontânea, sem precisar de
cirurgia (tto conservador).
 LCL (colateral lateral): acontece associada a lesões de outros ligamentos. Associação com o
nervo fibular, porque o nervo tem relação muito íntima com o colo da fíbula, que é um dos
locais de inserção desse ligamento. Pode ocorrer o estiramento e/ou uma apraxia desse
nervo.
 LCA (ligamento cruzado anterior): tipo de lesão que mais acomete jogadores de futebol.
Por entorse ou hiperextensão. Parece que rompeu uma corda no joelho. Logo vai inchar e
o jogador não vai conseguir continuar na partida. Sempre que aparecer um adulto na
emergência com derrame articular agudo no joelho, há 80% de chances de ser lesão do
LCA. Geralmente o jogador causa um valgo exacerbado do fêmur com rotação interna, e
pimba! Tto: em jovens, via de regra, é cirúrgico. Porque tendem a ser mais ativos. Faz
artroscopia: se faz túneis ósseos, passa um enxerto tendinoso e fixa.
 LCP (ligamento cruzado posterior): acidente de trânsito, lesão do painel.

Luxação de joelho: altíssima energia, emergência ortopédica, quando paciente chega à


emergência com lesão de dois ou mais ligamentos, tem que investigar luxação. É importante
encarar como luxação porque se for mesmo, pode ter lesão vascular, o que pode causar isquemia
e necrose do membro (se > 6h, tem 80% de chances de perder o membro). 8 a 10% tem lesão
vascular associada, podendo perder o membro.

A artéria femoral vem pelo compartimento anterior, medial e passa para posterior no meato
adutor. Dai ela passa na região posterior do joelho a dois, três milímetros da cápsula. Ela está
muito presa, então se há um deslocamento dessa articulação, a femoral pode ser acometida.

Luxação anterior causa lesão da artéria femoral por estiramento da camada íntima. Luxação
posterior causa geralmente uma transecção da artéria.

Lesões ligamentares de tornozelo:

Ligamentos: medial, deltóide, fibulo-talar anterior, fibulo-calcâneo, fibulo-talar posterior. De


anterior para posterior: aumenta a força deles. Quando torcemos o pé, os mais fracos lesão
primeiro: fibulotalar anterior, fibulo-calcâneo, fibulotalar posterior. Geralmente rompe só o fibulo-
talar anterior. É uma das coisas que mais se vê na emergência. Trauma de inversão é o mais
comum. Cuidado com sapatos de salto alto!

Importante sempre palpar a base do 5º MTT e a cabeça da fíbula pra ver se não ha fratura, porque
pode ter havido um trauma rotacional que sobe toda a membrana interóssea, atingindo a parte
proximal da fíbula. Ou pela inversão da fáscia plantar, que avulsiona a base do 5º MTT.

Lesões tendinosas:

Ruptura de Quadríceps:
 Geralmente acima dos 40 anos e/ou com comorbidades como AR, IRC, LES (uso de CE), uso
de anabolizantes.
 Clinica: não vai conseguir esticar o joelho. Lesão do quadríceps: vai ter patela baixa.
 Tto: se rompeu pouco (consegue esticar a perna), trata conservadoramente. Lesão
completa ou lesões expostas, faz cirurgia.

Lesão do tendão de aquiles:


 Clínica: dor, impotência, defeito palpável ao nível do tríceps. Sente uma “pedrada” atrás do
tornozelo.
 Teste de Thompson: decubito ventral, aperta os gêmeos (aperta a panturrilha como se
fosse um , se o pé fizer flexão plantar, quer dizer que está íntegro, se apertar e não mexer,
o tendão está rompido).
 Teste de “O'Brian”: decubito ventral, enfia uma agulha no tendão proximal e mexe o pé. Se
a agulha se mexer, o tendão está íntegro, se não, está rompido.
 Tto: mesmo com ruptura completa, pode se fazer tto conservador, se a pessoa não for
ativa (sedentária). Se é um pouco ativa, faz cirurgia.

Aula – Patologia ortopédica do quadril


Quadril depende da estrutura óssea.

Luxação posterior é a mais comum, com lesão de nervo ciático.

Artéria do ligamento redondo (entra pela cápsula) e as metafisárias fazem a vascularização da


cabeça do fêmur.

Triangulo de Brien: no meio está a artéria femoral

Triangulo de Worl(?)

Inclinação do acetábulo +-30º (cabeça do fêmur está antevertida).

Drehman -> flete o quadril em direção ao queixo (ativa). Na epifisiolise tem rotação externa

Pistão – empurra o fêmur (vai e volta = telescopagem).

Trendelemburg – caminha, quando levanta a perna o lado contralateral cai (pelve) – problema no
glúteo médio

Thomas – dissocia movimento da lombossacra e do quadril. Flete um lado dai o outro flete de 25 a
30º

Fabere – flexão, abdução e rotação externa.

Iliopsoas – Dobbs (?), em flexo-abdução tem se dor.

Impacto fêmuro-acetabular – flexão 90º e rotação interna.

Ober – contratura em abdução do quadril.

Bicicleta – faz bicicleta em decúbito dorsal (ativo) e avalia a força dos abdutores.

Pressão – rotação externa forçada.

Gaenslew – cisalhamento, hiperextende e flete o outro membro quando positivo sente dor

Reflexos – patelar, aquileu e dos adutores

Joelho

Pata de Ganso – semitendineo, grácil e sartorio.

Cruzado anterior vai de medial pra lateral. Estabilidade é dada pela cápsula e ligamentos. Em
torno do joelho o osso é mais esponjoso pra absorção de impacto.

Rier (?), Bohler, Steinmann, MacMurray.


Aula – Patologia ortopédica do joelho, pé e tornozelo
"As fivelas são de ouro"
Schwartzmann

Alterações do alinhamento: geno varo, valgo, recurvato.

Infecções:

• Líquido na articulação: só pode ter líquido sinovial, sangue ou pus. Se puncionar e vier pus, tem
que abrir, drenar e lavar, lavar, lavar...

Lesoes do aparelho extensor: geralmente pacientes mais jovens q usam muito o joelho, existem 2
sindromes distais do aparelho extensor:
• Síndrome de Sinding-Larsen-Johanssen: Osteocondrite do polo distal da patela, joelho do
saltador. tratamento conservador a princípio, imobilização.
 Síndrome de Osgood-Schlatter: Osteocondrite da tuberosidade anterior da tíbia,
fragmentação. Tratamento a princípio conservador.

Instabilidade fêmoro-patelar: patela luxada traumática (tem os contornos ósseos normais), patela
luxada congênita, recidivante, habitual, inveterada.

Técnica cirúrgica q eu me recuso a copiar, se cair na prova foda-se, cansei.

Condromalácea: geralmente acontece em mulheres, é um conflito entre a superfície articular da


patela e a superfície do condilo femoral, causando lesão por desgaste.

Osteocondrite dissecante: necrose de algum segmento da superfície articular. Geralmente


acontece nos côndilos femorais, em pacientes jovens, meninos, o tratamento consiste em impedir
q esse pedaço caia pra dentro da articulação, com um parafuso. A pior situação é quando essa
necrose fica numa área de apoio. Quando ele vai pra articulação se chama ...?

Menisco discóide: menisco anômalo geralmente bilateral, historia clássica de paciente mulher
jovem que sente um roçar ao se agachar ou subis escada, no principio sem dor, mas uma hora
bloqueia o joelho e incapacita a extensão, significando um rompimento do menisco discóide.
Tratamento cirúrgico.

Bursite pré-patelar: da em freira e faxineira. O joelho não é pra ter apoio. Punciona, tira o líquido,
da corticoide. Se recidivante tira fora.

Cisto de Baker: cisto de líquido sinovial posterior do joelho que se comunica com a articulação.

Osteoartrite do joelho: tem uma aula pra isso (é tem! Uma aula no dia da prova FDP!). *radiografia
do joelho tem que ser feita de pé*

Tornozelo: pobre em patologias (que bom).


• Tenossinovite: principalmente dos peroneiros, que podem inflamar, fazer barulho.. Kkk
• Osteocondrites: iguais as do joelho.
• Orteoartrite principalmente como sequelas de fraturas.
Pé: pé torto, coalisão tarsal, osteocondrites, halux valgus, sind do tunel do tarso, neuroma, de
Morton, tibial posterior.

Pe torto congênito: o mais comum é o equinovaro aduto. Pe talo vertical é o mais grave, o pé
plano o mais comum (?), o pe cavo é o com o cavo excessivo.

Resumidamente: se o pe é flexivel (eu consigo colocar no sitio anatomico) pode tratar


precocemente com imobilizacões gessadas. Se é rígido, refratario ao tratamento, dai faz cirurgia.

Atras do maleolo medial: tibial posterior, flexor dos dedos flexor longo do hallux. Devem ser
alongados.

O mais grave é o talo vertical ou pé calcâneo: costuma ser um pé muito rígido, o de mais
difícil tratamento.

Osteocondrites de pé: existem várias, muito comuns, são autolimitadas, ocorrem com
mais frequencia em crianças. Tratamento mais sintomático
• Síndrome de Koeler: navicular (mediope)
• Síndrome de Sever: calcaneo (retrope): crianca vem caminhando na ponta do pe.
• Síndrome de Freider: metatarsos (antepe)

Coalisao tarsal: ossos do tarso que nascem fusionados, na naioria das vezes no retropé. A mais
comum é a talocalcaniana, calcanionavicular e a talonavicular. Diagnóstico clínico: fica na ponta do
pe e o calcaneo não varisa.

Ele ganhou um iPad de presente (quem quer ser ortopedista põe o dedo aqui!)

Hallux valgus: série de alterações no pé. metatarsus primus varus. Exostose, bursite. Da mais nas
mulheres. Tem que ver se não é só uma bursite. Critério radiológico: luxacao do sesamóide. A
cirurgia tem que corrigir o metatarso, se não vai recidivar! Existem mais de 200 tecnicas, mas o
fundamental é corrigir o primeiro metetarsiano (geralmente com osteotomia) e não só corrigir a
exostose.

Artrite reumatoide: pé tudo torto.

Síndrome do tibial posterior: ocorre principalmente em mulheres que engordam (o tibial posterior
é o guardiao do arco do pé) com muita sobrecarga ele rompe e o arco cai. Tratamento: reforço do
tibial posterior.

Síndrome do tunel do tarso: n. tibial posterior.

Neuroma de morton: definicao, quadro clinico, diagnostico, tratamento.

* a cirurgia do pe é feita pelo dorso, a cicatriz é muito dolorosa na planta!*

Fratura de fadiga: gente que caminha muito sem estar acostumado. No Rx pode não aparecer
nada. Tratamento: Às vezes ate resolve espontaneamente.

Aula - Trauma raquimedular


Lembrar sempre do ABCDE do trauma.

Fizemos exercícios em sala.

Aula - Deformidades da coluna vertebral


Escoliose idiopática (maior causa de escoliose): relação com genética. Não dói.

Teste de Adams (teste do minuto): giba (associada a deformidade rotacional) e flexão do paciente
ao solo.

Sinal de Risser: crescimento da coluna.

Deformidades da coluna são classificadas pela magnitude, direção da curvatura, localização do


ápice, ... A causa deve ser determinada.

Criança com escoliose e dor devemos procurar por alguma patologia dolorosa: Scheuermann,
tumor ósseo ou do SNC, espondilolistese e espondilólise.

Deformidades congênitas: falhas na formação, na segmentação ou ambas.

Aula - Osteomielite hematogênica metafisária do adolescente


O germe mais frequente nas infecções hematogênicas é o Stafilococcus aureus.

No adolescente, a região metafisária tem metabolismo aumentado e boa quantidade de sangue.

Em 1 minuto um embolo séptico pode chegar no osso. E pode levar 24 horas para instalar uma
osteomielite.

Clínica: dor ("one finger pain", dor à palpação de um ponto: o paciente coloca o dedo exatamente
onde dói, dor localizada na região metafisária), mal-estado geral, hipertermia, impotência
funcional. Vai se transformando em abcesso e pressionando o periósteo.

Lab.: hemograma, hemocultura, VSG, PCR, EQU com cultura.


 Quando se pede urocultura? Quando fizer diagnóstico de infecção, ele disse que não é
quando tiver febre...
 No hemograma vai ter anemia e desvio à esquerda dos leucócitos, hemossedimentação
acima de 80, PCR acima de 50.

Imagem:
 Rx: verificar se há fratura, ou alguma outra lesão. Sarcoma de Ewing (“casca de cebola”). Só
se altera de 7 a 14 dias depois.
 RM: o melhor exame de imagem pra fazer na hora. Melhor para comprovação.
 Cintilo: com gálio, ou índio.
*Tudo isso tem q fazer em menos de 24 horas, se não ele pode morrer. Leva pro bloco e faz
punção, drena o abcesso se for de partes moles ai ele tá curado. Inicia antibióticos imediatamente:
se usa penicilina + gentamicina ou oxacilina + gentamicina, pelo tempo necessário para tratar a
infecção, mas a gentamicina por mais de 7 dias é ototóxica, cuidado! Usa o tempo que for
necessário para melhora clínica e laboratorial (normalização do hemograma, PCR igual ou menor
que 5, e hemossedimentação igual ou menor que 20).

O paciente chega à consulta com fístula: osteomielite passa de aguda para crônica depois de 3
semanas de instalado o processo. A crônica apresenta sequestro ósseo, dai o organismo faz uma
fístula pra tentar expulsar o sequestro. É sinônimo de cirurgia para remoção dos sequestros
ósseos.

Sempre tem que fazer punção, é a primeira conduta... Sempre com toda a clínica, labs e imagem
associada!

Red flag: termo criado para nos chamar atenção que tá acontecendo alguma coisa com o nosso
corpo. Infecção é bandeira vermelha pois dói continuamente, não melhora com analgésicos. É
DOR contínua, incapacitante, mas principalmente noturna. É a dor da infecção, do tumor maligno
e da fratura.

Osteomielite na coluna do velho. Muito relacionadas com o TGU, que emite êmbolos sépticos
disseminados pelo plexo de barton, contaminando a coluna lombar. Mesma coisa com o ca de
prostata!

Cor azulada no catéter: pseudomonas


Artrites sépticas:
Artrite séptica coxofemoral: No quadril a metáfise é intracapsular, então quando ocorre a
infecção, ela é intracapsular e no momento que se exterioriza, vai ter q??

Se não fizer uma cirurgia para limpar a articulação rapidamente a secreção purulenta pode fazer
uma lise da cabeça do fêmur, e pode acontecer uma luxação coxofemoral importante.

Na osteomielite hematogênica aguda pode acontecer do processo inflamatório incentivar o


crescimento e deformar o eixo do MI. Pode também lesionar a fise e fusionar a fise e não vai
crescer mais causando a deformidade, ou fusionar tudo e ficar um membro maior q o outro.
Boa prova a todos! (ipsum bonum ad omnes!)

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