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Cotovelo

A articulação do cotovelo consiste no osso do braço (úmero) e um dos ossos do


antebraço (ulna). As saliências ósseas encontradas na parte inferior do úmero são
chamadas de epicôndilos. A borda do lado de fora do cotovelo é chamada de
epicôndilo lateral e a interna de epicôndilo medial. Os músculos do antebraço que
se estendem do punho estão ligados a estas protuberâncias ósseas pelos seus
tendões.
A epicondilite lateral ou “tendinite do tenista” é a principal causa de dor na região do
cotovelo. Caracteriza-se por dor na região do epicôndilo lateral (face lateral do
cotovelo), onde se localizam 6 tendões, os quais exercem ações de supinação do
antebraço e extensão do punho e dedos, principalmente.
Embora seja chamada de epicondilite, essa designação não reflete a realidade
fisiopatológica da enfermidade, uma vez que não foi encontrada, em diversos
estudos, qualquer evidência de processo inflamatório. Do mesmo modo o termo
“tendinite do tenista” não sustenta a sua incidência, pois acomete mais a população
em geral, particularmente na quarta e quinta décadas da vida, do que somente
tenistas. Na realidade, este grupo corresponde apenas a uma pequena parcela dos
pacientes.

2. Como acontece a epicondilite lateral?

Entre as atividades que podem causar uma epicondilite lateral, podemos considerar
práticas esportivas que utilizam raquetes e tacos e que necessitam de impulso,
vigorosas extensões do cotovelo ou supinações do antebraço. Algumas ocupações,
como trabalhar em carpintaria, laborar com máquinas e exercer excesso de
digitação. Por outro lado, também é evidenciada em pessoas sedentárias. Também 
pode ser vista em pessoas que dormem com um apertar inconsciente da mão (com
a mão fechada). A grande maioria dos eventos, entretanto, não possui uma causa
identificada.

Esta condição patológica ocorre principalmente pelo envolvimento da origem do


tendão extensor radial curto do carpo e, em menor grau, pela porção antero-medial
do tendão extensor comum dos dedos.

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Quando há lesão, a mesma provavelmente resulta da aplicação de tração contínua
por repetição, resultando em micro-rupturas dessas estruturas anatômicas,
seguidas de fibrose e formação de tecido de granulação e falha no processo de
reparo, traduzindo, portanto, mais degeneração do que inflamação.
3. Quais são os sintomas?

Os sintomas da epicondilite são: dor ou sensibilidade sobre o epicôndilo lateral, que


se irradiam ao longo dos músculos extensores, podendo ser insidiosa ou repentina,
na dependência do estímulo causal; dor que se agrava por pequenos movimentos
do cotovelo, podendo incomodar e prejudicar a realização de atividades comuns,
tais como escovar os dentes, abrir uma porta, escrever ou levantar um copo cheio.

4. Como é diagnosticada a epicondilite lateral?

O reumatologista irá perguntar sobre suas atividades e realizará um exame físico,


para encontrar uma dor localizada à palpação do epicôndilo lateral. Fará várias
manobras que irão reproduzir a dor apresentada. Esses testes serão fundamentais
para o diagnóstico, que é puramente clínico.
As radiografias do cotovelo são de pouco auxílio no diagnóstico. Poucos casos
podem apresentar calcificações na área correspondente à inserção dos tendões no
epicôndilo lateral, sem significar pior prognóstico.

A ultrassonografia é outro método de imagem que pode contribuir para o diagóstico,


porém é um método operador-dependente.

A ressonância magnética pode demonstrar o comprometimento, podendo também


ser utilizada  para os casos de dúvida no diagnóstico clínico ou sem alterações no
exame de ultrassom.

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