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20/12/2011

Osteoartrite ou Osteoartrose
 Doença reumática mais frequente na população mundial;
OSTEARTRITE E  DEFINIÇÃO: Doença degenerativa osteoarticular,
ARTRITE REUMATÓIDE crônica e progressiva, de etiologia multifatorial, que
manifesta-se por artralgia, rigidez e limitação da função
articular, com perda progressiva e reparação
inadequada cartilagem;
 Hipertrofia óssea subcondral que resulta na formação
de esporões nas margens articulares (osteófitos)
Profa. Fernanda Pasinato  Pode ser causada pela sobrecarga em uma cartilagem
normal ou por cargas razoáveis em uma cartilagem
anormal (má qualidade genética ou previamente lesionada)

OSTEOARTROSE OSTEOARTROSE
Incidência
ENVELHECIMENTO
 Aumenta a partir de 40 anos
 Alta incidência após 60anos  Função condrocitária e elasticidade dos tecidos
periarticulares
 Mãos, joelhos  Mulheres
 Quadril  Homens Estresse (sobrecarga mecânica) +
 capacidade da articulação em resistir ao
estresse

OSTEOARTROSE

OSTEOARTROSE Etiologia e fatores pré-disponentes


Classificação  Idade
 Pré-disposição genética
 Primária ou idiopática  Estresse mecânico:
 Secundária - atividade física intensa
- Movimentos repetitivos
- Obesidade (aumento da coaptação prejudicando a nutrição)
 Traumatismo: fraturas intra-articulares, entorses...
 Hipermobilidade articular generalizada
 Inatividade/sedentarismo

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Cartilagem Articular OSTEOARTROSE: patogênese


1. A cartilagem perde a elasticidade
2. Edema = desorientação colágeno e hidrofilia proteoglicanos
3. Posteriormente, torna-se rígida (fibrilações e erosões)
4. Alteração na congruência da superfície articular
5. Exposição do osso subcondral
6. Depósito de fragmentos livres (de cartilagem) = Irritação 
resposta inflamatórias/imunológicas = SINOVITE
Normal Corrosão Fibrilação/Erosão
7. Espessamento da cápsula, tendões e ligamentos
PATOLOGIA NÃO SISTÊMICA E ESSECIALMENTE NÃO
INFLAMATÓRIA
A inflamação é mais uma consequência do que causa
da osteoatrose

OSTEOARTROSE: patogênese OSTEOARTROSE:quadro clínico


8. À medida que a cartilagem se deteriora   capacidade
 Dor (insidiosa), geralmente ao iniciar movimentos, e
de reparação
melhora ao repouso
9. Crescimento e endurecimento do osso subcondral 
 Rigidez articular
osteófitos
 Em crises inflamatórias (sobrecarga)   temperatura
10. Líquido sinovial nas fendas da cartilagem  cistos
articular, edema
11.  produção de líquido sinovial, menos viscoso
 Espasmo e atrofia da muscular
 Limitação de ADM: hipertrofia cápsula, tendões e
ligamentos, osteófitos, dor e edema

OSTEOARTROSE:
quadro clínico OSTEOARTROSE: exame radiológico

 Osteófitos
 Episódios de bloqueio da articulação
 Redução assimétrica do espaço articular
 presença de corpo livre no líquido sinovial
 Esclerose do osso subcondral
 Crepitação articular
 Cistos
 irregularidade da cartilagem
 Deformidades ósseas
 Deformidades articulares: posturas que reduzam a dor e Processo
pressão articular: semi-flexão de joelhos e quadris avançado
 Nódulos
 Heberden (interfalangianas distais)
 Bouchard (interfalangianas proximais)

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OSTEOARTROSE: Fisioterapia

 Dor

Manutenção da função articular

Preservação das atividades


de vida diária

OSTEOARTROSE : Fisioterapia Fisioterapia


 Cuidado com técnicas/procedimentos que elevem a
 Atividade física moderada de  Reeducação postural temperatura articular: aquecimento + exercícios
baixo impacto
 Exercício terapêutico:  Eletroterapia  A elevação da temperatura interna da articulação em 3°
mobilizações passivas, alongamentos  Calor profundo (OC e (normal é entre 30-33°) aumenta a liberação de enzimas
(fase crônica)e isométricos em US é contraindicado) = responsáveis pela degradação da cartilagem em até 3 vezes.
diferentes ângulos. Isotônicos aumento da atividade
concêntricos e excêntricos mais  Portanto o calor profundo é CONTRA-INDICADO
tarde na reabilitação enzimática e
 Hidroterapia degeneração da
 Calor superficial cartilagem
 Crioterapia (controle do aumento  US pulsado
da temperatura articular e atividade  Órteses
enzimática)
 RTM (massoterapia, pompage...)

Artrite Reumatóide (AR)


 Doença auto-imune de etiologia desconhecida, caracterizada
ARTRITE REUMATÓIDE por poliartrite periférica, simétrica que leva à
deformidade e destruição das articulações por erosão do
osso e da cartilagem

 Acomete grandes e pequenas articulações em


associação com manifestações sistêmicas como rigidez
matinal, fadiga e perda de peso

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PATOGÊNESE

EPIDEMIOLOGIA Inflação crônica em membrana sinovial


Respostas auto-imunes -Auto-antígeno
Linfócitos T
Macrófagos, céls. mononucleadas
 0,5 a 1,0% da população adulta
Proliferação de fibroblastos e angiogênese
Hipertrofia e hiperplasia das céls. membrana
sinovial
 4,5% na população de 55-75 anos
Tec. granulomatoso entre a membrana
sinovial, a cartilagem e o osso PANNUS
 Predominantemente no sexo feminino(3:1) Destruição
Cartilagem e óssea

Critérios Diagnósticos MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS


1. Rigidez matinal: pelo menos 1h
2. Artrite de 3 ou mais áreas: com edema ou derrame  Enfraquecimento muscular
articular  atrofia dos músculos ao redor das articulações.
3. Artrite de articulações das mãos (punho, interfalangeanas e
metacarpofalangeanas
 Diminuição de ADM
4. Artrite simétrica  inicialmente pela hipertrofia e inflamação da membrana sinovial
5. Nódulos reumatóides  posteriormente por edema, crescimento de pannus e fibrose intra-
6. Fator reumatóide sérico articular.
7. Alterações radiográficas: erosões ou descalcificações
localizadas em RX de mãos e punhos
Os critérios de 1-4 devem estar presentes por pelo menos 6 semanas
São necessários 4 dos 7 critérios para estabelecer o diagnóstico

Manifestações Sistêmicas
COMPLICAÇÕES FREQUENTES
•Fadiga e Distúrbios do sono
 Deformidades progressivas com perda funcional;
•Anemia
•Nódulos subcutâneos: 30%  Ruptura de tendões;

•Pleurite
 Instabilidade da coluna cervical.
•Ceratoconjuntivite: 10 a 35%
(ressecamento da córnea e conjuntiva)

•Neuropatia periférica
(Síndrome do túnel do carpo)

•Osteoporose

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Deformidade em pescoço de cisne

Classificação da Progressão da AR Classificação da Progressão da AR


 Estágio I – Precoce  Estágio III – Grave
- Sem alterações destrutivas ao RX - Evidência RX de destruição cartilagem e osso, além da
- Evidência radiográfica de osteoporose pode estar presente osteoporose
 Estágio II – Moderado - Deformidade articular, como subluxação, desvio ulnar ou
- Evidência RX de osteoporose com ou sem destruição do osso
hiperextensão, sem anquilose fibrosa ou óssea
subcondral; pq destruição da cartilagem pode estar presente - Atrofia muscular extensa
- Sem deformidades articulares, mas pode haver redução da - Lesões de tecidos moles extra-articulares, como nódulos e
ADM tenossinovite pode estar presentes
- Atrofia dos músculos adjacentes  Estágio IV – Teminal
- Lesões dos tecidos moles extra-articulares, como nódulos e - Anquilose fibrosa ou óssea
tenossinovite, podem estar presentes - Critérios do Estágio III

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TRATAMENTO Evolução da Doença


 Até o momento não possui cura.
 Tratamento medicamentoso: AINE, Glicocorticóides,
 Caracterizada por períodos de exacerbação e remissões
drogas modificadoras do curso da doença (efeitos adversos
devem ser administrados:  Exacerbação: articulações quentes e edemaciadas, rigidez
hidroxicloroquina,cloroquina,sulfasalazina,metotrexano, matinal e efeitos sistêmicos mais evidentes
ciclosporina...)
 A fase da AR (aguda, subaguda ou crônica) deve ser levada
em consideração na elaboração do tratamento
 Objetivos:
- Aliviar dor  Tipo e intensidade do exercício variam
- Reduzir inflamação
- Evitar ou reduzir danos nas articulações
- Melhorar função e o bem estar do paciente

FISIOTERAPIA Procedimentos terapêuticos


 Intervenção imediata é a chave para o sucesso da  Orientações / Adaptações
prevenção da perda funcional e para ajudar o paciente a
 Crioterapia
assumir o controle de sua doença.
 Calor: Bolsa quente, infravermelho, banho de parafina
 Exercícios
 Controle do quadro álgico
 Eletroterapia
 Manutenção de ADM e Força muscular
 Hidroterapia
 Estabilidade articular (proteção)
 Laser
 Melhora da função cardiorrespiratória
 Quadro funcional

Procedimentos terapêuticos

 Fase aguda: exercícios passivos


 Fase sub-aguda: exercícios isométricos (espremer toalha
úmida)
 Fase crônica: exercícios ativo-livres  resistência leve /
moderada

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