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FACULDADE DE CIȆNCIA

DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA

GEOMORFOLOGIA

Geomorfologia de formação de Deltas

Discentse: Pelembe, Nelson Constantino Docente:Dr. Mugabe

Waide, Abdul
INDICE

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INTRODUÇÃO

Geomorfologia de formação de Deltas é estudo da génese de formação dos tipos de deltas

Delta é a foz de um rio formada por vários canais, braços ou ramos do leito do rio. Esse tipo de
foz é comum em rios de planícies, devido à sua pequena declividade e, consequentemente,
pequena capacidade de descarga de água, o que favorece o acúmulo de areia e aluviões na foz do
rio.

Planicície deltaica é um ou mais canais dependendo do gradiente da plataforma e capacidade de


transporte das correntes

Prodelta é a região com predomínio de sedimentação fina (siltes e argilas) e localizado além do
nível de base das ondas

Frente deltaica é o local de intensa deposição onde a morfologia deltaica é realmente


estabelecida

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Geomorfologia de formação de Deltas

Geomorfologia de formação de Deltas estuda a génese da formação de deltas.

DELTA

Designa se por delta a foz de um rio formada por vários canais ou braços do leito do rio. Esse
tipo de foz é comum em rios de planícies, devido à pequena declividade e, consequentemente,
pequena capacidade de descarga de água, o que favorece o acúmulo de areia e aluviões na foz do
rio. Um delta é uma terminação de um rio no mar ou num lago, numa região onde a
sedimentação é muito significativa e onde o curso de água se divide em vários braços.

Os deltas actuais são holocénicos mas sobrepõem-se muitas vezes a deltas mais antigos em locais
subsidentes, o que explica a existência de espessuras de mais de 10.000m de sedimentos
deltaicos, por exemplo no delta do Níger.

Existem frequentemente, dentro dos deltas, condições para a formação e acumulação de


hidrocarbonetos, o que faz com que a sua génese e estrutura tenham sido muito estudadas
ultimamente. O delta do Mississipi (fig.1) é, sem dúvida, o mais estudado de todos.

Figura 1: Delta do Mississipi

Segundo Gallowary, os principais tipos de deltas são caracterizados pela:

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- Predominância da maré que enche as embocaduras inclinadas do tipo estuário com importantes
bancos de areia e barras arenosas retilíneas na embocadura. No limite, mesmo num mar sem
maré, o delta pode resultar de uma barragem ou do enchimento de uma baía ou de um estuário
preexistente. A costa é sempre retilínea (ex.: rio Nilo).

- Predominância dos efeitos de ondulação que origina uma deriva litoral de uma parte e outra da
embocadura. Formam-se então cordões litorais paralelos à costa que aprisionam charcos.

- Predominância da dinâmica fluvial que origina um delta digitado (tipo pata de ave) com
desenvolvimento de canais em forma de leque

Condições de formação dos deltas

 É preciso que o rio tenha uma grande capacidade de transporte e que transporte
efectivamente uma grande quantidade de sedimentos. Assim os rios das altas latitudes,
que transportam muitos detritos resultantes da crioclastia, bem com os das regiões de
clima continental, mediterrâneo e tropical com estação seca, têm condições favoráveis à
existência de deltas.

 Quanto mais fracas forem a ondulação e as correntes marítimas, mais difícil será a
dispersão dos sedimentos trazidos pelo rio e portanto mais provável será a sua
acumulação pontual formando um delta. Assim, é mais provável formar-se um delta no
fundo duma baía do que no mar aberto.

 O mesmo pode dizer-se das marés, já que uma forte amplitude induz fortes correntes de
descarga nos estuários, propiciando a evacuação dos sedimentos. Assim, com marés
muito fracas, da ordem dos 0,5m, o Mediterrâneo é um mar favorável à formação de
deltas.

 A estabilidade do nível do mar, ou mesmo uma ligeira descida, é uma condições


importante.

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 Porém, muitos dos deltas situam-se em áreas subsidentes por motivos tectónicos, a que se
junta uma subsidência por carga sedimentar e uma outra componente devida à
compactação dos sedimentos (fig.2). Desta forma, a subsidência no delta do Mississipi
varia entre 0,3 e 1m por século. Deste modo, os sucessivos deltas abandonados pelo rio
aquando de mudanças de curso vão ficando submersos.

Figura 2: Factores em jogo na evolução de um delta

Resumindo as condiçãoes de formção de Delta temos:

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UNIDADES MORFOLÓGICA DO DELTA

 Planicície deltaica – um ou mais canais dependendo do gradiente da plataforma e


capacidade de transporte das correntes. Diferenças morfológicas entre a parte superior
(mais fluvial) e inferior (mais estuarina) da planície.
 Prodelta – região com predomínio de sedimentação fina (siltes e argilas) e localizado
além do nível de base das ondas. É caracteristicamente plana e mais horizontalizada,
sendo comuns os movimentos de massa.
Nem todos os Deltas apresentam prodelta.
 Frente deltaica – local de intensa deposição onde a morfologia deltaica é realmente
estabelecida. Sedimentos grossos depositados em barras à frente dos canais
distributários, cuja morfologia depende do energia do fluxo, cuja diferenças de
densidade entre os meios e declividade da plataforma.
Três tipos de fluxo são discemiveis:
1- Jatos axiais
2- Jatos planos e
3- Pluma flutuante

TIPOS DE DELTA

 Delta de enchente ou Delta estuarino.

Formado nas regiões de macro ou hipermaré com ação de grandes ondas e com
transporte fluvial de sedimentação de ilhas na parte interior do estuário.

 Delta de vazante.
Esses tipos de Deltas são formados em regiões de micromaré, a sedimentação ocorre na
plataforma continental interna, formando bancos de areia e illhas.

PROCESSOS DEPOSICIONAIS NA FRENTE Deltaica.

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 Três cenários podem ser observados na Frente Deltaica dependendo das diferenças de
densidade entre a água ejetada e aquela da bacia receptora:
1- Condição Homopicnal – quando não ocorre diferença de densidade entre a massa d’água
ejetada e aquela da bacia receptora
2- Condição Hipopicnal – quando a massa d’água ejetada apresenta densidade menor que
aquela na bacia receptora
3- Condição Hiperpicnal – quando a massa d’água ejetada é mais densa que a da bacia
receptora.
 Três tipos de Jatos podem existir à frente do canal:
1- Jatos Axial - Condição Homopicnal – sem atrito com o fundo
2- Jato Plano - Condição Homopicnal – fluxo com grande velocidade entrando em
uma bacia rasa, sofrendo atrito com o fundo
3- Distibitário - Plima Flutuante - Condição Hipopicnal

CLASSIFICAÇÃO HIDRODINÂMICA

A morfologia do delta é condicionada inicialmente à importância relativa do transporte de


sedimento pelas ondas, marés e descarga fluvial. Como processo coadjuvante adiciona-se ainda o
comportamento do nível do mar – todos estes processos alteram-se com o tempo.

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(a)- forma deltaica clássica

(b)- delta dominado por processos fluviais

(c)- delta dominado por ondas

(d)-delta dominado por marés

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CONCLUSÃO

Com a base nas fontes usadas, pode se concluir que Delta é a terminação de um rio no mar ou
num lago, numa região onde a sedimentação é muito significativa e onde o curso de água se
divide em vários braços ou ramos, é nesse contesto que pode se dizer que os deltas actuais são
holocénicos mas sobrepõem-se muitas vezes a deltas mais antigos em locais subsidentes.

Existem frequentemente, dentro dos deltas, condições para a formação e acumulação de


hidrocarbonetos, por hà uma ampla razão do seu estudo, no que diz respeito a sua estrutura e a
génese do mesmo.

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BIBLIOGRAFIA

http://web.letras.up.pt/asaraujo/seminario/Aul

http://www.geocities.com/fundamentos_geologicos

www7. Uc.cl/…/3html

Geomorphology of Desert Environments. London: Chapman & Hall, P. 355-402. 1994

Para Entender a Terra; 4ed, cap. 14, pag.359-361.

http://pt.m.wikepedia.org/wiki/Delta

Prof. Alexandre Uhlein, sedimentologia e petrologia sedimentaria. Universidade Federal De


Minas Gerais

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