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Introdução........................................................................................................................................2
Conceito de complexo, ligante........................................................................................................3
Complexo.....................................................................................................................................3
Ligante.........................................................................................................................................3
Tipo de ligantes............................................................................................................................3
Nomenclatura dos ligantes.......................................................................................................3
Ligantes com nomes específicos..............................................................................................5
Ligantes com mais de um átomo coordenante.........................................................................5
Número de coordenação...............................................................................................................5
Influências no número de coordenação....................................................................................5
Teoria de Alfred Wener(1866-1919)...............................................................................................6
Nomenclatura dos compostos complexos....................................................................................8
Ligação nos complexos....................................................................................................................8
Teoria da ligação de valência.......................................................................................................8
Hibridização de orbitais atómicos................................................................................................9
Geometria do CH4........................................................................................................................9
Características dos orbitais híbridos............................................................................................9
Teoria do campo cristalino............................................................................................................10
Suposições da teoria do campo cristalino..................................................................................10
Campo cristalino Octaédrico......................................................................................................10
Energia de estabilização do campo cristalino............................................................................11
Factores que afectam a magnitude do 10Dq..................................................................................12
Estado de oxidação do ião metálico...........................................................................................12
Natureza do ião metálico............................................................................................................12
Número e Geometria dos ligantes..............................................................................................12
Natureza dos ligantes.................................................................................................................12
Campo cristalino tetraédrico..........................................................................................................13
Teoria dos Orbitais moleculares................................................................................................13
Teoria do campo ligante.............................................................................................................13
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Isomeria dos compostos complexos..............................................................................................14
Isomeria de Ionização:...............................................................................................................14
Isomeria de hidratação...............................................................................................................14
Isomeria de coordenação............................................................................................................15
Isomeria em complexos quadrado planares...............................................................................15
Isomeria em complexos Tetraédricos........................................................................................15
Isomeria em complexos octaédricos..........................................................................................15
Conclusão......................................................................................................................................16
Bibliográfia....................................................................................................................................17
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Introdução
Os compostos complexos constituem a classe mais vasta e variada das substâncias inorgânicas. A
estes pertencem também muitos compostos organo-metálicos, que ligam num todo único as
químicas inorgânica e orgânica, antes desunidas .Muitos dos compostos complexos
nomeadamente vitamina B12, hemoglobina, clorofila e outros desempenham um papel grande
nos processos fisiológicos e boioquímicos. A pesquisa das propriedades e da estrutura espacial
dos compostos complexos verificou-se muito frutuosa para a cristaloquímica, a ciência que
estuda propriedades físico-químicas de substâncias em função da estrutura dos cristais formados
por elas, e deu origem às novas noções sobre a natureza da ligação química.
A aplicação dos compostos complexos na química analítica levou aos resultados valiosos. Não
é um exagero dizer que os êxitos da química teórica e aplicada nos últimos anos são ligados
precisamente ao estudo dos compostos complexos.
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Conceito de complexo, ligante
Complexo
É um átomo ou íon (cátion) metálico central rodeado por uma série de ligantes.
Ligante
Molécula ou íon(ánion) que pode ter existência independente e tem pelo menos um átomo
doador. E nessa proposta deve-se saber o que é um átomo doador: átomo doador é o átomo
ligado directamente ao íon central, que apresenta pares de electrões que possam ser
compartilhados.
Tipo de ligantes
Os ligantes podem ser íons mononucleares(Clˉ,Fˉ) ou polinucleares (SO4ˉ2, NO3ˉ, CNˉ) ou
moléculas neutras dinucleares( Cl2, O2, CO) ou polinucleares ( H2O, H2N-CH2-CH2-NH2).
Podemos classificar estes ligantes quanto ao número de átomos doadores que eles possuem.
Ligante monodentado: quando um ligante possui apenas um átomo doador, como por ex.
amónia(NH3), água(H2O), íon cloreto(Clˉ);
Ligante polidentado: quando um ligante tiver mais de três ou mais átomos doadores que
podem ligar-se simultaneamente ao átomo central.
Alguns ligantes, que possuem dois átomos doadores, mas geometricamente estão
impossibilitados de ligarem-se simultaneamente ao elemento central, são chamados de
ambidentados.
Ligantes Aniónicos
Os aniões terminados em eto, como põe exemplo os haletos e cianetos, quando estão
funcionando como ligantes, trocam o sufixo eto por o.
Ligantes radicalares
Muitas das espécies que actuam como ligados são radicais derivados de hidrocarbonetos.
Quando o ligante é um radical derivado de hidrocarbonetos, os seus nomes são mantidos. Alguns
exemplos são listados a seguir:
Ligantes moleculares
As aminas e amidas são frequentemente utilizados como ligantes. Alguns ligantes
moleculares com nomes terminados em a conservam os nomes, trocando o a por o:
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Ligantes com nomes específicos
Alguns ligantes recebem nomes específicos quando estão coordenados:
Número de coordenação
É o número de doadores directamente ligados ao átomo central.
O volume dos ligantes, também relacionado à questão do espaço. Cada ligante ocupa um
determinado espaço da esfera de coordenação do metal.
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Relacionada também à tendência que alguns ligantes tem de formar com o metal, ligações
químicas que tem carácter de dupla ligação.
I. A maior parte dos elementos possui dois tipos de valência: uma valência primária,
relacionada ao estado de oxidação , e uma valência secundária, relacionada ao número
de coordenação;
II. Todos os elementos tendem a satisfazer tanto às valências primárias quanto às
secundárias;
III. As valências secundárias estão dirigidas para posições fixas no espaço.
Para estabelecer estes postulados Werner supôs que em compostos como o CoCl3.6NH3, o ião
Co3+ ficaria no centro de um octaedro, com as moléculas do NH3(chamados ligantes)
localizadas nos seis vértices, ligadas ao átomo central através das suas valências secundárias,
constituindo o ião complexo hoje formulado como [Co(NH3)6]3+, conforme mostrado na
Figura1. Ainda segundo Werner, os três cloretos se ligariam ao cobalto atravées das respectivas
valências primárias deste ião.
Nesta estrutura pode-se dizer que os seis grupos NH3, ficam situados na esfera de
coordenação, ligando-se, portanto, fracamente ao átomo central, dissociando-se facilmente
quando em solução. Isso explica a alta condutividade molar das soluções desse complexo, bem
comoa precipitação dos cloretos por reacção com o AgNO3.
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A correlação entre o número de moléculas de amónia presentes e o número equivalente de
moles de sal de prata precipitado levou Werner a seguinte conclusão:
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O terceiro postulado trata da estereoquímica e constituiu umas das contribuições mais
significativas de Werner, uma vez que possibilitaram a proposição de estruturas para os
compostos complexos muito antes de ter conhecimentos sobre orbitais atómicos e antes do
desenvolvimento das técnicas de raios X para determinações estruturais.
I. Não se deixam espaços vazios entre as palavras nem entre o nome do composto e o
estado de oxidação do átomo central;
II. Usam-se prefixos para indicar a quantidade de ligantes que vêm em algarismos
gregos: 1- mono(habitualmente não é citado), 2-di, 3-tri, 4-tetra, 5-penta, 6-hexa, etc.
Por exemplo, se há quatro ligantes NH3 então se escreve tetramin; Se há dois, então
escreve-se diamin;
III. O número de oxidação da espécie central é indicado por algarismos romanos entre
parêntese;
IV. Em complexos catiónicos não há alteração no nome da espécie central; Por exemplo,
no composto[Ag(NH3)2]+ a espécie central é prata, logo no complexo ela deve
continuar sendo chamada de prata.
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I. Os orbitais sobrepõem-se para formar uma ligação entre dois átomos;
II. Dois electrões, de spins opostos , podem ser acomodados nos orbitais sobrepostos;
III. Devido à sobreposição dos orbitais, os electrões de ligação tem maior probabilidade de
ser encontrados dentro da região do espaço influenciado por ambos os núcleos.
Geometria do CH4
Figgura 5
Se um orbital s for combinado com dois orbitais p, todos da mesma camada de valência, três
orbitais híbridos serão criados. Eles são separados por 120º, e o conjunto de sp 2 .
Quando o orbital s em uma camada de valência é combinado com os três orbitais p, resultam
quatro orbitais híbridos cada um chamado de sp3 . Os orbitais híbridos são separdos por 109,47º,
o ângulo tetraédrico.
Resumo:
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1 orbital s + 2 orbitais p→ 3 orbitais híbridos sp2
Se o ligante for molécula neura, como o caso de NH3, a área negativa do dipolo eléctrico da
molécula irá se aproximar do átomo central. O NH3 tem momento dipolar com carga negativa no
nitrogénio e carga parcialmente positiva nos hidrogénios. Os electrões do átomo central estão sob
a acção de repulsão causada pelos electrões dos ligantes.
Figura 6
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Fig. 6. Complexo octaédrico e energias do orbital-d
A diferença de energia entre os orbitais eg e t2g, qualquer que seja seu valor, é definido como
10Dq( ou Δo no caso de um arranjo octaédrico) e denomina-se desdobramento do campo
cristalino.
O valor numérico da energia, que corresponde a 10Dq, é uma medida da força do campo
electrostático. Este valor é determinado a partir de dados espectrais.
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Fig. 7. Espetro de absorção do complexo [Ti(H2O)6]3+
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Um campo cristalino tetraédrico desdobra ao orbitais d em dois conjuntos
A teoria do campo ligante, que é uma aplicação da teoria do orbital molecular que se
concentra nos orbitais do átomo metálico central, fornece uma ferramenta mais
substancial para o entendimento do 1oDq. A estratégia para descrever orbitais
moleculares de um complexo metálico segue procedimentos similares a aqueles descritos.
Os orbitais de valência do metal e do ligante são usados para gerar considerações lineares
formadas por simetria e então usando as energia empíricas e considerações de
sobreposição, estima-se as energias relativas dos orbitais moleculares. A ordem estimada
pose ser verificada e ajustada mais precisamente por comparação com os dados
experimentais( particularmente, absorção óptica e espectroscopia fotoelectrónica e
espectroscopia de ressonância de spin).
Com essas modificações sugeridas na década de 50, a teoria do orbital molecular já
vinha sendo usada em estudos sobre compostos complexos, mas era pouco utilizada, em
virtude de sua maior complexidade diante da teoria da ligação de valência ou da teoria do
campo cristalino. Assim, pode-se considerar que o surgimento da teoria do campo
ligante, incorporando novos elementos de raciocínio à teoria do campo cristalino,
consiste num passo importante para popularizar e consolidar o uso da teoria do orbital
molecular em estudos sobre compostos complexos.
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Isomeria dos compostos complexos
Isomeria de Ionização:
Onde um ligante e um contra-ião trocam de lugar em um composto. Ex.[Pt(NH3)4Cl2]Br2
e [Pt(NH3)4 Br2]Cl2
Se os sais complexos são solúveis a diferenciação pode se fazer através da identificação
do ião livre em solução(Brˉ ou Clˉ no exemplo anterior).
Isomeria de hidratação
Esta isomeria é parecida com a isomeria de ionização, mas ocorre quando um dos ligantes é
água.
Ex: Composto com fórmula molecular CrCl3.6H2O- temos aqui três isómeros diferentes:
[Cr(H2O)6]Cl3→ Violeta
Isomeria de coordenação
Iões complexos diferentes a partir de uma mesma fórmula.
[Co(NH3)6]Cr(CN)6] ou [Cr(NH3)6][Co(CN)6]
Em primeiro lugar é necessário definer-se quais ligantes ligam com quais ligantes e através de
quais átomos doadores, para então considerar-se as diversas possibilidades de arranjos
tridimensionais, que podem resultar em isomeria geométrica e isomeria ótica.
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Conclusão
Neste trabalho foi abordado acerca dos compostos complexos. Em que conclui-se que não
convém pensar que os compostos complexos sempre são construídos pelos iões; Na realidade, as
cargas efectivas dos átomos e moléculas, que entram na composição dum complexo,
normalmente são pequenas. É mais certo usar, portanto, o termo de ‘átomo central’. As noções
iónicas da natureza da ligação nos compostos complexos tem, num certo grau, o carácter formal,
sendo porem, cómodas para classificação e determinação das cargas dos complexos e permitindo
predizer qualitativamente algumas propriedades suas.
A teoria de Werner permanece ser, actualmente, uma teoria dirigente na química dos compostos
complexos.
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Bibliográfia
BARROS, H.L.C. Química Inorgânica, uma introdução. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1992
BROWN, T.L, et. al. Química a ciência central. 9a Edição. São Paulo. Pearson, 2007. 972p.
JONES, Chris J. A química dos elementos dos blocos d e f. Bookman, Porto Alegre,2002.
LEE, J.D. Química inorgânica não tão consisa. 5a Edição.São Paulo: Edgar
Blucher,1999.544p.
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