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UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO

FACULDADE DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

Luanda, 2023
UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO
FACULDADE DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

Nome: Horácio Pacheco China Manuel

Curso: Química

Ano: 4º

Turno: Manhã

O professor

___________________________

Luanda,2023
Sumário

Conteúdo
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1
2. OBJECTIVOS ................................................................................................................... 2
2.1- Objectivos gerais ........................................................................................................ 2
2.2- Objectivos específicos ............................................................................................ 2
Compostos organometálicos .............................................................................................. 3
Nomenclatura dos compostos organometálicos ............................................................. 3
3.2 Ligações carbono-metal em compostos organometálicos ........................................ 4
Preparação de compostos organometálicos .................................................................... 5
Compostos organometálicos de metais de transição ...................................................... 6
A regra dos 16 e 18 electrões na camada de valência dos metais do bloco d .................... 7
5. Adição oxidativa ............................................................................................................ 9
6. Aplicações dos compostos organometalicos ................................................................ 12
7. CONCLUSÃO ............................................................................................................. 14
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 15
1. INTRODUÇÃO

De uma forma geral conhecer as substâncias que têm como base da sua
constituição o átomo de carbono é muito relevante para o ser humano, Visto que estão
presentes em compostos que normalmente usam no dia-a-dia. A Química Orgânica é o
ramo da Química que possui diferentes compostos, Uma das classes destes compostos são
os chamados Compostos organometálicos. Neste trabalho abordarei sobre essa classe de
compostos orgânicos, especificamente a adição oxidativa. (Dias, 2018)

Compostos organometálicos são substâncias orgânicas que possuem pelo um átomo


de carbono ligado a um elemento químico que formam aglomerados de átomos com
carácter metálico. Geralmente esses compostos são constituídos por metais do tipo:
Magnésio (Mg), Zinco (Zn), Chumbo (Pb) e Mercúrio (Hg). (Fogaça, 2015)

Os compostos organometálicos de maiores relevâncias são aqueles em que o metal


ligado ao carbono é o magnésio, por sua vez, está ligado a um halogénio, que pode ser um
dos seguintes elementos da família 17 da Tabela Periódica: Flúor (F), Cloro (Cl), Bromo
(Br) e Iodo (I), também são chamados de compostos de Grignard. O químico francês
Victor Grignard descobriu estes compostos no ano de 1912, Partindo destes compostos é
possível obter outros organometálicos, por isso são muito importantes. Por este facto, os
organometálicos são bastante aproveitados em laboratórios de química, fazem parte da
síntese de várias substâncias orgânicas. (Dias, 2018)

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2. OBJECTIVOS

2.1- Objectivos gerais:

 Estudar os compostos organometálicos;


 Compreender a reacção de adição oxidativa dos compostos organometálicos.

2.2- Objectivos específicos:

 Definir compostos organometálicos;


 Nomear os compostos organometálicos;
 Entender os métodos de obtenção dos compostos organometálicos;
 Entender a reacção de adição oxidativa dos compostos organometálicos;
 Mencionar as aplicações dos compostos organometálicos.

2
3. Compostos organometálicos

Compostos orgânicos caracterizados por ligações metal-carbono são chamados


compostos organometálicos e servem como uma ponte entre a química orgânica e
inorgânica. Um composto organometálico muito próximo de nós, o acetileto de sódio,
possui uma ligação caracterizada pela transferência de electrões entre o carbono e o sódio.
O simples fato de um composto conter um metal e carbono não é suficiente para classificá-
lo como um organometálico. O metóxido de sódio (NaOCH3), como o acetileto de sódio, é
um composto iónico. No entanto, ao contrário do acetileto de sódio, a carga negativa do
metóxido de sódio está no oxigénio, não no carbono. ( Carey, p. 603, 2011)

+ - + -
Na C CH Na O CH3
acetileno de sódio Metóxido de sódio
(tem uma ligação carbono-metal) (não tem uma ligação carbono-metal)
Esquema 1:Representação da ligação característica dos organometálicos.

As propriedades dos compostos organometálicos diferem significativamente das


outras classes de compostos orgânicos e dependem do metal, do estado de oxidação e dos
grupos ligados ao metal. Para os químicos orgânicos sintéticos que precisam formar
ligações carbono-carbono estes compostos têm uma propriedade de valor particular. Por
exemplo, a preparação de hidrocarbonetos caracterizados por ligações triplas pela reacção
de acetileto de sódio com um haleto de alquila depende da presença de carbono nucleófilo
carregado negativamente no íon acetileto. Por outro lado, alguns outros metais produzem
compostos que atuam como eletrófilos. ( Carey, 2011)

3.1. Nomenclatura dos compostos organometálicos

Em relação à nomenclatura de substâncias organometálicas, as regras são


ligeiramente diferentes dependendo dos compostos. Os compostos organometálicos
simples são nomeados como derivados substituídos de metais. ( Tito et all )

3
Li
H3C CH2 Mg CH2 CH3
Dietilmagnésio
Ciclopropil-lítio
Esquema 2:Nomenclatura dos compostos organometálicos.

Para os casos em que o metal tem um substituinte diferente de carbono segue-se a


seguinte regra:

Nome do anião (cloreto, iodeto, fluoreto ou brometo) + de + nome do radical


orgânico + nome do metal.( Tito all Canto, 2005)

Exemplo:

Cl H3C CH2 Al Cl
H3C CH2 Mg

cloreto de metilmagnésio CH2 CH3

Cloreto de dietilalumínio
Esquema 3: Nomenclatura dos organometálicos, Para os casos em que o metal liga-se a
outro elemento.

3.2 Ligações carbono-metal em compostos organometálicos

Um carbono com uma electronegatividade de 2,5 não é nem fortemente


electropositivo muito menos um átomo com grande capacidade de atrair os electrões de
uma ligação química. Quando o carbono se liga a um elemento que é mais electronegativo
do que ele (como oxigénio ou cloro), a distribuição de electrões dentro da ligação torna-se
polarizada, o carbono torna-se ligeiramente positivo e o átomo mais electronegativo
ligeiramente negativo. Por outro lado, quando o carbono está ligado a um elemento menos
electronegativo como um metal, os electrões de ligação são atraídos para o carbono. (
Carey, 2011, p. 608)

Um carbocatião é uma espécie química com um carbono carregado


negativamente. Os compostos organometálicos têm as propriedades dos aniões de carbono
porque os metais são menos electronegativos que o carbono. Quanto mais positivo o metal,

4
mais pronunciado é o carácter iónico da ligação carbono-metal. Os compostos
organometálicos de sódio e os de potássio têm uma ligação iónica carbono-metal.
Compostos de organometálicos de lítio e magnésio tendem a ter ligações carbono-metal
covalentes, sendo mais polares, com importante carácter carboniónico. O carácter
carboniónico desses compostos explica sua utilidade como reagentes sintéticos. ( Carey, p.
608, 2011)

3.3. Preparação de compostos organometálicos

Os compostos organometálicos do Grupo 1 são preparados pela reacção de um haleto


de alquilo com o metal apropriado:

H3C CH2 CH2 Cl + Li Li H3C CH2 CH2 Li + Li Cl

Esquema 4: obtenção dos organometálicos do grupo 1.

Nesta reacção podem ser permitidos haletos de alquilo primários, secundários ou


terciários. Os iodetos de alquilo acabam sendo os mais reactivos, seguidos pelos brometos
e depois pelos cloretos. Os fluoretos são relativamente não reactivos. ( Carey, p. 610 2011)

Ao contrário das reacções de eliminação e substituição nucleofílica, a formação de


compostos organometálicos não requer que um halogénio esteja ligado a um carbono sp3.
Compostos como haletos de vinil e haletos de arilo, nos quais o halogénio está ligado a um
carbono sp2, reagem de maneira semelhante aos haletos de alquilo, mas com uma
velocidade menor. ( Carey, p. 610, 2011)

Br Li

+ Li Li + Li Br
Lítio Brometo
Bromobenzeno Fenil-lítio de lítio

Esquema 5: obtenção dos organometálicos a partir de haletos de arilo.

5
Os compostos organometálicos com maior relevância em química orgânica são
compostos que têm como metal o magnésio, denominam-se reagentes de Grignard, em
homenagem ao químico francês Victor Grignard, devido ao desenvolvimento de métodos
eficientes para a produção de derivados destes compostos e mostrou sua aplicação na
síntese de álcoois em 1912.

Estes compostos foram preparados a partir de um haleto orgânico pela reacção


com magnésio, um metal do grupo dois. ( Carey, p. 612, 2011)

Br
Mg Br
2+
+ Mg

Magnésio
Bromobenzeno
Brometo de fenilmagnésio

2+
H3C CH2 Cl + Mg H3C CH2 Mg Cl

Cloroetano Magnésio Cloreto de etilmagnésio


Esquema 6: obtenção dos reagentes de Grignard .

O Éter dietílico anidro é o solvente comummente usado para obtenção


de compostos de Grignard. Às vezes, a reacção não começa imediatamente, mas uma
vez iniciada é exotérmica e mantém a temperatura da mistura de reacção no ponto de
ebulição do éter dietílico (35 °C). ( Carey, p. 612, 2011)

4. Compostos organometálicos de metais de transição

Grandes números de substâncias organometálicas possuem centros metálicos, no


qual geralmente são constituídos por metais de transição, sendo que muitos processos
industriais de grande relevância são catalisados por metais de transição ou por seus
complexos. ( Carey, p.627,2011)

Por exemplo a carbonila de níquel, há mais de um século é usado como


intermediário na purificação de níquel. É uma molécula neutra (ponto de ebulição: 43ºc)
que se forma espontaneamente quando o monóxido de carbono passa sobre o níquel
elementar. ( Carey, p.627,2011)

6
(CO)4

Esquema 7: Obtenção da tetra-carbonila de níquel

“ Em um complexo de metal de transição, os grupos ligados ao


metal são chamados de ligantes e podem ser uma substância simples (O2,
N2), um composto (CO, H2CCH2) ou um ião (CN-) e podem ser inorgânicos
ou orgânicos. As ligações entre o níquel e seus ligantes de monóxido de
carbono em Ni(CO)4 são covalentes. O par de electrões em cada ligação
Ni-C se origina em um par isolado do carbono do CO, que pode ser melhor
- +
representado em termos do contribuinte de ressonância C O . Outras
espécies que são doadores de par de electrões comuns em complexos de
metal de transição são:” ( Carey, p.628,2011)

-
- Cl NH3 P PH3
H
Hidreto Cloreto Amônia Trifenilfosfina

Esquema 8: Grupos de ligantes.

Não é regra geral os ligantes usarem apenas dois electrões para se ligarem a metais
de transição. Por exemplo, alguns compostos orgânicos aromáticos (como o benzeno) usa
os seis electrões π em compostos organometálicos como (benzeno)tricarbonilcromo. (
Carey, p.627,2011)

O elemento central é o crómio, um metal de transição do grupo 6 da tabela


periódica, que contribui com 6 electrões de valência, três grupos de monóxido de carbono
contribuem com outros 6 electrões, e os 6 electrões π de benzeno fazem um total de 18
electrões. ( Carey, 2011)

4.1. A regra dos 16 e 18 electrões na camada de valência dos metais do bloco d

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A regra se baseia no fato de que na maioria dos compostos organometálicos, em
que o centro metálico é um metal de transição do bloco d, estes metais tendem a aceitar
electrões dos ligantes para totalizar 18 electrões na camada de valência, a fim de atingir a
configuração electrónica do gás nobre mais próximo.( Souza)

A probabilidade de um dado composto organometálico de metal de transição ser


estável pode ser prevista pela regra dos 18 electrões. Esta regra aplica-se à complexos de
metais de transição de baixa valência. A distribuição intramolecular de electrões tem que
assegurar que a carga total do complexo permanece inalterada. O metal possui uma orbital
s, 3p e 5d. Se forem usados para ligações ou permanecerem não ligantes, ainda possuirá
nove orbitais no complexo e deste modo necessitará de 18 electrões para preenchê-los.
(Dias, 2009)

Uma boa parte dos compostos de carbonil como K[V(CO)6 ], [Cr(CO)6 ] e


[Mn(CO)6 ]Cl estão dentro em concordância com a regra dos 18 electrões, ou seja: o
somatório dos electrões da camada de valência do átomo central com os electrões
recebidos dos ligantes ou de outros grupos é igual a 18 electrões. Nessa situação, o número
total de electrões do átomo central é igual ao número atómico do gás nobre que sucede esse
metal. (Dias, 2009)

Existe dois métodos usados para a contagem de electrões:

 Método do ligante neutro;


 Método da doação de pares de electrões.

No método do ligante neutro todos os ligantes são vistos como compostos neutros,
são classificados de acordo o número de electrões doados pelo composto. No caso de o
ligante ser um ião, soma-se ou subtrai-se o número apropriado de electrões ao total. Devem
se incluir na contagem todos os electrões da última camada do átomo metálico central e
todos os electrões doados pelos átomos ligados ao metal.

“Os ligantes são definidos como do tipo L se eles são neutros e doadores de dois
electrões e do tipo X se quando considerados neutros eles são radicais doadores de
um electrão (como os átomos de halogénios, H, CH3 ).” .( Souza)

No método da doação de pares de electrões os ligantes cedem electrões aos pares,


fazendo com que alguns ligantes sejam tratados como neutros e outros como iões. Ligantes

8
neutros como o monóxido de carbono e fosfina são considerados como doadores de um par
electrónico, são atribuídos a estes ligantes número de oxidação zero. Ligantes como haletos
, H e CH3 são considerados como tendo capturado um electrão do átomo metálico e são
tratados como cloreto (Cl-), hidretos( H-) e CH3-, com números de oxidação -1, Neste
estado iónico eles são doadores de 2 electrões. Portanto, podemos determinar o nox do
átomo metálico e determinar o número total de electrões do seguinte modo:

a) O número de oxidação do átomo metálico é a carga total do composto menos as cargas


dos ligantes;

b) O número de electrões que o metal fornece é o número do seu grupo menos o seu
número de oxidação;

c) A contagem total de electrões é a soma do número de electrões no átomo metálico


central com o número de electrões fornecido pelos ligantes.( Souza)

5. Adição oxidativa
Na reacção de adição de uma molécula de hidrogénio a um átomo metálico, nota-se que o
número de oxidação do átomo do metal aumentou em dois, vejamos o seguinte exemplo:

M(Nox) + H2 [M(Nox +2)(H)2]


Esquema 9: Reacção de adição de hidrogénio a um átomo metálico.

O aumento do número de oxidação no átomo metalico na ordem de dois ocorreu


porque o hidrogénio é tratado como um ligante sem carga, enquanto os ligantes hidretos
são tratados como H:, assim, a formação de duas ligações M-H corresponde a um
acréscimo da carga formal do metal por dois. Embora possa parecer que o aumento do
número de oxidação do metal é apenas um problema no método de contagem de electrões,
dois dos electrões no átomo de metal foram usados para ligação com o hidrogénio, para
uma posterior ligação, esses dois electrões não estarão mais disponíveis para o metal. Este
tipo de reacção é bastante comum e conhecido como adição oxidativa. (Atkins et all, 2009)

Uma grande quantidade de moléculas se adiciona oxidativamente a átomos


metálicos, incluindo radicais orgânicos, haletos de arilo, hidrogénio e hidrocarbonetos
simples. Em geral, a adição de qualquer molécula X-Y em um átomo metálico, onde X e Y

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são mais electronegativos do que o metal, podem ser classificadas como adição oxidativa.
Do mesmo modo, a reacção de um metal com um ácido, como HCl é uma reacção de
adição oxidativa. As reacções de adição oxidativa não estão restritas aos metais do bloco d,
a reacção do magnésio para formar os reagentes de Grignard é uma reacção de adição
oxidativa. (Atkins et all, 2009)

Este tipo de reacções ocorrem facilmente nos metais com configuração eletrônica
d8 (Rh(I), Ir(I), Co(I), Pd(II), Pt(II)), ou d10 (Pd(0), Pt(0)). A adição ocorre com a expulsão
de alguns dos ligantes se o complexo já tiver atingido o número de 18 electrões ligantes
totais (obedecendo, portanto, a regra do octeto). Mas também existem algumas excepções,
quando o complexo foge da essa regra dos 18 electrões. (Atkins et all, 2009)

As reacções de adição oxidativa resultam em mais de um átomo ligado ao metal com


um aumento no número de oxidação. Por conseguinte, reacções de adição oxidativa
normalmente requerem um centro metálico insaturado coordenativamente, e são
particularmente comuns para complexos metálicos quadrados-planares de 16 electrões:
(Shriver et all,2009)

Esquema 10: Reacção de adição oxidativa.

A adição oxidativa de hidrogénio é uma reacção cooperativa. O hidrogénio se


coordena ao metal para formar uma ligação H2, que quebra a ligação H-H e forma um cis-
dihidreto. (Atkins et all, 2009)

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Esquema 11: Adição oxidativa da molécula de H2

Algumas moléculas, como hidrocarbonetos saturados e haletos aromáticos, reagem


de maneira coordenada e, em todos esses casos, os dois ligantes eventualmente se separam.
. (Atkins et all, 2009)

Algumas reacções de adição oxidativa passam por formação de intermediários, por


isso não são combinadas, comummente são consideradas reacções de deslocamento SN2.
.(Atkins et all, 2009)

As reacções de adição oxidativa radicalares são raras. Em uma reacção de adição


oxidativa SN2, um par solitário no metal ataca a molécula X-Y deslocando Y, que
subsequentemente liga-se ao metal: (Shriver all Atkins, p. 571,2009)

Esquema 12: Reacção de adição oxidativa SN2

“ Existem duas consequências estereoquímicas desta reacção.


Primeiro, os dois ligantes que chegam não precisam terminar em cis um
para o outro e, segundo, ao contrário da reacção combinada, qualquer
quiralidade no grupo X é invertido. Uma adição oxidativa do tipo SN2 é
comum para moléculas como os haletos de alquila.” (Shriver all Atkins, p.
571,2010)

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6. Aplicações dos compostos organometalicos

Os compostos organometálicos são espécies estáveis quando preparados em


solventes adequados. São compostos fortemente básicos e reagem rapidamente com
compostos com ácidos, mesmo com aqueles que têm uma acidez fraca, como água e
álcoois. Um protão é transferido do grupo hidroxilo para o carbono negativamente
polarizado do composto organometálico para formar um hidrocarboneto. ( Carey, 201)

Mg I

+ H3C OH + H3C O Mg I

Benzeno Brometo de
Brometo de Metanol metoximagnésio
fenilmagnésio (100%)
Esquema 13: compostos organometalicos como bases.

Os reagentes de Grignard, que são uns dos compostos mais importantes dessa
classe de compostos, são utilizados na reacção com compostos carbonilos, como aldeídos e
cetonas para produzir álcoois. A formação da ligação carbono-carbono é rápida e
exotérmica quando um reagente de Grignard reage com um aldeído ou cetona. .( Carey,
2011)

Mg Cl CH2 OH
O
+ H2C

Formaldeído Ciclo-hexilmetanol
Cloreto ciclo-hexilmagnésio
(64% a 69%)
Esquema 14: Obtenção de álcoois a partir de reagentes de Grignard.

O tipo de álcool formado é proporcional ao composto de carbonílico presente na


reacção. Os substituintes presentes no grupo carbonilo de um aldeído ou cetona ficam

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intactos, tornando-se substituintes no carbono que terá o grupo hidroxilo no produto.
Dessa maneira, o aldeído mais simples reage com reagentes de Grignard para produzir
álcoois em que o grupo OH se encontra ligado a um carbono primário, os aldeídos
produzem álcoois secundários e as cetonas produzem álcoois terciários. .( Carey, 2011)

Outros compostos muitos utilizados nesta classe, são os organometálicos de


cobre, antes mesmo da sua versatilidade na química orgânica sintética fosse totalmente
apreciada já eram conhecidos há muito tempo. Os mais úteis são os dialquilcupratos de
lítio, resultados da reação de um haleto de cobre (I) com dois equivalentes de alquil-lítio
em éter dietílico ou tetra-hidrofurano.( Carey, 2011)

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6.CONCLUSÃO
Depois de uma longa abordagem, sobre os compostos organometálicos e mais
concretamente sobre a reacção de adição oxidativa destes compostos, chegou-se a
conclusão que os compostos organometálicos são substâncias que apresentam em sua
constituição um radical orgânico (formado por carbono e hidrogénio) ligado a um metal, e
muitas das vezes o metal se encontra ligado a um halogénio ( estes tipos de compostos
organometálicos recebem o nome de reagentes de Grignard).

Estes compostos têm um forte carácter básico, devido ao carbono ligado ao metal,
por isso ão muitos usados em sínteses orgânicas, tais como na produção de álcoois e e
hidrocarbonetos saturados.

Estes compostos, mas concretamente os organometálicos de metais do bloco d


participam em reacções de adição oxidativa, que é um tipo de reção entre um
organometálico, neutro ou não , em que o metal sofre oxidação, ou seja o seu número de
oxidação aumenta, são reacções características de organometálicos que têm centro
metálico que cumprem com a regra dos 18 electrões.

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7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 ATKINS, Peter.” Inorganic Chemistry-5th”. Fifth Edition.2010. Disponível em:


https://iroch.ir/wp-content/uploads/2020/12/Atkins-Inorganic-Chemistry-5th.pdf
 CAREY, Francis. Química Orgânica-7ª edição. São Paulo. Triall Composição Editorial
Ltda. 2011. Disponível em: Francis A. Carey-Química Orgânica. Volume 1-AMGH
(2011).pdf
 DIAS, Sílvia. “Compostos organometálicos de metais de transição”. 2009. Disponível
em: http://www.labcat.unb.br/images/PDF/Aulas/TQIAtual/Organometlicos_6_-
_Metais_de_Transio.pdf. Acesso em 01 de Janeiro de 2023
 FOGAçA, Jennifer Rocha Vargas. "Compostos Organometálicos"; Brasil Escola.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/compostos-
organometalicos.htm. Acesso em 29 de dezembro de 2022
 Souza, Anne. “Aula 14: Compostos organometálicos”. P. 194. Disponível em :
https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago/14271407062016Quimica_de_Coord
enacao_Aula_13.pdf.

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