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Impacto Ambiental
Discentes:
Cheila Maria Luísa Ribeiro
Emília da Conceição Araújo
Ernesto Lourenço Pedro
Gonçalves Chazoita Maquene Júnior
Lúcia Vicente
Milton José Aleixo
Nasser Amade Seni
Nassrine José Noormamade
Neide da Graça Afonso Pedro
Docente:
Manuel Mauissa
Impacto Ambiental
Discentes:
Docente:
Manuel Mauissa
Objectivos ....................................................................................................................................... 8
A água é uma substancia única e abundante no planeta, sem ela a vida seria impossível. Contudo,
importa referir que ela não esta distribuída de forma equitativa.
Sendo um recurso primordial à existência do ser humano, ela é usada para vários fins, sendo eles,
o uso consuntivo e uso não-consuntivo. Para verificar se a agua esta pronta para um determinado
fim, deve-se ter em conta alguns parâmetros, como físicos, químicos e biológicos o que ajudará a
caracterizar a qualidade.Com o desenvolvimento económico, tem-se verificado um aumento
significativo na poluição da hídrica causada pelo Homem, sendo a indústria um dos maiores
agentes poluentes, visto que o crescimento demográfico implica o aumento da produção.
Para controlar a poluição da água, usam-se dois métodos a mencionar, reduzir o agente poluente
na fonte de poluição e gerir os resíduos de modo a não provocar a poluição. Quando a água já esta
infectada tem-se tomado certas medidas como a desinfecção da água e a colecta e tratamento de
esgotos.
Visto que a água potável é escassa, há necessidade de implementação de leis de consumo da água
para que ela seja usada de forma racional, evitando assim o uso desnecessário da mesma. Por isso
a água é muito cara.
Há de se levar em consideração que, em uma bacia hidrográfica, tudo o que é gerado em sua área
de abrangência é escoado para o leito do seu rio correspondente. Dessa forma, o aumento da
poluição no espaço das cidades gera uma maior carga de poluentes para o leito dos rios que
cortam essas áreas urbanas. No campo, o mesmo procedimento acontece, quando o uso
indiscriminado de agrotóxicos faz com que os recursos hídricos sejam contaminados, uma vez
que essa carga toda de compostos químicos acaba se destinando ao lençol freático ou ao curso
d'água mais próximo.
Nos mares e também nos oceanos, também há muita poluição, gerada tanto pelo destino indevido
do lixo em práticas turísticas e de lazer nos ambientes litorâneos quanto, em alguns casos, pelo
derramamento de petróleo, que é de difícil controle.
As consequências da poluição das águas são diversas. A primeira, como já dissemos, é a perda
dos recursos hídricos para consumo. Além disso, vale lembrar que esses locais são o habitat de
várias espécies, algumas delas em risco de extinção.
Analisar as condições da poluição hídrica no planeta Terra, com vista a conhecer todos os
processos inerentes a poluição da água.
Objectivos específicos
Conhecer os principais conceitos da água, assim como a sua disposição;
Identificar os parâmetros de qualidade da água e as principais fontes de poluição hídrica;
Saber as principais fontes de uso da água bem como os mecanismos de prevenção e
mitigação da poluição hídrica;
Conhecer as formas de gestão da água.
3. Água e poluição hídrica
Água é fonte da vida. Todos os seres vivos, indistintamente, dependem dela para viver. No entanto,
por maior que seja sua importância, as pessoas continuam poluindo os rios e suas nascentes,
esquecendo o quanto ela é essencial para a permanência da vida no Planeta.
A água é, provavelmente, o único recurso natural que tem a ver com todos os aspectos da
civilização humana, desde o desenvolvimento agrícola e industrial aos valores culturais e
religiosos arraigados na sociedade. É um recurso natural essencial, seja como componente
bioquímico de seres vivos, como meio de vida de várias espécies vegetais e animais, como
elemento representativo de valores sociais e culturais e até como fator de produção de vários bens
de consumo final e intermediário.
Água é Substância (H2O) líquida e incolor, insípida e inodora, essencial para a vida da maior parte
dos organismos vivos. A água é uma substancia química composta de hidrogênio e oxigênio, e tem
grande influência nos ecossistemas e em todas as formas de vida, essencial para o desenvolvimento
da vida e do planeta, é um recurso natural que permite a produção de alimentos e energia,
proporciona higiene e saneamento e serve como o principal elo entre a sociedade humana, sistemas
de clima e do meio ambiente.
Água salgada é água encontrada em mares e oceanos. Água do mar em todo o mundo tem a
salinidade próxima de 35 (3,5 em massa, se considerarmos apenas os sais dissolvidos, mas a
salinidade não tem unidade) o que significa que para cada litro de água do mar há 35 gramas e sais
dissolvidos.
Água doce é um tipo de água, encontrada na natureza, em que não ocorre a presença de sal. É a
água própria para o consumo (desde que seja tratada) dos seres humanos e animais. A água doce
é também utilizada na agricultura.
Hidrosfera é um termo que vem do grego hidro + água= esfera da água. Compreende toda água
existente no planeta.
Bacia Hidrográfica é toda a área de contribuição que forma um determinado rio, está associada à
existência de nascentes, divisores de águas e características dos cursos de água, principais e
secundários, denominados afluentes e subafluentes.
Aquíferos são uma formação ou grupo de formações geológicas que pode armazenar água
subterrânea. São rochas porosas e permeáveis, capazes de reter água e de cedê-la.
Rio é um curso natural de água que nasce numa área montanhosa e de água no mar, num lugar ou
noutro rio (afluente). Composto por uma nascente (local onde nasce o rio), foz (local onde desagua
o rio), leito (local onde corre o rio), caudal (quantidade de água que passa por uma determinada
secção do rio).
Lago do latim lacus, é uma massa permanente de água que se tenha depositado nas depressões de
um terreno, a formação de um lago produz-se a partir de falhas geológicas (que dão origem a
depressão do terreno).
Mares
Oceanos são partes da superfície do planeta ocupadas pela água do mar que rodeia os continentes
e que cobre actualmente por volta de 71% da Terra.
Mananciais
Poluição hídrica É qualquer alteração nas características físicas, químicas e/ou biológicas das
águas, que possa constituir prejuízo à saúde, à segurança e ao bem estar da população e, ainda,
possa comprometer a fauna e a utilização das águas para fins recreativos, comerciais, industriais e
de geração de energia” (CONAMA).
3.2.Ciclo da água
O Ciclo da Água tem seu início com a evaporação das águas dos oceanos, lagos e rios. Essa
evaporação se dá por causa do calor provocado pelo Sol e pela ação dos ventos, transformando a
água do estado líquido para o estado gasoso. O vapor de água, por ser mais leve que o ar, sobe na
atmosfera formando nuvens, quando as nuvens são atingidas por temperaturas mais baixas, o vapor
de água se condensa e se transforma em gotículas que se precipitam de volta à superfície em forma
de chuva. Nas regiões muito frias, essas gotículas podem se transformar em flocos de neve ao se
precipitarem.
As águas da chuva ficam retidas no solo e nas áreas onde há vegetação essa água é usada pelas
plantas. Outra parte da água acaba indo para os rios e lagos. A água não utilizada pelas plantas
passa através do solo e de rochas permeáveis, e acaba se dirigindo para grandes reservatórios no
subterrâneo, formando o chamado lençol freático1, que fluem de volta para os oceanos. A
evaporação das águas da superfície terrestre é constante e novos ciclos se formam a todo instante.
3.3.Disposição da água
Toda a água existente na Terra que constitui a hidrosfera distribui-se por três reservatórios
principais: a água oceânica, a água continental (formada pelos rios, lagos e água subterrânea) e a
água atmosférica, na forma de vapor. A distribuição de água no planeta está diretamente
relacionada com a disponibilidade de água doce e salgada.
De acordo com levantamentos geo-ambientais, cerca de 70% da superfície do Planeta são
constituídos por água, 97,5% configura-se como água salgada e apenas 2,5%, como água doce.
Desse total de 2,5% de água doce, 69,8% da água está na forma congelada, 29% de água
subterrânea, 0,3% água dos rios e lagos e 0,9% estão em outras formas. Isto quer dizer que a maior
parte da água disponível e própria para consumo é mínima perto da quantidade total de água
existente no Planeta.
O relatório anual das Nações Unidas (ONU) relata que hoje existem 1,1 bilhão de pessoas
praticamente sem acesso à água doce, e três principais problemas agravam o quadro de
disponibilidade hídrica mundial: a degradação dos mananciais; o aumento exponencial e
desordenado da demanda; e o descompasso entre a distribuição das disponibilidades hídricas e a
localização das demandas, pois as águas estão distribuídas de forma heterogênea, tanto no tempo
como no espaço geográfico. (AYIBOTELE, 1992)
A Terra possui 1,4 milhões de quilômetros cúbicos de água, mas apenas 2,5%, desse total, são de
natureza doce. Os rios, lagos e reservatórios de onde a humanidade retira o que consome só
correspondem a 0,26% desse percentual. Daí a necessidade de preservação dos recursos hídricos.
Em todo mundo, cerca de 10% da água disponibilizada para consumo são destinados ao
abastecimento público, 23% para a indústria e 67% para a agricultura. A água doce utilizada para
consumo humano é proveniente das represas, rios, lagos, açudes, reservas subterrâneas e em certos
casos do mar (após o processo de dessalinização). A água para o consumo é armazenada em
reservatórios de distribuição e depois enviada para grandes tanques e caixas d’água de casas e
edifícios. Após o uso, a água segue pela rede de captação de esgotos. Antes de voltar à natureza,
ela deve ser novamente tratada, para evitar a contaminação de rios e reservatórios.
(GOMES, 2011).
“A água potável é um recurso finito, que se espalha em partes desiguais pela superfície terrestre. Se, por
um lado, seu ciclo natural se responsabiliza pela sua manutenção tornando-a um recurso renovável, por
outro, suas reservas são limitadas.” ( Ronaldo Delino ). A água doce pronta a utilizar pelo homem
representa apenas 1,7% de toda a água, 24,2 milhões de km cúbicos (excluindo as reservas de gelo e
calotes polares). A água disponível reparte-se desigualmente pelas regiões.
A água doce disponível parece, à primeira vista, ser suficiente para satisfazer as necessidades básicas
para a sobrevivência humana. Na verdade, apesar do volume exato de água necessário para satisfazer as
necessidades humanas ainda ser assunto de debate, estima-se que, não há água potável suficiente no
planeta para suportar cerca de 20 biliões de pessoas (atualmente existem pouco mais de 6 biliões de
humanos no mundo inteiro). Ora, se somos bastante menos do que o tal 20 biliões seria de esperar que
não houvesse problemas relativamente às necessidades de água no mundo.
Figura 3: Percentagem de população Vs percentagem de água por continente (The United Nations
World Water Development Report 2003)
Com o crescimento da população mundial, a água doce tem-se tornado cada vez mais escassa. O
uso em excesso, o desperdício e a poluição das águas são os principais problemas relacionados à
água doce na atualidade.
Por se tratar de um recurso mineral precioso e escasso, a sociedade deve se conscientizar de que,
para não faltar água num futuro próximo, é necessário evitar desperdícios, usar de forma racional
e não poluir os rios, lagos e mananciais.
Para ser utilizada para o consumo humano, a água doce deve passar por um sistema de tratamento,
que ocorre nas ETAs (Estação de Tratamento de Água). Nestes locais, a água é tratada, as
partículas impróprias para o consumo são retiradas e produtos químicos (o principal é o cloro) são
adicionados para eliminar da água os microrganismos patogênicos (que provocam doenças).
Somente após este processo é que a água doce se torna potável e pode chegar às residências para
ser consumida
O uso consuntivo da água é aquele em que a água é captada direto do seu manancial para o seu
destino, de forma que a disponibilidade desta é reduzida como no caso da agricultura. Já no uso
não consuntivo da água, a água não é consumida de forma direta, como, por exemplo, a água
utilizada na pesca ou na geração de energia pelas hidrelétricas.
Em função dos diversos usos da água, alguns conceitos devem ser apresentados:
Água bruta- inicialmente, a água é retirada do rio, lago ou lençol subterrâneo, possuindo
uma determinada qualidade;
Água tratada- após a captação, a água sofre transformações durante o seu tratamento para
se adequar aos usos previstos (ex.: abastecimento público ou industrial);
Água usada- (esgoto bruto) com a utilização da água, a mesma sofre novas transformações
na sua qualidade, vindo a constituir-se em um despejo líquido;
Esgoto tratado- visando remover os seus principais poluentes, os despejos sofrem um
tratamento antes de serem lançados ao corpo receptor. O tratamento dos esgotos é
responsável por uma nova alteração na qualidade do líquido;
Corpo receptor- o efluente do tratamento dos esgotos atinge o corpo receptor, onde, em
virtude da diluição e mecanismos de autodepuração, a qualidade da água volta a sofrer
novas modificações.
O homem precisa de água com qualidade satisfatória e quantidade suficiente, para satisfazer suas
necessidades de alimentação, higiene e outras, sendo um princípio considerar a quantidade de
água, do ponto de vista sanitário, de grande importância no controle e na prevenção de doenças.
3.4.1. Parcelas componentes dos diferentes usos da água
a) Doméstico:
Bebida, cozinha, banho, lavagem de roupas e utensílios, limpeza da casa, descarga dos
aparelhos sanitários, irrigação de jardins e lavagem dos veículos.
b) Comercial:
c) Industrial:
d) Público:
e) Segurança:
Combate de incêndio.
A água contém, geralmente, diversos componentes, os quais provêm do próprio ambiente natural
ou foram introduzidos a partir de atividades humanas.
Os teores máximos de impurezas permitidos na água são estabelecidos em função dos seus usos.
Esses teores constituem os padrões de qualidade, os quais são fixados por entidades públicas, com
o objetivo de garantir que a água a ser utilizada para um determinado fim não contenha impurezas
que venham a prejudicá-lo.
Para caracterizar uma água, são determinados diversos parâmetros, os quais representam as suas
características físicas, químicas e biológicas. Esses parâmetros são indicadores da qualidade da
água e constituem impurezas quando alcançam valores superiores aos estabelecidos para
determinado uso. Os principais indicadores de qualidade da água são discutidos a seguir, separados
sob os aspectos físicos, químicos, biológicos, hidrobiológicos e microbiológicos. Os parâmetros
mais importantes são os que se fazem referência a seguir:
Parâmetros Físicos
c) Cor: resulta da existência, na água, de substâncias em solução; pode ser causada pelo ferro ou
manganês, pela decomposição da matéria orgânica da água (principalmente vegetais), pelas algas
ou pela introdução de esgotos industriais e domésticos. Padrão de potabilidade: intensidade de cor
inferior a 5 unidades.
d) Turbidez: presença de matéria em suspensão na água, como argila, silte, substâncias orgânicas
finamente divididas, organismos microscópicos e outras partículas.
e) Sólidos: Sólidos em suspensão: resíduo que permanece num filtro de asbesto após filtragem da
amostra. Podem ser divididos em:
f) Condutividade Elétrica: capacidade que a água possui de conduzir corrente elétrica. Este
parâmetro está relacionado com a presença de íons dissolvidos na água, que são partículas
carregadas eletricamente Quanto maior for a quantidade de íons dissolvidos, maior será a
condutividade elétrica na água.
Parâmetros Químicos
a) pH (potencial hidrogeniônico): representa o equilíbrio entre íons H+ e íons OH; varia de 7 a 14;
indica se uma água é ácida (pH inferior a 7), neutra (pH igual a 7) ou alcalina (pH maior do que
7); o pH da água depende de sua origem e características naturais, mas pode ser alterado pela
introdução de resíduos; pH baixo torna a água corrosiva; águas com pH elevado tendem a formar
incrustações nas tubulações; a vida aquática depende do pH, sendo recomendável a faixa de 6 a 9.
b) Alcalinidade: causada por sais alcalinos, principalmente de sódio e cálcio; mede a capacidade
da água de neutralizar os ácidos; em teores elevados, pode proporcionar sabor desagradável à água,
tem influência nos processos de tratamento da água.
f) Nitrogênio: o nitrogênio pode estar presente na água sob várias formas: molecular, amônia,
nitrito, nitrato; é um elemento indispensável ao crescimento de algas, mas, em excesso, pode
ocasionar um exagerado desenvolvimento desses organismos, fenômeno chamado de eutrofização;
o nitrato, na água, pode causar a metemoglobinemia; a amônia é tóxica aos peixes; são causas do
aumento do nitrogênio na água: esgotos domésticos e industriais, fertilizantes, excrementos de
animais.
j) Matéria Orgânica: a matéria orgânica da água é necessária aos seres heterótrofos, na sua
nutrição, e aos autótrofos, como fonte de sais nutrientes e gás carbônico; em grandes quantidades,
no entanto, podem causar alguns problemas, como: cor, odor, turbidez, consumo do oxigênio
dissolvido, pelos organismos decompositores.
O consumo de oxigênio é um dos problemas mais sérios do aumento do teor de matéria orgânica,
pois provoca desequilíbrios ecológicos, podendo causar a extinção dos organismos aeróbios.
Geralmente, são utilizados dois indicadores do teor de matéria orgânica na água: Demanda
Bioquímica de Oxigênio (DBO) e Demanda Química de Oxigênio (DQO).
Parâmetros Biológicos
A poluição das águas está associada ao tipo de uso e ocupação do solo. As fontes de poluição
possuem características próprias quanto aos poluentes que carregam (por exemplo, os esgotos
domésticos apresentam compostos orgânicos biodegradáveis, nutrientes e bactérias).
Quando da ocorrência de chuvas, os materiais acumulados em valas, bueiros, etc., são arrastados
pelas águas pluviais para os cursos de água superficiais, constituindo-se numa fonte de poluição
tanto maior quanto mais deficiente for a coleta de esgotos ou mesmo a limpeza pública.
Já o deflúvio superficial agrícola apresenta características diferentes. Seus efeitos dependem muito
das práticas agrícolas utilizadas em cada região e da época do ano em que se realizam a preparação
do terreno para o plantio, a aplicação de fertilizantes, defensivos agrícolas e a colheita.
Os principais fatores de deterioração dos rios, mares, lagos e oceanos são: poluição e
contaminação por produtos químicos e esgotos. O homem tem causado, desde a Revolução
Industrial (segunda metade do século XVIII), todo este prejuízo à natureza, através dos lixos,
esgotos, dejetos químicos industriais e mineração sem controlo.
Actividades agropecuárias
Actividades industriais
Actividades domesticas
Contaminação por resíduos de cadáveres
1. Atividades agropecuárias
A atividade agrícola é potencialmente poluidora porque o uso de pesticidas e fertilizantes
químicos, que contêm principalmente nitrogênio e fósforo, tem como consequência, para além da
poluição dos solos, a degradação dos recursos hídricos, quer superficiais quer subterrâneos.
Estes elementos juntam-se às substâncias existentes nos esgotos residenciais, nutrem as algas, que
também proliferam e, em grande quantidade, impedem a passagem da luz para a água.
As águas das chuvas e de irrigação conduzem parte desses produtos para os rios, lagos e albufeiras,
onde provocam graves perturbações ou mesmo a morte dos seres vivos pela ingestão da água
envenenada. Por outro lado, e como também já salientámos, pela infiltração desse produto no solo
eles podem atingir as toalhas freáticas, degradando assim as águas subterrâneas, gerando impactos
ambientais significativos no ecossistema.
2. Atividades industriais
Figura 4: O derramamento de petróleo pode afectar espécies animais
A indústria constitui, sem dúvida, o setor de atividade mais poluidor da água. Nos circuitos de
produção, a água é utilizada como dissolvente ou reagente químico, na lavagem (com adição de
detergentes), na tinturaria e no arrefecimento, acabando forçosamente por se poluir, e de
frequentemente, tal maneira que se torna imprópria para quaisquer usos.
Com elevadas cargas orgânicas, químicas e substâncias tóxicas e, por isso extremamente venenosa,
essa água é lançada, direta ou indiretamente, nos rios, ribeiras, lagos e albufeiras, onde provoca
graves desequilíbrios ecológicos, com a morte de muitas espécies aquáticas e anfíbias. Por outro
lado, infiltrando-se no solo, vai envenenar as águas subterrâneas, cujas consequências para a saúde
pública são fáceis de adivinhar.
Saliente-se ainda que se a poluição de um rio ou ribeira podem ser combatidos eficazmente em
alguns anos, as toalhas subterrâneas, que se renovam muito lentamente, podem manter-se
contaminadas durante dezenas ou mesmo centenas de anos.
Nos países industrializados, como os Estados Unidos, França, Alemanha, Bélgica, Itália, Reino
Unido e outros, muitos rios e lagos e respetivas margens constituem autênticas fossas a céu aberto.
Com forte teor de cianetos, amónio, nitratos e detergentes, tornaram-se biologicamente mortos, já
que ali a vida deixou simplesmente de existir.
3. Atividades domésticas
É muito comum que as águas já usadas nas residências, contendo fezes humanas, urina, restos de
comida, sabões e detergentes, sejam frequentemente lançadas, sem tratamento prévio, nos rios,
lagos e albufeiras, diretamente ou pelas redes de esgoto, causando a poluição da água, o que
constitui uma grave ameaça para a saúde das populações.
A contaminação da água também ocorre pelos resíduos de aterros sanitários mau instalados e
lixões a céu aberto e pela infiltração do chorume no lençol freático. O chorume é o lixo em estado
líquido, que penetra no solo ou corre diretamente em direção aos rios.
Assim como ocorre com os lixões, a contaminação da água por resíduos de cadáveres deve-se pela
infiltração de substâncias no solo.
Nos cemitérios, onde as medidas biológicas para isolamento dos corpos em decomposição não
ocorrem, o solo é penetrado pelo chamado necrochorume e pode atingir os lençóis freáticos.
Poluição térmica
O processo ocorre por via de aumento da temperatura da água, o aumento da temperatura da água
pode diminui a quantidade de oxigênio dissolvido, diminui do tempo de vida de algumas espécies
aquáticas, altera os ciclos de reprodução, aumenta a quantidade de gás carbônico na atmosfera,
aumenta a velocidade das reações entre os, poluentes presentes na água e potencializa a ação
nociva dos poluentes.
Poluição química
Ocorre por via de substâncias tóxicas cuja presença na água não é fácil de identificar nem de
remover. Em geral os efeitos são cumulativos e podem levar anos para serem sentidos.
Os poluentes mais comuns das águas são: fertilizantes agrícolas, esgotos domésticos e industrial,
compostos orgânicos sintéticos, plásticos, petróleo e metais pesados.
Poluição sedimentar
Poluição biológica
Existem duas estratégias adotadas no controle da poluição aquática: (1) redução na fonte e (2)
tratamento dos resíduos de forma a remover os contaminantes ou ainda de convertê-los a uma
forma menos nociva.
O tratamento dos resíduos tem sido a melhor opção no caso de contaminantes de fontes pontuais.
A redução na fonte pode ser aplicada a contaminantes provenientes de ambas as fontes, tanto
pontuais quanto difusas.
Outras estratégias usadas para controlar a poluição da água são a despoluição do meio ambiente e
evitar poluir novamente o meio ambiente.
Tecnologias de transferência de fase: faz-se transferência da fase aquosa para a solida, por
exemplo, pela adição de carvão activo na água. Aqui, a poluição não é eliminada, apenas deixa de
ser veiculada pelo meio aquoso para ser transformada sem resíduos sólidos ou emitida para a
atmosfera.
As primeiras evidências da relação entre doenças e o consumo de água poluída foram estabelecidas
na metade do século passado em Londres, na Inglaterra, através da ocorrência de uma epidemia de
cólera. Sabe-se hoje que a água é um dos principais vetores na transmissão de doenças. Cólera e
tifo, que são transmitidas pela água, mataram milhões de pessoas no passado e são ainda uma das
principais causas de doenças ao e dor do globo, especialmente nos países subdesenvolvidos (Glynn
Henry e Heinke, 1996).
A adoção de práticas corretas de coleta e disposição final do lixo também constitui medida de
controlo da poluição da água. Depósitos inadequados de resíduos sólidos, no solo ou
diretamente em corpos d’água, podem resultar na poluição da água.
3.8.Gestão de água
Segundo CAMPOS et al. (2001), (apud Grigg 1996) ele define o gerenciamento de recursos
hídricos como sendo a aplicação de medidas estruturais e não estruturais para controlar os sistemas
hídricos, naturais e artificiais em benefício humano e atendendo a objetivos ambientais. As acções
estruturais são aquelas que requerem construção de barragens e estacoes de tratamentos e as não
estruturais sendo os programas de zoneamento de ocupação de solos e regulamentos contra
desperdício de águas.
Entretanto, as ações estruturais não são muito convenientes porque elas rompem o ciclo
hidrológico nas zonas implementadas, causando problemas no ecossistema nessas zonas. Assim
sendo as instituições responsáveis vem adotando mediadas não estruturais para a gestão das águas,
como alguns instrumentos de gestão de água como as leis, normas, sanções e alguns meios
educativos para gerir a demanda crescente do consumo da água.
Medidas Conjunturais
Incentivos
Intervenção Direta
1. Medidas conjuntarias
As medidas conjuntarias são regras para o suprimento o uso de águas, tais como direitos de uso
das água, propriedade de terra, instituições sociais e civis e legislações. Nessa medida o usuário
age de forma mais racional ao usar a água.
1.1.Arranjos legais e institucionais
1.2.Privatização
Normalmente os recursos hídricos são desenvolvidos e geridos pelo setor publico, porem grande
parte das agências governamentais responsáveis pela gestão apresenta vários problemas nas suas
instituições. Assim Grande parte dos países desenvolvidos tem deixado o setor privado encarregue
de desenvolver e gerenciar uma parte dos recursos hídricos.
Segundo Campus et al.( 2001) , existem diversas opções para a participação do setor privado. Uma
delas é manter a água sob propriedade do Estado, mas deixar o setor privado participar através
contratos de gestão, leasing e concessões (apud Bhatia, et. al. 1993). A ideia de manter a água sob
propriedade do estado tem como o objetivo de evitar com que haja monopólio das grandes
empresas multinacional no setor de gerenciamento de água, salvaguardando a distribuição por
igual da água nas populações.
2. Incentivos
Os incentivos podem ser classificados em dois grupos o incentivo económico e o não económico.
O económico sendo o que envolve estabelecimento de várias tarifas, cobranças e incentivos fiscais
e os não económicos como sendo a restrições, sanções, o estabelecimento de quotas de consumos,
estabelecimento de normas de utilização de águas e as campanhas educativas.
2.1.Incentivos econômicos
O incentivo económico vem na vertente de que o homem reage a certo incentivos económicos de
forma previsível, isto e com a aplicação ou aumento do custo de aquisição da água o homem tem
tendência de racionalizar e usar este bem com mais cuidado evitando uso desnecessário.
Embora a cobrança seja amplamente defendida, especialistas alertam que a mesma é condição
necessária, mas não suficiente, para se atingir a eficiência, a equidade e a sustentabilidade.
Defende-se ainda que os subsídios sejam explicitamente justificados e que as tarifas sejam
calculadas no sentido de se encorajar a conservação da água e não apenas para recuperação dos
custos, o que implica que a tarifa deve ser alta o suficiente para se mover dentro da porção elástica
da curva da demanda. Porem o problema surge quando os custos são muito elevados evitando o
acesso a água a populações carentes.
2.2.Tarifa de água
A tarifa de água pode ser um meio eficiente de conservação da água, mas o seu impacto na redução
do volume consumido depende de como o consumidor responde ao aumento dessa tarifa. O
comprador tem interesse em adquirir determinado produto em quantidades maiores quando o preço
baixa, assim como é levado a restringir ou reduzir seu consumo quando o preço se eleva.
3.1.Restrições e sanções
Em lugares em que as instituições têm o controle total de gerenciamento de agua, ela pode em
tempo de escassez cortar o abastecimento da agua em algumas regiões de modo a conservar o
recurso. As sanções normalmente são aplicadas a usuários que não obedecem as normas vigentes
na região,
3.2.Quotas e Normas
As quotas e normas são aplicadas de maneira a estabelecer quotas de consumo ao usuário a utilizar
uma quantidade de água preestabelecida pela instituição responsável e punindo o usuário que
exceda essa quantidade através de multas, sanções ou tarifas punitivas.
Campus et al. 2001, ( apud, Bhatia et al. 1993) citam o exemplo do East Bay Municipal Utility
District, na Califórnia, que usa uma estrutura tarifária progressiva. Aqueles que consumem 140%
do valor alocado por sua quota, por exemplo, pagam uma tarifa seis vezes superior à tarifa normal.
3.3.Campanhas educativas
Segundo (Campus et al. 2001, apud, Bhatia et.al. 1993), campanhas educativas e de apelo ao
espírito público do usuário são frequentemente utilizadas, com sucesso, como um instrumento de
conscientização do usuário quanto à necessidade da conservação de água durante períodos de
escassez temporária. Segundo os autores, durante uma seca severa na Califórnia, a cidade de San
Diego conseguiu reduzir em 30% a demanda de água, apenas com esta medida.
As campanhas educativas apesar de ser difícil de dispor números que traduzem o quão efetiva são.
Ela ajudar a transmitir as consequências do uso excessivo de água e as cobranças feitas pelas
instituições vigentes
4. Intervenção direta
Um banho de duchar de quinze minutos consome 240 litros de água. Fechar a torneira
enquanto se ensaboa, diminuindo o tempo de banho para cinco minutos, reduz o gasto para
80 litros.
Escovar os dentes durante cinco minutos com a torneira aberta provoca um gasto de 80
litros. Molhar a escova, fechar a torneira e enxaguar a boca com um copo de água consome
1 litro.
Para lavar a louça na pia com a torneira aberta, durante quinze minutos, gastam-se 240
litros. Limpar os restos dos pratos com uma escova, usar a água retida na cuba para
ensaboar a louça e abrir a torneira só na hora do enxague gera uma economia de 220 litros.
Esqueça a mangueira na hora de lavar a calçada. Água, só depois de varrer bem as folhas
e a sujeira.
Use as lavadoras de louça e de roupa apenas quando estiverem cheias.
Atenção aos pequenos vazamentos. Aquelas gotas que insistem em pingar da torneira da
cozinha significam um gasto extra de 46 litros por dia. As torneiras devem ser fechadas por
completo depois do uso e consertadas se apresentarem qualquer defeito.
Com uma mangueira semiaberta, gastam-se 560 litros para lavar o carro. Se o serviço for
feito com um balde, o consumo é de 40 litros.
4. Considerações finais
5. Referências bibliográficas
CAMPOS, Nilson & STUDART, Ticiana “Gestão das Aguas princípios e praticas”
Fortaleza Brasil, ABRH 2 ed, 2001.
BRANCO, António Jorge de Carvalho Lourenço “NOVOS PARADIGMAS PARA A
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