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CARGA DE TRABALHO, FADIGA E INSATISFAÇÃO

LABORAL

Discentes:
Enecai Eduardo E. Arnanca
Antonio Paulo Vasco
Erasmo Mutumane

Docente:
Msc. Adelicio Alberto
1. Carga de trabalho
Os conceitos de carga de trabalho são analisados na perspectiva de muitos autores:

Segundo Parsons et al. (2012), a carga de trabalho é definida como uma construção
abstrata que quantifica a resposta individual as demandas de uma tarefa ou um
conjunto de tarefas.

Stoll et al. (2007), tem uma abordagem voltada a fisiologia, visto que define carga
de trabalho como qualquer esforço fisiológico que resulta de reacções. Já Boer
(1997) define carga de trabalho como qualquer recurso que um operador ira
precisar para executar uma tarefa de um sistema.

Por carga de trabalho entende-se o conjunto de requisitos psicofísicos a que se vê


submetido o trabalhador ao longo do seu dia de trabalho. Pode-se, então, falar de
carga de trabalho física e mental.
1.1. Carga física
Carga física é o conjunto de requisitos físicos a que um trabalhador é submetido durante o seu dia de trabalho.

Para melhor conhecer e estudar a carga física importa conhecer:

 esforços físicos;

 posturas no trabalho;

 movimentação manual de cargas.

1.2. Carga mental


Carga mental é o nível de actividade mental necessário para executar o trabalho.

Factores que incidem na carga mental:

 Quantidade de informação recebida;

 Complexidade da resposta que se exige;

 Capacidades individuais.
1.3. Factores influentes na carga de trabalho

Factores externos:

 Horas de trabalho;

 Movimentos repetitivos;

 Esforços vigorosos

Factores internos:

 Idade

 Sexo

 Índice de massa corporal

 Educação

 Exercício

 Aptidão física
1.4. Consequências referentes a carga de trabalho
Como consequências desses factores encontramos os seguintes:

 Angustia profissional

 Aumento de erros no trabalho e taxa de esgotamento

 Diminuição da qualidade de vida

 Diminuição da satisfação com a carreira

 Conflitos encasa

 Trauma acumulativo

 Fadiga

 Colapso do operador
2. Fadiga
Por FADIGA entende-se a diminuição da capacidade física e mental de um individuo, depois de ter
realizado um trabalho durante um determinado período de tempo.
2.1. Factores no ambiente de trabalho que podem propiciar o aparecimento da fadiga
Entre os fatores apontados como geradores do sintoma estão o excesso de trabalho e a pressão por
produção, “a existência de ritmo intenso, falta de autonomia, falta de reconhecimento em relação ao
desempenho, a automação gerando desemprego e modificando o processo de trabalho sem a participação
dos trabalhadores”.

O estudo conduzido por Marziale e Rozestraten (1995), aponta a presença de fadiga mental nos
trabalhadores de enfermagem que atuam em instituições hospitalares com esquema de trabalho em turnos
alternados.

Outros autores (Oliniski, Rothbarth, Ulbrich & Felibino, 2005) apontam que o ambiente de trabalho em
saúde é naturalmente gerador de fadiga e mobilizador de emoções em seus trabalhadores.
2.2. Consequências da fadiga para o trabalho e para a saúde do trabalhador

Como consequência de fatores intrínsecos e extrínsecos ao trabalhador, a fadiga traz para o ambiente
organizacional diversas implicações, tanto para a saúde do trabalhador quanto para a empresa, que precisa
arcar com os prejuízos de um ou mais funcionários portadores da síndrome. Entre as diversas
consequências no ambiente de trabalho, a fadiga pode causar baixo rendimento, altos índices de
absenteísmo, risco elevado de se envolver em acidentes de trabalho ou cometer erros na atividade
desenvolvida, desenvolvimento de lesões de esforço, entre outros.
2.3. Medidas de prevenção da Fadiga

 Adaptar a carga de trabalho (física e mental) às capacidades do trabalhador;

 Situar os órgãos de comando e controlo dentro do campo eficaz de trabalho do operador;

 Organizar as tarefas de modo a que seja possível combinar várias posturas no trabalho;

 Controlar a quantidade e a qualidade da informação tratada;

 Adequar, relativamente à tarefa, o número e a duração dos períodos de descanso;

 Aconselhar uma nutrição adequada em conformidade com o consumo metabólico produzido no


trabalho.
3. Insatisfação profissional

“É o grau de mal-estar que o trabalhador experimente devido ao seu trabalho”, indicando em que medida
as características do trabalho não se coadunam com os desejos, aspirações ou necessidades do trabalhador.

A insatisfação profissional surge principalmente devido a factores da organização do trabalho ou


psicossociais, tais como: salário, falta de responsabilidade, más relações, trabalhos rotineiros,
característica individual dos trabalhadores, etc. Nem todos reagem do mesmo modo à mesma situação
profissional.

A melhor maneira de prevenir a insatisfação profissional é actuar sobre a organização do trabalho:


 Favorecendo novos modelos de planeamento das tarefas que facilitem a participação e o trabalho em
grupo, fugindo dos trabalhos monótonos e repetitivos.
 Assumindo mudanças que partam da Direcção da Organização (Empresa, Estabelecimento ou Serviço)
e que afectem todos os canais de comunicação, promoção e formação dos trabalhadores.
Obrigado pela atenção dispensada!!!!

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