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O que é gabião?

Trata-se de uma espécie de gaiola metálica, geralmente produzida com telas de arame recozido
ou aço galvanizado. O resultado é uma estrutura flexível vazada que pode apresentar diferentes
tamanhos e formatos, como você verá adiante.
O entrelaçamento dos fios metálicos é feito de modo a obter telas de malha hexagonal com dupla
torção. Após esse processo, a gaiola é completamente preenchida com pedras britadas ou
seixos (fragmentos pequenos e arredondados). A colocação das rochas pode ser feita
manualmente ou com o auxílio de máquinas.
Para finalizar, as extremidades de cada gaiola são unidas e costuradas com arames. Essa
combinação resulta nos chamados gabiões, que, posicionados lado a lado ou empilhados,
compõem muros, barreiras e outros elementos de apoio para obras.
Essa estrutura é produzida diretamente no local da obra, com isso, um dos pontos positivos da
técnica é a redução de custo, pois não depende de transporte. Além disso, para o interior do
gabião pode-se usar elementos da própria construção, que seriam descartados como entulho, ou
investir em materiais específicos, de acordo com a necessidade ou interesse do projeto.
Por causa da sua configuração, na maioria dos projetos não é necessário fixá-lo com argamassa
ou outro tipo de suporte, apenas posicionar no local desejado. O peso e a estrutura que resiste à
abrasão o tornam bastante estável.
De onde surgiu o gabião?
Pode parecer uma prática recente, mas, na verdade, seu uso tem sido registrado desde o Antigo
Egito. Para conter as margens do rio Nilo, os egípcios criaram estruturas muito similares ao que
hoje conhecemos como gabião, formadas de bambu.
Os chineses também se aproveitaram da trama em suas fortificações, tal qual os europeus durante
a era medieval. Leonardo da Vinci, o famoso artista italiano renascentista, inseriu a técnica nas
bases do Castelo de San Marco, tornando o que era um recurso puramente estrutural em
um elemento arquitetônico.
Curiosidade: o termo gabião tem origem na palavra italiana gabbione, que significa “grande
gaiola”, e representa certos tipos de cestos utilizados para o transporte de terra e de adubo. Aqui
no Brasil, seu uso começou a se popularizar por volta da década de 70.
Para que serve?
As principais utilidades do gabião incluem contenção, estabilização de taludes e controle de
erosão em obras civis, geotécnicas e hidráulicas. Também pode ter fins estéticos, principalmente
em espaços que demandam um visual rústico.
Como as gaiolas têm peso elevado, conseguem conter tudo o que possa estar atrás delas. Ou seja,
as pedras cumprem o papel de força resistente — aquela que queremos equilibrar e posicionar
—, enquanto o arame age como força potente — a força que sustentará a resistência. Isso
explica por que costumam ser colocadas em locais de plano inclinado, como beira de córregos e
estradas, a fim de evitar desabamentos.
A função desempenhada por esses elementos varia conforme o tipo e a necessidade do
projeto. Entre os principais usos, podemos destacar:
 muros de arrimo;
 revestimento em bacias;
 proteção para margens de rios;
 canalização de cursos d’água;
 sistemas de drenagem;
 elemento paisagístico ou arquitetônico;
 contenção para obras viárias ou ferroviárias;
 suporte para pontes.
Quais são as características de um muro de gabião?
O gabião é uma excelente alternativa para diversas obras de construção. Além de ser visualmente
atrativo, por conta da aparência natural das pedras, esse tipo de gaiola proporciona diversas
vantagens em termos de custo, manutenção e durabilidade.
Veja, a seguir, algumas características que deixam esses benefícios bem claros.
Flexibilidade
As estruturas metálicas, embora preenchidas com fragmentos sólidos, adequam-se muito bem
às movimentações do solo. Isso ocorre por conta do deslocamento discreto das pedras, que se
adaptam a possíveis relevos ou buracos presentes na base em que serão colocadas.
Permeabilidade
Essa característica é extremamente valorizada por garantir um impacto ambiental mínimo. Ao
contrário dos muros rígidos, feitos de alvenaria ou concreto armado, um muro de gabião permite
a passagem do fluxo de água entre as pedras. Ao mesmo tempo, conseguem conter detritos
maiores e grandes porções de terra.
A estrutura vazada do gabião também não impede nem atrapalha o crescimento de plantas ao
redor, uma característica que o torna altamente sustentável e compatível com o paisagismo.
Longa vida útil
As rochas são extremamente resistentes e podem compor gabiões por muitos anos sem que
percam sua função estrutural. O principal cuidado para evitar a degradação da estrutura é utilizar
telas de qualidade. Alguns revestimentos metálicos recebem proteção polimérica para prevenir a
corrosão.
Fácil execução
Ainda que demandem mão de obra especializada, as gaiolas de gabião são simples de executar.
O processo consiste, basicamente, em empilhar pedras sobre as malhas e finalizar com
amarrações.
Cabe destacar que a ausência de insumos que levam água permite que esse tipo de estrutura seja
feito mesmo sob condições climáticas adversas. O transporte das gaiolas vazias até o canteiro
também é facilitado, o que ajuda a otimizar a logística da obra.
Baixo custo
O uso de materiais naturais e que podem ser obtidos no local da obra ou nos arredores torna
essa solução bastante econômica. Além disso, por se tratar de uma construção seca, ou seja, que
não demanda concreto ou argamassa, a estrutura de gabião acaba tendo baixo custo.
Quantos tipos existem?
Os gabiões podem apresentar variações nas dimensões, formato e aparência. Independentemente
da versão escolhida, é importante que tenha características permeáveis e efeito de drenagem.
Além das pedras britadas ou roladas, há a possibilidade de usar materiais alternativos, como
entulhos, no preenchimento das gaiolas. Em todo caso, é fundamental que os fragmentos sejam
maiores que as aberturas da tela metálica e não se desmanchem com facilidade.
Veja, a seguir, os três principais tipos de gabião e suas características.
Caixa
Com formato de paralelepípedo, o gabião tipo caixa é composto por várias divisões internas
chamadas células. É um dos modelos mais usados, principalmente em muros de arrimo e locais
que sofrem empuxo, a exemplo de barragens, canalizações e estruturas de contenção.
Para executar, é importante que o muro tenha uma inclinação de 10% para dentro do talude. O
ideal é fazer o empilhamento máximo de três camadas para cada nível do terreno, de modo a
garantir a estabilidade da estrutura. Se for necessário mais altura, é preciso fazer um recuo nas
camadas seguintes, compondo degraus.
Caixa forte
Semelhante ao tipo anterior, o modelo caixa forte tem uma malha com diâmetro maior, tendo
uma estrutura mais reforçada nas laterais. Mais resistente aos danos por fricção, é indicada
para obras em relevos mais inclinados e com fluxos d’água mais velozes ou com mais
quantidade de materiais em suspensão.
Colchão
É semelhante ao gabião tipo caixa, mas sua altura menor faz com que lembre um colchão. O
uso costuma ocorrer em canais e margens de rios/córregos, com o objetivo de proteger e
estabilizar. Também é comum o emprego em plataformas de deformação.
Nesse modelo, a malha que compõe a base é dobrada a cada metro para formar diafragmas que
dividem os colchões em fragmentos de, aproximadamente, 2m². Depois, ocorre o desdobramento
para que as gaiolas sejam posicionadas, costuradas e preenchidas já no local.
Saco
Com formato cilíndrico, o gabião tipo saco costuma ser usado para compor fundações de
estruturas em geral. Também é útil para obras que demandam o assentamento de leitos de rios e
cursos d’água, além de ser eficaz na proteção de encostas.
Diferentemente das versões anteriores, que tendem a ser moldadas in loco, esse modelo costuma
ser levado pronto para o canteiro. Nesse caso, a estrutura metálica é preenchida com pedras perto
do local definitivo e, com o auxílio de equipamentos, colocada no espaço destinado.
Que tipos de pedras podem ser usadas no preenchimento?
A primeira opção é aproveitar o material da própria obra para formar o gabião, ou de terrenos
ao redor, pois isso diminui os custos. Mas, caso você queira algum minério específico para o
projeto, pode utilizá-lo sem problemas.
As pedras rachão são as mais comuns, pela sua abundância em pedreiras. O granito é uma
variação barata, que dá um aspecto diferenciado na construção. Caso você queira uma matéria
prima mais nobre, e tenha um orçamento suficiente para tal, pode investir na pedra ferro. Basalto
e calcário também podem ser usados.
E quais são os pontos negativos de usar o gabião?
Apesar de a técnica ser altamente ecológica, barata e prática, é importante evidenciar que nem
tudo são flores, e o gabião deve ser usado com alguns pontos de atenção.
O primeiro deles é em relação à questão ambiental. Por ser formado de frestas, os vãos entre as
rochas podem favorecer o abrigo de insetos e pequenos animais, e por isso deve-se avaliar a
sua utilização em áreas próximas às residências.
Não é necessário usar argamassa para o suporte, contudo, o gabião exige uma área de contato
com o solo ampla, e por isso não é indicado em obras com limitação de espaço. Caso precise
aproveitar melhor o território, você pode fazer uso de opções mais compactas.
Porém, essas limitações são relativas, e não impedem o uso do gabião em sua construção. São
apenas detalhes para preparar você para esses pequenos inconvenientes.
Ficou claro que existem várias formas de aproveitar os elementos feitos com gabião. Seja
como ponto de apoio para reforçar e proteger obras, seja para levar mais beleza às construções e
projetos paisagísticos, sempre haverá uma solução ideal para exercer um serviço de qualidade.
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O que é gabião?
Gabião é um muro de arrimo classificado como uma estrutura de contenção à gravidade e
flexível. As estruturas de contenção são obras que visam oferecer estabilidade contra a ruptura de
maciços de terra ou de rocha, evitando escorregamentos, desabamentos, rastejos, entre outros
fenômenos causados pelo peso próprio ou carregamentos externos (construção de edificações,
aterramentos, aumento da poro-pressão causado por fortes chuvas, etc.).
Muros de gabiões são muros constituídos por gaiolas metálicas formadas por fios de aço
galvanizado (para que resistam às intempéries sem oxidar, podendo também, ser utilizada uma
camada de PVC para maior resistência à corrosão) de malhas hexagonais com dupla torção.
Estas gaiolas são preenchidas pelas pedras e organizadas manualmente ou com equipamentos
mecânicos comuns.
As gaiolas são “costuradas” continuamente por um arame, formando estruturas monolíticas que
serão preenchidas manualmente com as pedras. As peças são produzidas uma a uma no local
definitivo da obra.
Os muros de arrimos são umas das estruturas mais antigas construídas pelo ser humano, porém
apenas no século XVIII o dimensionamento racional e os modelos teóricos foram desenvolvidos.
Já os gabiões, surgiram na Itália e foram utilizados pela primeira vez no século XIX. No Brasil,
esta alternativa de estabilizar taludes, só começou a ser utilizada nos anos 70.
As contenções à gravidade utilizam o seu próprio peso para fornecer estabilidade aos taludes.
Elas são divididas em estruturas rígidas, que são as construídas com materiais que não suportam
deformações (concreto, pedras assentadas com argamassa, etc.) e as estruturas flexíveis, que são
as construídas com materiais que aceitam e que podem sofrer deformações dentro de limites
estipulados em projeto, sem que percam estabilidade e eficiência. O muro de gabião, por
exemplo, se encaixa nesta segunda possibilidade.
Características do gabião
Os gabiões possuem características muito vantajosas na construção de estruturas de contenção,
tanto de forma técnica como econômica, pois apresentam características funcionais que não
existem em outras soluções de problemas geotécnicos, hidráulicos e de controle de erosão.
As principais características dos gabiões são:
 Flexibilidade: Por se construído por uma estrutura flexível, permite que o muro sofra
recalques diferenciais sem que o talude perca estabilidade.
 Permeabilidade: Os espaços vazios deixados pela acomodação das pedras permitem que
a água presente no talude escoe pelo muro ocorrendo a drenagem necessária para que não
tenha aumento da poro-pressão.
Para que o muro seja bem executado e tenha um bom funcionamento, é necessário que se preste
atenção na escolha dos materiais que serão utilizados, tanto nas características da malha metálica
quanto ao agregado de enchimento.
A malha deve possuir alta resistência mecânica, alta resistência à corrosão, flexibilidade e não
deve desfiar com facilidade. O melhor tipo de malha para esta função é a produzida por arames
de baixo teor de carbono, revestidos com liga de zinco 95%, alumínio 5% e terras raras, podendo
ter ou não revestimento plástico.
O agregado escolhido pode ser qualquer rocha ou material não friável. Normalmente, são
utilizados basalto, seixo ou granito. A granulometria dessas rochas deve ser pelo menos 1,5 vez
maior que a abertura da malha metálica. O importante é perceber se o material escolhido
proporcionará peso, rigidez e resistência à estrutura para as obras de contenção.
Outras características são o baixo impacto ambiental, pois a matéria-prima utilizada no seu
preenchimento é natural, além de permitir o desenvolvimento de vegetação entre as pedras, a
facilidade de execução, que exclui a necessidade de mão-de-obra especializada, e a
multifuncionalidade de aplicação.
Tipos de muro de gabião
Existem três tipos de muro de gabião que podem ser utilizados como muros de gravidade. Eles
são:
 Gabiões tipo caixa
Os gabiões do tipo caixa possuem uma estrutura metálica em forma de paralelepípedo, produzida
a partir de uma única malha hexagonal de dupla torção, formando a base, a tampa e as paredes
frontal e traseira. A malha da base é unida com painéis durante a fabricação, formando os
diafragmas e as paredes.

Muro de Gabião tipo caixa (Fonte: Catálogo Maccaferri)


Eles são elementos de alta resistência à tração, normalmente usados em estruturas que sofrem
empuxos, como estruturas de contenção, também, possuem nível baixo de alongamento de suas
malhas. Os gabiões, após serem preenchidos, tornam-se estruturas flexíveis, armadas e drenantes,
que podem ser usados como muros de contenção, barragens, canalizações, etc.
 Gabiões tipo colchão
Os gabiões do tipo colchão possuem uma estrutura metálica em forma de paralelepípedo com
grande área e pequena espessura, são produzidos com malha hexagonal de dupla torção e
formados por base e tampa, de forma separada. A malha que forma a base é dobrada, na
fabricação, de um em um metro formando diafragmas, esses dividem o colchão em fragmentos
de mais ou menos 2 metros quadrados. Antes de ser aplicado, este colchão é desdobrado
tornando-se um paralelepípedo, então, é posicionado no local especificado em projeto e
costurado, após então, é preenchido.

Gabião tipo colchão (Fonte: Catálogo Maccaferri)


Este tipo de gabião, normalmente é utilizado em canais e margens de córregos e rios como
revestimento, afim de proteger e estabilizar, podem ser utilizados também em plataformas de
deformação, protegendo a base de muros, canaletas de drenagem e revestimento de taludes.
 Gabiões tipo saco
Os gabiões do tipo saco possuem uma estrutura metálica de forma cilíndrica, formados por uma
única malha hexagonal de dupla torção e para seu fechamento nas extremidades, são usados
arames de aço colocados de forma alternada entre as penúltimas malhas das bordas livres, isso
permite que a peça seja montada no canteiro e possibilita reforço e rapidez em cada elemento ao
longo da instalação.
Gabião tipo saco (Fonte: Catálogo Maccaferri)
Este gabião, normalmente é utilizado em obras hidráulicas, onde é necessária uma solução
rápida, ou quando deve ser instalado em grandes profundidades (instalações subaquáticas), é
bastante utilizado também, em locais que o solo apresenta baixa capacidade de suporte. É uma
estrutura bastante versátil, sua instalação é feita com o auxílio de um guindaste ou uma grua, e
devido a presença de água nos locais onde é utilizado, sugere-se que sua fabricação seja feita
com arames protegidos por camada plástica, o que o torna eficiente em ambiente poluídos e
quimicamente agressivos também.
Processo executivo do gabião
Após o dimensionamento e o projeto do muro feito por profissional habilitado, inicia-se o
processo executivo. Para isso, realizam-se os serviços preliminares, que são o serviço de
terraplanagem (escavação ou construção de aterro), limpeza do local e regularização da base.
Execução do gabião tipo caixa
Para a execução do gabião tipo caixa, recomenda-se que o muro tenha uma inclinação de 10%
para dentro do talude. Dessa forma, quando o talude deformar e empurrar o muro, este ficará
totalmente verticalizado. Recomenda-se também, que os degraus do muro de gabião sejam
direcionados para a face do talude, fazendo com que o peso próprio do aterro atue na contenção.
Deve-se construir canaletas para que o pé do muro seja protegido da erosão e saturação do solo
causado pelo escoamento de água.
As “gaiolas” são montadas no local onde serão aplicadas. As telas devem estar estendidas e
dobradas, de acordo com as instruções dadas pelo fabricante. Posteriormente, são colocados
gabaritos na face frontal do muro, evitando a deformação da estrutura metálica.
Inicia-se o processo de preenchimento com as pedras, sendo aplicadas em três camadas,
acomodando-as para que não sobrem muitos vazios. A cada camada (1/3 da altura do gabião), é
recomendado que se aplique dois tirantes metálicos, sem esticá-los muito para não haver
deformação da gaiola.
Após o total preenchimento com as pedras, fecham-se as gaiolas e inicia-se o processo de costura
para fazer a ligação entre elas. A costura deve passar por todos os cantos. Após isso, os gabaritos
desta primeira camada de gabiões são removidos e alinhados para que se inicie o procedimento
de levantamento da segunda camada, que ocorrerá da mesma forma que a primeira.
Execução do gabião tipo colchão
A execução do gabião tipo colchão inicia-se retirando a base das peças e esticando a estrutura
metálica sobre o local onde serão montadas. Recomenda-se o uso de sarrafos para o
posicionamento corretos das dobras que servirão de guias para a altura do colchão.
Após a montagem das estruturas, estas são colocadas na face do talude. Se o talude for muito
inclinado, deve-se utilizar estacas de madeira e grampos para estabilizar os colchões. Após isso,
une-se os colchões costurando-os. Devem ser fixados tirantes verticais que unam a tampa e a
base dos colchões para que não ocorram deformações das malhas metálicas.
Inicia-se então, o processo de enchimento dos colchões, que da mesma forma que o anterior,
deve-se tomar cuidado no posicionamento das pedras para que não sobrem muitos vazios. As
pedras devem passar, aproximadamente, 3 centímetros da altura do colchão.
Após o preenchimento, as tampas dos colchões são estendidas sobre eles, amarradas em uma das
bordas e então, esticadas e amarradas ao longo das outras bordas, unindo também os colchões ao
lado.
Execução do gabião tipo saco
Neste tipo de gabião, como a estrutura metálica é em forma de saco, a execução é a mais
simples. A estrutura é preenchida com pedras ao lado da obra, e então, com o auxílio de gruas
(ou equipamentos similares) coloca-se no local indicado em projeto.
Para este gabião, não há necessidade de um cuidado tão grande no enchimento com as pedras.
Elas são colocadas de uma extremidade até a outra, e então fixam-se os tirantes internos,
permitindo que o saco se mantenha paralelo ao seu corte longitudinal.
Vantagens do gabião
As principais vantagens deste muro são:
 Flexibilidade: permite que o muro sofra recalques e deformações sem romper.
 Permeabilidade: que facilita a drenagem do muro sem que tenha necessidade de usar
barbacãs ou processos similares, tornando o muro autodrenante.
 Agilidade e facilidade durante a execução do muro: facilitando a mão-de-obra que não
precisa ser muito qualificada.
 Baixo impacto ambiental: a vegetação local se integra com o muro.
 Baixo custo: devido ao uso de materiais naturais e mão de obra não especializada.
Desvantagens do gabião
A principal desvantagem é a avantajada largura da base, pois como é ela quem dá estabilidade ao
muro, apresenta grandes dimensões, comprometendo faixas de terreno.

Gabiões
O Gabião é produzido em forma prismática retangular, feito com rede de malha hexagonal, de
tripla torção ou com rede em malha electrossoldada. O arame da malha é galvanizado e os
bordos da caixa são reforçados com arames de maior diâmetro.
Os Gabiões são cheios com qualquer tipo de pedra não friável (ex.: pedra de pedreira ou seixo)
ou outro material que tenha um peso específico de pelo menos 20 kN e de dimensões adequadas
disponíveis na proximidade da obra.
Os tipos de malha mais usadas para os Gabiões são:
Gabião de Malha Hexagonal:
Malha tipo 8x10 com arame de diâmetro 2,70 mm;

Gabião-Colchão tipo Reno:


Malha tipo 6x8 com arame de diâmetro 2,20 mm;

Gabião Electrosoldado:
Malha tipo 100x100 com arame de diâmetro 4,0 mm; malha tipo 75x75 com arame de diâmetro
4,0 mm; malha tipo 50x50 com arame de diâmetro 4,0 mm;
Todas as malhas são soldadas electricamente a cumprir com a norma EN 10223 que determina a
resistência, tolerância e diâmetro dimensional da malha. A  quantidade de zinco para o sistema
de produção anti-corrosão do arame deve obedecer ao previsto na norma Européia EN 10244-2
(classe A).
TOLERÂNCIAS
É admitida uma tolerância nas medidas do Gabião de Malha Hexagonal e do Gabião-Colchão de
± 5% no comprimento e na largura, e de 5± na altura.
Já o Gabião Electrosoldado não comporta tolerância nas medidas de comprimento, largura e
altura.
ARAME PARA COSER E TIRANTES
O arame de ligação e para a execução dos tirantes tem as mesmas características mecânicas e de
revestimento protetivo do arame da malha hexagonal, tendo cerca de 2,20 mm de diâmetro. É
fornecido em rolos de 25 Kg.
Para cada m² de Gabião de Malha Hexagonal são necessários 0,5 kg de arame. Para cada m² de
Gabião-Colchão são necessários 0,3 Kg de arame.
O Gabião Electrosoldado, por sua vez, deverá ser cosido com arame de 2,20 mm ou com agrafes,
sendo necessário uma máquina pneumática.

Gabiões malha hexagonal


SABER MAIS
Gabiões
tipo colchão
SABER MAIS
Gabiões
electrosoldados
SABER MAIS
TIPOS DE MURO DE CONTENÇÃO
Uma das principais aplicações dos Gabiões é em muros de contenção de terrenos, nomeadamente
muros de suporte e espera. São estruturas que trabalham por gravidade, cujas medidas são
calculadas de acordo com tal condicionante. 
Como norma geral, desenham-se os muros a partir de uma largura e altura de 1 metro para a
fiada superior do muro e aumenta-se 0,50 metros por cada metro de altura total que tenha o
muro.
Utilizando-se esta regra, resulta que a base de um muro  é ½ (1 + H), sendo H a altura total do
muro. Calcula-se a dimensão do muro de acordo com estes dados e com os esforços que atuem
sobre o mesmo. Caso não se cumpram com as condições de estabilidade, deverão ser feitas a
ampliação da base e novas secções.
Para facilitar a execução da obra, deve deixar-se na face exterior da obra um degrau mínimo de
0,15 metros para as cofragens utilizadas na fase de montagem.
CORTES TIPO DE GABIÕES

H = comprimento | B = largura da base

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