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Delegação de Quelimane
Cadeira: Hidrogeografia
Poluição – conceito
Poluição pode ser definida como a degradação da qualidade ambiental resultante de
actividades que prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar das populações, que
causem dano à fauna e à flora, que afectem as actividades sociais e económicas e as
condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente, (Milaré, 2011, p.28).
Causas da Poluição
Segundo Silveira (2002, p. 38), realça que a Poluição das Águas é um tipo de poluição
causado pelo lançamento de esgoto residencial ou industrial não tratados em cursos da
água (rios, lagos ou mares) ou ainda pela contaminação por fertilizantes agrícolas. O
conceito de água poluída compreende não só as modificações das propriedades físicas,
químicas e biológicas da água, mas também a adição de substâncias líquidas, sólidas ou
gasosas capazes de tornar as águas impróprias para os diferentes usos a que se destinam.
De acordo com Milaré (2011, p. 87), refere que a poluição dos recursos hídricos é
degradante, tendo em vista que o grau de poluição esta aumentando, bem como a
população esta em total desenvolvimento. Ademais, o meio ambiente não tem a
capacidade de absorver todos os índices de poluição. Nesse contexto, Fabiano Pereira dos
Santos afirma que a poluição vai existir toda vez que resíduos (sólidos, líquidos ou
gasosos) produzidos por micro-organismos, ou lançados pelo homem na natureza, forem
superiores à capacidade de absorção do meio ambiente, provocando alterações nas
condições físicas existentes e afetando a sobrevivência das espécies.
A poluição dos recursos hídricos tem como principal objetivo prejudicar a humanidade,
gerando-se algumas consequências devastadoras, como o surgimento de doenças advindas
da água que, na maioria das vezes, é tratada de maneira incorreta. Tendo em vista que a
água que já foi devidamente poluída, dificilmente, voltará ao seu estado anterior de
potabilidade.
Os mares, rios e lagos têm vindo a ser utilizados como um gigantesco caixote do lixo,
acreditando-se que grandes massas de água tudo diluem e tudo dispersam a uma
velocidade suficiente para evitar qualquer poluição.
Às vezes, a água, que parece limpa, contém vírus, bactérias e parasitas (microrganismos
patogénicos), que só podem ser vistos ao microscópio. Eles causam doenças como
Hepatite, Disenteria, Cólera, Esquistossomose e muitas outras, prejudicando a nossa
saúde.
Protecção da água
Portanto, a proteção da água refere-se a ter e preservar o direito à saúde, à vida, bem como
a dignidade da pessoa humana, pois somente com a disponibilidade da água que a
humanidade vai conseguir viver na Terra. Assim, a sua preservação é fundamental,
evitando-se a sua poluição devastadora do meio ambiente. Ter o acesso à água potável é
um direito que todos têm, mas às vezes não é alcançada em determinados locais, (Milaré,
2011, p. 51).
Conclusão
Conclui-se que a defesa e conservação da qualidade da água é uma preocupação de vários
cidadãos, instituições e países. Preocupados com o consumo excessivo da água e com o
aumento da poluição. Mas mesmo assim ainda há pessoas que não se interessam
minimamente, com os problemas ambientais.
A principal consequência para o ser humano são as doenças adquiridas através da poluição
dos recursos hídricos, pois a água é consumida por estes. Assim, não é somente o fato de
que não pode-se poluir. A água de péssima qualidade e sem total condições de uso
transmite doenças, perfazendo-se em contaminações inesperadas para a coletividade, bem
como pode comprometer a sobrevivência de vegetais e animais que compõem o meio
ambiente.
MILARÉ, Edis. Direito do ambiente: a gestão ambiental em foco: doutrina,
Referênc jurisprudência, glossário. 7 ed. Ver., atual e reform. São Paulo: Editora Revista dos
ias Tribunais, 2011.
Bibliográ SILVEIRA, Raquel Dias da. A Gestão de Recursos Hídricos e as Deficiências do Serviço
ficas de Saneamento Básico no Brasil. Fórum de Direito Urbano e Ambiental ‐ FDUA. Belo
Horizonte, ano 1, n. 6, nov. / dez. 2002.
SIRVINSKAS, Luís Paulo. Manual de direito ambiental. 9 ed. rev., atual. E ampl. São
Paulo: Saraiva, 2011.