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GERAL
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Introdução
A bacia hidrográfica é uma área de captação natural da água precipitada, que faz
convergir o escoamento para um único ponto de saída é composta por um conjunto de
superfícies vertentes e por uma rede de drenagem que é formada por cursos d’água que
confluem até resultar um leito único.
A bacia pode ser ainda como um sistema físico onde a entrada é o volume de água
precipitada e a saída é o volume de água escoada, contemplando como perdas
intermediárias os volumes evaporados e também os infiltrados no solo. Cada bacia fluvial
tem uma capacidade de armazenagem dentro da qual é possível comportar o excesso de
água. Quanto maior a capacidade, tanto menos será susceptível o rio a enchentes.
As áreas onde nascem os cursos de água que drenam as terras brasileiras são
três: o planalto das Guianas (nascente dos afluentes da margem esquerda do Amazonas),
a cordilheira dos Andes (nascente dos rios que formam o grande rio Amazonas) e o planalto
Brasileiro com suas três subunidades, onde nascem os demais rios (Paraná, Paraguai,
São Francisco, Paranaíba,Tocantins.)
Nos rios brasileiros predomina o regime pluvial, onde as cheias e as estiagens dos
rios são dependentes das estações chuvosa e seca, respectivamente. As cheias ocorrem
nos meses de verão, de dezembro a março, e as estiagens no outono e inverno.
Quanto à foz dos rios brasileiros, há uma predominância de estuário, ou seja, quando
o rio não encontra obstáculos para despejar as suas águas no oceano. Os rios Parnaíba
(separa o Maranhão do Piauí), e o rio Piranhas, no Rio Grande do Norte, são exemplos
dos poucos rios brasileiros que formam deltas.
dificultam a
facilitam a
navegação em
produção de
virtude das
energia elétrica
quedas d’água
de planalto
rios
de planície
dificultam a
facilitam a
produção de
navegação
energia elétrica
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MAA
1.3 Bacias hidrográficas
Bacia Amazônica
Em virtude de seus afluentes estarem situados nos dois hemisférios, o vale médio
do rio Amazonas possui um duplo período de cheias. Este fato garante ao rio um volume
de água constantemente elevado, pois o período das chuvas não coincide nos dois
hemisférios.
O rio Amazonas nasce na Cordilheira dos Andes, em território peruano, onde recebe
os nomes de Ucayali e Marañón. Ao penetrar no território brasileiro, recebe o nome de
Solimões até a confluência com o rio Negro, e daí até a sua foz recebe o nome de Amazonas.
Bacia Platina
A bacia do Paraná é a maior das três bacias que formam a bacia Platina. O rio
Paraná é formado pelo encontro das águas do rio Grande e do Paranaíba, possuindo a
maior potência instalada de energia elétrica, destacando-se grandes usinas em sua bacia.
O regime do rio depende das chuvas de verão; assim sendo, as cheias ocorrem de
dezembro a março.
Bacia do Tocantins-Araguaia
É constituída pelos rios Tocantins e Araguaia e seus afluentes. Os dois rios principais
nascem no planalto de Goiás e correm para o norte. O rio Araguaia deságua no Tocantins,
e este despeja as suas águas no Amazonas.
A hidrovia é uma via por onde circulam barcos, estabelecida a partir de um rio. Ao
se projetar uma hidrovia, buscam-se condições de navegação, segurança e garantia de
tráfego, ou seja, a via deve oferecer condições de navegabilidade se possível o ano inteiro,
em época de cheia e de seca.
A via navegável é uma faixa imaginária que se situa sobre o rio por onde circulam
as embarcações. A via navegável não existe fisicamente, porém consta das cartas e
mapas náuticos que as embarcações conduzidas por pilotos habilitados conseguem
obedecer com precisão, orientados ainda pelas bóias e placas de sinalização instaladas
ao longo do rio
A navegação fluvial é pouco utilizada no Brasil apesar do seu baixo custo. Isso
ocorre porque no território nacional predominam os rios de planalto, com muitas quedas
d´água. Para que esses rios possam se tornar navegáveis, são necessários gastos com
obras de engenharia.
Essa hidrovia sempre foi navegável no trecho compreendido entre a cidade mineira
de Pirapora e a cidade de Juazeiro na Bahia ou a de Petrolina em Pernambuco, com
1.373 km de extensão, mas sofreu algumas alterações no decorrer dos anos.
Essa hidrovia estende-se desde a cidade de Nueva Palmira no Uruguai até a cidade
de Cáceres no Mato Grosso, com 3.442 km. Sua implantação deve-se ao Tratado da
Bacia do Prata, firmado em Brasília em 1969 pelos chanceleres dos cinco países da Bacia
do Prata: Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai.
Essa hidrovia teve seu apogeu no Brasil colonial e imperial e atualmente busca-se
recuperar sua vocação de ligação entre o centro da América do Sul e o Atlântico, oferecendo
no trecho brasileiro navegabilidade para volumes de carga relativamente menores, sem
prejuízo ao Pantanal. Os governos do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, em cujo território
encontra-se a região do Pantanal, é assegurar a compatibilidade e a coordenação da
navegação fluvial com o ecoturismo. A parte brasileira da hidrovia, compreende o trecho
entre a cidade de Cáceres e confluência do rio Apa com o rio Paraguai, numa extensão de
1.278 km.
O rio Madeira é navegável desde a sua confluência com o rio Amazonas até a
cidade de Porto Velho, totalizando 1.056 km de extensão. O esforço conjunto da iniciativa
privada e do governo propiciou o escoamento da produção no norte do Estado do Mato
Grosso e de Rondônia, até o Porto de Itacoatiara (AM) no rio Amazonas, permitindo a
conexão com o transporte marítimo. O trecho do rio Madeira desde Porto Velho até o
terminal graneleiro de Itacoatiara corresponde a 1.056 km.
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MAA
Hidrovia Tocantins-Araguaia
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Diagrama Esquemático das Bacias dos rios Araguaia e Tocantins, mostrando a
hidrovia do Tocantins-Araguaia.Fonte: Ministério dos Transportes, 2002
1.6 Eclusas
Ao longo de seu curso, um rio pode apresentar diferenças de níveis, que necessitam
ser igualadas para permitir a navegação. Com este fim são construídas as eclusas, também
chamadas de comportas ou diques.
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Vista aérea de Eclusa de Sobradinho -Ba (foto acima) MAA
2 O litoral brasileiro
O Brasil possui um vasto litoral, banhado pelo Oceano Atlântico, que se estende
desde o Cabo Orange, no Amapá, até a foz do arroio Chuí, no Rio Grande do Sul. A
extensão é de cerca de 9.198km, considerando as saliências e reentrâncias do litoral
brasileiro.
a) Litoral setentrional
Esse trecho tem início no Amapá, no Cabo Orange e se estende até o Cabo de São
Roque no Rio Grande do Norte, possuindo a mais larga plataforma continental do litoral
brasileiro, chegando a atingir 400km nas proximidades da foz do rio Amazonas. O litoral é
baixo com muitos manguezais, possuindo inúmeras lagoas costeiras, principalmente no
litoral do Amapá e do Pará. A maior reentrância do litoral brasileiro é encontrada nesse
trecho, na foz do Amazonas, denominado de Golfão Amazônico, onde estão as ilhas de
Marajó, Caviana, Mexiana, entre outras. Outro Golfão está situado no Maranhão, onde
desembocam vários rios da planície do Meio-Norte, e onde se situa a Ilha de São Luís.
b) Litoral oriental
O litoral oriental se estende do Cabo de São Roque até o Cabo de São Tomé,
próximo a Macaé, no Estado do Rio de Janeiro, possuindo a plataforma continental mais
estreita. Nesse trecho destacam-se os recifes da Região Nordeste, o dos Abrolhos no
litoral sul da Bahia, e a foz do rio São Francisco entre os Estados de Sergipe e Alagoas.
c) Litoral meridional
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2.3 Características gerais do Atlântico Sul
2.4 Marés
O Sol exerce uma atração sobre os oceanos e mares, de maneira que em seu
movimento aparente o nível das águas aumenta e ao mesmo tempo, no outro lado da
Terra, o nível das águas baixa. Desse modo, se houvesse apenas a atração do Sol, as
águas subiriam durante 12 horas até atingir o nível máximo, e baixariam nas 12 horas
seguintes, ao atingir o nível mínimo. Porém a Lua também exerce uma atração, por isso
as águas sobem durante seis horas e baixam por mais seis horas.
O Sol e a Lua são os únicos astros capazes de gerar forças significativas de maré,
devido respectivamente às suas massas e proximidade da Terra. A maré corresponde ao
movimento periódico das águas do mar, pelo qual elas se elevam ou baixam em relação a
uma referência estabelecida na linha da costa. A ascensão das águas, maré alta ou preamar,
demora em média cerca de 6 horas e 12 minutos. Depois de alguns minutos tem início a
maré baixa ou baixa-mar, que também apresenta um período de 6 horas em média. Assim
no espaço de 24 horas, ocorrem em média dois fluxos e dois refluxos.
am p litu de
6 ho ras
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2.5 Correntes oceânicas
As correntes são geradas pelo efeito de rotação da Terra, o vento, a forma das
bacias oceânicas, e são responsáveis por manter os oceanos em constante movimento,
transportando grandes massas d´água, com distintas temperaturas e salinidades, de uma
região para outra, produzindo uma suavização nos climas das localidades próximas às
zonas costeiras.
O mar é uma fonte de produção de vapor d´água, o qual não só vai tornar úmida a
atmosfera local ou costeira, como também é transportado a regiões afastadas do oceano,
permitindo a formação de precipitação no interior dos continentes.
Correntes do Atlântico
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MAA
Corrente do Brasil
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3 Aspectos meteorológicos
3.1 Conceitos
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MAA
3.3 Sistemas de pressão
Anticiclones
1014 mpa
1012 mpa
1010 mpa
Ciclones
1008 mpa
1010 mpa
1012 mpa
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Centro de baixa pressão e circulação horária, no hemisfério sul.
3.4 Massas de ar
Quando o ar se mantêm por vários dias ou semanas sobre uma superfície uniforme
de grandes dimensões, tende a adquirir as características da superfície subjacente. Quando
é mais frio do que essa superfície, o ar aquece e o calor dela proveniente pode ser
transferido através de uma camada com vários quilômetros de espessura. De modo
semelhante, o ar que permanece sobre uma superfície marítima adquire gradualmente
umidade. A temperatura e o conteúdo de umidade do ar tendem assim a aproximar-se de
um estado de equilíbrio com a superfície subjacente. O grau de equilíbrio atingido depende
das circunstâncias, sendo evidentemente importante o tempo de permanência na região.
Assim quando uma camada de ar de espessura considerável adquire uma distribuição de
umidade e temperatura características da superfície adjacente, e que se encontra sobre
um área de grandes dimensões, diz-se que se trata de uma massa de ar.
Para que uma massa adquira características uniformes, é necessário que ela
permaneça mais ou menos estacionária por um período de muitos dias, cobrindo uma
área de grandes dimensões e que a superfície seja razoavelmente uniforme. Essa região
é definida como a região origem da massa de ar.
Polar continental – Pc
Esta massa origina-se nas regiões polares dos continentes, tais como a Sibéria, o
norte do Canadá e a Antártica, de onde partem os anticiclones que no caso do hemisfério
sul periodicamente invadem o continente sul americano e tem como características ser 57
fria e seca na sua região de origem. MAA
Polar marítima – Pm
Tropical continental – Tc
Tropical marítima – Tm
Equatorial continental – Ec
Equatorial marítima – Em
Quando uma massa de ar frio se desloca sobre a água mais quente, o seu conteúdo
de umidade aumenta, formando nuvens de grande desenvolvimento vertical, denominadas
de cumulonimbus, podendo ocorrer aguceiros e trovoadas.
Ao contrário, qua uma massa de ar se desloca sobre uma superfície mais fria do que
ela própria perde calor nas inferiores, podendo ocorrer nevoeiros e talvez chuviscos.
Ec - Equatorial continental
Ea - Equatorial atlântica
Tc - Tropical continental
Ta - Tropical atlântica 59
Pa - Polar atlântica MAA
3.5 Ventos locais
Marítima
Terrestre
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Brisa marítima
Brisa continental
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MAA
4 Biodiversidade
O plâncton representa o conjunto de todos os seres vivos flutuantes que são levados
pelas correntezas marinhas. Eles não possuem órgãos de locomoção e, quando os têm,
são rudimentares. Existem duas categorias de seres planctônicos: o zooplâncton e o
fitoplâncton.
4.2 Ressurgência
A ressurgência faz com que os nutrientes vão para a superfície e também fiquem
em todas as camadas da água.
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4.3 Cadeia alimentar marinha
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As aves habitam todos os meios acima citados. (Alimentação: no sedimento e na
água. Abrigo e reprodução: na vegetação). As mais observadas são as garças, martins-
pescadores e os maçaricos.
Grande parte dos manguezais sofre impactos ambientais. Estes impactos são
causados por implantação de cultivos de camarões e peixes em áreas estuarinas;
implantação de complexos portuários, industriais e hoteleiros, construção de salinas,
exploração de madeiras para utilização em forma de carvão e pela pesca predatória.
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Aspectos do manguezal MAA
4.5 Defeso
Barco pesqueiro
Reserva ecológica
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Meandros, na planície do rio Amazonas MAA
5 Prevenção da poluição
Meio ambiente pode ser considerado como o conjunto das condições, influências
ou forças que envolvem ou modificam o complexo de fatores climáticos edáficos e bióticos
que atuam sobre um organismo vivo ou uma comunidade ecológica e acaba por determinar
sua forma e sobrevivência; a agregação das condições sociais e culturais que influenciam
a vida de um indivíduo ou de uma comunidade.
5.2 Poluição
No caso da água, diz-se que está poluída quando ela está contaminada por um
agente químico, físico ou biológico que a torna imprópria para uma determinada finalidade.
Óleos e graxas
Adubos industriais
Produtos radioativos
Tais produtos podem interferir tanto na vida animal como vegetal e ser incorporados à
cadeia alimentar.
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MAA
Limpeza da água após derramamento de óleo na água.
Metais Pesados
Sólidos em suspensão
A água em seu estado natural contêm sólidos em suspensão, que só são prejudiciais
quando interferem na incidência da luz solar.
Pigmentos de tintas
Alguns desses produtos podem representar perigo para a vida animal por provocarem
doenças, entre elas câncer, doenças nervosas, de pele, etc., se absorvidos em quantidades
apreciáveis do meio aquático, antes da sua degradação.
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Gases
Alguns gases podem se tornar poluentes dos corpos d’água como o gás sulfídrico, a
amônia e os óxidos de enxofre e nitrogênio.
Os óxidos de enxofre e nitrogênio podem tornar a água imprestável para qualquer uso
devido à acidez provocada. A amônia é tóxica e por apresentar um processo de degradação
lento, pode provocar mau cheiro e mau gosto na água. A contaminação do meio aquático por
gases não é muito comum, à exceção da amônia e do gás sulfídrico, que aparecem naturalmente
nos esgotos sanitários pela putrefação de matéria orgânica.
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MAA
5.4 Fontes de poluição
As fontes de poluição mais comuns nos corpos d’água são apresentadas a seguir.
Esgotos industriais
Esgotos de cidades
Atividades agropecuárias
Navegação
Chorume do lixo
Após a maré baixar podemos ver como a água do mar estava poluída com lixos.
Erosão do solo
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MAA
Poluentes atmosféricos
Poluição térmica
Em 1989, foi criado o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis – IBAMA
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6 Aspectos econômicos do meio aquaviário
O transporte hidroviário é muito valorizado nos países ricos, pois possui a vantagem
de ser mais barato para o carregamento de cargas pesadas do que os transportes
rodoviário, ferroviário e aéreo.
Considerando cada recurso natural isoladamente, a água doce pode ser considerada
como o recurso natural mais importante da humanidade. A água é uma substância de
grande importância não só dos processos naturais, mas também de um grande número
de atividades criadas pelo ser humano. Os rios, lagos, mares e represas sempre serviram
de meio para o desenvolvimento da humanidade, funcionando como pólos de aparecimento
e crescimento de povoações.
Como uma das substâncias mais disseminadas na superfície da Terra, a água faz
parte do processo da fotossíntese, ajuda a manter a temperatura da biosfera, irriga os
campos cultivados para a agricultura e pecuária e ainda é utilizada em quase todos os
processos industriais.
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MAA
Em escala mundial, o que limita a expansão da agricultura e o povoamento de
muitas regiões é a insuficiência de água. Em escala local, os recursos hídricos facilitam o
desenvolvimento de certas atividades, como a geração de energia elétrica ou o
estabelecimento de sistemas de transporte em rios navegáveis.
3%
6%
nuclear
tØrm ica
hidrelØtrica
91%
Toda energia gerada pela natureza é considerada primária, sendo que algumas
delas são consideradas como não-renováveis e tendem a se esgotar após um determinado
período.
Gás natural
Fonte de energia fóssil que na maior parte das vezes aparece associada a depósitos
de petróleo, denominado de gás natural associado. Quando é obtido diretamente de um
reservatório contendo predominantemente gás natural é chamado de não-associado.
Atividades de perfuração voltadas para o petróleo contribuíram para que o gás natural
fosse visto, em quase todo o mundo, como produto de valor inferior ao do petróleo.
No início da década de 70, o gás natural passou a ser utilizado cada vez mais como
combustível alternativo, substituindo derivados de petróleo.
Biomassa
Também a partir dos anos 70, começaram a surgir estudos relacionados com as
eventuais reformulações do modelo energético. A vocação do Brasil para geração de
energia a partir de biomassa é inata, visto ser um país tropical, com extensas áreas e
praticamente sem desertos.
Xisto
Plataforma P-18
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Mapa da Bacia de Campos, Rio de Janeiro. Fonte: Petrobras
No final da década de 80, utilizando a vanguarda tecnológica, o Brasil venceu o
desafio de produzir petróleo abaixo de 500 metros e desenvolveu tecnologia para produzir
em águas até mil metros. A Petrobras obteve reconhecimento internacional em exploração
e produção de petróleo em águas profundas e ultraprofundas. A meta, agora, é alcançar
os 3 mil metros de profundidade, mediante projetos que aliam inovação tecnológica à
redução de custos.
Atividade pesqueira
A pesca e a caça marinhas são atividades muito importantes, pois a elas se dedicam
numerosas empresas que contratam muitos trabalhadores.
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MAA
6.7 Atividade salineira
Após a captação, a água circula por canais com dimensões específicas, e se espaira,
formando lagos para evaporação. A água segue por áreas contínuas até a densidade de
13,0º a 15,0º graus Baumé, sendo impulsionada por meio de bombas para áreas específicas
(concentradores) e, posteriormente, para os cristalizadores, quando sua densidade atinge
25,5º Bé; aí se dá o maior controle de qualidade do sal produzido, pois nessa etapa são
selecionados os teores de sais que o cloreto de sódio (sal de cozinha), extraído (colhido)
posteriormente, deve conter.
Salinas
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6.8 Exploração turística nos balneários, praias e rios
O Brasil é um país exportador desde o período colonial. Seu litoral bastante extenso
apresenta condições favoráveis ao desenvolvimento do transporte marítimo. Apesar disso,
esse setor é deficiente; tanto a navegação de cabotagem, ou seja, de um porto para outro
do país, quanto a navegação internacional são mal aproveitadas. Isso acontece devido ao
mau estado das embarcações que compõem a frota mercante do país e ao deficiente
aparelhamento dos portos, que não têm boas condições de armazenagem.
Os principais e mais movimentados portos brasileiros são: Santos (São Paulo), Rio
de Janeiro e Paranaguá (Paraná). Devido à diminuição da capacidade de investimento do
Estado também no setor da navegação marítima, em 1995 o governo acabou com o
monopólio federal sobre o transporte de cabotagem. Desde então, o capital privado
começou a atuar tanto nas áreas de transporte de carga quanto na de turismo.
O fundo dos oceanos e mares também possui formas de relevo semelhantes aos
da superfície terrestre. Há grandes depressões, altas montanhas submarinas e mesmo
cadeias montanhosas, planaltos e planícies. Entretanto, considerando que os agentes de
erosão que ocorrem no continente não se manifestam no fundo dos oceanos, o grau de
deposição de materiais é maior, fazendo com que o relevo apresente contornos mais
suaves. O relevo submarino pode ser dividido em quatro:
Plataforma Continental
Talude Continental
Nessa região surgem as ilhas de Trindade e o grupo Martim Vaz, o arquipélago Fernando
de Noronha e a grande cordilheira denominada Dorsal Atlântica.
Região Abissal
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7.2 Mar Territorial
O Brasil possui uma grande faixa oceânica para aproveitar, pois a nossa costa tem
mais de 7.000 km de comprimento, entre o extremo norte (foz do Rio Oiapoque) e o
extremo sul do país (Arroio Chuí).
Mar Territorial
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7.3 Zona Econômica Exclusiva
Zona econômica exclusiva é aquela onde cada nação possui direitos exclusivos
sobre os recursos de suas águas oceânicas. Está localizada entre 0 e 200 milhas da costa
litorânea.
Compreende uma faixa que se estende das 12 às 200 milhas marítimas, contadas
a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial. Nesta zona,
o país tem direitos para fins de exploração, aproveitamento, conservação e gestão de
recursos naturais, vivos ou não vivos, das águas sobrejacentes ao leito do mar, e seu
subsolo, e no que se refere a outras atividades com vistas à exploração e ao aproveitamento
da zona para fins econômicos. O Brasil, no exercício de sua jurisdição, tem o direito
exclusivo de regulamentar a investigação científica marinha, a proteção e preservação
do meio marítimo, bem como a construção, operação e uso de todos os tipos de ilhas
artificiais, instalações e estruturas. Somente o governo brasileiro poderá consentir a
realização de exercícios ou manobras militares nesta zona. Todos os estados têm liberdade
de navegação e sobrevôo nesta zona.
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