ISBN 978-65-993900-5-0

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LIVRO DO PROFESSOR
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Ilustrações de Marcella Tamayo

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LIVRO DO PROFESSOR
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Texto de acordo com a nova ortografia.

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Capa, ilustrações e mapa: Marcella Tamayo
Revisão: Jó Saldanha

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

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(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

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Capparelli, Sérgio

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A grande enchente: livro do professor / Sérgio Capparelli ; ilustração
Marcella Tamayo. – 1. ed. – Porto Alegre, RS: Mar Azul, 2021.

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ISBN 978-65-993900-5-0

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1. Imaginação nas crianças - Literatura infantojuvenil 2. Literatura

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infantojuvenil I. Tamayo, Marcella. II. Título.

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21-60933 CDD-028.5

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Índices para catálogo sistemático:
1. Literatura infantil 028.5
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2. Literatura infantojuvenil 028.5
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Aline Graziele Benitez - Bibliotecária - CRB-1/3129
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© Sérgio Capparelli, 2020.

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© Ilustrações: Marcella Tamayo dos Santos, 2020.

Todos os direitos desta edição reservados a Mar Azul

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BOX EDITORA LTDA

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Endereço Av. A. J. Renner, 231, sala A, Farrapos, CEP 90.245-000

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Porto Alegre, RS, Brasil

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Impresso no Brasil
Inverno de 2021

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O rio Araí subiu,,transbordou e inundou nossa região..

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Levou embora a ponte que une as duas margens

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e isolou parte da cidade.

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Muitos moradores perderam suas casas.

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Já pensou o que é não ter uma casa para dormir?

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As casas ainda de pé ficaram sem eletricidade.
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Já imaginou o que é viver na escuridão,

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sem nem poder ler um livro?

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perdeu o trabalho.

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Teve muita gente que

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ter um lugar
é nosso pai não

para trabalhar?
Já pensou o que

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 As escolas foram fechadas.

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Já pensou o que é não ter

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um amigo para brincar?

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Os netos não podiam visitar seus avôs.

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Já pensou o que é não ter o vô Zé para pescar?

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um bolo?
Ciça para fazer
o que é não ter a vó
Já pensou

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Os sobrinhos quase não viam seus tios e tias.

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Já pensou o que é não ter uma tia para dar presentes?

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Ah, sim, viver só dentro de casa, sem poder sair,

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é como ser canarinho preso na gaiola sem saber cantar.

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Tudo isso por causa da cheia que levou a ponte.

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Tudo isso por causa do rio Araí, que saiu do leito e destruiu tudo.

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Tudo isso por causa da chuva que não para de cair.
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E quando essa chuva parar de cair, já pensou?

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As casas serão reconstruídas e

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todo mundo voltará a dormir dentro delas.

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As escolas serão reabertas e todo mundo
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vai conversar e rir com seus amigos.
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(Sem esquec
Bárbara, que

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é bárbara!)
er nossa prof
essora

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 Com as portas abertas,visitaremos

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nossos avós, sem parar,,até o dia

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em que o mundo

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acabar.

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Poderei abraçar meu tio

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e minha tia e direi que

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gosto deles também

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sem presentes,

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, quanto a isso não

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tenho dúvida.

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Sairemos com nossos pais para passear e,,

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junto com nossos amigos e amigas,,jogaremos

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bola e tomaremos sorvete.

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bonita, de gente feliz...

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Também juntos faremos uma bagunça
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...na cidade de pontes multiplicadas.

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 OS RIOS E AS PONTES

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Quando criança lá em Uberlândia, em Minas Gerais, eu vivia igapós, nome de trechos da floresta que ficam debaixo d’água.
fascinado com um córrego que havia perto de casa, um córrego Mais uma vez imaginei Seu Sebastião da Venda:

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que a gente chamava de corgo. Ele estava sempre correndo. Eu “Igapó não é igarapé, porque igarapé é o nome dos braços

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perguntei para o Seu Sebastião da Venda: (canais) do rio entre as ilhas. Ah, sabia que rio não tem cabeça,

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– Por que a água do corgo não para? mas tem cabeceira? E sabia que a cabeceira do rio Amazonas tem

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Ele pensou um pouco e me disse: muitos olhos d’água lá no Peru?”

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– Não para porque tem medo de virar lagoa. Lago. Laguna. Mais recentemente, li que o governo concluiu a mudança do

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Qualquer coisa. curso do rio São Francisco a fim de levar água a algumas regiões
Uma noite, o corgo não só cresceu como levou embora a afetadas pela seca. Juro que tive vontade de falar sobre esse

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nossa ponte. A cidade ficou dividida no meio. assunto com Seu Sebastião da Venda. Infelizmente, não pude.

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Mais tarde fui morar no Sul do Brasil. Em 2020, isolado pela pandemia de covid-19, me lembrei da

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Em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, assisti enchente do corgo da minha infância. Aquela inundação tinha
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a uma discussão sobre o Guaíba: rio ou lago? Minha vizinha nos trazido muitos problemas. Com a falta de ponte, filhos
fechou a cara e me explicou: não podiam visitar os pais, nem os netos podiam ficar com os
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– É rio, porque corre e não fica parado. avós. Amigos e amigas, separados pela enchente, iam para as
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Imaginei Seu Sebastião da Venda. Nesse imaginar, ele coçou duas margens do córrego para se verem de longe. As aulas foram
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o queixo e me disse: “Corre, mas não deixa de ser lago, porque suspensas. E a escola, fechada.
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85% da água fica retida no reservatório e o fluxo do resto tem Um pouco desanimado, ouvi Seu Sebastião da Venda me
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diferentes velocidades. Além disso...”. falando, como se fosse em um sonho:

“Pronto, chega, já entendemos”, dissemos minha vizinha e eu. Quando cai uma ponte, a gente sempre dá um jeito e constrói
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outra. No rio da vida é assim!

Algum tempo depois fui a Manaus, cidade encravada no meio
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da floresta amazônica. Nossa! O Amazonas, sim, é que era

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rio! E que rio! Fiquei sabendo que no período de chuvas ele cria

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RIOS BRASILEIROS

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Os rios e os cursos d’água brasileiros

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compõem um conjunto – aquilo que

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chamamos de hidrografia – que é um dos

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mais ricos do mundo. Você sabia que as
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nossas redes fluviais e subterrâneas contêm
em torno de 12% de toda a água doce do mundo? É o país
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com o maior abastecimento de água doce fresca! Além disso,
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nosso clima propicia grandes quantidades de chuva no verão,
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o que faz com que muitas vezes o leito dos rios se encha e
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o nível da água aumente. Isso tudo, aliado ao relevo e à

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maneira com que construímos nossas cidades, faz com que

cheias – também chamadas de enchentes – ocorram com
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bastante frequência em várias partes do Brasil. Às vezes

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ocasionam muita destruição e até mesmo a perda

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de vidas humanas...
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Sérgio Capparelli nasceu em Uberlândia, Minas Gerais,

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em 1947, mas morou em várias cidades do Brasil e do

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mundo. Trabalhou muito tempo como jornalista, e também

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deu aula de jornalismo em faculdades. Há mais de quarenta
anos escreve livros para crianças, como Os meninos da

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Rua da Praia (1978, de prosa) e Boi da cara preta (1981,

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poesia). Vários deles receberam importantes prêmios. É o

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caso de Vovô fugiu de casa (1981), As meninas da Praça da

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Alfândega (1994) e Duelo do Batman contra a MTV (2004),
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vencedores do prêmio Jabuti, e 33 ciberpoemas e uma fábula
Marcella Tamayo é ilustradora e vive em São Paulo. Foi
virtual (1996), que ganhou o Prêmio da Fundação Nacional
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do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Muitos de suas obras uma das diretoras de arte da série Vivi Viravento (Discovery
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receberam o selo de Altamente Recomendável da FNLIJ. Kids, 2017) e ilustrou o livro As aventuras do tempo (Rocco,
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Dois livros seus constam da lista de honra do International 2019), de Miriam Leitão. Ultimamente tem passado muitos
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Board on Books for Young People (IBBY). Capparelli diz dias em casa esperando a chuva ir embora. Enquanto isso,
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que “escrevemos sobre a infância que tivemos e também segue em seu quarto desenhando livros, filmes de animação
sobre aquela que não tivemos”. e os passarinhos que vê pela janela.
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