Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Araçatuba – SP
2021
Projeto de galerias pluviais e drenagem para
o centro urbanístico do município de
Guararapes - SP
Araçatuba – SP
2021
SANTOS, Hudson Santana – 1998
SILVA, Gustavo Mauro – 1999
SOUZA, Natasha Neves – 1998
____________________________________________
Prof. Dra. Natalia Felix Negreiros
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UniSALESIANO
Data:
____________________________________________
Prof. Dr. André Luís Gamino
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UniSALESIANO
Data:
____________________________________________
Prof. MS. Giuliano Mikael Tonelo Pincerato
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UniSALESIANO
Data:
AGRADECIMENTOS
A Deus por nossas vidas, e por nos ajudar a ultrapassar todas as dificuldades
encontradas, ao longo desses cinco anos de curso.
Aos nossos pais, irmãos, avós e amigos, que sempre nos apoiaram e nos
incentivaram, nos momentos de luta, e por diversas vezes compreenderam a nossa falta,
enquanto nos dedicávamos para que ocorresse a realização desta produção.
Aos nossos orientadores e professores, que nos apoiaram e nos ajudaram com
as correções deste material, e que sempre nos deram o devido suporte para que
conseguíssemos alcançar nossos objetivos e chegar até aqui.
E a todos aqueles que de alguma forma colaboraram não só apenas com o
nosso aprendizado, mas também na construção do nosso caráter profissional, os nossos
sinceros agradecimentos.
RESUMO
The basic sanitation is one of the main concerns of governments throughout the country,
since it interferes directly in the quality of life of the people, where they and up
acquiring diseases caused by lanck of health. Thus, the present study suggests a
readjustment in the water dispersion media of the municipality of Guararapes located in
the interior of the state of São Paulo. During the rainy season there is a vast alluvium in
its urban centre. In order to solve the problem, a new network of pipes with larger
diameters and storm water galleries was designer, dues to this insufficiency of the
existing piping, applying them mainly in the street Councilman Joaquim Nogueira, one
of the most prominent points of the city’s flooding. Therefore, this work aimed to scale
the alteration of the dispersion networks, increasing the amplitude of the plumbing
together with a sustainable drainage. As a consequence the stretch flow may be
supported by eliminating the risks of flooding. It is expected with the new design that
the losses faced by the local population can be extinguished and loss of their material
belongings or even their health.
2. OBJETIVOS..........................................................................................................14
3. JUSTIFICATIVA...................................................................................................15
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..............................................................................16
4.6.3 Tubulação...............................................................................................................26
5. MATERIAIS E MÉTODOS..................................................................................31
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES.........................................................................45
7. CONCLUSÕES.....................................................................................................53
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................54
9
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Dimensões dos tubos para águas pluviais com encaixe e bolsa ou macho e
fêmea (NBR 8890, 2008)................................................................................................27
Tabela 2 - Dados do município de Guararapes-SP, de acordo com a Fundação SEADE
(2018/2019).....................................................................................................................29
Tabela 3 - Habitação e infraestrutura urbana de Guararapes-SP (SEADE, 2010).........29
Tabela 4 - Coeficiente de escoamento superficial (Fugita, 1980)..................................32
Tabela 5 - Previsão de máximas intensidades de chuvas, em mm/h, em Andradina - SP,
segundo DAEE - CTH (2018).........................................................................................33
Tabela 6 - Inundação máxima admissível para as condições de chuva máxima de
projeto (Fugita, 1980)......................................................................................................39
Tabela 7 - Coeficientes de redução das capacidades das bocas de lobo (Fugita, 1980).40
Tabela 8 - Natureza das paredes dos condutos, segundo Azevedo Netto (1998)...........48
11
1. INTRODUÇÃO
A água das chuvas é colhida pelos sistemas urbanos compostos por galerias de
águas ou esgotos pluviais constituído por tubulações próprias, que mais tarde serão
distribuídas nos fluxos d'água, lagos, lagoas, baías ou no mar (AGUIAR, 2012.
Em diversas regiões consta-se casos de alagamentos, onde os sistemas de
distribuição são falhos ou de má projeção, sem mesmo que haja um nível alto de
precipitação no local. O estudo da área é de extrema importância, para que não se
suceda a necessidade de readaptação dos elementos, contando também com reparos.
Tendo em vista, resolver as eventuais ocorrências da natureza, tais como, alagamentos e
enchentes. (BOTELHO, 2017).
Conforme Botelho (2017) todos esses fenômenos são agravados pela
impermeabilização da área, como asfalto, bairros e praças. Pois, toda vazão pluvial que
escoa por essa área, tende a ter dificuldade para se infiltrar no solo, já que, as
construções urbanas do local, formam uma camada, deste modo aumentando as vazões
superficiais.
Ainda, segundo o mesmo autor, o gerenciamento das águas pluviais deve
englobar todos os aspectos referentes aos elementos hidrológicos e outros subsídios,
como a análise da topografia e a geologia da região, assim evitando que a construção
disponha de custos elevados. O sistema pluvial a se projetar em novas áreas deverá ser
adequadamente adaptado ao solo urbano. Por outro lado, para a realização de uma obra
em um local já construído, seria algo “corretivo”, tendo em consideração, uma obra
hidráulica que não foi projetada corretamente, consequentemente o resultado não seria
tão eficaz e o custos seria maior.
Tendo como base todo esse planejamento, dadas circunstâncias do local a ser
implantada a construção, vale ressaltar que, a água gerada pela chuva tem seu ciclo
natural, no qual grande parte é drenada pelo solo e a outra escoa para lagos, lagoas,
baías ou no mar, seguindo o conceito de macrodrenagem. Com a urbanização da área,
cabe a utilização de sistemas hidráulicos de drenagem para o deflúvio da água, com
destinos a lugares de dispersão, dando ponto ao sistema de microdrenagem, que se
refere a elementos destinados a captar e conduzir a água da (RIGHETTO, 2009).
De acordo com Righetto (2009) os elementos da microdrenagem são aqueles que
não se referem a rede de drenagem natural, sendo classificados como “ações
12
2. OBJETIVOS
3. JUSTIFICATIVA
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
caso não haja a captação ou mesmo a condução da própria ela irá adentrar em um ou em
outro lugar.
Segundo Coelho, Lima (2011), Souza (1986) deu início a um estudo sobre bocas
de lobo, no qual ele analisou e comparou a eficiência de dois modelos de captação
simples, através de um protótipo físico com escalas de 1:1 e 1:3, ambos modelos
utilizados, com declividade entre 5% e 14%, a pesquisa constava em utilizar a presença
de depressão em apenas um dos modelos e analisar sua eficiência. Por meio disso
obteve-se valores entre 50% e 100%, com um aumento de 36% de eficiência para bocas
de lobo com depressão, e nos dois casos houve perda com o aumento de declividade
longitudinal, portando, sua capacidade de esgotamento diminuiu.
De acordo com Fugita (1980) em relação as bocas de lobo em pontos
intermediários, têm-se como critério, para escolha de espaçamento entre elas, a
porcentagem de captação do primeiro ponto para o segundo, de modo que 90% a 95%
da vazão seja captada pela primeira boca, deixando a parcela restante para a boca
jusante, deste que, não seja excedente a sua capacidade.
De acordo com o mesmo autor, para bocas de lobo em pontos baixos, no caso,
quando à mudança de declividade longitudinal, de positiva para negativa, a boca de lobo
26
funcionara como uma seção de escoamento. As bocas recomendadas para essa situação,
além de cautela, são as simples ou combinadas, com um adicional de segurança relativo
a possíveis obstruções. Tendo em vista a situação de escolha para espaçamento de bocas
de lobo em pontos intermediários, não é necessário o uso do meio, levando em conta
uma boca de lobo em um cruzamento, na curvatura da guia, pois sua enxurrada
continuaria atravessando a via até o próximo ponto de captação do outro lado.
4.6.3 TUBULAÇÃO
Tabela 1 - Dimensões dos tubos para águas pluviais com encaixe e bolsa ou macho e
fêmea
Diâmetro Comprimento útil Comprimento Folga Espessura mínima
nominal mínimo do tubo L mínimo da bolsa máxima de parede D+
DN ou da fêmea B do
Ponta e Macho e Ponta e Macho encaixe Simples Armado
Bolsa Fêmea Bolsa e C
Fêmea
200 1000 950 50 20 30 30 -
300 1000 950 60 20 30 30 45
400 1000 950 65 20 30 40 45
500 1000 950 70 20 40 50 50
600 1000 950 75 20 40 55 60
700 1000 950 80 35 40 - 66
800 1000 950 80 35 40 - 72
900 1000 950 80 35 40 - 75
1000 1000 950 80 35 40 - 80
1100 1000 950 80 35 50 - 90
1200 1000 950 90 35 50 - 96
1300 1000 950 90 35 50 - 105
1500 1000 950 90 35 60 - 120
1750 1000 950 100 35 60 - 140
2000 1000 950 100 35 60 - 180
Continua...
Onde: C é a diferença entre o diâmetro interno mínimo da bolsa (ou fêmea) do tubo e o
diâmetro externo da ponta (ou macho) do tubo.
Nota 1: O atendimento às dimensões estabelecidas nesta tabela não elimina a necessidade de
verificação dos requisitos de resistência a compressão diametral e demais requisitos
estabelecidos nesta norma.
Nota 2: As espessuras mínimas definidas nesta tabela são validas para a menor classe de
resistência prevista nesta norma (PS1 OU PA1).
Para resistência superiores, deve ser apresentado projeto especifico.
Fonte: NBR 8890 (2008).
Figura 8 – Sem corte longitudinal típico de tubos com encaixe ponta e bolsa e macho e
fêmea (NBR 8890, 2008)
Até este momento a NBR 8890, orienta que para a aquisição dos tubos de
concreto para águas pluviais, tais elementos devem atender as implicações do projeto,
onde deve ser feita a averiguação do material antes que ele seja transportado. O
adquirente deve apresentar alguns requisitos básicos para a obtenção do material, tais
como:
Classe de resistência do tubo;
Nome e local da Obra;
Utilização prevista (água pluvial ou esgoto sanitário);
Diâmetro nominal interno (DN);
Tipo de junta rígida se for água pluvial ou elástica se for água pluvial ou esgoto
sanitário);
Tipo de encaixe (ponta e bolsa ou macho e fêmea);
Desenho em planta e perfil;
Grau ou classe de agressividade (meio interno e externo da peça);
Método executivo (equipamentos de compactação de aterro, base de
assentamento.);
Cargas (móvel, acidental, especiais).
30
Em suma, a NBR 8890 (2008), estabelece que não deve haver qualquer defeito
visível a olho nu, uma vez que as superfícies internas e externas devem sem perfeitas,
sem haver retoques de concreto, a fim de esconder qualquer danificação na peça.
1. MATERIAIS E MÉTODOS
Q=C . I . A (1)
Onde:
Q : o deflúvio superficial direto máximo em l/s;
C : o coeficiente de “runoff”, isto é, a relação entre deflúvio superficial direto
máximo em mm/min e intensidade média da chuva também em mm/min (tabela
4);
I : a intensidade média da chuva em mm/min, para uma duração de chuva igual
ao tempo de concentração da bacia em estudo. Esse tempo é, usualmente, o
requerido pela água para escoar desde o ponto mais remoto da bacia até o local
de interesse (Tabela 5);
A : área da bacia em hectares (ha).
−0,8831
i t , T =40,37 ( t+30 )
−0,8936
+14,76 ( t +30 ) . (2)
Onde:
i : intensidade da chuva, correspondente à duração t e período de retorno T, em
mm/min;
t = duração da chuva, em minutos;
T = período de retorno, em anos.
34
1 8
Z 2 3 (3)
Q 0=0,375. ()
n
.i . y
Onde:
Q0: vazão que escoa na sarjeta (m³/s);
Z : inverso da declividade transversal (fórmula 4);
n : coeficiente de rugosidade Manning;
i : declividade longitudinal da rua;
y : profundidade da lâmina de água na sarjeta, na seção imediatamente a
montante da boca de lobo (m).
Z=tgθ (4)
' '
Z =tg θ (5)
W =Z ( y − y ') (6)
36
' W (7)
y =y−
Z
Onde:
θ : ângulo formado entre o plano da depressão e o plano vertical, referente a
sarjeta;
θ ' : ângulo formado entre o plano da superfície do pavimento e o plano vertical (
' 1
tgθ = );
it
it : declividade transversal do pavimento da rua;
W : largura da grelha, da depressão ou sarjeta (m);
y : profundidade da lâmina de água na sarjeta, na seção imediatamente a
montante da boca de lobo (m).
A capacidade admissível da sarjeta deve ser calculada pelo somatório das vazões
teóricas, tais essas que são obtidas utilizando o nomograma da figura 11 ou a fórmula 3,
e combinando as dimensões calculadas nas equações 4, 5, 6 e 7, como é representado na
figura 10. Sua equação pode ser denotada desta maneira:
Onde:
Q0: vazão que escoa na sarjeta (m³/s).
37
Q0
L≅ (9)
(figura 13)
Onde:
L: comprimento mínimo da boca de lobo (m);
Q0: vazão que escoa na sarjeta (m³/s) (equação 8);
Utilizou-se a equação 10, segundo Fugita (1980), para obter a vazão esgotada
pela boca de lobo.
Onde:
Q : vazão esgotada pela boca de lobo (l/s);
L: comprimento mínimo da boca de lobo (m) (equação 9);
De acordo com Fugita (1980), com base em experiências realizadas pelo “United
States Corps of Engineers”, tem-se que, as grelhas possuem um funcionamento muito
semelhante à de um vertedor de soleira livre, mas isso somente para uma lâmina de
altura abaixo de 12 cm, partindo desse valor até 42 cm, o funcionamento é indefinido,
assim ficando a critério do projetista. A grelha passa a ter função de orifício a partir dos
42 cm. A figura 14 é composta por essas duas condições, e os gráficos apresentados nas
figuras 14 e 15, tem base nas seguintes equações:
Q 1,5
=1,655. y (11)
p
Q 0,5
=2,91. y (12)
Au
Onde:
Q
: capacidade da grelha (l/s.m) (figura 14);
p
Q
: capacidade da grelha (l/s.m²) (figura 15);
Au
p: perímetro da grelha (m) ( p=2.(a1 +a 2));
Au : área útil da grelha (m²) ( Au =n . a1 . e );
n : n° de espaçamentos entre a grelha.
1 8 /3 1 /2
Q= .0,312 D . I (17)
n
Onde:
Q = vazão de escoamento na seção, em m³/s;
n = valores apresentados mediante a natureza das paredes dos condutos (tabela
8);
D = diâmetro, em m;
I = declividade;
Canais com paredes de cimento não completamente liso: de madeira com o n.º.2,
4 0,014
porém com traçado tortuoso e curvas de pequeno raio e juntas imperfeitas
Continua...
Canais com parede de cimento não completamente lisas, com curvas estreitas e
5 0,015
águas com detritos; construídos de madeira não aplainada de chapas rebitadas
Canais com reboco de cimento não muito alisado e pequenos depósitos no fundo;
6 revestidos por madeira não aplainada; de alvenaria construída com esmero; de 0,016
terra, sem vegetação
Canais com reboco de cimento incompleto, juntas irregulares, andamento
7 tortuoso e depósitos no fundo; de alvenaria revestindo 0,017
taludes não bem perfilados
8 Canais com reboco de cimento rugoso, depósito no fundo, musgo nas paredes e 0,018
traçado tortuoso
Canais de alvenaria em más condições de manutenção e fundo com barro, ou de
9 alvenaria de pedregulhos; de terra, bem construídos, sem vegetação e com curvas 0,020
de grande raio
Canais de chapa rebitadas e juntas irregulares: de terra, bem construídos com
10 0,022
pequenos depósitos no fundo e vegetação rasteira nos taludes
11 Canais de terra, com vegetação rasteira no fundo e nos taludes 0,025
Canais de terra, com vegetação normal, fundo com cascalhos ou irregular por
12 0,030
causa de erosões; revestidos com pedregulhos e vegetação
13 Alvéolos naturais, cobertos de cascalhos e vegetação 0,035
1. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Q=C . I . A (1)
1 8
Z 2 3 (3)
Q 0=0,375.()
n
.i . y
49
1 8
Z 2 3 (3)
()
Q 0=0,375.
n
.i . y
m3
Q1=0,082 =82,00 l/ s
s
3
m
Q2=0,033 =33,00l/ s
s
1 8
8,7
Q 3=0,375. (
0,016 )
.0,022 2 . 0,10 3 (3)
m3
Q3=0,065 =65,00l /s
s
Sendo assim, a vazão total da sarjeta, levando em conta os dois lados da via,
resultou-se em:
Q0=Q 1−Q2+ Q3
Q0=82,00−33,00+65,00
Q0=114,00 l/s
Q0=2. 114,00 l/s
Q0=228,00l/ s
Onde:
Q0
L≅ (9)
(figura 13)
y= y 0+ a (13)
y=22+5=27 cm
Au =4.1,46 .0,025 = 0,14 m²
0,14.1160=162,40 l/s
Q=162,40+ 228,00=390,40 l/s
Q=390,40 . 0,65=253,76l /s
As dimensões adotadas foram satisfatórias, pois Q>Q0 : 253,76 l/s > 228,00 l/s
Sendo assim:
1
Q1= .0,312 D8 /3 . I 1/ 2 (3)
n
1
4,150 = .0,312.𝐷18/3 .0,0221/2
0,016
4,150
𝐷1 =
√
8 /3
2,90
𝐷1 = 1,143 m ⋍ 1,20 m
54
Sendo assim:
1 8 /3 1 /2
Q2= .0,312 D . I (3)
n
1
1,089 = .0,312.𝐷28/3 .0,0221/2
0,016
1,089
𝐷2 =
√
8 /3
2,90
𝐷2 = 0,69 m ⋍ 0,70 m
Através do estudo dos dados apresentados por Brigatti (2016), entende-se que os
cálculos realizados nesse trabalho estão de acordo, pois os dados apresentados nos
respectivos trechos da tabela da figura 16, são coerentes com os valores utilizados em
cálculo.
2. CONCLUSÕES
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOTELHO, M.H. C. - Águas de chuva: Engenharia das Águas Pluviais nas
Cidades. São Paulo, Blucher, 2017. Disponível em:
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521212287/>. Acesso em: 26
Abr 2021.
ABSTRACT
The basic sanitation is one of the main concerns of governments throughout the
country, since it interferes directly in the quality of life of the people, where they end
up acquiring diseases caused by lack of health. Thus, the present study suggests a
readjustment in the water dispersion media of the municipality of Guararapes
located in the interior of the state of São Paulo. During the rainy season there is a
vast alluvium in its urban Centre. In order to solve the problem, a new network of
pipes with larger diameters and storm water galleries was designer, due to this
insufficiency of the existing piping, applying them mainly in the street Councilman
Joaquim Nogueira, one of the most prominent points of the city’s flooding. Therefore,
this work aimed to scale the alteration of the dispersion networks, increasing the
amplitude of the plumbing together with a sustainable drainage. As a consequence,
the flow in the stretch can be supported eliminating the risks of flooding.
Figura 2 – Esboço típico da coleta de águas pluviais em uma via (modificado de Gribbin,
2014)
Materiais e métodos
Cálculo da vazão pelo Método Racional
Segundo Fugita (1980) o método racional é adotado para áreas de drenagem
inferiores a 1 km², normalmente recomendadas para dimensionamento de galerias
e avaliação do escoamento superficial. Ele é representado pela equação 1, na qual se
estabelece uma relação entre a chuva e o escoamento superficial.
𝑄 = 𝐶. 𝐼. 𝐴 (1)
Onde:
𝑄: o deflúvio superficial direto máximo em l/s;
𝐶: o coeficiente de “runoff”, isto é, a relação entre deflúvio superficial direto
máximo em mm/min e intensidade média da chuva também em mm/min
(tabela 1);
𝐼: a intensidade média da chuva em mm/min, para uma duração de chuva
igual ao tempo de concentração da bacia em estudo. Esse tempo é,
usualmente, o requerido pela água para escoar desde o ponto mais remoto
da bacia até o local de interesse (Tabela 2);
𝐴: área da bacia em hectares (ha).
𝑖 , = 40,37(𝑡 + 30) ,
+ 14,76(𝑡 + 30) ,
. (2)
[−0,4876 − 0,9171 𝑙𝑛𝑙𝑛(𝑇/𝑇 − 1)]
Onde:
𝑖: intensidade da chuva, correspondente à duração t e período de retorno T,
em mm/min;
𝑡 = duração da chuva, em minutos;
𝑇 = período de retorno, em anos.
Tabela 2 - Previsão de máximas intensidades de chuvas, em mm/h, em Andradina - SP
Área de contribuição
Segundo a Prefeitura Municipal de Guararapes-SP, a partir das plantas de
topografia e sistema de drenagem proporcionada pelos mesmos, e com o auxílio dos
softwares Google Earth e QGIS, pôde-se determinar os sentidos de escoamento das
águas nas guias e sua declividade, assim sendo possível a determinação das áreas de
contribuição do local de estudo e o posicionamento dos elementos que iram
constituir a formulação do projeto.
Capacidade teórica para sarjetas
Em conformidade com Fugita (1980) o nomograma da Figura 5 e a fórmula
3, servem como subsídios para o cálculo de escoamento em sarjetas triangulares,
independentemente um do outro, mas com função de obter o mesmo valor. O
nomograma leva em conta dados mais comuns e possíveis, para configurações de
uma sarjeta. De modo a simplificar os cálculos, a partir dele e de uma série de dados
é possível a formulação de gráficos para condições especificas da rua. O coeficiente
de rugosidade a ser adotado na maioria dos casos é de n = O, O 16, conforme é
apresentado na Tabela 4.
Segundo Fugita (1980) o uso do nomograma da figura 2, pode ser feito de tal
maneira:
Conhecido o valor de 𝑖, traça-se uma horizontal até tocar na linha referente a
𝑛;
Em seguida, a partir desse ponto, traça-se uma vertical até a reta referente a
𝑧;
E a partir deste ponto uma horizontal até 𝑦 (cm)que vai informar o valor de
𝑄 (l/s).
𝑍 (3)
𝑄 = 0,375. .𝑖 .𝑦
𝑛
Onde:
𝑄 : vazão que escoa na sarjeta (m³/s);
𝑍: inverso da declividade transversal (fórmula 4);
𝑛: coeficiente de rugosidade Manning;
𝑖: declividade longitudinal da rua;
𝑦: profundidade da lâmina de água na sarjeta, na seção imediatamente a
montante da boca de lobo (m).
𝑍 = 𝑡𝑔𝜃 (4)
𝑍 = 𝑡𝑔𝜃 (5)
𝑊 (7)
𝑦 =𝑦−
𝑍
Onde:
𝜃: ângulo formado entre o plano da depressão e o plano vertical, referente a
sarjeta;
𝜃′: ângulo formado entre o plano da superfície do pavimento e o plano
vertical (𝑡𝑔𝜃 = );
𝑄 =𝑄 −𝑄 +𝑄 (8)
Onde:
𝑄 : vazão que escoa na sarjeta (m³/s).
Figura 4 - Esquema de combinações para obter vazão total (modificado de Fugita, 1980)
𝑄
𝐿≅ (9)
(𝑓𝑖𝑔𝑢𝑟𝑎 13)
Onde:
𝐿: comprimento mínimo da boca de lobo (m);
𝑄 : vazão que escoa na sarjeta (m³/s) (equação 8);
Utilizou-se a equação 10, segundo Fugita (1980), para obter a vazão esgotada
pela boca de lobo.
𝑄 = (𝑓𝑖𝑔𝑢𝑟𝑎 13). 𝐿 (10)
Onde:
𝑄: vazão esgotada pela boca de lobo (l/s);
𝐿: comprimento mínimo da boca de lobo (m) (equação 9);
Esgotamento da grelha
De acordo com Fugita (1980), com base em experiências realizadas pelo
“United States Corps of Engineers”, tem-se que, as grelhas possuem um
funcionamento muito semelhante à de um vertedor de soleira livre, mas isso
somente para uma lâmina de altura abaixo de 12 cm, partindo desse valor até 42 cm,
o funcionamento é indefinido, assim ficando a critério do projetista. A grelha passa
a ter função de orifício a partir dos 42 cm. A figura 7 é composta por essas duas
condições, e os gráficos apresentados nas figuras 8 e 9, tem base nas seguintes
equações:
𝑄
= 1,655. 𝑦 ,
(11)
𝑝
𝑄
= 2,91. 𝑦 ,
(12)
𝐴
Onde:
: capacidade da grelha (l/s.m) (figura 7);
1
𝑄= .0,312𝐷 /
.𝐼 / (17)
𝑛
Onde:
Q = vazão de escoamento na seção, em m³/s;
𝑛 = valores apresentados mediante a natureza das paredes dos condutos
(tabela 4);
D = diâmetro, em m;
𝐼 = declividade;
Resultados e discussões
Cálculo da vazão
Segundo Fugita (1980), por meio do coeficiente de escoamento superficial da
bacia, a intensidade média de chuva em mm/min e a área total da bacia, foi encontrado a
vazão do trecho escolhido para esse projeto, através da equação 1.
𝑄 = 𝐶. 𝐼. 𝐴 (1)
E a vazão da (𝐴 ) foi:
𝑄 = C .i .A (1)
𝑄 = 0,60. 4,330𝑥10 . 41.949,51
𝑄 = 1,089 m³/s = 1.089,84 l/s
𝑍 (3)
𝑄 = 0,375. .𝑖 .𝑦
𝑛
𝑄 =𝑄 −𝑄 +𝑄 (8)
𝑍 (3)
𝑄 = 0,375. .𝑖 .𝑦
𝑛
𝑚
𝑄 = 0,082 = 82,00 𝑙/𝑠
𝑠
𝑚
𝑄 = 0,033 = 33,00 𝑙/𝑠
𝑠
𝑚
𝑄 = 0,065 = 65,00 𝑙/𝑠
𝑠
Sendo assim, a vazão total da sarjeta, levando em conta os dois lados da via,
resultou-se em:
𝑄 =𝑄 −𝑄 +𝑄
𝑄 = 82,00 − 33,00 + 65,00
𝑄 = 114,00 𝑙/𝑠
𝑄 = 2 . 114,00 𝑙/𝑠
𝑄 = 228,00 𝑙/𝑠
𝑄
𝐿≅ (9)
(𝑓𝑖𝑔𝑢𝑟𝑎 13)
Sendo assim o valor do comprimento mínimo (𝐿) e da vazão (𝑄), resultou-se em:
228,00
𝐿≅ = 1,62 𝑚
140
𝑄 = 140 𝑥 1,62 = 228,00 𝑙/𝑠
𝑦 =𝑦 +𝑎 (13)
𝑦 = 22 + 5 = 27 𝑐𝑚
𝐴 = 4.1,46.0,025 = 0,14 m²
0,14.1160 = 162,40 𝑙/𝑠
𝑄 = 162,40 + 228,00 = 390,40 𝑙/𝑠
𝑄 = 390,40 . 0,65 = 253,76 𝑙/𝑠
As dimensões adotadas foram satisfatórias, pois 𝑄 > 𝑄 : 253,76 l/s > 228,00
l/s
Bocas de lobo (𝐴 ) =
,
Bocas de lobo (𝐴 ) = ,
= 17 un
Bocas de lobo (𝐴 ) =
,
Bocas de lobo (𝐴 ) = ,
= 5 un
Diâmetro da tubulação
Encontrou-se o diâmetro da tubulação com a fórmula de Manning (1890).
𝑄= .0,312𝐷 /
.𝐼 / (17)
Sendo assim:
/ /
𝑄 = .0,312𝐷 .𝐼 (3)
4,150 = ,
.0,312.𝐷18/3 .0,0221/2
/ ,
𝐷1 = ,
𝐷1 = 1,143 m ⋍ 1,20 m
Sendo assim:
/ /
𝑄 = .0,312𝐷 .𝐼 (3)
1,089 = ,
.0,312.𝐷28/3 .0,0221/2
/ ,
𝐷2 = ,
𝐷2 = 0,69 m ⋍ 0,70 m
Referências Bibliográficas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8890: Tubo de concreto de
seção circular para águas pluviais e esgotos sanitários — Requisitos e métodos de
ensaios. Rio de Janeiro, 2008. 30p.
AZEVEDO NETTO, J. M. Manual de Hidráulica. 8 ed. - São Paulo: Blucher, 1998.
Acesso em: 05 Mai 2021.
BOTELHO, M.H. C. - Águas de chuva: Engenharia das Águas Pluviais nas Cidades.
São Paulo, Blucher, 2017. Disponível em:
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521212287/>. Acesso
em: 26 Abr 2021.
DAEE - Departamento de Águas e Energia Elétrica - Precipitações Intensas no
Estado de São Paulo. 2018. Acesso em: 01 mar. 2021.
EOS – Revista Organização e Sistemas Ltda. O que é Saneamento Básico? Entenda
o que é Saneamento e seus Serviços Básicos.
<https://www.eosconsultores.com.br/o-que-e-saneamento-basico/ >. Acessado
em: 25 Abr 2021.
FUGITA, O. - Drenagem Urbana - Manual de Projeto. Companhia de Tecnologia
de Saneamento Ambiental. São Paulo, coord, 1980. Acesso em: 10 mar. 2021.
GESTA – Revista Eletrônica de Gestão e Tecnologias Ambientais. GESTÃO DA
DRENAGEM URBANA NO BRASIL: DESAFIOS PARA A SUSTENTABILIDADE. <
https://periodicos.ufba.br/index.php/gesta/article/view/7105>. Acessado em: 28
Abr 2021.
GRIBBIN, J. E. - Introdução a Hidráulica, Hidrologia e Gestão de Águas Pluviais:
Tradução da 4ª edição norte-americana. São Paulo, Cengage Learning Brasil,
2014. Disponível em:
<:https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522116355/>. Acesso
em: 26 Abr 2021.
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA - Panorama do
município de Guararapes-SP. Disponível em:
<https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/guararapes/panorama>. Acesso em: 05
mar. 2021.
RIGHETTO, A. M. – Manejo de Águas Pluviais Urbanas. Rio de Janeiro, PROSAB,
2009. Acesso em: 03 mar. 2021.
TEIXEIRA, A. N.; NAVACCHIO, L. - Projeto para readequação de coleta de Águas
Pluviais em uma região urbana do município de Piacatu-SP. Acesso em: 26 Abr
2021.
TUCCI, C. E. M. - Gestão da Drenagem Urbana. Brasília, IPEA, 2012. Acesso em: 25
mar. 2021.