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VOLUME 5
São Luís
2020
Governador do Estado do Maranhão
Flávio Dino de Castro e Costa
Coordenação
José Ribamar Trovão
Elaboração Colaboração
Carlos Henrique Santos da Silva Eloína Coelho Carneiro
Getúlio Estefânio Duarte Martins Natália de Almeida
José Ribamar Trovão Weskley Sandes Silva de Almeida
Paulo César dos Santos Garras
v. 5: il; 222 p.
ISBN: 978-65-87226-00-2
Av. do Vale, quadra 29, Lote 13, Ed. Zircônio, 1º andar, Renascença II
São Luís – Maranhão CEP. 65.075-820
Fone: (98) 3221 2349 Fax. (98) 3221 2504
Site: www.imesc.ma.gov.br
APRESENTAÇÃO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 12
2 ABRANGÊNCIA AMBIENTAL DOS LENÇÓIS MARANHENSES........ 14
2.1 Litoral Oriental do Maranhão......................................................................... 14
2.2 Lençóis Maranhenses...................................................................................... 22
2.3 Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.................................................. 23
2.4 Rota das Emoções............................................................................................ 26
2.5 Parque Eólico do Estado do Maranhão......................................................... 34
3 BARREIRINHAS............................................................................................ 38
4 HUMBERTO DE CAMPOS........................................................................... 75
5 PAULINO NEVES........................................................................................... 106
6 PRIMEIRA CRUZ.......................................................................................... 134
7 SANTO AMARO DO MARANHÃO............................................................. 162
8 TUTÓIA............................................................................................................ 189
REFERÊNCIAS............................................................................................... 216
ÍNDICE............................................................................................................. 219
12
1 INTRODUÇÃO
horticultura, que são dados preliminares do censo agropecuário do ano de 2017 e que podem
sofrer, posteriormente, algumas alterações. No tocante aos novos dados (2017) disponibilizados
pelo IBGE, é necessário informar que, anteriormente, o IBGE, em sua pesquisa da agropecuária
municipal, informava os dados sobre os rebanhos de asinino e muar, mas atualmente não mais
os informa.
Na análise dos dados quantitativos percentuais, foi adotado o critério de
arredondamento, a partir de 0,5 para mais e de 0,49 para menos.
Se comparado com a sequência dos temas das publicações anteriores que compõem
a série “Enciclopédia dos Municípios Maranhenses”, este compêndio tem algumas inovações.
O item “Abrangência Ambiental” que inicia os volumes anteriores, neste, dada a
complexidade social, ambiental e econômica dos Lençóis, está dividido em itens específicos:
Litoral Oriental, Lençóis Maranhenses, Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, Rota das
Emoções e Energia Eólica.
Os demais capítulos seguem a metodologia já adotada, ou seja, é feita uma
distribuição por municípios.
Esta publicação, sem fins lucrativos e de base para se obter informações municipais,
será distribuída entre os órgãos municipais e estaduais, aos quais o IMESC agradece pela
colaboração e fornecimento de informações que compõem esta enciclopédia.
14
Dos seis municípios que fazem parte dos Lençóis Maranhenses, tanto Primeira
Cruz, quanto Humberto de Campos foram desmembrados de Icatu. Primeira Cruz deu origem
a Santo Amaro do Maranhão e Humberto de Campos originou os demais municípios (Figura
1).
16
Ambiente físico
Geologia
Geomorfologia
das marés permitiam, durante a baixa-mar, a exposição de larga faixa arenosa. O vento
constante, transportando o farto material arenoso para o continente, originou dunas que
recobriram grandes extensões, podendo ser assinaladas algumas localizadas a mais de 100 km
do litoral. Seguiu-se uma fase climática mais úmida, responsável pela fixação dessas, que foram
parcialmente edafizadas (IBGE, 1984).
Com uma nova fase seca, surgiu uma segunda etapa, com a formação de novas
dunas que recobrem uma franja de terra ao longo do litoral. Outra fração dos Lençóis é
representada pelos campos de deflação, muito associados à gênese das dunas.
Estudos recentes têm sugerido que, na região mais interior do continente, próxima
à Lagoa do Caçó, pode ser observada uma terceira, a mais antiga, época de formação de dunas.
Na planície deltaica do Rio Parnaíba, constituída predominantemente por
sedimentos fluviais com forte influência marinha, também ocorrem recobrimentos parciais de
depósitos dunares, devido à intensa atividade eólica. O deslocamento de depósitos arenosos, na
faixa costeira, nesse trecho, induz a depósitos dunares e cordões arenosos marinhos na foz de
inúmeros rios, podendo criar barragens naturais gerando, normalmente, nesses locais, lagoas
costeiras.
Na região, os cordões de depósitos marinhos e fluviomarinhos tendem a se
processar no sentido Leste-Oeste, direção predominante dos ventos alísios. Desse modo, os
depósitos eólicos continentais revelam-se através dos extensos campos de dunas.
Dunas são montículos ou colinas de areia formadas pelos ventos, com altura
variável e capazes de se deslocarem (FREIRE, 1971). A existência de dunas litorâneas está
vinculada à abundância de areia de granulação fina vinda do mar e à velocidade do vento
(GUERRA; CUNHA, 1995). Formam-se dunas quando ventos fortes, de direção constantes,
sopram sobre as praias com intensa deposição de detritos. Ao se ligarem entre si, em uma linha
contínua, as dunas dispõem-se em cadeias ou cordões, que dão aspecto característico a esse tipo
de costa. Nos Lençóis Maranhenses, essas apresentam formato crescente (barcanas), paralelas
à direção do vento e onduladas.
Solos
Na região dos Lençóis, o solo pode ser classificado em três tipos principais:
gleissolos, latossolos e neossolos, este último o mais preponderante na área. Os gleissolos
compreendem solos hidromórficos, constituídos por material mineral, apresentando horizonte
glei. Caracterizam-se pela forte gleização, em decorrência do ambiente redutor, virtualmente
19
livre de oxigênio dissolvido, em razão da saturação por água durante todo o ano, associado à
demanda de oxigênio pela atividade biológica, o que implica na manifestação de cores
acinzentadas, azuladas ou esverdeadas, devido à redução e solubilização do ferro, permitindo a
expressão das cores neutras dos minerais de argila. São solos mal ou muito mal drenados,
encontrando-se permanente ou periodicamente saturados por água. Desenvolvem-se em
sedimentos recentes na foz dos cursos d’água e áreas marinhas e, em materiais colúvio-aluviais
sujeitos a condições de hidromorfia. São solos presentes, principalmente, sob vegetação de
mangues (EMBRAPA, 2006).
Os latossolos compreendem solos constituídos por material mineral, com horizonte
B latossólico. São solos em avançado estágio de intemperização, muito evoluídos, como
resultado de enérgicas transformações no material constitutivo. São virtualmente destituídos de
minerais primários ou secundários menos resistentes ao intemperismo. Variam de fortemente a
bem drenados e são normalmente muito profundos, sendo a espessura do solum raramente
inferior a um metro. Têm sequência de horizontes com pouca diferenciação e transições
usualmente difusas ou graduais. Apresentam cores mais vivas, variando desde o amarelo até o
vermelho, decorrente dos constituintes minerais. São típicos do Sul da região dos Lençóis,
apresentando relevo plano e suave ondulado.
Os neossolos são solos constituídos por material mineral ou por material orgânico
pouco espesso, não apresentam alterações expressivas, em relação ao material originário,
devido à baixa intensidade de atuação dos processos pedogenéticos, às características do
material de origem e à composição químico-mineralógica, que podem impedir ou limitar a
evolução dos solos (EMBRAPA, 2006).
Grande parte dos solos da região litorânea dos Lençóis é considerada de baixa
aptidão agrícola.
Nos ecossistemas costeiros sobre solos arenosos, a entrada de nutrientes, via
atmosfera, pode ser significativa. Esse fluxo origina-se tanto pela lixiviação da atmosfera pela
chuva (precipitação úmida) quanto pela deposição de partículas de origem marinha (salsugem),
provenientes da evaporação de gotículas de água do mar ejetadas na atmosfera pelo rompimento
de bolhas na superfície do mar.
Clima
nitidamente tropical, caracterizado pela divisão do ano em dois grandes períodos. O período
chuvoso inicia-se em novembro ou dezembro, prolongando-se até abril ou maio (verão e
outono), caracterizado por chuvas de grande intensidade. O período de estiagem inicia-se, entre
os meses de junho ou julho até outubro ou início de novembro, quando as precipitações são
geralmente muito escassas (UEMA, 2002). A região dos Lençóis Maranhenses, apresenta um
clima subúmido, com temperaturas mensais sempre superiores a 18°C e umidade relativa do ar
anual entre 76% e 82%. Além disso, apresenta um período chuvoso que, de maneira geral, se
estende de janeiro a julho, com precipitações pluviométricas anuais entre 1200 e 2000 mm.
Hidrografia
A partir do Rio Periá e da Ponta dos Mangues (MA) para Leste, a deposição de
areia retifica o litoral, em direção ao Piauí. Os rios mais importantes carreiam os sedimentos
para o litoral, depositando-o, preferencialmente, na direção Oeste. Nessa região, junto ao litoral,
surgem então linhas de restingas, paisagem típica da região. Elas são dominadas, muitas vezes,
por grandes dunas de coloração clara que contrastam com a coloração escura da restinga, em
virtude da presença de uma vegetação própria. Entre os cordões de restingas ocorrem as
“avenidas”, áreas deprimidas e geralmente alagadas. Os rios banhados pelos cordões arenosos
mostram inflexões que acompanham o litoral, enquanto no interior os riachos não atingem o
oceano. As águas desaparecem entre as “avenidas” ou mergulham nas areias, sob a forma de
lençol de infiltração (IBGE, 1984).
As condições climáticas reinantes parecem ser responsáveis pela disposição do
material depositado em grandes linhas de dunas. De fato, a região encontra-se submetida a um
clima com variáveis precipitações e atingida de forma contínua e predominante pelos ventos
alísios de Nordeste – NE. Dessa forma, a areia seca, resultado da elevada temperatura, não se
fixa. Por sua vez, o material que compõe as dunas, em sua maioria areia, não favorece o
desenvolvimento de vegetação capaz de fixar os depósitos, originando linhas de dunas, que
atingem a altura de cerca de 30 metros ou mais, as quais avançam em direção ao interior,
soterrando os alagados e os velhos cordões arenosos. Elas são constituídas por areias
quartzosas, bem selecionadas, brancas, desagregáveis, com pequena fração argilosa.
Acompanham a linha de costa, prolongando-se para o Sul e apresentam uma forma,
aproximadamente, triangular com o vértice voltado para o Sul.
As microbacias com os seus respectivos rios e riachos podem ser observadas no
Quadro 2.
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Vegetação
O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses foi criado pelo Decreto Federal nº
86.060 de 02 de junho de 1981, em terras devolutas da União. Ocupa uma área de 156.605,72
hectares e um perímetro de 270 quilômetros, dos quais 90.000 hectares correspondem a dunas
livres e lagoas interdunares.
É uma unidade de conservação da natureza, com proteção integral da fauna, da flora
e das belezas existentes. Abrange o território político dos municípios Primeira Cruz,
24
Ainda que o turismo venha sendo significativo para a economia da Região, é possível
perceber que há uma intensificação no processo de especulação imobiliária dos
municípios que compõem o Parque dos Lençóis. Indubitavelmente o progresso chega,
mas sem a aplicação das políticas públicas inerentes à preservação do ambiente,
acarretando continuamente sérios problemas ambientais, como: o desmatamento, que
por sua vez, causa a redução das áreas verdes, a exposição do solo ao intemperismo e
erosão, nas áreas de extração de areias, remoção de dunas, obras de engenharia sobre
Áreas de Preservação Permanente, acúmulo de lixo, lançamento de esgotos “in
natura” e artificialização da drenagem.
As moradias e comércios em áreas próximas aos rios provocam a eliminação de
grande parte da cobertura vegetal, alterando a geometria das encostas, aumentando
sua declividade e, consequentemente, escoamento superficial difuso. Esse processo
redireciona materiais que protegem o terreno como a serapilheira, deixando o mesmo
desprotegido, o que provoca a perda de nutrientes em decorrência da
impermeabilização, compactação e lixiviação do solo.
O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses tem por vocação o turismo, mas esse
ocorre de forma descontrolada e sem fiscalização. Visando reduzir o impacto negativo do
turismo para a região dos Lençóis Maranhenses, seria interessante a elaboração de trilhas
ecológicas, permitindo o uso por jipeiros e motos. A alternância na visitação permitiria menor
impacto nas áreas visitadas. O planejamento, gerenciamento e manejo da área dos Lençóis
Maranhenses também são essenciais para que o uso e a ocupação dessa área seja sustentável.
Fonte: viagenspossiveis.com.br
A Rota das Emoções foi oficializada em 2007 e, atualmente, é um dos roteiros mais
desejados do Brasil.
A Rota é composta por três estados – Maranhão, Piauí e Ceará – e envolve os
paraísos naturais dos Lençóis Maranhenses, Delta do Parnaíba e Jericoacoara.
A porta de entrada para a Rota das Emoções é São Luís (MA) ou Fortaleza (CE).
Ao se iniciar a viagem por São Luís, poder-se aproveitar um dia do passeio para conhecer um
pouco sobre a cidade dos azulejos.
A Rota das Emoções é um destino turístico com algumas características naturais,
ambientais e sociais muito particulares e distintas de outras regiões turísticas do país,
28
Do total estimado de consumo, dos 1.093 MW/dia, 24% referem-se a Araioses, 32%
Barreirinhas, 7% Paulino Neves e Santo Amaro do Maranhão cada e Tutóia 30%. Quanto à
potência da energia elétrica, há necessidade de 136,52 MW, distribuídos em: Araioses com
24%, Barreirinhas com 32%, Paulino Neves e Santo Amaro do Maranhão com 7% cada e Tutóia
com 30% (Tabela 2).
Tabela 2 - Necessidade de energia elétrica nos municípios maranhenses da Rota das Emoções
Consumo estimado Necessidades Potência em
Municípios
em MW/dia MW
Araioses 258 32,27
Barreirinhas 346 43,26
Paulino Neves 81 10,09
Santo Amaro do Maranhão 77 9,54
Tutóia 331 41,31
Total 1.093 136,47
Fonte: Brasil (2014)
Tabela 3 - Necessidade de água potável dos municípios maranhenses da Rota das Emoções
Necessidade de recurso
Municípios Dotação l/hab./dia
m³/dia
Araioses 250 10.626
Barreirinhas 250 13.733
Paulino Neves 190 2.759
Santo Amaro do Maranhão 190 2.626
Tutóia 250 13.197
Total 1.130 42.941
Fonte: Brasil (2014)
Tabela 4 - Rodovias que passam pelos municípios maranhenses da Rota das Emoções
Rodovias
Municípios
MA BR
Araioses 345 -
Barreirinhas 225 402
Paulino Neves 315 -
Santo Amaro do Maranhão 320 -
Tutóia 034 -
Fonte: IMESC (2018)
Considerando a estadia média dos turistas nos municípios maranhenses da Rota das
Emoções em 2014 (Quadro 5), percebe-se que esses passam mais tempo no município de
Barreirinhas, sendo esse o grande atrativo da região.
33
Quadro 5 - Estadia média do turista por município na Rota das Emoções no Maranhão
Municípios Permanência média (dias)
Araioses De passagem
Barreirinhas 02
Paulino Neves Meio dia
Santo Amaro do Maranhão 01
Tutóia 01
Fonte: Brasil (2014)
A Rota das Emoções Maranhenses está incluída nas seguintes áreas protegidas:
Área de Proteção Ambiental do Rio Preguiças, Área de Proteção Ambiental do Delta do
Parnaíba, Reserva Extrativista Marinha do Delta do Parnaíba e Parque Nacional dos Lençóis
Maranhenses.
Em que pese todas as vantagens turísticas, sociais e econômicas trazidas pela Rota
das Emoções, no Estado do Maranhão, algumas considerações devem ser feitas, em função dos
impactos negativos que podem vir a ocorrer, a saber:
a) Na passagem por áreas de paleodunas, essas acabam por ser cortadas e, têm a
cobertura vegetal destruída, o que favorece o deslocamento da área que ficou
desprotegida;
b) No Maranhão, na travessia feita pelas rodovias, há inúmeros riachos que alimentam
os afluentes do rio Parnaíba, assim como várias microbacias que são cortadas pela
Rota das Emoções. Nesse sentido, há sérios impactos ambientais provocados pelas
rodovias nas bacias hidrográficas encontradas na região, as quais certamente serão
modificadas pelas tubulações colocadas nos leitos dos rios, ocasionando
principalmente assoreamento dos leitos e talvegues.
As estradas maranhenses que compõem a Rota das Emoções e sua relação com as
microbacias estão assim distribuídas:
a) MA 320 – passa pela bacia do rio Grande, cortando os rios Grande, Quixadá,
Alegre, das Pedras e o riacho São Bento;
b) MA 315 – atravessa as microbacias dos rios Preguiças (riacho do Bosque), rio Novo
(rio homônimo), rio Tutóia Velha (rio São João, rio Comum) e riachos Santa Luzia
e Dendê.
c) MA 034 – corta a microbacia do rio Bom Gosto (rio homônimo);
d) MA 312 – atinge as microbacias do rio Barro Duro (rio Tamboril), bacia do rio
Flexeira Grande (rio homônimo), bacia do rio Flexeirinha (rio homônimo), bacia
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do rio Coqueiro (rio homônimo), bacia do rio Santa Rosa (riachos Curva Grande e
do Baixão);
e) MA 345 – alcança a microbacia do rio Santa Rosa (rios Santa Rosa, Curva Grande
e riacho Baixão);
f) BR 402 – Ocupa microbacias do rio Negro (rio homônimo) e do rio Preguiças (rio
Cocal, riachos Mundo Novo e Mirinzal).
3 BARREIRINHAS
Símbolos Municipais
Brasão
Bandeira
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Hino
Refrão
Barreirinhas rincão paraíso
Ai, se um dia eu tiver que partir,
Dos recantos e amores que tenho
Hei de sempre saudade sentir.
Localização
Extensão
Processo de Ocupação
Uma estrada que partia da comarca de Campo Maior (Piauí) à de Brejo (Maranhão),
interligando povoados até Icatu, favoreceu o fluxo de pessoas e contribuiu para o surgimento
de pequenos aglomerados populacionais. Ressalta-se que Campo Maior era uma região com
inúmeras propriedades destinadas à criação de gado e, certamente, esses rebanhos foram a razão
para a abertura da estrada.
Em 1835, a abertura de uma estrada entre São Bernardo do Piauí (atual São
Bernardo) e São José do Periá1, que interligava férteis regiões da bacia hidrográfica do Rio
Preguiças, favoreceu o surgimento de povoados e, certamente, Barreirinhas foi um desses.
Apesar do desconhecimento sobre o local exato da fundação do município, supõe-se que o Rio
Preguiças tenha sido o caminho natural para a ocupação desse território, a qual se deu de forma
gradativa às margens do referido rio. Nesse ínterim, houve a fundação dos primeiros centros de
ocupação da freguesia2 de Nossa Senhora da Conceição das Barreirinhas, como: Santo Antônio,
São Domingos, Alto Bonito e Santa Rosa, destacando-se a de Santo Antônio pela fabricação de
açúcar e aguardente de cana. Circunvizinha a essa freguesia, situava-se a de São José do Periá
(Humberto de Campos) com áreas favoráveis à agricultura e pecuária, especialmente, Vertente
e Buriti Amarelo, em razão da vegetação favorável à lavoura e Santo Amaro, por suas ótimas
pastagens para a pecuária extensiva.
Os negros escravizados contribuíram no desbravamento de Barreirinhas. Em 1858,
foi criada a freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Barreirinhas, dividida em 14
quarteirões, totalizando 631 pessoas escravas, estabeleceram-se pequenos núcleos nas fazendas
de Santo Inácio, Santa Cruz, Alto Bonito, Santa Rosa, Buriti Amarelo, Massangano e Santo
Antônio, cujo povoado ainda existente é formado, em sua maioria, por descendentes de
escravos.
A pedologia e a hidrologia de Barreirinhas contribuíram para o fluxo populacional
migratório para a região, ao passo que a morfodinâmica da localidade foi favorável às atividades
agrícolas e pesqueiras.
Em 18 de junho de 1871, iniciou-se uma reorganização do espaço da freguesia com
a criação de Barreirinhas, formada por partes dos territórios de Tutóia, Brejo, Miritiba (hoje
Humberto de Campos) e São Bernardo.
1
Nome da Freguesia. Ao ser criado, o município recebeu o nome de Miritiba, atualmente, Humberto de Campos é
o nome adotado como terceira toponímia.
2
Após a transformação do Maranhão em província autônoma, houve a necessidade de distribuição do território.
Naquele período, era na igreja católica que se faziam os registros de aquisição de terras, casamentos e óbitos.
Nessa perspectiva que se estabeleceu a primeira distribuição do espaço maranhense – as freguesias.
43
Ambiente Físico
Espaço Urbano
Vale ressaltar que a expansão urbana se dá, principalmente, em direção ao Sul e, de forma mais
limitada, na direção Norte (Figura 7).
Espaço Rural
Roça do Meio, Santa Maria, Santa Rosa, São José do Saco, São Raimundo, Sucuruju, Tiririca,
União Andiroba, Varas, Vera Cruz e Vereda.
Quanto à condição legal das terras, ocuparam 2.502 estabelecimentos. Destes, 55%
eram próprias, 39% concedidas por órgão fundiário ainda sem titulação definitiva, 1%
arrendada, 4% ocupadas e menos de 1% em parceria e em regime de comodato.
Em relação aos 5.502 hectares, as terras próprias representaram 65%, concedidas
por órgão fundiário ainda sem titulação definitiva 28%, arrendadas 5% e ocupadas 2%. Não se
teve informações sobre a área das terras em parceria e em regime de comodato (Tabela 6).
Demografia
Educação
Economia
Agricultura
Agricultura Temporária
Entre 2010 e 2017, a área colhida diminuiu 22% e a quantidade produzida 13%. Já
o valor da produção subiu 37%. No período mencionado, a área colhida do feijão aumentou
4%, a do milho 60%, enquanto a do arroz e a da mandioca diminuíram 81% e 21%
respectivamente. Referente à quantidade produzida, o feijão aumentou 56% e o milho 108%; a
mandioca reduziu 10% e o arroz 60%. No rendimento médio, os produtos aumentaram: 108%
arroz, 50% feijão, 12% mandioca e 30% milho. Quanto ao valor da produção, o feijão, a
mandioca e o milho cresceram 243%, 49% e 116%, respectivamente; o arroz desvalorizou-se
55% (Tabela 8).
Em 2010, dos 8.420 hectares colhidos, 68% foram de mandioca, 18% de arroz, 10%
de milho e 4% de feijão. Das 54.389 toneladas produzidas, 94% eram de mandioca, 5% de
arroz, 1% de milho e menos de 1% eram de feijão. O rendimento médio pode ser observado na
Tabela 8. No valor da produção, dos R$ 10.665 milhões, a mandioca participou com 82%, o
arroz com 15%, o milho com 2% e o feijão com 1% (Tabela 8).
Em 2017, dos 6.540 hectares de área colhida, a mandioca ocupou 69%, o milho
21%, o feijão 5% e o arroz 4%. Com relação à quantidade produzida, das 47.417 toneladas, a
mandioca contribuiu com 96%, o arroz e o milho com 2% cada e o feijão com menos de 1%. O
rendimento médio pode ser observado na Tabela 8. Para o valor da produção, dos R$ 14,601
milhões, a mandioca contribuiu com 89%, o arroz com 5%, e o milho e o feijão com 3% cada
(Tabela 8).
Agricultura Permanente
Tabela 9 - Área colhida, quantidade produzida, rendimento médio e valor da produção da lavoura
permanente
Área Colhida Quantidade Produzida Rendimento Médio Valor da Produção
Produto (Hectares) (Hectares) (kg/ha) (Mil Reais)
2010 2017 2010 2017 2010 2017 2010 2017
Banana 85 40 612 274 7.200 6.850 428 148
Castanha de caju 2.740 3.000 959 1.380 350 460 767 3.450
Coco-da-baía 86 60 247 152 2.872 2.533 123 142
Laranja 20 20 102 120 5.100 6.000 66 64
Total 2.931 3.120 - - - - 1.384 3.804
Fonte: IBGE – Produção Agrícola Municipal – PAM (2010; 2017)
*Mil por frutos
Horticultura
Pecuária
Extrativismo
Pesca e Aquicultura
Indústria
Comércio
Turismo
pequenos como monomotores e bimotores; o voo de São Luís para Barreirinhas é de,
aproximadamente, 40 minutos.
A cidade dispõe de uma vasta rede hoteleira, compreendendo 45 meios de
hospedagem registrados pelo CADASTUR (BRASIL, 2019), das mais simples pousadas e
hotéis a grandes flats e resorts (Figura 15), dentre outros, apresentando uma variação muito
grande no preço, o que dá opção a todas as classes.
Figura 15 - Resorts
Como principal objetivo dos visitantes, os Lençóis Maranhenses (Figura 16) têm a
maior procura e são roteiro certo na agenda de quem visita à cidade, com saídas diárias às sete
horas. É fácil observar o grande número de toyotas bandeirantes circulando pela cidade,
passando pelos meios de hospedagem para o embarque dos turistas rumo aos grandes lençóis,
como é conhecido o roteiro desse passeio. Com a lotação completa, as toyotas dirigem-se a uma
das duas balsas (Figura 17) que as transportam, atravessando o Rio Preguiças até a outra
margem, para em seguida percorrerem uma trilha de areia fofa e em, aproximadamente, 40
minutos chegarem ao ponto de desembarque e começarem uma boa caminhada de apreciação
às dunas e lagoas do parque. Vale ressaltar que esse passeio também é feito na parte da tarde,
em que o turista só retorna, após o belíssimo pôr do sol.
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Outro roteiro importante são os pequenos lençóis, no qual o turista é levado até à
margem do rio, para o embarque nas lanchas voadeiras (Figura 18) ou no próprio local de
hospedagem, quando esse possui píer próprio. A partir desse ponto começa o passeio que vai
até a praia de Caburé (Figura 19), entre a foz do rio e o Oceano Atlântico, passando antes pela
localidade Vassouras, onde avista-se o primeiro conjunto de dunas dos Pequenos Lençóis e os
65
inúmeros macacos que se aproximam dos turistas. Além disso, é possível contemplar, o
povoado de Mandacaru (Figura 20), uma vila de pescadores, onde está instalado o farol da
marinha (Figura 21), bastante visitado para a observação dos grandes e pequenos lençóis, os
quais é possível ver do alto dos 54 metros.
Além das possibilidades citadas, existem outras tidas como opcionais na maioria
das agências que trabalham com esse segmento. Uma delas é explorar os 155 mil hectares que
compreendem o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, com passeios à Lagoa Bonita, à
Lagoa Verde, às comunidades de Atins e à Queimada dos Britos, dentre outras.
Passeios aéreos têm sido bastante requisitados nos últimos anos. Trata-se de um
sobrevoo de, aproximadamente, 30 minutos, feito em avião pequeno para grupos de até quatro
pessoas, quando é possível apreciar e fotografar os pequenos e grandes lençóis, além de
observar o belíssimo encontro do Rio Preguiças com o mar.
A flutuação ou Boia Cross no Rio Formiga, geralmente, é recomendada para o
último dia, pois é considerado um passeio relaxante após dias intensos. Localizado no povoado
Cardosa, consegue-se chegar a ele, após viagem por toyota 4x4, em mais ou menos uma hora.
Com uma boia, flutua-se navegando nas águas cristalinas do rio, por cerca de uma hora e meia
entre a mata nativa com seus buritizais imponentes. A correnteza leve proporciona um passeio
delicioso e refrescante, no qual se pode lentamente desfrutar de um prazeroso banho enquanto
se contempla a natureza.
O Rio Preguiças (Figura 22), pelo fato de banhar a sede municipal, oferece diversos
pontos de banho na cidade e em povoados próximos, como São Domingos, o qual está a,
aproximadamente, seis quilômetros do centro. O povoado tem bares e restaurantes, inclusive
de fundo para o rio, proporcionando ao visitante usufruir da estrutura e de um bom banho no
rio.
Além dos diversos passeios, o município destaca-se também pelo seu artesanato,
que tem como matéria-prima principalmente, a fibra vegetal extraída do grelo da folha do
buritizeiro. Em Barreirinhas, encontram-se várias lojas com um diversificado número de
produtos de palha do buritizeiro, desde sandálias, redes, chapéus, toalhas e outros.
Durante a noite, a concentração maior é no Beira Rio (Figura 23), onde restaurantes
e pizzarias oferecem um bom forró pé de serra e um cardápio bem diversificado com pratos
típicos como moqueca, peixe frito, arroz de pequi, peixe ao molho de camarão, galinha caipira,
dentre outros.
68
Religião
Infraestrutura
Serviços e Comunicação
Folclore e Lazer
Lendas
Transporte
4 HUMBERTO DE CAMPOS
Símbolos Municipais
Brasão
O Brasão foi criado na administração de José Ribamar, através da Lei nº 13/05. Esse
símbolo tem a representação da bandeira do Brasil, do Maranhão e do município. Em sua base,
há duas datas importantes: 1859 – Miritiba, e 1934 – Humberto de Campos.
Bandeira
76
A bandeira idealizada pelo prefeito, Edson dos Santos Fonseca, foi reformulada em
2005 por Dulcinéa Lopes Espindola dos Santos na gestão de José Ribamar, aprovada na Câmara
Municipal pelo Decreto-Lei nº 13/05. Os símbolos que existem na bandeira representam a
cultura e a produção do município:
Branco – simboliza a paz.
Azul – representa o céu do Brasil.
Livro – homenageia o escritor Humberto de Campos.
Barco (canoa ou igarité) – representa o meio de transporte e produção de pescado,
bem representativos do município.
Hino
A primeira vez que o hino foi tocado em 1986 foi, durante a comemoração do
centenário de nascimento do escritor Humberto de Campos. Com autoria de um humbertuense,
o hino faz alusão ao antigo nome do município: "Miritiba", à localização da cidade, aos
antepassados, a seus filhos ilustres, a suas praias, a seus rios, aos pescadores, aos lavradores, à
união entre os humbertuenses e a paz que sempre reinou no município.
Localização
Extensão
Processo de Ocupação
Fatos Históricos
Ambiente Físico
Espaço Urbano
Logo após, no primeiro plano, está o mercado público do lado direito de quem sobe
a rampa; do lado esquerdo, estão dois bares. Na frente do mercado, há um cais que certamente
protege parte da praça do desmoronamento e, para alcançá-la, há três pequenas escadarias. A
partir dessas escadarias e da rampa, alcança-se a praça principal da cidade, onde está a igreja
matriz dedicada a São José.
A cidade começava a partir da praça que, em um traçado triangular, é bastante
espaçosa.
Da frente da igreja, observa-se a praça em toda a extensão e em todos os ângulos.
Do lado direito, ficam a prefeitura, único prédio de estilo totalmente colonial (Figura 30), e as
várias residências de tamanho entre médio e pequeno porte, algumas até bem humildes. Do lado
esquerdo há um bar e várias residências. Na praça, há um coreto com 40 metros de distância da
frente da igreja e bem mais distante, na mesma direção próxima ao mercado, está uma cruz com
Jesus crucificado, de tamanho médio.
Um elemento que chama a atenção na cidade é a sua arquitetura. Embora seja de
certo modo antiga, não se observam, exceto a prefeitura e a igreja, casas coloniais. Estas são,
na maioria, de padrão entre pequeno e médio porte (Figura 31). Não são tão espaçosas, largas
e de muitas janelas e portas como é comum nas cidades antigas. Acompanhando a praça do lado
esquerdo e indo até o fim da área urbana, está a rua Dr. Leôncio Rodrigues e, paralelas a ela,
estão as ruas Prof. Nascimento de Moraes, da Fazenda, Rio Branco, todas no sentido
Leste/Oeste e, atravessando-as, a partir das praças, estão as travessas Pedro Ribeiro (que passa
83
em frente à pequenina e aconchegante Praça Humberto de Campos), Rio Branco, Irineu Santos
e Dr. Leôncio Rodrigues, em direção Oeste, que se assemelha a uma avenida, devido à largura
e aos canteiros no centro.
Saindo da Praça da Vitória, em direção Leste, atinge-se um pequeno beco que chega
ao porto da Rede e, consequentemente, a uma ponte que atravessa o rio e leva ao bairro da
Manga, atualmente rebatizado de Santo Expedito. O referido bairro fica em uma duna
rebaixada.
84
pavimentação, 80% das ruas e avenidas estão pavimentadas com bloquetes (Figura 33); as
demais vias urbanas são arenosas.
Espaço Rural
Furo, Ilha do Tubarão, Ilha Grande, Jaboti, Jatobá, Jordão, José Ferreira, Juçaral dos Mendes,
Lagoa do Peixe, Lagoa Grande, Leandro, Macena, Mangueira, Maracaçumé, Mariana,
Mariquita, Martins, Mata do Lisboa, Mata dos Carrobimbas, Moçambique, Monte Alegre,
Mourão, Nicolau, Olho d’Água I, Olho d’Água II, Pacas I, Pacas II, Passagem Franca,
Passarinho, Peba II, Pedrinhas, Peracambu, Picos, Pequi, Pequizal, Pirangi I, Pirangi II,
Pirungal, Pisca Maneiro, Prata da Minervina, Prata do Américo, Prata dos Cajados, Pratinha,
Riachinho I, Riachinho II, Riacho, Ribeira Velha, Rio da Carneira, Rio da Onça, Rio do Meio
I, Rio do Meio II, Rodeador, Rumo, Santa Bárbara, Santa Filomena, Santa Maria, Santa Tereza,
Santana, Santo Antônio I, Santo Antônio II, São Bento I, São Bento II, São Joaquim, São José,
São Vicente, Sapucáia, Tucanguira, Tucuns, Urubu, Varas, Vargem da Vassoura, Vertente e
Vista Alegre.
Fazendas: Aterro, Axuí Grande, Baianos, Barreiras, Bulandeira, Cabaceira, Canto
Grande, Celeiro, Centrinha, Condonga, Curupati, Deserto, Farol, Gonçalo, Grota, Guapiriba,
Guedes, Ilha da Macacoeira, Ilha das Carnaubeiras, Ilha do Mucunandiba, Ilha do Rosário,
Jenipapeiro, Junco I, Junco II, Jurubeba, Lagoa, Lagoa de São Pedro, Lagoa Grande, Lima
Cantanhede, Lírio dos Vales, Macena, Mamoim, Mangueira I, Mangueira II, Marinheiro,
Massalina, Mato Grosso, Palhas, Palmeiral, Peba, Porto Novo, Prata, Quebra Anzol, Remanso,
Retiro, Roncadeira, Sangule, Santa Rita de Fora, Santa Rosa, Santarém, Santo Antonio, São
Domingos I, São Domingos II, São Francisco, São João de Zé Bina, São Joaquim, São Lucas,
São Raimundo do Faustino, São Raimundo Moia, Soledade, Sororoca, Sururuju, Tetéu, Tiririca,
Vaca Velha de Fora, Venenente e Vila Nova.
Povoados: Axuí, Bacaba, Bacabeira, Bom Jesus, Carrapatal, Cedro, Cocal, Curral
do Meio, Curralinho, Farol de Santana, Flexeira, Ilha do Gato, Ilha Grande, Jurucutuoca, Mata
dos Alves, Mutuns, Pedras, Periá, Porto da Roça, Rampa, Santa Clara, Santa Rita, São João,
São Miguel, São Raimundo I, São Raimundo II, Serraria, Tábua.
Comunidades Quilombolas: Cachoeira, Jatobá I e Jatobá II.
Assentamentos: Cocal, São Raimundo/Santa Cruz, São Bernardo/Grota/Anajazal,
Joaquim/Buenos Aires, Porto das Tábuas/Pequizeiro, São Miguel/Bacuri e Juçaral, Sagrado
Coração de Jesus, São Bento/Alto Alegre/Pau Alto, Mata, Taboa, São Raimundo, Axuí, Cuural
do Meio, Onça, Mutuns, Bacuri Roxo, Mangal, Pirangi e Tucangueira.
87
Quanto à condição legal das terras, em 2017, dos 853 estabelecimentos, 94% eram
próprias, 4% concedidas por órgão fundiário ainda sem titulação definitiva e 1% arrendadas e
ocupadas, cada. Quanto à área, dos 15.105 hectares, as terras próprias representaram 99% e as
concedidas por órgão fundiário ainda sem titulação definitiva 1%. No aludido ano, não foram
disponibilizadas informações sobre os hectares das terras arrendadas e ocupadas (Tabela 17).
Demografia
Figura 34 - Ambulancha
Educação
Economia
O município ocupou a 110ª posição, em relação ao PIB (IMESC, 2015), com o valor
de R$ 119,233 milhões, representando 0,15% do estado, sendo o setor de serviços o mais
representativo com uma contribuição de R$ 27,348 milhões, o agropecuário com R$ 14,190
milhões, o industrial com R$ 4,808 milhões e R$ 3,951 milhões com cobranças de impostos.
Ocupa a 168ª posição, em relação ao IDHM (2010), correspondendo a 0,287. A renda per capita
é de R$ 125,91, ocupando o 112º lugar no estado.
Vale ressaltar que as principais atividades econômicas do município estão ligadas
ao setor primário, destacando-se a agropecuária.
Agricultura
Agricultura Temporária
rendimento médio, o arroz aumentou 150%, a mandioca 15%, o feijão 43% e o milho 51%. O
valor da produção do arroz aumentou 100% e o do feijão 215%, enquanto a mandioca diminuiu
46% e o milho 74%.
Dos 2.808 hectares de área colhida em 2010, o arroz participou com menos de 1%,
o feijão 3%, a mandioca 75% e o milho 22%. Na quantidade produzida, das 15.040 toneladas,
o arroz e o feijão obtiveram menos de 1% cada, a mandioca 98% e o milho 2%. O rendimento
médio pode ser observado na Tabela 19. Quanto ao valor da produção, dos R$ 3,891 milhões,
os resultados foram: o arroz menos que 1%, o feijão 1%, a mandioca 94% e o milho 5% (Tabela
19).
Em 2017, dos 969 hectares de área colhida, menos de 1% foi ocupado com arroz,
7% com feijão, 84% com mandioca e 9% com milho. Das 6.662 toneladas produzidas, 98% foi
de mandioca, 1% de milho e menos de 1% para o feijão e o arroz. O rendimento médio pode
ser observado na Tabela 19. Para o valor da produção, cujo valor foi R$ 2.122 milhões, a
mandioca representou 94%, o feijão 4%, o milho 2% e o arroz menos de 1% (Tabela 19).
Refletindo sobre a quantidade produzida, o arroz é pesado e avaliado com casca e
a mandioca em tubérculos. Obviamente, isso influi no destino final do produto, pois o arroz vai
para o comércio beneficiado e a mandioca é transformada em farinha. Em ambos os casos, há
influência na tonelagem e na relação entre o produto inicial e o produto final no comércio.
Agricultura Permanente
Horticultura
11% coentro, couve, pimenta e quiabo cada, 13% maxixe e 24% milho verde. As referidas
hortaliças atingiram um total de 51 toneladas, distribuídas da seguinte forma: 4% cebolinha e
coentro cada, couve 2%, maxixe 37%, milho verde 8%, pimenta 27% e quiabo 18%. A produção
da alface foi menos de uma tonelada, logo seu quantitativo não foi disponibilizado (Tabela 21).
Pecuária
Extrativismo
Pesca e Aquicultura
Por possuir rios e ser banhado pelo mar, Humberto de Campos é produtor de peixe
e camarão. Embora não existam informações sobre a produção, as 3.000 pessoas inscritas como
profissionais na colônia e no sindicato de pescadores, cerca de 1.800 sindicalizados, são um
indicador da importância dessa atividade econômica para o município.
96
Indústria
Comércio
possível ver inúmeros produtos expostos nos comércios e nas suas calçadas, como por exemplo,
a farinha d’água (Figura 36), produto alimentício indispensável na mesa do maranhense.
Foram registrados 562 estabelecimentos comerciais no município, sendo: 28 de
comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas; seis de comércio atacadista e 528
de comércio varejista (BRASIL, 2019).
Turismo
O turismo é umas das atividades econômicas mais utilizadas nas cidades litorâneas.
O município possui um potencial muito grande, devido ao vasto ecossistema costeiro
possuindo, inúmeras ilhas, praias com largo trecho de areias alvas, dunas (Figura 37) e floresta
de mangues com animais típicos desses ambientes. No município, de acordo com dados do
CADASTUR, há três meios de hospedagem registrados (BRASIL, 2019).
Utilizam-se também de embarcações para passeio pelo Rio Periá (Figura 39). Outra
importante atração turística é o povoado Periá, à margem do rio homônimo. Ali, um grupo de
mulheres trabalha com o barro, desenvolvendo atividades diversas. Inicialmente, faziam,
principalmente, potes de barro enormes, parecendo com as urnas mortuárias dos índios. Com o
advento do plástico, esses potes, que eram utilizados como recipiente de água, foram perdendo
o valor. Então, as artesãs diversificaram a produção para travessas, bandejas e outros utensílios
domésticos, animais e até flores de barro.
Periá cria alma nova e perde o bucolismo, em dezembro, quando festeja o Divino
Espírito Santo com mastros, caixeiras, bandeireiras, imperadores e mordomos ricamente
vestidos. Dizem que, no que tange ao luxo, a festa do Divino de Periá rivaliza com a de
Alcântara.
100
Religião
O catolicismo possui três igrejas na sede, sendo uma matriz dedicada ao padroeiro
São José do Periá (Figura 40) e, aproximadamente, dezenove capelas distribuídas pelo espaço
rural. A igreja matriz em forma de T apresenta na frente um pavilhão que termina na torre onde
fica o sino. No interior, o altar fica de frente, ladeado por duas alas, além do espaço da entrada,
em cujas alas e blocos de frente ficam os bancos. Os altares são distribuídos de maneira
harmoniosa. Esses contam com santos de considerável tamanho, principalmente a Santa Ana,
alguns desses são de madeira.
Os principais festejos são o de Santa Ana e o do padroeiro na sede municipal e a do
Divino Espírito Santo no povoado Periá.
101
Os evangélicos possuem vários templos na área urbana e rural, dentre os quais, cita-
se: Assembleia de Deus, Quadrangular, Batista Nacional, Testemunha de Jeová, Universal do
Reino de Deus, entre outros.
As religiões afro-brasileiras, são representadas por terreiros, principalmente na área
rural.
Infraestrutura
Serviços e Comunicação
O sistema bancário está representado por três agências, sendo: Banco do Brasil,
Bradesco e Banco da Amazônia, além de duas casas lotéricas.
103
Folclore e Lazer
Lendas
• Outra lenda conhecida é a dama de padre que diz que, nas noites escuras, uma
dama chamada Ambrosina virava cavala-canga (mula sem cabeça) e percorria as ruas da cidade
altas horas da noite, porque era namorada do padre. Por isso, há tradição de que quem namora
padre vira cavala-canga.
• Na localidade Ilha Igapó, na noite de São João, apareciam três ondas. Na última,
vinha um boi que ficava correndo na praia, com uma corrente dourada. Quem conseguisse pegar
a corrente desencantaria a ilha e encantaria a Ilha de São Luís. Segundo a população local, até
hoje a ilha é mal-assombrada, não podendo ser habitada nem nela serem feitos ranchos de
pescadores. Os muricizeiros são enfileirados, dando ideia de ruas.
• No povoado Periá existe uma lagoa chamada “Lagoa Grande”; falam que
ninguém conseguiu morar nas suas proximidades. Várias pessoas tentaram fazer casas, mas
quando chegava à noite começavam a ouvir barulhos intensos, impedindo que alguém dormisse
naquele local.
• Na estrada velha Humberto de Campos – Periá, bem próximo ao povoado,
existiam vários bacurizeiros bem altos. O lugar era sombrio, muito esquisito, principalmente
no final da tarde, dando medo a quem passava. Muitos comentavam que, nesse lugar, um
homem, ao subir no bacurizeiro, caiu e faleceu. O lugar ficou mal-assombrado e, quando as
pessoas passavam a noite, ouviam o homem gritar assim: “lá vai o braço” e caía o braço; “lá
vai a perna” e caía a perna, assim por diante, até cair o corpo inteiro. Até hoje, existem alguns
pés de bacuri nesse local, e a lenda continua.
• Segundo relatos de Mundico Seabra, durante a guerra da Balaiada, um morador
da cidade, conhecido como Frazão, mandou cavar um poço e depositou toda a riqueza que
possuía, cobrindo-o com uma camada de vidro quebrado, mandou entrar os dois escravos que
haviam cavado o poço, e os atirou nele, matando-os. Fugiu com toda a família para voltar
depois, mas nunca voltou. O tesouro ainda continua debaixo do chão. De vez em quando
pessoas vão ao local para procurar, mas se acharem-no, ficam “abestalhadas”. Dizem que, o
poço aparece, elas ficam sem ação e depois torna a desaparecer. A barreira quebrou e acharam
prata. O prefeito Joaquim Bragança fez a conta, na época estava com 118 anos.
Transporte
5 PAULINO NEVES
Símbolos Municipais
Brasão
Bandeira
107
Hino
Localização
Extensão
Processo de Ocupação3
3
Histórico retirado do Estudo Preliminar dos Lençóis Maranhenses.
110
Hoje, o Rio Novo é um rio soberbo. Na sede municipal, adquire dimensões e largura
que se assemelham às do Rio Preguiças, embora tenha menos meandros.
Pelas informações da população local, tudo leva à hipótese de que ele nasça no lago
Taboa que, por sua vez, é alimentado por inúmeros tributários, principalmente, pelo Rio
Formiga (conhecido também como Fome). O referido rio tornou-se um acidente físico misto.
Quanto ao nome do município, o povoado rural, que foi escolhido para a sede
municipal, era chamado de Rio Novo. O referido povoado, que se desenvolveu em ambas as
margens do rio homônimo, tinha parte da sua margem esquerda sob a jurisdição do município
de Tutóia, enquanto a margem direita pertencia a Barreirinhas, já que o Rio Novo servia de
divisa entre os dois municípios.
Com a criação do município, parte da margem direita foi incorporada ao novo
município.
O nome Paulino Neves deve-se a uma homenagem prestada a um coronel
latifundiário, que se considerava “dono do lugar”, e que era influente político em Tutóia, tendo
dirigido aquele município por muitas décadas.
No povoado, existiam dois “domínios” políticos, ambos ligados ao coronel; do lado
de Barreirinhas, era o Capitão Joaquim Oliveira de Araújo e na parte de Tutóia, o João Lopes.
O município foi criado pela Lei nº 6.185, de 10 de novembro de 1994, sendo o seu
território desmembrado dos municípios de Barreirinhas e Tutóia.
O primeiro prefeito do município foi Josemar Oliveira Vieira, seguido por Antonio
Costa Barros e Raimundo de Oliveira.
Ambiente Físico
Espaço Urbano
Nas proximidades do trecho cimentado da avenida Rio Novo, há uma travessa que
vai até uma ponte grande de madeira (Figura 42), sem balaustrada, que atravessa o rio. Próximo
à ponte, há um pequeno aglomerado de bares e comércios tipo quitanda. Essa área é bastante
animada, uma vez que a maioria que sai dos bares cria um aspecto festivo.
As demais vias são ruas ou travessas que partem de ambas as avenidas, algumas
terminando na área de campos, várzeas e restingas, facilitando o acesso às dunas que, embora
distantes, podem ser observadas a parir dessas próprias ruas (Figura 45), dando, assim, à área
urbana uma sensação de paz.
Em 2017, uma nova ponte foi construída sobre o Rio Novo, com 140 metros de
extensão e 12 metros de largura. Essa, possibilita a passagem de vários veículos por vez e
suporta transportes de carga, caminhões e outros veículos de grande porte. Foram construídas
duas pistas, uma para ciclovia e outra para área protegida aos pedestres (Figura 46). Essa
construção foi de grande utilidade para o escoamento da produção, deslocamento de pessoas
para outras localidades, impulsionando o turismo e facilitando o acesso à Rota das Emoções.
115
A malha viária da sede (Figura 47) é composta de 44 ruas, duas estradas, três
avenidas (uma delas arborizada) e parte da rodovia MA-315.
Os bairros da cidade são: São João Batista, Anil, Cajazeiras, Novo Horizonte,
Marrocos, Cacimba, Redondo, Arame, São Sebastião, Caixa d’Água, Carraspão, Santa Bárbara,
Gramado, Portelinha e Campo Verde. Completando o espaço urbano, estão quatro praças, sendo
uma arborizada.
As casas são pequenas, um pouco baixas, com tendência a serem estreitas na frente,
alongando-se para o fundo. Os quintais são grandes, bastantes arborizados com árvores
frutíferas e limpos, varridos, com areia exposta.
A área urbana de Paulino Neves tem 3,14 km², o que corresponde a 0,32% do
município (IMESC, 2013).
Incluindo o espaço rural o município tem 3.050 casas de tijolos, 124 de taipa
revestida, 170 de taipa não revestida, 107 de madeira e 77 de outros materiais (BRASIL, 2015).
Chamam a atenção os tipos de moradias, ao longo das estradas vicinais, pois são quase elas
todas de tijolos, com telha colonial e avarandadas.
Espaço Rural
O espaço rural de Paulino Neves era composto, em 2011, por sítios, povoados,
projetos de assentamento e uma fazenda, denominados abaixo.
Sítios: Acenso, Água Fria, Água Riquinha, Alazão, Alegre, Alto Bonito, Amaro,
Anajá I, Anajá II, Anajazinho, Baixa da Boia, Baixa dos Cavalos, Baixinha I, Baixinha II,
Balsas, Bananeira, Barra do Tatu, Barras, Barro Vermelho, Barrocão, Beira do Lago, Belo
Horizonte, Boa Fé, Boa Vista, Boca do Rio, Boiada, Bom Fim, Bom Jesus, Bom que Dói, Bom
Sucesso, Borrachudo, Buriti, Buriti Amarelo, Buriti Redondo, Cabeceira, Cabeceira do Alegre,
Caboba, Cachoeira I, Cachoeira II, Caeté, Cajazeiras, Cajueiro, Canudo, Carrapato, Cedro,
Centro, Centro do Euzébio dos Reis, Centro do Zé Firmino, Centro dos Caldas, Centro Velho,
Conceição, Contendas I, Contendas II, Contendas III, Deserto, Diogo do Pedro, Estiva I, Estiva
II, Estrema, Fazendinha, Funil, Guajeru, Guarima, Ilha dos Camaleões, Inácio da Luz, Jenipapo,
Juçara, Jurema, Jurubebal, Lagoa Comprida, Malhada, Mangaba, Mangueira, Marajá,
Marmorana, Mata dos Anúncios, Meladinho, Mirim, Morro Branco, Mulungu, Mundo Novo,
Olho d’Água, Palmeira dos Rodrigues, Passagem do Lago, Passagem Grande, Pedras II, Penha,
Pequizeiro I, Pequizeiro II, Poços, Ponta Grossa, Ponte, Porto da Mata, Quebra Anzol, Recanto
da Ilha, Recanto Grande, Riacho do Meio, Riacho I, Riacho II, Rio Grande, Rio Velho,
Salgadinho, Santa Luzia, São Bernardo, São Domingos, São Felix, São João, São Joaquim, São
Lourenço, São Pedro, São Raimundo I, São Raimundo II, Taboca I, Taboca II, Tapera, Tiuba,
Vargem do Tanque, Varginha e Vista Alegre.
Comunidade Quilombola: Canto do Lago.
117
Na Tabela 27, estão plotadas informações sobre o espaço rural municipal, estando
grande parte dos estabelecimentos voltados principalmente para a agricultura temporária e
permanente e lâmina d'água, tanques, lagos, açudes, área de águas públicas para aquicultura, de
construções, benfeitorias ou caminhos, de terras degradadas e de terras inaproveitáveis. A
análise quantitativa é comprometida, devido a um estabelecimento se dedicar a mais de uma
atividade.
Dos 1.520 hectares utilizados em 2017, 32% estão com a lavoura temporária, 21%
pastagens naturais, 14% pastagens plantadas em más condições, 13% matas ou florestas
naturais, 8% lavoura permanente, 4% pastagens plantadas em boas condições. As demais
classes representaram juntas 8% (Tabela 27).
Demografia
a população urbana correspondeu a 30% e 32% nos respectivos censos analisados. Relacionado
ao gênero, predominou o masculino no decênio com 52% contra 48% do feminino. Quanto ao
crescimento, houve um equilíbrio em ambos os sexos com 26% (Tabela 29).
Educação
Economia
Agricultura
Agricultura Temporária
Agricultura Permanente
Em 2017, a área colhida foi 529 hectares, ocupados com banana e laranja 1% cada,
castanha de caju 81%, coco-da-baía 9% e manga 8%. Da quantidade produzida, das 618
toneladas, excetuando-se o coco-da-baía, os resultados foram: banana 4%, castanha de caju
30%, laranja 3% e manga 63%. O rendimento médio pode-se observar na Tabela 31. No tocante
ao valor da produção, dos R$ 714 mil, a banana colaborou com 2%, a castanha de caju com
29%, o coco-da-baía com 19%, a laranja 1% e a manga com 49 % (Tabela 31).
Tabela 31 - Área colhida, quantidade produzida, rendimento médio e valor da produção da lavoura
permanente
Área Colhida Quantidade Produzida Rendimento Médio Valor da Produção
Produto (Hectares) (Toneladas) (kg/ha) (Mil Reais)
2010 2017 2010 2017 2010 2016 2010 2017
Banana 15 4 79 27 5.266 6.750 55 17
Castanha de caju 400 428 168 186 420 435 100 205
Coco-da-baía * 55 50 170 188 3.090 3.760 68 133
Laranja 6 4 31 17 5.166 4.250 15 10
Manga 55 43 275 388 5.000 9.023 275 349
Total 531 529 - - - - 513 714
Fonte: IBGE – Produção Agrícola Municipal (2010; 2017)
*Mil por frutos
Horticultura
Em 2017, das 71 toneladas produzidas, 16% foram de cebolinha e tomate cada, 14%
de coentro, 8% de couve, milho verde, pimenta e pimentão cada, 7% de alface e quiabo cada,
6% de maxixe e 2% de batata-doce. Das 5 toneladas produzidas, a cebolinha, o coentro, a couve,
o milho verde e o tomate contribuíram com uma tonelada cada. Quanto a alface, batata-doce,
maxixe, pimenta, pimentão e quiabo esses tiveram uma produção abaixo de uma tonelada e, por
esse motivo, não foram contabilizados (Tabela 32).
125
Pecuária
O IBGE, em 2017, registrou uma produção de 67 mil litros de leite e 62 mil dúzias
de ovos de galinhas. A primeira faturou R$ 114 mil, enquanto a segunda R$ 179 mil, cujo total
foi de R$ 293 mil.
Extrativismo
A produção extrativa vegetal registrada pelo IBGE, em 2016, foi de: carvão vegetal
e de lenha. Esta teve uma produção de 19.500 metros cúbicos que valeram R$ 780 mil, enquanto
aquele obteve uma produção de 181 toneladas que renderam R$ 199 mil, cujo valor total da
produção foi de R$ 979 mil.
Em trabalho de campo, constatou-se que o município produz também buriti,
carnaúba, juçara, murici, mirim e guajeru, ocasião em que foi constatado o extrativismo da
castanha de caju, que está incluída como agricultura temporária, a qual já foi citada.
Verifica-se o não aproveitamento da polpa de caju, já que, ao observar-se a
produção industrial, não foi constatado qualquer produto ligado a esse fruto.
No extrativismo mineral, são explorados: areia, barro e pedra, os quais são
utilizados para a construção civil.
Pesca e Aquicultura
A pesca possui bastante significação no município, pois é dessa atividade que várias
famílias retiram seu sustento e renda. Segundo a Colônia de Pescadores em 2013, registrou-se
que há 2.080 associados (18% da população municipal), com estimativa de ter mais 3.500
127
Indústria
Comércio
Turismo
Essa aproximação da cidade, com relação aos “lençóis”, faz com que vários turistas
a utilizem como passagem para alcançarem o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.
Sendo os visitantes de várias partes do país – principalmente do Rio de Janeiro, São Paulo e
Minas Gerais –, e estrangeiros, em sua maioria, italianos, japoneses, franceses, canadenses
muitos alugam as toyotas bandeirantes e quadriciclos para deslumbrarem-se com a maravilhosa
paisagem (Figura 51).
Outro fator embelezador é o Rio Novo, que passa pelo centro da cidade, penetrando
nos quintais das residências ribeirinhas.
O serviço de hospedagem conta com dois meios de hospedagens registrados pelo
CADASTUR (BRASIL, 2019).
Se a cidade perde em urbanização, em compensação transmite um sentimento de
paz e segurança. É tão pacata que, na melhor pousada, a porta fica sempre semi-cerrada à noite.
O bucolismo de Paulino Neves é especial. É ideal para repousar, sendo esse, talvez,
um dos grandes potenciais turísticos. Rio, peixe, camarão em abundância, sucos naturais e
doces caseiros que são oferecidos gratuitamente nas pousadas, as redes armadas entre as árvores
nos fundos dos quintais são atrações irresistíveis para quem vive em um centro urbano bastante
conturbado.
129
Figura 51 - Dunas
Religião
Dos 14.519 habitantes informados pelo IBGE em 2010, 63% declaram-se católicos,
20% evangélicos, 5% adeptos a outras religiões e 12% não tinham religião (Tabela 34).
Infraestrutura
Serviços e Comunicação
Folclore e Lazer
Lendas
Transporte
Figura 53 - Quadriciclo
6 PRIMEIRA CRUZ
Símbolos Municipais4
Bandeira
4
O brasão municipal não foi disponibilizado.
135
Hino
I
Salve, Primeira Cruz
Recanto de beleza e esplendor
Berço que nos dá luz e calor
Dos teus solos ricos emanam
O pão que nos faz sustentar
Do mar fluem extensas salinas
Fazendo a riqueza jorrar
Ao sopro do vento balançam
Os teus ricos carnaubais
Com a graça dos teus verdes coqueirais
II
Primeira Cruz, minha terra querida,
Cidade da paz e amor
Em uma só voz exaltamos com fervor
Toda alegria, de nossa vida
Solitárias dunas de areia branca
Enfeitam tuas praias em todo alvorecer
Primeira Cruz, importante no teu modo de viver
Abrigas no teu seio com todo o teu calor
Uma Juventude brava e feliz
Mais uma esperança do nosso país.
Localização
Extensão
Processo de Ocupação
Embora os portugueses tenham aportado em 1614 no local onde hoje está a cidade,
tendo colocado ali uma grande cruz, só no fim do século XX, o território começou a ser
desbravado.
Segundo Trovão (2002) apud Carneiro (1998), o início da ocupação do espaço que
deu origem à cidade de Primeira Cruz foi a passagem de Jerônimo de Albuquerque, que ali
permaneceu durante nove dias, quando se dirigia com toda a sua companhia para combater os
franceses na Ilha do Maranhão.
Com doces dois dias de viagem, seguindo sempre pela costa, e tendo salvado grandes
perigos os parcéis de Parnaíba e Tutóia (...) entrou a armada a 14 de outubro pelo rio
do Periá, fundado às dez horas da noite, três léguas por ele acima. Saltaram os chefes
imediatamente para a terra com a maior parte da gente ergueu-se uma cruz, e tomou-
se posse do país em nome do rei (CARNEIRO apud LISBOA, 1998).
Fatos Históricos
Ambiente Físico
areias quartzosas e baixa retenção de água, apresentando maior restrição ao uso agrícola. Outro
solo encontrado no município são os gleissolos, caracterizados por serem muito mal drenados,
com alto conteúdo em sais minerais provenientes da água do mar, composto de enxofre com
textura, variando de argilosa até arenosa. Distribuem-se principalmente ao longo da faixa
costeira e na desembocadura dos rios.
O clima é tropical subúmido com dois períodos: chuvoso, de janeiro a junho e
estiagem de julho a dezembro. Possui uma pluviometria anual entre 1.600 a 2.000 mm;
apresenta temperatura média anual é superior a 27º C e umidade relativa do ar anualmente
variando de 79% a superior a 82% (UEMA, 2002).
A vegetação do município caracteriza-se por: herbácea em campos inundáveis nas
áreas mais rebaixadas, principalmente entre paleodunas, as quais alagam durante o período
chuvoso, capoeira mista e capoeirão latifoliado, mata ciliar e restinga, compostas de vegetação
rasteira e, às vezes, arbustiva ou arbórea, como o guajeru (Chrysobalanus icaco), alecrim-da-
praia (Bulbostylis capillaris), salsa-da-praia (Ipomea Littoralis), murici (Byrsonima crassifólia)
e manguezais (Rhizophora mangle) na faixa costeira, ocorrendo normalmente em ambientes
salino e salobro, que acompanham os cursos dos rios, instalando-se nas áreas que sofrem
influência das marés (Figura 54).
O território municipal faz parte da bacia hidrográfica do Rio Periá, tendo como
afluentes os seguintes: Rio Mirim, Rio Marciano (com o afluente Alegre), Rio Ribeira com o
tributário Riacho do Centro Velho. Outros rios que banham o município são: Alegre (que tem
140
Espaço Urbano
Ao atingir a cidade por via fluvial, salta-se através do cais (Figura 56) e alcança-se
a área urbana por uma passarela até um abrigo (Figura 57). Logo na entrada, há uma enorme
cruz de madeira (Figura 58), que dá ao visitante uma boa impressão. Alcança-se depois o centro
urbano na mesma direção, por uma avenida que vai até a praça da matriz, onde está a igreja. A
partir desse ponto, as ruas vão se distribuindo harmoniosamente em várias direções,
principalmente às dos pontos cardeais.
O centro é pavimentado com blocos e cimento, as ruas são limpas e as casas têm
aspectos agradáveis. Chama a atenção a sensação de calma e de silêncio, dando para sentir o
barulho e o vento nas árvores, especialmente nos coqueiros.
O traçado urbano está distribuído em 23 ruas (Figura 59), dezenove travessas e três
avenidas (duas possuem canteiro central com árvores). Quanto à pavimentação estima-se que
70% do traçado urbano seja pavimentado com blocos ou pedra bruta com cimento. Compõem
ainda o espaço urbano, seis praças todas arborizadas (Figura 60).
Quanto ao padrão das residências, predominam as casas de alvenaria que, na
maioria, são geminadas ou separadas por cercas de pau a pique e, em raros casos, por muros.
Encontram-se, em partes mais afastadas do centro da cidade, pequenas lagoas
temporárias, formadas a partir do acúmulo de água das chuvas entre as dunas.
O comércio é pequeno e muito espalhado, assim como os órgãos públicos,
colaborando, para que não haja o burburinho próprio das cidades do interior. Uma plena
segunda-feira, dá a impressão, de um dia de domingo.
Destacam-se algumas casas de arquitetura colonial. As demais, embora não
obedeçam a um estilo próprio, são arrumadas, limpas e bem pintadas.
Por ser uma cidade que até o presente momento tem como principal via de acesso
fluviomarinho, justifica-se o seu bucolismo.
143
O município possui 1.622 casas de tijolo, 527 de taipa revestida, 698 de taipa não
revestida, 9 de madeira e 72 de outros materiais (BRASIL, 2015).
Espaço Rural
Demografia
Educação
Economia
Agricultura
Agricultura Temporária
Agricultura Permanente
Horticultura
Pecuária
O equino, que antes era utilizado como meio de transporte, está sendo substituídos
por veículos motorizados, principalmente a motocicleta. Quanto ao bubalino, o ambiente é
impróprio, pois esses animais preferem áreas alagadas ou pantanosas. Significativos são os
rebanhos suíno e caprino, ambos criados soltos, alimentando-se de frutos e folhas de qualquer
vegetal. As aves referem-se às criações domésticas e às granjas.
Extrativismo
Dos produtos informados pelo IBGE, o carvão vegetal correspondeu a 86% das 21
toneladas produzidas em 2016; os 14% restantes pertenceram à juçara. A lenha produziu 1.755
metros cúbicos. Quanto ao valor da produção, dos R$ 81 mil, a participação da lenha foi de
63%, enquanto que a juçara e o carvão vegetal obtiveram 10% e 27%, respectivamente.
A extração da lenha e a obtenção do carvão vegetal têm implicações ambientais,
pois contribuem para o aumento do desmatamento, principalmente porque é utilizado o mangue
ou a derrubada das árvores nativas. O mangue é utilizado para construção de cercas que são
usadas para demarcar as propriedades no município, além de servir como combustível para os
fornos das casas de farinhas, das padarias e de alambiques (Tabela 42).
153
Da juçara extrai-se a polpa para formação do suco que é muito apreciado na região.
Entretanto, verifica-se o não aproveitamento da polpa de caju, já que, ao observar-se a produção
industrial, não foi constatado qualquer produto ligado a esse fruto.
Pesca e Aquicultura
Apesar de não se ter dados oficiais da produção, a pesca é umas das principais
atividades econômicas do município, graças aos 3.700 associados na Colônia de Pescadores.
Essa atividade é praticada de maneira artesanal no ambiente fluvial/marinho, utilizando
principalmente canoas a vela e motorizadas (Figura 62).
Indústria
Comércio
Figura 64 - Quitanda
Turismo
A lagoa do Caçó (Figura 66) é um paraíso à parte. Com 5km de extensão e cerca
de 800 metros de largura, é uma das maiores do Maranhão. Possui água tépida, calma e
transparente com fundo de areia branca que ao sol reluz, transformando o fundo e a superfície
da lagoa em um brilho único; é um lugar cercado de mata nativa, com longos buritizais que
fazem sombra em partes da lagoa. Totalmente navegável, pode-se realizar mergulhos de
157
Outros atrativos são as competições de rali com motos, carros e quadriciclos, nas
dunas e trilhas, quando o participante sente toda a emoção. O acervo arquitetônico destaca-se
pelas casas em estilo colonial (Figura 67), a igreja matriz e a cruz de madeira na entrada da
cidade fixada pelos portugueses, as quais fazem o turista voltar ao passado, vislumbrando
fachadas, portas e janelas das casas que se encontram em ruas calmas, onde se pode ouvir o
canto dos pássaros e a brisa a balançar as árvores. Além desses, há o carnaval e as festas juninas
realizadas próximo à igreja matriz e os campeonatos de futebol de areia e campo.
Chama-se a atenção para a quase inexistência de veículos motorizados, o que confere
à cidade um bucolismo invejável. Para atender o turista, o município dispõe de três pousadas.
Pode-se considerar como atração as quitandas já mencionadas, pela tradicional
distribuição e variedade das mercadorias, separadas do consumidor por um balcão,
possibilitando que o comprador só tenha acesso ao produto que solicitou, sem participação
direta na seleção.
Na culinária, são pratos típicos: caldeirada de camarão, torta de sururu e de
caranguejo, peixada, patinha de caranguejo à milanesa, galinha caipira ao molho pardo, arroz
de coco e arroz de cuxá.
158
Religião
Infraestrutura
Serviços e comunicação
Folclore e Lazer
Transporte
A principal rota entre a capital São Luís e Primeira Cruz é através das BR-135, BR-
402 e MA-025, chegando até a sede do município de Humberto de Campos. Do porto dessa
cidade, o transporte é fluvial até o terminal Jerônimo de Albuquerque, localizado em Primeira
Cruz.
O traslado entre Primeira Cruz e os municípios vizinhos é realizado de barco,
principalmente as voadeiras (canoas motorizadas), bianas, barcos de médio porte e lanchas. Há
também uma rota terrestre, ligando até a BR-402, passando pelo município de Santo Amaro do
Maranhão, porém o acesso só é feito por carros traçados, em razão do trajeto ser difícil. No
município, há uma pista de pouso para pequenos aviões.
O deslocamento entre o espaço urbano e o rural é feito por motos, toyotas e barcos.
Na sede, o deslocamento é realizado principalmente de moto.
162
Símbolos Municipais5
Bandeira
Localização
5
O brasão e o hino municipal não foram disponibilizados.
163
Extensão
Processo de Ocupação
Trovão (2002) relata o depoimento prestado pelo Sr. Hilário Resende Ribeiro, 72
anos, um dos moradores mais antigos da cidade. O início da ocupação deu-se através dos
jesuítas, que tinham sido expulsos de Tutóia, em virtude de ali terem desenvolvido, já naquela
época, grilagem.
Viajando pelo interior dos Lençóis Maranhenses, os jesuítas, sob a justificativa de
catequese, buscavam ouro. Nessas andanças, resolveram fixar-se no local e construíram um
rancho. Depois, procuraram o proprietário das terras e pediram a doação do terreno, dizendo
que todo o espaço que necessitavam correspondia ao traçado de um couro de boi, que
espalharam no chão.
O proprietário aceitou e eles demarcaram o terreno na presença dele, tomando por
base o tamanho do couro.
Depois que o proprietário foi embora, eles colocaram o couro dentro d’água e
cortaram em tiras muitos finas, praticamente na espessura de uma linha e com o novelo
adquirido foram demarcar o terreno. Fincaram mourões e iam espalhando as “linhas” de couro.
Enquanto teve couro em linha, o terreno foi demarcado, formando assim uma figura geométrica.
Como o lugar ficava muito distante da fazenda do proprietário e a comunicação era
difícil, especialmente pelo grande vazio demográfico, só bem mais tarde o fazendeiro tomou
conhecimento do fato e expulsou os jesuítas.
Perseguidos por soldados, os jesuítas percorreram pelas dunas e, depois de vários
dias, acamparam próximo a uma pequena elevação chamada Morro de Espia, onde mantiveram
um espião que, ao avistar a aproximação dos soldados, os fez fugir. Acampatam depois,
definitivamente, em uma restinga próxima às dunas, onde o jesuíta mais antigo, de nome
Amaro, morreu. Assim, os demais deram ao lugar o nome de Santo Amaro, em homenagem a
ele.
165
Ambiente Físico
Espaço Urbano
O município possuía 1.237 casas de tijolo, 298 de taipa revestida, 568 de taipa não
revestida, 208 de madeira e 79 de outros materiais (BRASIL, 2014). As casas registradas como
de outros materiais são principalmente cobertas e revestidas com palhas de buritizeiro,
principalmente na área rural, onde, o solo, por ser arenoso, não possui argila para revestimento
das paredes.
Espaço Rural
6
PN – Lugares localizados no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses
170
Francisco (PN), São Jerônimo, São João (PN), São João I, São Lourenço (PN), São Tomé,
Setúbal (PN), Serra (PN), Serragem, Sucuruju, Tetéu, Tiririca, Tucum, Vai Quem Quer, Vem
Cá e Veado.
Povoados: Baixa Funda (PN), Boa Vista (PN), Cocal (PN), Rio Grande (PN) e
Travosa (PN).
Fazenda: Faxadinha.
Assentamentos: PE7 Riachão, PE Rio Grande e PE Satuba.
7
Projeto de Assentamento Estadual.
171
Quanto à condição legal das terras, dos 697 estabelecimentos, 78% são próprios,
7% concedidas por órgão fundiário ainda sem titulação definitiva, 11% arrendadas, 2%
ocupadas e 2% em parceria e em regime de comodato. Quanto à área, dos 8.093 hectares, as
terras próprias representaram 73%, concedidas por órgão fundiário ainda sem titulação
definitiva 2%, arrendadas 25% e ocupadas menos de 1%. Os hectares das terras em parceria e
em regime de comodato não foram identificados (Tabela 47).
172
Demografia
O município ocupa no estado o 137º lugar em população, para o qual participa com
0,21%. Na Mesorregião Norte Maranhense, ocupa o 43º lugar com 0,53% e, na Microrregião
Geográfica dos Lençóis Maranhenses, ocupa o 6º lugar com 7,84%. A densidade demográfica
é de 8,63 hab/km2. Em 2010, o IDHM teve o valor de 0,518 ocupando a 200ª posição. A
estimativa da população para o ano de 2018 foi de 15.654 habitantes.
Entre 2000 e 2010, a população absoluta do município cresceu 44%, a masculina
47%, a feminina 41%, a urbana 31% e a rural 49% (Tabela 48).
Em 2000, a população masculina foi de 52%, a feminina de 48%, a urbana de 29%
e a rural de 71%. Em 2010, os homens passaram para 53% e as mulheres para 47%, a urbana
para 26% e a rural para 74%. Como pode ser observado na Tabela 48, a população rural, além
de ser maior, cresceu em dez anos 4%. Como a população urbana diminuiu 3% no mesmo
período, presume-se que está acontecendo migração urbano-rural, caso praticamente inédito no
Maranhão.
As pessoas que nascem no município são chamadas santamarenenses.
Educação
Economia
Agricultura
Agricultura Temporária
Dos 558 hectares de área colhida em 2010, o arroz participou com menos de 1%, o
feijão com 3%, a mandioca com 84% e o milho com 13%. Das 2.487 toneladas produzidas, a
mandioca colaborou com 98%, o milho com 1%, e o arroz e o feijão com menos de 1%. Dos
R$ 509 milhões, referente ao valor da produção, o arroz não obteve produção, o feijão 1%, o
milho 3% e a mandioca 96% (Tabela 49).
Em 2017, dos 923 hectares de área colhida, 2% esteve ocupada com arroz, 5% com
feijão, 65% com mandioca e 28% com milho. A quantidade produzida foi de 5.394 toneladas,
resultando nas seguintes participações: o arroz e o feijão apresentam juntos 1%, a mandioca
95% e o milho 4%. No valor da produção de R$ 1,730 milhões, os resultados foram: a mandioca
87%, o milho 8%, o feijão com 4% e o arroz com 1% (Tabela 49).
Agricultura Permanente
Horticultura
batata-baroa, batata-doce, maxixe, milho verde, pepino, pimenta, pimentão, rúcula e tomate,
pois esses produziram menos de uma tonelada (Tabela 51).
Pecuária
na área rural, principalmente para o transporte de pessoas e cargas. Sendo relegados a segundo
plano, visto que, com novas tecnologias, consórcios e medidas facilitadoras, o homem do
campo pode obter transportes mais facilmente e de fácil manipulação, como motocicleta que
pode ser utilizada para diversos fins.
Quanto ao rebanho caprino, esse é muito utilizado na alimentação. O número de
aves chama a atenção, pois em trabalho de campo, não foram identificadas granjas no
município, essas são criadas no quintal e por pequenos produtores, assim como os suínos.
Extrativismo
Entretanto, tanto o carvão vegetal como a lenha são atividades preocupantes pelo
impacto ambiental que provocam, como desmatamentos, queimadas, emissão de fumaça e
deposição das cinzas nos leitos dos rios, quando transportadas pela chuva, causando
assoreamento. Esses danos seriam minimizados, se as cinzas fossem usadas como complemento
com a argila, na tapagem e reboco das casas de taipa ou então como adubo.
No município, também há o extrativismo mineral, com extração de areia, cuja a
quantidade e valor não foram informados.
Apesar de não ser informado, em trabalho de campo, foi observada a coleta de
buriti, bacaba, jatobá, mirim, murici e outros.
Pesca e Aquicultura
Fonte: fotolog.com
Indústria
Comércio
Turismo
Povoados: Rio Grande, Travosa, Bebedouro, São Francisco, Ponta Verde, Betânia,
Boa Vista, Queimada dos Britos e Baixa Grande, entre outras. Nessas comunidades tradicionais
de trabalhadores rurais, pescadores e criadores, o visitante pode participar do plantio do caju e
da mandioca para a produção de farinha, bolo e cachaça (tiquira). Além disso, pode-se
aproveitar as dunas e riachos.
Lagos: Santo Amaro, Boa Vista, Bebedouro, Queimada dos Britos e outros. No lago
de Santo Amaro, pode-se fazer passeios de barco e vislumbrar a paisagem.
Espigão: trecho de dunas recortado pelo rio Alegre em meio à mata, possui muitas
lagoas e pode-se fazer caminhadas pelas dunas.
Praia: o litoral é repleto de praias de areia branca, quase desertas, onde pode ser
visualizado o oceano Atlântico e escassos ranchos de pescadores. Essas servem de base para
alimentação e reprodução de inúmeras espécies de aves migratórias.
Trilhas: pode-se realizar inúmeras trilhas com motocicletas, quadriciclos e veículos
com tração nas quatro rodas, em meio à vegetação de restinga, serpenteando no areião entre
olhos d’água e buritizais.
Pôr do sol: assistir ao pôr do sol entre as dunas (Figura 77) é um espetáculo à parte,
à medida que o sol se põe, o céu se enche de cores, desde o amarelo até o vermelho, enchendo
de paz as pessoas que o assistem.
183
Religião
Infraestrutura
Toda área urbana e rural é abastecida de água, pelos rios e poços artesianos, que
são de responsabilidade dos moradores e por iniciativa das comunidades.
O município não possui sistema de coleta e tratamento de efluentes; a destinação
final do esgoto doméstico são as 805 fossas, mais utilizadas na área urbana (BRASIL, 2014).
O lixo é coletado em dias alternados só na área urbana, em uma caçamba da
prefeitura. Depois, é depositado em um lixão a céu aberto distante a 4 km da sede.
Em 2015, a CEMAR registrou 30.593 consumidores, cujo maior consumo foi
residencial com 93%, depois o comercial com 5%, poder público com 2%, industrial,
iluminação pública e CEMAR com menos de 1%. O consumo de energia foi de 3.021.214
MWh, com o maior percentual para o residencial com 73%, o comercial e a iluminação pública
com 10% cada, o poder público com 7% e menos de 1% para o industrial e a CEMAR. Não se
obteve informações sobre as classes rural e serviço público (Tabela 55).
Serviços e Comunicação
Folclore e Lazer
Lendas
• Porca dos olhos vermelhos - Em noites de sexta-feira, com lua cheia, aparece um
animal aterrador, uma porca de olhos vermelhos, que tem como alvo assombrar as crianças.
• Gritador - É uma alma que, por ter assassinado alguém, é obrigada a cumprir a
penitência de carregar um pesado fardo, o corpo da vítima, por toda a eternidade; quando o peso
torna-se insuportável, ele emite berros, gritos lancinantes noite adentro, assustando as pessoas
que andam pelas estradas.
• A mulher com uma trouxa de roupas na cabeça - Mulher que aparece
repentinamente, ela adora falar palavrões e, às vezes, aparece na companhia de uma criança,
quando isso acontece, alguém na comunidade visitada pela tal senhora vem a falecer.
Transporte
(Figura 81) e em outros veículos que fazem o transporte de pessoas e mercadorias até a sede.
Na área urbana, o deslocamento é feito por motos, quadriciclos (Figura 82) e canoas.
8 TUTÓIA
Símbolos Municipais
Brasão
O brasão municipal, está representado por um sol entre as duas palhas cruzadas de
coqueiro, tendo, na parte central, a ilustração das dunas circulando a orla marítima, sendo
observadas de luzeiro pelos navegantes. Ainda pode-se ver um coqueiro, simbolizando uma
vasta faixa desse precioso vegetal da região e o Farol de Andreza.
190
Bandeira
A bandeira municipal foi idealizada por uma comissão nomeada pelo prefeito Dr.
Merval de Oliveira Melo e integrada pelos professores Francisco das Chagas Sousa e José de
Ananias Pereira dos Santos. Foi oficializada pelo Decreto nº 56de 28 de janeiro de 1981.
Os idealizadores optaram pelo fundo da bandeira de cor amarela, uma representação
das praias e dunas do litoral tutoiense, cujos coqueiros lhes servem de ornamentação à paisagem
litorânea, com suas palmas verdes, movidas pela brisa marinha.
191
Hino
Estribilho
II
III
Localização
Extensão
Com uma área de 1.651,649 km², o município ocupa a 55ª posição no estado,
representando 0,50% do território estadual. Na Mesorregião Norte Maranhense, classifica-se
na 7ª posição, com 3,15%. Na Microrregião Geográfica dos Lençóis Maranhenses, situa-se no
3° lugar com 15,35%.
O território do município divide-se em continental e insular, esta, ao Norte,
resultado da influência do delta do Parnaíba, onde se destaca um arquipélago, cujas ilhas
principais são: Igoronhon, Canindé, Grande, do Paulino, além de outras.
Processo de Ocupação
Fatos Históricos
É provável que a pequena igreja erguida na vila tenha sido designada como matriz
sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição, a partir da Resolução régia de 18 de junho de
1757. O templo erguido possuía um curral nas terras da vila com grande quantidade de gado
que pertencia aos índios que habitavam a localidade. Todavia, os jesuítas João Ferreira e Luiz
Barreto tiraram o gado e mandaram para suas fazendas, distante 30 léguas da vila9.
No intuito de identificarem o gado como sendo de sua propriedade, mandaram
demarcar com o ferro da Companhia e, como o gado pertencente aos índios eram um desenho
de meia lua, os jesuítas facilmente acrescentaram outra, fecharam o círculo e puseram uma cruz
no meio. O governador examinando a situação ordenou que os jesuítas restituíssem todo o gado
retirado das terras indígenas. O povoado, que foi cenário desses acontecimentos, estava
localizado à margem esquerda do Rio Tutóia, no lugar onde o rio deságua em um dos braços
do delta do Parnaíba.
Espalhados esparsamente pela costa, vários pescadores tinham o hábito de coletar
ovos de gaivotas, em uma ilhota originada de uma coroa de areia que se formou na entrada da
baía de Tutóia, a qual era denominada Coroa de Gaivotas. Presume-se também que esses
pescadores foram os primeiros habitantes, após os índios, a ocupar a região.
8
Histórico retirado da Enciclopédia dos Municípios Brasileiros (IBGE,1959).
9
Uma légua corresponde a 6 km.
195
Ambiente Físico
Espaço Urbano
Observando a parte mais antiga da cidade de Tutóia chega-se à conclusão que ela
surgiu em uma ilha, tendo, ao Norte, o mar e depois meandros do Rio Salgado.
A cidade desenvolveu-se, de forma alongada, acompanhando a meandricidade do
Rio Salgado, na realidade um braço de mar à margem do qual o aglomerado urbano começou e
onde está o porto.
Com a construção da MA-314, a cidade atravessou a ponte construída sobre o rio e
está acompanhando as duas margens da referida rodovia, direção para qual está crescendo.
Dentro da “ilha” a sua malha urbana distribui-se em três avenidas (Figura 83), 44
ruas, doze travessas e 29 becos, dos quais, 19% estão asfaltados, 40% calçados com bloquetes
e 50% cimentados (Figuras 84).
Possui cinco praças, dentre as quais, quatro são arborizadas, com destaque para a
da matriz, a Teremembés (Figura 85) e a José Sarney.
197
Embora seja uma cidade antiga, o casario colonial está totalmente descaracterizado,
resistem apenas duas casas antigas; a residência de Paulino Neves, seu fundador (Figura 86),
e outra parcialmente destruída, assim como a Igreja Católica e a prefeitura municipal (Figura
87). Os bairros são: São José, Cajueiro, Monte Castelo, Grajaú, Duro, Paxicá, Comum, Alto
Alegre, Lagoinha, Lagoa Grande, Tutóia Velha, Porto de Areia, Santa Rita e Dom Bosco.
Em 2013, a área urbana total tinha 7,89 km², o que corresponde a 0,48% do
município.
O município possuía 9.832 casas de tijolos, 581 de taipa revestida, 737 de taipa não
revestida, 10 de madeira e 139 de outros materiais (BRASIL, 2015).
Espaço Rural
Quanto à condição legal das terras, havia 2.728 estabelecimentos que estavam
distribuídos em 8.370 hectares. Dos estabelecimentos, 46% eram próprios, 12% concedidos por
órgão fundiário ainda sem titulação definitiva, 2% arrendados e em parceria cada, 1% em
regime de comodato e 37 % ocupadas (Tabela 57).
Relacionado à área, as terras próprias representaram 39%, sendo seguidas pelas
ocupadas 46%, as concedidas por órgão fundiário ainda sem titulação definitiva representaram
15% e as arrendadas menos de 1%. A área das terras em parceria e em regime de comodato não
foram identificadas (Tabela 57).
202
Demografia
Educação
Economia
O PIB municipal em 2015 (IMESC) foi o 35º do estado com R$ 320,974 milhões,
o que correspondeu a 0,41% do PIB estadual. Para esse valor, o setor de serviços contribuiu
com R$ 104,883 milhões, o agropecuário com R$ 33,687 milhões e o industrial R$ 24,658
milhões; os R$ 16,882 milhões restantes referem-se a cobranças de impostos. O IDM registrado
por aquele instituto em 2010, foi de 0,297, o 154º no ranking estadual. A renda per capita no
aludido ano foi R$ 235,38. As principais atividades econômicas no município são a pesca e a
agricultura.
Agricultura
Agricultura Temporária
mandioca 14% e o milho 5%. No rendimento médio, todos os produtos tiveram crescimento
positivo: arroz 65%, feijão 53%, mandioca 25% e o milho 163%. Relacionado ao valor da
produção, tiveram crescimento positivo a mandioca 7% e o milho 9%. Quanto aos que
obtiveram decréscimos, temos: o arroz 47% e o feijão 41%. A melancia não foi analisada, pois
sua produção foi quantificada apenas no ano de 2010 (Tabela 59).
Em 2010, dos 10.136 hectares colhidos, a mandioca ocupou 45%, o feijão 24%, o
milho 29%, a melancia e o arroz 1% cada. Das 33.995 toneladas produzidas, 94% foram de
mandioca, 3% de feijão e milho cada, e menos de 1% para o arroz e a melancia. No valor da
produção, do total de R$ 9,264 milhões, 76% foi a participação da mandioca, o feijão contribuiu
com 17%, o milho com 5%, a melancia com 2% e o arroz com menos de 1% (Tabela 59).
Em 2017, dos 5.035 hectares de área colhida, 62% estavam com a mandioca, 16%
com o feijão, 21% com o milho e menos de 1% com o arroz. No que se refere à quantidade
produzida, das 28.793 toneladas, a mandioca contribuiu com 95%, o com milho 3%, feijão com
1% e o arroz com menos de 1%. Com relação ao valor da produção, dos R$ 9,003 milhões, a
mandioca participou com 83%, o feijão com 10%, o milho com 6% e o arroz com menos de
1%.
Agricultura Permanente
Horticultura
Pecuária
Em 2017, a produção de origem animal foi de 52 mil litros de leite, com o valor de
R$ 91 mil. Além disso, foram, 82 mil dúzias de ovos de galinhas, as quais renderam R$ 280
mil, perfazendo o total de R$ 371 mil (IBGE, 2017).
Extrativismo
Pesca e Aquicultura
cavala), bagre (Bagre bagre), arraia (Dasyatis spp) e caranguejo (Ucides cordatus).
Pela inexistência de dados estatísticos da pesca, não foi possível verificar-se a sua
importância na economia do município. Entretanto, pelo número de pescadores legalizados, dá
para inferir a importância dessa atividade para o município.
Referente à produção da aquicultura, o IBGE registrou, em 2017, as produções de
tambaqui (26.000 quilogramas) e alevinos (4.200 milheiros). O total dessas produções totalizou
R$ 654 mil, sendo 234 mil de tambaqui (equivalente a 36%) e 420 de alevinos (correspondendo
a 64%).
Indústria
210
Comércio
Turismo
A cidade tem uma grande orla marítima, com praias de estirâncio significativo e de
fácil acesso (Figura 89).
Outra atração é a MA-315, estrada que liga as sedes de Tutóia e Paulino Neves.
Atravessando essa rodovia, observam-se, aproximadamente, dez riachos de águas cristalinas e
muito frias. Na margem esquerda, próximo à sede de Tutóia, está a localidade Lagoinha, onde
há uma lagoa perene (Figura 90), bastante procurada aos fins de semana, onde há bares e
restaurantes.
Outra atração são os templos católicos, a exemplo dos da sede de Tutóia Velha, de
Barro Duro, entre outros. São igrejas antigas, que fazem lembrar o estilo barroco, construídas
pelos jesuítas quando ali passaram, onde estão imagens belíssimas, algumas de madeiras.
A culinária tem como principais pratos a moqueca, a peixada, o peixe frito, a
caranguejada, o pirão de parida, a galinha a molho pardo e o sururu ao leite de coco.
212
Religião
Serviços e Comunicação
Infraestrutura
Folclore e lazer
Existem três grupos de bumbas meu boi com sotaques de orquestra e zabumba.
Dentre esses, destaca-se o Boi Pelado que é um boi imenso, símbolo da cidade, o qual dança
com oito pessoas embaixo. Outros grupos folclóricos correspondem às quadrilhas, dança
portuguesa, dança do caroço e cacuriá. Existe também uma escola de música, uma banda de
música e fanfarras.
Os principais eventos são os festivais, os encontros de grupos evangélicos, as
vaquejadas e o carnaval com blocos de abadás e desfiles.
Na parte de entretenimento, existem 60 campos de futebol, três ginásios esportivos,
um estádio de futebol com capacidade para 6.000 pessoas, 30 restaurantes, 68 bares, seis casas
de shows e duas bibliotecas.
O artesanato é representado por oficinas mecânicas, de carpintaria, marcenaria,
serralheria e de utensílios variados provenientes da fibra do buritizeiro.
Os ritmos mais apreciados são o reggae e, principalmente, o forró.
Lendas
para se comunicar com alguém de Tutóia ou com sua filha, nunca obteve êxito até a sua morte
no cárcere, o que faz com que as pessoas acreditem que o tesouro permanece escondido nas
dunas.
Transporte
A cidade de Tutóia localiza-se a 465 km da capital São Luís podendo ser alcançada
através das BR-135 e 222 e MA-034, utilizando diariamente ônibus da empresa Transbrasiliana,
a qual faz linha direta também para Rio de Janeiro e São Paulo. Para Parnaíba (PI), o transporte
é feito pela empresa Continental, de segunda-feira a sábado.
O traslado urbano–rural é realizado por veículos particulares, principalmente
motos, e por toyotas bandeirantes voltadas para o turismo, nos Lençóis Maranhenses.
217
REFERÊNCIAS
IMESC. Índice de Desenvolvimento Municipal: ano 2010. São Luís: IMESC, v.3, 2012.
IMESC. Situação Ambiental da Região dos Lençóis Maranhenses. São Luís: IMESC,
2013.
IMESC. Produto Interno Bruto dos Municípios do Estado do Maranhão. Período: 2010 –
2016. São Luís: IMESC, v. 11, 2018.
IPEA. Atlas do desenvolvimento humano no Brasil 2013: perfil municipal. Disponível em:
http://atlasbrasil.ipea.gov.br/2013/pt/perfil. Acesso em: 09 out. 2018.
REIS, José de Ribamar Sousa dos. Amostra do populário maranhense: lendas, crenças e
outras histórias da tradição oral. São Luís: [s.n.], 2008.
TROVÃO, José Ribamar. Estudo preliminar dos municípios dos Lençóis Maranhenses.
Relatório de viagem – UFMA. São Luís, 1998.
TIBIRÊ. Lima, José Matussalem Banoeiri. As belezas e os mistérios do rio Preguiças. São
Luís: Editora e Gráfica Aquarela, 2000.
ÍNDICE
BARREIRINHAS, 38
Agricultura, 55 HUMBERTO DE CAMPOS, 75
Agricultura Temporária, 56 Agricultura, 91
Agricultura Permanente, 57 Agricultura Temporária, 91
Horticultura, 58 Agricultura Permanente, 92
Ambiente Físico, 43 Horticultura, 93
Comércio, 62 Ambiente Físico, 80
Condição Legal das Terras, 52 Condição Legal das Terras, 87
Demografia, 52 Comércio, 96
Economia, 55 Demografia, 88
Educação, 53 Economia, 91
Espaço Rural, 49 Educação, 90
Espaço Urbano, 44 Espaço Rural, 85
Extensão, 40 Espaço Urbano, 81
Extrativismo, 60 Extensão, 77
Folclore e Lazer, 71 Extrativismo, 95
Lendas, 73 Folclore e Lazer, 103
Indústria, 62 Lendas, 103
Infraestrutura, 70 Indústria, 96
Localização, 40 Infraestrutura, 102
Mapa do Município, 41 Localização, 77
Pecuária, 59 Mapa do Município, 78
Pesca e Aquicultura, 61 Pecuária, 94
Poderes Judiciário e Legislativo, 68 Pesca e Aquicultura, 95
Processo de Ocupação, 40 Poderes Judiciário e Legislativo, 100
Religião, 69 Processo de Ocupação, 79
Saúde e Assistência Social, 54 Fatos Históricos, 79
Serviços e Comunicação, 71 Religião, 100
Símbolos Municipais, 38 Saúde e Assistência Social, 89
Bandeira, 38 Serviços e Comunicação, 102
Brasão, 38 Símbolos Municipais, 75
Hino, 38 Bandeira, 75
Transporte, 74 Brasão, 75
Turismo, 62 Hino, 76
Utilização das Terras, 51 Transporte, 104
221
Turismo, 98
Utilização das Terras, 86
PAULINO NEVES, 106 PRIMEIRA CRUZ, 134
Agricultura, 122 Agricultura, 148
Agricultura Temporária, 122 Agricultura Temporária, 149
Agricultura Permanente, 123 Agricultura Permanente, 150
Horticultura, 124 Horticultura, 150
Ambiente Físico, 110 Ambiente Físico, 138
Comércio, 127 Comércio, 155
Condição Legal das Terras, 118 Condição Legal das Terras, 145
Demografia, 118 Demografia, 146
Economia, 121 Economia, 148
Educação, 121 Educação, 148
Espaço Rural, 116 Espaço Rural, 144
Espaço Urbano, 111 Espaço Urbano, 140
Extensão, 109 Extensão, 137
Extrativismo, 126 Extrativismo, 152
Folclore e Lazer, 132 Folclore e Lazer, 160
Lendas, 132 Indústria, 154
Indústria, 127 Infraestrutura, 159
Infraestrutura, 131 Localização, 135
Localização, 107 Mapa do Município, 136
Mapa do Município, 108 Pecuária, 151
Pecuária, 125 Pesca e Aquicultura, 153
Pesca e Aquicultura, 127 Poderes Judiciário e Legislativo, 158
Poderes Judiciário e Legislativo, 129 Processo de Ocupação, 137
Processo de Ocupação, 109 Fatos Históricos, 138
Religião, 130 Religião, 158
Saúde e Assistência Social, 119 Saúde e Assistência Social, 147
Serviços e Comunicação, 131 Serviços e Comunicação, 160
Símbolos Municipais, 106 Símbolos Municipais, 134
Bandeira, 106 Bandeira, 134
Brasão, 106 Hino, 135
Hino, 107 Transporte, 161
Transporte, 133 Turismo, 156
Turismo, 128 Utilização das Terras, 144
Utilização das Terras, 117
222