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ROSA KLIASS

ARQUITETA PAISAGISTA

Rafaela Rolim, Sabrina Clark, Lia e Marcela


Paisagismo - Professora Raquel

VIDA & OBRA


Difícil definir de forma simples, direta e em poucas palavras quem é Rosa Grena Kliass. Personagem contemporânea do
paisagismo, autora dos mais importantes projetos e planejamentos coletivos e de quase duzentos layouts corporativos, a dama
das paisagens brasileiras como mundialmente é conhecida, coloriu o país com suas obras.

Biografia "Síndrome de Deus"


"Você cria espaços reais, que vão crescer independente de
Sua trajetória pelo paisagismo se confunde com a própria origem do paisagismo no você. Você não domina totalmente o espaço que você vai
Brasil. Paulista, nascida em 1932 na cidade de São Roque, foi durante seu último ano criar”, afirmou Rosa Kliass em entrevista para o Conselho de
no curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), em Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR).

1955, que teve contato com a disciplina de paisagismo e foi diretamente


influenciada pelo professor Roberto Coelho Cardoso ao optar pela área.
No final dos anos 60, ganhou uma bolsa de estudos e foi para os Estados Unidos, de
onde trouxe a experiência americana do planejamento paisagístico.

São Roque - São


Paulo, 1932.

FAU - USP
Croqui do Parque da Juventude, desenvolvido por Rosa Kliass.

Para Rosa Kliass, criar espaços com elementos vivos, como a vegetação, sempre foi
algo maravilhoso. Isso porque a vida se desenvolve independentemente do autor,
de forma que os resultados são gerados pela própria natureza.

Croqui do Parque da Juventude, desenvolvido por Rosa Kliass. Croqui do Parque da Juventude, desenvolvido por Rosa Kliass.

VIDA & OBRA


Ganhando Reconhecimento 1973 - 1981

@ARQUICAST - ROSA KLIASS


Em um contexto onde o paisagismo no Brasil parecia se resumir a Roberto Burle Marx (1909-1984), nas
décadas seguintes, a arquiteta ganhou imenso destaque com o projeto paisagístico da Avenida
Paulista (1973), uma parceria entre Rosa Kliass e o escritório Cauduro Martino. e a revitalização do Vale
do Anhangabaú (1981). No início dos anos 2000, dedicou-se a obras de grande escala nos estados do
Amapá e Pará, como o Parque do Forte e o Mangal das Garças.
Em paralelo, a arquiteta sempre militou pelo reconhecimento do paisagismo no Brasil, tendo sido a
primeira presidente da Abap (Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas), entre 1976 e 1980.

Projeto da Avenida Paulista, uma


Nascimento de Rosa Kliass em Momentos de intenso estudo. parceria entre Rosa Kliass e o Proj. Vale Anhangabaú
1932 na cidade de São Paulo.
escritório Cauduro Martino.

Os Frutos do Trabalho de Rosa Kliass


Atualmente a arquiteta vive em São Paulo e segue colhendo
os frutos de toda a sua produção, tanto projetual como
teórica, que inclui livros, teses e artigos.
Em 2019, a arquiteta tornou- se a primeira mulher a receber
o Colar de Ouro pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB),
um importante prêmio que reconhece profissionais de
arquitetura que tenham contribuição notável.
Além disso, a ABAP criou em sua homenagem o Prêmio Rosa
Kliass, um concurso universitário que reconhece os melhores
trabalhos de graduação em Arquitetura e Urbanismo que
tenham a paisagem como sua temática principal.

VIDA & OBRA


Parque da Juventude Dom Paulo Evaristo Arns
Historia

https://super.abril.com.br/historia/como-foi-o-massacre-do-carandiru/
O Complexo Penitenciário do Estado de São
Paulo, também conhecido como Casa de
Detenção, era o maior presídio da américa
Latina, o qual ja chegou a abrigar quase 10.000
presos e se localizava exatamento no terreno
onde o atual Parque da Juventude se encontra:
Carandiru (bairro na zona norte de São Paulo)
O fato que marcou o Brasil e outros países foi o
conhecido Massacre do Carandiru em 2 de
Outubro de 1992, resultando em 111 presos
mortos.
Esse massacre mexeu principalmente com os
paulistas, que buscam até hoje justiça pelo
crime cometido pelo Policiais Militares (de mais
de 50 policiais acusados por homicídio, somente
um foi condenado a a 632 anos de prisão pelos
assassinatos de 102 presos: tenente-coronel
Ubiratan Guimarães que comandou as tropas
da PM, pórem foi absorvido por ter foro
privilegiado depois que se tornou deputado
estadual pelo PTB).
Os sobreviventes do massacre alegam que
foram mais de 200 mortos, pois havia muitos
corpos espalhados por todo o pavilhão 9, onde
ocorreu a briga de dois grupos rivais e resultou
na intervenção da PM. Eles dizem que estavam
completamente desarmados e se escondiam
entre os corpor dos outros presos (muitos eram
amigos) para os policiais não os verem.

PARQUE DA JUVENTUDE - SP
Parque da Juventude Dom Paulo Evaristo Arns
Desativação e Resignifição
Depois desse episódio tambem
conhecido como "O massacre da Casa

de detenção: 111 mortos", a prefeitura


optou a buscar outra alternativa para
a utilização do local. Assim, em 2002,
os presos foram transferidos para
outras unidades pois buscavam
resignificar o local.
Hoje, o território abriga instituições
educacionais e de cultura, como o
Parque da Juventude e a Biblioteca
de São Paulo. Enquanto dois pavilhoes
foram reutilizados para a criação de
duas escolas técnicas estaduais, a
ETEC de Artes e a ETEC Parque da
Juventude, outros foram demolidos e
outro ainda serve como centro
hospitalar.

PARQUE DA JUVENTUDE - SP
O projeto
O parque foi planejado e executado em três
fases distintas:
2003: A primeira, a Área Esportiva, é de
caráterrecreativo-esportivo, com quadras
poliesportivas, espaços para prática de skate e
patins, pistas de cooper, entre outros.
2004: Denominado Área Central, é de caráter
recreativo-contemplativo, com trilhas, caminhos
ajardinados, passarelas, entre outros elementos
que remetem mais à ideia tradicional do
"parque".
2006 - 2008: Finalmente, o terceiro, a Área
Institucional, é de caráter cultural, onde estão
localizadas as Etecs (Escolas Técnicas), que
oferecem cursos regulares de enfermagem,
informática, música, canto, entre outros. Aí
também se encontra a Biblioteca de São Paulo,
de responsabilidade da Secretaria da Cultura e o
Museu penitenciário Paulista, inaugurado em
2014 e dedicado ao sistema penitenciário de São
Paulo.

Datas
Início do projeto: 1999
Executivo: 2003-2005
Construção: 2003-2007
Inauguração: 2003 (fase
01), 2004 (fase 2), 2006-
2008 (fase 03).

PARQUE DA JUVENTUDE
https://www.tiktok.com/@terrorcomtudo/video/7190771251722341637

PARQUE DA JUVENTUDE
PARQUE DA JUVENTUDE
PARQUE DA JUVENTUDE
PARQUE MANGAL
Restaurante
DAS GARÇAS OS ELEMENTOS DO PROJETO: Manjar das Garças

FICHA TÉCNICA

LOCALIZAÇÃO: BELÉM, PARÁ


Aningal
ANO: 2005
ÁREA: 40.000m²
ARQUITETA: ROSA KLIASS

LOGO DO PARQUE
MANGAL DAS GARÇAS

A arquitetura do pavilhão central, onde fica o


restaurante, favorece a sua integração com o
HISTÓRIA SOBRE O LUGAR: Mirante do Rio ambiente. Um lugar agradável e uma das
melhores vistas da cidade, servindo um Buffet
Belém foi fundada em 1616 às margens do rio A partir do pavilhão central, numa variado no almoço e jantar à La carte.
Guajará e Guamá, a ocupação irregular das elevação que avança sobre a vegetação
nativa e dá acesso a uma passarela de 100
margens é uma metrópole marcada pela
metros sobre a várzea, permitindo uma
presença de florestas. A ocupação irregular das vista ampla do rio Guamá e do centro
margens do rio Guamá e do Guajará ocorreu histórico de Belém.
principalmente nos anos 90, com portos
palafitas, etc. Houve uma luta para que os
projetos urbanísticos requalificassem a área
para o uso da população.

O DESAFIO APRESENTADO PARA ROSA:


Paulo Chaves, que era secretário de Estado
naquela época, já havia feito outros projetos com
Rosa Kliass requalificando as margens dos rios Farol de Belém
para uso da população. Por conta disso, ele entra
Borboletário Junto do Viveiro, uma torre em
em contato com ela para este parque que é o estrutura metálica de 47 metros
último projeto da série Belém do Pará. A área Com uma ampla área para passeios de altura e dois níveis de
naturais, uma das maiores atrações observação, a 15 e a 27 metros, de
estava antes sob a custódia da Marinha que, para do parque é a Reserva José Márcio onde se descortina a bela cidade
conter as águas do rio, havia feito ali um muro Ayres, um dos maiores borboletários das mangueiras. O farol no topo
da América Latina, que permite ao Lago Cavername e
retilíneo e um aterro imenso com um capinzal. A está inscrito nas cartas náuticas
visitante ter uma visita imerciva e de Lago da Ponta brasileiras.
ideia do secretário Paulo Chaves era fazer contemplação.
restaurante para oferecer a vista da cidade com as Aves pernaltas, marrecas e quelônios
convivem nos lagos artificiais. Em
torres das igrejas e explorar esse potencial
destaque a escultura em madeira do
paisagístico que foi deixado de lado. artista plástico Geraldo Teixeira, no
primeiro, e vitórias-régias, no segundo.

PARQUE ZOOBOTÂNICO MANGAL DAS GARÇAS


PARQUE MANGAL IMPACTOS E TRANSFORMAÇÕES
Memorial Amazônico da Navegação
DAS GARÇAS
O Memorial Amazônico da Navegação foi
inaugurado em 2005 pelo Governo do Estado do
Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, e
02 está localizado no Mangal das Garças. A intenção de
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ter esse memorial está num parque que tem
características do ambiente amazônico é
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justamente relembrar essa memória do homem
01 06 amazonense e suas relações com as águas. A
navegação comercial é destacada por maquetes
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presentes durante a exposição, além disso
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apresenta painéis e objetos da Marinha Brasileira
nos mais importantes acontecimentos históricos
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ocorridos no Pará.
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Mirante do Rio
Rosa notou no terreno um conjunto tímido de
aningas, uma planta típica das regiões ribeirinhas do
norte do Brasil constatou que nenhuma outra cidade
12 havia preservado, e que esse era o último resquício de
aninga em área urbana. Por isso, ela destacou essa
espécie em todo o projeto como estratégia de
enaltece-la e motivar a sua preservação. Rosa propôs
a manutenção das aningas, propondo palafitas que
passassem sobre o aningal sem prejudicá-lo,
permitindo o acesso ao rio sem prejudicá-las.

PLANTA BAIXA DO PARQUE MANGAL DAS GARÇAS

A água também foi um elemento importante para o


projeto, assunto diversos papéis como nas fontes,
cascatas, e o rio que alcança o lago. Os caminhos
foram pensados para que o espaço fosse 100%
aproveitado, com pontes, passarelas , tudo para que
todos os espaços fossem alcançados com sucesso. Os
espaços de contemplação também possuem um
papel importante na formação do lugar, o
borboletário, o viveiro de pássaros e a torre de
EXMPLO DE DESENHO - ROSA KLIASS PARA O PROJETO observação são pontos que possibilitam as pessoas
CORTE DO BORBOLETÁRIO Vista do Parque sentirem um pouco mais sobre a fauna da região.

PARQUE ZOOBOTÂNICO MANGAL DAS GARÇAS


FAUNA E FLORA
A preocupação com a vegetação é um dos traços marcantes da construção do parque. Todas as árvores originais foram
mantidas e preservadas. O ambiente foi todo estruturado para receber as aves. O viveiro, por exemplo, sofre a influência
das marés, o que permite a adaptação de aves aquáticas. A flora característica do local é a várzea do estuário
amazônico

Guará Borboleta Júlia Flamingo Aningal


Também conhecida como íbis-escarlate, guará- NOME COMUM: Aningal / Aningas
vermelho, guará-rubro, guará-piranga e garça- NOME CIENTÍFICO: Montrichardia linifera
Os flamingos costumam
vermelha. É considerado por muitos uma das
ficar apoiados em uma É uma macrófita aquática, planta herbácea que
aves brasileiras mais bonitas, por causa da cor
perna só: essa é uma cresce na água, em solos cobertos por água ou em
de sua plumagem de cor vermelha muito forte,
porém se forem mantidas em cativeiro, com a posição confortável para solos saturados com água. É uma espécie com
mudança da alimentação, as plumas perdem a eles. Os flamingos são capacidade de absorver grandes quantidades de
cor e ficam com um tom cor-de-rosa apagado. acinzentados quando minerais presentes no solo.
A borboleta Júlia é uma espécie nascem, brancos à
bastante encontrada nas Américas do
medida que crescem e
Bacurizeiro Mangueira norte, central e sul. Seu habitat
rosados quando adultos.
geralmente são florestas, em áreas
úmidas e abertas. Ela é uma espécie
que facilmente se adaptaria ao parque
e por isso prosperou tanto nesse
espaço.
O Flamingo Chileno pode ser
encontrado no sul do país, ele
não possui uma pigmentação
avermelhada nas asas como as
outras espécies .Eles vivem em Açaizeiro
bando junto a zonas aquáticas
que se alimentam de vegetação O açaí garante um mercado
e pequenos invertebrados . NOME COMUM: Flamingo lucrativo para as famílias de
NOME COMUM: Borboleta Júlia
NOME CIENTÍFICO: Júlia (Dryas iulia) NOME CIENTÍFICO: Phoenicopterus ruber Belém do Pará. O Pará é o
maior exportador nacional do
É uma espécie também conhecida como fruto e detém 90% da
simplesmente Garça Branca, é uma produção mundial. Por esse
espécie que já foi bastante caçada devido Garça-branca-grande motivo, é muito importante
ao uso de suas penas para fazer chapéus para a região, culturalmente e
NOME COMUM: Garça Branca Grande economicamente..
para mulheres. Hoje sua preservação é NOME CIENTÍFICO: Ardea alba
NOME COMUM: Bacurizeiro NOME COMUM: Mangueira importante para a sobrevivência da
NOME CIENTÍFICO: Platonia insignis NOME CIENTÍFICO: Mangifera indica espécie.

A Mangueira é uma árvore frutífera


A espécie cultivada no Mangal é o nativa do sul e sudeste asiático, que foi
NOME COMUM: Açaizeiro
Bacurí-Pari, pode ser encontrada na introduzida com sucesso no Brasil, por
NOME CIENTÍFICO:Eutérpe oleracea
floresta Amazônia e próximo a áreas ser um país tropical. A manga tem
de várzeas de pequenos rios. É uma coloração variada: amarelo, O açaí, também chamado, açaí-branco, juçara,
conhecido também como Bacuri de laranja e vermelha, sendo mais rosada
palmiteiro e piná e tucaniei, é uma palmeira que
Bico, Bari-pari e Bacupari-açú. no lado que sofre insolação direta e
produz um fruto de cor roxa muito utilizado na
mais amarelada ou no lado que recebe
insolação. confecção de refrescos, sucos, sobremesas e como
alimento para os moradores da região Norte do país.

PARQUE ZOOBOTÂNICO MANGAL DAS GARÇAS


Vale do Anhangabaú
Historia Reurbanização e Pedestrianização

O parque ao longo dos anos ele sofreu com muitas Na tentativa de resgatar a importância do local,
alteração , a começar pelo próprio enterramento do rio a prefeitura paulistana realizou um concurso

tupi-guarani que significa “rio ou água do mau espírito” público de projetos para a renovação da área.
situado na lindeira do Vale , no início do século 20, após Saiu vencedor a proposta de autoria dos
ter abrigado as plantações de chá do Barão de urbanistas Jorge Wilheim e Rosa Grena Kliass.
Itapetininga , para dar lugar ao belíssimo parque Ela previa maior fluidez do tráfego no eixo Norte-
projetado pelo arquiteto francês Joseph-Antoine Sul, através de uma via subterrânea coberta por
Bouvard. O parque mal chegou a completar cinqüenta uma grande laje que abrigava um amplo espaço
anos de existência, subjugado por um projeto viário com público pedestrianizado, com calçadão, canteiros
função de apoiar a conexão norte-sul da cidade, dando arborizados e algumas pistas de apoio ao tráfego
sequência ao plano de avenidas. Em 1950, esta local e de retorno.
movimentada estrutura viária recebeu mais uma
desastrada tentativa de reforço, com a construção de Outro aspecto do projeto de reurbanização
pista subterrânea em seu eixo, com o objetivo de foram os grandes canteiros arborizados que
eliminar o cruzamento com a Avenida São João pelo compunham a proposta paisagística de Rosa
tráfego de passagem, porem além de não adiantar nada, Kliass. Eles eram lindos de se admirar pelo alto, a
se mostrou um dos piores pontos de alagamento da partir do Viaduto do Chá, mas desestimulantes
cidade. aos cotidianos trajetos a pé que cruzavam o local.

Crítica
So que na pratica os canteiros se tornaram o local era ótimo para
obstáculos e como uma espécie de manifesto manifestações e
pelos aumentos de caminhas que estes concentrações
canteiros impunham os pedestres decidiram publicas, sendo
cruza-los criando caminhos de rato em terra apossado também por
batida. E como a iluminação era presente só em jovens com skate
cima da copa, consequentemente criava uma
sombra em que nenhum cidadão passava.

CAMINHOS DO VALE DO
ANHANGABAÚ
REFERÊNCIAS:

https://www.archdaily.com.br/br/tag/rosa-kliass
https://publica.ciar.ufg.br/projetos/rosa-kliass/sobre.html
https://www.rosakliass.com.br/
https://revistacasaejardim.globo.com/paisagismo/noticia/2022/10/rosa-grena-kliass-conheca-trajetoria-e-obras-da-arquiteta-paisagista.ghtml
https://www.mangaldasgarcas.com.br
https://www.archdaily.com.br
https://www.Rosa Kliass: Poeta da paisagem /ArchDaily Brasil
https://www.mangaldasgarcas.com.br

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