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Introdução

Tipos e
características
de pincéis
Ateliê de Cerâmica Luciana Thomaz
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Sumário

Sumário

Introdução............................................. 3
Tipos de Esmaltação.................... 4
Mas Lu, qual é a melhor?............ 5

Os Pincéis............................................... 6
Liners........................................... 7
Rounds........................................ 9
Chatos e Chanfrados................... 11
Para esmaltação.......................... 13
Broxinha e Espuma...................... 15

Perguntas............................................... 17
Podemos utilizar os mesmos pin-
céis para os diferentes tipos de
esmaltes comerciais que existem
no mercado?............................... 18
Como fazer a limpeza dos
pincéis utilizados na etapa da
esmaltação?................................ 18
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Introdução

Introdução
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Introdução

Tipos de Esmaltação
E xistem quatro tipos principais de esmaltação realizadas pelos ceramistas:
a esmaltação por banho, a esmaltação por imersão, a esmaltação com um
compressor e a esmaltação com pincel.
É comum as pessoas confundirem dois desses tipos, achando que a imersão e
o banho são a mesma coisa, mas não são. A imersão ocorre através do uso de
um recipiente contendo o esmalte preparado
na densidade correta para esse tipo de es-
maltação, (baldes ou bacias por exemplo). O
ceramista com auxílio de uma pinça, mergulha
a peça modelada no esmalte e aguarda alguns
segundos. Já o banho ocorre com o auxílio
de uma jarra, caneca ou outro utensílio que
possua um bico dosador, para que o ceramista
possa banhar (ou regar) a peça que foi ante-
riormente modelada.
A esmaltação com compressor, que pode ser
elétrico, manual ou até com uma bombinha
do tipo flit, também demanda um preparo
específico do esmalte, assim como nos outros
processos, para adequar a densidade.
Por fim, a esmaltação com pincel nos permi-
te um leque de possibilidades na criação de
desenhos, detalhes, efeitos e cobertura, que
serão explorados ao longo das apresentações
de cada pincel deste eBook.
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Introdução


Mas Lu, qual é a melhor?

Não tem melhor ou pior, mas tem


uma escolha inteligente. Dependen-
do da produção feita e da quantidade
de peças que serão produzidas, po-
demos escolher uma esmaltação a
nosso favor.
Por exemplo: temos uma produção de
mil bowls para fazer para um restau-
rante. Podemos fazer essa esmaltação
no pincel, mas também podemos
trabalhar o esmalte, deixando-o na
densidade correta para fazer uma
imersão, ou mesmo usar um compres-
sor. Desta forma conseguimos realizar
o trabalho em um tempo otimizado.
Assim como não é possível criar de-
senhos, estampas ou qualquer outro
tipo de padronagem sem o auxílio
dos pincéis. Por isso não existe
certo ou errado, mas escolhas mais
inteligentes, que facilitam o trabalho
do ceramista.
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Os Pincéis

Os Pincéis
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Os Pincéis

Liners
…ou pincel de filete

S ão pincéis mais finos usados prin-


cipalmente para filetar, contornar
um desenho ou para fazer um preen-
chimento em alto relevo. Alguns des-
ses pincéis têm cerdas mais curtas e
outros têm cerdas mais longas, mas a
escolha de um ou outro modelo vai de
acordo com a adaptação pessoal.
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Os Pincéis

Na prática (preenchimento)
Primeiro molhamos as cerdas do pincel na água e na
ponta pegamos uma gotinha de esmalte que vai ser
aplicada de forma bem “gordinha”. Diferente dos
outros pincéis, esse pincel serve justamente para fa-
zer um depósito. O esmalte não deve ser espalhado
porque queremos que ele fique em alto relevo, por
isso as cerdas quase não encostam na peça.

Na prática
(filete)
O mais importante na hora
de fazer um filete é fazer com que
ele seja cada vez mais fluido e orgâni-
co. Como conseguimos fazer um filete que vá
“dançando”, contornando e fazendo o movi-
mento do desenho? Ao fazer uma linha, colo-
camos a ponta do pincel com esmalte na peça.
Conforme desenhamos a linha, pressionamos
as cerdas e depois levantamos bem delicada-
mente, retirando-as da peça biscoitada.
O filete nada mais é do que o controle da pin-
celada: mais ou menos pressão. Quanto mais
pressão for colocada no pincel em contato com
a peça, mais grosso ficará o filete. Se o obje-
tivo é um filete bem delicado, encostamos só
a ponta das cerdas do pincel, sem fazer tanta
pressão.
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Os Pincéis

Rounds
…ou pincéis redondos

O s pincéis redondos apre-


sentam uma variação
maior de numeração: do nú-
mero 2 até números maiores.
Para qualquer tipo de pincel,
a numeração nos diz sobre a
quantidade de cerdas: quanto
menor o número, menos cer-
das ele vai ter e vice-versa.

E para que servem


esses pincéis?
Servem para fazer um
sombreado e tam-
bém para fazer linhas
e frisos com o auxílio
do torno, facilitando
o acabamento.
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Os Pincéis

Na prática (sombra)
Para fazer uma sombra o pincel preci-
sa estar úmido e ter na ponta das cer-
das um pouco de esmalte. Colocamos
essa pontinha na base do desenho e
fazemos uma leve pressão até chegar
ao final do desenho, de maneira que
um lado fique mais pigmentado do
que o outro.

Na prática (linha no torno)


Depois de centralizar a peça no torno,
apoiamos perpendicularmente o mes-
mo pincel redondo com as suas cerdas
molhadas e com esmalte, para fazer
a marcação da linha com o torno já
em movimento. Quando fazemos uma
pressão maior nas cerdas do pincel, as
linhas ficam mais grossas e vice-versa.
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Os Pincéis

Chatos e Chanfrados
…ou pincéis flat, angulares ou shader

O s pincéis chatos normalmente são usa-


dos para fazer um trabalho geométrico.
Alguns ceramistas também gostam de usar
esse tipo de pincel para fazer as linhas no
torno.
Já os pincéis chanfrados são também
chamados de angulares. Trata-se de
um pincel reto com um dos lados das
cerdas maior do que o outro (chanfro).
Alguns ceramistas também gostam de
usar esse modelo para fazer sombra ou
trabalhos no torno.

Chanfrados
Chatos
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Os Pincéis

Sombra

Na prática (sombra)
Linha no torno Molhamos o pincel e pegamos na
parte maior do chanfro uma gotinha
de esmalte (ou em um dos cantos do
pincel reto). Colocamos essa gotinha
na ponta do desenho e pressionamos
as cerdas da mesma forma como faze-
mos com o pincel redondo.
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Os Pincéis

Leques e Ovais
…ou pincéis fan, mop e oval wash

Leque
(cerdas rígidas)

Leque S ão os pincéis utilizados para fa-


zer uma esmaltação regular e
(cerdas maleáveis) uniforme. Existem três tipos mais
utilizados: leque de cerdas macias,
leque com cerdas mais rígidas e oval.
Este último tem cerdas super macias
como um pincel de maquiagem, faci-
litando o trabalho para que as marcas
das pinceladas não fiquem tão evi-
dentes na peça.

Mop | Oval
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Os Pincéis

Na prática
(leque “duro”)
Este pincel pode ser usado
para fazer um trabalho de
acabamento super bonito.
Com a peça no torno molha-
mos o pincel na água e no
esmalte, sem deixar enchar-
cado, e criamos frisos que só
são possíveis por conta da
rigidez das cerdas.

Na prática
(leque “macio” e oval)
Para a esmaltação uniforme podemos fazer o
uso do pincel leque com cerdas macias ou do
pincel oval.
Fazemos as pinceladas em todas as direções
para que o esmalte cubra toda a superfície da
peça biscoitada, minimizando as marcações
das cerdas.
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Os Pincéis

Broxinha e Espuma

A broxinha é um tipo de pincel que utiliza-


mos para fazer trabalhos com stencil.
Por que ela é melhor do que um pincel nor-
mal? Quando fazemos o movimento da pin-
celada com o pincel redondo, o esmalte entra
embaixo do stencil prejudicando a definição
do desenho. Com a broxinha usamos o esmal-
te bem sequinho e vamos dando “batidinhas”
sobre o stencil, conseguindo um resultado
Broxinhas melhor para as linhas do desenho.
A espuma também chamada de pincel mousse
é usada para fazer o acabamento na borda de
uma peça.

Espuma
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Os Pincéis

Na prática
(espuma)
Molhamos a espuma na água e na parte chanfrada aplicamos o esmal-
te. Quando pressionamos a espuma na peça conseguimos esmaltar
toda a borda sem que o esmalte invada o interior dela, mesmo se a
borda for irregular ou ondulada como no modelo da foto abaixo.

Stencil

Borda de prato
irregular...

...e regular
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Perguntas

Perguntas
>>>
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Perguntas


Podemos utilizar os mesmos pincéis
para os diferentes tipos de esmaltes co-
merciais que existem no mercado?

Sim, é possível usar os mesmos modelos.


Mas é importante entendermos que quando fazemos
a etapa da esmaltação na peça já biscoitada, trabalha-
mos sempre com materiais solúveis em água. Portanto
os pincéis são utilizados apenas para este propósito.
Quando trabalhamos com os materiais da terceira
queima (overglaze), usamos produtos oleosos que
podem contaminar as cerdas dos pincéis.
É aconselhável termos materiais separados para cada


etapa do processo.

Como fazer a limpeza dos pincéis


utilizados na etapa da esmaltação?
Podemos fazer a limpeza dos pincéis apenas com água
corrente. Mas é importante ter cuidado no momento
da secagem. Não é recomendado guardar os pincéis
direto de cabeça para cima, porque dessa forma toda
a água acumulada nas cerdas vai para o interior da
virola (a parte de alumínio do pincel).
Portanto, é aconselhável deixá-los virados de cabeça
para baixo ou deitados em uma superfície plana sobre
uma toalha ou pano seco para ajudar a absorver toda
água.
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Introdução

Todos os direitos desta edição são reservados


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Design e diagramação por Ana Luíza Brigagão

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